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Maria Beatriz Machado G.O – AULA DR BARREIROS 05 – MECANISMO DO PARTO 1. PELVE ANATÔMICA A pelve é formada por quatro ossos: Cóccix, sacro, e dois ossos do quadril. Cada osso do quadril é formado pela fusão de três ossos, sendo eles: Ílio, ísquio e pube. A pelve, ou bacia, tem aparência realmente de uma bacia, com uma abertura maior superior, e outra menor, inferior. A linha terminal marca uma subdivisão na pelve. O que está acima desse plano é chamado de falsa pelve, e está diretamente ligada ao abdome contendo vísceras abdominais. O que está abaixo é chamado de pelve verdadeira, e contém as vísceras pélvicas. 2. SUTURAS DA PELVE A pelve basicamente tem uma sínfise púbica anteriormente localizada, articulando os ossos púbicos, e uma articulação sacro-ilíaca a cada lado. Estas suturas são progressivamente relaxadas durante o final da gravidez, permitindo uma maior abertura pélvica durante o parto. 3. FORMAS DA PELVE A classificação de Caldwell e Moloy ainda é a mais aceita, dividindo a pelve em quatro formas: Ginecóide (50%): Quando ela tem forma arredondada, sendo que passada uma linha transversa na pelve, teremos uma porção anterior e posterior da abertura pélvica, simétricas, como em espelho. Antropóide (25%): É ovalar no sentido ântero-posterior, com a porção anterior maior que a posterior. Andróide (20%) ou em coração: Tem a porção anterior maior que a posterior. É uma forma mais comum no sexo masculino (daí seu nome). Platipelóide (5%): Parece achatada, de trás para frente, e embora tenha as porções anterior e posterior semelhantes, é ovalar e não circular. A palavra “plati” significa achatada, como na referência aos parasitas intestinais platielmintos. 4. PLANOS E DIÂMETROS DA PELVE A pelve verdadeira é subdividida em três partes ou estreitos, sendo eles: Superior, médio e inferior. Estreito superior: O estreito superior é delimitado por: Promontório Asa do sacro Linha terminal Ramo superior da pube Ela tem três diâmetros principais: Ântero-posterior, transverso e oblíquo. Estreito médio: Tem no plano das espinhas isquiáticas o menor diâmetro da pelve (10 cm), que corresponde ao plano zero de DeLee. Estreito inferior: Delimitado por: Borda inferior do púbis Músculo sacoilíaco Músculo isquiococcígeo. Maria Beatriz Machado As conjugatas avaliadas na pelve, são quatro: Vera anatômica (ou conjugada verdadeira) Diâmetro antero-posterior do estreito superior, que parte do promontório até o ramo superior da pube Mede em geral 11cm Vera obstétrica Diâmetro da face posterior da pube até o promontório Mede em geral 10,5cm ou mais É importante porque é um ponto de estreitamento abaixo da conjugada verdadeira Para avaliarmos essa conjugada durante o exame de toque vaginal, tentamos atingir o promontório, e assim fazemos a medida da conjugada diagonalis. Quando tivermos a medida da conjugada diagonalis, subtraímos 1,5 a 2cm dela, e assim encontramos o valor da conjugada obstétrica. Diagonalis É medida no toque vaginal ao tentarmos atingir o promontório. Mede em geral 12cm Precisamos da medida dela para poder inferir a medida da conjugada obstétrica. Exitus Liga a borda inferior do pube até o cóccix Mede em geral 9,5 cm Durante a retropulsão do cóccix no trabalho de parto, pode alcançar até 11cm A porção média é um dos pontos mais importantes de estreitamento da pelve, e, talvez, um dos maiores limitantes à passagem do feto. Desta forma, caso o feto passe através do diâmetro médio, em geral, é grande a probabilidade de parte normal. Nessa porção temos os diâmetros ântero-posterior e transverso. O transverso, ou inter-espinhoso mede em geral 10 cm, e é um dos menores diâmetro da pelve. O ântero-posterior tem em geral 11,5 cm. Na porção inferior temos um diâmetro ântero-posterior, que segue da porção inferior da pube até porção inferior do sacro, com 9,5 - 11,5 cm, e um transversal, que vai de uma tuberosidade isquiática à outra, com 11 cm em geral. 