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Artigo: Barragens

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Engenharia Civil 
 PROJETO INTEGRADOR VI:
ESTUDO DOS MÉTODOS CONSTRUTIVOS DE BARRAGENS DE REJEITO
 
Kaic Siqueira RGM: 287199; Larysseh Miky RGM: 287703;
 Laura Fernandes RGM: 288158; Náchila Soares RGM: 287841.
Orientador: Prof. 
Mogi das Cruzes
2018
PROJETO INTEGRADOR VI
Grupo: UBC 06 (CIV116AN)
Tema: Barragem
Titulo: ESTUDO DOS MÉTODOS CONSTRUTIVOS DE BARRAGENS DE REJEITO 
Resumo: 
As barragens de rejeito são estruturas que tem como finalidade o depósito de resíduos e água, gerados a partir do beneficiamento do minério. São formadas basicamente a partir de um barramento maciço que pode ser feito de solo compactado, blocos de rocha ou rejeitos. Esse barramento possui mecanismos de impermeabilização e drenagem. O material presente nas barragens é inerte, ou seja, não contém componentes tóxicos. Ele é composto, em sua maior parte, por sílica (areia) e não apresenta nenhum elemento químico danoso à saúde. Seu planejamento se inicia com a procura pelo local de sua implantação, etapa na qual deve se vincular todos os tipos de variáveis que direta ou indiretamente irão influenciar a obra, como: características geológicas, hidrológicas, topográficas, ambientais, sociais, entre outras. O presente trabalho visa uma análise e estudo sobre as barragens de rejeito tais como suas características geotécnicas, o comportamento de seus rejeitos, os métodos construtivos, os fatores que influenciam na escolha do local de implantação, além de seus impactos e responsabilidades sociais.
Palavras-chave: Barragem; Rejeitos; Métodos Construtivos.
Key-words: Dam; Waste; Constructive methods.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. ESTADO DA ARTE
3.1. Barragem de Rejeitos;
3.2. Diferença entre barragens convencionais e barragens de rejeito; 
3.3. Disposição de Rejeitos;
3.4. Fatores que influenciam na escolha do local de implantação;
3.5. Segregação hidráulica;
3.6. Propriedades geotécnicas;
4. METODOLOGIA
5. RESULTADOS
6. DISCUSSÃO
7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO
	Entende-se por rejeitos, resíduos resultantes de processos de beneficiamento, a que São submetidos os minérios, visando extrair os elementos de interesse econômico (ESPÓSITO, 2000).
	As barragens de rejeitos tiveram início cerca de 300 anos atrás, antes da corrida do ouro no Brasil (ÁVILA,2012). Foi a partir da década de 30 que, para a manutenção da mineração e a mitigação dos impactos ambientais, as indústrias investiram na construção das primeiras barragens de contenção de rejeitos. As barragens construídas no início do século XIX geralmente eram projetadas transversalmente aos cursos d’água, com considerações limitadas apenas para inundações. Consequentemente, quando fortes chuvas ocorriam, poucas destas barragens permaneciam estáveis. Raramente existiam engenheiros ou critérios técnicos envolvidos nas fases de construção e de operação. Somente na década de 40, a disponibilidade de equipamentos de alta capacidade para movimentação de terras, especialmente em minas a céu aberto, tornou possível a construção de barragens de contenção de rejeitos com técnicas de compactação e maior grau de segurança, de maneira similar às barragens convencionais (MELLO; PIASSENTIN, 2011).
	O progresso das tecnologias de implantação de barragens de rejeitos foi sempre entremeado pelos acidentes com rupturas de barragens, os quais sempre foram catalisadores do progresso tecnológico da engenharia de barragens, pela exigência da sociedade da eliminação desses desastres (MELLO; PIASSENTIN, 2011).
	Na década de 70, a maioria dos aspectos técnicos já eram bem entendidos e controlados pelos projetistas. Exemplos dessa aplicação são as barragens de: Pontal, da Vale, em Itabira; Águas Claras, da então MBR Minerações Brasileiras Reunidas, em Nova Lima; e Germano, da Samarco, em Mariana (ÁVILA, 2012).
	A partir da década de 80, os aspectos ambientais também cresceram em importância. A atenção foi amplamente voltada para a estabilidade física e econômica das barragens, considerando o potencial de dano ambiental e os mecanismos de transporte de contaminantes. Numa primeira fase, o controle de segurança das barragens era basicamente orientado para a segurança estrutural e hidráulico-operacional, em que a característica básica era investir contra a causa potencial da ruptura da barragem. A regra era optar pelo controle rigoroso do projeto, construção e operação como forma de garantir à sociedade, em geral, e às populações residentes nos vales a jusante, uma segurança satisfatória, compatível com probabilidade de ruptura adequadamente baixa (DUARTE,2008).
	Posteriormente, as técnicas de observação do comportamento das barragens durante a operação vieram reforçar a necessidade do controle da segurança em longo prazo. Com o passar do tempo, a produção de rejeitos aumentou, e as áreas para disposição se tornaram cada vez mais escassas, culminando no desenvolvimento dos projetos de engenharia que permitiam a construção de barragens com alturas cada vez maiores. Esses projetos se tornaram possíveis com a ampliação contínua do conhecimento e controle dos aspectos de segurança (DUARTE, 2008).
	Entretanto, falhas ocorrem muitas vezes, devido à falta de aplicação adequada dos métodos conhecidos, de projetos mal elaborados, de supervisão deficiente e negligência das características vitais incorporadas na fase de construção a falta de manutenção da obra no decorrer dos anos e em alguns casos o abandono da barragem após a sua inativação (MELLO; PIASSENTIN, 2011). 
	
