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PORTFOLIO SERVIÇO SOCIAL - O NEOLIBERALISMO E A SUA INFLUÊNCIA NA POLITICA ECONÔMICA BRASILEIRA

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PAGE 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................3
42 DESENVOLVIMENTO
42.1 AS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DO NEOLIBERALISMO
2.2 A IMPLEMENTAÇÃO DO NEOLIBERALISMO NO BRASIL ............................... 5
2.3 POLITICAS SOCIAIS BRASILEIRAS PÓS NEOLIBERALISTAS ........................6
2.4 O AVANÇO DO CONSERVADORISMO NA POLITICA NEOLIBERAL BRASILEIRA ............................................................................................................ 10
2.5 A QUESTÃO DO PRECONCEITO COM AFRODECENDENTES E A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA ................................................................................... 11 
3. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 14
4. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 15
1 INTRODUÇÃO
O Neoliberalismo consiste em um sistema econômico com características especificas. Ele surgiu após a segunda guerra mundial, incorporando e ao mesmo tempo atualizando os preceitos de seu antecessor – o Liberalismo, que foi um movimento ocorrido no século XVIII, em defesa da liberdade política, social e econômica, impulsionado pela classe burguesa deste mesmo século. O Neoliberalismo agora no século XX reapareceu como um importante parceiro do capitalismo que se apoderou da fragilidade do mundo pós-guerras e da crise do socialismo para submeter diversas economias mundiais aos seus interesses. No Brasil precisamente no governo de Fernando Collor, mas foi no governo de Fernando Henrique Cardoso que o movimento se intensificou. 
O Neoliberalismo atraiu e atrai inúmeros investimentos de multinacionais no país, mas em contrapartida apresenta desvantagens, pois vem sempre acompanhado de relegação a segunda plano de políticas públicas sociais, isto acontece por que o único objetivo deste sistema é a maximização dos lucros e a estabilidade da economia, nem que para isso a população mais necessitada fique desassistida. 
A exemplo do que aconteceu em outros países Neoliberalistas, a política brasileira vem apresentando uma característica peculiar ao sistema – o avanço do conservadorismo na política. Especialistas apontam as consequências desta tendência, a mais marcante delas é que pontos de vista conservadores, podem dificultar a aprovação de projetos e políticas públicas que beneficiem grupos minoritários. 
2. desenvolvimento
2.1 As principais características do Neoliberalismo;
O Neoliberalismo surge a partir da necessidade do capitalismo em se reinventar, o que ocorre após a Segunda Guerra Mundial, pois o socialismo estava em crise e o capitalismo em franca ascensão. Seguindo os moldes neoliberais o Estado passaria a condição de gestor, não interferindo diretamente na economia, as empresas públicas seriam vendidas a capital privado gradativamente, objetivando o corte de gastos. O liberalismo econômico propõe a não intervenção do Estado na economia, a qual se auto regularia pela “lei da oferta e procura”. A neutralidade do governo em assuntos econômicos acarretaria o desenvolvimento econômico, sem a intervenção as coisas iriam fluir naturalmente, as empresas privadas cresceriam, pois iria investir em inovações tecnológicas, com o intuito de melhorar a qualidade e aumentar a produção, a livre concorrência das empresas provocaria a diminuição dos preços e uma maior variedade de produtos no mercado, ou seja, o crescimento do capital globalizado, estimularia a entrada de empresas multinacionais. 
Segundo Ulhôa (1999), as despesas com saúde pública e com o setor social crescem em ritmo acelerado, sendo superior que a arrecadação proveniente dos impostos, problema recorrente nos últimos 20 anos em todos os países industrializados. Na tentativa de equilibrar a balança e fomentar o crescimento o governo passa a aumentar os descontos obrigatórios, o que vem ocorrendo com os países industrializados.
Em consonância com Duménil (2007), o neoliberalismo é, portanto, uma configuração de poder particular dentro do capitalismo, na qual o poder e a renda da classe capitalista foram restabelecidos depois de um período de retrocesso. O que nos remete diretamente ao mundo Pós-Guerra Fria ou Bipolar. Como mencionando anteriormente quando o socialismo entrou em crise o capitalismo, apareceu como a esperança aos países atrasados e abandonados pelo regime socialista. Os Estados Unidos da América, os “grandes” imperialistas, por sua vez passaram a explorar a mão de obra, matéria prima, assim como destruir o espaço vital de nações menos desenvolvidas, maximizando seus lucros. 
