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PAPIRVM biblioteconomia – página 1
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 2
Me coloco à sua disposicao: priscylapatricio@gmail.com
São as atividades de execução de processos e projetos
para a promoção de produtos e serviços (Módulo I)
• Conceitual da biblioteca universitária e das tecnologias.
São as atividades de suporte ao processo decisório da
coordenação de bibliotecas universitárias (Módulo II)
• Organização da informação I e II.
Este exemplar trata-se do anexo A-1 ao módulo I. Conteúdo:
1. Origem, evolução e teorias da biblioteconomia;
2. Evolução histórica da biblioteconomia brasileira;
3. Linha do tempo da Biblioteca Nacional;
4. Evolução histórica da documentação mundial;
5. Evolução histórica mundial da ciência da informação;
6. Os principais periódicos nacionais – evolução dos temas;
7. Referências bibliográficas para aprofundamento.
O anexo B-1 trata-se de compilação de provas de concurso de
biblioteconomia às universidades federais, institutos federais,
e CEFET’s 2012-2017. Além de questões inéditas (simulado).
A leitura desse anexo é importante, no sentido que apresenta
mais segurança ao candidato às seleções de concursos, pois
apresenta o estado da arte da biblioteconomia brasileira. É
muito importante saber, pois, como se desenvolveram as
principais correntes e pensamentos da biblioteconomia para o
entendimento pleno das obras cobradas nos concursos.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
mailto:priscylapatricio@gmail.com
PAPIRVM biblioteconomia – página 3
HISTÓRIA DA BIBLIOTECONOMIA
A história da Biblioteconomia data desde o surgimento da
Biblioteca de Alexandria em 288 a.C., criada com a
finalidade de reunir e classificar todos os conhecimentos
registrados em forma documental. (RUSSO, 2010). Ortega
(2004)1 apresenta alguns marcos da biblioteconomia:
1. As Bibliotecas e a Biblioteconomia (terceiro milênio
a.C. ao século XVII) “A existência comprovada das primeiras
coleções organizadas de documentos, ou o que se poderia
chamar de primeira biblioteca primitiva, data do terceiro
milênio a.C. Trata-se da Biblioteca de Ebla, na Síria, cuja
coleção era composta de textos administrativos, literários e
científicos, registrados em 15 mil tábuas de argila, as quais
foram dispostas criteriosamente em estantes segundo o tema
abordado, além de 15 tábuas pequenas com resumos do
conteúdo de documentos”.
“A escrita era a cuneiforme, porém não no seu idioma
original (o sumério), mas numa língua desconhecida a qual
1 ORTEGA, Cristina Dotta. Relacoes historicas entre biblioteconomia, documentacao e 
ciencia da informacao. DataGramaZero-Revista de Ciencia da Informacao, v. 5, n. 5, 
2004.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 4
se chamou eblaíta. A descoberta desta biblioteca, em 1975,
altera a história conhecida sobre a Síria e sobre o Oriente
Médio no período e a organização nela encontrada vem
sendo considerada a origem dos princípios da
Biblioteconomia (Sagredo e Nuño, 1994). Segundo Kato
(1987 apud Ortega, 2004), data também do terceiro milênio
a.C. o início da escrita propriamente dita, como a escrita
cuneiforme e os hieróglifos (respectivamente do idioma
sumério e egípcio), em substituição aos sistemas
pictográficos que ainda não eram representações da fala. (…)
No segundo milênio a.C., na civilização mesopotâmica, foi
constatada a organização de documentos acompanhada de
representações para fins de recuperação: tábuas de argila
eram protegidas por espécies de envelopes nos quais
estavam dispostos resumos (Witty citado por Kobashi, 1996
apud Ortega, 2004)”.
“Lemos (1998 apud Ortega, 2004) cita a existência de
grandes bibliotecas da Antigüidade entre os séculos VIII e VII
a.C., como a de Assurbanipal, rei da Assíria. A partir do
século IV a. C, têm-se notícia das bibliotecas dos templos
gregos, sendo as mais importantes aquelas referentes ao
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 5
auge da cultura helênica, como a que Aristóteles criou em
sua Escola de Filosofia. Esta biblioteca teria sido o modelo
para a fundação, no século III a.C., da famosa biblioteca de
Alexandria, uma das maiores já conhecidas e que
sobreviveu a muitos saques e desastres naturais, até ter seu
fim definitivo”. 
“Durante a Idade Antiga e a Idade Média, museus,
arquivos e bibliotecas constituíam praticamente a mesma
entidade, pois organizavam e armazenavam todos os tipos de
documentos. Esta entidade manteve-se inalterada até a Idade
Moderna quando a produção dos livros tipográficos, entre
outros motivos, levou a que as bibliotecas passassem a existir
separadamente e a adquirir maior relevância enquanto
elemento social”. 
“A tecnologia da impressão promoveu uma primeira
modificação na atividade da organização e preservação de
documentos, uma vez que, aos poucos, foi retirada da
biblioteca a tarefa de reprodução de manuscritos realizada
pelos copistas, que passou a ser feita em oficinas
especializadas. Apesar do crescente destaque social vivido
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 6
pela biblioteca a partir de então, pode-se dizer que o
trabalhador da biblioteca perdeu certa responsabilidade,
cumplicidade e envolvimento com os documentos, já que
não realizava mais a reprodução dos mesmos e a
compreensão e organização dos conteúdos que lhe é
decorrente. Aos poucos, tanto a biblioteca quanto o
"bibliotecário" de então se distanciaram dos processos de
organização, mas ganharam maior visibilidade pública e
social”. 
Este fenômeno recebeu impulso no século XVII, nos
países mais desenvolvidos da Europa e depois nos Estados
Unidos, com o surgimento do conceito de biblioteca pública
moderna, constituída de acervos gerais de livros e aberta
gratuitamente ao público em horários regulares. Eram
bibliotecas financiadas por mecenas, cujo movimento
continuou até praticamente o século XX (Lemos, 1998 apud
Ortega, 2004). 
A biblioteca pública, espaço para acesso a acervo
organizado, e não a Biblioteconomia, conjunto integrado de
processos que possibilita aquela, é que fez parte da nova
concepção de mundo que passou a ser chamada de
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 7
modernidade, em oposição às noções de antigo e de medieval
que a antecederam. De fato, em função do surgimento da
biblioteca pública, geral e aberta e do crescimento dos
periódicos e de sua importância na divulgação científica, a
Biblioteconomia trilhou novos caminhos, passando a dividir
seus espaços com as atividades desenvolvidas pela
Documentação.
Gabriel Naudé, em sua obra "Advis pour adresser une
bibliothèque", cuja primeira edição é de 1927, escreveu os
primeiros princípios da Biblioteconomia moderna. Além de
fornecer uma das primeiras conceituações sobre biblioteca
como a conhecemos hoje, Naudé trabalhou com a idéia da
"ordem bibliográfica", a qual permitiria o acesso e o
compartilhamento do saber, conduzindo a uma organização
da razão política. Propôs um método de produção de
bibliografias que contava com o levantamento de
referências e a identificação de falsificações, o que se
caracterizava como uma operação de verificação; esse
método proporcionou uma nova forma de realizar uma
pesquisa, a qual se iniciava com a elaboração de um
inventário, que era um balanço preliminar do conhecimento
acumulado. Naudé apresentou a biblioteca como
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia– página 8
necessariamente pública e universal e defendeu um projeto
político para substituir a autoridade espiritual da Igreja pela
"máquina cultural" da biblioteca (Coelho, 1997, p. 76-79 apud
Ortega, 2004). 
Contudo, o termo "biblioteconomia" foi usado pela primeira
vez somente em 1839 na obra intitulada "Bibliothéconomie:
instructions sur l’arrangement, la conservation e
l’administration des bibliothèques", publicada pelo livreiro e
bibliógrafo Léopold-Auguste-Constantin Hesse. Mas foi
efetivamente no século XIX que as técnicas e práticas dos
bibliotecários começam a ser sistematizadas (Lahary, 1997
apud Ortega, 2004). 
2. A Biblioteconomia, a Bibliografia e a Documentação
(século XV até início do século XX) O percurso da
Biblioteconomia, da Bibliografia e da Documentação no
período citado é tratado aqui essencialmente a partir de
Shera e Egan (1961 apud Ortega, 2004). Estes autores citam
que a atividade de organização de conteúdos de
documentos, a Bibliografia, já era realizada de forma limitada
desde a Idade Antiga, na Inglaterra. Efetivamente, as
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 9
primeiras bibliografias relevantes são a compilação realizada
pelo alemão Konrad Gesner, no final do século XV, e a
primeira tentativa de uma bibliografia universal pelo suíço
Johann Tritheim, na metade do século XVI. Após estas obras,
foram crescentemente produzidos catálogos de bibliotecas
particulares e bibliografias especializadas, a ponto de, em
fins do século XVI, na Europa, os estudiosos sentirem
necessidade de sistematizarem este grande volume de
índices catalográficos e bibliográficos. Surgiram então muitas
bibliografias comerciais, precursoras das bibliografias
nacionais, mas pouco adequadas aos estudiosos. Esta
atividade de elaboração de bibliografias é considerada a
origem da Documentação. 
O primeiro código nacional de catalogação e o início do
uso de catálogos em fichas tiveram lugar na França, em 1791,
como decorrência da Revolução Francesa. Apesar disto, até
1840, praticamente nenhuma biblioteca tinha índice de
assunto de seus acervos, nem estava completamente
catalogada. A partir desta data, catálogos de autor e assunto
passaram a ser empregados e as bibliografias foram se
aperfeiçoando. Alguns fatos explicam estes avanços: em
1841, no Reino Unido, foram publicadas as "91 regras" de
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 10
catalogação elaboradas por Anthony Panizzi, que
estabeleceram as bases da catalogação durante várias
gerações; em 1850, nos Estados Unidos, Charles Jewett, da
Smithsonian Institution, propôs a criação de um centro
nacional de bibliografia e documentação a partir de um
catálogo coletivo do acervo das bibliotecas públicas do país,
por meio de um modelo padronizado de fichas a serem
reproduzidas com uso da estereotipia, enfatizando a
importância do aprimoramento das técnicas de organização
bibliográfica dos documentos das bibliotecas para sua melhor
utilização; em 1876, Melvil Dewey publicou nos Estados
Unidos a primeira edição de sua Classificação Decimal,
primeiro sistema do gênero a ser amplamente adotado,
inclusive até os dias de hoje; no mesmo ano e país, Charles
Ami Cutter publicou as Regras para um Catálogo Dicionário
que, além do código de catalogação incluía uma declaração
sobre os objetivos do catálogo; em 1899, as Instruções
Prussianas, surgidas de estudos de catalogação de décadas
anteriores, foram adotadas na Alemanha, alcançando grande
aceitação na Europa; e em 1901, a Biblioteca do Congresso
dos Estados Unidos liderou a organização bibliográfica em
bibliotecas com o sistema de distribuição de fichas
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 11
catalográficas impressas e padronizadas (Shera e Egan, 1961
apud Ortega, 2004), (Fayet-Scribe e Canet, 2000 apud
Ortega, 2004). 
A crescente importância dos periódicos como veículo de
publicação atingiu seu auge em 1850 e levou à necessidade
do tratamento de suas unidades de informação para
possibilitar sua recuperação. Na primeira conferência da
American Library Association (ALA), em 1876,
bibliotecários e bibliógrafos, confrontados com as dificuldades
decorrentes do trabalho bibliográfico, mostraram-se
motivados em realizar esforços cooperativos. Teve início,
neste período, um movimento geral para a análise de
assuntos de artigos de periódicos e a criação de índices
coletivos, cuja tarefa foi considerada como atividade de
responsabilidade de bibliotecas. Contudo, a continuidade
deste serviço pelas bibliotecas decorreu em fracasso
pois o catálogo e o esquema de classificação das
bibliotecas foram baseados nas monografias, ou seja,
idealizados para reunir em uma proximidade física os
documentos de conteúdos semelhantes, o que tornava as
bibliotecas inoperantes para trabalhar os periódicos, já que
não havia tanta preocupação com a diversidade intelectual do
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 12
seu conteúdo. Além disso, a viabilidade da organização
política e tecnológica entre bibliotecas independentes e
distantes mostrou-se muito difícil. (ORTEGA, 2004).
A partir daí, esse segmento foi recolhido e desenvolvido pelo
crescente grupo de documentalistas, deixando o bibliotecário
de ter como atribuição o tratamento de parte da literatura e a
biblioteca reduzindo-se a sua antiga função de custódia de
documentos. Acredita-se que este fato tenha colaborado para
o não fortalecimento do caráter intelectualizado da profissão
bibliotecária, em contraposição à ênfase em atividades
burocráticas. Em fins do século XIX, a Biblioteconomia e a
Documentação apresentavam um desenvolvimento em
grande parte inseparável: surgiram em conseqüência das
mesmas necessidades, empregavam processos e
instrumentos comuns (como as fichas de 7,5 por 12,5 cm e
a Classificação Decimal de Dewey-CDD), tinham objetivos
quase idênticos e em muitos casos deviam seu progresso aos
mesmos homens. (ORTEGA, 2004).
Havia, no entanto, uma tentativa dos documentalistas em
evitar os instrumentos e até mesmo os termos adotados pela
Biblioteconomia, o que levou, muitas vezes, a que aqueles
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 13
seguissem os caminhos já trilhados e até descartados por
esta. A diferença da Documentação era que pretendia fazer
uma análise de conteúdo mais profunda. Da mesma forma, os
arquivos apresentavam problemas semelhantes de
organização. A Biblioteconomia, a Documentação e a
custódia dos arquivos, como já citado, eram tratadas de
forma única: no entanto, interesses particulares começaram a
dividir estas atividades em grupos separados, os quais
passaram a adotar atitudes de intolerância entre si. (ORTEGA,
2004).
