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Concordância Nominal e Verbal Relações de Sentidos nos textos de Alunos do Ensino Fundamental II

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REDE FUTURA DE ENSINO 
LAIZA SILVA SANTOS 
 
Concordância Nominal e Verbal: Relações de Sentidos nos textos de Alunos do Ensino Fundamental II
Vale de São Domingos - MT
2018
LAIZA SILVA SANTOS
REDE FUTURA DE ENSINO
Concordância Nominal e Verbal: Relações de Sentidos nos textos de Alunos do Ensino Fundamental II
 (
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em 
Metodologia do Ensino em Língua Portuguesa, Literatura e Língua Inglesa
Orientador: Ana Paula Rodrigues.
)
Vale de São Domingos - MT
2018
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL: RELAÇÕES DE SENTIDOS NOS TEXTOS DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 
Laiza Silva Santos[footnoteRef:2] [2: Laiza Silva Santos, nascida em 08/06/1994 no município de Jauru/MT. Graduada em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Estadual de Mato Grosso – UNEMAT. ] 
RESUMO: Este artigo relata uma experiência em sala de aula como alunos do 6°, 7° e 8° Ano do ensino fundamental II, a partir de uma atividade de produção textual da disciplina de Língua Portuguesa. O principal objetivo de propor a atividade de produção textual aos alunos foi analisar na escrita destes alunos o uso da norma padrão da concordância verbal e nominal, pois compreender a concordância verbal é um dos elementos essenciais para escrita, além do mais fazer uma reflexão de como os eles fazem o uso da concordância nominal na produção de textos, pois sabemos que as práticas da leitura, da escrita e da oralidade na construção textual são de suma importância para o desenvolvimento dos nossos alunos.
PALAVRAS CHAVES: Concordância Verbal, Concordância Nominal, Produção Textual. 
ABSTRACT: This article reports a classroom experience as students of the 6th, 7th and 8th years of elementary education II, from a textual production activity of the Portuguese Language discipline. The main objective of proposing the activity of textual production to the students was to analyze in the writing of these students the use of the standard norm of verbal and nominal agreement, since to understand the verbal agreement is one of the essential elements for writing, in addition to making a reflection of how they make use of nominal agreement in the production of texts, since we know that the practices of reading, writing and orality in textual construction are of utmost importance for the development of our students.
KEYWORDS: Verbal Concordance, Nominal Concordance, Textual Production.
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como propósito analisar as relações de sentidos estabelecidos no uso correto da concordância nominal e verbal, o interesse por esta pesquisa partiu do questionamento do “Porque” muitos alunos de ensino fundamental II encontram tantas dificuldades na escrita e principalmente quando se trata de fazer a regência das concordâncias nominais e verbais. Sabemos que uns dos maiores problemas existentes atualmente é que muitos de nossos alunos não são leitores assíduos, o pouco que lêem é forçado. Esta minoria não consegue compreender os sentidos dos textos, e isso é preocupante, já que a leitura nos leva ao conhecimento das palavras e dos sentidos, um bom leitor será um bom escritor.
Amaral (2010) destaca que ensinar a ler e escrever é um compromisso de todos os professores, pois sabemos que a leitura e a escrita são fatores que cooperam para o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos possibilitando lhes crescimento pessoal e uma melhor participação na sociedade letrada. Ler e escrever são requisitos básicos e necessários para atuação nos diversos contextos sociais, uma vez que são fundamentais nas demandas exigidas pela sociedade letrada, portanto cabe a escola formar leitores e produtores de textos competentes e autônomos. 
Para fazer análise dos textos uso como fonte teórica a Gramática Normativa da Língua Portuguesa de Rocha Lima, Moderna Gramática Portuguesa de Evanildo Bechara, Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha & Lindley Cintra e textos que tratam do tema. Como material de análise é tomado três textos de alunos do ensino fundamental II. Além da concordância verbal e nominal é ponderado o uso da pontuação e da ortografia pelos alunos na escrita dos textos. 