O capitalismo ou imperialismo tem impulsionado a economia mundial, reconfigurando o espaço mundial, segundo a lógica do sistema capitalista. Os Estados Unidos da América se mantem na dianteira da economia mundial, como uma hegemonia, no entanto, o neoliberalismo acabou impulsionando outras economias ao longo do globo, tornando o mundo atual multipolar. 
1.1 A Implementação Do Neoliberalismo no Brasil;
O Brasil abriu as portas ao neoliberalismo tendo com o objetivo o crescimento econômico do país, ou seja, esperava-se que o país passasse de agrário à condição de industrializado, em um curto espaço de tempo. Durante o governo de Fernando Collor de Mello, houve a entrada maciça de produtos importados, devido à redução de impostos. Nos anos que se seguiram houve incentivos a entrada de capital estrangeiro e houve a privatização de empresas estatais. No entanto, inicialmente os incentivos fiscais não atraiu muitos investidores, os quais estavam receosos devido a condição econômica do país. 
Porém somente no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, houve aprofundamentos das medidas neoliberais, atraindo maiores investidores, com a finalidade de equilibrar a balança comercial. 
O Brasil no passado o Estado contraiu inúmeras dívidas com empréstimos junto aos bancos internacionais, os quais eram usados para a abertura de estradas, criação de empresas estatais ou construção de hidrelétricas. 
O processo acelerado de abertura econômica, se intensificou no governo Fernando Henrique Cardoso, fez com que muitas empresas não conseguissem se adaptar às novas regras de mercado, levando-as à falência ou a vender seu patrimônio. Muitas multinacionais compraram essas empresas nacionais ou associaram-se a elas. Em apenas uma década as multinacionais mais que dobraram sua participação na economia brasileira 
Na corrida para a modernização ou exportações, o capitalismo brasileiro reafirma a posição subordinada, pois somente fornecia produtos de menor sofisticação, ou seja, pouco competitivos no mercado internacional. Durante o governo Lula, as ideologias do neoliberalismo foram aprofundadas, no entanto, o governo manteve o salário mínimo baixos, necessário para aumentar a “competitividade das exportações brasileiras e porque o neoliberalismo periférico está se descolando, cada vez mais, do mercado propiciado pelo salário do trabalhador brasileiro. ” (BOITO JR, 2017, p. 28).
O Brasil atraiu e atrai inúmeras empresas dos mais diversos ramos de atividades, o que tem contribuído para a modernização do parque industrial brasileiro, assim como tem promovido o crescimento deste. Essas grandes empresas são atraídas pela vasta disponibilidade de mão de obra disponível, baixos salários pagos aos trabalhadores, o que acaba sendo somado aos incentivos fiscais, tais como a isenção de impostos, abundância de matéria prima, a baixos preços. As políticas neoliberais de modo geral, não beneficia o país que está recebendo as empresas e produzido, mais sim o seu país de origem, para onde retorna o lucro, ficando no local apenas uma fração do trabalho pago ao trabalhador. O que irá assegurar a manutenção e sobrevivência destes. Uma característica comum nas sociedades que aderiram ao Neoliberalismo é o fato das políticas públicas serem relegadas à segundo plano, pois o objetivo central desse sistema e o fortalecimentoda moeda, a diminuição das atribuições do Estado e a maximização dos lucros. No Brasil não aconteceu de forma diferente (SOUZA 2010). Para tanto faremos uma análise nos três governos pós Neoliberalistas e suas respectivas políticas públicas.