Uma circunstância que levou os bibliotecários a desviar
suas atenções dos processos de análise e representação das
unidades do conhecimento registrado foi o movimento de
criação e disseminação das bibliotecas públicas. A Idade do
Iluminismo, o crescimento do Mercantilismo e, mais tarde, a
Revolução Industrial levaram à necessidade de um corpo de
trabalhadores alfabetizados e treinados em tarefas manuais
específicas. Neste contexto, em especial na Inglaterra e nos
Estados Unidos, por volta de 1850 (portanto, no período do
auge do crescimento dos periódicos), a biblioteca pública
era considerada uma agência educacional das massas e
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVMbiblioteconomia – página 14
da democratização da cultura. Com a absorção do
bibliotecário tradicional pela função "educativa" ou pelo culto
da educação universal e a negação do significado do serviço
de informação, os documentalistas adotaram as técnicas da
Biblioteconomia e as aperfeiçoaram. (ORTEGA, 2004).
Supõe-se que esta divisão poderia ter encontrado outros
caminhos caso houvesse o reconhecimento da natureza
diversa do acervo e do atendimento para ambos os casos: em
uma biblioteca com fins educacionais são necessários
títulos devidamente escolhidos para permitir uma
orientação eficiente ao leitor. A necessidade de estender os
privilégios da educação a todos ocorreu sem que se tivesse
formulado os mecanismos para garantir esse objetivo
educacional e cultural, além de levar ao cancelamento dos
trabalhos de bibliografia. (ORTEGA, 2004).
A divergência entre bibliotecários e documentalistas refletiu-se
na segmentação das associações. Em 1908, um grupo de
bibliotecários especializados nos Estados Unidos separou-se
da American Library Association para formar sua própria
associação, a Special Libraries Association. E assim como
estes, vários casos se sucederam de dissidências de
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 15
associações inicialmente de bibliotecários, que passaram a
representar a Documentação (American Documentation
Institute, criada em 1937, e atualmente denominada
American Society for Information Science and
Technology-ASIS&T), a Microfilmagem (National Microfilm
Association), e áreas temáticas como Biologia e Química.
(ORTEGA, 2004).
A cisão entre Biblioteconomia e Documentação tornou-se
cada vez mais profunda, sem levar necessariamente ao
desenvolvimento e sedimentação de uma ou outra área.
Shera (1980 apud Ortega, 2004) cita que este fenômeno tem
particular interesse para a sociologia da profissionalização,
que ocorre quando um grupo muda a terminologia de outro
para parecer que se ocupa de uma nova disciplina, porém
com mais dignidade e caráter científico. (ORTEGA, 2004).
Por mais de quatro séculos, a Biblioteconomia foi quase
sinônimo de Bibliografia. Considerando a Bibliografia como
o princípio da Documentação, pode-se dizer que esta esteve
unida à Biblioteconomia desde o século XV até fins do século
XIX, quando Otlet e La Fontaine sistematizaram e
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 16
desenvolveram a Documentação enquanto disciplina distinta
da Biblioteconomia. (ORTEGA, 2004).
Os europeus deram continuidade a estes estudos e
aplicações até que, os movimentos causados pela Segunda
Guerra Mundial acentuaram estes avanços devido às
necessidades específicas dos países envolvidos na
recuperação de conteúdos a partir de tipos diversos de
documentos, inclusive com tentativas rudimentares de
recuperação mecânica da informação. (ORTEGA, 2004).
---
S. Ranganathan
Ranganathan (2009) a ciência biblioteconômica ocupa-se da
representação da teoria do conhecimento, sua
classificação, especialização em ramos, ontologias e
taxonomias. Neste sentido, os temas centrais da ciência
biblioteconômica seriam método dedutivo e indutivo da
representação das classes de conhecimento. Ou, ainda,
explicitação, implicitação ou elicitação.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 17
CAMPOS (2000) Prolegomena de Ranganathan.
Obras de S. R. Ranganathan:
• Five Laws of Library Science (1931) 
• Colon Classification (1933) 
• Classified Catalogue Code (1934) 
• Prolegomena to Library Classification (1937) 
• Theory of the Library Catalogue (1938) 
• Elements of Library Classification (1945) 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 18
• Classification and International Documentation (1948) 
• Classification and Communication (1951); 
• Headings and Canons (1955). 
---
3. Otlet e a Documentação (fins do século XIX até década
de 1930) As atividades dos documentalistas foram se
desenvolvendo simultaneamente ao surgimento das
bibliotecas públicas. Na virada do século, Otlet e La Fontaine
sistematizaram a Documentação, cunhando este termo para
significar, de forma mais ampla, aquilo antes denominado
Bibliografia. Mais que isso, Otlet vem sendo considerado
precursor e fundador da Documentação e da própria Ciência
da Informação. (ORTEGA, 2004).
Vários autores, como Rayward (1997 apud Ortega, 2004) e
Sagredo (1994 apud Ortega, 2004), argumentam sobre a
antecipação e previsão das tecnologias por Otlet, como os
sistemas de hipertexto e hipermídia. A atualidade da obra de
Otlet, de certa forma presente nos estudos realizados hoje por
pesquisadores de Ciência da Informação figura, por exemplo,
na eleição ampla dos profissionais envolvidos nas operações
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 19
distribuídas que constituem a Documentação, quais sejam,
autores, copistas, impressores, editores, livreiros,
bibliotecários, documentadores, bibliógrafos, críticos,
analistas, compiladores, leitores, pesquisadores e
trabalhadores intelectuais; as operações documentárias
acompanham o documento desde o instante em que ele surge
da pena do autor até o momento em que impressiona o
cérebro do leitor (Otlet, 1937 apud Ortega, 2004). A
sistematização realizada por Otlet culminou na publicação, em
1934, do "Traité de Documentation". (ORTEGA, 2004).
Segundo Rayward (1997 apud Ortega, 2004) e Bradford (1961
apud Ortega, 2004), o projeto teve início no encontro entre
Paul Otlet e Henri La Fontaine, em 1892, e no reconhecimento
de preocupações comuns quanto à organização bibliográfica
da produção científica, para o que criaram o Escritório
Internacional de Bibliografia, em Bruxelas, na casa de Otlet.
Logo perceberam que, para organizar um índice universal, era
necessária uma cooperação internacional. Em 1895,
promoveram a I Conferência Internacional de Bibliografia,
na qual foi aprovada a criação do Instituto Internacional de
Bibliografia (IIB), com o apoio do governo belga. Iniciativa
pioneira dentre as associações internacionais no campo da
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 20
informação, o IIB teve seu nome alterado para Instituto
Internacional de Documentação (IID), em 1931, e para
Federação Internacional de Documentação (FID), em 1938.
Desde 1986, recebe a denominação de Federação
Internacional de Informação e Documentação, mas
mantém a sigla original. (ORTEGA, 2004).
O IIB tinha como pretensão desenvolver o Repertório
Bibliográfico Universal (RBU). A Classificação Decimal
Universal (CDU) foi criada, a partir da CDD, para contemplar
as necessidades de tratamento da informação especializada e
viabilizar a elaboração do RBU. Devido às primeiras
experiências de trabalho cooperativo, optou-se pela
descentralização e pelo emprego de bibliógrafos
especializados em ciências. Para tanto, foram estabelecidos
centros de informação científica em um grande número de
bibliotecas científicas ou em anexos destas. Em 1934, o
Repertório Bibliográfico Universal continha 16 milhões de
entradas e, até o final da Segunda Guerra Mundial, doze
países tinham Seções Nacionais do IIB, quais sejam,
Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Estados Unidos, França,
Reino Unido, Holanda, Itália, Polônia, Rússia, Suíça e
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 21
Tchecoslováquia, e mais seis estavam em formação.
(ORTEGA, 2004).
O IIB prestavaserviços de pesquisa a partir das fichas
catalográficas, contemplando a estratégia e a
contextualização da busca. Para a determinação dos assuntos
trabalhava-se com mapas conceituais que mostravam as
intricadas relações dos conceitos dentro das várias áreas. No
tratamento bibliográfico, utilizava-se o princípio monográfico,
descrito como a divisão física do livro de acordo com a divisão
intelectual de idéias contida no mesmo, o que consistia na
fragmentação do documento para chegar às unidades de
informação. Supõe-se que estas duas idéias, os mapas
conceituais e o princípio monográfico, ensaiavam,
respectivamente, as noções de tesauro e de tratamento
documentário das partes dos documentos (ou analíticas), o
que provavelmente contribuiu para o refinamento dos
processos documentários. (ORTEGA, 2004).
O IIB se criou na lacuna dos processos sociais,
econômicos e históricos que, incialmente, foi resolvido com
as bibliotecas públicas, que era o letramento e educação de
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 22
trabalhadores para a Revolução Industrial ; e no aspecto da
ciência, na ausência de programas de pesquisa, nas poucas
universidades e nas associações científicas isoladas, voltado
às corporações. E também:
A Europa do período entreguerras também viu o triunfo
daquele outro aspecto da nação “burguesa” (…) a nação
como uma ‘economia nacional’. Apesar de a maioria dos
economistas, empresários e governos ocidentais sonhar com
uma volta à economia mundial de 1913, isto provou-se
impossível. De fato, mesmo que se quisesse, não poderia
haver retorno à economia de empreendimentos privados
livremente competitivos e comércio livre, que era o ideal, e até
parte da realidade da economia mundial nos gloriosos tempos
da supremacia mundial dos ingleses. (HOBSBAWM, 1990)2.
Fonseca (1961 apud Ortega, 2004) cita que, no Brasil, em
1899, o IIB tinha como membro Juliano Moreira, diretor dos
"Annais da Sociedade de Medicina e Cirurgia da Bahia". No
começo do século XX, a Livraria Civilização, em São Paulo,
recebia assinaturas e encomendas de publicações do IIB,
2 HOBSBAWM, E. J. Nações e nacionalismos desde 1780: programa, mito e 
realidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 23
além de fichários padronizados. Em 1900, Oswaldo Cruz
introduziu a CDU na biblioteca do instituto de pesquisas que
fundou e hoje tem o seu nome. (ORTEGA, 2004).
BIBLIOTECONOMIA DOCUMENTAÇÃO CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
Biblioteca pública
Democratização da
informação aos
cidadãos.
Educação,
letramento, 
mediação.
CEDOC
Disseminação da
informação às
corporações,
instituições e aos
projetos nacionais de
desenvolvimento
tecnológicos.
Centros de Informação
Crítica à desinformação.
Disseminação da informação
aos cidadãos e às
corporações.
Estudo da informação.
E em 1911, o professor de Direito Manoel Cícero Pelegrino da
Silva, diretor-geral da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro,
criou o Serviço de Bibliografia e Documentação em
correspondência com o IIB, com a pretensão de organizar o
repertório bibliográfico brasileiro em fichas catalográficas e
com uso da CDU, incluindo o tratamento dos artigos de
periódicos, como uma contribuição ao controle bibliográfico
internacional. (ORTEGA, 2004).
No entanto, sendo a CDU um sistema europeu, passou a ser
rechaçado pela influência estadunidense que teve início por
volta de 1930 na Biblioteconomia brasileira, sendo retomado
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 24
pelos centros de documentação e bibliotecas especializadas a
partir dos anos 50. De uma forma geral, a influência do
modelo estadunidense de biblioteca pública trouxe benefícios,
dentre os quais, a renovação dos processos técnicos e
administrativos, a melhoria e diversificação dos serviços,
como no caso do empréstimo domiciliar, maior liberdade nas
relações com o público e a compreensão sobre o papel da
biblioteca para a educação e recreação da população em
geral e como estímulo às pesquisas especializadas. Como
aspecto negativo, processos e instrumentos (como a CDU e o
catálogo dicionário, que foram substituídos pela CDD e pelo
catálogo dicionário) foram deixados de lado, sem considerar a
especificidade das coleções e dos usuários. (ORTEGA, 2004).
Quanto ao Instituto, em 1924, foi reestruturado, mudou seu
foco e a CDU tornou-se uma de suas únicas tarefas. No início
de 1992, foi criado o Consócio CDU (UDC Consortium), que
agrupa a FID e editores da CDU de vários países. Em 1995,
no centésimo aniversário da agora denominada FID, foi
firmada a Resolução de Tóquio por 35 organizações não
governamentais em informação, comunicação e conhecimento
como uma aliança estratégica para melhor servir à
comunidade mundial. Também foi organizado o Fórum de
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 25
Conhecimento da FID a fim de reunir e disponibilizar a
experiência comum e o conhecimento acumulado em
diferentes comunidades. (ORTEGA, 2004).
4. A Biblioteconomia nos Estados Unidos (fins do século
XIX até década de 1950) O período que corresponde ao final
do século XIX até metade do século XX foi marcado por uma
divisão de interesses entre bibliotecas públicas e processos
documentários, com maior ênfase nos Estados Unidos e
Europa, respectivamente. (ORTEGA, 2004).
Buckland (1996 apud Ortega, 2004), pesquisador dos Estados
Unidos mas versado na literatura em idioma francês, explorou
o tema da distinção entre as culturas estadunidense e
européia na área da Biblioteconomia, da Documentação e da
Ciência da Informação, com foco para a questão tecnológica,
justificando porém, tratar-se de uma análise especulativa.
(ORTEGA, 2004).