1. QUADRO TEÓRICO 
	Para que tenhamos uma boa escrita em quaisquer textos é necessário que compreendamos como organizar as palavras, em suma temos que saber concordar os nomes e os verbos para que o texto tenha sentido. Deste modo, trarei nesta discussão fundamentos teóricos sobre o tema que são fundante para análise dos textos, a começa dizendo que para se ter o conhecimento de como se constrói a relação de sentidos entre as palavras temos que ter conhecimentos dos conceitos morfológicos, pois para escrever um texto temos que saber como funciona os elementos gramaticais, seja morfológicos ou sintáticos. 
Inicio tratando da concordância nominal, que consiste no estudo da relação de adjetivo e substantivo, pronome e substantivo, artigo e substantivo, ou seja, todas as relações entre os nomes. Conforme Garcia e Reis (2010) na concordância nominal o adjetivo, ou termo com valor equivalente, como pronome, um numeral, um artigo ou verbo, concorda em gêneros e número com o substantivo na oração, portanto o termo que vai determinar a concordância do substantivo é o que os gramáticos chamam de regente e o termo que concorda com regente (adjetivo) é o regido. As autoras nos mostram o exemplo da seguinte oração: “Mulheres bonitas gostam de receber elogios”.
Analisando a relação dos nomes, percebemos na oração mencionada o termo regido é o adjetivo “bonitas”, o regente é o substantivo “mulheres” que concorda em gênero e número. Cunha e Cintra (2000) mostram que a flexão do substantivo pode variar de número (singular/plural), de gênero (masculino/feminino) e de grau. Dando ênfase no já foi dito, e parafraseando o gramático Bechara (2009) quando afirma que a concordância nominal é aquela que verifica gênero e número entre o adjetivo e o pronome (adjetivo), o artigo, o numeral ou o particípio (palavras determinantes), o substantivo ou pronomes (palavras determinadas) a que se refere.
Passemos para compreensão de como os gramáticos refere à segunda concordância, que é a verbal. Bechara (2009) define concordância verbal como a que determina em número e pessoa, o sujeito e o verbo da oração, esta relação de concordância pode ser determinada de palavra para palavra sendo total ou parcial (denominada de atrativa), ou, palavra para sentido “Quando o sujeito simples é constituído de nome ou pronome que se aplica a uma coleção ou grupo, pode o verbo ir ao plural. A língua moderna impõe apenas a condição estética, uma vez que soa geralmente desagradável ao ouvido construção do tipo: O povo trabalham ou A gente vamos.” (BECHARA, p.450pdf, 2009).
De acordo com Lima (2011) a concordância verbal possui duas regras gerais:
1° Se houver um núcleo (sujeito simples), com ele concorda o verbo em pessoas e número – Ex: “Eu ouço o canto enorme do Brasil!” (Ronald De Carvalho);
2° Havendo mais de um núcleo (sujeito composto), o verbo concorda com a pessoa que tiver primazia na seguinte escala: a) A 1° pessoa preferem todas as outras. b) Não figurando a 1° pessoa, a precedência cabe a 2°. c) Na ausência de uma e outra, o verbo assume a forma da 3° pessoa. (LIMA, p.472/473, 2011).
Outro ponto a ser analisado nos textos dos alunos é o uso da pontuação, dado que um dos erros mais comuns encontrados na escrita são os erros de pontuação. Garcia e Reis (2010) ressaltam que os sinais de pontuação surgiram no começo do Império Bizantino (330 a 1453), e a forma como os sinais são usados hoje é diferente, por exemplo, o ponto final se usava para separar as palavras, os espaços entre palavras surgiram no século VII na Europa, a partir deste momento passou-se a sinalizar as frases. Outros pontos como interrogação e exclamação forma inventados na Itália no século XIV, em seguida os italianos passou a usar vírgula e o ponto - vírgulae já era usado pelos gregos como ponto de interrogação. As autoras também falam que no XVI e XVII foram inventados os dois pontos e a aspas. O uso da pontuação é primordial para escrita, já que o uso correto dos sinais de pontuação determina a função sintática realizado por um termo, torna-o mais claro os sentidos. 