2.3 Políticas sociais brasileiras pós Neoliberalismo. 
O governo FHC foi caracterizado principalmente pela tentativa de estabilizar a economia brasileira. Com o fim do “imposto inflacionário”, que penalizava os mais pobres, pôde-se alcançar um novo patamar de combate à exclusão social, atacando as fontes geradoras da miséria. A regulamentação de fundos de financiamento para os programas governamentais foi decisiva nesse processo de combate à pobreza. O Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), instituído pela LOAS (Lei 8.742/1993, regulamentado pelo Decreto 1.606/1995), assegurou os benefícios sociais aos idosos e pessoas com deficiência. Na educação básica, fonte estável de recursos se estabeleceu com o FUNDEF (EC 14/1996, regulamentado pela Lei 9.424/1996 e pelo Decreto 2.264/1997). Na saúde, o FNS, embora criado em 1989, somente foi estruturado pelos Decretos 806/1993, 3774/2001 e 3964/2001, tornando financeiramente viável o SUS (Sistema Único de Saúde). Como fonte principal para assegurar os recursos dos programas de transferência de renda, surgiu o Fundo Nacional de Combate e Erradicação da Pobreza (EC 31/2000, regulamentado pela LC 111/2001), beneficiando famílias abaixo da linha de pobreza. O Programa Comunidade Solidária, presidida desde 1995 por Ruth Cardoso. Nascido sob a ideia do empreendedorismo social, através de sua atuação se concatenou e priorizou um conjunto de 20 programas, executados por nove ministérios (Agricultura, Educação, Esportes, Fazenda, Justiça, Planejamento e Orçamento, Previdência e Assistência Social, Saúde e Trabalho). A sinergia das ações governamentais, o foco de trabalho e o apoio da sociedade permitiram modificar o conteúdo e o caráter das políticas sociais. Resultado: ao final de 2002, cerca de 6,5 milhões de famílias estavam sendo atendidas nos programas de transferência de renda estabelecidos nos governos de FHC. Surge a Comunidade Solidária (Decreto 1366, 12 de janeiro de 1995), que incorpora o PRODEA. A distribuição de cestas de alimentos se amplia para além das famílias residentes em municípios atingidos por secas ou enchentes, alcançando também famílias carentes identificadas pelas Prefeituras nas regiões de pobreza e, mais tarde, também comunidades indígenas e acampamentos de sem-terra (Programa Comunidade Ativa). Criação, em 1996, do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), primeiro projeto brasileiro, ao nível federal, centrado em uma transferência monetária às famílias carentes, visando eliminar o trabalho de crianças e estimular a sua inserção na escola. Em 1997 o Ministério da Educação começou a desenhar o Programa Bolsa Escola, para estimular as famílias pobres a matricularem seus filhos na rede escolar. A partir de 1999, o Programa começou a operar através dos municípios, tendo tais transferências financeiras se transformado em lei a partir de 2001 (Lei 10219/2001). O Programa Bolsa Alimentação passou a estabelecer a complementação da renda de mães gestantes, amamentando filhos e crianças com idade entre 6 meses a seis anos e onze meses, com riscos nutricionais. Surge, em 2000, o Programa Auxílio-Gás, motivado pela retirada do subsídio aos derivados do petróleo, auxiliando o orçamento doméstico das famílias que já estavam sendo atendidas nos demais programas de transferência de renda. Início, em setembro de 2001, da unificação dos cadastros dos Programas Bolsa Escola e Bolsa Alimentação (Decreto 3.877/2001 e Decreto s/n/2001), através do Cadastro Único dos Programas Sociais. Em julho de 2002, foi instituído o “Cartão do Cidadão”, em forma magnética, permitindo às pessoas beneficiárias receberem seu auxílio financeiro diretamente da Caixa Econômica Federal. Apesar de tantas críticas dos partidos que eram da oposição, a forte base parlamentar de apoio a FHC contribuiu para a estabilidade política, que era um dos pontos fortes da gestão FHC, assegurou a governabilidade e consolidou a jovem e frágil democracia brasileira. No seu primeiro mandato, Fernando Henrique Cardoso conseguiu conter a oposição e aprovar seus projetos políticos e as reformas constitucionais, já no segundo mandato, teve mais dificuldades devido a reorganização da oposição.