Afirma que a Biblioteconomia nos Estados Unidos, no final do
século XIX, foi marcada por sua sedimentação e por
inovações técnicas e tecnológicas. Já na primeira metade
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 26
do século XX (até o início da Segunda Guerra Mundial), houve
uma expansão de serviços de bibliotecas por todo o país,
especialmente nas áreas rurais, acompanhada, porém, de
uma relativa estabilidade técnica e tecnológica. De fato,
ocorreram aplicações tecnológicas para bibliotecas durante
este período, como as cópias fotostáticas (projeção
fotocopiadora em papel sensível) de 1912 e a microfilmagem,
por volta dos anos 30. Houve também a retomada de
desenvolvimentos do século XIX, como a duplicação a tinta e
estêncil, telefones e máquinas de escrever e o uso de regras
para catalogação, classificação e arquivo. Contudo, estas
inovações não foram significativamente estudadas e
adotadas. (ORTEGA, 2004).
Um dos elementos que ajuda a explicar por que estes
desenvolvimentos foram grandemente ignorados nos círculos
de bibliotecas antes da Segunda Guerra Mundial foi a
influência da Graduate Library School, da University of
Chicago, considerada o centro intelectual da Biblioteconomia
dos Estados Unidos, dos anos 30 até os anos 60. (ORTEGA,
2004).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 27
A obra de Pierce Butler, "Introduction to Library Science", de
1933, é considerada uma emblemática da assim conhecida
Escola de Chicago e suas influências. (...) Afirmou que as
bibliografias eram importantes desde que houvesse clareza
sobre seus fins e que, deveria haver um deslocamento do
foco nos processos para a função, com ênfase para o status
social dos bibliotecáriose a função social das bibliotecas
(Butler, 1971 apud Ortega, 2004). 
Nesta obra, observam-se três pontos negligenciados: 
(1) modelos, tecnologias, técnicas e habilidades de
gerenciamento que forneçam um efetivo e eficiente serviço de
biblioteca;
(2) menção a grandes nomes que contribuíram para a
Biblioteconomia, como Panizzi, Cutter, Dewey, Jewett, Bliss,
causando a impressão de que suas contribuições não
existiram; e
(3) elaboração de aspectos científicos dos processos e
serviços (a despeito do título da obra).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 28
Na Escola de Biblioteconomia de Chicago, houve alguma
atenção para a administração de bibliotecas mas o interesse
era limitado se comparado com os estudos e aplicações do
país no final do século XX e nos dias atuais. Pesquisadores
da década de 70 criticaram a Escola de Chicago por esta não
sustentar uma abordagem científica.
Na década de 50, Margaret Egan e Jesse Shera, membros
da Escola de Biblioteconomia de Chicago, avaliam que a
atenção dos bibliotecários durante os anos anteriores esteve
voltada para a revolução da comunicação de massa e seu
provável efeito sobre os serviços de biblioteca para o leitor em
geral, enquanto poucos se preocuparam com a revolução da
organização e serviços de biblioteca, a qual foi tratada por
outro campo, nomeado "comunicação da informação
especializada" e desenvolvido por documentalistas e
especialistas de informação. Shera apontou a própria Escola
como uma das principais responsáveis pela repulsa dos
bibliotecários por habilidades técnicas. 
Em oposição à Escola de Chicago houve, ao mesmo tempo,
um interesse por aspectos tecnológicos dos serviços de
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 29
biblioteca no Massachussetts Institute of Technology
(MIT), Estados Unidos. Desde o início dos anos 30, Vannevar
Bush, um professor do MIT e administrador acadêmico,
tentou persuadir fundações e corporações a financiar seus
experimentos em recuperação de informação em bibliotecas.
O famoso artigo de Bush, "As we may thing", embora
publicado em 1945, foi escrito no final dos anos 30. Contudo,
neste período, a Biblioteconomia naquele país era
essencialmente representada pela Escola de Chicago. 
Já em relação à Europa, a análise da produção dos anos 30
da revista Library Quartely, publicada pela Escola de
Biblioteconomia de Chicago, em comparação com a análise
dos anais dos congressos da FID do mesmo período, constata
que os aspectos tecnológicos foram evitados na primeira
revista, apontando para um contraste de interesses que
evidencia que as escolas européia e estadunidense eram
marcadamente distintas. 
Ao mesmo tempo em que escolas distintas se desenvolviam,
a ajuda dos Estados Unidos após o final da Primeira Guerra
Mundial aos países europeus atingidos, disseminou o modelo
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 30
estadunidense de biblioteca pública na França, por meio do
projeto de reconstituição das bibliotecas públicas
francesas e do funcionamento de uma escola
estadunidense de bibliotecários em Paris entre 1923 e
1929. Neste período, configurou-se um rico trabalho
cooperativo que envolveu o modelo das bibliotecas públicas,
especialmente trazido pela Biblioteconomia pública
estadunidense, e os serviços de informação especializados,
em sintonia e continuidade à filosofia do IIB e de Otlet (Fayet-
Scribe, 1998 apud Ortega, 2004). 
Nos Estados Unidos, o movimento de bibliotecas
especializadas foi formalizado em 1908, com o grupo
dissidente que constituiu a Special Libraries Association, e a
influência da Documentação européia evidenciou-se no final
dos anos 30, com a criação do American Documentation
Institute. Contudo, somente nos anos 50, uma mudança
tornou-se aparente na literatura dos Estados Unidos sobre
Biblioteconomia em função da tentativa de reconstruir,
analisar e interpretar o pós Segunda Guerra Mundial,
ocasionando uma discussão baseada na dicotomia Ciência
da Informação versus Biblioteconomia. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 31
Houve um período de tensão pois a abordagem dominante da
Biblioteconomia dos Estados Unidos, orientada para o não
tecnológico e para as Ciências Sociais e representada pela
Escola de Chicago, foi desafiada e transformada pelo retorno
do interesse em modelos e em tecnologia. Os assuntos que
tinham interessado aos documentalistas europeus emergiram
com muita força na Biblioteconomia dos Estados Unidos 20
anos depois que na Europa, mas aquilo que foi produzido na
Europa, principalmente em francês e alemão, foi amplamente
esquecido. 
Elegeu-se um nome para esta nova área – Ciência da
Informação – e o principal elemento foi a presença de
indivíduos voltados à tecnologia e de fora da Biblioteconomia,
que estavam procurando conduzir a nova tecnologia
eletrônica para resolver velhos problemas. Afinal, a
Biblioteconomia dos Estados Unidos, neste momento, não era
formada por indivíduos sofisticados tecnologicamente e com
experiência e competência nos problemas e oportunidades de
tecnologia em serviços de biblioteca, Documentação e
gerenciamento de informação especializada, uma vez que a
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 32
linha dominante representada pela pesquisa de Chicago não
contemplava estes aspectos. 
Buckland acredita que a disputa sobre Ciência da Informação
e Biblioteconomia poderia ter ocasionado uma grande
mudança se tivesse ocorrido uma retomada das primeiras
posições dos documentalistas europeus e dos estudos e
propostas dos pioneiros estadunidenses que atuaram em fins
do século XIX. Considera que as pesquisas e aplicações em
Ciência da Informação dos Estados Unidos do pós Segunda
Guerra realizadas por engenheiros, foram caras e ineficazes,
mas que poderiam ter sido produtivas se não tivesse havido
uma separação institucionalizada e atitudinal entre
engenheiros e bibliotecários. Pesquisadores e profissionais da
Ciência da Informação eram percebidos por muitos
bibliotecários como uma espécie de ameaça até o final dos
anos 70, quando o debate sobre Ciência da Informação
versus Biblioteconomia dispersou em segmentos diferentes
aquilo que era uma ênfase construtiva sobre teoria, modelos e
serviços. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 33
A partir de Buckland, pode-se inferir que, na primeira metade
do século XX, a Europa inovou em termos de pesquisa e
experimentos de processos de organização da informação,
mas o patamar tecnológico de então e dificuldades políticas e
econômicas não permitiram sua disseminação e
implementação. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos
estavam preocupados com a ampliação do número de
bibliotecas, vistas como equipamentos culturais e
educacionais, e a garantia de acesso universal aos seus
acervos. 
5. A Ciência da Informação (década de 1950 em diante)
Shera e Egan (1961 apud Ortega, 2004) citam que a
Documentação e a Biblioteconomia evoluíram como artes
práticas com o fim de atenderem necessidades imediatas.
Tanto as bibliotecas quanto os centros de documentação
trabalharam de forma isolada, decorrente de um período
caracterizado por poucas bibliotecas, acervo reduzido e
clientela homogênea e erudita que pouco se relacionava entre
si.
No final da década de 60, nos Estados Unidos, com o
crescente desenvolvimento da Ciência da Informação, a
COMPÊNDIO CONCEITUAL DABIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 34
Documentação chegou a ser considerada até mais antiquada
que a Biblioteconomia (Shera, 1980 apud Ortega, 2004). Já
na Europa continental, o termo Documentação é ainda hoje
amplamente utilizado e se confunde, muitas vezes, com a
idéia expressada pela Ciência da Informação. 
É conseqüência (mas também causa) da relativa ausência
dos estudos sobre Documentação nos Estados Unidos o
tardio aparecimento de literatura na área em idioma inglês.
Considerando a obra "Traité de Documentation", de Otlet,
de 1934, em Bruxelas, como a primeira e significativa sobre o
tema, e a obra "Die Decimal Klassification", de Frank, de
1946, em Berlim, cuja primeira parte trata dos princípios
documentários, somente um ano depois, foi produzido em
idioma inglês, o livro "Documentation", por Bradford, em
Londres. 
A obra referencial seguinte a esta é intitulada "Qu’est-ce que
la Documentation", de autoria de Suzanne Briet, de 1951
(Shera e Egan, 1961, Ortega, 2004). Como se vê, estas obras
de referência sobre Documentação foram produzidas na
Europa (contudo, a citação é de pesquisadores
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 35
estadunidenses). Além disso, percebe-se que, ainda hoje, as
literaturas em inglês e em francês sobre organização da
informação apresentam abordagens bastante peculiares. 
Em especial, na França, a divisão profissional entre
bibliotecários e documentalistas deu-se de forma marcante,
como pode ser observado atualmente pelos cursos de
formação específicos e pela ampla disseminação dos centros
de documentação. Os primeiros centros de documentação
surgiram neste país entre as duas Grandes Guerras e se
multiplicaram depois de 1945. A atuação dos centros de
documentação ilustra o papel que desempenha a informação
na ajuda à pesquisa e à tomada de decisão nas organizações
(Pomart, 1997, p. 124, apud Ortega, 2004). Já na área
escolar, os assim chamados centros de documentação e
informação (CDI) são estruturas documentárias dos
estabelecimentos escolares do segundo grau do sistema de
ensino francês, que englobam biblioteca, sala de leitura,
audioteca e videoteca, entre outros, e efetivam o tratamento
documentário dos materiais, a pesquisa, a promoção de
leitura e a ação cultural. Neles trabalham os professores-
documentalistas (Vernotte, 1997, p. 125 apud Ortega, 2004). 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 36
Por outro lado, nos Estados Unidos, os CDIs são
representados pelas midiatecas (media centers) ou
bibliotecas escolares, assim como, os centros de
documentação especializada são geralmente denominados
bibliotecas especializadas (special libraries) ou centros de
informação (information centers). Contudo, a linha existente
entre centros de documentação e bibliotecas especializadas
não é evidente (Pallier, 1997, p. 99 apud Ortega, 2004). 
De fato, há muita pesquisa histórica a ser realizada a partir da
exploração dos fatores que levaram ao surgimento, em
separado, da Biblioteconomia Especializada e da
Documentação, uma vez que esta divisão profissional
(juntamente com a divisão entre Biblioteconomia "Generalista"
e Documentação) gerou um estado de debilidade para a
Ciência da Informação, que perdura até os dias atuais
(Williams, 1998 apud Ortega, 2004). Uma das diferenças pode
ser observada na abrangência dos princípios documentários
para além das áreas especializadas do conhecimento,
aproximando-se da noção atual de Ciência da Informação.
Apesar disto, inicialmente, a tendência predominante exercida
pelos Estados Unidos contou com a Ciência da Informação
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 37
sendo empregada para designar a Biblioteconomia do tipo
não tradicional, passando-se do problema da diferença entre
Biblioteconomia e Documentação para a relação entre
Biblioteconomia e Ciência da Informação. 
Para Pinheiro (1999, p. 156 apud Ortega, 2004), a Ciência da
Informação "parte do reconhecimento de sua
interdisciplinaridade, de sua natureza social, forte e
profundamente relacionada à tecnologia da informação e do
novo papel da informação na sociedade e na cultura
contemporâneas, características essenciais da área". A
Ciência da Informação tem suas raízes na bifurcação da
Documentação/ Bibliografia e da Recuperação da
Informação (Information Retrieval). PINHEIRO (1999, apud
ORTEGA, 2004). 
É uma ciência social cujo objeto é a informação, tendo
início no campo da informação científica e tecnológica,
passando a atuar também com a informação para fins
educacionais, sociais e culturais. Apresenta interfaces com a
Biblioteconomia, Ciência da Computação, Ciência Cognitiva,
Sociologia da Ciência e Comunicação, entre outras áreas. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 38
Outras abordagens sobre a constituição da Ciência da
Informação incluem ainda áreas do conhecimento como a
Administração, que busca fornecer formas otimizadas para a
operação do fluxo da informação registrada, e a Editoração,
na produção de documentos impressos e eletrônicos. Também
podem ser citadas a Lingüística, Lógica, Psicologia,
Estatística e Economia. 
Chernyi, Gilyarevskii e Mikhailov (1973 apud Ortega, 2004) e
Moreiro González (1995 apud Ortega, 2004) tratam da
construção do conceito que envolve a Ciência da
Informação, na União Soviética, que teve início alguns anos
depois de fundamentado e desenvolvido pelos Estados
Unidos. A equipe de Mikhailov concebeu alguns enfoques
diferentes e criou o termo Informatika para defini-lo.