2. MATERIAL E MÉTODOS 
Fundamento esta pesquisa com base na Gramática Normativa da Língua Portuguesa de Rocha Lima, Moderna Gramática Portuguesa de Evanildo Bechara, Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha & Lindley Cintra, além de artigos e resenhas de pesquisadores da língua portuguesa que tem como objeto de pesquisa o uso da pontuação e organização da concordância nominal e verbal nos textos. 
A análise parte de três textos escritos por alunos do ensino fundamental que estão cursando 6°, 7° e 8° ano, do período letivo de 2018, não identificaremos os nomes por questões éticas, deste modo no decorrer da análise me referirei ao aluno do 6° Ano como “A”, do 7° Ano como “B” e do 8° Ano como “C”. Os textos foram separados por parágrafos, e subdivididos em períodos, assim pude analisar como os alunos A, B e C organizam os sentidos dos textos, como o uso da pontuação, se concordam o verbo, se as relações de nomes flexionam em gênero, número e grau, além disto, a uso da ortografia, já que um dos principais problemas na escrita é transferir o modo que se fala para escrita. Outro ponto observado é se os alunos sabem organizar os parágrafos para que os textos tenham coerência, como fazer a introdução, desenvolvimento e conclusão.
 
3. RESULTADO E DISCUSSÃO 
Como já mencionei a análise dos textos consistiram em observar a escrita de todos os parágrafos e como os períodos são constituídos, ou seja, as orações. Sabemos que um parágrafo se organiza em frases ou orações, este regulado pelos sinais de pontuação, na maioria das vezes o ponto final e a vírgula. Lima (2011) denomina como pausas rítmicas que assinalam a pronuncia por entonação características e na escrita por sinais especiais, sendo a vírgula o sinal que marca a pausa que não interrompe o discurso, indicando que a oração ainda não foi concluída. No que refere ao “ponto” o gramático qualifica como o indicador do termino do discurso ou parte dele, classificado em: 
a) Ponto simples – Usados na abreviatura “V Ex.a/Sr.” E no final de orações independentes “Faz frio. Ha bruma. Agosto vai em meio.”
b) Ponto Parágrafo – é usado quando é concluída uma unida de composição, iniciando outro, ou seja, o fim de um parágrafo. 
c) Ponto Final - é aquele que marca o fim de um período. 
3.1. TEXTO DO EDUCANDO 6° ANO
Começo a análise pelo texto do aluno “A” que está no 6° Ano do Ensino Fundamental, o texto é titulado Aguas, já de início o título já tem um erro de pontuação, pois a palavra correta é “ÁGUAS”. 
1° Parágrafo – Constituído de 4 períodos “Introdução”:
A água é fundamental em nossa vida. Nós morreríamos sem ela. Porém a agua que bebemos presisa ser pura, mas nem sempre a encontramos saudavel em seu estado natural. Para resolver esse problema o homem criou meios para purificar a agua (6°Ano, 1° Parágrafo)
I. “A água é fundamental em nossa vida. 
Nesta oração de período simples temos o sujeito “A água” com o verbo de ligação “ser” o restante da oração é o predicado nominal “fundamental em nossa vida”. Já de início percebemos que o tema a ser tratado no texto é a importância da água.
II. Nós morreríamos sem ela.
Na oração o pronome pessoal “Nós” é o sujeito, e o verbo “morreríamos” está conjugado na 1° Pessoa do Plural no Pretérito Imperfeito do Indicativo, ressaltando que este verbo é intransitivo, “sem ela” refere “Á água”, pois se fizermos a pergunta “Morreríamos sem quem?” logo relacionamos á oração anterior.