 Em Janeiro de 2004, através da Lei 10.836, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva cria o Programa Bolsa Família, unificando os quatro programas: Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Auxílio Gás e as transferências do PETI. Implanta, definitivamente, o Cadastro Único dos programas sociais do governo Federal - Os grupos vulneráveis (Brasil presidência da república, 1996, p.2). O governo de Lula marcou presença nas áreas rurais e sociais e nas cidades mais pobres do país. O governo Lula lançou o Bolsa família programa que beneficiou os menos favorecidos com renda mensal por pessoa de 60 á 120 reais, para permanecer no programa precisavam cumprir determinadas condições como a permanência das crianças na escola até 15 anos de idade com frequência mínima de 85% e carteira de vacinação atualizada. Criou o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil: (PETI): Um programa com objetivo de retirar as e adolescentes entre 7 á 15 anos do trabalho infantil considerado perigoso aquele que coloca em risco a saúde e a segurança da mesma concedendo bolsa mensal para que a criança e o adolescente frequente a escola e promova atividades culturais e esportivas artísticas e lazer em período complementar. Luz para Todos: Foi criado em novembro de 2003 para levar energia elétrica a 10 milhões de brasileiros residentes no meio rural até o ano de 2008, dessa forma universalizar o acesso a energia elétrica a todas as pessoas. Brasil Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos: Programa voltado as pessoas com 15 anos ou mais e faz parceria com estados municípios, universidades, empresas privadas, organismo internacionais, e instituições civis para combater o analfabetismo. E articulado á educação de jovens e adultos (EJA) e tem como objetivo ainda fortalecer políticas que estimulam a continuidade nos e aos estudos e a reinserção no sistema de ensino. Pro Uni: Universidade para todos tem como objetivo permitir o acesso da bolsa de estudos integrais ou parciais para estudantes de graduação superior. As instituições precisam aderir aos programas e recebem em contra partida isenção de alguns tributos, os critérios de seleção são os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o perfil sócio econômico do estudante. 
A partir de 2011 o Brasil foi governado pela Presidente Dilma Rousseff que foi a sucessora de Luís Inácio Lula da Silva, logo nos três primeiros meses de seu mandato Dilma anunciou o programa voltado para educação apelidado de Pro Uni do ensino técnico o Pronatec: (Programa Nacional ao Ensino Técnico e Emprego) foi lançado para dar bolsas a estudantes e trabalhadores que queriam fazer cursos técnicos e profissionalizante. No dia 2 de julho Dilma lançou “a sua menina dos olhos” o Brasil Sem Miséria o complemento do bolsa família que tinha como pretensão erradicar a pobreza extrema no Brasil . E ampliou minha casa minha vida, que foi inaugurado no governo de Lula. 
Apesar de todos esses programas, ainda hoje estar vigente mostra que o mínimo de objetivo foi alcançado em nenhum dos três governos, devido ao oportunismo da classe burguesa se apoderando desses benefícios sem precisa-los e milhões em verbas destinadas a programas sociais terem sido desviados por políticos e profissionais corruptos.
 As demonstrações da eficácia dos programas sociais desses governos foram feitas em vários países. Com o desenvolvimento social dos três governos houve um grande avanço nos programas sociais, o governo do PT tentou provar que sem as diferenças radicais dos dois governos não ocorreriamessas mudanças. A estabilidade econômica do pais nos primeiros oito anos de governo petista ajudaram muito a atuação na questão social conseguindo dar um grande avanço e diminuindo as diferenças sociais no período, originou-se uma nova era, de combate à pobreza no país, amenizando as desigualdades sociais.
As privatizações e o foco no setor econômico na gestão de FHC iniciou no Brasil o período Neoliberalista, já nas gestões petistas apesar de se manterem discretamente algumas dessas características, nota-se um recuo desse sistema e uma maior atenção aos problemas sociais do país
 No momento atual o Brasil passa por um “terceiro tempo” Neoliberalista, desde a posse de Temer em Agosto de 2016 o Governo vem apresentando tais características, relegando a segundo plano políticas sociais importantes, a principal meta desse governo é a estabilidade econômica do país, nem que para isso diminua consideravelmente os investimentos nos programas sociais. 