Para os russos (PINHEIRO, 1995)3, essa nova disciplina é
responsável pelo estudo da estrutura e das peculiaridades da
informação científica (a qual engloba todas as áreas do
conhecimento), assim como as leis que regem essa atividade,
sua teoria, história, métodos e organização. (…) No entanto,
3 PINHEIRO, Lena Vania Ribeiro; LOUREIRO, Jose Mauro Matheus. Tracados e limites 
da ciencia da informacao. Ciência da informação, v. 24, n. 1, 1995.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 39
ocorreu um processo que levou à adoção ampla da
concepção e do termo Information Science, elaborado nos
Estados Unidos, em detrimento da Informatika, pensada pelos
russos no mesmo período. 
Dentre as abordagens mais consistentes sobre Ciência da
Informação está a de Saracevic. Teórico de produção
relevante no campo da Comunicação, considera o objeto da
Ciência da Informação como o comportamento, as
propriedades e os efeitos da informação em todas as suas
facetas, tanto quanto os vários processos da comunicação
que afetam e são afetados pelo homem. 
A Ciência da Informação estuda: 
(1) a dinâmica e a estática do conhecimento, ou seja, suas
fontes, organização, criação, dispersão, distribuição,
utilização, expressão bibliográfica e obsolescência;
(2) os aspectos comunicacionais relacionados ao homem
enquanto produtor e usuário de informação;
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 40
(3) os problemas da representação simbólica da informação
como na classificação e indexação; e, por extensão,
(4) o funcionamento de sistemas de informação como as
bibliotecas e os serviços de armazenagem, recuperação e
processamento de dados (Saracevic citado por Enciclopédia
Mirador Internacional, 1994, p. 6115 apud Ortega, 2004).
Wersig (1997 apud Ortega, 2004) argumenta a favorda
natureza da Ciência da Informação como uma ciência pós-
moderna. Isto implica um novo entendimento da noção de
conhecimento, por meio do abandono da idéia de paradigmas
como categorias únicas de compreensão científica. 
Diferente da ciência clássica, que é baseada na pesquisa do
completo entendimento de como as palavras trabalham, a
ciência pós-moderna trata do desenvolvimento de estratégias
para resolver em particular aqueles problemas causados
pelas ciências clássicas e pelas tecnologias. 
Wersig define Ciência da Informação como o conjunto de
modelos, desenvolvidos sob o ponto de vista do problema do
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 41
uso do conhecimento nas condições pós-modernas de
informatização. 
Por fim, a Lingüística Documentária e a Informática
Documentária são campos que representam elaborações da
Lingüística e da Informática aplicadas aos processos
documentários. Estando em sua origem ligados à
Documentação e suas denominações assim o indicarem,
expressam conteúdos essenciais para a composição da
Ciência da Informação por considerarem, respectivamente, a
natureza lógico-semântica da estruturação do conteúdo dos
documentos e os requisitos tecnológicos para a sua produção,
organização e disseminação. Observa-se uma lacuna na
literatura sobre Ciência da Informação ao considerar a
Lingüística e a Informática (ou Ciência da Computação) em
detrimento da Lingüística Documentária e da Informática
Documentária. Uma explicação possível está na constatação
de que, a exemplo da Documentação, estes campos são
pouco conhecidos. Isto, no entanto, não justifica que a
construção teórica da Ciência da Informação não opere pela
assimilação destes campos interdisciplinares, de alguma
forma já constituídos e aplicados. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 42
UPE / 2017. Ortega (2004):
---
Araújo (2014)4 irá identificar as seguintes escolas de
pensamento:
- PENSAMENTO FUNCIONALISTA
- PENSAMENTO CRÌTICO
- ESTUDOS DE USUÀRIOS
- ESTUDOS DE REPRESENTAÇÃO
- PERSPECTIVAS CONTEMPOÂNEAS
4 ARAUJO, Carlos Alberto Avila. Arquivologia, biblioteconomia, museologia e ciência
da informação: o dialogo possivel. Brasilia, DF: Briquet de Lemos; Sao Paulo:
ABRAINFO, 2014. xiii, 200p.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 43
DISCIPLINA PENSAMENTO FUNCIONALISTA
ARQUIVOLOGIA Jenkinson, de 1922, e de Casanova, de 
1928; Arquivos e efiacia organizacional; 
Schellenberg e Brooks; Valor primario/ 
secundario dos documentos; 
Destinacao final.
BIBLIOTECONOMIA Seculo XVIII; Bibliotecas publicas; 5 leis
da biblioteconomia (Ranganathan); 
Dinâmica e uso de bibliotecas; 
Tipologias de bibliotecas; Suportes 
informacionais.
MUSEOLOGIA Museum Education; museologia “verbal”
ou nominalista, exemplo: Museu do
Louvre; Museu do imaginario.
Síntese das teorias funcionalistas: determinação das funções,
elas estão ou não sendo cumpridas? (e para a identificação e
eliminação dos obstaculos que impedem seu cumprimento), para
a identificação de disfunções e a formulação de estratégias.
Observe aqui que as teorias da qualidade “administração da
qualidade”, teorias “ISO 9001”, administração cientifica,
taylorismo, fordismo, etc., estavam em voga e o gerenciamento
estrategico era uma tarefa predominantemente ‘prescritiva’.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 44
DISCIPLINA PENSAMENTO CRÍTICO
ARQUIVOLOGIA Bautier e os interesses ideológicos; 
Custódia documental; Políticas 
nacionais de informação, direito de 
acesso à informacao e transparência do
Estado; Arquivologia canadense; Terry 
Cook e poder, Estado e arquivos.
BIBLIOTECONOMIA Processos de redemocratização; 
incentivo a leitura, biblioteca 
comunitaria, “carro livro”, acao cultural; 
Dinâmicas diferentes da funcionalista: 
contra a desinformação, alienação, etc.
MUSEOLOGIA Pensamento critico de ensaistas Zola, 
Valery e manrinetti; “Mausoleu” 
estruturas de poder sobre outras 
culturas; Sociologia da cultura; Capital 
cultural; Construcao ideologica; 
Museologia critica.
Síntese das teorias críticas: desenvolveram no seculo XIX como
reação ao pensamento positivista, ao contrario da funcionalista, o
conflito, e não a integração, e a explicação da realidade humana, a
partir das denuncias de suas ações ideologicas.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 45
DISCIPLINA ESTUDO DE USUÁRIOS
ARQUIVOLOGIA Decada de 1960; Acesso aos arquivos, 
reunioes do Conselho Nacional de 
Arquivos; Dinamizacao cultural; 
Cidadãos, historia das familias, ensino, 
etc.
BIBLIOTECONOMIA “Estudos de Comunidade” Universidade
de Chicago; Diagnostico de bibliotecas;
Avaliacao de coleções; Necessidades 
de informação; Biblioteca escolar e 
cognitivismo.
MUSEOLOGIA Mudança de paradigma: de depositos 
de objetos para ambientes de 
aprendizagem; Estudo de visitantes;
Medidas de aprendizagem e base 
cognitivista; Modelo contextual; 
Experiências.
Síntese dos estudos de usuários: o paradigma custodial sendo
abandonado, as abordagens funcionalistas começaram a se
preocupar com o público e a necessidade de se conhecer a visão
dos sujeitos foi crescendo a ponto de se tornar uma área
autônoma. Sujeitos ativos e colaboradores.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 46
Enquanto isso…
Ciência da informação: origem e evolução (ARAUJO,
2014). “As raizes da Ciência da Informação se encontram na
área de Documentação, criada por Otlet e La Fontaine no
inicio do seculo XX”. Acontece a International Conference
on Scientific Information, realizada em Washington, em
1958. Poucos anos depois, em 1966, o American
Documentation Institute (ADI) mudou sua designacao para
American Society for Information Science (ASIS). 
Os fundamentos teóricos imediatamente adotados foram a
Teoria Matematica da Informação de Shannon e Weaver, a
Cibernética de Wierner e as contribuições de Vannevar Bush.
“Conforme Gonzalez de Gomez (2000), nas décadas
seguintes a CI desenvolveu-se por meio de subareas
relacionadas a diversos “programas de pesquisa”: os fluxos da
informação cientifica, a recuperação da informação, os
estudos métricos da informação, os estudos de usuarios, as
politicas de informação, a gestão do conhecimento e as
possibilidades trazidas com o hipertexto e a interconectividade
digital”. (ARAUJO, 2014).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 47
DISCIPLINA ESTUDOS DE REPRESENTAÇÃO
ARQUIVOLOGIA 1898 manuais holandeses; 
Schellenberg; ‘record group’; Principio da
proveniência; Preservação digital; 
Indexação.
BIBLIOTECONOMIA Seculo XIX primeiras regras e principios 
de catalogação; 1960 MARC; Conceito 
‘Metadados’; Sistemas de classificação 
bibliográfica ‘Dewey, Otlet, Bliss e 
Brown’; Classicação facetada 
Ranganathan; ‘Classification Research 
Group;Foskett, Vickery e Pendleton 
‘sistemas facetados’; Tesauros 
facetados, teoria do conceito de 
Dahlaberg; Linguagens de indexacao, 
Autin e Farradane.
MUSEOLOGIA Problemática da representação do 
gênero; Museologia critica.
Síntese dos estudos de representação: a questão técnica, nos
seculos XVIII e XIX, enciclopedismo, historicismo e o positivismo,
foram, ao longo do seculo XX, ganhando aporte da ciência
linguistica.
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DISCIPLINA PERSPECTIVAS CONTEMPOÂNEAS
ARQUIVOLOGIA “pos-custodial”; Gestao documental; 
Fluxos organizacionais, processos, 
workflow.
BIBLIOTECONOMIA Mediação; “InformationLiteracy”; 
Bibliotecas eletrônicas e digitais.
MUSEOLOGIA Ecomuseus; ‘musealização do patrimonio
imaterial’; “Museum Informatics”. Museu 
do amanhã.
Síntese das perspectivas contemporâneas: fluxos, mediação e
sistemas; “ambito extra-institucional conferiram maior dinamismo
aos campos, que passaram a se preocupar mais com os fluxos e
a circulação de informação”. (ARAUJO, 2014).
A possibilidade de integração epistemológica. “Na
Museologia, tal passagem pode ser caracterizada com a
mudança do objeto “museu” para a “musealidade” ou a
“musealização”, na Arquivologia com o conceito de “arquivalia”
ou o de “arquivo total”; e na Biblioteconomia com o próprio
conceito de “informação” (como vem sendo feito desde a
decada de 1980, quando as pos-graduações em
Biblioteconomia comecaram a mudar sua denominação para
CI)”. (ARAUJO, 2014, citando outros autores).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 49
A BIBLIOTECA PÚBLICA
Sobre a biblioteca pública, no contexto da Sociedade da
Informação, Suaiden (2000)5 explica que, historicamente, o
acesso à informação no Brasil sempre foi definido pelo poder
aquisitivo. Durante o período colonial, os jesuítas fizeram
grande esforço para facilitar o acesso à palavra escrita. Na
verdade, foram esforços isolados, pois a educação e a cultura
não eram prioridades dos segmentos dominantes do poder.
São aspectos considerados por E. Suaiden:
A vinda da Biblioteca e da Imprensa Real também não
representou indicadores efetivos do acesso e da
disponibilidade de informação para toda a sociedade. No
entanto, no dia 5 de fevereiro de 1811, Pedro Gomes Ferrão
de Castello Branco encaminhou um projeto ao governador da
Capitania da Bahia, solicitando a aprovação do plano para a
fundação da Biblioteca. Esse documento, que historicamente
é o primeiro projeto na história do Brasil com o objetivo de
facilitar o acesso ao livro, mostrava grande preocupação com
a área da educação. O plano foi aprovado, e a Biblioteca
5 SUAIDEN, Emir Jose. A biblioteca publica no contexo da sociedade da informacao.
Ciência da informação, v. 29, n. 2, p. 52-60, 2000.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 50
inaugurada no Colégio dos Jesuítas em 4 de agosto de 1811.
Posteriormente, todas as providências para a fundação de
bibliotecas partiram sempre da iniciativa governamental. Logo
após o período acima referido, inúmeros governos estaduais
tomaram a iniciativa de criar bibliotecas estaduais. A
biblioteca era legalmente criada por um decreto estadual, no
entanto a falta de visão dos administradores era grande, pois
geralmente não havia previsão da infra-estrutura necessária.
(SUAIDEN, 2000).
Lima Barreto (1976 apud Suaiden, 2000), escritor social
oriundo da pequena classe média suburbana do Rio de
Janeiro , retratou em suas obras cenas quotidianas da
República Velha. Em meio a um diálogo sobre a “loucura de
Policarpo Quaresma”, há essa notável passagem: 
“ __ Nem se podia esperar outra coisa, disse o Dr. Florêncio.
Aqueles livros, aquela mania de leitura... 
__ Por que ele lia tanto? Indagou Caldas (...). Ele não era
formado, para que meter-se com livros? (...). Isto de livros é
bom para os sábios , para os doutores (...). 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 51
__ Devia até ser proibido (...) a quem não possuísse um título
acadêmico ter livros.. Evitam-se assim essas desgraças.” 
De fato, tanto na República Velha como na Primeira
República , biblioteca era sinônimo de livro. Dificilmente
poderia ocorrer a uma pessoa procurar a biblioteca sem estar
interessada na informação bibliográfica, e esse é um grande
contraste, pois no período mencionado o ensino era muito
precário e grande percentual da população era composto de
analfabetos. Portanto, era um clima ideal para a disseminação
de informação oral, utilitária ou sobre cidadania. (SUAIDEN,
2000).
