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PAPIRVM biblioteconomia – página 1 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 2 Me coloco à sua disposicao: priscylapatricio@gmail.com São as atividades de execução de processos e projetos para a promoção de produtos e serviços (Módulo I) • Conceitual da biblioteca universitária e das tecnologias. São as atividades de suporte ao processo decisório da coordenação de bibliotecas universitárias (Módulo II) • Organização da informação I e II. Este exemplar trata-se do anexo A-1 ao módulo I. Conteúdo: 1. Origem, evolução e teorias da biblioteconomia; 2. Evolução histórica da biblioteconomia brasileira; 3. Linha do tempo da Biblioteca Nacional; 4. Evolução histórica da documentação mundial; 5. Evolução histórica mundial da ciência da informação; 6. Os principais periódicos nacionais – evolução dos temas; 7. Referências bibliográficas para aprofundamento. O anexo B-1 trata-se de compilação de provas de concurso de biblioteconomia às universidades federais, institutos federais, e CEFET’s 2012-2017. Além de questões inéditas (simulado). A leitura desse anexo é importante, no sentido que apresenta mais segurança ao candidato às seleções de concursos, pois apresenta o estado da arte da biblioteconomia brasileira. É muito importante saber, pois, como se desenvolveram as principais correntes e pensamentos da biblioteconomia para o entendimento pleno das obras cobradas nos concursos. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA mailto:priscylapatricio@gmail.com PAPIRVM biblioteconomia – página 3 HISTÓRIA DA BIBLIOTECONOMIA A história da Biblioteconomia data desde o surgimento da Biblioteca de Alexandria em 288 a.C., criada com a finalidade de reunir e classificar todos os conhecimentos registrados em forma documental. (RUSSO, 2010). Ortega (2004)1 apresenta alguns marcos da biblioteconomia: 1. As Bibliotecas e a Biblioteconomia (terceiro milênio a.C. ao século XVII) “A existência comprovada das primeiras coleções organizadas de documentos, ou o que se poderia chamar de primeira biblioteca primitiva, data do terceiro milênio a.C. Trata-se da Biblioteca de Ebla, na Síria, cuja coleção era composta de textos administrativos, literários e científicos, registrados em 15 mil tábuas de argila, as quais foram dispostas criteriosamente em estantes segundo o tema abordado, além de 15 tábuas pequenas com resumos do conteúdo de documentos”. “A escrita era a cuneiforme, porém não no seu idioma original (o sumério), mas numa língua desconhecida a qual 1 ORTEGA, Cristina Dotta. Relacoes historicas entre biblioteconomia, documentacao e ciencia da informacao. DataGramaZero-Revista de Ciencia da Informacao, v. 5, n. 5, 2004. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 4 se chamou eblaíta. A descoberta desta biblioteca, em 1975, altera a história conhecida sobre a Síria e sobre o Oriente Médio no período e a organização nela encontrada vem sendo considerada a origem dos princípios da Biblioteconomia (Sagredo e Nuño, 1994). Segundo Kato (1987 apud Ortega, 2004), data também do terceiro milênio a.C. o início da escrita propriamente dita, como a escrita cuneiforme e os hieróglifos (respectivamente do idioma sumério e egípcio), em substituição aos sistemas pictográficos que ainda não eram representações da fala. (…) No segundo milênio a.C., na civilização mesopotâmica, foi constatada a organização de documentos acompanhada de representações para fins de recuperação: tábuas de argila eram protegidas por espécies de envelopes nos quais estavam dispostos resumos (Witty citado por Kobashi, 1996 apud Ortega, 2004)”. “Lemos (1998 apud Ortega, 2004) cita a existência de grandes bibliotecas da Antigüidade entre os séculos VIII e VII a.C., como a de Assurbanipal, rei da Assíria. A partir do século IV a. C, têm-se notícia das bibliotecas dos templos gregos, sendo as mais importantes aquelas referentes ao COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 5 auge da cultura helênica, como a que Aristóteles criou em sua Escola de Filosofia. Esta biblioteca teria sido o modelo para a fundação, no século III a.C., da famosa biblioteca de Alexandria, uma das maiores já conhecidas e que sobreviveu a muitos saques e desastres naturais, até ter seu fim definitivo”. “Durante a Idade Antiga e a Idade Média, museus, arquivos e bibliotecas constituíam praticamente a mesma entidade, pois organizavam e armazenavam todos os tipos de documentos. Esta entidade manteve-se inalterada até a Idade Moderna quando a produção dos livros tipográficos, entre outros motivos, levou a que as bibliotecas passassem a existir separadamente e a adquirir maior relevância enquanto elemento social”. “A tecnologia da impressão promoveu uma primeira modificação na atividade da organização e preservação de documentos, uma vez que, aos poucos, foi retirada da biblioteca a tarefa de reprodução de manuscritos realizada pelos copistas, que passou a ser feita em oficinas especializadas. Apesar do crescente destaque social vivido COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 6 pela biblioteca a partir de então, pode-se dizer que o trabalhador da biblioteca perdeu certa responsabilidade, cumplicidade e envolvimento com os documentos, já que não realizava mais a reprodução dos mesmos e a compreensão e organização dos conteúdos que lhe é decorrente. Aos poucos, tanto a biblioteca quanto o "bibliotecário" de então se distanciaram dos processos de organização, mas ganharam maior visibilidade pública e social”. Este fenômeno recebeu impulso no século XVII, nos países mais desenvolvidos da Europa e depois nos Estados Unidos, com o surgimento do conceito de biblioteca pública moderna, constituída de acervos gerais de livros e aberta gratuitamente ao público em horários regulares. Eram bibliotecas financiadas por mecenas, cujo movimento continuou até praticamente o século XX (Lemos, 1998 apud Ortega, 2004). A biblioteca pública, espaço para acesso a acervo organizado, e não a Biblioteconomia, conjunto integrado de processos que possibilita aquela, é que fez parte da nova concepção de mundo que passou a ser chamada de COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 7 modernidade, em oposição às noções de antigo e de medieval que a antecederam. De fato, em função do surgimento da biblioteca pública, geral e aberta e do crescimento dos periódicos e de sua importância na divulgação científica, a Biblioteconomia trilhou novos caminhos, passando a dividir seus espaços com as atividades desenvolvidas pela Documentação. Gabriel Naudé, em sua obra "Advis pour adresser une bibliothèque", cuja primeira edição é de 1927, escreveu os primeiros princípios da Biblioteconomia moderna. Além de fornecer uma das primeiras conceituações sobre biblioteca como a conhecemos hoje, Naudé trabalhou com a idéia da "ordem bibliográfica", a qual permitiria o acesso e o compartilhamento do saber, conduzindo a uma organização da razão política. Propôs um método de produção de bibliografias que contava com o levantamento de referências e a identificação de falsificações, o que se caracterizava como uma operação de verificação; esse método proporcionou uma nova forma de realizar uma pesquisa, a qual se iniciava com a elaboração de um inventário, que era um balanço preliminar do conhecimento acumulado. Naudé apresentou a biblioteca como COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia– página 8 necessariamente pública e universal e defendeu um projeto político para substituir a autoridade espiritual da Igreja pela "máquina cultural" da biblioteca (Coelho, 1997, p. 76-79 apud Ortega, 2004). Contudo, o termo "biblioteconomia" foi usado pela primeira vez somente em 1839 na obra intitulada "Bibliothéconomie: instructions sur l’arrangement, la conservation e l’administration des bibliothèques", publicada pelo livreiro e bibliógrafo Léopold-Auguste-Constantin Hesse. Mas foi efetivamente no século XIX que as técnicas e práticas dos bibliotecários começam a ser sistematizadas (Lahary, 1997 apud Ortega, 2004). 2. A Biblioteconomia, a Bibliografia e a Documentação (século XV até início do século XX) O percurso da Biblioteconomia, da Bibliografia e da Documentação no período citado é tratado aqui essencialmente a partir de Shera e Egan (1961 apud Ortega, 2004). Estes autores citam que a atividade de organização de conteúdos de documentos, a Bibliografia, já era realizada de forma limitada desde a Idade Antiga, na Inglaterra. Efetivamente, as COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 9 primeiras bibliografias relevantes são a compilação realizada pelo alemão Konrad Gesner, no final do século XV, e a primeira tentativa de uma bibliografia universal pelo suíço Johann Tritheim, na metade do século XVI. Após estas obras, foram crescentemente produzidos catálogos de bibliotecas particulares e bibliografias especializadas, a ponto de, em fins do século XVI, na Europa, os estudiosos sentirem necessidade de sistematizarem este grande volume de índices catalográficos e bibliográficos. Surgiram então muitas bibliografias comerciais, precursoras das bibliografias nacionais, mas pouco adequadas aos estudiosos. Esta atividade de elaboração de bibliografias é considerada a origem da Documentação. O primeiro código nacional de catalogação e o início do uso de catálogos em fichas tiveram lugar na França, em 1791, como decorrência da Revolução Francesa. Apesar disto, até 1840, praticamente nenhuma biblioteca tinha índice de assunto de seus acervos, nem estava completamente catalogada. A partir desta data, catálogos de autor e assunto passaram a ser empregados e as bibliografias foram se aperfeiçoando. Alguns fatos explicam estes avanços: em 1841, no Reino Unido, foram publicadas as "91 regras" de COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 10 catalogação elaboradas por Anthony Panizzi, que estabeleceram as bases da catalogação durante várias gerações; em 1850, nos Estados Unidos, Charles Jewett, da Smithsonian Institution, propôs a criação de um centro nacional de bibliografia e documentação a partir de um catálogo coletivo do acervo das bibliotecas públicas do país, por meio de um modelo padronizado de fichas a serem reproduzidas com uso da estereotipia, enfatizando a importância do aprimoramento das técnicas de organização bibliográfica dos documentos das bibliotecas para sua melhor utilização; em 1876, Melvil Dewey publicou nos Estados Unidos a primeira edição de sua Classificação Decimal, primeiro sistema do gênero a ser amplamente adotado, inclusive até os dias de hoje; no mesmo ano e país, Charles Ami Cutter publicou as Regras para um Catálogo Dicionário que, além do código de catalogação incluía uma declaração sobre os objetivos do catálogo; em 1899, as Instruções Prussianas, surgidas de estudos de catalogação de décadas anteriores, foram adotadas na Alemanha, alcançando grande aceitação na Europa; e em 1901, a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos liderou a organização bibliográfica em bibliotecas com o sistema de distribuição de fichas COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 11 catalográficas impressas e padronizadas (Shera e Egan, 1961 apud Ortega, 2004), (Fayet-Scribe e Canet, 2000 apud Ortega, 2004). A crescente importância dos periódicos como veículo de publicação atingiu seu auge em 1850 e levou à necessidade do tratamento de suas unidades de informação para possibilitar sua recuperação. Na primeira conferência da American Library Association (ALA), em 1876, bibliotecários e bibliógrafos, confrontados com as dificuldades decorrentes do trabalho bibliográfico, mostraram-se motivados em realizar esforços cooperativos. Teve início, neste período, um movimento geral para a análise de assuntos de artigos de periódicos e a criação de índices coletivos, cuja tarefa foi considerada como atividade de responsabilidade de bibliotecas. Contudo, a continuidade deste serviço pelas bibliotecas decorreu em fracasso pois o catálogo e o esquema de classificação das bibliotecas foram baseados nas monografias, ou seja, idealizados para reunir em uma proximidade física os documentos de conteúdos semelhantes, o que tornava as bibliotecas inoperantes para trabalhar os periódicos, já que não havia tanta preocupação com a diversidade intelectual do COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 12 seu conteúdo. Além disso, a viabilidade da organização política e tecnológica entre bibliotecas independentes e distantes mostrou-se muito difícil. (ORTEGA, 2004). A partir daí, esse segmento foi recolhido e desenvolvido pelo crescente grupo de documentalistas, deixando o bibliotecário de ter como atribuição o tratamento de parte da literatura e a biblioteca reduzindo-se a sua antiga função de custódia de documentos. Acredita-se que este fato tenha colaborado para o não fortalecimento do caráter intelectualizado da profissão bibliotecária, em contraposição à ênfase em atividades burocráticas. Em fins do século XIX, a Biblioteconomia e a Documentação apresentavam um desenvolvimento em grande parte inseparável: surgiram em conseqüência das mesmas necessidades, empregavam processos e instrumentos comuns (como as fichas de 7,5 por 12,5 cm e a Classificação Decimal de Dewey-CDD), tinham objetivos quase idênticos e em muitos casos deviam seu progresso aos mesmos homens. (ORTEGA, 2004). Havia, no entanto, uma tentativa dos documentalistas em evitar os instrumentos e até mesmo os termos adotados pela Biblioteconomia, o que levou, muitas vezes, a que aqueles COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 13 seguissem os caminhos já trilhados e até descartados por esta. A diferença da Documentação era que pretendia fazer uma análise de conteúdo mais profunda. Da mesma forma, os arquivos apresentavam problemas semelhantes de organização. A Biblioteconomia, a Documentação e a custódia dos arquivos, como já citado, eram tratadas de forma única: no entanto, interesses particulares começaram a dividir estas atividades em grupos separados, os quais passaram a adotar atitudes de intolerância entre si. (ORTEGA, 2004). Uma circunstância que levou os bibliotecários a desviar suas atenções dos processos de análise e representação das unidades do conhecimento registrado foi o movimento de criação e disseminação das bibliotecas públicas. A Idade do Iluminismo, o crescimento do Mercantilismo e, mais tarde, a Revolução Industrial levaram à necessidade de um corpo de trabalhadores alfabetizados e treinados em tarefas manuais específicas. Neste contexto, em especial na Inglaterra e nos Estados Unidos, por volta de 1850 (portanto, no período do auge do crescimento dos periódicos), a biblioteca pública era considerada uma agência educacional das massas e COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVMbiblioteconomia – página 14 da democratização da cultura. Com a absorção do bibliotecário tradicional pela função "educativa" ou pelo culto da educação universal e a negação do significado do serviço de informação, os documentalistas adotaram as técnicas da Biblioteconomia e as aperfeiçoaram. (ORTEGA, 2004). Supõe-se que esta divisão poderia ter encontrado outros caminhos caso houvesse o reconhecimento da natureza diversa do acervo e do atendimento para ambos os casos: em uma biblioteca com fins educacionais são necessários títulos devidamente escolhidos para permitir uma orientação eficiente ao leitor. A necessidade de estender os privilégios da educação a todos ocorreu sem que se tivesse formulado os mecanismos para garantir esse objetivo educacional e cultural, além de levar ao cancelamento dos trabalhos de bibliografia. (ORTEGA, 2004). A divergência entre bibliotecários e documentalistas refletiu-se na segmentação das associações. Em 1908, um grupo de bibliotecários especializados nos Estados Unidos separou-se da American Library Association para formar sua própria associação, a Special Libraries Association. E assim como estes, vários casos se sucederam de dissidências de COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 15 associações inicialmente de bibliotecários, que passaram a representar a Documentação (American Documentation Institute, criada em 1937, e atualmente denominada American Society for Information Science and Technology-ASIS&T), a Microfilmagem (National Microfilm Association), e áreas temáticas como Biologia e Química. (ORTEGA, 2004). A cisão entre Biblioteconomia e Documentação tornou-se cada vez mais profunda, sem levar necessariamente ao desenvolvimento e sedimentação de uma ou outra área. Shera (1980 apud Ortega, 2004) cita que este fenômeno tem particular interesse para a sociologia da profissionalização, que ocorre quando um grupo muda a terminologia de outro para parecer que se ocupa de uma nova disciplina, porém com mais dignidade e caráter científico. (ORTEGA, 2004). Por mais de quatro séculos, a Biblioteconomia foi quase sinônimo de Bibliografia. Considerando a Bibliografia como o princípio da Documentação, pode-se dizer que esta esteve unida à Biblioteconomia desde o século XV até fins do século XIX, quando Otlet e La Fontaine sistematizaram e COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 16 desenvolveram a Documentação enquanto disciplina distinta da Biblioteconomia. (ORTEGA, 2004). Os europeus deram continuidade a estes estudos e aplicações até que, os movimentos causados pela Segunda Guerra Mundial acentuaram estes avanços devido às necessidades específicas dos países envolvidos na recuperação de conteúdos a partir de tipos diversos de documentos, inclusive com tentativas rudimentares de recuperação mecânica da informação. (ORTEGA, 2004). --- S. Ranganathan Ranganathan (2009) a ciência biblioteconômica ocupa-se da representação da teoria do conhecimento, sua classificação, especialização em ramos, ontologias e taxonomias. Neste sentido, os temas centrais da ciência biblioteconômica seriam método dedutivo e indutivo da representação das classes de conhecimento. Ou, ainda, explicitação, implicitação ou elicitação. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 17 CAMPOS (2000) Prolegomena de Ranganathan. Obras de S. R. Ranganathan: • Five Laws of Library Science (1931) • Colon Classification (1933) • Classified Catalogue Code (1934) • Prolegomena to Library Classification (1937) • Theory of the Library Catalogue (1938) • Elements of Library Classification (1945) COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 18 • Classification and International Documentation (1948) • Classification and Communication (1951); • Headings and Canons (1955). --- 3. Otlet e a Documentação (fins do século XIX até década de 1930) As atividades dos documentalistas foram se desenvolvendo simultaneamente ao surgimento das bibliotecas públicas. Na virada do século, Otlet e La Fontaine sistematizaram a Documentação, cunhando este termo para significar, de forma mais ampla, aquilo antes denominado Bibliografia. Mais que isso, Otlet vem sendo considerado precursor e fundador da Documentação e da própria Ciência da Informação. (ORTEGA, 2004). Vários autores, como Rayward (1997 apud Ortega, 2004) e Sagredo (1994 apud Ortega, 2004), argumentam sobre a antecipação e previsão das tecnologias por Otlet, como os sistemas de hipertexto e hipermídia. A atualidade da obra de Otlet, de certa forma presente nos estudos realizados hoje por pesquisadores de Ciência da Informação figura, por exemplo, na eleição ampla dos profissionais envolvidos nas operações COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 19 distribuídas que constituem a Documentação, quais sejam, autores, copistas, impressores, editores, livreiros, bibliotecários, documentadores, bibliógrafos, críticos, analistas, compiladores, leitores, pesquisadores e trabalhadores intelectuais; as operações documentárias acompanham o documento desde o instante em que ele surge da pena do autor até o momento em que impressiona o cérebro do leitor (Otlet, 1937 apud Ortega, 2004). A sistematização realizada por Otlet culminou na publicação, em 1934, do "Traité de Documentation". (ORTEGA, 2004). Segundo Rayward (1997 apud Ortega, 2004) e Bradford (1961 apud Ortega, 2004), o projeto teve início no encontro entre Paul Otlet e Henri La Fontaine, em 1892, e no reconhecimento de preocupações comuns quanto à organização bibliográfica da produção científica, para o que criaram o Escritório Internacional de Bibliografia, em Bruxelas, na casa de Otlet. Logo perceberam que, para organizar um índice universal, era necessária uma cooperação internacional. Em 1895, promoveram a I Conferência Internacional de Bibliografia, na qual foi aprovada a criação do Instituto Internacional de Bibliografia (IIB), com o apoio do governo belga. Iniciativa pioneira dentre as associações internacionais no campo da COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 20 informação, o IIB teve seu nome alterado para Instituto Internacional de Documentação (IID), em 1931, e para Federação Internacional de Documentação (FID), em 1938. Desde 1986, recebe a denominação de Federação Internacional de Informação e Documentação, mas mantém a sigla original. (ORTEGA, 2004). O IIB tinha como pretensão desenvolver o Repertório Bibliográfico Universal (RBU). A Classificação Decimal Universal (CDU) foi criada, a partir da CDD, para contemplar as necessidades de tratamento da informação especializada e viabilizar a elaboração do RBU. Devido às primeiras experiências de trabalho cooperativo, optou-se pela descentralização e pelo emprego de bibliógrafos especializados em ciências. Para tanto, foram estabelecidos centros de informação científica em um grande número de bibliotecas científicas ou em anexos destas. Em 1934, o Repertório Bibliográfico Universal continha 16 milhões de entradas e, até o final da Segunda Guerra Mundial, doze países tinham Seções Nacionais do IIB, quais sejam, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Estados Unidos, França, Reino Unido, Holanda, Itália, Polônia, Rússia, Suíça e COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 21 Tchecoslováquia, e mais seis estavam em formação. (ORTEGA, 2004). O IIB prestavaserviços de pesquisa a partir das fichas catalográficas, contemplando a estratégia e a contextualização da busca. Para a determinação dos assuntos trabalhava-se com mapas conceituais que mostravam as intricadas relações dos conceitos dentro das várias áreas. No tratamento bibliográfico, utilizava-se o princípio monográfico, descrito como a divisão física do livro de acordo com a divisão intelectual de idéias contida no mesmo, o que consistia na fragmentação do documento para chegar às unidades de informação. Supõe-se que estas duas idéias, os mapas conceituais e o princípio monográfico, ensaiavam, respectivamente, as noções de tesauro e de tratamento documentário das partes dos documentos (ou analíticas), o que provavelmente contribuiu para o refinamento dos processos documentários. (ORTEGA, 2004). O IIB se criou na lacuna dos processos sociais, econômicos e históricos que, incialmente, foi resolvido com as bibliotecas públicas, que era o letramento e educação de COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 22 trabalhadores para a Revolução Industrial ; e no aspecto da ciência, na ausência de programas de pesquisa, nas poucas universidades e nas associações científicas isoladas, voltado às corporações. E também: A Europa do período entreguerras também viu o triunfo daquele outro aspecto da nação “burguesa” (…) a nação como uma ‘economia nacional’. Apesar de a maioria dos economistas, empresários e governos ocidentais sonhar com uma volta à economia mundial de 1913, isto provou-se impossível. De fato, mesmo que se quisesse, não poderia haver retorno à economia de empreendimentos privados livremente competitivos e comércio livre, que era o ideal, e até parte da realidade da economia mundial nos gloriosos tempos da supremacia mundial dos ingleses. (HOBSBAWM, 1990)2. Fonseca (1961 apud Ortega, 2004) cita que, no Brasil, em 1899, o IIB tinha como membro Juliano Moreira, diretor dos "Annais da Sociedade de Medicina e Cirurgia da Bahia". No começo do século XX, a Livraria Civilização, em São Paulo, recebia assinaturas e encomendas de publicações do IIB, 2 HOBSBAWM, E. J. Nações e nacionalismos desde 1780: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 23 além de fichários padronizados. Em 1900, Oswaldo Cruz introduziu a CDU na biblioteca do instituto de pesquisas que fundou e hoje tem o seu nome. (ORTEGA, 2004). BIBLIOTECONOMIA DOCUMENTAÇÃO CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO Biblioteca pública Democratização da informação aos cidadãos. Educação, letramento, mediação. CEDOC Disseminação da informação às corporações, instituições e aos projetos nacionais de desenvolvimento tecnológicos. Centros de Informação Crítica à desinformação. Disseminação da informação aos cidadãos e às corporações. Estudo da informação. E em 1911, o professor de Direito Manoel Cícero Pelegrino da Silva, diretor-geral da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, criou o Serviço de Bibliografia e Documentação em correspondência com o IIB, com a pretensão de organizar o repertório bibliográfico brasileiro em fichas catalográficas e com uso da CDU, incluindo o tratamento dos artigos de periódicos, como uma contribuição ao controle bibliográfico internacional. (ORTEGA, 2004). No entanto, sendo a CDU um sistema europeu, passou a ser rechaçado pela influência estadunidense que teve início por volta de 1930 na Biblioteconomia brasileira, sendo retomado COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 24 pelos centros de documentação e bibliotecas especializadas a partir dos anos 50. De uma forma geral, a influência do modelo estadunidense de biblioteca pública trouxe benefícios, dentre os quais, a renovação dos processos técnicos e administrativos, a melhoria e diversificação dos serviços, como no caso do empréstimo domiciliar, maior liberdade nas relações com o público e a compreensão sobre o papel da biblioteca para a educação e recreação da população em geral e como estímulo às pesquisas especializadas. Como aspecto negativo, processos e instrumentos (como a CDU e o catálogo dicionário, que foram substituídos pela CDD e pelo catálogo dicionário) foram deixados de lado, sem considerar a especificidade das coleções e dos usuários. (ORTEGA, 2004). Quanto ao Instituto, em 1924, foi reestruturado, mudou seu foco e a CDU tornou-se uma de suas únicas tarefas. No início de 1992, foi criado o Consócio CDU (UDC Consortium), que agrupa a FID e editores da CDU de vários países. Em 1995, no centésimo aniversário da agora denominada FID, foi firmada a Resolução de Tóquio por 35 organizações não governamentais em informação, comunicação e conhecimento como uma aliança estratégica para melhor servir à comunidade mundial. Também foi organizado o Fórum de COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 25 Conhecimento da FID a fim de reunir e disponibilizar a experiência comum e o conhecimento acumulado em diferentes comunidades. (ORTEGA, 2004). 4. A Biblioteconomia nos Estados Unidos (fins do século XIX até década de 1950) O período que corresponde ao final do século XIX até metade do século XX foi marcado por uma divisão de interesses entre bibliotecas públicas e processos documentários, com maior ênfase nos Estados Unidos e Europa, respectivamente. (ORTEGA, 2004). Buckland (1996 apud Ortega, 2004), pesquisador dos Estados Unidos mas versado na literatura em idioma francês, explorou o tema da distinção entre as culturas estadunidense e européia na área da Biblioteconomia, da Documentação e da Ciência da Informação, com foco para a questão tecnológica, justificando porém, tratar-se de uma análise especulativa. (ORTEGA, 2004). Afirma que a Biblioteconomia nos Estados Unidos, no final do século XIX, foi marcada por sua sedimentação e por inovações técnicas e tecnológicas. Já na primeira metade COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 26 do século XX (até o início da Segunda Guerra Mundial), houve uma expansão de serviços de bibliotecas por todo o país, especialmente nas áreas rurais, acompanhada, porém, de uma relativa estabilidade técnica e tecnológica. De fato, ocorreram aplicações tecnológicas para bibliotecas durante este período, como as cópias fotostáticas (projeção fotocopiadora em papel sensível) de 1912 e a microfilmagem, por volta dos anos 30. Houve também a retomada de desenvolvimentos do século XIX, como a duplicação a tinta e estêncil, telefones e máquinas de escrever e o uso de regras para catalogação, classificação e arquivo. Contudo, estas inovações não foram significativamente estudadas e adotadas. (ORTEGA, 2004). Um dos elementos que ajuda a explicar por que estes desenvolvimentos foram grandemente ignorados nos círculos de bibliotecas antes da Segunda Guerra Mundial foi a influência da Graduate Library School, da University of Chicago, considerada o centro intelectual da Biblioteconomia dos Estados Unidos, dos anos 30 até os anos 60. (ORTEGA, 2004). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 27 A obra de Pierce Butler, "Introduction to Library Science", de 1933, é considerada uma emblemática da assim conhecida Escola de Chicago e suas influências. (...) Afirmou que as bibliografias eram importantes desde que houvesse clareza sobre seus fins e que, deveria haver um deslocamento do foco nos processos para a função, com ênfase para o status social dos bibliotecáriose a função social das bibliotecas (Butler, 1971 apud Ortega, 2004). Nesta obra, observam-se três pontos negligenciados: (1) modelos, tecnologias, técnicas e habilidades de gerenciamento que forneçam um efetivo e eficiente serviço de biblioteca; (2) menção a grandes nomes que contribuíram para a Biblioteconomia, como Panizzi, Cutter, Dewey, Jewett, Bliss, causando a impressão de que suas contribuições não existiram; e (3) elaboração de aspectos científicos dos processos e serviços (a despeito do título da obra). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 28 Na Escola de Biblioteconomia de Chicago, houve alguma atenção para a administração de bibliotecas mas o interesse era limitado se comparado com os estudos e aplicações do país no final do século XX e nos dias atuais. Pesquisadores da década de 70 criticaram a Escola de Chicago por esta não sustentar uma abordagem científica. Na década de 50, Margaret Egan e Jesse Shera, membros da Escola de Biblioteconomia de Chicago, avaliam que a atenção dos bibliotecários durante os anos anteriores esteve voltada para a revolução da comunicação de massa e seu provável efeito sobre os serviços de biblioteca para o leitor em geral, enquanto poucos se preocuparam com a revolução da organização e serviços de biblioteca, a qual foi tratada por outro campo, nomeado "comunicação da informação especializada" e desenvolvido por documentalistas e especialistas de informação. Shera apontou a própria Escola como uma das principais responsáveis pela repulsa dos bibliotecários por habilidades técnicas. Em oposição à Escola de Chicago houve, ao mesmo tempo, um interesse por aspectos tecnológicos dos serviços de COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 29 biblioteca no Massachussetts Institute of Technology (MIT), Estados Unidos. Desde o início dos anos 30, Vannevar Bush, um professor do MIT e administrador acadêmico, tentou persuadir fundações e corporações a financiar seus experimentos em recuperação de informação em bibliotecas. O famoso artigo de Bush, "As we may thing", embora publicado em 1945, foi escrito no final dos anos 30. Contudo, neste período, a Biblioteconomia naquele país era essencialmente representada pela Escola de Chicago. Já em relação à Europa, a análise da produção dos anos 30 da revista Library Quartely, publicada pela Escola de Biblioteconomia de Chicago, em comparação com a análise dos anais dos congressos da FID do mesmo período, constata que os aspectos tecnológicos foram evitados na primeira revista, apontando para um contraste de interesses que evidencia que as escolas européia e estadunidense eram marcadamente distintas. Ao mesmo tempo em que escolas distintas se desenvolviam, a ajuda dos Estados Unidos após o final da Primeira Guerra Mundial aos países europeus atingidos, disseminou o modelo COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 30 estadunidense de biblioteca pública na França, por meio do projeto de reconstituição das bibliotecas públicas francesas e do funcionamento de uma escola estadunidense de bibliotecários em Paris entre 1923 e 1929. Neste período, configurou-se um rico trabalho cooperativo que envolveu o modelo das bibliotecas públicas, especialmente trazido pela Biblioteconomia pública estadunidense, e os serviços de informação especializados, em sintonia e continuidade à filosofia do IIB e de Otlet (Fayet- Scribe, 1998 apud Ortega, 2004). Nos Estados Unidos, o movimento de bibliotecas especializadas foi formalizado em 1908, com o grupo dissidente que constituiu a Special Libraries Association, e a influência da Documentação européia evidenciou-se no final dos anos 30, com a criação do American Documentation Institute. Contudo, somente nos anos 50, uma mudança tornou-se aparente na literatura dos Estados Unidos sobre Biblioteconomia em função da tentativa de reconstruir, analisar e interpretar o pós Segunda Guerra Mundial, ocasionando uma discussão baseada na dicotomia Ciência da Informação versus Biblioteconomia. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 31 Houve um período de tensão pois a abordagem dominante da Biblioteconomia dos Estados Unidos, orientada para o não tecnológico e para as Ciências Sociais e representada pela Escola de Chicago, foi desafiada e transformada pelo retorno do interesse em modelos e em tecnologia. Os assuntos que tinham interessado aos documentalistas europeus emergiram com muita força na Biblioteconomia dos Estados Unidos 20 anos depois que na Europa, mas aquilo que foi produzido na Europa, principalmente em francês e alemão, foi amplamente esquecido. Elegeu-se um nome para esta nova área – Ciência da Informação – e o principal elemento foi a presença de indivíduos voltados à tecnologia e de fora da Biblioteconomia, que estavam procurando conduzir a nova tecnologia eletrônica para resolver velhos problemas. Afinal, a Biblioteconomia dos Estados Unidos, neste momento, não era formada por indivíduos sofisticados tecnologicamente e com experiência e competência nos problemas e oportunidades de tecnologia em serviços de biblioteca, Documentação e gerenciamento de informação especializada, uma vez que a COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 32 linha dominante representada pela pesquisa de Chicago não contemplava estes aspectos. Buckland acredita que a disputa sobre Ciência da Informação e Biblioteconomia poderia ter ocasionado uma grande mudança se tivesse ocorrido uma retomada das primeiras posições dos documentalistas europeus e dos estudos e propostas dos pioneiros estadunidenses que atuaram em fins do século XIX. Considera que as pesquisas e aplicações em Ciência da Informação dos Estados Unidos do pós Segunda Guerra realizadas por engenheiros, foram caras e ineficazes, mas que poderiam ter sido produtivas se não tivesse havido uma separação institucionalizada e atitudinal entre engenheiros e bibliotecários. Pesquisadores e profissionais da Ciência da Informação eram percebidos por muitos bibliotecários como uma espécie de ameaça até o final dos anos 70, quando o debate sobre Ciência da Informação versus Biblioteconomia dispersou em segmentos diferentes aquilo que era uma ênfase construtiva sobre teoria, modelos e serviços. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 33 A partir de Buckland, pode-se inferir que, na primeira metade do século XX, a Europa inovou em termos de pesquisa e experimentos de processos de organização da informação, mas o patamar tecnológico de então e dificuldades políticas e econômicas não permitiram sua disseminação e implementação. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos estavam preocupados com a ampliação do número de bibliotecas, vistas como equipamentos culturais e educacionais, e a garantia de acesso universal aos seus acervos. 5. A Ciência da Informação (década de 1950 em diante) Shera e Egan (1961 apud Ortega, 2004) citam que a Documentação e a Biblioteconomia evoluíram como artes práticas com o fim de atenderem necessidades imediatas. Tanto as bibliotecas quanto os centros de documentação trabalharam de forma isolada, decorrente de um período caracterizado por poucas bibliotecas, acervo reduzido e clientela homogênea e erudita que pouco se relacionava entre si. No final da década de 60, nos Estados Unidos, com o crescente desenvolvimento da Ciência da Informação, a COMPÊNDIO CONCEITUAL DABIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 34 Documentação chegou a ser considerada até mais antiquada que a Biblioteconomia (Shera, 1980 apud Ortega, 2004). Já na Europa continental, o termo Documentação é ainda hoje amplamente utilizado e se confunde, muitas vezes, com a idéia expressada pela Ciência da Informação. É conseqüência (mas também causa) da relativa ausência dos estudos sobre Documentação nos Estados Unidos o tardio aparecimento de literatura na área em idioma inglês. Considerando a obra "Traité de Documentation", de Otlet, de 1934, em Bruxelas, como a primeira e significativa sobre o tema, e a obra "Die Decimal Klassification", de Frank, de 1946, em Berlim, cuja primeira parte trata dos princípios documentários, somente um ano depois, foi produzido em idioma inglês, o livro "Documentation", por Bradford, em Londres. A obra referencial seguinte a esta é intitulada "Qu’est-ce que la Documentation", de autoria de Suzanne Briet, de 1951 (Shera e Egan, 1961, Ortega, 2004). Como se vê, estas obras de referência sobre Documentação foram produzidas na Europa (contudo, a citação é de pesquisadores COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 35 estadunidenses). Além disso, percebe-se que, ainda hoje, as literaturas em inglês e em francês sobre organização da informação apresentam abordagens bastante peculiares. Em especial, na França, a divisão profissional entre bibliotecários e documentalistas deu-se de forma marcante, como pode ser observado atualmente pelos cursos de formação específicos e pela ampla disseminação dos centros de documentação. Os primeiros centros de documentação surgiram neste país entre as duas Grandes Guerras e se multiplicaram depois de 1945. A atuação dos centros de documentação ilustra o papel que desempenha a informação na ajuda à pesquisa e à tomada de decisão nas organizações (Pomart, 1997, p. 124, apud Ortega, 2004). Já na área escolar, os assim chamados centros de documentação e informação (CDI) são estruturas documentárias dos estabelecimentos escolares do segundo grau do sistema de ensino francês, que englobam biblioteca, sala de leitura, audioteca e videoteca, entre outros, e efetivam o tratamento documentário dos materiais, a pesquisa, a promoção de leitura e a ação cultural. Neles trabalham os professores- documentalistas (Vernotte, 1997, p. 125 apud Ortega, 2004). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 36 Por outro lado, nos Estados Unidos, os CDIs são representados pelas midiatecas (media centers) ou bibliotecas escolares, assim como, os centros de documentação especializada são geralmente denominados bibliotecas especializadas (special libraries) ou centros de informação (information centers). Contudo, a linha existente entre centros de documentação e bibliotecas especializadas não é evidente (Pallier, 1997, p. 99 apud Ortega, 2004). De fato, há muita pesquisa histórica a ser realizada a partir da exploração dos fatores que levaram ao surgimento, em separado, da Biblioteconomia Especializada e da Documentação, uma vez que esta divisão profissional (juntamente com a divisão entre Biblioteconomia "Generalista" e Documentação) gerou um estado de debilidade para a Ciência da Informação, que perdura até os dias atuais (Williams, 1998 apud Ortega, 2004). Uma das diferenças pode ser observada na abrangência dos princípios documentários para além das áreas especializadas do conhecimento, aproximando-se da noção atual de Ciência da Informação. Apesar disto, inicialmente, a tendência predominante exercida pelos Estados Unidos contou com a Ciência da Informação COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 37 sendo empregada para designar a Biblioteconomia do tipo não tradicional, passando-se do problema da diferença entre Biblioteconomia e Documentação para a relação entre Biblioteconomia e Ciência da Informação. Para Pinheiro (1999, p. 156 apud Ortega, 2004), a Ciência da Informação "parte do reconhecimento de sua interdisciplinaridade, de sua natureza social, forte e profundamente relacionada à tecnologia da informação e do novo papel da informação na sociedade e na cultura contemporâneas, características essenciais da área". A Ciência da Informação tem suas raízes na bifurcação da Documentação/ Bibliografia e da Recuperação da Informação (Information Retrieval). PINHEIRO (1999, apud ORTEGA, 2004). É uma ciência social cujo objeto é a informação, tendo início no campo da informação científica e tecnológica, passando a atuar também com a informação para fins educacionais, sociais e culturais. Apresenta interfaces com a Biblioteconomia, Ciência da Computação, Ciência Cognitiva, Sociologia da Ciência e Comunicação, entre outras áreas. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 38 Outras abordagens sobre a constituição da Ciência da Informação incluem ainda áreas do conhecimento como a Administração, que busca fornecer formas otimizadas para a operação do fluxo da informação registrada, e a Editoração, na produção de documentos impressos e eletrônicos. Também podem ser citadas a Lingüística, Lógica, Psicologia, Estatística e Economia. Chernyi, Gilyarevskii e Mikhailov (1973 apud Ortega, 2004) e Moreiro González (1995 apud Ortega, 2004) tratam da construção do conceito que envolve a Ciência da Informação, na União Soviética, que teve início alguns anos depois de fundamentado e desenvolvido pelos Estados Unidos. A equipe de Mikhailov concebeu alguns enfoques diferentes e criou o termo Informatika para defini-lo. Para os russos (PINHEIRO, 1995)3, essa nova disciplina é responsável pelo estudo da estrutura e das peculiaridades da informação científica (a qual engloba todas as áreas do conhecimento), assim como as leis que regem essa atividade, sua teoria, história, métodos e organização. (…) No entanto, 3 PINHEIRO, Lena Vania Ribeiro; LOUREIRO, Jose Mauro Matheus. Tracados e limites da ciencia da informacao. Ciência da informação, v. 24, n. 1, 1995. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 39 ocorreu um processo que levou à adoção ampla da concepção e do termo Information Science, elaborado nos Estados Unidos, em detrimento da Informatika, pensada pelos russos no mesmo período. Dentre as abordagens mais consistentes sobre Ciência da Informação está a de Saracevic. Teórico de produção relevante no campo da Comunicação, considera o objeto da Ciência da Informação como o comportamento, as propriedades e os efeitos da informação em todas as suas facetas, tanto quanto os vários processos da comunicação que afetam e são afetados pelo homem. A Ciência da Informação estuda: (1) a dinâmica e a estática do conhecimento, ou seja, suas fontes, organização, criação, dispersão, distribuição, utilização, expressão bibliográfica e obsolescência; (2) os aspectos comunicacionais relacionados ao homem enquanto produtor e usuário de informação; COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 40 (3) os problemas da representação simbólica da informação como na classificação e indexação; e, por extensão, (4) o funcionamento de sistemas de informação como as bibliotecas e os serviços de armazenagem, recuperação e processamento de dados (Saracevic citado por Enciclopédia Mirador Internacional, 1994, p. 6115 apud Ortega, 2004). Wersig (1997 apud Ortega, 2004) argumenta a favorda natureza da Ciência da Informação como uma ciência pós- moderna. Isto implica um novo entendimento da noção de conhecimento, por meio do abandono da idéia de paradigmas como categorias únicas de compreensão científica. Diferente da ciência clássica, que é baseada na pesquisa do completo entendimento de como as palavras trabalham, a ciência pós-moderna trata do desenvolvimento de estratégias para resolver em particular aqueles problemas causados pelas ciências clássicas e pelas tecnologias. Wersig define Ciência da Informação como o conjunto de modelos, desenvolvidos sob o ponto de vista do problema do COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 41 uso do conhecimento nas condições pós-modernas de informatização. Por fim, a Lingüística Documentária e a Informática Documentária são campos que representam elaborações da Lingüística e da Informática aplicadas aos processos documentários. Estando em sua origem ligados à Documentação e suas denominações assim o indicarem, expressam conteúdos essenciais para a composição da Ciência da Informação por considerarem, respectivamente, a natureza lógico-semântica da estruturação do conteúdo dos documentos e os requisitos tecnológicos para a sua produção, organização e disseminação. Observa-se uma lacuna na literatura sobre Ciência da Informação ao considerar a Lingüística e a Informática (ou Ciência da Computação) em detrimento da Lingüística Documentária e da Informática Documentária. Uma explicação possível está na constatação de que, a exemplo da Documentação, estes campos são pouco conhecidos. Isto, no entanto, não justifica que a construção teórica da Ciência da Informação não opere pela assimilação destes campos interdisciplinares, de alguma forma já constituídos e aplicados. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 42 UPE / 2017. Ortega (2004): --- Araújo (2014)4 irá identificar as seguintes escolas de pensamento: - PENSAMENTO FUNCIONALISTA - PENSAMENTO CRÌTICO - ESTUDOS DE USUÀRIOS - ESTUDOS DE REPRESENTAÇÃO - PERSPECTIVAS CONTEMPOÂNEAS 4 ARAUJO, Carlos Alberto Avila. Arquivologia, biblioteconomia, museologia e ciência da informação: o dialogo possivel. Brasilia, DF: Briquet de Lemos; Sao Paulo: ABRAINFO, 2014. xiii, 200p. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 43 DISCIPLINA PENSAMENTO FUNCIONALISTA ARQUIVOLOGIA Jenkinson, de 1922, e de Casanova, de 1928; Arquivos e efiacia organizacional; Schellenberg e Brooks; Valor primario/ secundario dos documentos; Destinacao final. BIBLIOTECONOMIA Seculo XVIII; Bibliotecas publicas; 5 leis da biblioteconomia (Ranganathan); Dinâmica e uso de bibliotecas; Tipologias de bibliotecas; Suportes informacionais. MUSEOLOGIA Museum Education; museologia “verbal” ou nominalista, exemplo: Museu do Louvre; Museu do imaginario. Síntese das teorias funcionalistas: determinação das funções, elas estão ou não sendo cumpridas? (e para a identificação e eliminação dos obstaculos que impedem seu cumprimento), para a identificação de disfunções e a formulação de estratégias. Observe aqui que as teorias da qualidade “administração da qualidade”, teorias “ISO 9001”, administração cientifica, taylorismo, fordismo, etc., estavam em voga e o gerenciamento estrategico era uma tarefa predominantemente ‘prescritiva’. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 44 DISCIPLINA PENSAMENTO CRÍTICO ARQUIVOLOGIA Bautier e os interesses ideológicos; Custódia documental; Políticas nacionais de informação, direito de acesso à informacao e transparência do Estado; Arquivologia canadense; Terry Cook e poder, Estado e arquivos. BIBLIOTECONOMIA Processos de redemocratização; incentivo a leitura, biblioteca comunitaria, “carro livro”, acao cultural; Dinâmicas diferentes da funcionalista: contra a desinformação, alienação, etc. MUSEOLOGIA Pensamento critico de ensaistas Zola, Valery e manrinetti; “Mausoleu” estruturas de poder sobre outras culturas; Sociologia da cultura; Capital cultural; Construcao ideologica; Museologia critica. Síntese das teorias críticas: desenvolveram no seculo XIX como reação ao pensamento positivista, ao contrario da funcionalista, o conflito, e não a integração, e a explicação da realidade humana, a partir das denuncias de suas ações ideologicas. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 45 DISCIPLINA ESTUDO DE USUÁRIOS ARQUIVOLOGIA Decada de 1960; Acesso aos arquivos, reunioes do Conselho Nacional de Arquivos; Dinamizacao cultural; Cidadãos, historia das familias, ensino, etc. BIBLIOTECONOMIA “Estudos de Comunidade” Universidade de Chicago; Diagnostico de bibliotecas; Avaliacao de coleções; Necessidades de informação; Biblioteca escolar e cognitivismo. MUSEOLOGIA Mudança de paradigma: de depositos de objetos para ambientes de aprendizagem; Estudo de visitantes; Medidas de aprendizagem e base cognitivista; Modelo contextual; Experiências. Síntese dos estudos de usuários: o paradigma custodial sendo abandonado, as abordagens funcionalistas começaram a se preocupar com o público e a necessidade de se conhecer a visão dos sujeitos foi crescendo a ponto de se tornar uma área autônoma. Sujeitos ativos e colaboradores. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 46 Enquanto isso… Ciência da informação: origem e evolução (ARAUJO, 2014). “As raizes da Ciência da Informação se encontram na área de Documentação, criada por Otlet e La Fontaine no inicio do seculo XX”. Acontece a International Conference on Scientific Information, realizada em Washington, em 1958. Poucos anos depois, em 1966, o American Documentation Institute (ADI) mudou sua designacao para American Society for Information Science (ASIS). Os fundamentos teóricos imediatamente adotados foram a Teoria Matematica da Informação de Shannon e Weaver, a Cibernética de Wierner e as contribuições de Vannevar Bush. “Conforme Gonzalez de Gomez (2000), nas décadas seguintes a CI desenvolveu-se por meio de subareas relacionadas a diversos “programas de pesquisa”: os fluxos da informação cientifica, a recuperação da informação, os estudos métricos da informação, os estudos de usuarios, as politicas de informação, a gestão do conhecimento e as possibilidades trazidas com o hipertexto e a interconectividade digital”. (ARAUJO, 2014). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 47 DISCIPLINA ESTUDOS DE REPRESENTAÇÃO ARQUIVOLOGIA 1898 manuais holandeses; Schellenberg; ‘record group’; Principio da proveniência; Preservação digital; Indexação. BIBLIOTECONOMIA Seculo XIX primeiras regras e principios de catalogação; 1960 MARC; Conceito ‘Metadados’; Sistemas de classificação bibliográfica ‘Dewey, Otlet, Bliss e Brown’; Classicação facetada Ranganathan; ‘Classification Research Group;Foskett, Vickery e Pendleton ‘sistemas facetados’; Tesauros facetados, teoria do conceito de Dahlaberg; Linguagens de indexacao, Autin e Farradane. MUSEOLOGIA Problemática da representação do gênero; Museologia critica. Síntese dos estudos de representação: a questão técnica, nos seculos XVIII e XIX, enciclopedismo, historicismo e o positivismo, foram, ao longo do seculo XX, ganhando aporte da ciência linguistica. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 48 DISCIPLINA PERSPECTIVAS CONTEMPOÂNEAS ARQUIVOLOGIA “pos-custodial”; Gestao documental; Fluxos organizacionais, processos, workflow. BIBLIOTECONOMIA Mediação; “InformationLiteracy”; Bibliotecas eletrônicas e digitais. MUSEOLOGIA Ecomuseus; ‘musealização do patrimonio imaterial’; “Museum Informatics”. Museu do amanhã. Síntese das perspectivas contemporâneas: fluxos, mediação e sistemas; “ambito extra-institucional conferiram maior dinamismo aos campos, que passaram a se preocupar mais com os fluxos e a circulação de informação”. (ARAUJO, 2014). A possibilidade de integração epistemológica. “Na Museologia, tal passagem pode ser caracterizada com a mudança do objeto “museu” para a “musealidade” ou a “musealização”, na Arquivologia com o conceito de “arquivalia” ou o de “arquivo total”; e na Biblioteconomia com o próprio conceito de “informação” (como vem sendo feito desde a decada de 1980, quando as pos-graduações em Biblioteconomia comecaram a mudar sua denominação para CI)”. (ARAUJO, 2014, citando outros autores). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 49 A BIBLIOTECA PÚBLICA Sobre a biblioteca pública, no contexto da Sociedade da Informação, Suaiden (2000)5 explica que, historicamente, o acesso à informação no Brasil sempre foi definido pelo poder aquisitivo. Durante o período colonial, os jesuítas fizeram grande esforço para facilitar o acesso à palavra escrita. Na verdade, foram esforços isolados, pois a educação e a cultura não eram prioridades dos segmentos dominantes do poder. São aspectos considerados por E. Suaiden: A vinda da Biblioteca e da Imprensa Real também não representou indicadores efetivos do acesso e da disponibilidade de informação para toda a sociedade. No entanto, no dia 5 de fevereiro de 1811, Pedro Gomes Ferrão de Castello Branco encaminhou um projeto ao governador da Capitania da Bahia, solicitando a aprovação do plano para a fundação da Biblioteca. Esse documento, que historicamente é o primeiro projeto na história do Brasil com o objetivo de facilitar o acesso ao livro, mostrava grande preocupação com a área da educação. O plano foi aprovado, e a Biblioteca 5 SUAIDEN, Emir Jose. A biblioteca publica no contexo da sociedade da informacao. Ciência da informação, v. 29, n. 2, p. 52-60, 2000. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 50 inaugurada no Colégio dos Jesuítas em 4 de agosto de 1811. Posteriormente, todas as providências para a fundação de bibliotecas partiram sempre da iniciativa governamental. Logo após o período acima referido, inúmeros governos estaduais tomaram a iniciativa de criar bibliotecas estaduais. A biblioteca era legalmente criada por um decreto estadual, no entanto a falta de visão dos administradores era grande, pois geralmente não havia previsão da infra-estrutura necessária. (SUAIDEN, 2000). Lima Barreto (1976 apud Suaiden, 2000), escritor social oriundo da pequena classe média suburbana do Rio de Janeiro , retratou em suas obras cenas quotidianas da República Velha. Em meio a um diálogo sobre a “loucura de Policarpo Quaresma”, há essa notável passagem: “ __ Nem se podia esperar outra coisa, disse o Dr. Florêncio. Aqueles livros, aquela mania de leitura... __ Por que ele lia tanto? Indagou Caldas (...). Ele não era formado, para que meter-se com livros? (...). Isto de livros é bom para os sábios , para os doutores (...). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 51 __ Devia até ser proibido (...) a quem não possuísse um título acadêmico ter livros.. Evitam-se assim essas desgraças.” De fato, tanto na República Velha como na Primeira República , biblioteca era sinônimo de livro. Dificilmente poderia ocorrer a uma pessoa procurar a biblioteca sem estar interessada na informação bibliográfica, e esse é um grande contraste, pois no período mencionado o ensino era muito precário e grande percentual da população era composto de analfabetos. Portanto, era um clima ideal para a disseminação de informação oral, utilitária ou sobre cidadania. (SUAIDEN, 2000). Em 1912, a Biblioteca Nacional passou a ministrar cursos para a formação de bibliotecários. Era fácil perceber a preocupação com a preservação do material impresso. A idéia de disseminação viria muito tempo depois. As bibliotecas criadas nesse período já buscavam um modelo de serviço bibliotecário. O modelo basicamente era uma cópia do utilizado nos países desenvolvidos na época. Portanto, era um modelo reflexo, baseado em uma realidade que não era a do povo brasileiro. (…) A preocupação com uma cultura COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 52 nacionalista aflorou, e em 1922, na Semana de Arte Moderna, os intelectuais passaram a criticar o modelo importado e a buscar uma cultura mais compatível com a realidade brasileira. (SUAIDEN, 2000). Em 1926, foi inaugurada a Biblioteca Pública Municipal Mário de Andrade, que se transformou em marco importante da cultura brasileira e um exemplo para a América Latina. Sua primeira diretora, Adelpha de Figueiredo, foi uma das primeiras bibliotecárias brasileiras, formada pela Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque. Rubens Borba de Moraes foi o segundo diretor (período de 1935-1943), e a ele deve a Biblioteca sua reorganização, cujo plano foi dividido em quatro pontos. Primeiro, a reorganização completa dos serviços técnicos. Segundo, a adoção de esquema de expansão bibliotecária. Terceiro, a formação de pessoal habilitado. Finalmente, o quarto, que privilegiava a cooperação com outros institutos. (SUAIDEN, 2000). No período de 1930 a 1945 , durante a Era Vargas, houve grande necessidade de crescimento e surgiu um surto industrial criando uma nova faixa social que era dos operários. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 53 Junto com o Dasp, foi criado o salário mínimo e a Usina Siderúrgica de Volta Redonda. Isso propiciou a criação de companhias de produção de motores, caminhões, aviões e todo tipo de rudimento de uma sociedade industrial. Em 1937, o Governo Vargas criou o Instituto Nacional do Livro, com a finalidade de propiciar meios para a produção, o aprimoramento do livro e a melhoria dos serviços bibliotecários. Mário de Andrade (1939 apud Suaiden, 2000) assim se expressava a respeito do assunto: “A criação de bibliotecas populares me parece uma das atividades mais atualmente necessárias para o desenvolvimento da cultura brasileira. Não que essas bibliotecas venham resolver qualquer dos dolorosos problemas da nossa cultura, o da alfabetização, o da criação de professores do ensino secundário, por exemplo... Mas a disseminação, no povo, do hábito de ler, se bem orientada, criará fatalmente uma população urbana mais esclarecida, mais capaz de vontade própria, menos indiferente à vida nacional. Será talvez esse um passo agigantado para a estabilização de uma entidade racial, que, coitada, se acha tão desprovida de outras forças de unificação” . COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 54 Historicamente, a criação do Instituto Nacional do Livro deve-se a dois fatos. O primeiro era uma resposta do governo federal aos intelectuais que haviam participado da Semana de Arte Moderna e que criticavam muito a administração pela falta de uma política cultural. O segundo fator era que havia necessidade de dar especial atenção à nova classe dos operariários, pois basicamente a mão-de-obra não era qualificada e o analfabetismo atingia altas proporções nesse segmento. (SUAIDEN, 2000). Logo após a criação do Instituto Nacional do Livro, começaram a surgir críticas sobrea sua viabilidade. (…) Na área editorial surgiam os primeiros esforços com Monteiro Lobato, a Companhia Editora Nacional, a José Olympio e outros. O livro era visto como um grande risco editorial. (…) Outro grande problema era compatibilizar as prioridades governamentais na área da cultura e o interesse das editoras privadas. (…) No duelo travado entre as preferências editoriais faltava um diagnóstico sobre o comportamento do leitor real ou potencial no Brasil. (SUAIDEN, 2000). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 55 Alguns editores passaram a ter como linha editorial o livro didático ou de texto, que, além das facilidades propiciadas pelo governo, tinham um público interessado. Assim sendo, a linha editorial não era baseada em preferências do grande público, mas sim em áreas que tinham um público definido. (SUAIDEN, 2000). Problemas na fabricação do papel e celulose, falta de parque gráfico, poucas editoras com qualificação para a produção de livros de qualidade, sistema arcaico na distribuição de livros com um pequeno número de livrarias em todo o território nacional e, principalmente, a falta de um público leitor eram as principais características do incipiente panorama editorial do Brasil. Não era mais um órgão governamental que, como em um passe de mágica, poderia transformar a referida situação. (…) O Guia das Bibliotecas Brasileiras demorou a sair e, quando foi publicado, mostrou a triste realidade nacional: bibliotecas deficientes, acervos desatualizados, falta de recursos humanos e monstruosa quantidade de livros que não eram acessíveis aos leitores, pois não foram preparados tecnicamente. (SUAIDEN, 2000). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 56 Não havia uma liderança nacional que pudesse demonstrar na época qual o sistema de processamento técnico que era compatível com a realidade brasileira. Como todos eram importados, os técnicos tomavam decisões sem consultar os poucos usuários que geralmente achavam a catalogação e a classificação muito burocráticas. A Biblioteca Nacional , por falta de recursos adequados, (…) a preocupação predominante era a preservação do material bibliográfico, e muitas se negavam a fazer o empréstimo domiciliar com receio de o livro ser furtado, e assim o profissional teria de dar conta do material permanente. (SUAIDEN, 2000). O livro não era somente associado a material permanente, como era também um símbolo de status intelectual do seu proprietário. Era comum encontrar livros encadernados nas salas de visita. A encadernação era outro valor atribuído à preservação eterna do livro. (SUAIDEN, 2000). Richard Bamberger (1977 apud Suaiden, 2000), ao analisar as razões por que em certos países se lê muito mais que em outros, viu que estas se revelaram nos seguintes fatores: COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 57 1º) a posição do livro na escala de valores do país, tal como se expressa através dos gastos econômicos destinados à promoção do livro; 2º) a tradição cultural; 3º) as oportunidades de leitura; 4º) o papel representado pelos livros nas escolas e no sistema educacional. (…) Os gastos econômicos na promoção do livro são mais ou menos recentes nas atividades culturais brasileiras. Na década de 30 a 50, o governo promovia a edição e distribuição do que considerava patrimônio bibliográfico. A falta de bibliotecas escolares fez com que os alunos se utilizassem das poucas bibliotecas públicas existentes. (…) Como não havia indicadores que comprovassem a eficiência dessas bibliotecas, o responsável se valia de dados estatísticos provenientes de número de leitores e número de consultas e empréstimos domiciliares. (…) Quando os Estados Unidos da América do Norte criaram, com o pocket books, o conceito de livro descartável, isso causou um impacto grande na cultura brasileira, pois feria a rotina de encadernar livros para preservá-los. (SUAIDEN, 2000, p. 55- 56). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 58 Somente na década de 70 é que surgiram os primeiros estudos e pesquisas relacionados com os usuários. Até então, eles não participavam do processo de tomada de decisão e não eram ouvidos pelos profissionais da informação. (SUAIDEN, 2000). Na década de 80, levantamentos comprovaram que a faixa de usuários era pequena e que o importante na política bibliotecária era atingir a grossa fatia dos não-usuários. Começam os primeiros estudos sobre a circulação da informação, e se comprova que a informação que circula nas grandes camadas da população é a oral, obtida geralmente na Igreja e na Esco la. A obtenção da informação, para a população carente, era de difícil acesso. No final da década de 80, especialistas afirmaram que a sociedade da informação seria uma sociedade voltada para o compartilhamento dos recursos e para o bem-estar social. (SUAIDEN, 2000). Santos (2000a apud Suaiden, 2000)6, a globalização exige, de todos atores, de todos os níveis e em todas as 6 SANTOS, Milton. Entrevista. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 27 ago. 2000. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 59 circunstâncias, que sejam competitivos. “Neste ano 2000, (…) o momento parece propício para enfrentar o necessário balanço da forma como evolui, no país, a própria ideia de cultura, sobretudo neste último meio século” (…) “O conceito de cultura está intimamente ligado às expressões da autenticidade, da integridade e da liberdade. Ela é uma manifestação coletiva que reúne heranças do passado, modos de ser do presente e aspirações”. (SANTOS, 2000b)7. Santos (2000b) continua (…) “deformar uma cultura é uma maneira de abrir a porta para o enraizamento de novas necessidades e a criação de novos gostos e hábitos, instalados na alma dos povos com o resultado final de corrompê-los, isto é, de fazer com que reneguem a sua autenticidade, deixando de ser eles próprios”. (…) “Essa famosa indústria cultural deitou raízes mais fundas e por isso mesmo é um daqueles onde ela, já solidamente instalada e agindo em lugar da cultura nacional, vem produzindo estragos de monta. Tudo, ou quase, tornou-se 7 SANTOS, Milton. Da cultura à indústria cultural. 2000. Disponível em: http://miltonsantos.com.br COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA http://miltonsantos.com.br/ PAPIRVM biblioteconomia – página 60 objeto de manipulação bem azeitada, embora nem sempre bem-sucedida”. (SANTOS, 2000b). Baseando-se em uma pesquisa sobre usuários e não-usuários de bibliotecas públicas dos Estados Unidos da América do Norte, Madden (1979 apud Suaiden, 2000) chegou às conclusões: a) A utilização das bibliotecas está muito relacionada com outras atividades. Uma pessoa que realiza outras atividades, como política, desportos etc. é provavelmente usuário da biblioteca; b) A mulher que não utiliza a biblioteca não participará seguramente de outros programas desenvolvidos por aquela. Seus interesses e atividades de grupo são muito limitados, e a biblioteca pouco lhe oferece, pois ela não tem intenção de variar e ampliar suas atividades cotidianas. Muitos bibliotecários contradizem essa conclusão, mas mostra-se evidente que a biblioteca não representa o aspecto principal da vida dessas pessoas; COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 61 c) Muitos não-usuários poderiam ser conquistados por meio de grandes campanhaspublicitárias, muito especialmente relacionados com aperfeiçoamento doméstico e carro- biblioteca. Muitos homens nãousuários poderiam se tornar usuários, desde que a biblioteca dissemine livros e serviços relacionados com os seus interesses; d) Os usuários assíduos da biblioteca possuem uma variedade de interesses tão grande, que as bibliotecas teriam dificuldades para definir suas necessidades. Por outro lado, os usuários representam uma pequena porcentagem do total da população, o que representa uma dúvida a respeito do emprego dos recursos em materiais destinados a este grupo; e) Os usuários moderados, de ambos os sexos, são um público que merece uma atenção especial. Cabe às bibliotecas organizar uma coleção dirigida aos anseios das aspirações da comunidade. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 62 Toutain (2007)8 organizará uma obra importantíssima para o entendimento do desenrolar da missão do bibliotecário, da documentação e da ciência da informação, ao longo dos séculos. Barreto (2007, p. 16-18) A criação das academias de Londres (em 1965), de Paris (em 19666) e de Berlim (em 1700) [...] A "Encyclopédie", ou "Dictionnaire rasonné des sciences, des arts et des métiers" foi uma das primeiras redes do saber acumulado, embora, de conexões fixas. [...] Os escritores da enciclopédia viram-na como a destruição das supertições para o acesso ao conhecimento humano. Ou seja, biblioteconomia é focada no cunho liberal e humanista da profissão, e não nos suportes, conforme Barreto (2007)9. O histórico da atuação profissional do bibliotecário, no Brasil: 8 TOUTAIN, Lídia Maria Batista Brandão (ORG). Para entender a ciência da informação. 2007. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bits... Acesso em: 17/09/2017. 9 BARRETO. In: Idem, 2007. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/145/1/Para%20entender%20a%20ciencia%20da%20informacao.pdf PAPIRVM biblioteconomia – página 63 De 1911 a 1930 = o erudito; de 1930 a 1960 = o técnico; Década de 60 = reconhecimento da profissão (lei 4.084); Década de 70 = investimento na pós-graduação; Década de 80 = reformulação dos curriculos; Década de 90 = terceirizações na area de bibliotecas; Anos 2000 = Sociedade da Informação e do Conhecimento; Anos 2010 = Open Access Initiative e Open Data Government; Anos 2020 = UNESCO e as recomendações para 2030; Anos 2030 = arrisco dizer a segunda via à computação cognitiva. Desde sempre, a biblioteconomia está ligada à democratização do acesso à informação e do conhecimento por meio das bibliotecas públicas, escolares, universitárias e das ações culturais. Barreto (2007, p. 19) ensina que Paul Otlet (1868-1944) junto com o prêmio Nobel da Paz de 1913, Henry la Fontaine deu ao mundo, no período antes da primeira guerra, diversas organizações para disseminação do conhecimento; o Instituto Internacional de Bibliografia (1895), uma biblioteca internacional e sociedades e associações para montar uma rede de conhecimento mundial. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 64 Ou seja, documentação é uma técnica centrada nos suportes e nos registros destes. Desenvolveu os registros do conhecimento. Barreto (2007, p. 19-22) ensina que entre 1945 e 1948, uma bolha tecnológica produziu: a fissão nuclear que fez lançar a primeira bomba atômica, o Eniac e depois o Univac-1, os primeiros computadores de aplicações gerais; [...] Acabava a guerra e a informação mantida secreta naquele período seria colocada a disposição do mundo. [...] Os profissionais que fundaram o "Institute for Information Scientists ... " Não importa, portanto, o estado da informação, analógico, digital, primário, secundário, terciário, latente, implícito, explícito, dados, suporte, conhecimento, inteligência, conexões, fluxos, etapas, etc., ou seja, vamos relativizar? Einstein fez isso com o tempo, a física saiu da sua estática e hoje fala-se em física quântica. E se a informação não tem esse ‘estado’ único? Capurro (2007) resolve com a fenomenologia. A informação assume infinitos estágios. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 65 A metáfora explosão informacional se refere às bombas de Hiroshima e Nagasaki. Por isso, Le Coadic (1996) tenta encerrar a discussão sobre a informação - registrada num suporte - para dar celeridade ao desenvolvimento da CI. A disseminação informacional gerada no entreguerras pela documentação, por mais que possa parecer um contrasenso, pois Otlet era detentor de um prêmio Nobel da paz, gerou problemas éticos, devido ao carregado nacionalismo naquele contexto. O mau uso da informação, a serviço do desenvolvimento tecnológico pura e simplesmente, desconsiderou as implicações éticas e sociais. O mais interessante disso, é que na disseminação da informação jurídica, a documentação, tem sua melhor expressividade, por disponibilizar acesso ao cidadão. Paul Otlet e Henri La Fontaine eram advogados belgas, porém, condicionaram os esforços na documentação técnico- científica. Seguiram a 2a guerra e a guerra fria, que foram as décadas de mau uso da informação científica. Então, a história do controle bibliográfico universal pelo Instituto Internacional de Bibliografia ficou frustrada não por falta de potencial, mas por problemas políticos e de interesses. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 66 Robredo (2007)10 ensina que, ao longo dos séculos, as correntes filosóficas e cognitivas empurram para uma teoria da ciência ou metaciência, que seria um dos escopos da Ciência da Informação por Le Coadic. Veja a síntese que aquele pensador trouxe: • Correntes filosóficas do século XIX; Verdade; Ser; Mente; Fluxo do tempo; Energia da mente; Evolução criadora; Significado; Signos da linguagem; Contexto; Semiótica; Lógica da informação; Pragmatismo; Raciocínio certo; Idéias claras; Álgebra da lógica; Filosofia da notação; Sentido; Referência. • Correntes filosóficas do século XX; Aparência; Arquitetura da linguagem; Campo social; Ciência intencional; Ciências humanas; Comunicação; Conceito; Conhecimento; Conjectura; Consciência; Conteúdo; ‘Corpo- mente’; ‘Corpo-sujeito’; Descoberta; Desconstrução filosófica; Desconstrucionismo; Descrição fenomenológica; Diferença; Différand, Distinção; Empirismo; Entendimento; Epistemologia; Escrita; Essência; Estrutura lógica da linguagem; Estruturalismo; Estruturas sintáticas; Evolução da liberdade; Existência; Experiência; Experiência 10 TOUTAIN, Lídia Maria Batista Brandão (ORG). Para entender a ciência da informação. 2007. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bits... Acesso em: 17/09/2017. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/145/1/Para%20entender%20a%20ciencia%20da%20informacao.pdf PAPIRVM biblioteconomia – página 67 fenomenológica; Fala; Falseabilidade; Fenomenologia; Fenomenologia da percepção; Filosofia da ciência; Filosofia da linguagem; Filosofia matemática; Finalidade; Finitude; Fonocentrismo; Hermenêutica; Identidade; Imagem; ‘Imagem-movimento’; Intencionalidade; Interacionismo; Interpretação; Interpretação hermenêutica; Linguagem; Linguagem construída; Linguagem e mente; Linguagem natural; Lógica; Lógica da linguagem; Lógica da pesquisa científica; Lógica das ciências sociais; Lógica do sentido; Lógica filosófica; Logocentrismo; Mente e linguagem; Método; Método científico; Mudança de paradigma;Nascimento da idéia; Norma; Objeto; Ontologia; Ontologia hermenêutica; Paradigma; Percepção; Poder simbólico; Racionalismo crítico; Razão; Razão objetiva; Razão subjetiva; Reflexividade; Refutabilidade; Refutação; Regra; Repetição; Representação; Revolução científica; Sabedoria; Saber; Semântica; Ser; Significado; Simbolismo; Símbolo; Sintaxe lógica da língua; Sujeito; Tempo; Verdade. (ROBREDO, 2007). Robredo (2007) ensina que o século XX é um século de rupturas e descontinuidades dramáticas que marcam o modo de pensar e o modo de agir dos países europeus, com influências no continente americano, especialmente nos Estados-Unidos, e que, mais tarde, sob a marca de novos paradigmas econômicos e tecnológicos, resultantes da capacidade inovadora desse país, retornam ao velho COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 68 Continente na forma de novos produtos, de novos costumes, de novos métodos de trabalho, de novas formas de pensar, agora mais pragmáticas. (ROBREDO, 2007, p. 47). • Correntes filosóficas do século XXI. Robredo (2007) alerta que o número de cientistas que invadem o campo da filosofia é bem maior do que o número de filósofos que adentram o campo da ciência e de sua linguagem de expressão e de representação, em todas suas variadas formas e em todos os seus contextos. E, o que é ainda melhor, se duvidamos de nós mesmos e de nossos resultados (atitude cética), podemos utilizar uma trena e medir empiricamente as distâncias e alturas reais. O mais sensacional é que, provavelmente, se temos trabalhado cientificamente, após nos liberarmos de previsões, intuições ou ilusões infundadas (objetividade científica), a diferença entre o estimado e o medido não deveria ser muito grande. Para deixar ao nosso embasbacado — e paciente — acompanhante ainda mais boquiaberto, podemos acrescentar que podemos, também, calcular a margem de erro de nossas estimativas frente as medidas reais, para saber se a qualidade (veracidade) de nosso método é suficientemente boa (em COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 69 relação a nossas exigências ou parâmetros referenciais) ou se deve ser melhorado. Aí ficam introduzidas as bases do método científico empírico. (ROBREDO, 2007). O estado da Ciência da Informação brasileira após a solução fenomenológica da informação (CAPURRO, 2007 ; ROBREDO, BARRETO, TOUTAIN, 2007): • Movimento do Open Access Initiative OAI pelo IBICT; - Interoperabilidade científica por meio do protocolo OAI-PMH; • Projeto EROIC da Universidade de Brasília. - E os estudos do W3C, da websemântica e do LexML; Depois de CAPURRO (2007) e do estudo da evolução epistemológica do objeto informação, ao longo de 40 anos, módulo I deste estudo, segue lista de artigos importantes: • ARAÚJO, Correntes teóricas da ciência da informação. Ci. Inf., Brasília, DF, v. 38, n. 3, p.192-204, set./dez., 2009. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 70 • GASQUE, K. C. G. D. Arcabouço conceitual do letramento informacional. Ci. Inf., Brasília, DF, v. 39 n. 3, p.83-92, set./dez., 2010. • SCHIESSL, M ; BRASCHER, M. Do texto às ontologias: uma perspectiva para a ciência da informação. Ci. Inf., Brasília, DF, v. 40 n. 2, p.301-311, maio/ago., 2011 • ARELLANO, M. A. M. Carianina: uma rede nacional de preservação digital. Ci. Inf., Brasília, DF, v. 41 n. 1, p.83- 91, jan./abr., 2012. • RIBEIRO JÙNIOR, Repositório de dados para a e- science: open data, linked data e suas tecnologias. Ci. Inf., Brasília, DF, v. 42 n. 2, p.274-284, maio/ago., 2013. • FREIRE, I. M. ; FREIRE, G. H. de A. Uma abordagem das ações de mediação no Laboratório de Tecnologias intelectuais – Lti. Ci.Inf., Brasília, DF, v.43 n.2, p.272-283, maio/ago., 2014. Observe que algumas bancas de concursos gostam de cobrar artigos, a exemplo da NCE/UFRJ em 2012. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 71 Após esses artigos, no concurso da FUB/2015 e da UFMG/2015 começaram a cobrar muito a questão dos autores de ciência da informação e biblioteconomia, tanto da pesquisa nacional nos temas, quanto os ligados à núcleos de pesquisa destas universidades. Por isso, vejo uma tendência estudar assim. No ano de 2016, Jorge do Prado organiza uma publicação importante para o estudo, para nós bibliotecários: • PRADO, J. do. Ideias emergentes em Biblioteconomia. São Paulo: FEBAB, 2016. No ano de 2017, Waldomiro Vergueiro organiza uma publicação importante para o estudo, para nós bibliotecários: • VERGUEIRO, W. Gestão de estoques de informação. São Paulo: FEBAB, 2017. Outras publicações importantes: • REPOSITÓRIOS digitais: teoria e prática. EDUTFPR, 2017. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 72 • BIBLIOMETRIA e cientometria no Brasil: infraestrutura para avaliação da pesquisa científica na era do Big Data. São Paulo: ECA/USP, 2017. DOI: 10.11606/9788572051705 Sobre as instituições bibliotecárias: RUSSO (2010) são organismos de classe nacionais e internacionais: Associações de Classe Nacionais – veja FEBAB Associações de Classe Internacionais – segue lista resumida: American Association of Law Librarians (AALL) / American Association of School Librarians (AASL) / American Library Association (ALA) / American Society for Information Science & Technology (ASIS&T) / The American Society for Indexing (ASI) / American Theological Library Association (ATLA) / Association for Records Management and Administrators (ARMA) / Association of Research Libraries (ARL) / Medical Library Association (MLA) / The National Federation of Advanced Information Services (NFAIS) / National Information Standards Organization (NISO) / Society of Competitive Intelligence Professionals. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 73 O CURSO DE BIBLIOTECONOMIA COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 74 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 75 Fonte: bibliotecários sem fronteiras, com adaptações, 2017. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 76 HISTÓRIA DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO11 - Rudimentos ou fase das bibliografias e índices: • Serão estudadas no modulo 2, na história da catalogação. - Fase preliminar ou das ciências documentárias: • Em 1930, John C. Dana formou, com um grupo de dissedentes da American Library Association (ALA), a Special Libraries Association, com a consequente criação da American Documentation Institute (ADI); • Em 1931, Otlet e LaFontaine criam o Instituto Internacional de Documentacao (IID); Em 1937, realizou- se o Congresso Mundial de Documentação; • Em 1938, como consequência dessa realização, o IID foi transformado em Federação Internacional de Documentação (FID); 11 PINHEIRO, Lena Vania Ribeiro. Processo evolutivo e tendências conteporâneas da Ciência da Informação. Informacao & Sociedade, v. 15, n. 1, 2005. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 77 • Em 1945 V. Bush publica ‘As we may think’; Término da 2 Guerra Mundial: surgimento da cibernética, pesquisa operacional, teoria dos jogos e ciência da informação; • A partir de 1950 houve uma acentuada separação entre a biblioteconomia e a documentação; • Ranganathan havia publicado importantes obras as cinco leis da biblioteconomia (1931) ; Cólon Classification (1933) ; Prolegomena (1937) ; Headings and Canons (1955) e a escola de Chicagodedica-se a profissionalizar a biblioteconomia. • Biblioteconomia – movimento 1 – Estados Univos e Inglaterra – democratização do acesso a informação; Biblioteconomia – movimento 2 – Europa e demais paises – sofisticação, erudição e conservadorismo; continuam os estudos da Classificação Decimal Universal; • Criação da Organização das Naçõess Unidas para Educação, Ciencia e Cultura (Unesco) em 1946; COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 78 Implantacao do Sistemas Nacionais de Informacao (National Information Systems – NATIS) pela Unesco; • A partir de 1950, o uso sistemático do computador contribuiu para agilizar os trabalhos da bibliografia, documentação e das bibliotecas especializadas; Surgimento do termo ‘information retrieval’; • American Library Association (ALA) negou-se a usar o nome documentação em sua nova divisão, chamando-a de ‘Division of Information Science and Automarion’; • O American Documentation Institute (ADI) passou a chamar-se American Society for Information Science (ASIS); No Brasil, em 1954, surge o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação – IBBD, sendo extinto em 1976. • ‘Conferência de Paris’ sobre os princípios da descrição bibliográfica, regras ISAD(G), e outros aspectos das Classificações Decimais sendo reunidas e consolidadas em instrumentos as sociedades bibliotecarias, em 1974; COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 79 • Unisist e o Natis como catalizadores dos eventos na área. - Fase conceitual e de reconhecimento interdisciplinar 1961/1969: • 2a reunião no Georgia Institute of Technology, realizada no período de 12 e 13 de abril de 1962; foram indicados 5 perfis profissionais – bibliotecário (Librarian); bibliotecário especializado (Special Librarian); bibliotecário especializado em ciência (Science Librarian); analista de publicações técnicas (Technical Literature Analyst) e o cientista da informação (Information Scientist); COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 80 • Em 1966, passou a ser editado o Annual Review of Information Science and Automation (ARIST); reunião de 1968, em Moscou, não realizada, e é fruto da FID-RI, Comitê instituído três anos antes, em 1965; • Mikhailow publica ‘fundamentos da informação cientifica’; A Library of Congress (LC) comeca a vender suas fichas catalográficas, sendo considerado os ‘rudimentos da catalogação cooperativa’ e da elaboração de metadados; Nesta época nascem diversas consolidações neste sentido. - Fase de delimitação do terreno epistemológico 1970/1989: • Em 1970 foi consolidado o Sistema Nacional de Informações sobre Ciência e Tecnologia – SICT e criado o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq); • Em 1971 foi criado o programa UNISIST; Seminario Interamericano de Integracao dos Serviços de COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 81 Informação de Arquivos, Bibliotecas e Centros de Documentação organizado pela Unesco; • Em Paris, no ano de 1974, a UNESCO organizou, junto com a Federação de Documentacao (FID), Federação Internacional das Associações Bibliotecárias (IFLA/FIAD) e o Conselho Internacional de Arquivos (CIA), a Conferência Intergovernamental sobre o Planejamento de Infa-Estruturas Nacionais de Documentacao, Bibliotecas e Arquivos; • Em 1976, os programas Unisist e Natis foram fundidos no Programa Geral de Informacao (PGI) da Unesco; • Em 1976 é criado o Instituto Brasileiro de Informacao em Ciencia e Tecnologia – IBICT. • Current Contents, do Science Citation Index e do Social Science Citation Index; Roger Summit, da Lockheed, considerado o “pai dos sistemas”; COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 82 • A National Library of Medicine que desenvolveu o Medlar’s (Medical Literature Analysis and Retrieval System); • Coletânea de estudos do Massachusetts Institute of Technology (MIT), organizados por Machlup e Mansfield (1983); Os ensaios foram distribuidos por nove seções, algumas mais diretamente relacionadas à Ciência da Informação, nos seus diferentes aspectos interdisciplinares, em especial com a Informática, Ciência Cognitiva, e a linguística. Os ensaios 12 13 14 subsidiaram a organização da enciclopédia MITECS. MITECS "Natural language processing is a subfield of artificial intelligence involving the development and use of computational models to process language. Within this, there 12 Montanari, U. (1974). Networks of constraints: fundamental properties and applications to picture processing. Information Sciences 7(66): 95–132. 13 Mann, W. C., and S. A. Thompson. (1987). Rhetorical Structure Theory: A Theory of Text Organization. Information Sciences Institute, University of Southern California. 14 Mann, W. C., and S. A. Thompson. (1988). Rhetorical structure theory: Toward a functional theory of text organization. Text 8: 243–281. Also available as USC/Information Sciences Institute Research Report RR-87-190. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 83 are two general areas of research: comprehension, which deals with processes that extract information from language (e.g., natural language understanding, information retrieval), and generation, which deals with processes of conveying information using language. Traditionally, work dealing with speech has been considered separate fields of SPEECH RECOGNITION and SPEECH SYNTHESIS. (Natural Language Processing. In: MITECS, 1999). ---- - Fase de consolidação/delimitação com outras áreas 1990-2000: • Reunião alusiva ao vigésimo aniversário do Departamento de Estudos de Informação da Universidade de Tampere, em 1991; • Nos Estados Unidos, tambem é adotada a denominação de Ciência da Informação e da Biblioteca (Library and Information Science), e não exatamente Biblioteconomia (Librarianship), da mesma forma que Ciência e Tecnologia da Informação (Information Science and COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 84 Technology), denominação inclusive utilizada desde o seu inicio pelo ARIST. A razão dessa reflexão está na “institucionalização social e cognitiva da disciplina, a primeira relacionada ao grau de organização interna e definição de fronteiras”, manifestada em associações científicas e periódicos, e também no “grau de COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 85 integração em estruturas sociais predominantes de legitimação e alocação de recursos”. Nos anos 1990 começam a discutir o termo profissional da informação como uma profissionalização da Ciência da Informação. Porém, o termo bibliotecário continua. CIÊNCIA BIBLIOTECONÔMICA O termo 'library science' é frequentemente utilizado em alguns periódicos internacionais. Qual seria o periódico nacional que se assemelharia à esta denominação? Saiba que é a continuidade da linha de pensamento da Escola de Chicago e da implementação das bibliotecas públicas, como a Biblioteca Pública de Nova York: COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 86 • Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação RBBD Quais seriam autores da ciência biblioteconômica? D.Grogan, e F. W. Lancaster, estariam entre estes autores que acreditam no acesso à informação como forma de dissipar as desigualdades sociais. LINHA DO TEMPO BN 1808 Chegada do acervo inicial - Início do itinerário daReal Biblioteca no Brasil, com a chegada de D. João VI e sua corte ao Rio de Janeiro, como consequência da invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Junto com a comitiva desembarcaram cerca de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas. / 1810 Fundação da Real Biblioteca - Por decreto de 27 de julho, o acervo foi acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março. Em 29 de outubro, data oficial da fundação da Real Biblioteca, um novo decreto determinava que “nas catacumbas do Hospital do Carmo se erija e acomode a Real Biblioteca e instrumentos de física e matemática, fazendo-se à custa da Fazenda Real toda a despesa conducente ao arranjo e manutenção do referido estabelecimento”. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 87 1810 a 1821 Nomeação dos primeiros dirigentes - Frei Gregório José Viegas e padre Joaquim Dâmaso são nomeados os primeiros dirigentes da Biblioteca, cargo então denominado como “prefeito ou encarregado do arranjamento e conservação”. 1810 Abertura aos estudiosos - O decreto de 29 de outubro determina que a Real Biblioteca seja aberta aos estudiosos. 1811 Chegada do segundo lote de livros - Com o bibliotecário Luís Joaquim dos Santos Marrocos chega ao Rio de Janeiro, em junho, o segundo lote de livros da Real Biblioteca. Em novembro, com José Lopes Saraiva, chegam os últimos 87 caixotes de livros. / 1811 Doação da Coleção Frei Veloso - Doação dos impressos e manuscritos do Frei José Mariano da Conceição Veloso, botânico e desenhista, com cerca de 2.500 volumes, manuscritos originais e pranchas gravadas em cobre. / 1812 Ampliação do espaço da Biblioteca - A Real Biblioteca passa a ocupar também o pavimento térreo do prédio na rua Direita, devido ao acréscimo de livros vindos de Lisboa. / 1814 Abertura ao público para consultas - Franqueamento ao público da Real Biblioteca, que antes era restrita apenas a estudiosos, mediante consentimento régio. 1815 Mais obras para o acervo - Aquisição do espólio de Manuel Inácio da Silva Alvarenga, com 1.576 volumes. / 1818 Incorporação de obras italianas - Compra da coleção do arquiteto José da Costa e Silva, com desenhos originais, livros, manuscritos, estampas gravadas COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 88 e camafeus, sendo muitas obras de artistas italianos. / 1819 Chegada de mais uma coleção - Compra da coleção do conde da Barca, denominada Coleção Araujense, com 2.365 obras em 6.329 volumes. / 1821 Parte do acervo volta a Portugal - Família Real regressa a Portugal e leva de volta os Manuscritos da Coroa. / 1821 a 1822 Novo dirigente na Biblioteca - O bibliotecário Luís Joaquim dos Santos Marrocos assume o cargo de prefeito da Real Biblioteca, no qual permanece até 1825. 