III. Porém a agua que bebemos presisa ser pura, mas nem sempre a encontramos saudavel em seu estado natural.
As palavras em Itálico são que apresentam erros de ortografia, isto é, a falta de acentuação nas palavras agua (água) presisa (precisa)/ saudavel (saudável). Os verbos “beber, encontrar” refere ao pronome “nós” e temos duas orações, sendo a primeira “Porém a agua que bebemos presisa ser pura”, a segunda uma oração Coordenada Sindética Adversativa “mas nem sempre a encontramos saudavel em seu estado natural”. Notemos que embora tenha erros de acentuação o educando demonstra domínio até momento em sua escrita em fazer a concordância nominal e verbal nas orações.
IV. Para resolver esse problema o homem criou meios para purificar a agua
O nome “problema” relaciona com “purificar a agua”, o homem é a agente o que faz ação para purificar a água. Interpreto como uma oração confusa, os sentidos nela ditos não estão coerentes, há novamente a falta de acentuação na palavra “água”e a falta do ponto final na oração.
2° Parágrafo – Constituído de 1 período “Inicia o Desenvolvimento” 
I. Em pontes e Lacerda há uma empresa encarregado dessa função, seu nome é “Águas de pontes e Lacerda”. 
Temos “ponte” escrita com a inicial em letra minúscula duas vezes, o verbo “há” está no sentido de existir, conjugado na terceira pessoa do singular no Presente do Indicativo. O nome “encarregado” não concorda com “empresa” em gênero, o certo seria “encarregada”. Fica subtendido “A quem se refere à função” não sabemos se diz sobre “Precisar ser pura ou meios de purificar a água”. O verbo “ser” liga a oração á predicação da empresa, ou melhor, o nome da instituição, já no que se refere há relação de nomes o pronome “seu” esta na terceira pessoa do singular e alude ao substantivo empresa.
3° Parágrafo – Constituído de 4 períodos. 
A água vem do rio guaporé ela passa por muito tratamentos tem uma parte do tratamento que se chama decantação é decantar a agua. tem uma caixa que lá na cerra que é de 2 milhões de litros eles guardam a água lá porque se queima alguma bomba eles podem pegar daquela água. A agua é distribuida em toda população por tubulações subterraneas (6° Ano, 3° Parágrafo)
I. A água vem do rio guaporé ela passa por muito tratamentos tem uma parte do tratamento que se chama decantação é decantar a agua.
Analisando a organização sintática da oração, podemos observar que há falta de pontuação, não há uma vírgula que pause o discurso, pontuado teríamos a seguinte oração “A água do rio Guaporé perpassa por muitos tratamentos, tem uma parte do tratamento que se chama decantação”. O nome “Guaporé” está com letra minúscula e sendo um substantivo próprio deveria iniciar com letra maiúscula, segundo Bechara (2009) o substantivo próprio é o que se aplica a um objeto ou a um conjunto de objetos individual “Isto significa que o substantivo próprio se aplica a esse objeto ou a esse conjunto de objetos, considerando-os como indivíduos.”(BECHARA, p.93, 2009).
“A água” é o sujeito da oração, o verbo “vem/vir” está conjugado na terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo, “do rio guaporé” refere a fonte da água “vem”, o pronome indefinido “muito” relaciona com o substantivo “tratamentos” concorda em gênero, porém não concorda em número “Muito tratamentos”, o correto seria “muitos tratamentos”. 
II. tem uma caixa que lá na cerra que é de 2 milhões de litros eles guardam a água lá porque se queima alguma bomba eles podem pegar daquela água. 
Nitidamente esta oração não concorda os verbos e os nomes, notemos que no início do texto o educando estava demonstrando uma boa escrita, contudo no desenvolvimento fica confusa a organização do texto. A oralidade é transferida para escrita nos dois momentos que é usado a expressão “que lá, lá”. Os pontos que observei a aluna demonstra dificuldade para distinguir quando se usa “s” e “c”, no terceiro período do primeiro parágrafo é escrito “presisa” em vez de “precisa” e novamente neste período “cerra” no lugar de “serra”. 