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÁVILA, Joaquim Pimenta. Barragem de rejeitos. Rio de Janeiro: CBDB, 2012. 308 p.
CARDOZO, F. A. C.; PIMENTA, M. M.; ZINGANO, A. C. MÉTODOS CONSTRUTIVOS DE BARRAGENS DE REJEITOS DE MINERAÇÃO – UMA REVISÃO. Universidade Federal do Rio Grande do Sul: [s.n.], 2016. 1-9 p. Disponível em: <http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/download/5367/pdf>. Acesso em: 25 ago. 2018.
- DAVIES, M. P. Tailings Impoundment Failures: Are Geotechnical Engineers Listening?. WASTE GEOTECHNICS: [s.n.], 2002. 6 p. Disponível em: <http://pebblescience.org/pdfs/Dam_failuresDavies2002.pdf>. Acesso em: 26 ago. 2018
DUARTE, A. P. Classificação das barragens de contenção de rejeitos de mineração e de resíduos industriais no estado de Minas Gerais em relação ao potencial de risco. 2008. 130 p. UFMG, Belo Horizonte, MG. Disponível em: < http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUDB-8AUPNJ/classifica__o_das_barragens_de_conten__o.pdf?sequence=1 >. Acesso em: 03 set. 2018.
ESPÓSITO, T. D. J. Metodologia probabilística e observacional aplicada a barragens de rejeitos construídas por aterro hidráulico. Brasília - DF: [s.n.], 2000. 394 p. Disponível em: <http://www.geotecnia.unb.br/downloads/teses/004-2000.pdf>. Acesso em: 03 set. 2018.
IBRAM, Instituto Brasileiro de Mineração. GESTÃO E MANEJO DE REJEITOS DA MINERAÇÃO. 1°. ed. Brasilia: IBRAM, 2016. 128 p. Disponível em: <http://www.ibram.org.br/sites/1300/1382/00006222.pdf>. Acesso em: 26 ago. 2018.
- KOSSOFF, D. et al. Mine tailings dams: Characteristics, failure, environmental impacts, and remediation. 2014. 229-245 p. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0883292714002212>. Acesso em: 02 set. 2018.
- MAINALI, G. Monitoring of tailings dams with geophysical methods. Luleå University Of Technology; Department Of Chemical Engineering And Geosciences- Division Of Ore Geology And Applied Geophysics. 2006. 1-93 p. Disponível em: <http://www.diva-portal.org/smash/get/diva2:999052/FULLTEXT01.pdf>. Acesso em: 03 set. 2018.
MELLO, Flavio Miguez; PIASENTIN, Corrado. A história das barragens no Brasil. Rio de Janeiro: CBDB, 2011. 524 p. Disponível em: <http://www.cbdb.org.br/documentos/A_Historia_das_Barragens_no_Brasil.pdf>. Acesso em: 03 set. 2018.
SOARES, L. BARRAGEM DE REJEITOS: Comunicação Técnica elaborada para o Livro Tratamento de Minérios. 5° ed. Rio de Janeiro, 2010. 831-896 p. Disponível em: <http://mineralis.cetem.gov.br:8080/bitstream/cetem/769/1/CCL00410010.pdf>.Acesso em: 25 ago. 2018.
- ZUOAN WEI et al. Reinforced terraced fields method for fine tailings disposal. 2009. 1053-1059 p. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0892687509000983>. Acesso em: 02 set. 2018.

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