Material de Apoio - Filosofia do Direito - Alessandro Sanchez - 01

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EXTENSIVO OAB FINAL DE SEMANA 
Disciplina: Filosofia do Direito 
Prof.: Alessandro Sanchez 
Aula: 01 
Monitora: Luana 
 
Material de Apoio 
 
I. Anotações da aula 
II. Lousas 
III. Exercícios 
I. Anotações da aula 
 
Filosofia do Direito 
 
1. Organização de Estudo - Resolução nº 75/09 do CNJ: 
1.1. Conceito de direito: diversas escolas do pensamento jurídico. Do pensamento clássico ao 
contemporâneo. Aula 01 “ao vivo”. 
1.2. Justiça. Sentido lato e estrito Aristóteles. Ética. Moral e direito. Kant. Aula Online 1. 
1.3. Hermenêutica e Interpretação – métodos clássicos. Ordenamento jurídico. Bobbio. Aula 
Online 2. 
 
2. Períodos Históricos 
 
Séc. VII a.c. Sofistas (matemáticos, físicos 
e professores de retórica) 
Jusnaturalismo Clássico: 
nesse período o direito era 
compreendido como resultado 
da vontade divina 
Séc. IV – III a.c. Sócrates 
Platão 
Aristóteles 
 
Jusnaturalismo Clássico 
Séc. III d.c. 
Séc. XIII d.c. 
Agostinho 
Tomás de Aquino 
Jusnaturalismo Medieval 
Séc. XVII Tomasius Jusnaturalismo Moderno 
Séc. XIX Savigny e Ihering Escola Histórica 
Séc. XIX XX Bentham/Mill Utilitarismo 
Séc. XX Kelsen/Bobbio Positivismo 
Contemporâneo Reale, Dworkin Pós Positivismo 
 
3. Escolas do pensamento jurídico 
3.1. Escola Jusnaturalista 
Concepção filosófica que compreende as leis naturais em superior hierarquia com 3 
concepções: 
 Clássica: o direito e a justiça se confundem e a natureza (Physis) oferece as regras 
e princípios divinos para as leis dos homens (nomos). 
 
3.1.1. Jusnaturalismo Medieval: Agostinho traz a concepção cristã do jusnaturalismo, 
principalmente ao considerar a regra de ouro  não faça aos outros o que não se 
deseja para si próprio”. 
 
 
Lex Divina 
Aeterna
Lex Naturalis
Lex Civili
 
Advertência: para os jusnaturalistas clássicos e medievais, as leis divinas são universais, 
atemporais e imutáveis. 
 Moderna: A natureza humana denota os seus princípios e valores que devem ser utilizados na 
solução dos conflitos. Grócio, Tomásius. 
 
3.2. Escola Histórica 
Séc. XIX 
O direito se condiciona ao “ir e vir” dos cidadãos e se modifica conforme a convivência em 
sociedade: 
 Grupo 
 Interação 
 Previsão de comportamento 
 
 Ihering 
O direito nasce da luta dos povos para com os seus direitos subjetivos, não se 
estabelecendo como uma mera ideia, mas uma força. 
 
3.3. Positivismo jurídico – séc. XX – Hans Kelsen – Teoria Pura do Direito 
1. O direito é o resultado da vontade de quem está no poder. 
2. Método positivista de estudo do direito: “Redução do direito à lei” Segurança jurídica. 
Estabilidade sistemática sobre o certo e o errado definido no sistema positivo. 
3. O conhecimento “verdadeiro” é o científico negação de critérios baseados em fatores 
subjetivos. (Valores como justiça). Obs.: os valores não podem ser objetivos, na 
medida em que estão além do método científico racional. 
4. O direito é um sistema coercitivo o sistema de leis define as proibições e 
obrigatoriedades e as garante com a coerção. A potência da lei em atingir o resultado 
que se deseja por meio da sanção. 
5. O direito é a ciência do “dever ser” ciência que busca determinar a conduta humana 
pela norma jurídica. 
6. Norma fundamental norma máxima capaz de validar todo o sistema jurídico. 
7. Construção de uma ideia formal/racional de estudo e interpretação do direito Exegese 
– Escola de interpretação que não concebe a utilização de princípios e valores próprios 
do julgador, mas ideia de reprisar a vontade do legislador. A interpretação corresponde 
a um ato simultâneo que se instrumentaliza no conhecimento e na vontade. 
 
3.4. Tridimensionalidade jurídica 
 Fatos: realidade histórica e social (sociologia) 
 Valores: realidade cultural 
 Direito: bilateralidade atributiva 
 
II. Lousas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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III. Exercícios 
1. Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: Defensor Público 
A Ciência do Direito (...), se de um lado quebra o elo entre jurisprudência e 
procedimento dogmático fundado na autoridade dos textos romanos, não rompe, de 
outro, com o caráter dogmático, que tentou aperfeiçoar, ao dar-lhe a qualidade de 
sistema, que se constrói a partir de premissas cuja validade repousa na sua 
generalidade racional. A teoria jurídica passa a ser um construído sistemático da razão 
e, em nome da própria razão, um instrumento de crítica da realidade”. 
Esta caracterização, realizada por Tercio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obra A Ciência 
do Direito, evoca elementos essenciais do 
a) jusnaturalismo moderno. 
b) historicismo. 
c) realismo crítico. 
d) positivismo jurídico. 
e) humanismo renascentista. 
2. Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: Exame de Ordem Unificado 
Considere a seguinte afirmação de Aristóteles: 
"Temos pois definido o justo e o injusto. Após distingui-los assim um do outro, é 
evidente que a ação justa é intermediária entre o agir injustamente e o ser vítima da 
injustiça; pois um deles é ter demais e o outro é ter demasiado pouco.” 
(Aristóteles. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, 
p. 329.) 
De efeito, é correto concluir que para Aristóteles a justiça deve sempre ser entendida 
como 
a) produto da legalidade, pois o homem probo é o homem justo. 
b) espécie de meio termo. 
c) relação de igualdade aritmética. 
d) ação natural imutável. 
3. Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: Defensor Público 
Considere as seguintes afirmações sobre a Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen: 
I. A Teoria Pura do Direito trata o Direito como um sistema de normas válidas criadas 
por atos de seres humanos. 
II. A Teoria Pura do Direito, assumindo o sincretismo metodológico, pretende ser a 
única ciência do Direito possível ou legítima. 
III. A Teoria Pura do Direito limita-se a uma análise estrutural do Direito positivo. 
Está correto APENAS o que se afirma em: 
a) I e III. 
b) I 
c) II 
d) III 
e) I e II. 
4. Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: Defensor Público 
Na obra O que é justiça? Hans Kelsen explicita que sua Teoria Pura do Direito formula 
a regra de Direito (usando o termo em sentido descritivo) como um juízo 
a) hipotético em que o delito surge como condição essencial e a sanção como a consequência. 
b) categórico em que o delito surge como condição essencial e a sanção como a consequência. 
c) hipotético em que a sanção surge como condição essencial e o delito como a consequência. 
d) hipotético em que a moral surge como condição essencial e a sanção como a consequência. 
e) categórico em que a sanção surge como condição essencial e o delito como a consequência. 
 
Gabarito: 
1. A 
2. B 
3. A 
4. A