Em “eles guardam” o verbo concorda em pessoa e número, mas não sabemos de “quem são eles” não fica definido. Se formos analisar os elementos sintáticos há um sujeito indeterminado “eles, a qual se fizermos a pergunta “Eles quem?” atentaremos que não foi dito em nenhum momento notexto, dessa maneira um leitor leigo ao tema discutido, não compreenderá de quem se trata. Interpretando pelo contexto podemos subtender que se trata da “empresa”, porém “eles” não sabem. 
Ao separar o período por vírgula temos “Tem uma caixa que lá na cerra que é de 2 milhões de litros, eles guardam a água lá, porque se queima alguma bomba eles podem pegar daquela água” a terceira oração pode ser classificada como Coordenada Sindética Explicativa, pois a segunda oração tem um sentido completo e a 3° explica a segunda, são ligadas pela conjunção explicativa “porque”. 
III. Quando chove não danifica quase nada agua porque a agua da chuva não contem muitas bactérias. 
Falta o uso da vírgula novamente, assim teríamos “Quando chove, não danifica (verbo) quase nada (expressão predominante da oralidade (da) água (água da caixa), porque (conjunção coordenada explicativa” à agua da chuva não contém (verbo transitivo direto) muitas bactérias.” A partir desta organização podemos fazer a análise sintática e compreender a relação de concordância verbal e nominal.
Assim sendo, “Quando chove” uma Oração Subordinada Adverbial Proporcional e “porque à agua da chuva não contém muitas bactérias” Oração Coordenada Sindética Explicativa, é complexo, porém as duas orações relacionam com 2° oração. 
IV. A agua é distribuida em toda população por tubulações subterraneas 
Erros ortográficos (acentuação) em agua (água), distribuida ( distribuída), subterraneas (subterrâneas). Temos, “é distribuída” como uma locução verbal, “em” deveria ser substituída pela preposição “para” a fim de ter sentido na oração. 
A partir da análise do texto de “A” (6° Ano) pude avaliar que os principais erros são de acentuação e pontuação, como vimos há período que não possuem nenhuma vírgula, fazendo com que o leitor tenha dificuldade de compreender o encadeamento dos sentidos. O título “Aguás” é complexo, uma vez que o substantivo está flexionado no plural, o aluno começa o texto escrevendo sobre a importância da água, no primeiro parágrafo, logo trata da pureza da mesma e os meios criados.
No 2° parágrafo o tema é “Águas de Pontes e Lacerda” empresa responsável pelos cuidados e distribuição da água para o município. No 3° parágrafo continua falando sobre o processo de cuidar da água, no entanto o texto e finalizado falando da água da chuva. Não fica nítida no texto esta relação de nomes “Água” “Águas” não se sabe o recorte da discussão, se é a respeito de Águas de Pontes e Lacerda ou sobre a importância da água. 
3.2. TEXTO DO EDUCANDA 7° ANO 
O texto da aluna do 7° ano do Ensino Fundamental tem como título Você é Quem Decide! Salientando que a aluna usa o ponto exclamação para dar entonação, Lima (2011) o ponto de exclamação usa depois de qualquer palavra, expressão ou frase, dando entonação, indicando espanto, surpresa, entusiasmo, susto, etc., depende da condição de produção de sentido a qual a oração está escrita. Analisando o texto pude perceber que o texto tem seis parágrafos, contudo a organização destes parágrafos não segue a norma padrão de estrutura de texto, não há espaço para iniciar outro, deste modo considerei cada período terminado com uso do ponto parágrafo.