Em 1912, a Biblioteca Nacional passou a ministrar cursos
para a formação de bibliotecários. Era fácil perceber a
preocupação com a preservação do material impresso. A idéia
de disseminação viria muito tempo depois. As bibliotecas
criadas nesse período já buscavam um modelo de serviço
bibliotecário. O modelo basicamente era uma cópia do
utilizado nos países desenvolvidos na época. Portanto, era um
modelo reflexo, baseado em uma realidade que não era a do
povo brasileiro. (…) A preocupação com uma cultura
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 52
nacionalista aflorou, e em 1922, na Semana de Arte
Moderna, os intelectuais passaram a criticar o modelo
importado e a buscar uma cultura mais compatível com a
realidade brasileira. (SUAIDEN, 2000).
Em 1926, foi inaugurada a Biblioteca Pública Municipal Mário
de Andrade, que se transformou em marco importante da
cultura brasileira e um exemplo para a América Latina. Sua
primeira diretora, Adelpha de Figueiredo, foi uma das
primeiras bibliotecárias brasileiras, formada pela Universidade
de Colúmbia, em Nova Iorque. Rubens Borba de Moraes foi
o segundo diretor (período de 1935-1943), e a ele deve a
Biblioteca sua reorganização, cujo plano foi dividido em quatro
pontos. Primeiro, a reorganização completa dos serviços
técnicos. Segundo, a adoção de esquema de expansão
bibliotecária. Terceiro, a formação de pessoal habilitado.
Finalmente, o quarto, que privilegiava a cooperação com
outros institutos. (SUAIDEN, 2000).
No período de 1930 a 1945 , durante a Era Vargas, houve
grande necessidade de crescimento e surgiu um surto
industrial criando uma nova faixa social que era dos operários.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 53
Junto com o Dasp, foi criado o salário mínimo e a Usina
Siderúrgica de Volta Redonda. Isso propiciou a criação de
companhias de produção de motores, caminhões, aviões e
todo tipo de rudimento de uma sociedade industrial. Em 1937,
o Governo Vargas criou o Instituto Nacional do Livro, com a
finalidade de propiciar meios para a produção, o
aprimoramento do livro e a melhoria dos serviços
bibliotecários. 
Mário de Andrade (1939 apud Suaiden, 2000) assim se
expressava a respeito do assunto: “A criação de bibliotecas
populares me parece uma das atividades mais atualmente
necessárias para o desenvolvimento da cultura brasileira. Não
que essas bibliotecas venham resolver qualquer dos
dolorosos problemas da nossa cultura, o da alfabetização, o
da criação de professores do ensino secundário, por
exemplo... Mas a disseminação, no povo, do hábito de ler, se
bem orientada, criará fatalmente uma população urbana mais
esclarecida, mais capaz de vontade própria, menos indiferente
à vida nacional. Será talvez esse um passo agigantado para a
estabilização de uma entidade racial, que, coitada, se acha
tão desprovida de outras forças de unificação” . 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 54
Historicamente, a criação do Instituto Nacional do Livro
deve-se a dois fatos. O primeiro era uma resposta do governo
federal aos intelectuais que haviam participado da Semana de
Arte Moderna e que criticavam muito a administração pela
falta de uma política cultural. O segundo fator era que havia
necessidade de dar especial atenção à nova classe dos
operariários, pois basicamente a mão-de-obra não era
qualificada e o analfabetismo atingia altas proporções nesse
segmento. (SUAIDEN, 2000).
Logo após a criação do Instituto Nacional do Livro,
começaram a surgir críticas sobrea sua viabilidade. (…) Na
área editorial surgiam os primeiros esforços com Monteiro
Lobato, a Companhia Editora Nacional, a José Olympio e
outros. O livro era visto como um grande risco editorial. (…)
Outro grande problema era compatibilizar as prioridades
governamentais na área da cultura e o interesse das editoras
privadas. (…) No duelo travado entre as preferências
editoriais faltava um diagnóstico sobre o comportamento do
leitor real ou potencial no Brasil. (SUAIDEN, 2000).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 55
Alguns editores passaram a ter como linha editorial o livro
didático ou de texto, que, além das facilidades propiciadas
pelo governo, tinham um público interessado. Assim sendo, a
linha editorial não era baseada em preferências do grande
público, mas sim em áreas que tinham um público definido.
(SUAIDEN, 2000).
Problemas na fabricação do papel e celulose, falta de parque
gráfico, poucas editoras com qualificação para a produção de
livros de qualidade, sistema arcaico na distribuição de livros
com um pequeno número de livrarias em todo o território
nacional e, principalmente, a falta de um público leitor eram as
principais características do incipiente panorama editorial do
Brasil. Não era mais um órgão governamental que, como em
um passe de mágica, poderia transformar a referida situação.
(…) O Guia das Bibliotecas Brasileiras demorou a sair e,
quando foi publicado, mostrou a triste realidade nacional:
bibliotecas deficientes, acervos desatualizados, falta de
recursos humanos e monstruosa quantidade de livros que não
eram acessíveis aos leitores, pois não foram preparados
tecnicamente. (SUAIDEN, 2000).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 56
Não havia uma liderança nacional que pudesse demonstrar
na época qual o sistema de processamento técnico que era
compatível com a realidade brasileira. Como todos eram
importados, os técnicos tomavam decisões sem consultar os
poucos usuários que geralmente achavam a catalogação e a
classificação muito burocráticas. A Biblioteca Nacional , por
falta de recursos adequados, (…) a preocupação
predominante era a preservação do material bibliográfico, e
muitas se negavam a fazer o empréstimo domiciliar com
receio de o livro ser furtado, e assim o profissional teria de dar
conta do material permanente. (SUAIDEN, 2000).
O livro não era somente associado a material permanente,
como era também um símbolo de status intelectual do seu
proprietário. Era comum encontrar livros encadernados nas
salas de visita. A encadernação era outro valor atribuído à
preservação eterna do livro. (SUAIDEN, 2000). Richard
Bamberger (1977 apud Suaiden, 2000), ao analisar as razões
por que em certos países se lê muito mais que em outros, viu
que estas se revelaram nos seguintes fatores: 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 57
1º) a posição do livro na escala de valores do país, tal como
se expressa através dos gastos econômicos destinados à
promoção do livro; 2º) a tradição cultural; 3º) as oportunidades
de leitura; 4º) o papel representado pelos livros nas escolas e
no sistema educacional. (…) Os gastos econômicos na
promoção do livro são mais ou menos recentes nas atividades
culturais brasileiras. Na década de 30 a 50, o governo
promovia a edição e distribuição do que considerava
patrimônio bibliográfico. 
A falta de bibliotecas escolares fez com que os alunos se
utilizassem das poucas bibliotecas públicas existentes. (…)
Como não havia indicadores que comprovassem a eficiência
dessas bibliotecas, o responsável se valia de dados
estatísticos provenientes de número de leitores e número de
consultas e empréstimos domiciliares. (…) Quando os
Estados Unidos da América do Norte criaram, com o pocket
books, o conceito de livro descartável, isso causou um
impacto grande na cultura brasileira, pois feria a rotina de
encadernar livros para preservá-los. (SUAIDEN, 2000, p. 55-
56).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 58
Somente na década de 70 é que surgiram os primeiros
estudos e pesquisas relacionados com os usuários. Até então,
eles não participavam do processo de tomada de decisão e
não eram ouvidos pelos profissionais da informação.
(SUAIDEN, 2000).
Na década de 80, levantamentos comprovaram que a faixa
de usuários era pequena e que o importante na política
bibliotecária era atingir a grossa fatia dos não-usuários.
Começam os primeiros estudos sobre a circulação da
informação, e se comprova que a informação que circula nas
grandes camadas da população é a oral, obtida geralmente na
Igreja e na Esco la. A obtenção da informação, para a
população carente, era de difícil acesso. No final da década
de 80, especialistas afirmaram que a sociedade da
informação seria uma sociedade voltada para o
compartilhamento dos recursos e para o bem-estar social.
(SUAIDEN, 2000).
Santos (2000a apud Suaiden, 2000)6, a globalização exige,
de todos atores, de todos os níveis e em todas as
6 SANTOS, Milton. Entrevista. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 27 ago. 2000. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 59
circunstâncias, que sejam competitivos. “Neste ano 2000,
(…) o momento parece propício para enfrentar o necessário
balanço da forma como evolui, no país, a própria ideia de
cultura, sobretudo neste último meio século” (…) “O conceito
de cultura está intimamente ligado às expressões da
autenticidade, da integridade e da liberdade. Ela é uma
manifestação coletiva que reúne heranças do passado, modos
de ser do presente e aspirações”. (SANTOS, 2000b)7.
Santos (2000b) continua (…) “deformar uma cultura é uma
maneira de abrir a porta para o enraizamento de novas
necessidades e a criação de novos gostos e hábitos,
instalados na alma dos povos com o resultado final de
corrompê-los, isto é, de fazer com que reneguem a sua
autenticidade, deixando de ser eles próprios”.
(…) “Essa famosa indústria cultural deitou raízes mais fundas
e por isso mesmo é um daqueles onde ela, já solidamente
instalada e agindo em lugar da cultura nacional, vem
produzindo estragos de monta. Tudo, ou quase, tornou-se
7 SANTOS, Milton. Da cultura à indústria cultural. 2000. Disponível em: http://miltonsantos.com.br 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
http://miltonsantos.com.br/
PAPIRVM biblioteconomia – página 60
objeto de manipulação bem azeitada, embora nem sempre
bem-sucedida”. (SANTOS, 2000b).
Baseando-se em uma pesquisa sobre usuários e não-usuários
de bibliotecas públicas dos Estados Unidos da América do
Norte, Madden (1979 apud Suaiden, 2000) chegou às
conclusões: 
a) A utilização das bibliotecas está muito relacionada com
outras atividades. Uma pessoa que realiza outras atividades,
como política, desportos etc. é provavelmente usuário da
biblioteca; 
b) A mulher que não utiliza a biblioteca não participará
seguramente de outros programas desenvolvidos por aquela.
Seus interesses e atividades de grupo são muito limitados, e a
biblioteca pouco lhe oferece, pois ela não tem intenção de
variar e ampliar suas atividades cotidianas. Muitos
bibliotecários contradizem essa conclusão, mas mostra-se
evidente que a biblioteca não representa o aspecto principal
da vida dessas pessoas; 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 61
c) Muitos não-usuários poderiam ser conquistados por meio
de grandes campanhaspublicitárias, muito especialmente
relacionados com aperfeiçoamento doméstico e carro-
biblioteca. Muitos homens nãousuários poderiam se tornar
usuários, desde que a biblioteca dissemine livros e serviços
relacionados com os seus interesses;
d) Os usuários assíduos da biblioteca possuem uma
variedade de interesses tão grande, que as bibliotecas teriam
dificuldades para definir suas necessidades. Por outro lado, os
usuários representam uma pequena porcentagem do total da
população, o que representa uma dúvida a respeito do
emprego dos recursos em materiais destinados a este grupo;
e) Os usuários moderados, de ambos os sexos, são um
público que merece uma atenção especial. Cabe às
bibliotecas organizar uma coleção dirigida aos anseios das
aspirações da comunidade. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 62
Toutain (2007)8 organizará uma obra importantíssima para o
entendimento do desenrolar da missão do bibliotecário, da
documentação e da ciência da informação, ao longo dos
séculos.
Barreto (2007, p. 16-18) A criação das academias de Londres
(em 1965), de Paris (em 19666) e de Berlim (em 1700) [...] A
"Encyclopédie", ou "Dictionnaire rasonné des sciences, des
arts et des métiers" foi uma das primeiras redes do saber
acumulado, embora, de conexões fixas. [...] Os escritores da
enciclopédia viram-na como a destruição das supertições
para o acesso ao conhecimento humano.
Ou seja, biblioteconomia é focada no cunho liberal e
humanista da profissão, e não nos suportes, conforme Barreto
(2007)9. O histórico da atuação profissional do bibliotecário, no
Brasil:
8 TOUTAIN, Lídia Maria Batista Brandão (ORG). Para entender a ciência da
informação. 2007. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bits... Acesso em:
17/09/2017. 
9 BARRETO. In: Idem, 2007.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/145/1/Para%20entender%20a%20ciencia%20da%20informacao.pdf
PAPIRVM biblioteconomia – página 63
De 1911 a 1930 = o erudito; de 1930 a 1960 = o técnico;
Década de 60 = reconhecimento da profissão (lei 4.084);
Década de 70 = investimento na pós-graduação; Década de
80 = reformulação dos curriculos; Década de 90 =
terceirizações na area de bibliotecas; Anos 2000 = Sociedade
da Informação e do Conhecimento; Anos 2010 = Open
Access Initiative e Open Data Government; Anos 2020 =
UNESCO e as recomendações para 2030; Anos 2030 =
arrisco dizer a segunda via à computação cognitiva.
Desde sempre, a biblioteconomia está ligada à
democratização do acesso à informação e do
conhecimento por meio das bibliotecas públicas, escolares,
universitárias e das ações culturais.
Barreto (2007, p. 19) ensina que Paul Otlet (1868-1944) junto
com o prêmio Nobel da Paz de 1913, Henry la Fontaine deu
ao mundo, no período antes da primeira guerra, diversas
organizações para disseminação do conhecimento; o Instituto
Internacional de Bibliografia (1895), uma biblioteca
internacional e sociedades e associações para montar uma
rede de conhecimento mundial.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 64
Ou seja, documentação é uma técnica centrada nos suportes
e nos registros destes. Desenvolveu os registros do
conhecimento.