5. AVALIAÇÃO DA PELVE A avaliação do estreito superior tem na medida da conjugada diagonal seu principal reparo. Esta conjugada é vista pelo toque, avaliando desde a porção inferior da pube até o promontório. O ideal, é que ao toque o promontório não seja atingido, o que sugere um diâmetro diagonal maior do que 12 cm. Da conjugada diagonalis, retiramos 1,5 (Relação de Smellie) a medida da conjugada obstétrica (vai da porção posterior da pube até o promontório). A avaliação do estreito inferior é feita em posição ginecológica, com as coxas hiperfletidas sobre o abdome, avaliando- se os ramos da pube (e o ângulo formado, dito, subpúbico), e a distância bituberosa. Pode ser medido com fita métrica, ou, grosseiramente, colocando-se o punho fechado em frente ao períneo entre os diâmetros bituberosos. Quando o ângulo subpúbico for maior do que 90º, estima-se que o bituberoso terá mais de 11 cm e estará, portanto, normal. Maria Beatriz Machado A parte média da pelve só pode ser avaliada por uso de imagem radiológica. Contudo, a distância das espinhas isquiáticas, quando menor que 8 cm, já nos mostra que ocorre uma deformidade na parte média da pelve. Também é importante na avaliação pelo toque vaginal da bacia, avaliar a concavidade do osso sacral (quanto mais plano, menor é o espaço da bacia) e a retropulsão do cóccix (quanto mais proeminente, menor o espaço para a passagem do feto). 6. DIÂMETROS FETAIS Os diâmetros da cabeça fetal na insinuação, são: Suboccipitobregmático (9,5 cm): É o menor diâmetro do pólo cefálico fetal. É o diâmetro mais comum da cabeça fetal na insinuação. Occipitofrotal (11 cm): Geralmente de posição transitória. Occipitomentoniano (13,5 cm): É o maior diâmetro do pólo cefálico fetal. Quando está apresentando à pelve de forma permanente, impede o parto vaginal. Submentobregmático (9,5 cm): Só permite o desprendimento fetal na variedade mentopúbica. 7. SITUAÇÃO FETAL A situação fetal é a relação entre o maior eixo fetal e o maior eixo materno, podendo ser longitudinal ou transverso. Ocasionalmente o feto pode estar obliquamente localizado em relação ao maior eixo uterino, numa posição de 45 graus. Esta posição, contudo, é instável, ou seja, o feto não permanecerá nesta posição, e adotará posteriormente uma posição longitudinal ou transversa. 8. APRESENTAÇÃO A apresentação é a parte fetal que está mais próxima do canal do parto, podendo ser cefálica, pélvica ou córmica. A apresentação cefálica, evidentemente é aquela em que a cabeça está mais próxima do canal do parto. Caso a cabeça esteja totalmente fletida, portanto, com queixo encostado no tórax do bebê, ela é dita apresentação de vértice ou de occipício, muito embora, a fontanela posterior é quem está apresentada, e o vértice da cabeça fetal lhe seja imediatamente anterior e o occipício, imediatamente posterior. Menos comumente, a cabeça estará em posição contrária, totalmente estendida, apresentando a face, na chamada apresentação de face. Poderá ainda, adotar uma posição intermediária entre as duas, dita apresentação bregmática (porquê esta fontanela no caso, estará apresentada), ou de fronte (caso a fronte esteja apresentada). Nestes casos, apresentações bregmática ou de fronte, geralmente são instáveis e transitórias, definindo-se em geral por apresentação de face ou de vértice. Deste modo, as apresentações cefálicas podem estar fletidas (occipital), ou defletida. A defletida, poderá ser então de 1o o grau (bregmática), de 2o grau (de fronte) ou de 3o grau (de face). No caso da apresentação pélvica, as duas pernas podem estar estendidas em relação ao feto, e somente a nádega estará presente no canal do