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Análise do conto VIAGEM A PRETÓPOLIS, de Clarice Lispector

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Análise do conto "VIAGEM A PETRÓPOLIS", de Clarice Lispector:
Ao analisarmos o conto, podemos perceber que o seu enredo é psicológico. O conto denuncia uma questão social, ou seja, existe um contexto verossímil. O drama principal da história é o problema da relação eu x outro. Característica principal das obras da autora.
O narrador está em terceira pessoa e narra a história em discurso indireto, ou seja, registra o conflito da protagonista – “eu” - esse “eu” manifesta-se como o grande sujeito de análise. Recorrendo ao discurso indireto, o narrador fala com e pela personagem Mocinha.
As personagens, principal e secundárias, aparecem em discurso direto apenas nas seguintes situações, como por exemplo: quando revela o seu apelido e nome; quando responde por onde anda nas madrugadas; quando fala consigo mesma em voz alta, e reclama da cama onde dorme; quando agradece ao potencial ‘benfeitor’ de Petrópolis por ter-lhe dado dinheiro; e quando Arnaldo diz “Não pode ser não, aqui não tem lugar não.”, “E agora estou muito ocupado! Eu lhe dou dinheiro e você toma o trem para o Rio, ouviu? Volta para a casa de minha mãe, chega lá e diz: casa de Arnaldo não é asilo, viu? aqui não tem lugar. Diz assim: casa de Arnaldo não é asilo não, viu!”.
Neste conto, também em tempo psicológico, o espaço é bem delimitado, prevalecendo sempre as descrições. A autora prende-se a estas até o final da narrativa.

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