Barreto (2007, p. 19-22) ensina que entre 1945 e 1948, uma
bolha tecnológica produziu: a fissão nuclear que fez lançar a
primeira bomba atômica, o Eniac e depois o Univac-1, os
primeiros computadores de aplicações gerais; [...] Acabava a
guerra e a informação mantida secreta naquele período seria
colocada a disposição do mundo. [...] Os profissionais que
fundaram o "Institute for Information Scientists ... "
Não importa, portanto, o estado da informação, analógico,
digital, primário, secundário, terciário, latente, implícito,
explícito, dados, suporte, conhecimento, inteligência,
conexões, fluxos, etapas, etc., ou seja, vamos relativizar?
Einstein fez isso com o tempo, a física saiu da sua estática e
hoje fala-se em física quântica. E se a informação não tem
esse ‘estado’ único? Capurro (2007) resolve com a
fenomenologia. A informação assume infinitos estágios.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 65
A metáfora explosão informacional se refere às bombas de
Hiroshima e Nagasaki. Por isso, Le Coadic (1996) tenta
encerrar a discussão sobre a informação - registrada num
suporte - para dar celeridade ao desenvolvimento da CI. 
A disseminação informacional gerada no entreguerras pela
documentação, por mais que possa parecer um contrasenso,
pois Otlet era detentor de um prêmio Nobel da paz, gerou
problemas éticos, devido ao carregado nacionalismo naquele
contexto. O mau uso da informação, a serviço do
desenvolvimento tecnológico pura e simplesmente,
desconsiderou as implicações éticas e sociais.
O mais interessante disso, é que na disseminação da
informação jurídica, a documentação, tem sua melhor
expressividade, por disponibilizar acesso ao cidadão. Paul
Otlet e Henri La Fontaine eram advogados belgas, porém,
condicionaram os esforços na documentação técnico-
científica. Seguiram a 2a guerra e a guerra fria, que foram as
décadas de mau uso da informação científica. Então, a
história do controle bibliográfico universal pelo Instituto
Internacional de Bibliografia ficou frustrada não por falta de
potencial, mas por problemas políticos e de interesses. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 66
Robredo (2007)10 ensina que, ao longo dos séculos, as
correntes filosóficas e cognitivas empurram para uma teoria
da ciência ou metaciência, que seria um dos escopos da
Ciência da Informação por Le Coadic. Veja a síntese que
aquele pensador trouxe:
• Correntes filosóficas do século XIX;
Verdade; Ser; Mente; Fluxo do tempo; Energia da mente;
Evolução criadora; Significado; Signos da linguagem;
Contexto; Semiótica; Lógica da informação; Pragmatismo;
Raciocínio certo; Idéias claras; Álgebra da lógica; Filosofia da
notação; Sentido; Referência.
• Correntes filosóficas do século XX;
Aparência; Arquitetura da linguagem; Campo social; Ciência
intencional; Ciências humanas; Comunicação; Conceito;
Conhecimento; Conjectura; Consciência; Conteúdo; ‘Corpo-
mente’; ‘Corpo-sujeito’; Descoberta; Desconstrução filosófica;
Desconstrucionismo; Descrição fenomenológica; Diferença;
Différand, Distinção; Empirismo; Entendimento;
Epistemologia; Escrita; Essência; Estrutura lógica da
linguagem; Estruturalismo; Estruturas sintáticas; Evolução da
liberdade; Existência; Experiência; Experiência
10 TOUTAIN, Lídia Maria Batista Brandão (ORG). Para entender a ciência da 
informação. 2007. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bits... Acesso em: 
17/09/2017. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/145/1/Para%20entender%20a%20ciencia%20da%20informacao.pdf
PAPIRVM biblioteconomia – página 67
fenomenológica; Fala; Falseabilidade; Fenomenologia;
Fenomenologia da percepção; Filosofia da ciência; Filosofia
da linguagem; Filosofia matemática; Finalidade; Finitude;
Fonocentrismo; Hermenêutica; Identidade; Imagem;
‘Imagem-movimento’; Intencionalidade; Interacionismo;
Interpretação; Interpretação hermenêutica; Linguagem;
Linguagem construída; Linguagem e mente; Linguagem
natural; Lógica; Lógica da linguagem; Lógica da pesquisa
científica; Lógica das ciências sociais; Lógica do sentido;
Lógica filosófica; Logocentrismo; Mente e linguagem; Método;
Método científico; Mudança de paradigma;Nascimento da
idéia; Norma; Objeto; Ontologia; Ontologia hermenêutica;
Paradigma; Percepção; Poder simbólico; Racionalismo
crítico; Razão; Razão objetiva; Razão subjetiva;
Reflexividade; Refutabilidade; Refutação; Regra; Repetição;
Representação; Revolução científica; Sabedoria; Saber;
Semântica; Ser; Significado; Simbolismo; Símbolo; Sintaxe
lógica da língua; Sujeito; Tempo; Verdade. (ROBREDO,
2007).
Robredo (2007) ensina que o século XX é um século de
rupturas e descontinuidades dramáticas que marcam o modo
de pensar e o modo de agir dos países europeus, com
influências no continente americano, especialmente nos
Estados-Unidos, e que, mais tarde, sob a marca de novos
paradigmas econômicos e tecnológicos, resultantes da
capacidade inovadora desse país, retornam ao velho
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 68
Continente na forma de novos produtos, de novos costumes,
de novos métodos de trabalho, de novas formas de pensar,
agora mais pragmáticas. (ROBREDO, 2007, p. 47).
• Correntes filosóficas do século XXI.
Robredo (2007) alerta que o número de cientistas que
invadem o campo da filosofia é bem maior do que o número
de filósofos que adentram o campo da ciência e de sua
linguagem de expressão e de representação, em todas suas
variadas formas e em todos os seus contextos.
E, o que é ainda melhor, se duvidamos de nós mesmos e de
nossos resultados (atitude cética), podemos utilizar uma trena
e medir empiricamente as distâncias e alturas reais. O mais
sensacional é que, provavelmente, se temos trabalhado
cientificamente, após nos liberarmos de previsões, intuições
ou ilusões infundadas (objetividade científica), a diferença
entre o estimado e o medido não deveria ser muito grande.
Para deixar ao nosso embasbacado — e paciente —
acompanhante ainda mais boquiaberto, podemos acrescentar
que podemos, também, calcular a margem de erro de nossas
estimativas frente as medidas reais, para saber se a qualidade
(veracidade) de nosso método é suficientemente boa (em
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 69
relação a nossas exigências ou parâmetros referenciais) ou se
deve ser melhorado. Aí ficam introduzidas as bases do
método científico empírico. (ROBREDO, 2007). 
O estado da Ciência da Informação brasileira após a
solução fenomenológica da informação (CAPURRO, 2007 ;
ROBREDO, BARRETO, TOUTAIN, 2007):
• Movimento do Open Access Initiative OAI pelo IBICT;
- Interoperabilidade científica por meio do protocolo OAI-PMH;
• Projeto EROIC da Universidade de Brasília.
- E os estudos do W3C, da websemântica e do LexML;
Depois de CAPURRO (2007) e do estudo da evolução
epistemológica do objeto informação, ao longo de 40 anos,
módulo I deste estudo, segue lista de artigos importantes:
• ARAÚJO, Correntes teóricas da ciência da informação.
Ci. Inf., Brasília, DF, v. 38, n. 3, p.192-204, set./dez.,
2009.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 70
• GASQUE, K. C. G. D. Arcabouço conceitual do
letramento informacional. Ci. Inf., Brasília, DF, v. 39 n. 3,
p.83-92, set./dez., 2010.
• SCHIESSL, M ; BRASCHER, M. Do texto às ontologias:
uma perspectiva para a ciência da informação. Ci. Inf.,
Brasília, DF, v. 40 n. 2, p.301-311, maio/ago., 2011
• ARELLANO, M. A. M. Carianina: uma rede nacional de
preservação digital. Ci. Inf., Brasília, DF, v. 41 n. 1, p.83-
91, jan./abr., 2012. 
• RIBEIRO JÙNIOR, Repositório de dados para a e-
science: open data, linked data e suas tecnologias. Ci.
Inf., Brasília, DF, v. 42 n. 2, p.274-284, maio/ago., 2013.
• FREIRE, I. M. ; FREIRE, G. H. de A. Uma abordagem
das ações de mediação no Laboratório de Tecnologias
intelectuais – Lti. Ci.Inf., Brasília, DF, v.43 n.2, p.272-283,
maio/ago., 2014. 
Observe que algumas bancas de concursos gostam de cobrar
artigos, a exemplo da NCE/UFRJ em 2012.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 71
Após esses artigos, no concurso da FUB/2015 e da
UFMG/2015 começaram a cobrar muito a questão dos autores
de ciência da informação e biblioteconomia, tanto da pesquisa
nacional nos temas, quanto os ligados à núcleos de pesquisa
destas universidades. Por isso, vejo uma tendência estudar
assim.
No ano de 2016, Jorge do Prado organiza uma publicação
importante para o estudo, para nós bibliotecários:
• PRADO, J. do. Ideias emergentes em
Biblioteconomia. São Paulo: FEBAB, 2016.
No ano de 2017, Waldomiro Vergueiro organiza uma
publicação importante para o estudo, para nós bibliotecários:
• VERGUEIRO, W. Gestão de estoques de informação.
São Paulo: FEBAB, 2017.
Outras publicações importantes:
• REPOSITÓRIOS digitais: teoria e prática. EDUTFPR,
2017.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 72
• BIBLIOMETRIA e cientometria no Brasil: infraestrutura
para avaliação da pesquisa científica na era do Big Data. São
Paulo: ECA/USP, 2017. DOI: 10.11606/9788572051705 
Sobre as instituições bibliotecárias:
RUSSO (2010) são organismos de classe nacionais e
internacionais:
Associações de Classe Nacionais – veja FEBAB
Associações de Classe Internacionais – segue lista
resumida: American Association of Law Librarians (AALL) /
American Association of School Librarians (AASL) / American
Library Association (ALA) / American Society for Information
Science & Technology (ASIS&T) / The American Society for
Indexing (ASI) / American Theological Library Association
(ATLA) / Association for Records Management and
Administrators (ARMA) / Association of Research Libraries
(ARL) / Medical Library Association (MLA) / The National
Federation of Advanced Information Services (NFAIS) /
National Information Standards Organization (NISO) / Society
of Competitive Intelligence Professionals.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 73
O CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 74
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 75
Fonte: bibliotecários sem fronteiras, com adaptações, 2017.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 76
HISTÓRIA DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO11
- Rudimentos ou fase das bibliografias e índices:
• Serão estudadas no modulo 2, na história da
catalogação.
- Fase preliminar ou das ciências documentárias:
• Em 1930, John C. Dana formou, com um grupo de
dissedentes da American Library Association (ALA), a
Special Libraries Association, com a consequente criação
da American Documentation Institute (ADI); 
• Em 1931, Otlet e LaFontaine criam o Instituto
Internacional de Documentacao (IID); Em 1937, realizou-
se o Congresso Mundial de Documentação; 
• Em 1938, como consequência dessa realização, o IID foi
transformado em Federação Internacional de
Documentação (FID); 
11 PINHEIRO, Lena Vania Ribeiro. Processo evolutivo e tendências conteporâneas da
Ciência da Informação. Informacao & Sociedade, v. 15, n. 1, 2005.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 77
• Em 1945 V. Bush publica ‘As we may think’; Término da 2
Guerra Mundial: surgimento da cibernética, pesquisa
operacional, teoria dos jogos e ciência da informação; 
• A partir de 1950 houve uma acentuada separação entre a
biblioteconomia e a documentação;
• Ranganathan havia publicado importantes obras as cinco
leis da biblioteconomia (1931) ; Cólon Classification
(1933) ; Prolegomena (1937) ; Headings and Canons
(1955) e a escola de Chicagodedica-se a profissionalizar
a biblioteconomia. 
• Biblioteconomia – movimento 1 – Estados Univos e
Inglaterra – democratização do acesso a informação;
Biblioteconomia – movimento 2 – Europa e demais
paises – sofisticação, erudição e conservadorismo;
continuam os estudos da Classificação Decimal
Universal; 
• Criação da Organização das Naçõess Unidas para
Educação, Ciencia e Cultura (Unesco) em 1946;
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 78
Implantacao do Sistemas Nacionais de Informacao
(National Information Systems – NATIS) pela Unesco; 
• A partir de 1950, o uso sistemático do computador
contribuiu para agilizar os trabalhos da bibliografia,
documentação e das bibliotecas especializadas;
Surgimento do termo ‘information retrieval’;
• American Library Association (ALA) negou-se a usar o
nome documentação em sua nova divisão, chamando-a
de ‘Division of Information Science and Automarion’; 
• O American Documentation Institute (ADI) passou a
chamar-se American Society for Information Science
(ASIS); No Brasil, em 1954, surge o Instituto Brasileiro
de Bibliografia e Documentação – IBBD, sendo extinto
em 1976. 
• ‘Conferência de Paris’ sobre os princípios da descrição
bibliográfica, regras ISAD(G), e outros aspectos das
Classificações Decimais sendo reunidas e consolidadas
em instrumentos as sociedades bibliotecarias, em 1974; 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 79
• Unisist e o Natis como catalizadores dos eventos na
área.