2.4 O avanço do conservadorismo na política neoliberal brasileira. 
Em tempos de hegemonia Neoliberal e foco nas questões econômicas e atenções voltadas quase que completamente ao lucro e a saída da crise em que o país se encontra, destaca-se uma tendência antiga no cenário político – A ascensão do conservadorismo na política brasileira. O atual congresso é apontado por especialistas como “O mais conservador desde o período da Ditadura Militar”. Dentre os fatores para esse fenômeno destaca-se o número de deputados federais eleitos que representa alguma organização religiosa ou se autointitula religioso, somam o impressionante número de Oitenta e sete deputados federais, de um total de Quinhentos e treze e três senadores de um total de Oitenta e um. Essa expressão religiosa pode ser somada ainda a representantes políticos eleitos democraticamente de outros setores ditos conservadores da sociedade que são: Ruralistas, Militares entre outros segmentos de direita. Parece pouco, mas esse número significativo de opiniões conservadoras podem influenciar na aprovação de projetos e leis que em tese pode comprometer direitos de grupos minoritários que são vitimas de preconceitos e injustiças no Brasil tais como: homossexuais, membros e adeptos de religiões africanas, adeptos do islamismo que vivem aqui, dentre outros grupos menos favorecidos pela sociedade brasileira. Essa superbancada conservadora pode influenciar em decisões de projetos polêmicos, que visto sobre a ótica religiosa e conservadora pode comprometer direitos, um exemplo é a dificultação da adoção de crianças por casais gays e a redução da maioridade penal que vem acompanhada de um discurso de ódio, vingança e intolerância. A presença de influência conservadora nas decisões políticas ficou comprovada historicamente, não só no Brasil mas em outras sociedades, que desencadeia práticas extremistas, de ódio e de violência. 
 A expressão da direita e os discursos conservadores da população brasileira se tornou mais evidente nos dias atuais devido à facilidade do acesso à internet, assim esses podem expor suas opiniões livremente nesse meio, sendo que na maioria das vezes apresentando teor, racista, preconceituoso, intolerante e com apologia a violência e a excitação do ódio e da vingança.
Para o professor e pesquisador (ALMEIDA, 2015)
“O Brasil vive um conservadorismo que pode ser percebido em três sentimentos que têm impulsionado a população: o ódio (contra os gays e as religiões diferentes), a fobia (é tanto medo que boa parte dos brasileiros aprova legislação mais permissiva em relação ao porte de armas) e a vingança (refletida no apoio da maioria à redução da maioridade penal).” 
2.5 A questão do preconceito com os afrodescendentes e da intolerância religiosa.
A história, no que diz respeito à colonização, é conhecida. Vamos abordar alguns pontos, no que se refere à raiz da discriminação racial e social no Brasil. Em 1822, ao proclamar sua independência de Portugal, o Brasil, três séculos após o descobrimento (1500-1822), ainda mantinha uma tradição com base escravista. A escravidão se dava a partir do ato da exploração do homem e de sua força de trabalho, que era vista como propriedade privada de quem a comprava. 
Por um período três séculos os portugueses povoaram um país com dimensões continentais, dotado de unidade territorial, idioma próprio, cultura, e religião. Como herança do referido período, deixou uma população analfabeta, uma sociedade escravocrata e uma economia monocultora e latifundiária. Era um Estado absolutista onde não havia pátria brasileira e muito menos cidadão brasileiro, pois os portugueses chegaram aqui não para construírem uma sociedade interna e independente, vieram com intenções de obter riquezas e retornar ao seu país. Aliado a isso, havia o fato de os portugueses não gostarem da ideia de fixar moradia no Brasil devido à característica climática, com altas temperaturas, ocasionando certa dificuldade de adaptação dos mesmos.
De acordo com Freyre (1992), para a nossa formação deve ser considerado aquilo que pode ser entendido como virtudes e também defeitos. Podemos perceber que o autor considera em sua obra que a harmonia nas relações raciais seria as virtudes. Por outro lado, como aspecto negativo, tinha-se o longo processo de exploração, além da miscigenação. Entenda-se que, para este autor, a miscigenação era um aspecto positivo, contudo, devido ao ideal de branqueamento, esta característica era considerada a origem dos males de nossa formação social.
Enquanto o longo período de exploração por parte do colonizador pode perfeitamente, no nosso entendimento, ter contribuído para o que já no início da nossa História como um país livre, foi possível perceber: uma minoria de dominadores e uma multidão de dominados.