1° Parágrafo - Constituído de 2 períodos
Em um dia muito, muito belo aconteceu o que tinha que acontecer. Mas o que tinha que tinha que acontecer? (1° Parágrafo, 7° Ano)
I. Em um dia muito, muito belo aconteceu o que tinha que acontecer.
Temos nesta oração redundância em dizer “muito, muito” se aluna tem como objetivo dar intensidade ao advérbio deveria ter usado “muitíssimo” em alto grau, de modo excessivo. O verbo “acontecer” é transitivo direto, quando fazemos a pergunta “Aconteceu o que” à aluna diz “o que tinha acontece” objeto direto. O adjetivo “belo” qualifica o substantivo comum “dia”.
II. Mas o que tinha que acontecer?
Verbo “ter” conjugado na terceira pessoa do singular do Pretérito Imperfeito Indicativo. Ressaltando que toda a indagação do texto gira em torno da palavra “acontecer” estando em alguns momentos no infinitivo “acontecer” e outros no Pretérito Perfeito do Indicativo. 
2° Parágrafo - 1 período
I. a guerra: que desmanchou toda a natureza conquistada pelo homem, muitos foram assim, mais os homens nunca desistiram de conquistar o território da natureza, tentou, e tentando até hoje, vão conseguindo deixar mais o menos na linha certa. 
De princípio o parágrafo é iniciado com letra minúscula, o sujeito desta oração é “A ( adjunto adnominal) guerra” e este sujeito está relacionado á “acontecer”, pois a aluna instaura no início do texto um tom de mistério sobre o que tinha de acontecer,: tinha que acontecer a guerra. Analisando os elementos sintáticos temos “A guerra: que desmanchou (verbo transitivo direto) toda a natureza (objeto direto) conquistada (adjetivo – Ativo) pelo homem (complemento nominal de “conquistada”)”, em “muitos (adjunto adverbial de intensidade) foram (verbo intransitivo” assim (advérbio de modo)”. Dando continuidade temos: “mais os homens (sujeito simples) nunca (adjunto adverbial de tempo) desistiram de conquistar o território da natureza (podemos classificar como Oração Coordenada Sindética Adversativa relaciona a 1° oração)”. Em seguida temos “tentou (uma oração independente – Oração Coordenada Assindética)”, “e tentando (gerúndio) até (Preposição de movimento, transmitindo a ideia de proximidade de um limite, ou seja, referindo ao tempo) hoje”, “vão (podemos fazer a pergunta: Quem? Os homens) conseguindo (gerúndio) deixar (verbo) mais o menos na linha certa. (O que? Natureza), notemos que os nomes relacionam com o que já foi dito anteriormente, basta fazermos as perguntas que descobriremos. Por isso, o leitor deve ter um relacionamento íntima com os verbos, para compreender as relações de sentidos do texto. 
3° Parágrafo – Constitui de 1 período 
I. Muitos anos de guerra se passaram, mas não desistiram. 
A segunda oração é Coordenada Sindética Adversativa, neste período composto pode-se dizer que as relações de nomes estão de acordo com a norma patrão da língua portuguesa, o verbo “desistiram” flexiona com o sujeito “homem” dito anteriormente.
4° Parágrafo – 1 período 
I. No período Neolítico a importância da natureza era muito, muito mais mesmo importante para os homens, pois viviam dela, caçando e á preservando. 
Há uma quebra no assunto que vinha sendo discutida no texto por “período neolítico”, a concordância dos nomes fica confusa, estruturando este período de outro modo teríamos “No período Neolítico, a natureza era mais importante para homem, pois viviam dela, caçando e a preservando” 
5° Parágrafo – 1 Período 
I. Hoje me pergunto. Porque, hoje não mais à preservam e dela? 
È visível que a organização sintática do período não está corretamente pontuada, assim teríamos “Hoje me pergunto: (acréscimo dos dois pontos) Por que (iniciar orações interrogativa como Por que separado e sem acento circunflexo, deste modo ele se equivale à razão ou motivo) hoje não mais à (a letra “a” não usa crase) preservam e cuida dela (contração da preposição De + ela = dela. Dela quem? Natureza”. 