- Fase conceitual e de reconhecimento interdisciplinar
1961/1969:
• 2a reunião no Georgia Institute of Technology, realizada
no período de 12 e 13 de abril de 1962; foram indicados
5 perfis profissionais – bibliotecário (Librarian);
bibliotecário especializado (Special Librarian);
bibliotecário especializado em ciência (Science
Librarian); analista de publicações técnicas (Technical
Literature Analyst) e o cientista da informação
(Information Scientist);
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 80
• Em 1966, passou a ser editado o Annual Review of
Information Science and Automation (ARIST); reunião
de 1968, em Moscou, não realizada, e é fruto da FID-RI,
Comitê instituído três anos antes, em 1965; 
• Mikhailow publica ‘fundamentos da informação cientifica’;
A Library of Congress (LC) comeca a vender suas fichas
catalográficas, sendo considerado os ‘rudimentos da
catalogação cooperativa’ e da elaboração de metadados;
Nesta época nascem diversas consolidações neste
sentido.
- Fase de delimitação do terreno epistemológico
1970/1989:
• Em 1970 foi consolidado o Sistema Nacional de
Informações sobre Ciência e Tecnologia – SICT e criado
o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq);
• Em 1971 foi criado o programa UNISIST; Seminario
Interamericano de Integracao dos Serviços de
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 81
Informação de Arquivos, Bibliotecas e Centros de
Documentação organizado pela Unesco; 
• Em Paris, no ano de 1974, a UNESCO organizou, junto
com a Federação de Documentacao (FID), Federação
Internacional das Associações Bibliotecárias (IFLA/FIAD)
e o Conselho Internacional de Arquivos (CIA), a
Conferência Intergovernamental sobre o Planejamento
de Infa-Estruturas Nacionais de Documentacao,
Bibliotecas e Arquivos;
• Em 1976, os programas Unisist e Natis foram fundidos
no Programa Geral de Informacao (PGI) da Unesco; 
• Em 1976 é criado o Instituto Brasileiro de Informacao em
Ciencia e Tecnologia – IBICT.
• Current Contents, do Science Citation Index e do Social
Science Citation Index; Roger Summit, da Lockheed,
considerado o “pai dos sistemas”;
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 82
• A National Library of Medicine que desenvolveu o
Medlar’s (Medical Literature Analysis and Retrieval
System);
• Coletânea de estudos do Massachusetts Institute of
Technology (MIT), organizados por Machlup e Mansfield
(1983); Os ensaios foram distribuidos por nove seções,
algumas mais diretamente relacionadas à Ciência da
Informação, nos seus diferentes aspectos
interdisciplinares, em especial com a Informática, Ciência
Cognitiva, e a linguística. Os ensaios 12 13 14 subsidiaram
a organização da enciclopédia MITECS.
MITECS
"Natural language processing is a subfield of artificial
intelligence involving the development and use of
computational models to process language. Within this, there
12 Montanari, U. (1974). Networks of constraints: fundamental properties and applications 
to picture processing. Information Sciences 7(66): 95–132.
13 Mann, W. C., and S. A. Thompson. (1987). Rhetorical Structure Theory: A Theory of
Text Organization. Information Sciences Institute, University of Southern California.
14 Mann, W. C., and S. A. Thompson. (1988). Rhetorical structure theory: Toward a
functional theory of text organization. Text 8: 243–281. Also available as
USC/Information Sciences Institute Research Report RR-87-190.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 83
are two general areas of research: comprehension, which
deals with processes that extract information from language
(e.g., natural language understanding, information retrieval),
and generation, which deals with processes of conveying
information using language. Traditionally, work dealing with
speech has been considered separate fields of SPEECH
RECOGNITION and SPEECH SYNTHESIS. (Natural
Language Processing. In: MITECS, 1999).
----
- Fase de consolidação/delimitação com outras áreas
1990-2000:
• Reunião alusiva ao vigésimo aniversário do
Departamento de Estudos de Informação da
Universidade de Tampere, em 1991;
• Nos Estados Unidos, tambem é adotada a denominação
de Ciência da Informação e da Biblioteca (Library and
Information Science), e não exatamente Biblioteconomia
(Librarianship), da mesma forma que Ciência e
Tecnologia da Informação (Information Science and
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 84
Technology), denominação inclusive utilizada desde o
seu inicio pelo ARIST.
A razão dessa reflexão está na “institucionalização social e
cognitiva da disciplina, a primeira relacionada ao grau de
organização interna e definição de fronteiras”, manifestada em
associações científicas e periódicos, e também no “grau de
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 85
integração em estruturas sociais predominantes de
legitimação e alocação de recursos”.
Nos anos 1990 começam a discutir o termo profissional da
informação como uma profissionalização da Ciência da
Informação. Porém, o termo bibliotecário continua.
CIÊNCIA BIBLIOTECONÔMICA
O termo 'library science' é frequentemente utilizado em
alguns periódicos internacionais. Qual seria o periódico
nacional que se assemelharia à esta denominação? Saiba
que é a continuidade da linha de pensamento da Escola de
Chicago e da implementação das bibliotecas públicas, como a
Biblioteca Pública de Nova York:
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 86
• Revista Brasileira de Biblioteconomia e
Documentação RBBD
Quais seriam autores da ciência biblioteconômica?
D.Grogan, e F. W. Lancaster, estariam entre estes autores que
acreditam no acesso à informação como forma de dissipar as
desigualdades sociais.
LINHA DO TEMPO BN
1808 Chegada do acervo inicial - Início do itinerário daReal
Biblioteca no Brasil, com a chegada de D. João VI e sua corte ao Rio
de Janeiro, como consequência da invasão de Portugal pelas tropas
de Napoleão Bonaparte. Junto com a comitiva desembarcaram cerca
de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas
e medalhas. / 1810 Fundação da Real Biblioteca - Por decreto de 27
de julho, o acervo foi acomodado nas salas do Hospital da Ordem
Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março. Em
29 de outubro, data oficial da fundação da Real Biblioteca, um novo
decreto determinava que “nas catacumbas do Hospital do Carmo se
erija e acomode a Real Biblioteca e instrumentos de física e
matemática, fazendo-se à custa da Fazenda Real toda a despesa
conducente ao arranjo e manutenção do referido estabelecimento”. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 87
1810 a 1821 Nomeação dos primeiros dirigentes - Frei Gregório
José Viegas e padre Joaquim Dâmaso são nomeados os primeiros
dirigentes da Biblioteca, cargo então denominado como “prefeito ou
encarregado do arranjamento e conservação”. 1810 Abertura aos
estudiosos - O decreto de 29 de outubro determina que a Real
Biblioteca seja aberta aos estudiosos. 
1811 Chegada do segundo lote de livros - Com o bibliotecário Luís
Joaquim dos Santos Marrocos chega ao Rio de Janeiro, em junho, o
segundo lote de livros da Real Biblioteca. Em novembro, com José
Lopes Saraiva, chegam os últimos 87 caixotes de livros. / 1811
Doação da Coleção Frei Veloso - Doação dos impressos e
manuscritos do Frei José Mariano da Conceição Veloso, botânico e
desenhista, com cerca de 2.500 volumes, manuscritos originais e
pranchas gravadas em cobre. / 1812 Ampliação do espaço da
Biblioteca - A Real Biblioteca passa a ocupar também o pavimento
térreo do prédio na rua Direita, devido ao acréscimo de livros vindos
de Lisboa. / 1814 Abertura ao público para consultas -
Franqueamento ao público da Real Biblioteca, que antes era restrita
apenas a estudiosos, mediante consentimento régio.
1815 Mais obras para o acervo - Aquisição do espólio de Manuel
Inácio da Silva Alvarenga, com 1.576 volumes. / 1818 Incorporação
de obras italianas - Compra da coleção do arquiteto José da Costa e
Silva, com desenhos originais, livros, manuscritos, estampas gravadas
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 88
e camafeus, sendo muitas obras de artistas italianos. / 1819 Chegada
de mais uma coleção - Compra da coleção do conde da Barca,
denominada Coleção Araujense, com 2.365 obras em 6.329
volumes. / 1821 Parte do acervo volta a Portugal - Família Real
regressa a Portugal e leva de volta os Manuscritos da Coroa. / 1821 a
1822 Novo dirigente na Biblioteca - O bibliotecário Luís Joaquim dos
Santos Marrocos assume o cargo de prefeito da Real Biblioteca, no
qual permanece até 1825. 
1822 Início do que hoje é a Lei do Depósito Legal - Por
determinação do governo imperial, a Biblioteca passa a receber um
exemplar de todas as obras, folhas periódicas e volantes impressos
na Tipografia Nacional, fato precursor do que hoje é a Lei do Depósito
legal. / 1822 Códices retornam a Portugal - O padre Joaquim
Dâmaso, primeiro prefeito da Real Biblioteca, volta a Portugal por não
concordar com a independência, e leva consigo mais de cinco mil
códices dos cerca de seis mil que vieram com a Família Real.
1822 Biblioteca ganha novo nome - A Real Biblioteca passa a ser
denominada Biblioteca Imperial e Pública. / 1822 a 1837 Novo
dirigente nomeado - Frei Antônio de Arrábida é nomeado autoridade
máxima da Biblioteca, cargo que passa a ter o nome de Bibliotecário. /
1824 Enriquecimento do acervo - A coleção de Franisco de Melo
Franco passa a integrar o acervo, com 1.590 volumes sobre teologia,
direito, ciências, artes, belas artes, história e clássicos. / 1825
Aquisição pelo Brasil - A Biblioteca é adquirida pelo Brasil, por 800
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 89
contos de réis, quantia, então, considerada exorbitante. A compra foi
regulamentada pela Convenção Adicional ao Tratado de Paz e
Amizade, celebrado entre o Brasil e Portugal, em 29 de agosto. / 1832
Nova coleção de documentos - A coleção do marquês de Santo
Amaro é incorporada ao acervo, contendo 115 pastas de material
relativo ao Gabinete do próprio marquês e à administração do príncipe
regente. / 1837 a 1839 Novo dirigente responsável - Cônego
Francisco Vieira inicia seu exercício como Bibliotecário. 
1838 Doação de mais cinco mil volumes - Os herdeiros de José
Bonifácio de Andrade e Silva doam cerca de cinco mil volumes, na
maior parte obras alemãs, sobre diferentes ramos das ciências
naturais, literatura, manuscritos e cartas autografadas por
personagens de diversos países, que mantiveram correspondência
com o chamado “patriarca” da Independência. / 1839 a 1846 Novo
dirigente em exercício - Cônego Januário da Cunha Barbosa
assume o cargo de Bibliotecário. / 1846 a 1853 Novo dirigente à
frente da Biblioteca - José de Assis Alves Branco Muniz Barreto é o
novo Bibliotecário nomeado. / 1853 a 1882 Novo dirigente no cargo
de Bibliotecário - Frei Camillo de Monserrat passa a dirigir a
Biblioteca. / 1853 Aquisição de obras em leilão - São adquiridos em
leilão 2.785 livros e 1.291 documentos manuscritos do bibliófilo
italiano Pedro de Angelis, uma rica coleção composta por obras sobre
viagens, história em geral, mapas, planos, plantas e uma grande
quantidade de periódicos. / 1853 Recebimento de mais uma
herança - Por disposição testamentária, chegam ao acervo 42
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 90
volumes de valiosos manuscritos do espólio do médico naturalista
Antônio Corrêa de Lacerda, incluindo estudos inéditos sobre história
natural, notadamente sobre vegetais do Pará e do Maranhão e suas
aplicações medicinais e econômicas, enriquecidas com 208 estampas
coloridas. 
1855 Biblioteca ganha novo prédio - Frei Camillo de Monserrat,
então dirigente da Biblioteca, recebe as chaves do novo prédio
adquirido pelo Governo Imperial para a Biblioteca, localizado à Rua da
Lapa, hoje Rua do Passeio, que atualmente abriga a Escola de
Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. / 1858
Mudança para a rua da Lapa - Depois de três anos de reformas
internas, o novo prédio é inaugurado e aberto ao público sem as
melhorias pleiteadas por frei Camillo. O gás de iluminação não estava
ligado, não haviam sido feitas as obras necessárias para a segurança
das portas dos armários e não foi comprado, como prometido, o
terreno contíguo ao jardim da Biblioteca para um possível
desdobramento do seu espaço.
1870 Mais profissionalismo e confiabilidade - Um mês depois da
morte de frei Camillo, Benjamin Franklin Ramiz Galvão é nomeado
para o cargo de Bibliotecário, que ocupou até 1882. Com a verba do
orçamento multiplicada por cinco, é possível contratar pessoal idôneo
e iniciar a organização de novos catálogos. A casa recebe reformas
estruturais, o acervo é ampliado com a compra de coleções inteiras. É
promovido o primeiro concurso público para o cargo de bibliotecário.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 91
Cresce a confiabilidade da instituição, revertendo-se em mais doações
para valorização do acervo. / 1872 Doação de mais 2.172 volumes -
O conselheiro Filippe Lopes Netto doa uma coleção de obras escritas
e impressas na República do Chile, abrangendo 2.172 volumes que
incluem mapas geográficos. / 1873 Nova aquisição para o acervo - A
Biblioteca adquire a maiore mais valiosa parte da livraria do bibliófilo
comendador Manuel Ferreira Lagos, incluindo a coleção de mais de
300 manuscritos, 3.475 volumes e 146 mapas geográficos. 