1822 Início do que hoje é a Lei do Depósito Legal - Por determinação do governo imperial, a Biblioteca passa a receber um exemplar de todas as obras, folhas periódicas e volantes impressos na Tipografia Nacional, fato precursor do que hoje é a Lei do Depósito legal. / 1822 Códices retornam a Portugal - O padre Joaquim Dâmaso, primeiro prefeito da Real Biblioteca, volta a Portugal por não concordar com a independência, e leva consigo mais de cinco mil códices dos cerca de seis mil que vieram com a Família Real. 1822 Biblioteca ganha novo nome - A Real Biblioteca passa a ser denominada Biblioteca Imperial e Pública. / 1822 a 1837 Novo dirigente nomeado - Frei Antônio de Arrábida é nomeado autoridade máxima da Biblioteca, cargo que passa a ter o nome de Bibliotecário. / 1824 Enriquecimento do acervo - A coleção de Franisco de Melo Franco passa a integrar o acervo, com 1.590 volumes sobre teologia, direito, ciências, artes, belas artes, história e clássicos. / 1825 Aquisição pelo Brasil - A Biblioteca é adquirida pelo Brasil, por 800 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 89 contos de réis, quantia, então, considerada exorbitante. A compra foi regulamentada pela Convenção Adicional ao Tratado de Paz e Amizade, celebrado entre o Brasil e Portugal, em 29 de agosto. / 1832 Nova coleção de documentos - A coleção do marquês de Santo Amaro é incorporada ao acervo, contendo 115 pastas de material relativo ao Gabinete do próprio marquês e à administração do príncipe regente. / 1837 a 1839 Novo dirigente responsável - Cônego Francisco Vieira inicia seu exercício como Bibliotecário. 1838 Doação de mais cinco mil volumes - Os herdeiros de José Bonifácio de Andrade e Silva doam cerca de cinco mil volumes, na maior parte obras alemãs, sobre diferentes ramos das ciências naturais, literatura, manuscritos e cartas autografadas por personagens de diversos países, que mantiveram correspondência com o chamado “patriarca” da Independência. / 1839 a 1846 Novo dirigente em exercício - Cônego Januário da Cunha Barbosa assume o cargo de Bibliotecário. / 1846 a 1853 Novo dirigente à frente da Biblioteca - José de Assis Alves Branco Muniz Barreto é o novo Bibliotecário nomeado. / 1853 a 1882 Novo dirigente no cargo de Bibliotecário - Frei Camillo de Monserrat passa a dirigir a Biblioteca. / 1853 Aquisição de obras em leilão - São adquiridos em leilão 2.785 livros e 1.291 documentos manuscritos do bibliófilo italiano Pedro de Angelis, uma rica coleção composta por obras sobre viagens, história em geral, mapas, planos, plantas e uma grande quantidade de periódicos. / 1853 Recebimento de mais uma herança - Por disposição testamentária, chegam ao acervo 42 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 90 volumes de valiosos manuscritos do espólio do médico naturalista Antônio Corrêa de Lacerda, incluindo estudos inéditos sobre história natural, notadamente sobre vegetais do Pará e do Maranhão e suas aplicações medicinais e econômicas, enriquecidas com 208 estampas coloridas. 1855 Biblioteca ganha novo prédio - Frei Camillo de Monserrat, então dirigente da Biblioteca, recebe as chaves do novo prédio adquirido pelo Governo Imperial para a Biblioteca, localizado à Rua da Lapa, hoje Rua do Passeio, que atualmente abriga a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. / 1858 Mudança para a rua da Lapa - Depois de três anos de reformas internas, o novo prédio é inaugurado e aberto ao público sem as melhorias pleiteadas por frei Camillo. O gás de iluminação não estava ligado, não haviam sido feitas as obras necessárias para a segurança das portas dos armários e não foi comprado, como prometido, o terreno contíguo ao jardim da Biblioteca para um possível desdobramento do seu espaço. 1870 Mais profissionalismo e confiabilidade - Um mês depois da morte de frei Camillo, Benjamin Franklin Ramiz Galvão é nomeado para o cargo de Bibliotecário, que ocupou até 1882. Com a verba do orçamento multiplicada por cinco, é possível contratar pessoal idôneo e iniciar a organização de novos catálogos. A casa recebe reformas estruturais, o acervo é ampliado com a compra de coleções inteiras. É promovido o primeiro concurso público para o cargo de bibliotecário. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 91 Cresce a confiabilidade da instituição, revertendo-se em mais doações para valorização do acervo. / 1872 Doação de mais 2.172 volumes - O conselheiro Filippe Lopes Netto doa uma coleção de obras escritas e impressas na República do Chile, abrangendo 2.172 volumes que incluem mapas geográficos. / 1873 Nova aquisição para o acervo - A Biblioteca adquire a maiore mais valiosa parte da livraria do bibliófilo comendador Manuel Ferreira Lagos, incluindo a coleção de mais de 300 manuscritos, 3.475 volumes e 146 mapas geográficos. 1876 Nome definitivo - A instituição passa a se chamar definitivamente Biblioteca Nacional, depois de ser denominada de Real Biblioteca e Biblioteca Imperial e Pública. / 1876 Criação dos Anais da Biblioteca Nacional - É lançada a publicação periódica “Anais da Biblioteca Nacional”, a mais antiga de instituição, que é editada até hoje. Seu objetivo é divulgar documentos preciosos, livros raros e peças curiosas, além de publicar manuscritos interessantes e trabalhos bibliográficos de merecimento. Foi a primeira forma encontrada de levar a público os tesouros da Biblioteca, antigos e contemporâneos. / 1880 Homenagem a Camões - É publicado o Catálogo da Exposição Camoniana, para homenagear o tricentenário da morte do grande poeta lusitano. / 1881 Exposição de História do Brasil - É publicado o famoso Catálogo da Exposição de História do Brasil, com 1.758 páginas de texto, mais 98 de índices e um Suplemento, este lançado em 1883. Até hoje este Catálogo é o orgulho da Biblioteca, pelo seu tamanho e abrangência. Reúne o que de melhor se publicou no Brasil sobre o assunto e ainda é consultado COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 92 como instrumento essencial de pesquisa por historiadores, sociólogos, geógrafos, economistas etc. / 1882 a 1889 Novo dirigente para a Biblioteca - João de Saldanha da Gama assume o cargo de dirigente, então denominado de Bibliotecário. / 1883 Primeiro Catálogo - A Biblioteca inaugura seu primeiro catálogo, com base no sistema Brunet, muito utilizado à época na França. Este é atualmente denominado Catálogo Antigo. 1885 Luz elétrica na Biblioteca - A iluminação a gás da Biblioteca é substituída pela luz elétrica. / 1885 Crescimento do acervo - O acervo já soma 140 mil volumes impressos, sem incluir os manuscritos, nem o conjunto iconográfico. / 1888 Contagem soma mais obras - Novo inventário é realizado e a quantidade de livros já chega a quase 171 mil. / 1889 a 1892 Novo dirigente - assume a Biblioteca Francisco Leite Bittencourt Sampaio é nomeado autoridade maior da Biblioteca, cargo agora, depois da proclamação da República, denominado de diretor. / 1890 Assinado decreto de reforma - Um ano após a proclamação da República o Coronel Benjamin Constant, ministro da Instrução Pública, assina um decreto de reforma da Biblioteca que, na prática, não teve grande significação. 1891 Doação do imperador D. Pedro II - Com a proclamação da República, D. Pedro II retorna a Portugal e, antes de partir, doa um conjunto de aproximadamente 100 mil obras, que pede que seja denominado “Collecção D. Thereza Christina Maria”, em homenagem à imperatriz, sua esposa. É a maior doação já recebida e sua chegada COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 93 demandou reformas e criação de novos espaços no prédio para comportar o acréscimo no acervo. A coleção reúne livros, publicações seriadas, mapas, partituras, desenhos, estampas, fotografias, litografias e outros documentos impressos e manuscritos. 1892 a 1894 Nova diretoria para a Biblioteca - Francisco Mendes da Rocha é escolhido como novo diretor da Biblioteca. / 1894 a1895 Nova mudança na diretoria - Raul D’Ávila Pompéia é o novo diretor nomeado. / 1894 Acervo não para de crescer - Cálculos mostram que a Biblioteca já possui cerca de 228 mil livros e que o crescimento do seu acervo chega a ser de mais mil peças por ano. / 1895 a 1900 Diretoria muda novamente - José Alexandre Teixeira de Mello assume o cargo de diretor. / 1895 Número de obras quase dobra em um ano - Um novo inventário obtém o seguinte resultado: 231.132 livros impressos, 23.516 manuscritos biográficos, 23.519 manuscritos históricos, 115.513 códices encadernados, 22.863 moedas e medalhas, somando um total de 416.543 peças. / 1900 a 1924 Nomeação do novo diretor - Manoel Cícero Peregrino da Silva é nomeado novo diretor da Biblioteca. Em sua longa gestão, que se estendeu até 1924, acompanhou a construção do atual prédio da Biblioteca, foi o responsável por sua transferência e todo o planejamento estrutural. 1900 Crescimento do acervo impressiona - À beira do novo século, a Biblioteca ocupa um prédio que não comporta mais o seu acervo, COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 94 que cresce em progressão impressionante. Calcula-se um total de 705.332 peças, sendo 292.541 livros impressos. / 1900 Visitação aumenta a cada dia - O último Relatório de Diretoria do século mostra a situação de progresso da Biblioteca. Para uma cidade na época com uma população que não ultrapassava os 50 mil habitantes, a média de leitores era de 74 por dia, que consultavam cerca de 100 livros. 1902 Melhorias na organização do acervo - São instituídos o Catálogo Coletivo das bibliotecas da cidade, a catalogação cooperativa e a Classificação Decimal Universal (CDU). É lançado o Boletim Bibliográfico, dentro das normas da CDU, que evoluiu para a atual Bibliografia Brasileira. (SOUZA15, 2009 ; FUNDAÇÃO Biblioteca Nacional, 2017). / 1902 Primeira máquina de escrever - A máquina de escrever é introduzida na Biblioteca, facilitando o trabalho dos funcionários. / 1903 Tipografia e encadernação - São inauguradas ainda no prédio da rua do Passeio, as oficinas tipográfica e de encadernação, que foram depois transferidas para o novo edifício na avenida Central. / 1904 Ex-Libris e emblema - São aprovados o projeto do ex-Libris e do emblema da Biblioteca, de autoria do famoso artista Eliseu Visconti. / 1905 Início da construção do prédio atual - É lançada a pedra fundamental do atual prédio da Biblioteca Nacional, localizado na majestosa Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco. Uma festividade marca o início da construção, com a presença do 15 SOUZA, F. C. O ensino da Biblioteconomia no contexto brasileiro: século XX. Florianópolis: Editora UFSC, 2009. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 95 então Presidente da República, Rodrigues Alves, e toda a cúpula do Governo. As pessoas mais importantes ganham uma medalha comemorativa, de autoria de Augusto Girardet, e a ata desenhada pelo pintor Rodolfo de Amoedo e gravada em água-forte por Modesto Brocos. 1907 Importação de tecnologias e materiais - Para organizar o novo prédio em construção, Manoel Cícero Peregrino da Silva, então diretor da Biblioteca, passa oito meses nos Estados Unidos e na Europa, visitando grandes bibliotecas públicas, a fim de conhecer as melhores tecnologias e contratar o fornecimento de material ainda inexistente no Brasil. 1907 Legislação do Depósito Legal - É promulgado pelo presidente da República Afonso Augusto Moreira Pena o Decreto de Contribuição Legal, que obriga o envio à Biblioteca de um exemplar de todas as publicações produzidas em território nacional. A legislação está até hoje em vigor, sob a forma da Lei nº 10.994 de 14 de dezembro de 2004. 1907 Viagens de atualização e estudos - Funcionários de alto gabarito viajam à Europa e aos Estados Unidos, para estudo, compra ou cópia de documentos sobre o Brasil e a fim de se atualizarem em novos métodos de classificação e catalogação. / 1907 Ampliação do horário de funcionamento - O horário de atendimento ao público leitor passa a ser das 8h às 22h, sem intervalo, organizado de modo COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 96 que nenhum funcionário trabalhassemais de oito horas por dia. / 1909 Instalação de telefone - É instalada a rede telefônica, com 18 aparelhos e um centro de 30 linhas para a rede interna da Biblioteca. / 1909 a 1910 Transporte do acervo - Inicia-se a transferência do acervo para o novo Edifício da Avenida Central, sem qualquer interrupção na rotina dos leitores e pesquisadores. São necessárias 1.132 viagens para transportar as cerca de 400 mil obras entre os dois prédios, trabalho que só termina no ano seguinte. O planejamento e a execução são tão minuciosos que permitem a colocação de cada um dos 7.270 caixotes de peças e mais 784 volumes ou pacotes no local definitivo do novo prédio, possibilitando aos usuários a continuação dos seus trabalhos. / 1909 Painéis e estátuas para decorar a Casa - São encomendados pelo diretor Manoel Cícero Peregrino da Silva os grandes painéis e as estátuas existentes no salão principal de leitura e na Galeria da Presidência, de autoria de Modesto Brocos, Rodolfo Amoedo e Eliseu Visconti, grandes artistas da época. 1909 Montagem do novo mobiliário - O mobiliário metálico, fabricado pela Art Metal Construction Company, começa a ser montado. As peças são todas em aço esmaltado, com exceção das cadeiras, que tem base de ferro e a parte superior de madeira com assento de palhinha e o encosto forrado de couro. / 1910 Novo prédio na Avenida Central - É inaugurado o novo prédio da Biblioteca Nacional, exatamente 100 anos depois da fundação e instalação da instituição na Rua Direita. Projetado pelo construtor e engenheiro general Francisco Marcelino de Souza Aguiar, o edifício COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 97 tem capacidade para um milhão e meio de livros impressos e todo o acervo de manuscritos, estampas etc. Possui salas de leitura e estudo para o público, divisões e gabinetes de trabalho para o pessoal da administração e outras dependências. O elegante edifício tem estilo eclético, no qual se mesclam elementos neoclássicos e de art nouveau, com estruturas de aço e dentro de todas as exigências técnicas da época. / 1911 Aprovação do novo Regulamento - É aprovado o novo Regulamento da Biblioteca, com grandes inovações administrativas e culturais. Pela primeira vez criou-se um Conselho Consultivo, órgão auxiliar da administração, do qual faziam parte todas as chefias, que discutia os diversos problemas da Casa, apresentava sugestões no tocante à promoção de funcionários, às reformas e ao planejamento de eventos culturais. Esse Regulamento impunha também deveres ao Diretor. 1915 Primeiro Curso de Biblioteconomia - É criado o primeiro Curso de Biblioteconomia, dentro da própria Biblioteca Nacional, para especializar os funcionários. O curso, cujas atividades foram iniciadas em 1915, foi o primeiro da América Latina e o terceiro no mundo. Seguia o modelo da École de Chartres, na França, que era o melhor da época. Além do ensino teórico, havia a parte prática, que era feita na própria Biblioteca. 1924 Mudança na diretoria - Mário Marinho de Carvalho Behring assume como diretor da Biblioteca. / 1924 Programa de publicações - É iniciada a publicação da série intitulada Documentos Históricos, COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 98 que chegou a ter 110 edições. É um dos grandes momentos da Biblioteca Nacional, na sua missão de divulgar uma documentação raríssima, muitas vezes única, essencial para a compreensão de importantes fatos da história. Por seu conteúdo, os volumes são altamente valorizados entre os colecionadores de obras raras. / 1932 a 1945 Novo diretor para a Biblioteca - Rodolfo Augusto de Amorim Garcia é escolhido para dirigir a Biblioteca. / 1936 Criação da Rádio Nacional - Inaugurada em 12 de setembro de 1936, durante o governo de Getúlio Vargas, a Rádio Nacional, atual "Rádio Nacional do Rio de Janeiro", foi uma das pioneiras na exploração radiofônica organizada empresarialmente, influenciando hábitos, gostos e comportamentos. Entre os muitos programas transmitidos pela emissora, destacam-se as radionovelas, os esquetes de humor e o radiojornalístico Repórter Esso. 1944 Reforma administrativa - Por Decreto-Lei de 24 de julho é efetuada uma reforma administrativa na Biblioteca. / 1945 a 1948 Primeiro dirigente bibliotecário - Rubens Borba Alves de Morais assume a direção da Biblioteca, cargo agora nomeado como diretor- geral. É o primeiro bibliotecário a administrar a Casa. / 1945 Relatório secreto - O diretor-geral, Borba de Morais, escreve um relatório confidencial ao Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, ao qual, no momento, estava ligada a Biblioteca. Guardado na seção de Manuscritos e publicado na Revista de Biblioteconomia de Brasília em 1974, o documento, conhecido como "o relatório secreto", apresenta uma minuciosa análise dos problemas da Biblioteca e uma COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 99 série de propostas positivas para a sua reforma. 1946 Nova forma de catalogação - É adotado um dos métodos de catalogação mais revolucionários da época, de acordo com o modelo da American Library Association, o Catálogo Dicionário. / 1946 Serviço especial de obras raras - Pelo Decreto-Lei nº 8 679 é criada a Divisão de Obras Raras e Publicações. Pela primeira vez é criado um serviço especializado para selecionar e zelar pelas obras raras pertencentes ao acervo que já, naquela época, era mais extenso e valioso do que o encontrado em qualquer biblioteca latino-americana. / 1946 Boletim Bibliográfico Brasileiro - É iniciada a publicação do Boletim Bibliográfico Brasileiro. / 1948 a 1951 Novo diretor-geral Josué de Sousa Montello - assume o cargo de diretor-geral da Biblioteca. / 1951 a 1956 Mudança na diretoria - Eugênio Gomes é nomeado novo diretor-geral da Biblioteca. / 1951 Modernização e melhorias no prédio-sede - São ampliadas as obras dos laboratórios de microfilmagem e restauração. A rede elétrica do edifício é remodelada e os terraços são impermeabilizados contra infiltrações. O sistema contra incêndio é modernizado e são compradas novas máquinas de ar condicionado. 1956 a 1961 Novo diretor-geral - Celso Ferreira da Cunha, filólogo e medievalista, inicia seu primeiro mandato como diretor-geral. / 1956 Incremento nas atividades culturais - São realizadas exposições no exterior (Madri, Lisboa, Granada etc.). Por meio de parcerias e colaborações, a Biblioteca participa de programas culturais, como o COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 100 Festival do Livro da América, o Simpósio de Filologia Românica e o I Congresso Brasileiro de Dialetologia. / 1956 Incorporação de obras valiosas - Mais obras valiosas chegam ao acervo, como uma coleção camoniana e a biblioteca do famoso antropólogo Artur Ramos, comprada de sua viúva. 1958 Aquisição de obras musicais - É adquirida a coleção de música de Abraão de Carvalho, a maior especializada no gênero da América, composta de mais de 17 mil peças, quase todas raras, com partituras e literatura musical dos séculos XVII e XVIII. / 1960 Comemorações do sesquicentenário - No sesquicentenário da instalação da Biblioteca Nacional (1810-1960) é organizado um programa cultural nacional e internacional. No Brasil são realizadas a exposição Affonso Celso, a exposição do I Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária, a exposição Frederico Chopin e a exposição de Incunábulos. No exterior acontecem exposições do Livro Brasileiro Contemporâneo em Paris, Praga, Roma, Assunção, Utrecht, Nova Iorque eWisconsin. / 1960 Publicações comemorativas - Dentro dos festejos dos 150 anos da Biblioteca, são publicados, em fac-símile, alguns álbuns com texto original e belas reproduções coloridas do acervo iconográfico, entre os quais destacam-se: Figurinos do Século XVIII e Beija-Flores do Brasil. 1960 a 1961 Substituição na diretoria - José Elísio Conde assume como diretor-geral, cargo que ocupa por apenas quatro meses. / 1961 Antigo diretor reassume - Celso Ferreira da Cunha inicia seu COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 101 segundo mandato como diretor-geral, que dura apenas um mês. / 1961 a 1971 Nova mudança na direção - Adonias Aguiar Filho assume o cargo de diretor-geral. / 1971 a 1979 Diretoria muda de mãos - Jannice de Melo Monte-Mór é a primeira mulher a assumir a diretoria-geral da Biblioteca. / 1972 Convênio busca melhorias - É assinado um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para fazer um estudo abrangente da situação da Biblioteca e apresentar um esquema detalhado de soluções práticas para o aprimoramento do trabalho. 1973 Tombamento do edifício-sede - O monumental edifício da avenida Rio Branco é tombado pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. / 1978 Novo formato de catalogação - São lançadas as bases do formato CALCO (Catalogação Legível por Computador), metodologia a ser adotada em nível nacional, com vistas à compatibilidade de normas para a troca de informações em nível internacional. / 1978 Criação do PLANO - É criado o Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros – PLANO, que visa preservar a produção jornalística do país e supervisiona uma rede nacional de microfilmagem. / 1978 Implantação do sistema ISBN - É implantado o sistema ISBN, de numeração internacional do livro, que beneficia autores e editores. Para atender ao alto índice de solicitações de informações legais, é instalado na Biblioteca um terminal de processamento de dados ligado diretamente ao sistema do Senado Federal, em Brasília. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 102 1979 a 1982 Novo diretor-geral - Plínio Doyle da Silva é escolhido para o cargo de diretor-geral da Biblioteca. / 1981 Integração à Fundação Nacional Pró-Memória - A Biblioteca Nacional passa a ter administração indireta e a fazer parte da Fundação Nacional Pró- Memória. Anteriormente, esteve subordinada ao antigo Ministério do Interior e Justiça, depois ao Ministério da Educação e Saúde e, sucessivamente, integrou o Ministério da Educação e Cultura. / 1982 a 1984 Biblioteca ganha nova direção - Célia Ribeiro Zaher assume o cargo de diretora-geral da Biblioteca. / 1982 Automatização do Catálogo - A Biblioteca integra-se ao sistema Bibliodata/Calco da Fundação Getúlio Vargas, desenvolvendo o catálogo automatizado em formato MARC (Catalogação Legível por Computador). 1982 Transferência do acervo de música - A seção de Música e Arquivos Sonoros é transferida para um local mais apropriado, localizado no 3º andar do Palácio Capanema. / 1983 Criação do PLANOR - É criado o Plano Nacional de Restauração de Obras Raras - PLANOR, pela Portaria Ministerial nº 19, de 31 de outubro. Ao PLANOR compete: dar assistência técnica na instalação de laboratórios de restauração e promover programas de treinamento de pessoal; harmonizar técnicas a serem seguidas na execução de projetos específicos de restauração; estabelecer padrões técnicos de serviço e de material a serem seguidos, e zelar pelo seu cumprimento em todo o território nacional. / 1984 a 1989 Mudança na diretoria - Maria Alice Giudice Barroso Soares é a nova diretora-geral da Biblioteca. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 103 1984 Fundação Nacional Pró-Leitura - A Biblioteca Nacional passa a constituir a Fundação Nacional Pró-Leitura, junto com o Instituto Nacional do Livro. / 1984 Incorporação do Banco de Teses - O Banco de Teses, antes de responsabilidade da CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, passa a ser de competência da Biblioteca Nacional, que recebe trabalhos são enviados pelas diversas universidades do país. / 1989 a 1990 Direção interina na Biblioteca - Lia Temporal Malcher assume interinamente o cargo de diretora-geral. 1990 Nova mudança na diretoria - Roberto Menegaz é nomeado para responder pela direção da Biblioteca. / 1990 Constituição da Fundação Biblioteca Nacional - A Biblioteca Nacional, com sua biblioteca subordinada, a Euclides da Cunha, do Rio de Janeiro, e o Instituto Nacional do Livro, com sua Biblioteca Demonstrativa, de Brasília, passam a constituir a Fundação Biblioteca Nacional (FBN). 1990 a 1996 Biblioteca ganha presidente - Affonso Romano de Sant’Anna é nomeado para dirigir a Biblioteca, cargo agora denominado como presidente. / 1996 a 2003 Novo presidente nomeado - Eduardo Portella assume o cargo de presidente da Biblioteca. / 1996 Software de automação bibliográfica - A Biblioteca adquire seu próprio software de automação bibliográfica. / 1998 Catálogos online - A Biblioteca passa a publicar seus catálogos na Internet, através de seu site. / 2003 a 2009 Mudança na COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 104 presidência - Pedro Corrêa do Lago é nomeado presidente da Biblioteca. 2004 Novo estatuto - Com um novo estatuto (instituído por força do Decreto nº 5.038, de 7 de abril de 2004), a FBN passa a ser composta por um presidente, nomeado pelo presidente da República, um diretor executivo, e seis diretores à frente dos centros de Processos Técnicos e de Referência e Difusão e das coordenadorias-gerais de Planejamento e Administração, Pesquisa e Editoração, Livro e Leitura e Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas. A FBN possui ainda um Escritório de Direitos Autorais e também a Agência Nacional do ISBN (International Standard Book Number), além de ser a única beneficiária da lei do Depósito Legal (Lei nº 10.994 de 14 de dezembro de 2004), que dispõe sobre a remessa de obras à Biblioteca Nacional. 2006 BNDigital - Criação da Biblioteca Nacional Digital (BNDigital), que integra todas as coleções digitalizadas, posicionando a FBN na vanguarda das bibliotecas da América Latina e igualando-a às maiores bibliotecas do mundo no processo de digitalização de acervos e acesso a obras e serviços via Internet. 2009 a 2011 Novo presidente nomeado - Muniz Sodré assume o cargo de presidente da Biblioteca. / 2011 a 2013 Mudança na presidência - Galeno Amorim é o novo presidente da Biblioteca. 2013 a 2015 Novo presidente nomeado - Renato Lessa assume a COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 105 presidência da Biblioteca. / 2014 Nova plataforma para os catálogos - É adquirido o software Sophia de automação bibliográfica e iniciada a migração dos catálogos para uma nova plataforma. REVISTA BRASILEIRA DE BIBLIOTECONOMIA ...linha do tempo... CENTRALIZAÇÃO da Biblioteca universitária é tema muito discutido nos meios profissionais, há mais de 20 anos. Até agora, porém, poucas conclusões têm sido postas em prática com relação ao assunto, divergindo as opiniões quanto à forma de centralização a adotar: — Deve haver uma centralização global de serviços e acervos, existindo apenas uma única biblioteca universitária? — A centralização deve ser dos serviços técnicos e de referência e de descentralização dos acervos nas unidades? — Deve haver centralização por áreas? Essas questões têm sido levantadas e defendidaspor grupos de interessados, bibliotecários, professores, especialmente aqueles que fizeram cursos em universidades estrangeiras, mas as soluções não são encaminhadas com o mesmo calor e entusiasmo. (ARAGÃO, 1973, p. 41)16. FUNÇÕES DO BIBLIOTECÁRIO 1. Selecionar, com base em bibliografias correntes e dados coletados, o material bibliográfico, iconográfico e audiovisual. 2. Adquirir o material, através de compra, doação ou permuta. 3. Tombar o material, organizando fichários do patrimônio bibliográfico, iconográfico e audiovisual. 4. Pesquisar e identificar autores, tradutores, editores, colaboradores, ilustradores, etc., organizando fichários de nome certo, de casa publicadora e de série. 5. 16 ARAGÃO, E. M. de. Problemas das bibliotecas universitárias brasileiras. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 1 (1/31 : 41 - 43, jan./mar. 1973 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 106 Classificar, com base em sistemas decimais, o material bibliográfico, iconográ- fico e audiovisual. 6. Catalogar, com base em códigos internacionais, o material bibliográfico, iconográfico e audiovisual. 7. Elaborar os catálogos auxiliares dos processamentos técnicos: catálogo de cabeçalhos de assuntos, índice numérico de assuntos, etc. 8. Elaborar catálogos dicionários ou sistemáticos, para uso do público. 9. Elaborar catálogos coletivos de livros e periódicos. 10. Levantar bibliografias. 11. Elaborar resumos, sinopses, sumários e índices. 12. Normalizar publicações. 13. Organizar serviços de duplicação e reprodução de documentos através de processos químicos, térmicos, eletrostáticos, microfotográficos, etc. 14. Planejar, organizar e dirigir bibliotecas, serviços e centros de documentação. 15. Coordenar os trabalhos de preparo do livro para uso do público. 16. Supervisionar a localização dos livros nas estantes. 17. Orientar o serviço de referência bibliográfica, informando o público pessoalmente, por escrito ou por telefone. 18. Organizar coleções destinadas a empréstimo domiciliar nas bibliotecas circulares, nos carros- bibliotecas e caixas ambulantes. 19. Organizar atividades culturais, civicas.e recreativas, atendendo ao tipo e natureza da biblioteca. 20. Levantar dados e elaborar relatórios estatísticos do movimento de consulta. 21. Selecionar, adquirir e catalogar, classificar e reproduzir material em Braile e atender aos deficientes da visão. (RUSSO, 1973, p. 49-50)17. INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO: Órgão do Ministério da Educação e Cultura, criado pelo Decreto-Lei 93, de 21 de dezembro de 1937, tem, entre outras atribuições, incentivar a organização e auxiliar a manutenção de bibliotecas públicas em todo o território nacional. 1. O Instituto Nacional do 17 RUSSO, L. G. M. Os processamentos técnicos dificultam ou aceleram a informação? R. Bras. Bibllotecon. Doe. 1 (1/3) : 44 - 48, jan./mar. 1973. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 107 Livro firma convênios com prefeituras municipais que mantêm bibliotecas e salas-de-leitura públicas, nas sedes e nos distritos municipais, mediante os seguintes requisitos: 1.1 — Inscrição no Cadastro de Bibliotecas Brasileiras (Portaria Ministerial n9 764/20.12.71) que compreende: a) preenchimento do questionário de registro; e b) atestado de funcionamento. 1.2 — Convênio, ao qual são juntados: a) lei de criação da biblioteca ou sala-de- leitura; b) comprovante de inclusão, no orçamento, de verba para manutenção e custeio da biblioteca ou sala-de-leitura. (BARROSO, 1973, p. 52)18. O INL EM TRES ANOS - Ao assinar a Portaria 35, de 11-3-70, que determinava ao Instituto Nacional do Livro operar tão somente dentro do regime de coedição, o Ministro da Educação e Cultura, Senador Jarbas Passarinho, dava início, ao que poderíamos chamar, solicitando, por empréstimo, o título da obra de Robert Escarpit, "A Revolução do Livro no Brasil". (BARROSO, 1973). Considerando, no entanto, o objetivo comum, que é o de propugnar pela difusão do livro e da cultura no País, as Bibliotecas caracterizadas no artigo primeiro desta Portaria poderão receber doações de livros em caráter excepcional (especiais), nos termos do item quatro (4) da Ordem de Serviço n9 32, de 10 de dezembro de 1971, a critério da direção do I.N.L. (BARROSO, 1973). OBJETIVOS da política nacional do livro [um deles] é a qualificação e capacitação de pessoal de Biblioteconomia para as funções de orientação de leitores e organização de serviços específicos de Bibliotecas Pú- blicas Estaduais e Municipais. (...) Tendo em vista a importância do trabalho que está sendo desempenhado pelo MOBRAL, alfabetizando crescentes parcelas do povo brasileiro e face à importância da BIBLIOTECA PÚBLICA MUMICIPAL, como um centro de educação continuada, capaz de oferecer material de leitura aos recém- 18 BARROSO, M. A. Instituto Nacional do Livro. R. Bras. Bibllotecon. Doe. 1 (1/3) : 44 - 48, jan./mar. 1973. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 108 alfabetizados, pedimos vênia para recomendar, a essa municipalidade, seja a biblioteca pública local colocada, no horário noturno, à disposição do Representante do MOBRAL, desse municTpio, a fim de que nela sejam realizadas aulas de alfabetização de adultos. (BARROSO, 1973). A biblioteca pública municipal, criada por Lei Municipal terá seus recursos garantidos por ocasião da votação do orçamento. Assim ela poderá manter com segurança e continuidade as despesas referentes ao local de funcionamento, móveis e equipamento, material bibliográfico e audiovisual, material de consumo necessá- rio aos trabalhos e manutenção do prédio, serviços de terceiros (luz, água, comunicações, etc.), o pessoal necessário ao atendimento em horário longo e ininterrupto (pelo menos 14 horas seguidas mas em geral 15 horas) incluindo-se sábados e por vezes os domingos. (BRASIL, MEC, 1973)19. Estão disponíveis na revista: - MINUTA de convênio para biblioteca pública municipal; - MODELO de lei criando a biblioteca municipal; A Comissão Brasileira da Classificação Decimal Universal (IBBD/CDU), criada pelo Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, pela Resolução n9 70, de 1958, RESOLVE, em sua VIGÉSIMA NONA Reunião, realizada no Rio de Janeiro, GB, nos dias 29, 30 e 31 de janeiro na Escola Interamericana de Administração Pública (EIAP) da Fundação Getúlio Vargas: tomar conhecimento com pesar do falecimento do Prof. S.R. Ranganathan em Bangalore. (RBBD, 1973a, p. 72)20. Aceitar o oferecimento da Prof. Hagar Espanha Gomes de incluir no IBBD Notícias uma seção referente aos trabalhos da Comissão e às últimas extensões e correções da CDU recém- 19 BRASIL. Ministério da Educação. Incorporação de serviços bibliotecários ao Plano Geral de Educação das massas em países em desenvolvimento. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 1 (1/3) : 52 - 71, jan./mar. 1973. 20 R. Bras. Bibliotecon. Doe. 1 (1/3) : 52 - 71, jan./mar. 1973. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 109 publicadas. Receber informações do Prof. Antonio Agenor Briquet de Lemos quanto ao trabalho de atualização da tradução da classe 32 desenvolvida e tradu- ção da classe 61 desenvolvida, elaborados pelo Departamento de Biblioteconomia da Faculdade de Estudos Sociais Aplicados da Fundação Universidade de Brasília, sob a coordenação do Pe. Astério Campos. (RBBD, 1973a, p. 72-74). Na 23a reunião de 21 a 22 de novembro de 1968 foi recomendada, pela sua resolução 23.29, a solicitação à FID "para que o IBBD seja o depositário das publicações da FID, principalmentequanto às tabelas da CDU, para facilitar sua distribuição e divulgação no Brasil" (IBBD, 1973a, p. 78)21. Por ocasião do 29 Congresso Regional sobre Documentação, realizou-se a 25a Reunião (25 nov.) na qual ficou estabelecido o seguinte: a) Impressão da edição média em dois (2) volumes: v. 1 — Ciências Humanas (0/3— 7/9); v. 2 — Ciências Naturais (5/6) acompanhados dos respectivos índices e tabelas auxiliares. (25.1) (RBBDa, IBBD, 1973, p. 80). DECRETO 72.312 - DE 31 DE MAIO DE 1973. Promulga a Convenção sobre as medidas a serem adotadas para proibir e impedir a importação, exportação e transferência de propriedade ilicitas dos bens culturais. (RBBD, 1973b)22. NSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL Termo de Convênio celebrado entre o Instituto do 1'atrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Biblioteca Nacional, para regular a extensão à Biblioteca Nacional das condições de obtenção de receita própria, em atividades culturais de interesse comum dos mesmos órgãos. (RBBD, 1973b). RESOLUÇÃO 17 de 4 de MAIO DE 1973 O Presidente do Conselho Federal de Educação, no uso de atribuição legal e tendo em vista o 21 IBBD. Relatório das atividades da segunda. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 1 (1/3) : 52 - 71, jan./mar. 1973. 22 R. Bras. Bibliotecon. Doe. 1 (4/6) : 115 - 137, abr./jun. 1973 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 110 Parecer número 11-73, homologado pelo Ministroda Educação e Cultura, resolve: Art. 19 — O Conselho Federal de Educação não aceitará postulação de entidades mantenedoras que incluam na sua designação as expressões "universidade", "universitária", ou "universitário", quando os estabelecimentos de ensino por elas mantidos não atenderem os requisitos do art. 11 combinado com os arts. 59 e 79 da Lei n9 5.540, de 28 de novembro de 1968. (RBBD, 1973b). FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE BIBLIOTECÁRIOS FEBAB - ESTATUTO - A Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários (FEBAB), fundada na Bahia enr, 26 de julho de 1959, por ocasião do II Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, com sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, é uma sociedade civil, apoirtica, sem finalidades lucrativas, que congrega as associações dos profissionais em Biblioteconomia e Documentação em todo o território nacional. (RBBD, 1973b). GRUPOS ESPECIALIZADOS - A fim de incentivar a formação desses grupos especializados de trabalho, dentro das Associações de Bibliotecários damos aqui um roteiro que é uma sugestão para os colegas dos diversos Estados do Brasil, ao mesmo tempo que informamos sobre a experiência que vem sendo feita pelo Grupo de Trabalho em Tecnologia, da Associação Paulista de Bibliotecários, desde março de 1970 até a presente data. (GABRIEL, 1973)23. ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE BIBLIOTECÁRIOS GRUPO DE TRABALHO EM TECNOLOGIA REGIMENTO INTERNO O Grupo de Trabalho em Tecnologia da Associação Paulista de Bibliotecários foi criado em 1963, como Órgão Especializado da A.P.B., conforme capítulo IX de seus 23 GABRIEL, A. Como criar grupos de trabalhos dentro das associações de bibliotecários. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 1 (4/6) : 150 - 160, abr./jun. 1973 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 111 estatutos. (RBBD, 1973b). BIBLIOTECAS DO SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA EM SÃO PAULO O SESI de São Paulo, como entidade particular que é, sem sombra de dú- vida, desenvolve o mais importante serviço bibliotecário do pais, no sentido de levar aos estudantes e ao público adulto os livros tão procurados e tão escassos em toda a parte. (RBBD, 1973b). Os acervos das bibliotecas do SESI são formados por uma Comissão, constituída de bibliotecários e professores, cuja finalidade é determinar a conveniência da aquisição, de cada obra, emitindo pareceres, baseados em critérios pré-estabelecidos. São, assim adquiridas as obras necessárias à satisfação de cada pessoa, ou de cada grupo. (RUSSO, 1973b)24. São marcos importantes... Teoria da Biblioteca Central universitária / Delimitação das funções do bibliotecário / Estruturação do Instituto Nacional do Livro INL / Objetivos da política nacional do livro / Criação legal das bibliotecas públicas / Comissão Brasileira de Classificação IBBD/CDU / Decreto 72.312 de 31/05/1973 que dispõe sobre a criminalização do mercado negro de obras raras / Convênio IPHAN e Biblioteca Nacional / Estruturação dos grupos especializados da FEBAB / Estruturação das bibliotecas SESI paulista. 24 RUSSO, L. Bibliotecas do Serviço Social da Indústria SESI em São Paulo: Seleção bibliográfica. R. Bras. Bibliotecon. Doc. 1 (4/6) : 150 - 160, abr./jun. 1973 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 112 Bibliotecas do SESI paulista e a educação profissionalizante: R. Bras. Bibliotecon. Doc. 1 (4/6) : 161 - 162, abr./jun. 1973. I ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE BIBLIOTECAS NO BRASIL Brasília, 19 a 21 de abril de 1973 Necessidade de integrar os responsáveis pela formação, associação e fiscalização de profissionais de Biblioteconomia no Brasil, para possibilitar a participação efetiva no Programa Nacional do Livro do Plano Setorial de Educação e Cultura. (RBBD, 1973b). Considerando-se que as bibliotecas são instituições sociais, que fazem parte integrante do processo sócío-cultural das comunidades, não devem ser fechadas sob qualquer hipótese; recomenda-se que: a) seja feito levantamento para a COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 113 utilização dos bibliotecários em disponibilidade, de modo a dar pleno cumprimento à Lei no 4.084/62; b) onde não houver disponibilidade de bibliotecários serão incentivados e/ou providenciados cursos de treinamento intensivo e de habilitação profissionalizante a nível de 2o grau para auxiliar de biblioteca; c) na atual fase de transição, o pessoal leigo responsável por bibliotecas, sempre que possi'vel, deverá ser supervisionado por bibliotecário; d) seja incentivada a implantação de sistemas de rede de bibliotecas, em nível estadual, regional e nacional, dentro de uma política de planejamento bibliotecário. (RBBD, 1973b). Considerando-se que muitas das críticas feitas ao Instituto Nacional do Livro, até o atual Encontro, devem-se ao não aproveitamento da colaboração potencial dos bibliotecários e suas entidades de classe; recomenda-se que: a) fortalecimento e ampliação das Representações Estaduais do INL, dando-lhes maior autonomia e novas atribuições, e designando bibliotecários para a chefia dessas Representações, que deverão se entrosar com os órgãos afins estaduais, municipais e particulares e as entidades de classe dos bibliotecários; b) o INL preste assessoramento constante e eficiente aos bibliotecários e auxiliares de biblioteca, principalmente os do interior do Pais, através de sistema de disseminação de informações técnicas, cursos de treinamento intensivo e aperfeiçoamento de pessoal de biblioteca, em diferentes níveis, mediante a •colaboração das Escolas, Associações, Conselhos de Biblioteconomia e Secretarias de Educação e Cultura; c) o INL estenda o programa de estágio remunerado para os estudantes de Biblioteconomia, dando prioridade aos das regiões menos desenvolvidas do País. (RBBD, 1973b). Considerando- se que o Bibliotecário é um agente social por excelência que, para atingir os seus objetivos, deve se valer de sua formação técnica como COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 114um meio, mas que na realidade nacional, contudo, não está agindo como tal por defici- ências decorrentes de condições concretas e desfavoráveis; recomenda-se que: a) sejam corrigidas as falhas ocasionadas pela falta de planejamento bibliotecário; b) venham a ser assumidas providências para sanar a carência de auxiliares de biblioteca; c) ocorra mudança na orientação excessivamente tecnicista do ensino da Biblioteconomia, a fim de possibilitar aos futuros Bibliotecários exercerem efetivamente o papel de agentes sociais. (RBBD, 1973b). Considerando- se que as entidades públicas e particulares preferem aproveitar leigos por questões de menor salário, em detrimento do profissional de Biblioteconomia; recomenda-se que: a) os Conselhos Regionais de Biblioteconomia deverão ser mais rigorosos na fiscalização do exercício da profissão de bibliotecário; b) o Conselho Federal de Biblioteconomia, no uso de suas atribuições legais, deverá regulamentar o exercício das atividades específicas dos Auxiliares de Biblioteca; c) a formação e o treinamento intensivo dos auxiliares de biblioteca deverão ser sistematizados, de forma consentânea com as suas atribuições; d) o Conselho Federal de Biblioteconomia venha a estabelecer padrões de serviço de bibliotecas, a fim de determinar as áreas e os níveis das bibliotecas em que o auxiliar poderá exercer sua profissão, sob a supervisão de bibliotecário. (RBBD, 1973b). Considerando-se a necessidade de motivar os órgãos oficiais e particulares a criar e preencher cargos de bibliotecário e auxiliar de biblioteca para cobrir as necessidades atuais; recomenda-se que: a) a motivação será no sentido de mostrar o significado da importância de cria- ção de bibliotecas de acordo com a clientela e de sua função social; b) a motivação será despertada através de campanhas de divulgação, pelos meios de comunicação de massa, acerca da importância da biblioteca e do COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 115 papel do bibliotecário. Essas campanhas, em niVel nacional, serão coordenadas pelo INL, de acordo com o Decreto n9 884 de 10.04.1962 e com a colaboração de instituições oficiais e particulares; c) as associações de bibliotecários procurarão, por todos os meios ao seu alcance, promover campanhas de divulgação das bibliotecas, em âmbito local; d) para fins de assinatura de convênios a serem firmados entre as bibliotecas e o INL, este fará exigência da presença de bibliotecário ou auxiliar de biblioteca a nível de 29 grau, de acordo com os padrões estabelecidos pelo CFB, conforme recomendação n. 4, alínea d. (RBBD, 1973b). Considerando-se que a habilitação profissional de 2o grau do auxiliar de biblioteca, segundo a Lei n9 5.592, deverá conter quatro disciplinas obrigatórias, na área de formação especial, escolhidas em função das atividades a serem exercidas por esse auxiliar; recomenda-se que: a) o conteúdo essencial (ementa), dessas é o seguinte: 3.1. Iniciação bibliotecária; Introdução geral ao uso da biblioteca. Panorama integrado das técnicas bibliotecárias. A função social da biblioteca e do bibliotecário. O papel do auxiliar de biblioteca, a.2. Serviços técnicos auxiliares; Estudos das técnicas de alfabetação, desdobramento das fichas de obras incorporadas à biblioteca, preparação de obras para circulação, ordena- ção de livros nas estantes, operação de máquinas reprográficas, conservação do acervo, incluindo noções de encadernação. Noções de organização de arquivos empresariais e administrativos. 8.3. Serviços auxiliares de consulta: Estudo da utilização de obras básicas de referência, principalmente as que se destinam ao público característico de bibliotecas públicas e escolares. Realização de estatísticas diárias, de caráter simples. Técnicas de empréstimo. a.4. Datilografia: A primeira disciplina poderia ser comum a cursos de outras habilitações, visando a familiarizar os alunos da escola com o uso da COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 116 biblioteca. b) o conteúdo das disciplinas será dosado segundo as peculiaridades de cada região; c) os professores dessas disciplinas, com exceção de Datilografia, serão bibliotecários; d) estimular o ingresso de bibliotecários em cursos de diática de Faculdades, para futuro aproveitamento em ensino de 2o grau. (RBBD, 1973b). Considerando-se que em algumas Regiões o ensino profissionalizante de auxiliar de biblioteca ainda não foi implantado; recomenda-se que: a) sejam ministrados cursos intensivos de treinamento e o aproveitamento do pessoal assim treinado; b) sejam requisitos mmimos para composição do curso as três primeiras disciplinas constantes da recomendação no 6; c) sejam órgãos encarregados do planejamento e execução deste treinamento e INL, as Associações de Bibliotecários e as Escolas de Biblioteconomia, em ação conjunta devidamente coordenada e integrada pelo Ministério da Educação e Cultura, através do INL. (RBBD, 1973b). Considerando-se a necessidade de incentivar a interiorização do bibliotecário recém- formado; recomenda-se que: a) o Instituto Nacional do Livro, como órgão coordenador, elaborará uma polí- tica de interiorização do bibliotecário, entrosando-se para isso com outras entidades, públicas e privadas; b) no âmbito dessa política, deverá ser estudada a realização de convênios, que venham a facilitar a concessão de bolsas de estudos e outras modalidades de estímulo a pessoas que desejam cursar cursos de Biblioteconomia, em Escolas de sua região. Considerando-se que a atual conjuntura brasileira exige dos bibliotecários conhecimentos da técnica de planejamento, que os cursos de graduação não transmitem; recomenda-se que: a) a necessidade de cursos, em nível de pós- graduação, para o ensino de planejamento de sistemas de biblioteca; b) que seja ressaltada nesses cursos a necessidade de atentar para as COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 117 diferenças regionais peculiares ao Brasil. INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO Termo de Convênio celebrado entre o Instituto Nacional do Livro (INL) e a Biblioteca Nacional, ambos do Ministério da Educação e Cultura, o primeiro unidade orçamentária e a segunda, unidade Administrativa do Departamento de Assuntos Culturais, com a finalidade de ser publicado o "Boletim Bibliográfico". (RBBD, 1973b). INSTITUTO BRASILEIRO DE BIBLIOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO O CATÁLOGO COLETIVO NACIONAL DE PERIÓDICOS E O FORMATO CALCO O Catálogo Coletivo Nacional de Livros e Periódicos, com sede no IBBD, reúne em fichas, as coleções de 560 bibliotecas brasileiras, num conjunto que inclui cerca de 1.000.000 de livros e 60.000 títulos de periódicos. (RBBD, 1973b). Através deste Catálogo, o IBBD intensifica a utilização das coleções bibliográficas existentes no país, localizando as publicações solicitadas por indivíduos ou instituições, nas principais bibliotecas especializadas brasileiras. Entre as solicitações recebidas pelo Catálogo Coletivo Nacional, podem ser consideradas, principalmente, as de dois tipos: a) pedidos de simples localização de obras ou de artigos desejados; b) pedidos de reproduções de textos, necessários a estudos e pesquisas, provenientes de entidades ou pessoas, do Brasil ou do exterior. (RBBD, 1973b). COMISSÃO BRASILEIRA DE CATÁLOGOS COLETIVOS (IBBD/CBC) Criada pela Resolução de no 7 do Conselho Diretor do IBBD, esta Comissão tem como finalidade promover a criação de Centros Regionais que efetuem a coleta de dados da Região, estabelecendo Catálogos Coletivos Regionais de Livros e Periódicos e enviando cópia dessesdados ao CCN. (RBBD, 1973b). Centros Regionais Existem atualmente 14 Centros Regionais funcionando nos principais estados do Brasil a saber: a) BRASILIA (incluindo bibliotecas de Brasília, Goiás e Mato Grosso). Sede: Biblioteca COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 118 Central da Fundação Universidade de Brasília. b) MANAUS (incluindo bibliotecas do Amazonas, Acre e Rondônia). Sede: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. c) BELÉM (incluindo bibliotecas do Pará e Amapá). Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal do Pará. d) SÃO LUIS (incluindo bibliotecas do Maranhão e Piauí). Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal do Maranhão. e) FORTALEZA (incluindo bibliotecas do Ceará). Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal do Ceará. f) RECIFE (incluindo bibliotecas de Pernannbuco, Rio Grande do Norte e Paraíba). Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco. g) SALVADOR (incluindo bibliotecas da Bahia, Sergipe e Alagoas). Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal da Bahia. h) BELO HORIZONTE (incluindo bibliotecas de Minas Gerais). Sede:Serviço Central de Informações Bibliográficas da Universidade Federal de IVinas Gerais. i) RiO DE JANEIRO (incluindo bibliotecas da Guanabara). Sede: Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação. j) NITERÓI (incluindo bibliotecas do Estado do Rio de Janeiro e Espí- rito Santo). Sede: Núcleo de Documentação da Universidade Federal Fluminense. k) SÃO PAULO (incluindo bibliotecas de São Paulo). Sede; Biblioteca Central da Universidade de São Paulo. I) CURITIBA (incluindo bibliotecas do Paraná). Sede: Centro de Bibliografia e Documentação da Universidade Federal do Paraná. m) FLORIANÓPOLIS (incluindo bibliotecas de Santa Catarina). Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina.' n) PORTO ALEGRE (incluindo bibliotecas do Rio Grande do Sul). Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. (RBBD, 1973b). CATÁLOGO COLETIVO DE LIVROS 3.1. — Atribuições Compete a este Serviço elaborar e manter atualizado um Catálogo Coletivo Nacional de Livros, en\fichas, que reúna os acervos das principais bibliotecas COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 119 brasileiras. Seu arranjo é em ordem alfabética de autor do livro, estando cada livro representado por uma ficha, onde são anotadas as siglas das bibliotecas que possuem este livro. (RBBD, 1973b). / CATÁLOGO COLETIVO DE PERIÓDICOS O Catálogo Coletivo Nacional de Periódicos registra no momento cerca de 60.000 títulos de periódicos existentes em 560 bibliotecas especializadas brasileiras, num total de aproximadamente 180.000 coleções. Os títulos dos periódicos são arrumados em ordem alfabética sem se considerar palavras não significativas tais como artigos, preposições, etc. Para cadatítulo existe uma ficha de identidade do periódico, com o seu histórico, seguida das fichas da(s) biblioteca(s) que o possue(m), com a descrição de sua coleção. (RBBD, 1973b). Devido ao enorme volume de dados e à necessidade de permanente atualização, sentiu-se que os sistemas tradicionais de fichários manuais não mais satisfaziam, sendo impraticável a edição deste Catálogo por processos normais de composição tipográfica. Em 1968 foram iniciados os estudos para a mecanização deste serviço e, em 1969, sob a orientação da então Presidente do IBBD, Célia Ribeiro Zaher, foi efetivado o início da sua automação graças ao Convênio firmado entre o IBBD e o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) através do CNPq, para utilização do computador Burroughs 3500, instalado em São José dos Campos, SP. (RBBD, 1973b). Tendo em vista a massa de dados a ser processada, optou- se pela separação dos títulos do Catálogo em 4 grandes grupos de assuntos, a saber: — Ciências Puras e Tecnologia, incluindo Matemática, Física, Química, Engenharia e Tecnologia. — Ciências Biomédicas, incluindo Psicologia. — Ciências Agrícolas e Ciências Naturais, incluindo Veterinária. — Ciências Sociais e Humanidades. (RBBD, 1973b). O primeiro catálogo desta série foi publicado em 1970, sob o título: CATÁLOGO COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 120 COLETIVO DE PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, arrolando cerca de 16.000 títulos, localizáveis em 411 bibliotecas. (RBBD, 1973b). Os dados do catálogo em fichas são registrados em fita magnética, criandose basicamente 2 arquivos independentes: um de TÍTULOS e outro de COLEÇÕES. O veículo de entrada em computador é o cartão perfurado. A atualização da fita de título é da responsabilidade do CCN enquanto que a atualização da fita de coleções poderá ser feita pelos catálogos regionais ou bibliotecas, que prepararão seus próprios BIPs ou cartões perfurados. O processamento dos dados dessas fitas possibilita a recuperação dos seguintes tipos de listagens: a) listagem alfabética completa (títulos e coleções), com ou sem indicação dos códigos de títulos e assuntos; b) listagem alfabética dos títulos e coleções de uma biblioteca ou grupo de bibliotecas, geral ou por assunto; c) listagens regionais de títulos e coleções de um estado, cidade ou região, gerais ou por assunto; d) listagens parciais de periódicos de um dos grupos de assuntos previstos no programa; e) índice de editores; f) listagens de títulos, em ordem numérica dos códigos. (RBBD, 1973b). Formato do cartão de título. Cada título recebe um código alfanumérico de 5 caracteres, composto da letra inicial do título e de um número seqüencial de 4 algarismos. Este código é o número de registro do periódico no computador e não interfere na ordenação alfabética dos títulos. (RBBD, 1973b). Os dados da ficha de título são transcritos em folhas de dados (BIPs) no seguinte formato: Colunas 1 a 73: transcrição do título e demais elementos da ficha de identidade do periódico, em seqüência, separando-se esses elementos (título, editor, datas, .etc.) por asteriscos. Este sinal determinará parágrafo nas listagens finais. Coluna 74: código de assunto. Coluna 75: ordem do cartão, por meio de letras (A, B, C, ...). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 121 Colunas 76 a 80: código do periódico. (RBBD, 1973b). Formato do cartão de coleção Além da sigla tradicional do Catálogo Coletivo, cada biblioteca recebe um código numérico de 4 algarismos para entrada em computador. Os cartões de coleções obedecem ao seguinte formato: Colunas 1 a 5 Colunas 6 a 9 Colunas 10 a 11 Colunas 12 a 80 código do periódico, código da biblioteca. ordem do cartão (numérica: 01, 02, 03, ... .). transcrição da coleção. (RBBD, 1973b). Para maior facilidade de comunicação com os Centros Regionais e Biblioteca do país, tanto no fornecimento de dados para o Catálogo Coletivo, como para acelerar o intercâmbio de reproduções de textos, o IBBD pretende criar uma Rede de Telex, já tendo efetivado a instalação deste equipamento em 3 centros regionais a saber: Recife, Brasília, Porto Alegre. (RBBD, 1973b). SERVIÇO DE REPRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS Este serviço faculta ao estudioso ou cientista do país ou do exterior a obtenção do texto do documento necessário aos seus estudos, sob a forma de microfilme, cópia xerox, ampliação fotográfica, etc. (RBBD, 1973b). SERVIÇO DE INTERCÂMBIO DE CATALOGAÇÃO (SIC) Ao ser criado em 1942, no DASP, o Serviço de Intercâmbio de Catalogação (SIC) a exemplo da Biblioteca do Congresso de Washington (LC), pretendiase facilitar o trabalhodos responsáveis por bibliotecas. O quadro de profissionais era bastante reduzido à época, e os trabalhos que mais se ressentiam com isso eram, exatamente, aqueles de características profissionais: a catalogação e a classificação. Adquirindo as fichas do SIC, um encarregado, mesmo sem a necessária formação profissional, poderia assegurar um mínimo de organização técnica a seus serviços meios. Instruções foram então divulgadas para orientar os compradores,- principalmente os não profissionais. (RBBD, 1973b). Atividade do maior interesse para o desenvolvimento das bibliotecas gerais, a catalogação COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 122 cooperativa não manteve o mesmo interesse inicial. Os fatores, com certeza, foram: — falta de divulgação do acervo disponível — poucos e esparsos foram os catálogos publicados; — as bibliotecas cooperantes executavam suas catalogações visando apenas seus próprios catálogos, sem se aperceberem que centenas de outras bibliotecas também se beneficiariam do acervo resultante de seus trabalhos; — a diversidade de códigos de catalogação adotados pelas bibliotecas cooperantes dificultou a uniformização; — o trabalho de revisão tornou-se difícil e lento, em virtude da displicência na redação das fichas por parte das bibliotecas cooperantes e pelo fato do SIC não ter em mãos os livros para confronto. Na maioria das vezes, as revisões resultavam em completas recatalogações; — a inexistência de uma lista de cabeçaihos de assunto de caráter geral, para uso em âmbito nacional, e que contaria com a aceitação de um número muito grande de bibliotecas cooperantes; — critérios de entrada foram, também, pontos de divergência, especialmente no eixo Rio-São Paulo. (RBBD, 1973b). Em relação a uma linguagem comum a ser adotada em princípios pela biblioteca cooperante, decidiu o IBBD preparar uma lista geral de cabeçaihos de assunto a partir de seus fichários e com a colaboração de bibliotecários da Biblioteca Nacional (BN) e da biblioteca do Ministério da Fazenda. PROJETO CALCO Paralelamente a essas atividades, o SIC foi encarregado, na pessoa de sua Diretora, Alice Príncipe Barbosa, de efetuar estudos para utilização do MARC II (Machine readable cataloging) no Brasil. Daí resultou o projeto CALCO (Catalogação legível por computador) que foi objeto de Dissertação para obtenção do título de Mestre no Curso de Ciência da Informação realizado no IBBD. (RBBD, 1973b). A segunda fase do Projeto consistiu no estudo de aproveitamento das máquinas FRIDEN, existentes no Serviço, para servirem como COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 123 elementos de entrada em máquina no novo sistema. A falta de especialistas na SINGER — revendedora daquele equipamento — tornou penosa aquela fase mas os resultados foram compensadores. O novo sistema permitirá, pois, a obtenção imediata das fichas processadas, antes da produção do relatório respectivo, por computador. (RBBD, 1973b). No momento, encontram-se em fase final, os testes de programa para listagens de autor e assunto. O projeto CALCO vai exigir do SIC uma mudança de filosofia que só será vitoriosa, entretanto, se contar com o apoio de algumas bibliotecas de acervo representativo, inclusive a Biblioteca Nacional. (RBBD, 1973b). CALCO e o Catálogo Coletivo Nacional de Livros Se o formato CALCO for utilizado pelas Bibliotecas Públicas, pelo menos as mais representativas, outras áreas de assunto — como Humanidades e Letras não incluídas pelas Bibliotecas Especializadas — serão cobertas. Os maiores subprodutos do CALCO serão a publicação automática do Catálogo Coletivo Nacional de Livros e da Bibliografia Nacional corrente, através de contribuição dada pelas bibliotecas cooperantes e pela Biblioteca Nacional, respectivamente. (RBBD, 1973b). CALCO e os Usuários As bibliotecas do País, muitas fugindo do eixo Rio-São Paulo, ainda carentes de pessoal suficiente para a realização de seus trabalhos técnicos, teriam, entre outras, as seguintes vantagens: — Padronização de normas e cabeçalhos de assunto; — Liberação de seu pessoal técnico para execução de outras tarefas; — Facilidade de compilação de catálogos, mesmo sem possuir pessoal especializado; — Formação de catálogos especiais, isto é, de editores, assuntos, obras traduzidas, série, etc. — Aquisição de catálogos impressos acumulados e, portanto, atualização de toda a produção semestral ou anual. (RBBD, 1973b). Nova Filosofia do SIC O SIC usará uma filosofia totalmente diferente da até então em uso. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 124 Transformado numa Central de Processamento, outra linha será seguida. Uma nova rede será formada, composta de um limitado número de bibliotecas, as quais ficarão inteiramente responsáveis pela execução de suas tarefas, de acordo com as instruções e normas a serem ditadas pela Central. Não haverá trabalho de revisão. (RBBD, 1973b). As áreas dos assuntos serão previamente delimitadas, o que, obviamente, redundará em algumas duplicatas, considerando-se os múltiplos aspectos dos livros atuais, servindo a campos diferentes. Como resultante, caberá à Central o controle dessas duplicatas através um Fichário das catalogações em processo, para evitar, dentro do possível, a entrada no computador de fichas em duplicatas. (RBBD, 1973b). As bibliotecas integrantes da rede terão apenas que redigir suas catalogações em folhas apropriadas chamadas folha-de-entrada, preenchendo também os itens correspondentes ao campo 008 (itens de recuperação), os quais só terão condição de ser preenchidos tendo em mãos o livro a ser catalogado. (RBBD, 1973b). MARC PARA AMÉRICA LATINA Na época da elaboração do CALCO, longe estávamos de imaginar que 2 anos após a OEA subvencionaria estudos para a elaboração de um formato de catalogação automatizada para países latino-americanos. Esse formato receberá o nome de MARCAL e servirá como fonte de informações da produção em espanhol e português para o grande Banco de Dados armazenado na memória dos computadores da L.C. (RBBD, 1973b). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 125 São marcos importantes... I encontro do programa bibliotecas do Brasil / Convênio entre o INL e a BN / IBBD e o Catálogo Coletivo Nacional de periódicos e o formato CALCO a) periódicos simples de localização e formato CALCO b) pedidos de reprodução de textos / Centros regionais do CCN contam com 16.000 títulos / Estruturação do Catálogo Coletivo de livros / Estruturação do Serviço de Intercâmbio de Catalogação SIC e da catalogação cooperativa / Participação da BN e do Ministério da Fazenda no projeto CALCO cuja diretora é Alice Príncipe Barbosa / Utilização do MARC II no Brasil / O CALCO e o Catálogo Coletivo de Livros – nacional / O CALCO e os usuários / Viabilização de um formato MARC para a América Latina. 1974 ... QUESTIONÁRIO BIBLIOTECA NACIONAL 1. Denominação da biblioteca 2. Data de fundação da biblioteca 3. Endereço 4. Caixa Postal Telefone 5. Bairro Cidade Estado 6. Nome do diretor 7. Em que escola e ano se formou? Qual o horário de funcionamento da biblioteca? Quantas pessoas trabalham na biblioteca? Quantos bibliotecários trabalham na biblioteca? Quantos auxiliares trabalham na biblioteca? Qual a formação escolar dos auxiliares da biblioteca? (quantos possuem o Certificado equivalente ao ginásio?) Poderia nos fornecer a listagem desses Auxiliares, separando-os COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVMbiblioteconomia – página 126 por escolaridade? (RBBD, 1974a)25. Acervos N.° de livros N.° de diafilmes N.° de títulos de jornais N.° de diapositivos N.° de títulos de revistas N.° de partituras N.° de gravuras N.° de manuscritos N.° de mapas N." de folhetos N." de fotografias N.° de incunábuios Média mensal de consultas em 1973 15. Juntar organograma, especificando divisões e secções: desenho simples e listagem 16. Quais os fichários mantidos: Autores .. Títulos .... Sistemático 17. Qual a classificação usada? 18. Qual o código usado na catalogação? 19. Quantas obras são classificadas e catalogadas mensalmente? 20. Qual é o número de obras sem processar? 21. Qual foi o número de obras entradas na contribuição legal, em 1973? 22. Qual é a verba para a compra de livros em 1974? 23. Qual é a verba para a compra de Periódicos em 1974? 24. Em que ano e número se encontra o boletim bibliográfico? 25. Qual o equipamento reprográfico de que dispõe? Friden tem selecta data? Qff-set Xerox Máquinas leitoras Marca Microfilmadoras Marca 26. Qual o n.o de rolos de microfilmes em depósito? 27. Quais os materiais já microfilmados? 28. Dispõe de telex? 29. Qual a população desse estado? 30. Nome do atual governador 31. Mandato do governador 32. Endereço do palácio do governador 33. Endereços do arquivo estadual e nacional. (RBBD, 1974a). QUESTIONÁRIO BIBLIOTECA PÚBLICA (RBBD, 1974a). QUESTIONÁRIO BIBLIOTECA ESCOLAR (RBBD, 1974a). QUESTIONÁRIO BIBLIOTECÁRIO (RBBD, 1974a). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO Convênio celebrado entre o Instituto Nacional do Livro do Ministério da Educação e Cultura e a Associação Profissional de Bibliotecários de Pernambuco, para pesquisa sobre as condições das Bibliotecas Públicas (Municipais no Estado de Pernambuco. (RBBD, 1974a). A EFETIVAÇÃO DE UMA POLÍTICA NACIONAL DO LIVRO Roteiro da Palestra pronunciada por 25 R. Bras. Bibliotecon. Doe. 3(1/3): 17-31, jan./mar. 1974. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 127 Maria Alice Barroso, Diretora do INL. (RBBD, 1974a). MARIA ALICE BARROSO, BIBLIOTECÁRIA DO ANO Discurso proferido pela Presidente da FEBAB, Laura Garcia Moreno Russo, em Brasília, no dia 14 de março de 1974, em saudação à Diretora do INL. (RBBD, 1974a). UNISIST Programa de cooperação internacional no domínio da informação científica e técnica. Durante a 17a sessão da Conferência geral da UNESCO foi aprovada a publicação de um boletim de informação do UNISIST, tratando de todos os aspectos da elaboração e da colocação em operação de um programa mundial de informação técnica e científica e atividades correlatas. (RBBD, 1974a). O leitor encontrará nele informações relativas ao desenvolvimento do programa UNISIST, classificadas segundo seus cinco principais objetivos a saber: — melhoria dos métodos, meios, instrumentos de intercomunica- ção entre sistemas: — reforço do papel dos dispositivos institucionais da cadeia de transferência de informações: — formação de pessoal especializado; — elaboração da política e efetivação de estruturas no domínio da informação científica: — ajuda aos países em desenvolvimento, para a efetivação da infraestrutura da informação científica e técnica. (RBBD, 1974a). PROGRAMA UNISIST Estudo sobre a realização de um sistema mundial de informação científica, efetuado pela Organização das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura e pelo Conselho internacional das Entidades Científicas. (RBBD, 1974a). O programa UNISIST, baseado em um estudo conjunto da UNESCO e do CIUS, é um programa caracterizado pela continuidade e sucessão, que visa coordenar as tendências atuais de cooperação e catalisar a evolução necessária no domínio da informação científica e técnica. Ele tem por objetivo a longo termo a efetivação, fundada na cooperação voluntária de um esquema de serviços de informação ligados entre si. O UNISIST se COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 128 ocupará, inicialmente, das ciências fundamentais, aplicadas à engenharia e à tecnologia, estendendo-se a seguir a outros domínios do conhecimento. (RBBD, 1974a). Trata-se de um esforço internacional de síntese de toda uma série de concepções, programas e políticas diversas, visando a circulação livre da informação científica e técnica, de uma iniciativa sem precedentes para estabilizar e coordenar as tendências atuais para a cooperação internacional no domínio da comunicação da informação científica. (RBBD, 1974a). O plano de trabalho para 1973-1974, estabelecido conforme recomendações da Conferência Intergovernamental do UNISIST, em outubro de 1971 e aprovado pela Conferência geral da UNESCO, na sua 17a Sessão, responde a cinco objetivos principais: (RBBD, 1974a). 1. Melhoria dos meios de intercomunicação entre sistemas / 2. Melhoria da transmissão da informação / 3. Formação de especialistas da informação / 4. Elaboração da política de estabelecimento das redes nacionais no domínio da informação científica / 5. Assistência especial aos países em desenvolvimento. ÓRGÃOS DO UNISIST Durante a 17a Sessão, a Conferência Geral da UNESCO aprovou o orçamento de USS 919.625,00 e o plano de trabalho do UNISIST para 1973-1974, e elegeu uma Comissão Diretora, encarregada de dirigir e controlar a planificação e execução do programa UNISIST. Ela é constituída de representantes dos 18 países membros da UNESCO, referidos a seguir: República Federal da Alemanha, Argentina, Bélgica, China, Estados Unidos da América do Norte, Etiópia, França, Gana, índia, Japão, Peru, Reino Unido, Sudão, Suécia, Tanzânia, Tuní- sia, URSS e Iugoslávia. (RBBD, 1974a). A Conferência autorizou o Diretor geral a criar um Comitê Consultivo que lhe informará sobre os progressos realizados no programa UNISIST e a sua atitude em responder às COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 129 necessidades da comunidade mundial dos homens de ciência, dos engenheiros e dos técnicos. (RBBD, 1974a). Tratou-se sobretudo, de dar prosseguimento às recomendações da Conferência Intergovernamental sobre o UNISIST. Os esforços fo: ram essencialmente feitos no sentido da elaboração de planos detalhados para a ativação do programa UNISIST, com prioridade nos seguintes objetivos: a. compatibilidade ou convertibilidade dos sistemas de informação; b. formação teórica e prática de especialistas e usuários da informação; c. ajuda aos países em desenvolvimento para a criação da infraestrutura de informação científica e técnica. (RBBD, 1974a). O programa previa inclusive a conclusão de contratos para os trabalhos especiais: a. A Federação internacional de Documentação adquiriu, em cooperação com a National Federation of Abstracting and Indexing Services, a preparação dos dados de entrada do inventário mundial, sob forma legível por máquina, dos servi- ços de resumos analíticos e de indexação, trabalho que deve resultar, em 1974, na produção do fichário principal em fita magnética. b. O manual de referência UNISIST/CIUS-AB para a preparação de descrições bibliográficas legíveis à máquina foi submetido a ensaios organizados, controlados e avaliados pela Postgraduate School of Librarianship e Information Science (Escola superior de biblioteconomia e da ciência da informação) da Universidade de Sheffield; a versão definitiva do manual estará pronta a operar em função dos resultados obtidos e será largamente difundida. c. O centro internacional de dados sobre as publicações em sé- rie começou a funcionar (ver, no presente número, a seção entitulada SistemaInternacional de Dados sobre as Publica- ções em Série). d. O escritório de resumos analíticos do conselho internacional das uniões científicas conseguiu concretizar um plano que tende a desenvolver a cooperação dos COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 130 serviços de resumos analíticos e de indexação ao nível de entrada. (RBBD, 1974a). UNISIST SISTEMA INTERNACIONAL DE DADOS SOBRE AS PUBLICAÇÕES EM SÉRIE O sistema internacional de dados sobre as publicações em serie (ISDS), criado no quadro do programa UNISIST, é uma cadeia internacional de centros operacionais, conjuntamente encarregados da criação e operação de depósitos de dados fundados sobre o emprego de ordenadores. (RBBD, 1974a). Os objetivos do sistema são os seguintes: a. estabelecer e manter atualizado um registro internacional de publicações em série com todas as informações necessárias à identificação dessas publicações; b. definir e promover a utilização de um código normalizado tendo por objetivo conferir a cada série de publicações um número de identificação único (International Standard Serial Number/ISSN): c. facilitar o depósito da informação científica e técnica nas publicações em série; d. ter permanentemente estas informações à disposição de todos os países, organismos e usuários particulares; e. estabelecer redes de comunicação entre bibliotecas, servi- ços de informação secundária, editores de publicações em série e organizações internacionais; f. promover normas internacionais para a descrição bibliográ- fica, formatos de comunicação e intercâmbio de informações no domínio das publicações em série. (RBBD, 1974a). O centro internacional do ISDS está em Paris em virtude de um acordo entre a UNESCO e o governo francês. Sua sede encontra-se provisoriamente na Biblioteca Nacional. (RBBD, 1974a). O centro internacional estabelecerá um catálogo internacional de publicações em série em proveito de todos os países. Será, porém, limitado às publicações científicas e técnicas, sendo progressivamente estendido a todas as matérias. (RBBD, 1974a). Será atribuído a cada título um número de série internacional, normalizado (ISSN), conhecido pela Organização COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 131 Internacional de Normalização (ISO). O sistema permitirá obter os seguintes produtos: (RBBD, 1974a). índice de títulos; índice dos ISSN; registro das publicações periódicas do ISDS (Registros); índice sistemático de títulos (CTI); índice de títulos novos e modificados (N e AT); títulos novos cumulados (CNT); índice permutado; fichário de referência sobre microfichas (iVIRF). (RBBD, 1974a). O estabelecimento de centros nacionais ou regionais cabe aos países membros e aos associados da UNESCO que desejam participar do programa UNISIST. (...) A constituição de um fichário internacional de publicações em série coerente supõe uma estreita cooperação entre todos os membros do ISDS. (RBBD, 1974a). Em novembro de 1972, o Diretor geral da UNESCO anunciou aos países membros a criação do centro internacional e os convidou a cooperar com o ISDS para o estabelecimento dos centros nacionais ou regionais. Diretrizes provisórias foram estabelecidas a fim de ajudá-los a criar seus centros nacionais ou regionais. A versão definitiva dessas diretivas está em vias de estabelecimento, e será dentro em pouco o objeto de uma larga difusão em inglês, francês, espanhol e russo. (RBBD, 1974a). A reação dos países membros foi extremamente encorajadora e até o presente foram criados ou estão em vias de sê-lo centros nacionais ou regionais nos seguintes países: República Federal da Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Canadá, Colômbia, Daomé, Estados Unidos, França, Guatemala, índia, Itália, Malta, Nigéria, Nova Zelândia, Filipinas, Inglaterra e URSS. (RBBD, 1974a). Para qualquer pedido de informações complementares e de atribuição do ISSN, escrever ao Centro Internacional do ISDS, Bibliothè- que Nationale, 58 rue de Richelieu, 75002, Paris — França. (RBBD, 1974a). CENTRO INTERNACIONAL DE INFORMAÇÃO EM TECNOLOGIA O centro internacional de informações sobre a terminologia (INFOTERM) foi fundado COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 132 em Viena em 1971, no quadro do programa UNISIST, em virtude de um contrato feito entre a UNESCO e o Instituto Austríaco de Normalização, que assegura o secretariado, do comitê técnico 37 "Terminologia" (princípios e coordenação) do ISO. (RBBD, 1974a). O centro está encarregado de coordenar as atividades terminoló- gicas do mundo inteiro e preencher as funções de documentação e da informação seguintes: — reunião das publicações referentes à terminologia, em todo o mundo, em particular de normas e princípios terminológicos e dos dicionários especializados. — informação relativa às bibliotecas terminológicas e, na medida do possível, de suas fontes. — ampla difusão das coletas sobre as publicações terminológicas existentes ou em preparação. — informação sobre os cursos de terminologia: ou arquivo consultivo junto às instituições, notadamente nos países em desenvolvimento, por ocasião da execução de projetos terminológicos. — estudo da possibilidade de interconexão entre bancos de palavras (terminologia). Para maiores informações, dirigir-se a; INFOTERM, Institut Autrichien de Normalisation. Leopoldsgasse 4, 1020 Vienne, Autriche. (RBBD, 1974a). O ISDS é um sistema a dois níveis, compreendendo; — um centro internacional (Cl); — centros nacionais e regionais. (RBBD, 1974a). Comecemos com uma proposição sobre a qual todos concordamos: a viabilidade das fichas catalográficas do Library of Congress é intoleravelmente lenta, mesmo quando as adquirimos em forma de primeiras provas, ou de fitas magnéticas produzidas pelo projeto MARC (Machine Readable Cataloging). (GORE, 1974)26. Minha proposição é a seguinte: o problema da morosidade na catalogação, quando bem analisado, é falha nossa; no entanto, gostamos de jogar a culpa no 26 GORE, D. Na vertiginosa busca do FASTCAT. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 3(1/3): 59- 66, jan./mar. 1974 . COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 133 Departamento de Catalogação do LC; por isso, se desejássemos, sinceramente, resolver o problema, deveríamos parar de acusar Washington e começar a procurar a solução nas nossas próprias bibliotecas. (GORE, 1974). Se o LC diminuísse sua rapidez ou parasse, nem eu, nem minha equipe de catalogadores, de Macalester, o notaríamos e nem mesmo os estudantes das Faculdades, que procuram acesso imediato aos livros novos. Acrescentaria ainda que, se os catalogadores do LC fossem mais rápidos, não receberiam de minha parte nenhum agradecimento especial, pois, como já disse, suas fichas catalográficas são boas assim como são, graças à criação de um novo sistema chamado FASTCAT (Fast Catalog). (GORE, 1974). Não sei se Marvin Scilken, da Orange Public Library, de New Jersey, sentir-se-ia honrado em ser identificado como o pai do FASTCAT, mas creio que sim; em nenhum outro caso, a paternidade cabe tão bem como neste. Leia-se o ensaio de Scilken no Library Journal de setembro de 1969 e ver-se-á que o FASTCAT, embora não mencionado por este nome, é realmente criação sua. Sem penetrar nos mistérios da filogenia do FASTCAT, contarei algo sobre seus tra- ços característicos e sua prodigiosa façanha. (GORE, 1974). O FASTCAT é um sistema particularmente prático para bibliotecas que recebem livros por meio de um "approval plan" Uma vez que esses livroschegam à biblioteca meses antes do que chegariam se encomendados de modo convencional, eles agravariam o problema do acúmulo na catalogação. Quanto mais rápido o livro chega à biblioteca, mais tempo tem de esperar na seção de catalogação. Com o FASTCAT, a vantagem de receber livros cedo torna-se realmente a vantagem desejada pelo vendedor; o livro chega ao usuário multo mais cedo do que acontece, em geral, com os livros encomendados convencionalmente. (GORE, 1974). A BIBLIOTECA DO COLÉGIO RIO COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 134 BRANCO E O SEU FASTCAT As bibliotecas brasileiras, como as de outros países, sentem o problema do acúmulo de material a ser processado, ora por falta de pessoal, ora por recebimento de doações; enfim, é quase permanente, em nossas bibliotecas, a existência de um acervo à espera de processamento. (SANTOS, 1974)27. 1. A primeira via, de papel mais resistente e em cor branca, será de tombo, depois de catalogado o material. A via de cor azul é imediatamente alfabetada no catálogo de tombo. Desta maneira, ao selecionarmos material para aquisição, consultamos o catálogo de tombo, constantemente em dia, e evitamos aquisição de duplicatas inúteis. (SANTOS, 1974). 2. A via de cor verde serve de ficha-guia que acompanha o material enquanto está sendo processado. Nele anotamos o número de chamada, os cabeçalhos de assunto, nome certo etc. Depois de processado o material, a ficha verde é reunida em grupos para compor bibliografias que são enviadas aos especialistas. Por exemplo: livros de pedagogia e psicologia compõem uma bibliografia que é enviada a professores. (SANTOS, 1974). 3. A via de cor amarela tem função mais importante: serve para indicar ao usuário o conteúdo da biblioteca-hoje. É o que corresponde, mais ou menos, ao FASTCAT. Nós as chamamos de "as amarelinhas", que são inseridas no catálogo de autor e título, em ordem alfabética. Deste modo o usuário, ao consultar o catálogo, encontrará, numa ordem alfabética única, o material processado ou não, que compõe o acervo de nossa Biblioteca. (SANTOS, 1974). INSTITUTO BRASILEIRO DE BIBLIOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO Considerações sobre as regras relativas às entradas catalográficas de entidades corporativas. A instituição, no IBBD, de Seminários internos para discussão de problemas de Catalogação, teve como objetivo primordial auxiliar a Catalogação 27 SANTOS, M. de S. A biblioteca do Colégio Rio Branco e o seu FASTCAT. R. Brás. Bibliotecon. Doe. 3 (1/3): 59-66. jan./mar. 1974 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 135 Cooperativa e fornecer subsídios para o Encontro de Professores, este patrocinado pela ABEBD em conjunto com o IBBD. (RBBD, 1974a). O Código de Catalogação Anglo-americano de 1967 reconhecendo as dificuldades existentes, até então, para distinguir sociedades de instituições, apresenta somente dois tipos de órgãos: Os não governamentais entrando diretamente pelos seus nomes, como aparecem na folha-de-rosto, e os governamentais entrando pelo nome da área sobre a qual eles exercem jurisdição. Os órgãos não governamentais compreendem as Federações, Associações, Sociedades, Fundações etc (RBBD, 1974a). O AACR geralmente restringe as entradas pelo nome dos países, estados para os órgãos que exercem as funções legislativas ou judiciárias, ou executivas do governo, incluindo, de acordo com a regra 78B, os Ministérios, Departamentos, Divisões, Setores, Seções e seus equivalentes em línguas estrangeiras. Para outros órgãos do governo a entrada é diretamente pelos seus nomes, caso eles pertençam a uma das sete categorias relacionadas na regra 78A. (RBBD, 1974a). ANEXO 1 — SUGESTÕES PARA ENTRADAS DE ENTIDADES OFICIAIS E USO DE SIGLAS a) Órgãos governamentais que entram subordinados ao nome do país, de acordo com a regra 78B (RBBD, 1974a). MÚSICA EM BRAILLE A Fundação para o Livro do Cego do Brasil recebeu em doação, em dezembro último, 500 partituras de música erudita, de mais de uma centena de autores, escritas em Braille. (RBBD, 1974a). A Bibliotecária Regina Maria Soares de Oliveira, do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, levou a efeito o que provavelmente constitui nosso primeiro levantamento bibliográfico sobre pós-graduação. (OLIVEIRA, 1974)28. Listagens: - BIBLIOGRAFIA PÓS-GRADUAÇÃO; - ENTIDADES DE 28 OLIVEIRA, R. M. S. de. Pós-graduação: levantamento bibliográfico. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 3 (1/3): 77-96, jan./mar. 1974 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 136 CLASSE FEBAB; - COMISSÕES PERMANENTES FEBAB; - ASSOCIAÇÕES FILIADAS À FEBAB; - CONSELHOS DE BIBLIOTECONOMIA; - CURSOS, ESCOLAS, FACULDADES BIBLIOTECONOMIA / ASSOCIAÇÕES FILIADAS (RBBD, 1974a) Associação Paulista de Bibliotecários Associação Profissional de Bibliotecários do Estado de Pernambuco Associação Profissional de Bibliotecários do Estado da Guanabara Associação Riograndense de Bibliotecários Associação Profissional de Bibliotecários do Estado da Bahia Associação dos Bibliotecários Municipais de São Paulo Associação de Bibliotecários de Minas Gerais Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal Associação Campineira de Bibliotecários Associação dos Bibliotecários do Ceará Associação dos Bibliotecários Sãocarlenses Associação Paraense de Bibliotecários Associação Bibliotecária do Paraná Associação Amazonense de Bibliotecários Associação Profissional de Bibliotecários do Estado do Maranhão São marcos importantes... Questionário da BN e o primeiro estudo de usuários em âmbito nacional / UNISIST Programa de Cooperação Internacional: 1) melhoria dos meios de intercomunicação entre sistemas; 2) melhoria da transmissão da informação; 3) COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 137 formação de especialistas da informação; 4) elaboração da política de estabelecimento das redes nacionais no domínio da informação científica; 5) assistência especial aos países em desenvolvimento / UNISIST e as publicações em série / Centro Internacional de Informação em Tecnologia e o INFORTERM / o problema do acesso às fichas da LC e a solução pelo FASTCAT (fast catalog) / IBBD estabelece cabeçalhos de entidades / listagem das associações filiadas à FEBAB. UNIVERSIDADE DE S. PAULO Resolução 413, de 30 de abril de 1974 Baixa o Regulamento do Centro de Documentação Sobre a Amé- rica Latina — CEDAL. O Reitor da Universidade de São Paulo, usando de suas atribui- ções legais e tendo em vista o deliberado pelo Conselho Universitário, em Sessão realizada a 2 de abril de 1974, baixa a seguinte Resolução: Art. 1° — Fica aprovado o Regulamento do Centro de Documentação Sobre a América Latina — CEDAL, que com esta baixa. (RBBD, 1974b)29. CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO Resolução 29, de 14 de junho de 1974 O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, no uso de atribuição legal e tendo em vista o Parecer n.° 1.037/74, homologado pelo Exmo. Sr. Ministro da Educação e Cultura. RESOLVE Art. 1.° — A criação de universidades, nos termos do artigo 7.° da Lei n.° 5.540, de 28.11.68, far-se-á de acordo com uma das seguintes modalidades: (RBBD, 1974b). Art. 12 — O processo de autorização, ou de reconhecimento, deverá incluir documentação relativa aos seguintes itens: 29 R. Bras. Bibliotecon. Doe. 3(4/6): 117-146, abr./jun. 1974. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 138 1) natureza jurídica da instituição e comprovação da idoneidade moral de seus dirigentes: 2) patrimônio e capacidade financeira: 3)edifícios e demais instalações; 4) equipamentos e laboratórios; 5) biblioteca; 6) estatuto e regimento geral; 7) qualificação do corpo docente; 8) dados relativos ao corpo discente, quando se tratar de reconhecimento; (RBBD, 1974b). Art. 19 — Com o objetivo de verificar in loco as condições de instalação e funcionamento da universidade que houver requerido autorização ou reconhecimento, o Conselho Federal de Educação designará uma comissão de especialistas, de reconhecida competência, cuja composição será proporcional ao número e natureza dos cursos solicitados. (RBBD, 1974b). CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO BIBLIOTECÁRIO SEÇÃO Dos Objetivos Art. 1.° — O Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os profissionais de Biblioteconomia, quando no exercício profissional, indicando normas de conduta que devem inspirar suas atividades, regulando suas relações com a classe, com os poderes públicos, a sociedade e o público em particular. (RBBD, 1974b). Art. 2° — Incumbe ao Bibliotecário considerar e dignificar a profissão; (RBBD, 1974b). / Art. 3.° — Obriga o Bibliotecário a observar os ditames da ciência e da técnica, (...) SEÇÃO II Dos Deveras e Proibições Fundamentais (RBBD, 1974b). / Art. 4.° — Os deveres do profissional de Biblioteconomia compreendem, além do exercício regular de suas atividades (RBBD, 1974b). / Art. 5.° — Cumpre ao profissional de Biblioteconomia: (RBBD, 1974b). / Art. 6.° — Não se permite ao profissional de Biblioteconomia: (RBBD, 1974b). / Art. 7.° — O Bibliotecário poderá publicar, na imprensa, afirmações que não sejam difamatórias, (RBBD, 1974b). / Dos Deveres em Relação aos Colegas e à Classe Art. 8.° — (RBBD, 1974b). / Art. 9.° — O COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 139 Bibliotecário deve, em relação aos colegas, (RBBD, 1974b). / Art. 10 — O Bibliotecário deve, com relação à classe, observar as seguintes normas: (RBBD, 1974b). / Dos Deveres em Relação aos Usuários , Art. 11 — O Bibliotecário deve, em relação aos usuários, observar a seguinte conduta: (RBBD, 1974b). / SEÇÃO III Do Procedimento no Setor Público e Privado Art. 12 — Deve o Bibliotecário interessar-se pelo bem público (RBBD, 1974b). / Art. 13 — No desempenho de cargo ou função, (RBBD, 1974b). / Art. 14 — Atuar dentro da melhor técnica (RBBD, 1974b). / Art. 15 — Exercer o trabalho profissional com ... (RBBD, 1974b). / Art. 16 — Ter sempre em vista o bem estar e o progresso (RBBD, 1974b). § 1.° — Facilitar e estimular a atividade funcional ... ; § 2.° — Defender o princípio ... § 3.° — Reconhecer e respeitar ... (RBBD, 1974b). Art. 17 — Não utilizar sua ... (RBBD, 1974b). / Art. 18 — Manter-se atualizado ... (RBBD, 1974b). § 1.° — Manter-se em dia ... § 2,° — Procurar colaborar ... § 3.