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Pergunta 1
1. a alternativa incorreta a respeito da poesia de Gregório de Matos:
	
	a.
	Os poemas mostram o viver do homem em um mundo conflituoso.
	
	b.
	A questão religiosa permeia o seu fazer poético, pois é por meio da religião que o homem busca respostas para sua existência.
	
	c.
	Os poemas não revelam o conflito entre o sagrado e o profano, pois o mundo religioso (sagrado) é o que rege a sociedade da época.
	
	d.
	Os poemas denunciavam aqueles que agiam contra a lei, mesmo que fossem membros do Estado e da Igreja.
	
	e.
	O poeta adequava textos bíblicos para mostrar a relação do sagrado e do profano na vida do homem do século XVII.
0,2 pontos   
Pergunta 2
1. Todas as alternativas sobre o Barroco estão corretas, exceto:
	
	a.
	O Barroco representou um tempo de instabilidade e oposição ao Renascimento, tanto na forma das obras como em seu conteúdo, de fundo religioso.
	
	b.
	O estilo Barroco buscou inspiração no conflito religioso da Reforma e da Contrarreforma, porém procurava restabelecer os valores da Igreja Católica.
	
	c.
	A arte barroca se concretizava não só através dos efeitos das figuras de linguagem, mas também pela linguagem rebuscada e sensitiva. Porém, o paradoxo não era uma figura recorrente nesse estilo.
	
	d.
	A poesia sacra de Gregório de Matos é marcada pelo conflito nascido entre a vida terrena e a vida espiritual. Para isso, utiliza as antíteses e os paradoxos para expressar a efemeridade da vida, que tem sua finitude, a morte, como certa.
	
	e.
	A poesia sacra de Gregório de Matos se baseia em duas vertentes: no Cultismo, que guarda uma linguagem culta e rebuscada, utilizando-se de hipérboles, do jogo de palavras e da sinestesia. E na vertente Conceptista, que procura entender o conflito do homem por meio de uma dimensão racional, de uma retórica.
0,2 pontos   
Pergunta 3
1. Leia com atenção o soneto de Gregório de Matos:
As Cousas do Mundo
Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;
Com sua língua, ao nobre o vil decepa:
O velhaco maior sempre tem capa.
Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.
A flor baixa se inculca por tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa,
Mais isento se mostra o que mais chupa.
Para a tropa do trapo vazo a tripa
E mais não igo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.
Com base nesse poema, é incorreto afirmar:
	
	a.
	Que as oposições revelam o caráter duvidoso daqueles que desejavam ascender socialmente na colônia.
	
	b.
	O comportamento dos homens não condiz com os ensinamentos e doutrinas pregadas pela Igreja Católica.
	
	c.
	Nesse soneto, o tema principal é denunciar e criticar a sociedade da época através de uma vertente de fundo conceptista.
	
	d.
	Nesse soneto, o poeta não faz críticas à sociedade da época, protegendo, principalmente, a Igreja Católica.
	
	e.
	Nesse soneto, percebemos a preocupação do poeta com a desonestidade daqueles que estavam formando a colônia.
0,2 pontos   
Pergunta 4
1. Com base nos seus conhecimentos adquiridos sobre o Barroco, considere as afirmações a seguir:
I- Como consequência da dualidade na maneira de ver o mundo, o Barroco tende a aproximar opostos por meio do uso intenso de antíteses e paradoxos.
II- Na pintura Barroca, a mistura entre a luz e a sombra revela a dualidade do homem.
III- No Barroco, o desejo de desfrutar os prazeres que o dinheiro proporcionava levou os indivíduos a cultivarem cada vez mais os valores terrenos sem se preocupar com os valores espirituais.
Está correto o que se afirma apenas em:
	
	a.
	I e III
	
	b.
	II e III
	
	c.
	I e II.
	
	d.
	I.
	
	e.
	II.
Pergunta 2
1. Leia o soneto a seguir:
SONETO VII
Ardor em firme coração nascido!
Pranto por belos olhos derramado!
Incêndio em mares de água disfarçado!
Rio de neve em fogo convertido!
Tu, que em um peito abrasas escondido,
Tu, que em um rosto corres desatado,
Quando fogo em cristais aprisionado,
Quando cristal em chamas derretido.
Se és fogo como passas brandamente?
Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai! Que andou Amor em ti prudente.
Pois para temperar a tirania,
Como quis, que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu, parecesse a chama fria.
(Disponível em Gregório de Matos Guerra http://pensador.uol.com.br/frase/NTU2NTc1/ Acessado em 15/07/2013)
Assinale (V) verdadeiro ou (F) falso para as afirmações a seguir, considerando o Soneto VII:
( ) No soneto a apresentação das antíteses não só padronizam e revelam a paixão do eu-lírico como mostram a tensão dos sentimentos do homem que vive entre o sagrado e o profano.
( ) O poeta, ao fazer uso das oposições, mostra o conflito do homem barroco, que vive entre o amor carnal e o amor espiritual.
( ) O paradoxo neve ardente representa uma forma de liberação do eu-lírico para viver a paixão.
( ) o amor para o poeta representa o pecado, algo antirreligioso, que deve ser controlado e reprimido.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses acima é:
	
	a.
	V-F-F-V
	
	b.
	V-F-V-F
	
	c.
	V-V-F-V
	
	d.
	V-V-V-V
	
	e.
	V-V-V-F
0,2 pontos   
Pergunta 3
1. base na imagem e no soneto a seguir, considere as afirmações:
(Disponível em http://pt.wahooart.com/@@/8LHSV3-Jusepe-De-Ribera-(Lo-Spagnoletto)-S%C3%A3o-Paulo,-o-2-eremita. Acessado em 15 de julho de 2013)
Fragmento do soneto "Buscando a Cristo", de Gregório de Matos:
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lágrimas abertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.
(Disponível em <http://www.jornaldepoesia.jor.br/grego16.html. Acessado em 15 de julho de 2013)
I. Ambos são modelos da arte barroca, marcadas pela religiosidade. A reflexão sobre a fragilidade da vida humana é percebida no poema e na imagem.
II. Os dois textos fazem uma alusão metafórica à morte, ambos, escritor e pintor, ilustram como ela chega, após um processo de degradação que destrói tudo.
III. Ambos os textos representam o mundo instável e efêmero e se traduz como uma crítica à vaidade humana.
É correto apenas o que se afirma em:
	
	a.
	I e III
	
	b.
	I e II
	
	c.
	II
	
	d.
	III
	
	e.
	I, II e III

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