6° Parágrafo – 1 período
I. Bom, eu acho que a única pessoa que poderá responder é você que está lendo. eai que decisão você tomará?
A aluna termina o texto com uma interrogação, e usa a expressão predominante da oralidade “eai” com um vocativo para chamar atenção do seu leitor, sintaticamente às relações de nome e verbos concordam com que já havia sido discutido. Termino a análise da aluna “B” enfatizando que de todos os três alunos esta é a que menos apresentou erros de ortografia, porém em muitos momentos deixou a desejar no que se refere à organização do texto e as concordâncias. No início o texto é confuso, não se sabe dizer se a culpa é da guerra ou do homem, pela destruição da natureza. A aluna não organizou bem as ideias do texto, podemos interpretar que a guerra é causada pelo homem, assim o homem é o principal responsável pela destruição da natureza.
3.3. TEXTO DO EDUCANDO 8° ANO 
Como se trata de um texto de um aluno deoitavo ano do ensino fundamental prejulgamos que este teria uma escrita melhor, fazendo a concordância do nome, dos verbos, acentuando as palavras, entretanto isso não acontece. Dos três textos analisado este é o “pior”, pois não tem pontuação correta, as palavras são escritas erradas e na maioria não concorda. Em vista disso, a metodologia de análise é diferente dos outros textos, transcreverei todo texto sendo fiel a versão escrita pelo educando.
 (
Título: 
Qual é o valor da Sua aparencia 
“
O Que Sua aparencia vale, para você e a midia, mas o que vale a aparencia em o itelecto da pessoa. Qual você prefere a aparencia da midia, ou a sua.
Principe ou cafareste, para algumas pessoas não importa, mas outras sim. 
Como você lidar-se com isso, se ai importa você fazer muita mudaça, por anos para so si importar com sua imagem, mas para mim não importa, se eu to como a midia ou não. Porque a midia, manda na aparencia da pessoa, ou por que eles ligam com a midia na minha opinião eu não ligo para a midia, e nem se importo.
nas se tem alguas penoas que se importa e eu acho que isso nunca vai mudar, por a midia crescer e an penoas vão continuar mud
ado com a midia quer, que pena.” (Texto 8° Ano, aluno C)
) Já de início o texto predomina a linguagem coloquial, ou melhor, o aluno escreve com se fala, a oralidade está nitidamente transferida para escrita. O tema principal é o valor da aparência para mídia ou para o leitor, mas os sentidos não estão construídos. Estando o aluno afetado pelo modo como se fala, ele fica preso em certas palavras como “aparencia, midia, você, importo”. Na oração “se eu to como a midia ou não” o verbo “estou” é resumido a “to”, e os nomes não se relacionam para que haja concordância nominal, lembremos que Garcia e Reis (2010) mencionam que a concordância nominal deve relacionar os nomes, ou seja, o substantivo com adjetivo, artigo, numeral, etc. Encontramos os erros ortográficos aparencia (aparência), midia (mídia), itelecto (intelecto), principe (príncipe), cafareste (cafajeste), mudaça (mudança), so (só), to (verbo estar), nas (mas), penoas (pessoas).
Analisando a pontuação tomo com recorte apenas o primeiro parágrafo “O Que Sua aparencia vale, para você e a midia, mas o que vale a aparencia em o itelecto da pessoa. Qual você prefere a aparencia da midia, ou a sua.” O texto está a todo o momento indagando o leitor, todavia não se encontra o ponto de interrogação, desse modo teríamos “O que sua aparência vale? Para você e a mídia? O que vale a aparência ou intelecto da pessoa? Qual você prefere a aparência da mídia, ou a sua?” apenas pequenas mudanças de acentuação o texto ganha outra nuance, ganha sentido.
As dificuldades apresentados pelo aluno “C” é um fato muito comum no ensino básico, os alunos terminam o ensino fundamental e não conseguem organizar a ideia dentro de um texto, não compreendem as noções básicas de concordância nominal e muito menos a concordância verbal. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Tomando os fundamentos teóricos discutidos e a análise feita dos textos, pude observar que ambos os textos apresentam erros em concordar substantivo com adjetivo, flexioná-lo em gêneros, número e grau, além das outras relações de nomes. No que se refere à concordância verbal em alguns momentos não é determinado em número e pessoa, não há o relação ao sujeito, e sabemos que devemos ter uma relação íntima com verbo, uma vez que é a partir do verbo que poderemos fazer análise sintática do período, seja simples ou composto. 
O texto do educando do 6° ano embora tenha alguns erros de ortografia, e poucos erros de concordância é um texto compreensível, é compreensível, no entanto não está estruturado como a gramática defini. O texto do 7° Ano é o único que apresenta pouquíssimos erros de ortografia, mas deixou a desejar no uso da vírgula, algumas orações inteiras sem uma única pausa no discurso, além da falta de organização dos sentidos, num momento tratava de um tema, em seguida já não sabíamos o que estava sendo discutido. 
E por fim, temos o texto do aluno do 8° ano, mostrando que não importa a série em que aluno esteja, para definir sua capacidade de leitura e escrita, porque os outros textos, se tratando de concordância nominal e verbal, são superiores. Uns dos principais motivos que levam os alunos não conseguirem fazer a concordância nominal e verbal nos texto é a falta de leitura, e este “problema” só vai ser “solucionado” a partir do momento que tornarmos nossos alunos “leitor” ativo, somente assim os problemas de escrita serão amenizados. Assim com Paulo Freire preconiza que a leitura do mundo precede a leitura das palavras.
Um fator preocupante é que os nossos alunos não possuem apropriação plena da leitura e da escrita, muitas passam pela escola sem se apropriar destas habilidades tão fundamentais para formação. È difícil este trabalho para professor de Língua Portuguesa, uma vez que a grande problemática é que infelizmente a responsabilidade de ensinar a ler e escrever está posta apenas para ele. Fato preocupante uma vez que a responsabilidade de ensinar a ler e escrever é uma tarefa de todas as áreas de conhecimento, assim precisa de mais envolvimento de todos os professores com a aprendizagem, planejamento e replanejamento das aulas que envolva leitura e escrita dos alunos. 
Pata tanto a leitura e a escrita são necessárias para o entendimento, a compreensão e assimilação, análise e discussão dos conteúdos ensinados e para o desenvolvimento das habilidades e competências esperadas dos alunos e todas as áreas. Desta forma, pensar em como tornar alunos leitores e produtores de textos, preparados para uma sociedade letrada requer um comprometimento dos professores de todas as disciplinas curriculares de modo que promova e estimula reflexões que envolva todos os profissionais atuantes no espaço escolar na busca destes objetivos, uma vez que são oferecidas as escolas orientações e diretrizes curriculares, bem como referenciais teóricos para auxiliar os professores no comprimento da tarefa de proporcionar aos alunos o desenvolvimento de sua escrita e de sua leitura. 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AMARAL, Edson Toledo do. O professor de ensino médio e o seu olhar sobre a leitura e escrita em sua disciplina. Piracicaba, 2010. Disponível em: https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/docs/10032011_115919_dissertacao.pdf. Acesso em 30 de junho 2017 ás 16:15:30. 
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37° Edição. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Gramática do português contemporâneo. 13° Edição. Rio de Janeiro: Edições João Sá da Costa, 2000.
GARCIA, Maria Cecília & REIS, Benedita Aparecida Costa dos. Minimanual Compacto de Gramática: Língua Portuguesa – Teoria e Prática. 2° Edição. São Paulo: Editora Rideel, 2010. 
LIMA, Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. 49 Edição. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011.
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