° — Ter sempre presente (RBBD, 1974b). SEÇÃO IV Dos Honorários Profissionais Art. 19 — Os honorários profissionais devem ser fixados ... (RBBD, 1974b). Art. 20 — O bibliotecário deve exigir justa remuneração ... (RBBD, 1974b). SEÇÃO V Das Infrações Disciplinares e Penalidades Art. 22 — A transgressão ... (RBBD, 1974b). Art. 23 — O julgamento das questões ... (RBBD, 1974b). Art. 24 — Serão igualmente ... (RBBD, 1974b). SEÇÃO VI Extensão do Código Art. 25 — As normas deste ... (RBBD, 1974b). SEÇÃO VII Modificação do Código Art. 26 — Qualquer modificação ... (RBBD, 1974b). SEÇÃO VIII Aplicações de Sanções Art. 27 — O Conselho Federal de Biblioteconomia deverá baixar ... (RBBD, 1974b). SEÇÃO IX Vigência do Código Art. 28 — O presente Código... (RBBD, 1974b). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 140 São marcos importantes... A estruturação do Centro de Documentação sobre a América Latina – CEDAL / O Conselho Federal de Educação estabelece para a criação de universidades: a existência de uma biblioteca e com perspectivas de verificação desta in loco / O primeiro código de ética do bibliotecário é implantado pela FEBAB. ATENÇÃO!!! CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA RESOLUÇÃO CFB N.º 42 DE 11 DE JANEIRO DE 2002. Dispõe sobre Código do Ética do Conselho Federal de Biblioteconomia. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE BIBLIOTECÁRIOS De 15 a 21 de Junho de 1974 será realizada em S. Paulo a III Assembléia Geral da* Comissões Permanentes: CBDA, CBOJ, CBDBP, CBDB, CBDT e CBDBE. (RBBD, 1974b). INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO CONTRATO Contrato celebrado entre o Instituto Nacional do Livro, do Ministério da Educa- ção e Cultura, e a Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários - FEBAB, para publicação da "Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação". (RBBD, 1974b). INL: PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DE SERVIÇOS BIBLIOTECÁRIOS NA REGIÃO DA TRANSAMAZÔNICA Projeto do Instituto Nacional do Livro para Implantação de serviços bibliotecários na região da Transamazônica — 2.' etapa — janeiro — dezembro — 1974. (RBBD, 1974b). PROJETO PILOTO PARA DESENVOLVIMENTO DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS INTEGRADAS EM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DE ADULTOS E ALFABETIZAÇÃO Primeira Reunião realizada na SUDENE, em Recife, em 24 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 141 de abril de 1974. (RBBD, 1974b). UNESCO — CURSO DE PLANEJAMENTO DE SISTEMAS REGIONAIS DE BIBLIOTECAS INL — PROGRAMA DE BIBLIOTECAS OBJETIVOS: Instruir os bibliotecários nos métodos e técnicas de planejamento e elaboração de projetos de Sistemas de Bibliotecas Públicas, levando em conta as características próprias da região, da população, interesses e possibilidades de ação compatíveis com outros planos nacionais, regionais e internacionais; (RBBD, 1974b). R. Bras. Bibliotecon. Doc. 3(4/6): 165-173, abr./jun. 1974 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 142 São marcos importantes...1974b (continuação) O contrato estabelecido entre o INL, MEC e a FEBAB / Projeto para implantação de serviços bibliotecários na região da transamazônica / Projeto piloto para desenvolvimento de bibliotecas públicas integradas em programa de educação de adultos e a alfabetização – primeira reunião realizada na SUDENE / a UNESCO e o curso de planejamento de sistemas regionais das bibliotecas INL / A biblioteca e o seu meio ambiente / Centro de cultura e de Documentação e da Informação – Biblioteca do Estado da Bahia – a) especializada ; b) especial ; c) pública / as 11 seções reestruturadas: 1) processamento técnico; 2) documentação; 3) Bibliotecas escolares do Estado; 4) restauração; 5) audiovisual; 6) Extensão ; 7) Informação e assistência; 8) Obras raras; 9) Normas; 10) Promoção e divulgação; 11) Administração / A ficha catalográfica da Biblioteca Central da Bahia e a catalogação na fonte. A BIBLIOTECA E SEU MEIO AMBIENTE Palestra proferida no IX FUSE, em São Paulo, no dia 13 de maio de 1974, por Adalgisa Moniz de Aragão, Diretora da Divisão de Bibliotecas do Estado da Bahia. (RBBD, 1974b). Para que a Biblioteca possa atingir essa condição de Centro de Cultura e de Documentação e da Informação, três metas essenciais devem ser COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 143 alcançadas. E que são requisitos indispensáveis ao bom funcionamento da Instituição. 1) Estrutura Funcional dos Serviços de Biblioteca, com os seus complementos: Organograma, Regimento, etc. 2) Edifício apropriado que abrigue essa estrutura. 3) Equipamento que forneça condições funcionais de operação. (RBBD, 1974b). Assim, quando se pretende planejar uma Biblioteca, a primeira etapa do planejamentoserá definir o seu tipo característico de atuação para fim estrutural: a) Especializada b) Especial c) Pública. (RBBD, 1974b). A amplitude de campo de ação da Biblioteca exigiu uma estrutura minuciosa. Por isto foram estabelecidas 11 (onze) seções; cada uma responsável por um determinado número de atividades: SEÇÃO DE PROCESSAMENTO TÉCNICO, responsável pela seção, aquisição, compra, permuta e registro de todo o acervo das bibliotecas pertencentes à sua rede. SEÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO que processa toda a documenta- ção para colocá-la a serviço dos estudantes e pesquisadores. Essa seção possui um laboratório fotográfico e reprográfico e sala de leitura com dois ambientes para leitura. SEÇÃO DE BIBLIOTECAS ESCOLARES, que presta assistência a toda rede escolar de Salvador e Interior dando-lhe orientação técnica. SEÇÃO DE RESTAURAÇÃO, que tem por objetivo restaurar e encadernar todos os livros da Biblioteca Central do Estado, e demais Bibliotecas da rede. SEÇÃO AUDIOVISUAL, constando de mapoteca, discoteca, iconoteca, filmoteca, serviço educativo de rádio e televisão. SEÇÃO DE EXTENSÃO, que cuida da ampliação e extensão gradual da Biblioteca como resultado dos estudos e pesquisas feitas pela Divisão de Bibliotecas, órgão diretor do sistema de bibliotecas do Estado. Assim, segundo as necessidades, são instaladas Bibliotecas Públicas nos Bairros e subúrbios de Salvador, mantendo ainda esta seção bibliotecas ambulantes e volantes nos bairros e localidades que não possuem COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 144 Bibliotecas Fixas. SEÇÃO DE INFORMAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO PÚBLICO, que promove e assegura a prestação de serviços, no recinto da Biblioteca, a todos os que queiram dela fazer uso. Esta seção é composta dos setores de leitura, referência, periódicos, artes, braille, circulantes. SEÇÃO DE OBRAS RARAS, que põe ao alcance do interessado as obras que pelas suas características são consideradas raras, preciosas ou valiosas. SEÇÃO DE NORMAS E CONTROLE, que tem por objetivo elaborar planos para a instalação de bibliotecas. Estabelecer normas de funcionamento para todas as bibliotecas da rede. Fornecer orienta- ção técnico-administrativo. SEÇÃO DE PROMOÇÃO E DIVULGAÇÃO, responsável por todo o programa Cultural da Biblioteca Central do Estado. Promove pesquisas das necessidades literárias e recreativas da comunidade. Edita um Boletim Informativo para divulgar os serviços do Sistema de Bibliotecas. Promove a realização de cursos, seminários, para treinamento e atualização de pessoal. Promove conferências, cursos, palestras, exposições, concertos, cinema, etc.. Para isto conta com 4 (quatro) salas de aula com capacidades diferentes e um auditório. SEÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO, encarregada do registro de todo o expediente que entra na Biblioteca, da datilografia de toda a correspondência, da elaboração do orçamento, de recolhimento e elabora- ção de dados estatísticos, da distribuição do material permanente, etc. (RBBD, 1974b). A ficha catalográfica, ou melhor, os dados catalográficos impressos nas publicações — nem sempre há uma cercadura que sugira a idéia de ficha — permite que o livro se identifique por si próprio, da maneira "mais accessível, mais precisa e mais informativa" descoberta até hoje. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 145 (CARNEIRO, 1974, p. 174)30. Explicamos: toda obra imprensa deve apresentar os dados necessários à sua identificação e individualização, tais como título; nome do autor ou autores (pessoa ou entidade responsável pelo conteúdo intelectual ou artístico da obra); nomes de outras pessoas que lhe deram contribuição importante, por exemplo, organizadores, compiladores. comentadores, ilustradores etc.; número da edição e/ou informação quanto à revisão, atualização etc.; nome da editora, cidade em que está sediada, data de publicação ou impressão, além de outros elementos que determinam as características físicas da publicação: páginas e/ou volumes, ilustrações. Esses elementos achamse dispersos nos livros, embora os principais costumem aparecer no frontispício. Mas podemos encontrá-los também na capa, no olho, verso do frontispício, colofão31, orelhas e no próprio texto. (CARNEIRO, 1974). A Catalogação na fonte, ou Catalogação na publicação, operação realizada antes do livro ser impresso, permite que todos os dados identificadores fiquem reunidos num único local, de fácil acesso aos que manuseiam o documento, descrevendo-o de maneira sucinta e precisa, fornecendo, ademais, outras informações úteis: a indicação de que inclui bibliografia, de que faz parte de uma coleção ou sé- rie etc. (CARNEIRO, 1974, p. 174). Mas seu valor não reside apenas na descrição bibliográfica: a análise do conteúdo da obra permite que se determine, em poucas palavras ou frases, o assunto ou assuntos principais que aborda, Indicando outros dados que merecem ser 30 CARNEIRO, R. Câmara Brasileira do Livro, catalogação na fonte. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 3[4/6); 174-175, abr./jun. 1974 31 COLOFAO — informações referentes à impressão da obra, que aparecem no fim do livro. "A palavra Colofão, que achamos tão útil hoje em dia, vem da cidade Jônica que tem esse nome. Nos tempos clássicos e medievais parece ter significado qualquer coisa como "a última palavra", referindo-se ao hábito dos colofonenses de deixar as melhores tropas na reserva. Seu uso para indicar a vinheta de um livro parece datar somente do século XVIII". (CARNEIRO, 1974). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 146 destacados: nomes de coautores, organizadores, ilustradores etc., título da obra, título da coleção, que se poderão desdobrar em outras tantas fichas ou entradas para formar um catálogo, facilitando a abordagem da publicação e a recuperação das informações. São Incluídos, também, símbolos (números que representam os assuntos e nomes dos autores) que permitem o arranjo dos livros nas estantes e a ordenação das fichas nos catálogos. (CARNEIRO, 1974). Os dados catalográficos impressos nas publicações, unidos indeleveimente ao seu destino, revestem-se de grande importância para os bibliotecários, pois que evitam a duplicação irracional do processo da catalogação, mas interessam a todos que, por qualquer motivo, estiverem ligados à sua produção ou ao seu consumo. (CARNEIRO, 1974, p. 175). Embora o processo de Catalogação na fonte seja utilizado esporadicamente em alguns países, há somente quatro que o realizam de maneira sistemática: a U.R.S.S., há mais de 10 anos, a Austrália, a partir deste ano e os Estados Unidos, onde existe a maior central de Catalogação na publicação do mundo: a Biblioteca do Congresso, em Washington, que já catalogou na fonte, desde julho de 1971, quando iniciou essa atividade, até abril de 1974, 32.529 títulos, publicados por cerca de 630 editoras, abrangendo, mais ou menos, 75% dos livros publicados nesse período. (CARNEIRO, 1974, p. 175). O Brasil é o 4.° país que conta com centrais de Catalogação na fonte, criadas em 1971 por iniciativa da Câmara Brasileira do Livro e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, localizadas, respectivamente, em São Paulo — na av. Ipiranga, 1267, 10.° andar e na cidade do Rio de Janeiro — Av. Rio Branco, 37, 15.° andar. (CARNEIRO, 1974, p. 175). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 147 R. Bras. Bibliotecon. Doc. 3(4/6): 174-175, abr./jun. 1974 R. Bras. Bibliotecon. Doc. 3(4/6): 174-175, abr./jun. 1974 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRAPAPIRVM biblioteconomia – página 148 São marcos importantes...1974c Ministério do Trabalho e a criação do Sistema CFB e CRB's / criação da CAPES e a estruturação da pós-graduação / Dados do INL = 1.000 bibliotecas cadastradas / III Bienal internacional do livro organizada pela FEBAB / Apresentação em congresso das comissões especializadas em documentação agrícola, biomédica, jurídica, tecnológica, bibliotecas públicas, escolares. CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO 29, DE 14 DE JUNHO DE 1974 O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, no uso de atribuição legal e tendo em vista o Parecer 1.037/74, homologado pelo Exmo. Sr. Ministro da Educação e Cultura, RESOLVE Art. 1.° — A criação de universidades, nos termos do artigo 7.° da Lei 5 540, de 28.11.68, far-se-á de acordo com uma das seguintes modalidades: Art. 12 — O processo de autorização, ou de reconhecimento, deverá incluir documentação relativa aos seguintes itens: 5) biblioteca. (RBBD, 1974c)32. MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL DECRETO 74.296 — DE 16 DE JULHO DE 1974 Dispõe sobre a estrutura básica do IMinistério do Trabalho (MTb) e dá outras providências. Art. 4° — São vinculadas ao Ministério do Trabalho as seguintes entidades: 2 — Conselho Federal e Conselhos Regionais de Biblioteconomia. (RBBD, 1974c). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA CAPES DECRETO 74.299 — DE 18 DE JULHO DE 1974 Dispõe sobre a Coordenação de 32 R. Bras. Bibliotecon. Doc. 4 (1/3): 29-49, Jul./set. 1974. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 149 Aperfei- çoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e dá outras providências. (RBBD, 1974c). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA CONSELHO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO DECRETO 73.411 — DE 4 DE JANEIRO DE 1974 Institui o Conselho Nacional de Pós-Graduação e dá outras providências. Art. 2° — São atribuições do Conselho Nacional de Pós-Graduação..(RBBD, 1974c). DECRETO 74.300 — DE 18 DE JULHO DE 1974 Altera disposições do Decreto 73.411, de 4 de janeiro de 1974, que instituiu o Conselho Nacional de Pós-Graduação e dá outras providências. (RBBD, 1974c). INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO Em 1972 o INL contava com pouco mais de 1.000 bibliotecas cadastradas. Com a ampla divulgação de seus serviços, junto às Prefeituras Municipais, o número de registros subiu para 2.500. Cada biblioteca recebe, anualmente, cerca de 400 obras literárias. A Seção de Seleção e Distribuição envia livros selecionados, de acordo com a clientela a que se destinam, entretanto as bibliotecas públicas têm prioridade. Em 1972 o INL distribuiu 500 mil volumes. (RBBD, 1974c). III BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE BIBLIOTECÁRIOS III ASSEMBLÉIA DAS COMISSÕES PERMANENTES CBDA CBDJ CBDBP CBDB CBDT CBDBE 15 a 21 de junho de 1974 (RBBD, 1974c). FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE BIBLIOTECÁRIOS III ASSEMBLÉIA DAS COMISSÕES PERMANENTES E Encontros dos Bibliotecários das áreas de Documentação Agrícola, Biomédica, Jurídica, Tecnológica, Bibliotecas Públicas e Bibliotecas Escolares. (RBBD, 1974c). COMISSÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO AGRÍCOLA - presidente - Cely Farias Raphael (RBBD, 1974c). TRABALHOS APRESENTADOS - 1. Diretório agrícola de bibliotecários e instituições do Brasil. Cely Farias Raphael 2. Guia para aquisição de livros e periódicos no estrangeiro. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 150 Gabriella Mennl Ferrari e Ester Keiko Ishida 3. Planejamento do centro de Informação de teses em ciências agrí- colas. Dina Maria Bueno Moretti; Maria Elisabeth Ferreira de Carvalho; Odette Simão; Sônia Corrêa da Rocha 4. Recursos das bibliotecas agrícolas no Rio Grande do Sul. Maria Olinda Cozza Magrisso 5. EMBRAPA: o Departamento de Informação e Documentação. Alexandre do Espírito Santo 6. A terminologia e o microfilme nas bibliotecas brasileiras. Ana Maria Pedroso Voss e Cleusa Dias Martins 7. A integração do Brasil ao Sistema Internacional de Informação Agrícola (AGRIS) através do projeto PNUD/FAO/BRA/72/020. Jaime Robredo e Yone S. Chastinet. RBBD, 1974c). COMISSÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO BIOMÉDICA FEBAB/CBDB – presidente - Dinah Aguiar Pobíación (RBBD, 1974c). TRABALHOS APRESENTADOS - 1. Preservação de acervos bibliográficos Neuza do Nascimento Kuhn; Maria Angela Lagrange Moutinho dos Reis; Maria Regina Azevedo Arbulo Uriarte 2. Rede integrada de bibliotecas como infra- estrutura de sistemas da comunicação da informação no Brasil. Dinah Aguiar Población e Alfredo Américo Hamar 3. Disseminação de informação biblioteconômica M. Julieta A. S. Camargo. (RBBD, 1974c). COMISSÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO JURÍDICA FEBAB/CBDJ – presidente - Magaiy França Viliaça (RBBD, 1974c). TRABALHOS APRESENTADOS - 1. Bibliotecas brasileiras especializadas em direito. Magaly França Viliaça e Alba Regina Caldeira Facioli 2. Grupo de Trabalho em documentação jurídica da Bahia: Informe. 3. Direitos e deveres dos servidores municipais: cabeçalhos de assunto. May Brooking Negrão e Lucila Eva Prottl 4. O Catálogo coletivo estadual de periódicos de direito. Sara Corrêa; Eufélia Pupo de Paula; Cecília A. Attienza e outras.5. A Biblioteca no desenvolvimento nacional. Zaira Bark 6. Artigos de Periódicos de Direito, COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 151 indexados na Biblioteca Roberto Simonsen. Beatriz Bergozoni e EIsie Delomodarme 7. Periódicos Brasileiros de Direito existentes na Biblioteca Roberto Simonsen. Maria Alice de Vicencio 8. Referenciação legislativo — demonstrativa. Nylma Thereza de Salles Valioso Amarante. (RBBD, 1974c). COMISSÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO TECNOLÓGICA FEBAB/CBDT – presidente - Antonio Gabriel (RBBD, 1974c). TRABALHOS APRESENTADOS - 1. Aplicação de computação eletrônica na elaboração do catálogo de teses na área de Tecnologia no Estado de São Paulo: 1970 a 1973. Pedro Luiz Martineiii 2. Padronização de sistemas e aproveitamento da mão-de-obra especializada. Márcio Aurélio Pires de Almeida; Xenia Lacerda Cordeiro; Neil Siqueira; Léa Wanda Maurano Ostronof 3. O Sistema estadual de informação científica e tecnológica — SEICT Maria Alice Pompeia Gonzaga; Mitiko Horigoshi; Moysés Aron Pluclennik 4. Centros de documentação nas empresas. Associação Paulista de Bibliotecários e Comissão de Terminologia Tecnológica. (RBBD, 1974c). COMISSÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO EM BIBLIOTECAS PÚBLICAS FEBAB/CBDBP – presidente - Laura G. Moreno Russo (RBBD, 1974c). TRABALHOS APRESENTADOS - 1. Análise do Usuário de Bibliotecas Públicas. Cleonice Diva Guimarães e Outros. 2. Catálogos do Público em Bibliotecas. Laura Garcia Moreno Russo e May Brooking Negrão 3. Um retrato das bibliotecas públicas estaduais. Laura Garcia Moreno Russo 4. Bibliotecas públicas municipais da cidade de São Paulo. Laura Garcia Moreno Russo 5. A falta de pessoal técnico e qualificado nas bibliotecas. Terezinha A. C. Gandra 6. Organização de uma seção de recortes. Vania Assunção de Andrada e Silva (RBBD, 1974c). COMISSÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO EM BIBLIOTECAS ESCOLARES FEBAB/CBDBE – presidente - Laura Garcia Moreno Russo (RBBD, 1974c). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 152 TRABALHOS APRESENTADOS - 1. Informe sobre a situação das Bibliotecas Escolares da Bahia. Julieta Carteado Monteiro Lopes 2. Bibliotecas Escolares do Estado de São Paulo. Laura Garcia Moreno Russo 3. Bibliotecas Escolares do Brasil: primeira tentativa de levantamento. Laura Garcia Moreno Russo4. Biblioteca Escolar: centro de multimeios. Marlene Souza Santos; Hisami Kurihara; Maria de Fátima Lacreta Lopes; Darcié Féher; Elena Lovisolo; Maria do Rosário Godoy; Sônia 0. dos Santos Aléssio. (RBBD, 1974c). PRESENÇA DA BIBLIOTECA NACIONAL - A nossa Biblioteca Nacional é, na verdade, diferente das bibliotecas nacionais de tantos outros países. Se bem analisarmos algumas bibliotecas nacionais, encontraremos as que funcionam como centros de sistemas nacionais de bibliotecas, o que, evidentemente, não ocorre no Brasil, onde o organismo que coordena bibliotecas é o Instituto Nacional do Livro, se bem que apenas bibliotecas públicas. (MONTE-MÔR, 1974)33. Existem bibliotecas nacionais que englobam as funções de centro de documentação; isto também não é missão da nossa BN, pois cabe ao IBBD desenvolver pesquisas, informar, no campo da documentação, e coordenar os estudos de informação científica. Existem, ainda, aquelas que funcionam paralelamente com a responsabilidade de biblioteca universitária, como. por exemplo, a biblioteca da Dinamarca, que é mesmo chamada Biblioteca Real e Universitária; isso também não ocorre com a nossa Biblioteca Nacional, que nenhuma responsabilidade tem em relação às universidades, que estão desenvolvendo cada vez mais seu sistema de bibliotecas nos "campi" universitários. (MONTE-MÔR, 1974). A nossa BN se dedica às funções básicas de uma biblioteca nacional, isto é, as de coleta e arrecadação de todo o material bibliográfico produzido no País. 33 MONTE-MÔR, J. Presença da Biblioteca Nacional. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 4 (1/3); 50-62, jul./set. 1974 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 153 Evidentemente, também de aquisição do material estrangeiro, mediante grande seleção, com o objetivo de trazer ao País a cultura dos outros países. Tem a missão de processar tecnicamente todo esse material e colocá-lo à disposição dos usuários do presente, e mantê-lo ainda permanentemente, eternamente, à disposição de todo usuário do futuro. (MONTE-MÔR, 1974). O registro das publicações da BN, hoje feito de forma descentralizada, será unificado, depois de decretada a nova estrutura proposta. O registro da contribuição legal cabe ao seu setor, o registro do que entra por permuta, a outro setor, e o registro do que entra por compra é feito também separadamente. (MONTE-MÔR, 1974). Um dos primeiros editais de concurso público...CONCURSO PÚBLICO PARA BIBLIOTECÁRIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (RBBD, 1974c). BIBLIOGRAFIA — Catalogação 1 — Cavalcanti, Cordelia Robalinho. Catalogação simplificada. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 1970 — 161 p. 2 — Código de catalogação anglo-americano. Trad. e adpt. do texto norte-americano editado pela ALA por Abner Leilís Corrêa Ví- centini, com a colaboração do Pe. Astério Campos, SDB. Brasília, Ed. dos Tradutores, 1969, 528 p. 3 — Conferência Internacional sobre princípios de Catalogação, Paris, 1961. Relatório oficial preliminar. Trad. de Maria Luísa Monteiro da Cunha. São Paulo, Universidade, Biblioteca Central, 1962. 17 f. 4 — Cunha, Maria Luísa Monteiro da. Nomes Brasileiros e Portugueses; problemas e soluções. São Paulo, 1961, 17 f. (RBBD, 1974c). BIBLIOGRAFIA — Classificação 1 — Barbosa, Alice Principe. Teoria e prática dos sistemas de classificação bibliográfica. Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, 1969, 441 p. ilust. (Obras didáticas, I). 2 — Dewey, Melvil. Dewey Decimal Classification and relative index. 17 ed. Lake Placid Club, N. Y., Forest Press, 1965 2v. Pontos 4-6. 3 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 154 — Penna, Carlos Victor. Catalogacion y classificacion de libros. 2. ed. corr. y ampl. por Emilío Ruíz y Omar Lino Benitez, com 1." colaboración de José Maria Martinez. Buenos Aires. Kapelusz, 1964. 325 p. (RBBD, 1974c). BIBLIOGRAFIA - Documentação 1 — Bradford, S. C. Documentação. Trad. de M. E. de Mello e Cunha. Apêndice para a edição brasileira de Edson Nery da Fonseca. Rio de Janeiro, Ed. Fundo de Cultura, 1961, 292 p. 2 — Coblans, Herbert. Introdução ao estudo de documentação. Trad. de Maria Antonieta Requião Piedade. Rio de Janeiro, DASP, 1957, 147 p. (Ensaios de Administração, 8). 3 — Conduru, Rute. A documentação normalizada. Belém, Universidade Federal do Pará, Curso de Biblioteconomia, 1967, 43 p. (Documentos didáticos, 3). (RBBD, 1974c). BIBLIOGRAFIA — Diretrizes da documentação, Rio de Janeiro, Serviço de Documentação do DASP, 1964, 356 p. 5 — Federação Internacional de Documentação. Manual pratique de reproduction documentaire et de selecticn. Paris, Gautliier Villars, 1964. 6 — Federação Internacional de Documentação. Yearbook, 1969. 7 — Foskett, D. J. Serviço de informação em bibliotecas. Trad. de Antônio Agenor Briquet de Lemos. São Paulo, Ed. Polígono, 1969, 160 p. 8 — Hawken, William R. Copying methods manual, Chicago, Library Technology Program, A.L.A., 1966, 375 p. 9 — Lasso de Lavega Jimenez- Placer, Javier. Manual de documentactión. Barcelona, Ed. Labor. 1969, 829 p. 10 — Zäher, Célia Ribeiro. Introdução à documentação. 2. ed. Rio de Janeiro, 1967, 106 p. (RBBD, 1974c). BIBLIOGRAFIA — Bibliografia e Referência 1 — Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro. Normalização da documentação no Brasil. Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, 1960, 15 p. 2 — Cortduru, Rute. A documentação normalizada. Belém, Universidade Federal do Pará, 1967. 3 — Coilison, Robert L. Indexes And Indexing. 3. Rev. Ed. London, E. Benn; COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 155 New York, J. de Graff, 1969, 223 p. 4 — Figueiredo, Laura Mala de E. Cunha, Lélla Gaivão Caldas da Curso de Bibliografia Geral. Rio de Janeiro, Recorde, 1967, 143 p. 5 — Malclès, Louise — Noelle, Manual de Bibliographie. 2. Ed. Ent. Ref. Et Mise A Jour, Paris, Presses Universitaires de France, 1969. 366 p. 6 — Sabor, Josefa Emilia. Manual de Fuentes de información. 2. ed. empl. Buenos Aires, Kapelusz, 1967. 343 p. (Coieción universitária. Ser BIbliotecologia). 7 — Winchell, Constance Mabel. Guide to reference book. 8 — Supplement, 1965-66. Chicago, 741 p. 9 — American Library Association, 1968, 122 p. D. O. União, de 27-7-74, p. 7197 a 7199 (RBBD, 1974c). DESCRIÇÃO SUMARIA DAS ATRIBUIÇÕES DA CLASSE Atividades de supervisão, coordenação, programação ou execu- ção especializada em grau de maior complexidade, referentes a trabalhos de pesquisa, estudo e registro bibliográfico de documentos e informações culturalmente importantes. (RBBD, 1974c). 8o CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO REGIMENTO CAPÍTULO I Da Promoção, Sede e Data Art. 1° — O 8.° Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, promovido pela Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal, será realizado em Brasília, de 20 a 25 de juifio de 1975. (...) Brasília (DF), 26 de agosto de 1974 — Aníbal Rodrigues Coelho. D. O. União, 6-9-74, p. 10.351-10.352 (RBBD, 1974c). CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPg) LEI 6129 — DE 6 DE NOVEMBRO DE 1974 Dispõe sobre a transformação do Conselho Nacional de Pesquisas em Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e dá outras providências. (RBBD, 1974d)34. UNIVERSIDADE DE SÂO PAULO 34 R. Bras. Bibliotecon. Doe. 4(4/6): 101-112, out./dez. 1974 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 156 ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Processo MEC 262.151-72. Parecer CFE 1.660-74. Nos termos e para os efeitosdo artigo 14 do Decreto-lei 464 de 11 de fevereiro de 1969, homologo Parecer 1.660-74 do Conselho Federal de Educação referente ao reconhecimento dos cursos de Comunicação Social (habilitações em Jornalismo e em Relações Públicas) e de Biblioteconomia da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e decidindo que quanto aos cursos de Cinema, Rádio e Televisão deverão ser aguardados cs respectivos planos de ensino e ainda que fica ressalvado o direito dos alunos matriculados em 1967, 1968 e 1969 ao registro dos respectivos diplomas com as denominações em vigor à época de Bacharel em Jornalismo e de Bacharel em Relações Públicas. D. O. União, 30-7-74, p. 8594 (RBBD, 1974d). NOTAS-P FID – Ultimamente vimos recebendo várias Notas-P (novas propostas) através da publicação da FID, Extensões & Correções, e procuramos logo traduzi-las para poder penetrar melhor no âmago das questões aventadas e divulgá-las entre os interessados que nos procuram. (LENTINO, 1974d)35. PRESERVAÇÃO E RESTAURO NA BN - A Biblioteca Nacional é, em essência, uma grande coleção "brasiliana", definindo-se como tal os conjuntos de documentos que se referem ao nosso País, portanto, "de interesse para a história nacional e à história da arte no Brasil" (MONTE-MÔR, 1974d)36. ATITUDE DE CONSERVAÇÃO - A desinfestação do acervo contra fungos, parasitos, bactérias e insetos que o atacam foi executada em 1971 e 1972, mediante contratação de firma especializada, trabalho que contou com a orientação técnica do Instituto de Biologia da Universidade Federal Rural do Rio de 35 LENTINO, N. Novos aspectos da CDU, face às NOTAS-P da FID. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 4(4/6): 101-112, out./dez. 1974. 36 MONTE-MÔR, J. Preservação e restauração de documentos na Biblioteca Nacional. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 4(4/6): 137-142, out./dez. 1974 . COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 157 Janeiro. (MONTE-MÔR, 1974d). ATITUDE DE CONSERVAÇÃO - A política de encadernação da Biblioteca Nacional foi racionalizada, a partir de 1972, uma vez que essa providência protetora do material bibliográfico era uma das principais causas do estrangulamento do chamado "fluxo do livro", sendo mesmo responsável, em grande parte, pela demora de anos entre o entrada das publicações na Biblioteca e sua colocação à disposição do público. (MONTE-MÔR, 1974d). ATITUDE DE RESTAURAÇÃO - A respeito de problemas de restauração de documentos, iniciouse. em 1973, um grande plano: a UNESCO patrocinou a vinda de um consultor — que aqui esteve em março de 1974 — para estudar as necessidades da BN nesse sentido e sugerir soluções, face à conhecida dificuldade de encontrar, no País, equipes de alto nível com a requerida experiência no assunto e, simultaneamente, ensejar forma- ção de pessoal especializado para esse tipo de trabalho — não só para á própria Biblioteca como também para outras instituições com idênticos problemas, como, por exemplo, o Arquivo Nacional. (MONTE-MÔR, 1974d). ATITUDE DE PRESERVAÇÃO - Um terceiro projeto especial acaba, também, de ser contemplado com recursos externos e se prende a um sério problema enfrentado pela Biblioteca Nacional, atenta à riqueza de sua coleção de jornais, recebidos regularmente há mais de um século e de todos os cantos do País. Num esforço gigantesco para seus próprios recursos financeiros, a BN vem procurando evitar que esse precioso acervo se perca definitivamente diante de ação implacável do tempo e, paralelamente, tem tentado divulgá-lo entre os interessados, facilitando-lhes o acesso à consulta do mesmo. (MONTE- MÔR, 1974d). O Serviço de Microfilmagem, da Divisão de Documentação, da Prefeitura do Município de São Paulo, desenvolve duas atividades paralelas: a primeira visa contribuir para que se modernizem os COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 158 arquivos administrativos municipais, através do oferecimento de projetos às Unidades solicitantes e também microfilmagem de documentos que lhe são levados: a segunda atividade é microfilmar os arquivos do Departamento de Administração, ao qual a Divisão de Documentação está diretamente vinculada. (MONTE-MÔR, 1974d)37. TERMINOLOGIA MICROFILMAGEM - Microcópia / Não confundir microcópia com fotocópia, fotostática, / Microcópia estereográfica, Microcópia cinematográfica / Microcópia monocroma / Microcópia policroma / Microcópia colorida / Microfilme / o filme / Microfilme em rolo / Microfilme em tira / Microfilme negativo / Microfilme positivo / Microrreprodução (opaca) / microrreprodução / As definições de microrreprodução em rolo / Microficha transparente / A diferença essencial entre a microficha transparente e o microfilme / microfichas transparentes / Microficha opaca / As definições de microficha opaca negativa e positiva / Microficha opaca impressa / Microcópias especiais / Submicrocópia / Microponto / Telemicrocópia / Microteca. (VOSS ; MARTINS, 1974d). 38. INSTITUTO BRASILEIRO DE BIBLIOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO COMISSÃO BRASILEIRA DA CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNIVERSAL ATA DA REUNIÃO DO GRUPO DE TRABALHO DA GUANABARA REALIZADA EM 5 DE ABRIL DE 1973 Documentos apresentados na 2.' Reunião, provenientes da FID, oferecidos pela Sra. Presidente do Instituto, para distribuição entre os membros da Comissão. (RBBD, 1974d). 37 RUSSO, L. G. M. A preparação dos acervos e a boa qualidade do microfilme. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 4(4/6): 137-142, out./dez. 1974 . 38 VOSS, A. M. P. ; MARTINS, C. D. A terminologia e o microfilme. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 4(4/6): 150-154, out./dez. 1974. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 159 São marcos importantes...1974d A diretora da BN, Monte-Mor, fala sobre preservação de acervos / Concurso público para bibliotecários ao STF / Institui-se o CNPq / 2.500 bibliotecas registradas no INL / 8o CBBD / Lei 6.129 de 6/11/1974 de criação do CNPq / credenciamento do curso de biblioteconomia da USP / Notas- P FID / A BN distingue ações de preservação, conservação e restauração / projetos de microfilmagem / terminologia de microfilmagem. A RBBD deixa de ser um boletim informativo... A RBBD deixa de ser um boletim informativo, em meados de 1975; e passa a ser uma revista acadêmica propriamente dita. Porém, as informações entre 1972-1975 retratam fielmente a história da biblioteconomia brasileira. Entratanto, a disseminação das técnicas documentárias e biblioteconômicas, só foram possíveis graças à atividade associativa de classe. Isoladamente, o bibliotecário contava com poucos recursos, mas associado ganhava força e coerência. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 160 COMPILAÇÃO DOS CONGRESSOS BRASILEIROS DE BIBLIOTECONOMIA: (RBBD, 1974d). Seguem abaixo uma compilação realizada na RBBD / 1974: • I CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA PERNAMBUCO — Recife — 1954 (RBBD, 1974d). • II CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO BAHIA — Salvador — 1959 (RBBD, 1974d). • III CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO PARANÁ — Curitiba — 1961 (RBBD, 1974d). • IV CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO CEARÁ — Fortaleza — 1963 Tema central — A Educação Através da Biblioteca (RBBD, 1974d). • V CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO SÂO PAULO — S. Paulo — 1967 Tema central — A Biblioteca como fator de progresso (RBBD, 1974d). • VI CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO MINAS GERAIS — Belo Horizonte — 1971 Tema central — Biblioteca e Desenvolvimento Econômico e Social (RBBD, 1974d). COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página161 • Vil CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUIVIENTAÇAO PARA — Belém — 1973 'Tema central — As Bibliotecas e os Centros de Documentação em função do Sistema Nacional de Informação Científico e Tecnológica (RBBD, 1974d). • 8o CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO Brasília — 1975 Tema Central — Responsabilidade das bibliotecas no plano setorial da educação (RBBD, 1974d). A partir de 1975... FASCÍCULOS 1975 RBBD R. Bras. BIblIotecon. Doc. 5(1/3); 1-106, |an./mar. 1975 1) Implantação de convênio com a BIREME (p. 30-46); 2) ABNT Comissões de São Paulo (p. 74-87); 3) Esboço de novos estatutos da IFLA (94-100); R. Bras. Bibliotecon. Doc. 5(4/6): 109-210, abr./jun. 1975 1) UNESCO, Conferência Intergovernamental (199-201). R. Bras. Bibliotecon. Doc. 6(1/3): 3-102, jul./set. 1975 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 162 1) 1a Reunião Brasileira de Ciência da Informação (p. 25-47); 2) FID/CLA e Congressos Regionais (p. 48-68); 3) Catálogos do Público em Bibliotecas (p. 69-78). R. Bras. Bibliotecon. Doc. 6(4/6): 105-232 out./dez. 1975 1) 8° Congresso B. B. e Documentação (p. 152-186); 2) A Classificação Decimal de Melvil Dewey (p. 194-229). A partir de 1976... FASCÍCULOS 1976 RBBD R. Bras. Bibliotecon. Doc. 7(1/3): 1-82, jan./mar. 1976. 1) A revisão da CDU e o projeto SRC (p. 58-59). R. Bras. Bibliotecon. Doc. 7(4/6): 83-176, abr./jun. 1976. 1) Manifesto da UNESCO bibliotecas públicas (p. 158-163); 2) A Biblioteca Hipólito da Costa (p. 164-165). R. Bras. Bibliotecon. Doc. 8 (1/3): 1-92, jul./set. 1976. 1) Estatísticas relativas a bibliotecas (p. 72-81); COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 163 2) Mercado de trabalho (p. 82-86); 3) Os limites da ânsia de saber (p. 87-88); R. Bras. Bibliotecon. Doc. 8 (4/6): 95, out./dez.1976 1) O lobby e a atuação dos bibliotecários (p. 154-155); 2) Biblioteca Pública do Estado do Ceará (p. 156-161); 3) Preciosidades no Museu de Dahlem (p. 162-165); 4) ISSN (p. 166). A partir de 1977... FASCÍCULOS 1977 RBBD R. Bras. Bibliotecon. Doc. 9 (1/3); 1-104, jan./mar. 1977 1) Conferência Bras. de Classificação Bibliográfica (p. 77-81); 2) A morte do IBBD (p. 82-84); 3) UNISIST (p. 85-86); 4) Fábrica de aprendizagem (p. 87-89); 5) UNESCO e a massificação (p. 90-92); COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 164 6) 30 anos do Unic/Rio (p. 96-100). R. Bras. Bibliotecon. Doc. 10 (4/6): 139-234, out./dez. 1977 1) CRB-8 e o registro de pós-graduados (p. 169-175); 2) FEBAB e o registro de pós-graduados (p. 176-177); 3) 2o Seminário publicações oficiais brasileiras (p. 189-193); 4) Bibliotecas ambulantes do SESI (p. 194-201); 5) Formato CALCO (p. 202-203); 6) Biblioteca do Congresso dos EUA (p. 204-209). 7) Siglas da área agrícola (p. 210). R. Bras. Bibliotecon. Doc. 10(1/3): 1-138, juL/set. 1977 1) Prêmio MEC de Biblioteconomia (p. 6-8); 2) 9 Congresso Bras. de Bibliotecon. e Doc. (p. 9-56); 3) CFB — Regimento Interno (p. 72-173). R. Bras. Bibliotecon. Doc. 9 (4/6); 105-204, abr./jun. 1977 1) Biblio. da Univers. Federal de Juiz de Fora (p. 141-147); 2) Catalogação-na-fonte (p. 148-155); 3) Sistema de duplicação de fichas (p. 156-162); COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 165 4) O anel de grau (p 163-165); 5) Mercado do livro (p. 166-167); 6) UNESCO/CER-LAL (p. 168-173); 7) UNISIST (p. 174-176) 8) Centro Nacional Pompidou (p. 177-182). A partir de 1978... FASCÍCULOS 1978 RBBD • R. bras. Bibliotecon. Doc. 11 (1/2):1-140, jan./jun. 1978 Normalização Internacional das estatísticas relativas a bibliotecas — Recomendação da Unesco / A respeito da Recomendação da Unesco / Decreto 82.590 — Regulamentação das profissões de Arquivista e de Técnico de Arquivo / Posição da APB em relação à Reforma da Lei 4.084/62 / O que é o sistema ISBN / Levantamento bibliográfico em bibliotecas públicas e universitárias. • R.bras.Bibliotecon.Doc. 11(3/4): 141-284, jul/dez.1978 Rosemarie Erika Horch Textual Bibliography / Nice Figueiredo Special services in specialized libraries; review of the literature / Heloísa Liberalli Belloto Archives, libraries and documentation centers: from the convergence of their COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 166 objectives to the diversity of documentation and techniques / José Augusto Vaz Valente About Documents / May Brooking Negrão The reprography in the libraries and the copyright / Terezine Arantes Ferraz Integrated automation system of technicals process. Visívelmente, se torna um periódico... FASCÍCULOS 1979 RBBD • R.bras.Bibliotecon.Doc. 12 (1/2): 5-6, jan/jun. 1979 Maria Luísa Monteiro da Cunha ISBD: origem evoluçãfo e aceitação / Dinah Aguiar Población As ISBDs e os elementos de intercomunicação nos sistemas automatizados objetivando o controle bibliográfico universal / Alfredo Américo Hamar Qualidade e análise da COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 167 informação na automação / Edson Nery da Fonseca A bibliografia como ciência: da crítica textual à bibliometria / Jandira Baptista Assunção Lexicografia: uma introdução ao estudo dos dicionários / Eunice R. Ribeiro Costa Thesaurus de vias urbanas / José Rincon Ferreira et alli Redes nacionais de informação, catalogação na fonte e outras experiências / Antonio Miranda Informação na empresa: o papel da biblioteca • R. bras. Biblio. Doc. 12 (3/4): 149-366, Jul./Dez. 1979 Fúlvia Rosemberg Discriminações étnico-raciais na literatura infanto-juvenil brasileira / Edmir Perrotti; Mirna Pinsky; Márcia Cruz; Cecília Regiani Lopes Reprodução ideológica e livro infanto-juvenil / Márcia Cruz Livre acesso à leitura: uma nova política de oportunidades de leitura / Fanny Abramovich " O que é que a criança sabe dos livros escritos para ela?| / Maria Cecília Mattoso Ramos Alves Silva / Leitura e Atividades lúdicas / Célia Berrettini Uma cidade com apenas três livros / Antônio Agenor Briquet de Lemos A biblioteca pública em face da demanda social brasileira / Yvette Zietiow Duro Dimensão atual da biblioteca infanto-juvenil / Lily Margareth Kolb Araújo Goulart de Andrade Duas experiências marcantes em bibliotecas infantis: uma em Clamart, outra em São Paulo / Elza Yukie Maeda Bibliotecas públicas numa comunidade japonesa / Tereza da Silva Freitas Oliveira A biblioteca escolar no regimento comum das escolas de 1o e 2o graus do Estado de São Paulo / Maria Elizabeth Mendonça "Programa Escola-Biblioteca" (PEB): um projeto em andamento no município de São Paulo COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 168 FASCÍCULOS 1980 RBBD • R. bras. Biblio. e Doc. 13 (1/2): 1-140, jan./jun. 1980 José Rincon Ferreira Sistemas e serviços de informação para a ciência e tecnologia: a informação 'on line' / Dinah A. Población; Márcia Arruda Stella; Sebastião Lazarini A microficha no controle de intercâmbio de informação bibliográfica / Milton A. Nocetti Perfis de interesse de usuários de serviços de disseminação seletiva da informação: técnicas de elaboração e refinamento / Sônia Regina Nogueira de Albuquerque Avaliação preliminar de um serviço de disseminação seletiva da informação agrícola / Maria Aparecida Esteves Caldas Aprendizagem do conceito de 'Referência Bibliográfica' pelo método 'Conjunto de Conceitos': um estudo comparativo com o método / Relinda Kohler e Maria Ephigenia Ramos May Congressos deBiblioteconomia: avaliação e perspectivas / John E. Leide; Therese Bissen Bard; Carlene Craytor Uma abordagem integrada de proficiência para a educaçãopré-profissional de bibliotecários / Geneviève M. Casey A educação continuada na área de Biblioteconomia nos Estados Unidos / Entrevista Cecília Andreotti Atienza / Documento Direitos Autorais / Levantamento bibliográfico Literatura brasileira sobre disseminação seletiva da informação • R. bras. Blblio. e Doc. 13 (3/4): 141 284, jul./dez. 1980 Michel Aymard A lei da dispersão bibliográfica de Bradford / Maria Angélica Rodrigues Quemel et alii A dispersão de artigos sobre a lei da dispersão de Bradford: análise bibliométrica / Regina Célia Figueiredo Castro e Thieko COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 169 Asaeda Avaliação do comportamento de usuários quanto á utilização dos serviços de uma biblioteca especializada / Terezine Arantes Ferraz et alii Avaliação quantitativa e qualitativa da coleção de publicações periódicas das bibliotecas da Universidade de São Paulo / Paulo da Terra Caldeira e Maria de Lourdes Borges de Carvalho O problema editorial da bibliografia brasileira corrente / Lester Asheim Bibliotecas e censura / Entrevista Maria Antonieta Ferraz / Levantamento Bibliográfico Lei de Bradford FASCÍCULOS 1981 RBBD R. bras. Bibliotecon. Doc. 14(1/2): 1-128, jan./jun. 1981 Artigo destaque: Maria Elisa Rangel Braga; Maria Emilia F.G. Taparelli; Regina Célia Figueiredo Castro; Aron Nowinski A valiação da circulação de periódicos: análise do atendimento prestado aos usuários locais. Rev. bras. Biblio. e Doc. 14 (3/4): 129-266, JuL/Dez. 1981 Artigo destaque: Ivani P. da Silva, Maria Cecília M.V., Maria Olivia de A. Carvalhal Subsídios para Organização de biblioteca braille. FASCÍCULOS 1982 RBBD Rev. bras. Bibliotecon. e Doc. 15 (l/2):7-19, jan./jun. 1982 Artigo destaque: Katia M. Lemos Montalli A aplicação do método exploratório em pesquisas biblioteconômicas. Rev. bras. de Biblio. e Doc. 15 (3/4):7-57, Jul./dez. 1982 COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 170 Artigo destaque: Doroty Francischelli Mattos Indexação de Microforma. FASCÍCULOS 1983 RBBD Rev. bras. Bibliotecon. e Doc. 16 (l/2):7-23, jan./jun. 1983 Artigo destaque: Cecília Alves Oberhofer Disponibilidade de Serviços de Referência: uma análise critica. Rev. bras. Bibliotecon. e Doc. 16(3/4):7-20, juL/dez. 1983 Jaime Robredo Uma experiência de aplicação do computador no ensino da biblioteconomia e ciência da informação / Murilo Bastos da Cunha Uso de base de dados por países em desenvolvimento, problemas e perspectivas / Ilza Leite Lopes Consulta a base de dados: vantagens e desvantagens / Renato Marcos Endrizzi Sabbatini Pesquisa e desenvolvimento em informática médica no Brasil: avaliação e perspectivas / Eng. Jorge Luiz Charbel Os sistemas de informação e a Embratel / Francisca Ribeiro Salgueiro Felisberto Souza A memória jurídica (MJ) — uma implantação experimental na área de Direito / Carlos Ernesto Rech., et alii Sistema Orion / Hagar Espanha Gomes Cabeçalhos de assuntos unificados na Biblioteca Nacional / Yara Rezende O sistema de informação na indústria: enfoque sistêmico de um caso brasileiro / Resenha Conferência Internacionalsobre as aplicações dos mini e micro computadores na informação, documentação e biblioteconomia. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 171 FASCÍCULOS 1984 RBBD R. Bras. de Biblio. e Doc. 17(1/2) : 7-11, jan./julho 1984 Alguns destaques: Maria Alice Barroso Um modelo flexível para a Biblioteca Escolar / Regina Carneiro (coord ): Revisão das regras de nomes brasileiros e portugueses / Silas Marques de Oliveira Aplicações e limitações dos processos bibliométricos. R. Bras. de Biblio. e Doc. 17(3/41:7-23, jul./dez. 1984 Alguns destaques: MACEDO, Neusa Dias de Em busca de diretrizes para o serviço de referência e informação para bibliotecas brasileiras / IMPERATRIZ, Ines M. M., MACEDO, Neusa Dias de (trad.) Diretrizes para o estabelecimento dos serviços de referência e informação (tradução). FASCÍCULOS 1985 RBBD R. Bras. de Biblio. e Doc. 18(1/2):7-11, jun. 1985 Maria Martha de Carvalho A Graduação em Biblioteconomia: Perspectiva face ao Novo Currículo Mínimo / Elza Corrêa Granja O Estágio na Formação Profissional do Bibliotecário / Cléa Dubeux Pinto Pimentel Formação Profissional e as Perspectivas do Bibliotecário / Jeannette Marguerite Kremer Escola de Biblioteconomia - Pós Graduação / Neusa Dias de Macedo Reflexões sobre "Educação Contínua para o Bibliotecário / Oswaido Francisco de Almeida Júnior Mercado de Trabalho / Cecília Andreotti Atienza Legislação Profissional. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 172 R. Bras. de Biblio. e Doc. 18(3/41:7/9 Nice Figueiredo Community information as a means of democratization of the Brazilian Public Library. / Rose iVIary Juliano Longo Information transfer and the adoption of agriculturial and cattie raising practices. / Mitsi Westphal Tayior Library services in rural areas in Santa Catarina. / Vera Gailo Yahn Evaluation of Brazilian journals ofAgriculture. / Maria de Lourdes Cortes Romanelli The Brazilian librarian job market formai and aiternative. / Rosa M. de S. Lanna, Todêska Badke Library associations: a comparative study. / Cleto João Stival Cooperative acess to information. / Marília M. D. Costa Knoll State legislation — Santa Catarina situation. / Marilene R. de Oliveira et alii Document reproduction in agriculture and cattie raising research: the use of a mimeograph. / May Brookíng NegrjEo Relatório de Viagem aos Estados Unidos. / Maria Alice Barroso Brasil: a preservação da cultura através da tecnologia. Itália M. F. da Silveira, Inês R. P. Kruel Biblioteconomia urgente. Ciclo de Estudos da C.B.B.P.: Conclusões e Recomendações. XIH C.B.B.D. — Recomendações finais. TEMÁTICAS Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 19 (1/4)5-17, dez./1986. INCENTIVO À LEITURA. 1986, 01 Fasc. R. bras. Bibliotecon. e Doc., São Paulo, 20(1/4)â- 12,ian./dez. 1987 AÇÃO CULTURAL. 1987, 01 Fasc. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 173 ANO DE 1988. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Revista mais acadêmica às técnicas biblioteconômicas. • R. bras. Bibliotecon. e Doc, São Paulo, 21(1/2):9- 20,jan./jun. 1988. A Comissão Editorial da RBBD decidiu concentrar, neste primeiro fascículo de 1988, contribuições na área de Análise Documentária. • R. bras. Bibliotecon. E Doc., São Paulo, 21(3/4):7-33, jul./dez. 1988. Kira Tarapanoff; Sílvia Helena Santiago & Dauí Antunes Corrêa Características e tendências do profissional da informação / Nice Figueiredo Técnicas e idéias para promover o uso da informação. 1989 RBBD: • R. bras. Bibliotecon. e Doc., São Paulo, 22(1/2):7-38, jan./jun. 1989. Foco nos sistemas de informação e nas redes. • R. bras. Bibliotecon. E Doc., São Paulo, 22(3/4):13-31, jul./dez. 1989. Influências da Ciência da Informação. 1990 RBBD: uma década de profissional da informação • R. bras. Bíbllotecon. e Doc., São Paulo,' 23(1/4):9-37, janVdez. 1990 Neusa Dias de Macedo Princípios e reflexões sobre o Serviço de Referência e Infonrtação / Maria Imaculada Cardoso Sampaio e Erica Beatriz Pinto Moreschi DSI - Disseminação Seletiva da Informação: uma abordagem teórica / Maria COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 174 Elizabete de Carvalho Ota Educação de usuários em bbliotecas universitárias brasileiras: revisa) de literatura nacional / Regina Célia Baptista Beiluzzo e Neusa Dias de Macedo Da educação de usuários ao treinamento do bibliotecário / José Augusto Chaves Guimarães Recuperação temática da informação /Nice Figueiredo Da importância dos artigos de revisão da literatura / Fernando Barone A revisão de literatura em Biblitecononva e Documentação: uma prá- tica pedagógica. 1991 – 1999 RBBD • Influências da ciência da informação, sistemas de informação, da temática do profissional da informação, das redes de informação científica e tecnológicas, da atuação do IBICT. Algumas descontinuidades dos fascículos... 2000-2010 RBBD • consta no portal da revista apenas os fascículos a partir de 2006. Houve uma nítida separação metodológica entre Ciência da Informação e Ciência Biblioteconômica. Alguns artigos e conteúdos destaques... 2011 RBBD v. 7, n. 1 (2011): bibliotecas universitárias. v. 7, n. 2 (2011): tecnologia RSS e educação à distância. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 175 2012 RBBD v. 8, n. 1 (2012): implantação de repositório IFPB. v. 8, n. 2 (2012): FRBRs 2013 RBBD v. 9, n. 1 (2013): correntes teóricas da biblioteconomia. v. 9, n. 2 (2013): atuação profissional no México. 2014 RBBD v. 10, n. 1 (2014): a cultura da informação biblio. Públicas v. 10 (2014) N. Especial VIII SENABRAILLE. v. 10, n. 2 (2014): sistemas de bibliotecas das IFES. 2015 RBBD v. 11, n. 1 (2015): mandala das virtudes bibliotecárias. v. 11 (2015) N. Especial - XXVI CBBD v. 11, n. 2 (2015): ação cultural em bibliotecas universitárias. --- COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 176 A ESCOLA DE CHICAGO The University of Chicago Graduate Library School was established in 1926. It was the first to offer doctoral degrees in librarianship. The program stopped accepting new students in 1988. The Graduate Library School was established in 1926 with support from a grant from the Carnegie Corporation. It was the first library school in America to offer a doctorate in library science work. ALA-accredited master’s programs can be found at colleges and universities in the United States, Canada, and Puerto Rico. These programs offer degrees with names such as Master of Library Science (MLS), Master of Arts, Master of Librarianship, Master of Library and Information Studies (MLIS), and Master of Science. ALA accreditation indicates that the program has undergone an external review and meets the ALA Committee on Accreditation’s. The 2015 Standards were adopted by approval of the Council of the American Library Association on February 2, 2015. Implementation of the Standards is as follows: 1) Programs COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 177 scheduled for a comprehensive review visit in spring 2017 or later will begin reporting to the 2015 Standards beginning with narrative reports due in December 2015. That way, the narrative reports can aid development of the Program Presentation. 2) Programs with comprehensive review visits in spring 2015 through fall 2016 will continue to report to the 2008 Standards until after the accreditation decision is made. A program in this category has the option to use the 2015 Standards upon written notification to the Office. 3) Programs placed on Conditional status under the 2008 Standards will continue to report to the 2008 Standards until after the next accreditation decision. --- 2016 RBBD v. 12, n. 1 (2016): editoração de periódicos científicos. v. 12 (2016) N. Especial - III Integrar v. 12, n. 2 (2016): serviço de referência em bibliotecas universitárias. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 178 2017 RBBD v. 13, n. 1 (2017): informação empresarial. v. 13 (2017) N. Especial - Competência Informacional e Midiática. v. 13 (2017) VI Seminário PPGCI/ECA/USP CIÊNCIA BIBLIOTECONÔMICA Diferentemente da ciência da informação, apesar da Escola de Chicago ter descontinuado seu programa de graduação, 1926-1988, e a American Library Association ALA começar a fazer a acreditação das competências pela pós-graduação; acredita-se que as competências profissionais do bibliotecário, no Brasil, até a década de 1990 esteve relacionada à filosofia da Escola de Chicago: Letramento Informacional, educação e ação cultural; Organização e implementação da estrutura da Biblioteca Nacional e da rede de bibliotecas públicas no Brasil; Identificação das competências profissionais do Bibliotecário; Organização de uma teoria de produtos e serviços; Avaliação dos serviços e a prática do serviço de referência. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 179 BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO Entretanto, em 1990, começam a despontar estudos seguindo a orientação da ALA na sua autodenominação 'Library and Information Science'. O mesmo movimento observado nos Estados Unidos, com relação à assunção de competências da ciência da informação, é observado no Brasil, por meio da pós-graduação stricto-sensu pelo IBICT. Nos anos 1977, é observado na temática dos artigos da RBBD. A primeira Revista de Ciência da Informação RCI, pelo então IBBD na época, data de 1972. Apesar de sua mudança de denominação ser em 1977, o IBICT já apresentava um panorama de tendência a deixar a documentação e se assumir como Ciência da Informação. A mescla de artigos da RCI do IBICT apresenta domínios da biblioteconomia, documentação e ciência da informação até os anos 1988 a 1990 quando alguns artigos de Saracevic são traduzidos e publicados da RCI do IBICT. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 180 O panorama da RCI do IBICT – apresenta: • alguns autores da RBBD migram para a RCI para tratar dos temas de redes e sistemas de informação, nos anos 1970-80; • a discussão do profissional da informação se faz presente nos dois periódicos, nos anos 1990; • a delimitação do objeto informação é constante na RCI/IBICT; • competência informacional e letramento informacional aparece primeiro na RBBD, por influência da Escola de Chicago; • a partir dos anos 2000 a RCI começa a apresentar estudos de aplicações práticas da comunicação cientifica relacionado à ciência aberta e ao movimento de acesso aberto. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 181 BIBLIOTECONOMIA ATÉ 1988 Produtos e serviços tradicionais. A biblioteca pública. A popularização do ensino superior. A biblioteca escolar e universitária ganham corpo epistemológico nessas décadas. Neste interím, deverão ser trabalhados os seguintes autores: • LANCASTER, F. W. Avaliação de serviços de bibliotecas. Brasília: Briquet de Lemos, 1996. • GROGAN, D. A prática do serviço de referência. Brasília: Briquet de Lemos, 1994. PRODUTOS x SERVIÇOS e a definição dos serviços-fins e da disseminação da informação. Portanto, se fizermos uma revisão de literatura sobre a prática do serviço de referência, disseminação de informações e da avaliação dos serviços de bibliotecas, estaremos seguros(as) para encarar a maratona de provas de concursos. Essa revisão consta do volume 1 Biblioteca Universitária. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 182 BIBLIOTECONOMIA NOS ANOS 1990 O profissional da informação. Gestão da informação, gestão do conhecimento e inteligência competitiva. Marketing da informação. A informação empresarial e os dados organizacionais. O big data. PRODUTOS x SERVIÇOS e a certificação de serviços e a disseminação seletiva da informação. BIBLIOTECONOMIA NOS ANOS 2000-2010 As redes de informação em ciência e tecnologia. A gestão da informação científica. Comunicação científica. O IBICT e sua atuação na disseminação da informação científica.PRODUTOS x SERVIÇOS e os Repositórios e protocolos de integração de dados na websemântica. A partir dos anos 1990, as temáticas envolvendo o profissional da informação e a gestão da informação nas empresas e orgaizações toma corpo epistemológico. E o impacto das tecnologias e das redes, a partir dos anos 2000. Estas revisões encontra-se no volume 1 Biblioteca Universitária. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 183 SUGESTÕES PARA ESTUDO: ALVARES, Lillian (Org.). Organização da informação e do conhecimento: conceitos, subsidios interdisciplinaresnares e aplicacoes. Sao Paulo: B4 Ed., 2012. ARAUJO, Carlos Alberto Avila. Arquivologia, biblioteconomia, museologia e ciência da informação: o dialogo possivel. Brasilia, DF: Briquet de Lemos; Sao Paulo: ABRAINFO, 2014. xiii, 200p. BRASIL. Lei n. 9.674, de 25 de junho de 1988. Dispoe sobre a profissão de bibliotecario, e regulamenta seu exercicio. CAMPELLO, Bernadete. Introdução ao controle bibliográfico. 2. ed. Brasilia: Briquet de Lemos, 2006. CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA. Resolução CFB n.o 42, de 11 de dezembro de 2001. Dispoe sobre Código do Ética do bibliotecário. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 184 MORO, Eliane Lourdes da Silva; ESTABEL, Lizandra Brasil. (Edt). Biblioteca: conhecimentos e praticas. Porto Alegre, RS: Penso, 2014. OLIVEIRA, Marlene. (Coord.). Ciência da informação e biblioteconomia: novos conteudos e espacos de atuacao. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2005. ROMANI, Claudia; BORSZCZ, Iraci (Org.). Unidades de informação: conceitos e competências. Florianopolis: UFSC, 2006. RUSSO, Marisa. Fundamentos da Biblioteconomia e Ciência da Informação. Rio de Janeiro: Editora E-papers, 2010. VIEIRA, R. Introdução à teoria geral da Biblioteconomia. Rio de Janeiro: interciencia, 2014. VALENTIM, Marta Pomim. O profissional da informação: formacao, perfil e atuacao profissional. Sao Paulo: Polis, 2000. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA PAPIRVM biblioteconomia – página 185 Esse recurso concluiu seu propósito trazendo uma boa revisão da história da biblioteconomia, documentação e ciência da informação. Alguns aspectos serão trabalhados nas suas especificidades, de acordo com os temas. • Não é necessário memorizar minuciosamente; • Faça anotações no caderno dos principais aspectos; • Sintetize em seu próprio material de estudo. Posso garantir que você deve estar mais seguro(a) para encarar a bateria de provas e simulados, e que ficou mais estimulado com a nossa profissional, nossa nobre missão do bibliotecário. Veja que tudo é fruto de muito estudo e dedicação, que existe respaldo nos periódicos nacionais e internacionais, para cada tipo de projeto a ser empreendido. COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA