Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O MOVIMENTO FEMINISTA E SUAS ONDAS – UM BREVE APANHADO TEÓRICO Maryana Tavares da Rocha Mestranda no Programa de Linguística – PPGLL marytavares_14@Hotmail.com An American girl in Italy – 1951/ Radialista da CBN – Brasil- 2014 FEMINISMO MAS AFINAL, O QUE É O FEMINISMO? É um movimento que tem por objetivo acabar com o sexismo (HOOKS, 2018); É a luta contra o patriarcado (CURIEL, 2009); É a busca por igualdade entre os sexos e libertação das normas e padrões de gênero (CASTRO e MACHADO, 2018); É a “luta por direitos daqueles que padecem sob injustiças que foram armadas sistematicamente pelo patriarcado” (TIBURI,2018, p.12). DEFINIÇÃO DO FEMINISMO O INÍCIO DO MOVIMENTO FEMINISTA FRANÇA – 1789 – 1799; Revolução Francesa; Absolutismo – Democracia; Luta – pressupostos ILUMINISTAS; Participação das mulheres; Sufragistas/"suffragettes“ “ A ideia de incapacidade das mulheres é, ... Nessa época iluminada, totalmente inadmissível” Judith Sargent. SURGIMENTO DO FEMINISMO. LUTAS DO MOVIMENTO FEMINISTA – 1º- ONDA “Nascer mulher é estar condenada ao inferno, diretamente. Amélia Valcárcel. No Brasil, as mulheres não podiam: VOTAR; SER VOTADA; ESTUDAR; TRABALHAR/TER UMA PROFISSÃO; ASSUMIR CARGO PÚBLICO; RECEBER HERANÇA DE FAMILIARES; TER PROPRIEDADES EM SEU NOME; POSSUIR CONTA CORRENTE OU PEDIR EMPRESTIMOS; VIAJAR SEM O CONSENTIMENTO DO PAI OU ESPOSO; PRIMEIRA ONDA DO FEMINISMO SEGUNDA ONDA DO FEMINISMO ‘Não se nasce mulher, torna-se mulher’ Simone de Beauvoir Anos 70 INFLUÊNCIA: Publicação do livro “Segundo sexo”. Gênero e sexo. PROBLEMÁTICA: PERPETUAÇÃO DAS OPRESSÕES. REIVIDICAÇÃOES: As questões sociais, os direitos reprodutivos, a maternidade compulsória, a pornografia, os padrões de beleza, o casamento, dentre outras . VÍDEO: BBC NEWS – TOYS (https://www.bbc.com/portuguese/geral- 40974995) SEGUNDA ONDA DO FEMINISMO SEGUNDA ONDA DO FEMINISMO FEMINISMO TERCEIRA ONDA DO FEMINISMO “Seja qual for a liberdade pela qual lutamos, deve ser uma liberdade baseado na igualdade” Judith Butler Anos 90; INFLUÊNCIA: Publicação do livro “Problemas de gênero”. Gêneros, performances, fluidez; PROBLEMÁTICA: CONCEITO UNIVERSAL DE MULHER; REESTRUTURAÇÃO DO MOVIMENTO; FEMINISMOS; INTERSECCIONALIDADE; TEORIA QUEER; EMPODERAMENTO. TERCEIRA ONDA DO FEMINISMO QUARTA ONDA DO FEMINISMO Século 21 INFLUÊNCIAS :Tecnologias e redes sociais; PROTESTOS: MARCHA DAS VADIAS – SLUTWALKS- CANADÁ. REINVIDICAÇÕES: As diferenças entre os sexos não acabaram. QUESTIONAMENTOS: Sexismo, violência contra a mulher, consentimento, objetificação feminina, gordofobia, LGBTfobia, dentre outros (HOLLANDA, 2018). QUARTA ONDA DO FEMINISMO ALGUMAS PAUTAS DO FEMINISMO Fim do sexismo; Consentimento; Fim do assédio; Fim da violência contra a mulher/ Feminicídio; Fim da objetificação feminina; Divisão igualitária dos trabalhos, tarefas domésticas, criação das/dos filhas/os. (Dupla/Tripla jornada de trabalho); Remuneração inferior; Representatividade nos meios políticos. ALGUMAS PAUTAS DO FEMINISMO FEMINISMO NEGRO - INTERSECCIONALIDADE FEMINISMO NEGRO; CRÍTICA AOS HOMENS NEGROS ATIVISTAS- RACISMO AS MULHERES BRANCAS - SEXISMO; INTERSECCIONALIDADE; FEMINISMO NEGRO - INTERSECCIONALIDADE FEMINISMO NEGRO - INTERSECCIONALIDADE “Aquele homem diz que as mulheres precisam ser ajudadas a entrar em carruagens, erguidas para passar sobre valas e receber os melhores lugares em todas as partes. Ninguém nunca me ajudou a entrar em carruagens, a passar por cima de poças de lama nem me deu qualquer bom lugar! E eu não sou uma mulher [...]Dei à luz treze filhos e vi a grande maioria ser vendida para a escravidão, e quando eu chorei com minha dor de mãe, ninguém, exceto Jesus, me ouviu! E eu não sou uma mulher?’’ Sojourner Truth. “Ela é uma negra linda” “Você não é negra, é morena” FEMINISMO NEGRO - INTERSECCIONALIDADE FEMINISMO NEGRO - INTERSECCIONALIDADE Mulheres – salários inferiores; Hipersexualizadas; Menor número de alunas nas IES; Menor número do corpo docente e técnico nas IES; Estéticas questionadas. “A única coisa que separa mulheres que não são brancas de todas as outras pessoas é oportunidade.” FEMINISMO NEGRO - INTERSECCIONALIDADE https://www.youtube.com/watch?v=gXcT213XYlA FEMINISMO – TEORIA QUEER CORRENTE TEÓRICA DO FEMINISMO; SIGNFICADO DE QUEER; QUEM SÃO AS/OS QUEER? A TQ não quer a inclusão das/dos queers na sociedade atual, ela quer transformar a sociedade para que não mais existam os “normais” e os “anormais”. TEORIA QUEER FEMINISMO – TEORIA QUEER TEORIA QUEER Gays e lésbicas aceitos socialmente são aquelas/es que não aparentam ser. ESCOLA - Queer – punições, xingamentos, surras; QUEER COMO ABJETO; Tolerância x Diferença; Bullying; FEMINISMO – TEORIA QUEER FAMÍLIA X ESCOLA; “Na escola descobrimos que somos acima do peso, ou magros demais, feios, baixos, gagos, negros, afeminados”. “É no ambiente escolar que os ideais coletivos de como deveríamos ser começam a parecer como demandas e até mesmo como imposições , muitas vezes de forma muito violenta.” Educação pela diferença – Currículos, materiais, aulas. (MISKOLCI, 2012) TEORIA QUEER FEMINISMO – TEORIA QUEER “A guerra declarada contra o menino afeminado” – Giancarlo Cornejo(2012) Aulas de E.F: “Quase todos os meus professores me adoravam, mas me lembro que os que lecionavam educação física eram particularmente hostis a mim. Um desses professores falou com meu pai, porque estava preocupado comigo e disse a ele que eu era muito afeminado, e que todos os meus colegas zombavam de mim. Meu pai ao chegar em casa, me reprendeu, e não hesitou em me culpar pela hostilização.” “Por muitos meses sentia angústia, tinha insônia, me doía a cabeça e o corpo, chorava antes de dormir” (Cornejo, 2012) TEORIA QUEER MULHERES NOS ESPORTES - Desrespeito contra jornalistas e jogadoras; - Salários inferiores; - Número menor de patrocinadores; - Menor visibilidade da mídia; - (HENDEL, 2019) MULHERES NOS ESPORTES REFERÊNCIAS AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019. CASTRO, Amanda; MACHADO, Rita de Cássia. Todavia chitas em movimentos. In: CASTRO, Amanda; MACHADO, Rita de Cássia. (Org.) Estudos feministas- mulheres e educação popular. 2ª volume. São Paulo: LiberArs,2018. CORNEJO, Giancarlo. La guerra declarada contra el niño afeminado. Fazendo Gênero 9 Diásporas, Diversidades, Deslocamentos, 2010. CURIEL, Ochy. Descolonizando el feminismo: una perspectiva desde América Latina y el Caribe, Grupo Latinomaericano de Estudios, Formación y Acción feminista (GLEFAS) y el Instituto de Género de la Universidad de Buenos Aires, coloquio Latinoamericano sobre praxis y pensamiento feminista, celebrado en en Buenos Aires en junio de 2009. HOLLANDA, Heloisa. Explosão feminista: arte, cultura, política e universidade. 2ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. HOOKS, Bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Tradução Ana Luiza Libânio. 1ª edição. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018. Recurso digital. MISKOLCI, Richard. Teoria queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte: Autêntica Editora: UFOP- Universidade Federal de Ouro Preto, 2012. TIBURI, Marcia. Feminismo em comum: para todas, todes e todos. 7ª edição. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018. OBRIGADA! marytavares_14@hotmail.com
Compartilhar