Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Luan Simões INTRODUÇÃO Lesão Nervosa Periférica decorre da lesão do segundo neurônio motor. A lesão pode estar localizada na raiz do nervo, em um nervo isolado, em vários nervos periféricos (polineuropatias) ou nos plexos nervosos. As consequências da lesão da fibra nervosa dependem da sua natureza, intensidade e do local lesado. INTRODUÇÃO NERVOS ESPINHAIS NERVOS CRANIANOS I –Olfatório II –Óptico III –Oculomotor IV –Troclear V –Trigêmio VI –Abducente VII – Facial VIII –Vestibulococlear IX - Glossofaríngeo X - Vago XI –Acessório XII – Hipoglosso ______________________ MOTOR SENSITIVO MISTO Traumatismos (fraturas, ferimento por arma branca ou de fogo, tração, ruptura) Fatores mecânicos (compressão extrínseca, posicionamento na mesa de cirurgia, compressão intrínseca – tumor, edema, hematoma) Processos inflamatórios e autoimunes Medicamentos / drogas Diabetes mellitus ETIOLOGIA Neuropraxia Axonotmese Neurotmese TIPOS DE LESÃO DE FIBRAS NERVOSAS (De acordo com Seddon, 1975) Não existe perda da continuidade axonal entre neurônio e o músculo. Ocorre apenas uma interrupção da condução nervosa por uma lesão EXCLUSIVAMENTE na bainha de mielina. Bloqueio de condução de um segmento: propriedades do nervo abaixo e acima da lesão normais → Reversível. Afeta mais as ff. motoras do que as ff. sensitivas e simpáticas. Paralisias motoras duram de 1-6 meses. Maioria por: tração, isquemia ou frio. NEUROPRAXIA Ex.: nervo fibular ao cruzar as pernas Neuropatias compressivas: locais onde os nn. são vulneráveis anatomicamente – n. fibular pelo uso de gesso; n. ulnar Neuropatias compressivas: n. mediano Acomete axônio 1ª fase) desintegração do axônio e a quebra da bainha de mielina = DEGENERAÇÃO WALLERIANA (axonal) 2ª fase) processo de regeneração (reinervação) da continuidade entre o axônio e o seu órgão terminal. Endoneuro preservado – regeneração ocorre completamente. AXONOTMESE AXONOTMESE Acomete todo o tronco nervoso e o tecido conjuntivo que o circunda Impede o retorno do axônio para seu órgão terminal original (escapa do tubo endoneural) O axônio pode ter também seu caminho obstruído por fibrose. Geralmente é tratada cirurgicamente; Recuperação funcional completa é limitada. NEUROTMESE Avaliação do tônus: hipotonia. Exame dos reflexos: hiporreflexia ou arreflexia. Exame de força muscular: déficits motores Exame de ADM (imobilidade prolongada → encurtamento muscular → contraturas) Exame de sensibilidade: alteração vibratória, dolorosa e térmica → hipoestesia, disestesias, parestesias. Análise da marcha e AVD Análise de mov. compensatórios: hipertrofia de mm. adjacentes, dores musculares, posturas assimétricas, etc. EXAME FUNCIONAL PLEXO BRAQUIAL Picos de incidência: PO e acidente de moto (20-30 anos) Causa mais comum: tração PARALISIA OBSTÉTRICA: unilaterais, MSD mais acometido, ♂ = ♀ LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL Paralisia de Erb-Duchenne: lesão do tronco superior C5 e C6. Mm.: supra e infra-espinhal, deltóide, bíceps, redondo menor, braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo e supinador. Posição do MS: aduzido e rodado internamente. Cotovelo estendido e antebraço pronado. Dedos fletidos. LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL Paralisia de Klumpke: rara (C7 a T1) Paralisia predominante em mão. As PO: causam pouca alteração sensitiva Comprometimento motor grave Prazo de maior recuperação: até 1 ano de vida LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL LESÃO DO NERVO MEDIANO Normalmente, por esforço repetitivo Dormência progressiva e parestesia Dor à noite Fraqueza na mão Dificuldade para AVD Mão simiesca – atrofia tenar LESÃO DO NERVO MEDIANO Sinal da bênção Teste de Tínel e Teste de Phalen LESÃO DO NERVO MEDIANO LESÃO DO NERVO ULNAR Comum em fratura de cotovelo Mão em garra ulnar (hiperextensão das MCFs) Paralisia e hipotrofia na maioria do mm. intrínsecos da mão Perda sensitiva Diminui em média 50% força de preensão Dificuldade de pinçamento (adutor e flexor curto do polegar) LESÃO DO NERVO ULNAR LESÃO DO NERVO RADIAL LESÃO DO NERVO RADIAL Rara (L4 a S3); luxação posterior do quadril Afeta os mm. da pata de ganso e mm. da parte inferior da perna e pé Perda de sensibilidade todo MI, com exceção parte medial LESÃO DO NERVO CIÁTICO Não é comum Afeta o m. quadríceps Diminuição de sensibilidade em coxa e parte medial perna e pé LESÃO DO NERVO FEMORAL Mais comumente lesado; fraturas de fíbula ou compressão de talas Compromete dorsiflexão, extensão e eversão dos artelhos. Pode afetar inversão também Marcha compensatória com flexão de quadril e joelho ⇒ marcha escavante LESÃO DO NERVO FIBULAR COMUM • • • • APRESENTAÇÃO CLÍNICA ❖Controlar a dor ❖Manter/aumentar a ADM do segmento afetado ❖Conscientização postural ❖Ensinar os cuidados com o segmento afetado ❖Evitar e tratar deformidades ❖Manter/aumentar/recuperar a força e potência muscular OBJETIVOS NA FISIOTERAPIA CONTROLE DA DOR: • Farmacológico • TENS CONTROLE MANTER/AUMENTAR A ADM: • Orientar o auto-alongamento • Movimentação passiva/ativo-assistida/ativa • Estimular a movimentação ativa FISIOTERAPIA Conscientização postural FISIOTERAPIA CUIDADOS COM O MEMBRO E PREVENÇÃO DE DEFORMIDADES Cuidados para evitar ferimentos e pontos de pressão – conscientização do membro Uso de órteses e dispositivos auxiliares FISIOTERAPIA Edema • Elevação do membro • Exercícios passivos/ativo-assistidos/ativos • Compressão - cautela FISIOTERAPIA MANTER/AUMENTAR/RECUPERAR A FORÇA E POTÊNCIA MUSCULAR: • Estimular a movimentação ativa • Evitar posições de encurtamento • Técnicas de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva • Eletroestimulação FISIOTERAPIA TERAPIA DE INDUÇÃO DO MOVIMENTO FISIOTERAPIA FISIOTERAPIA ELETROESTIMULAÇÃO Amenizar a perda de massa muscular com a desnervação. Down et al., 2006 A B A: Controle B: Desnervado C: Controle D: Desnervado e eletroestimulado FISIOTERAPIA ELETROESTIMULAÇÃO Pode atrapalhar o processo de reinervação da fibra muscular desnervada FISIOTERAPIA A: Desenvolvimento embrionário B: Fibra adulta inervada C: Fibra desnervada D: Fibra adulta desnervada e eletroestimulada PROGNÓSTICO Fatores que irão influenciar: Idade Natureza do ferimento Nível da lesão Demora
Compartilhar