Para Willeman (2007, p.68),
A visão de uma escravidão mais humana e menos repressiva não condiz com a realidade passada e atual da população negra brasileira. A escravidão em si já é uma forma de violência, independentemente do grau como essa violência tenha sido. Como corolário desta, Giacomini afirma que: “ao reduzir o escravo à condição de ‘coisa’ e negar-lhe qualquer subjetividade, a escravidão constrói-se sobre a base da indiferenciação dos indivíduos a ela submetidos” (GIACOMINI, Sonia Maria. Beleza mulata e beleza negra. In: Revista Estudos Feministas. Rio de Janeiro, 1994, 1988,
p. 164).
Atualmente percebemos tais estatísticas mudando as proporções outrora apresentadas e podemos compreender este movimento na medida em que acompanhamos não apenas ações de positivação das identidades étnico raciais do grupo de descendência afro brasileira, como a implementação de políticas compensatórias para estes grupos, as chamadas ações afirmativas. Tais ações visam combater as desigualdades sociais brasileiras, dando oportunidades a esta parcela da população, que durante séculos foi maltratada e discriminada, dentre outras formas de exploração que ainda hoje podemos notar. Acreditamos que esta igualdade deve ser aplicada na forma da Lei, para efetivamente diminuírem-se as desigualdades e as diferenças sociais, e somadas as políticas de cotas, para que possa haver uma reparação histórica pelos danos causados a determinados grupos da população que hoje se apresentam nos estudos sob as mais diversas alcunhas, como excluídos, vulneráveis, desnecessários, e outras, que venham a necessitar de proteção especial e assim termos uma sociedade livre, justa e solidária.
 Juntamente com o preconceito étnico racial carregamos em nossa cultura um preconceito descabido contra os cultos e práticas religiosas de origem africana, assim como aos adeptos do islamismo que aqui reside. As pessoas quando falam desses assuntos já logo criam um montante de símbolos e imagens assustadores e horripilantes quando na verdade essas práticas refletem a cultura e a fé daquele povo, de uma forma diferente da convencional mas tão importante quanto à aquelas pessoas. 
Observamos o reconhecimento da liberdade como valor ético central, a defesa intransigentemente dos direitoshumanos, a ampliação e consolidação da cidadania, a defesa da democracia, posicionando-se em favor da equidade e da justiça social, bem como o empenho à eliminação de todas as formas de preconceito, garantindo o pluralismo, e também uma articulação com movimentos de outras categorias profissionais, no exercício da profissão sem discriminação por questões de classe social, gênero, etnia, religião, e dentre outras. (CRESS, 2007).
Desta forma, percebemos o Serviço Social amplamente implicado nestas lutas. Estes são alguns dos compromissos do Assistente Social que podem colaborar na luta organizada dos negros brasileiros, contra todas as formas de preconceito e discriminação e seu envolvimento nos movimentos sociais (onde acreditamos e percebemos claramente que grande parte da população envolvida é negra e pobre) e também, a persistente luta na tentativa de combater o racismo e a desigualdade racial e a intolerância religiosa na qual se vê que. 
(...), o Brasil nasce com as diferenças biológicas, raciais, ‘coladas’ com lugar na economia, funções, tarefas, interdições. Esta não é, então, mas questão apenas de diferenças fenotípicas, porque geneticamente, tais características foram impregnadas de papeis sociais, funções, e tarefas. Houve, portanto, um projeto econômico, social e político de se criar um país, usando as diferenças (raciais) como elemento operacional. (Castro, apud Criola).
3. CONCLUSÃO
O Neoliberalismo surgiu em um momento de fragilização da economia mundial e da deterioração do socialismo, fatos esses que justifica a consistência e a intensidade deste sistema econômico. Quando falado dos benefícios do Neoliberalismo, pode-se até pensar que é a solução de todas as crises econômicas e financeira do mundo, mas ao analisar mais profundamente, podemos concluir que suas características visam somente o lucro de multinacionais e dos mais poderosos, sem analisar as consequências desses ambiciosos objetivos, contribuir para o aumento da desigualdade além de não garantir um desenvolvimento sustentável e duradouro. A entrada “tardia” no Brasil deste sistema se deve ao processo de ditadura e a restauração da democracia pelo qual o país passou, se deu discretamente no governo Collor, se intensificou no governo FHC, apresentou baixa evolução nos governos petistas e atualmente no governo Temer vem acontecendo um terceiro tempo Neoliberal no Brasil, que se caracteriza pelos esforços do atual presidente de estabilizar a economia e aprovar as reformas anti populares que está promovendo em seu governo. 
O pensamento Neoliberal vem acompanhado de dois termos que se faz presente na nossa atual política econômica – a ascensão da direita e extrema direita e o crescente número de políticos eleitos democraticamente considerado conservadores por especialistas. Tudo isto pode dificultar e inviabilizar políticas publicas destinadas aos grupos minoritários no Brasil, em especial, como já citado no texto a questão dos afrodescendentes e as religiões de origem africanas, pessoas homossexuais e estrangeiros. 
Podemos concluir através das análises de vários autores que o Neoliberalismo é um sistema econômico estritamente capitalista, que enriquece ainda mais as grandes economias do primeiro mundo, trata-se de um sistema que beneficia poucos e exclui todo do resto da sociedade. Para nós futuros Assistentes sociais esse sistema nunca representará o bem comum para todos, por que além de insustentável é incoerente. 
4. REFERÊNCIAS
DUMÉNIL, Gerard; LÉVY, Dominique. Neoliberalismo: neoimperialismo. Economia e Sociedade. V. 16, n.1, p. 1 -19, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ecos/v16n1/a01v16n1.pdf . Acessado em: 10 de abril de 2017
ULHÔA, Joel Pimentel de. (Neo) Liberalismo?: Uma introdução. Uberaba: Ed. Uniube/editorial Cone Sul, 1999. 74 p.
BOITO JR, Armando. As relações de classe na nova fase do neoliberalismo no Brasil. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/ar/libros/grupos/caeta/PIICdos.pdf. Acessado em: 10 de abril de 2017. 
Visão Panorâmica, Comparação: Lula x FHC. Disponível em: https://visaopanoramica.wordpress.com/2009/08/05/comparacao-fhc-x-lula. Acessado em: 28 março de 2017 as 16 horas e 38 minutos.
Educação Pesquisa Escolar, Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002): Estabilidade econômica e democratização das políticas sociais. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-fernando-henrique-cardoso-1995-2002-estabilidade-economica-e-democratizacao-das-politicas-sociais.htm. Acesso em: 03 de Abril de 2017 as 16 horas e 18 minutos.
PSDB, Políticas Sociais no Brasil: Pequena história dos programas de transferência de renda, Disponível em: http://www.psdb.org.br/acompanhe/politicas-sociais-no-brasil-pequena-historia-dos-programas-de-transferencia-de-renda. Acesso em 03 de Abril de 2017 as 16 horas e 25 minutos.
WELMA, JESSICA. Avanço conservador na política brasileira. O povo online. Publicado em: http://www20.opovo.com.br/app/opovo/dom/2015/06/27/noticiasjornal dom. Acesso em: 01 de Maio de 2017. 
BALMANT, LUCIMARA. Bancada evangélica reflete a sociedade: conservadora, violenta e desigual. IG São Paulo, 04 de Julho de 2015. Publicado em: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2015-07-04/bancada-evangelica-reflete-a-sociedade-conservadora-violenta-e-desigual.html. Acesso em: 01 de Maio de 2017. 
 CRESS 7ª região-RJ (2007). Assistente Social: ética e direitos - Coletânea de Leis e Resoluções. 4ª ed. Rio de Janeiro: CRESS-RJ. 
WILLEMAN, Estela Martini. (2007). Marambaia: “ilha subversiva”: múltiplos aspectos do processo de formação de identidades no “território negro” remanescente de quilombo.
WILLEMAN, E. M; LIMA, G. R. O preconceito e a discriminação racial nas religiões de matriz africana no Brasil. Revista UNIABEU Belford Roxo V.3 Nº 5 setembro/ dezembro 2010.
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Trabalho de FHTM do Serviço social II, Psicologia, Economia Política, Estatística e Indicadores Sociais e Seminários da Prática III. Apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, do 3° trimestre do curso de Serviço Social. 
Orientador: Prof: Rosane Ap. Belieiro Malvezzi, Mayara Campos Francica, Pablo Emanoel Romero Almada, Hallynnee Rossetto.
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