parto, sendo chamada apresentação pélvica incompleta ou modo de nádegas. Ou ainda, as duas pernas, poderão estar flectidas em direção ao canal do parto, na chamada pélvica completa. Maria Beatriz Machado 9. LINHAS DE ORIENTAÇÃO São linhas fetais da apresentação que se colocam em relação ao diâmetro materno na insinuação, possibilitando acompanhar o movimento rotacional durante o trabalho de parto. Na apresentação cefálica fletida, é a sutura sagital. Na defletida de 1o grau, é a sutura sagitometópica Na defletida de 2o grau, é a linha metópica Na defletida de 3o grau, é a linha facial. Na apresentação pélvica, é o sulco interglúteo Na apresentação córmica, a linha dorsal 10. ATITUDE OU POSTURA Nos últimos meses da gravidez, o feto adquire uma atitude, hábito ou postura, que será em flexão ou extensão, de acordo com a posição adotada pelo feto. 10.1. POSIÇÃO A posição é a relação entre uma parte da apresentação fetal, arbitrariamente escolhida, e o canal do parto. Na apresentação de vértice, ou cefálica fletida, é escolhido o lambda como referência. Na defletida de 1o grau, é escolhida a fontanela bregmática Na de 2o grau, é escolhida a glabela ou raiz do nariz. Na defletida de 3o grau, é escolhido o queixo (mento). Na apresentação pélvica, é escolhido o sacro. Na apresentação córmica, é escolhido o acrômio. A variedade de posição fará a referência entre estas partes fetais, o canal do parto, e o lado materno (esquerdo ou direito). Assim, podemos ter para o occipício as seguintes variedades: Occípito esquerda anterior Occípito esquerda posterior Occípito direita anterior Occípito direita posterior Occípito transversa esquerda Occípito transversa direita Occípito anterior Occípito posterior Paras as demais apresentações usamos como referência bregma, glabela (ou fronte), mento, sacro e acrômio, usamos a mesma terminologia. 11. DIAGNÓSTICO DA APRESENTAÇÃO E POSIÇÃO DO FETO Para este diagnóstico nos valemos da palpação abdominal. Em casos duvidosos, gemerales e obesas, podemos realizar a ultrassonografia. As manobras utilizadas na palpação abdominal são chamadas manobras de Leopold, em número de quatro. As três primeiras, são executadas pelo lado direito da paciente, olhando-se para a face da paciente. A primeira manobra palpa fundo uterino tentando ver qual porção está localizada, aonde a porção pélvica, evidentemente é maior e mais depressível, do que a cabeça fetal que é mais móvel. Maria Beatriz Machado A segunda manobra, ainda com as duas mãos descerá pelos flancos maternos, tentando mostrar dorso, mais regular e endurecido, e as pequenas partes, no lado contrário. A terceira manobra é feita com uma só mão, palpando-se o escavo pélvico, logo acima da sínfise púbica. Na última manobra, o médico permanece no lado direito, mas olhando em direção dos pés da paciente, com as duas mãos tenta-se sentir na apresentação cefálica uma proeminência que é a parte posterior da cabeça. Caso ela esteja do mesmo lado do dorso, a apresentação é de face, e caso no mesmo lado das pequenas partes, é de occipício. 11.1. EXAME VAGINAL No trabalho de parto, o toque bidigital com colo em dilatação trará informações valiosas para a evolução do parto: Primeiro, e confirma a apresentação (cefálica ou pélvica). Depois, nos casos cefálicos, identificamos a sutura sagital e as fontanelas. Nos casos de face, identificamos a posição do mento Nos casos pélvicos, identificamos se é completa, incompleta, modo de nádegas, e onde está o sacro. 12. CLASSIFICAÇÃO DA VARIEDADE DE APRESENTAÇÃO SITUAÇÃO APRESENTAÇÃO REFERÊNCIA LINHA DE REFERÊNCIA SÍMBOLO Longitudinal Cefálica fletida occipital Vértice Lambda Sutura sagital O Cefálica defletida Bregma Bregma Sagitometópica B Cefálica defletida Fronte Glabela Metópica N Cefálica defletida Face Mento Linha facial M Pélvica Pélvica Sacro Sulco interglúteo S Transversa Córmica Acrômio dorso A 13. FASES UTERINAS DO PARTO O útero pode seguir 4 fases durante o transcurso do parto, que são progressivas continuadamente. Fase 1 ou de quiescência: É anterior à parturição, com musculatura uterina com contratilidade mínima, e colo fechado, rígido. Esta fase vai desde a implantação até o final da gravidez. Fase 2 ou de ativação: É identificada no final da gravidez, durando seis a oito semanas, com algumas modificações plásticas do colo, descida do fundo uterino, aumento da frequência das contrações uterina com dolorimento mais presente e desenvolvimento do segmento inferior. Fase 3 é a fase ativa do trabalho de parto (fase de estimulação): Tem progressão da dilatação cervical, descenso do feto e parto propriamente dito. Normalmente o trabalho de parto é subdividido em 3 estágios: Dilatação, expulsão e dequitação. Fase 4 (involução): Inclui a regressão uterina e retorno da fertilidade. Ocorre imediatamente após a dequitação, caracterizada por uma contração persistente que promove a involução uterina. Esta regressão leva seis semanas em geral, contudo, o retorno a fertilidade demora frequentemente mais tempo, especialmente durante a amamentação. Maria Beatriz Machado 14. INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO Clinicamente, o diagnóstico do início real do parto nem sempre será estabelecido facilmente, porque é de difícil definição e caracterização clínica. O início da fase 2 é dito início da parturição pela escola americana, contudo, o real início do trabalho de parto, seria quando começa a fase 3. A fase ativa do trabalho de parto, para alguns autores só é caracterizada por contrações uterinas regulares, porém, com cervicodilatação que ultrapassa 3 cm. Mesmo alterações de dilatação do colo uterino não fazem por si só o diagnóstico, uma vez que as alterações cervicais, já podem surgir no pré-parto final. Fase ativa de trabalho de parto: É considerada na presença de uma contração regular a cada 3 a 5 minutos e dilatação cervical igual ou maior do que 3 cm, com colo fino e apagado. Quando persistirem dúvidas, pode-se aconselhar deambulação e reavaliação da paciente em duas horas. Se houver progressão da dilatação após este período, o diagnóstico de trabalho de parto será confirmado. A falha de progressão em uma cérvice com menos do que 4 cm de dilatação, em geral, exclui a fase ativa do trabalho de parto. Feitas estas colocações sobre o diagnóstico do trabalho de parto, e, muitas vezes, das dificuldades em fazer este diagnóstico, didaticamente, subdividimos o trabalho de parto em três fases: Primeiro período, ou de dilatação Segundo período ou de expulsão Terceiro período ou secundamento. OBS: O chamado quarto período, que é a primeira hora após o parto (período de maior risco de hemorragia por atonia uterina), não é mais aceito como uma fase do parto. 15. MOVIMENTOS NA APRESENTAÇÃO DE OCCIPÍCIO Por causa da irregularidade da cabeça fetal e do canal pélvico, existem movimentos adaptativos da cabeça fetal durante o parto. Estes movimentos constituem o mecanismo de parto, e são eles: Encaixamento Descida Flexão Rotação interna Extensão Rotação externa Expulsão Estes movimentos são contínuos e combinados. Alguns autores não consideram a flexão e extensão da cabeça como movimentos separados, e também acrescentam o desprendimento das espáduas como um movimento em separado, antes da expulsão fetal propriamente dita. Encaixamento: O encaixamento ou insinuação é a passagem da maior circunferência da apresentação fetal através do estreito superior. Para que isto ocorra precisamos ter a diminuição do maior diâmetro do feto, feito da seguinte maneira: Nas apresentações cefálicas a redução do diâmetro é conseguida pela flexão ou deflexão da cabeça. Maria Beatriz Machado Nas apresentações pélvicas, a redução do diâmetro é conseguida pelo aconchego dos membros sobre o tronco ou por desdobramento deles. Nas apresentações córmicas não ocorre insinuação, portanto, o parto normal vaginal fica impossível Salvo exceções onde o feto é muito pequeno, ou em óbito fetal. Portanto: O encaixamento é o mecanismo pelo qual o diâmetro biparietal, que é o maior diâmetro transverso da cabeça fetal na posição de occipício se encaixa no estreito superior. Este fenômeno ocorre nas semanas finais do parto, mas pode ocorrer no próprio trabalho de parto. Normalmente o feto encaixa com a sutura sagital em uma das posições transversas ou obliquas, raramente em posição ântero-posterior. A cabeça não encaixa perfeitamente com a sutura sagital a meio termo da sínfise púbica ao sacro, mas sim, ocorre algum grau de irregularidade, dita assinclitismo. Quando o parietal anterior está mais apresentando, é dito assinclitismo anterior (obliquidade de Nägele), e o quando o parietal posterior está mais apresentado, é dito assinclitismo posterior (obliquidade de Litzmann). Algum grau de assinclitismo é normal nos partos, e em geral irá ocorrer alguma alternância no assinclitismo para permitir a descida da cabeça do feto no canal do parto. Contudo, o assinclitismo poderá ser anormal quanto mais extremado e persistente. Descida: O próximo requisito para o nascimento é a descida na pelve. Nas multíparas, geralmente a descida segue-se ao encaixamento, contudo, em primigestas, ele pode ocorrer somente durante o trabalho de parto. Ocorre pela pressão do líquido amniótico, pressão uterina, contrações dos músculos abdominais e extensão e acomodação do corpo fetal. Flexão: Tão logo ocorra resistência do colo, musculatura e paredes da pelve, o feto flete mais ainda a cabeça com mento em relação ao tórax. O diâmetro suboccipitobregmatico é substituído pelo occipitofrotal. Rotação interna: Ela ocorre para que o occipício adquira a posição original, anterior, em relação à sínfise, ou posterior, em direção ao sacro. Extensão: Após a rotação interna, quando o polo cefálico se aproxima da vulva, faz um movimento contrário, no caso, estende a cabeça apoiando-a na sínfise púbica. Rotação externa: Após a cabeça exteriorizar-se na vulva, ela rodará para a posição que estava ao encaixar no estreito superior. Caso estivesse rodado para a direita dentro da pelve, refará essa rotação, e caso fosse para a esquerda, também refará essa rotação. Finalmente, o feto ficará numa posição transversa, o que permitirá a saída dos ombros (desprendimento das espáduas). Na posição oblíqua ou transversa da cabeça, um ombro ficará anteriormente locado (o que está em posição à pube), e outro, posteriormente localizado. Expulsão: Quase imediatamente após rotação, o ombro anterior aparece sob a sínfise púbica, e o períneo é distendido pelo ombro anterior. Após a saída dos ombros (desprendimento das espáduas), o resto do corpo rapidamente é liberado. Maria Beatriz Machado 16. TRABALHO DE PARTO EM POSIÇÕES DE OCCIPÍCIO POSTERIOR Na grande maioria dos casos, ocorrerá mecanismo semelhante às posições transversas ou anteriores, contudo, a rotação será de 135 graus, ao invés de 45 ou 90 graus. 17. ALTERAÇÕES DA FORMA DA CABEÇA FETAL Nas apresentações cefálicas, a cabeça sofre uma mudança de forma devido ao edema resultante da pressão sobre as partes rígidas da pelve materna. Isto é chamado caput succedaneum ou bossa. A bossa pode ser unicamente por edema pela compressão permanente da apresentação fetal, ou sero-sanguinolenta, quando ocorre também acúmulo de sangue ao edema. Também pode ocorrer moldagem da cabeça fetal, pela grande mobilidade das suturas, o que diminui em 0,5 - 1,0 cm dos diâmetros biparietal e suboccipitobregmático.
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