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APS ANALISES 2

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O aluno deverá fazer a leitura do artigo: “Enterobactérias produtoras de ESBL em Passo Fundo, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil”, disponibilizado no link: https://www.youtube.com/watch?v=xYVKjq5vSbs
 
ATIVIDADE 2: O aluno deverá responder as questões:
1. Qual o significado da sigla ESBL? Qual o impacto desses microrganismos na saúde pública? 
A sigla ESBL significa Beta-Lactamase de Espectro Estendido. Refere-se as Beta-lactamases produzidas principalmente por Escherichia Coli e Klebsiella spp (procutora de CTX -M). A β-lactamase é uma enzima capaz de hidrolisar o anel β-lactâmico das penicilinas, das cefalosporinas de 1 a 4ª geração e dos monobactâmicos.
Resultam em falha terapêutica e surtos por cepas resistentes no ambiente hospitalar, especialmente em unidades de tratamento intensivo, com grande impacto na saúde pública, em razão da alta patogenicidade e endemicidade. Assim, tendo o ambiente favorável para colonização, estão associadas a K. Pneumoniae, altas taxas de mortalidade.
2. Qual foi o local de estudo? Número de amostras avaliadas? Período da coleta de dados?
O estudo foi realizado no Rio Grande do Sul, na Cidade de Passo Fundo no Laboratório de Análises clínicas do Hospital Vicente de Paulo.
O hospital possui 661 leitos, incluindo os leitos de apoio.
O período inclui pacientes internados na unidade no período de julho a dezembro de 2017. 
3. Como foi realizada a identificação de cepas, antibiograma e triagem fenotípica da produção de ESBL? 
A identificação de cepas, ocorreu através do método de coloração de Gram e testes de fermentação de glicose, lactose, sacarose, motilidade, produção de gás H2S, produção de indol. Eventualmente, a identificção foi confirmada pelo painel de Gram-negativos do AUTO-SCAN-4. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos segui o padrão estabelecido pelas normas do CLSI. Da mesma forma, a triagem fenotípica para produção de ESBL, foi realizada pela técnica de disco de aproximação, onde é utilizado um disco de amoxilina associado ao ácido clavulânico situado no centro da placa e discos β-lactâmcos como a ceftazidima, cefotoxima, cefriaxona e aztreonam, localizados ao redor de amoxicilina.
4. Qual foi o total de culturas positivas? Qual o percentual de enterobactérias? Qual o percentual de isolados produtores de ESBL? 129 casos de cultura positivas. 54,2% identificados como enterobactérias e 24,8% dos isolados apresentaram teste de triagem positivo para produção de ESBL.
5. Quais as espécies mais prevalentes nesse estudo?
Escherichia coli  - 46,2% 
Enterobacter sp, com 30,3% 
6. Em relação ao perfil de resistência dos isolados, contra quais antibióticos os isolados se mostraram mais sensíveis/resistentes?
A piperacilina/tazobactam em monoterapia ou associada à amicacina pode ser uma opção útil para tratamento de infecções urinárias causadas por microrganismos susceptíveis. 
Apresentaram altos índices de susceptibilidade à tigeciclina: opção para o tratamento de infecções específicas. Entretanto, existe um argumento contra a expansiva disponibilidade desta droga por apresentar potencial para o desenvolvimento de cepas resistentes. 
Alguns antibióticos comumente utilizados, como fluoroquinolonas, cefalosporinas e carbapenêmicos, tornem-se mais propensos a induzir resistência cruzada e causar danos colaterais em pacientes hospitalizados. Embora o fenômeno de co-resistência não tenha sido observado até o momento, o potencial para o desenvolvimento de resistência a tigeciclina é desconhecido.
7. Do ponto de vista de saúde pública, qual a importância da frase encontrada no artigo: “As enterobactérias produtoras de ESBL avaliadas no presente estudo mostraram-se bastante susceptíveis aos carbapenêmicos, principalmente meropenem”.
Em razão da alta patogenicidade e virulência, a ESBL na família Enterobacteriaceae, tornou-se um problema de saúde pública, pois há estudos de novas variantes que ocorrem constantemente. Deve-se realizar estudos mais abrangentes, afim de estabelecer o uso adequado de antibióticos, com isso diminuir o risco para a saúde pública, através do estabelecimento de resistência. Tal fato se deve, a falta de programas de vigilância com abrangência nacional, no que tange a resistência bacteriana e seus mecanismos, ficando inviável contabilizar a proporção de ESBL no Brasil.

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