1876 Nome definitivo - A instituição passa a se chamar
definitivamente Biblioteca Nacional, depois de ser denominada de
Real Biblioteca e Biblioteca Imperial e Pública. / 1876 Criação dos
Anais da Biblioteca Nacional - É lançada a publicação periódica
“Anais da Biblioteca Nacional”, a mais antiga de instituição, que é
editada até hoje. Seu objetivo é divulgar documentos preciosos, livros
raros e peças curiosas, além de publicar manuscritos interessantes e
trabalhos bibliográficos de merecimento. Foi a primeira forma
encontrada de levar a público os tesouros da Biblioteca, antigos e
contemporâneos. / 1880 Homenagem a Camões - É publicado o
Catálogo da Exposição Camoniana, para homenagear o tricentenário
da morte do grande poeta lusitano. / 1881 Exposição de História do
Brasil - É publicado o famoso Catálogo da Exposição de História do
Brasil, com 1.758 páginas de texto, mais 98 de índices e um
Suplemento, este lançado em 1883. Até hoje este Catálogo é o
orgulho da Biblioteca, pelo seu tamanho e abrangência. Reúne o que
de melhor se publicou no Brasil sobre o assunto e ainda é consultado
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 92
como instrumento essencial de pesquisa por historiadores, sociólogos,
geógrafos, economistas etc. / 1882 a 1889 Novo dirigente para a
Biblioteca - João de Saldanha da Gama assume o cargo de dirigente,
então denominado de Bibliotecário. / 1883 Primeiro Catálogo - A
Biblioteca inaugura seu primeiro catálogo, com base no sistema
Brunet, muito utilizado à época na França. Este é atualmente
denominado Catálogo Antigo. 
1885 Luz elétrica na Biblioteca - A iluminação a gás da Biblioteca é
substituída pela luz elétrica. / 1885 Crescimento do acervo - O
acervo já soma 140 mil volumes impressos, sem incluir os
manuscritos, nem o conjunto iconográfico. / 1888 Contagem soma
mais obras - Novo inventário é realizado e a quantidade de livros já
chega a quase 171 mil. / 1889 a 1892 Novo dirigente - assume a
Biblioteca Francisco Leite Bittencourt Sampaio é nomeado autoridade
maior da Biblioteca, cargo agora, depois da proclamação da
República, denominado de diretor. / 1890 Assinado decreto de
reforma - Um ano após a proclamação da República o Coronel
Benjamin Constant, ministro da Instrução Pública, assina um decreto
de reforma da Biblioteca que, na prática, não teve grande significação.
1891 Doação do imperador D. Pedro II - Com a proclamação da
República, D. Pedro II retorna a Portugal e, antes de partir, doa um
conjunto de aproximadamente 100 mil obras, que pede que seja
denominado “Collecção D. Thereza Christina Maria”, em homenagem
à imperatriz, sua esposa. É a maior doação já recebida e sua chegada
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 93
demandou reformas e criação de novos espaços no prédio para
comportar o acréscimo no acervo. A coleção reúne livros, publicações
seriadas, mapas, partituras, desenhos, estampas, fotografias,
litografias e outros documentos impressos e manuscritos.
1892 a 1894 Nova diretoria para a Biblioteca - Francisco Mendes da
Rocha é escolhido como novo diretor da Biblioteca. / 1894 a1895
Nova mudança na diretoria - Raul D’Ávila Pompéia é o novo diretor
nomeado. / 1894 Acervo não para de crescer - Cálculos mostram
que a Biblioteca já possui cerca de 228 mil livros e que o crescimento
do seu acervo chega a ser de mais mil peças por ano. / 1895 a 1900
Diretoria muda novamente - José Alexandre Teixeira de Mello
assume o cargo de diretor. / 1895 Número de obras quase dobra em
um ano - Um novo inventário obtém o seguinte resultado: 231.132
livros impressos, 23.516 manuscritos biográficos, 23.519 manuscritos
históricos, 115.513 códices encadernados, 22.863 moedas e
medalhas, somando um total de 416.543 peças. / 1900 a 1924
Nomeação do novo diretor - Manoel Cícero Peregrino da Silva é
nomeado novo diretor da Biblioteca. Em sua longa gestão, que se
estendeu até 1924, acompanhou a construção do atual prédio da
Biblioteca, foi o responsável por sua transferência e todo o
planejamento estrutural.
1900 Crescimento do acervo impressiona - À beira do novo século,
a Biblioteca ocupa um prédio que não comporta mais o seu acervo,
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 94
que cresce em progressão impressionante. Calcula-se um total de
705.332 peças, sendo 292.541 livros impressos. / 1900 Visitação
aumenta a cada dia - O último Relatório de Diretoria do século
mostra a situação de progresso da Biblioteca. Para uma cidade na
época com uma população que não ultrapassava os 50 mil habitantes,
a média de leitores era de 74 por dia, que consultavam cerca de 100
livros. 
1902 Melhorias na organização do acervo - São instituídos o
Catálogo Coletivo das bibliotecas da cidade, a catalogação
cooperativa e a Classificação Decimal Universal (CDU). É lançado o
Boletim Bibliográfico, dentro das normas da CDU, que evoluiu para a
atual Bibliografia Brasileira. (SOUZA15, 2009 ; FUNDAÇÃO Biblioteca
Nacional, 2017). / 1902 Primeira máquina de escrever - A máquina
de escrever é introduzida na Biblioteca, facilitando o trabalho dos
funcionários. / 1903 Tipografia e encadernação - São inauguradas
ainda no prédio da rua do Passeio, as oficinas tipográfica e de
encadernação, que foram depois transferidas para o novo edifício na
avenida Central. / 1904 Ex-Libris e emblema - São aprovados o
projeto do ex-Libris e do emblema da Biblioteca, de autoria do famoso
artista Eliseu Visconti. / 1905 Início da construção do prédio atual -
É lançada a pedra fundamental do atual prédio da Biblioteca Nacional,
localizado na majestosa Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco.
Uma festividade marca o início da construção, com a presença do
15 SOUZA, F. C. O ensino da Biblioteconomia no contexto brasileiro: século XX.
Florianópolis: Editora UFSC, 2009. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 95
então Presidente da República, Rodrigues Alves, e toda a cúpula do
Governo. As pessoas mais importantes ganham uma medalha
comemorativa, de autoria de Augusto Girardet, e a ata desenhada
pelo pintor Rodolfo de Amoedo e gravada em água-forte por Modesto
Brocos. 
1907 Importação de tecnologias e materiais - Para organizar o novo
prédio em construção, Manoel Cícero Peregrino da Silva, então diretor
da Biblioteca, passa oito meses nos Estados Unidos e na Europa,
visitando grandes bibliotecas públicas, a fim de conhecer as melhores
tecnologias e contratar o fornecimento de material ainda inexistente no
Brasil.
1907 Legislação do Depósito Legal - É promulgado pelo presidente
da República Afonso Augusto Moreira Pena o Decreto de Contribuição
Legal, que obriga o envio à Biblioteca de um exemplar de todas as
publicações produzidas em território nacional. A legislação está até
hoje em vigor, sob a forma da Lei nº 10.994 de 14 de dezembro de
2004.
1907 Viagens de atualização e estudos - Funcionários de alto
gabarito viajam à Europa e aos Estados Unidos, para estudo, compra
ou cópia de documentos sobre o Brasil e a fim de se atualizarem em
novos métodos de classificação e catalogação. / 1907 Ampliação do
horário de funcionamento - O horário de atendimento ao público
leitor passa a ser das 8h às 22h, sem intervalo, organizado de modo
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 96
que nenhum funcionário trabalhassemais de oito horas por dia. / 1909
Instalação de telefone - É instalada a rede telefônica, com 18
aparelhos e um centro de 30 linhas para a rede interna da Biblioteca. /
1909 a 1910 Transporte do acervo - Inicia-se a transferência do
acervo para o novo Edifício da Avenida Central, sem qualquer
interrupção na rotina dos leitores e pesquisadores. São necessárias
1.132 viagens para transportar as cerca de 400 mil obras entre os dois
prédios, trabalho que só termina no ano seguinte. O planejamento e a
execução são tão minuciosos que permitem a colocação de cada um
dos 7.270 caixotes de peças e mais 784 volumes ou pacotes no local
definitivo do novo prédio, possibilitando aos usuários a continuação
dos seus trabalhos. / 1909 Painéis e estátuas para decorar a Casa -
São encomendados pelo diretor Manoel Cícero Peregrino da Silva os
grandes painéis e as estátuas existentes no salão principal de leitura e
na Galeria da Presidência, de autoria de Modesto Brocos, Rodolfo
Amoedo e Eliseu Visconti, grandes artistas da época. 
1909 Montagem do novo mobiliário - O mobiliário metálico,
fabricado pela Art Metal Construction Company, começa a ser
montado. As peças são todas em aço esmaltado, com exceção das
cadeiras, que tem base de ferro e a parte superior de madeira com
assento de palhinha e o encosto forrado de couro. / 1910 Novo
prédio na Avenida Central - É inaugurado o novo prédio da
Biblioteca Nacional, exatamente 100 anos depois da fundação e
instalação da instituição na Rua Direita. Projetado pelo construtor e
engenheiro general Francisco Marcelino de Souza Aguiar, o edifício
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 97
tem capacidade para um milhão e meio de livros impressos e todo o
acervo de manuscritos, estampas etc. Possui salas de leitura e estudo
para o público, divisões e gabinetes de trabalho para o pessoal da
administração e outras dependências. O elegante edifício tem estilo
eclético, no qual se mesclam elementos neoclássicos e de art
nouveau, com estruturas de aço e dentro de todas as exigências
técnicas da época. / 1911 Aprovação do novo Regulamento - É
aprovado o novo Regulamento da Biblioteca, com grandes inovações
administrativas e culturais. Pela primeira vez criou-se um Conselho
Consultivo, órgão auxiliar da administração, do qual faziam parte
todas as chefias, que discutia os diversos problemas da Casa,
apresentava sugestões no tocante à promoção de funcionários, às
reformas e ao planejamento de eventos culturais. Esse Regulamento
impunha também deveres ao Diretor.
1915 Primeiro Curso de Biblioteconomia - É criado o primeiro
Curso de Biblioteconomia, dentro da própria Biblioteca Nacional, para
especializar os funcionários. O curso, cujas atividades foram iniciadas
em 1915, foi o primeiro da América Latina e o terceiro no mundo.
Seguia o modelo da École de Chartres, na França, que era o melhor
da época. Além do ensino teórico, havia a parte prática, que era feita
na própria Biblioteca. 
1924 Mudança na diretoria - Mário Marinho de Carvalho Behring
assume como diretor da Biblioteca. / 1924 Programa de publicações
- É iniciada a publicação da série intitulada Documentos Históricos,
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 98
que chegou a ter 110 edições. É um dos grandes momentos da
Biblioteca Nacional, na sua missão de divulgar uma documentação
raríssima, muitas vezes única, essencial para a compreensão de
importantes fatos da história. Por seu conteúdo, os volumes são
altamente valorizados entre os colecionadores de obras raras. / 1932
a 1945 Novo diretor para a Biblioteca - Rodolfo Augusto de Amorim
Garcia é escolhido para dirigir a Biblioteca. / 1936 Criação da Rádio
Nacional - Inaugurada em 12 de setembro de 1936, durante o
governo de Getúlio Vargas, a Rádio Nacional, atual "Rádio Nacional
do Rio de Janeiro", foi uma das pioneiras na exploração radiofônica
organizada empresarialmente, influenciando hábitos, gostos e
comportamentos. Entre os muitos programas transmitidos pela
emissora, destacam-se as radionovelas, os esquetes de humor e o
radiojornalístico Repórter Esso.
1944 Reforma administrativa - Por Decreto-Lei de 24 de julho é
efetuada uma reforma administrativa na Biblioteca. / 1945 a 1948
Primeiro dirigente bibliotecário - Rubens Borba Alves de Morais
assume a direção da Biblioteca, cargo agora nomeado como diretor-
geral. É o primeiro bibliotecário a administrar a Casa. / 1945 Relatório
secreto - O diretor-geral, Borba de Morais, escreve um relatório
confidencial ao Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema,
ao qual, no momento, estava ligada a Biblioteca. Guardado na seção
de Manuscritos e publicado na Revista de Biblioteconomia de Brasília
em 1974, o documento, conhecido como "o relatório secreto",
apresenta uma minuciosa análise dos problemas da Biblioteca e uma
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 99
série de propostas positivas para a sua reforma.
1946 Nova forma de catalogação - É adotado um dos métodos de
catalogação mais revolucionários da época, de acordo com o modelo
da American Library Association, o Catálogo Dicionário. / 1946
Serviço especial de obras raras - Pelo Decreto-Lei nº 8 679 é criada
a Divisão de Obras Raras e Publicações. Pela primeira vez é criado
um serviço especializado para selecionar e zelar pelas obras raras
pertencentes ao acervo que já, naquela época, era mais extenso e
valioso do que o encontrado em qualquer biblioteca latino-americana. /
1946 Boletim Bibliográfico Brasileiro - É iniciada a publicação do
Boletim Bibliográfico Brasileiro. / 1948 a 1951 Novo diretor-geral
Josué de Sousa Montello - assume o cargo de diretor-geral da
Biblioteca. / 1951 a 1956 Mudança na diretoria - Eugênio Gomes é
nomeado novo diretor-geral da Biblioteca. / 1951 Modernização e
melhorias no prédio-sede - São ampliadas as obras dos laboratórios
de microfilmagem e restauração. A rede elétrica do edifício é
remodelada e os terraços são impermeabilizados contra infiltrações. O
sistema contra incêndio é modernizado e são compradas novas
máquinas de ar condicionado.
1956 a 1961 Novo diretor-geral - Celso Ferreira da Cunha, filólogo e
medievalista, inicia seu primeiro mandato como diretor-geral. / 1956
Incremento nas atividades culturais - São realizadas exposições no
exterior (Madri, Lisboa, Granada etc.). Por meio de parcerias e
colaborações, a Biblioteca participa de programas culturais, como o
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PAPIRVM biblioteconomia – página 100
Festival do Livro da América, o Simpósio de Filologia Românica e o I
Congresso Brasileiro de Dialetologia. / 1956 Incorporação de obras
valiosas - Mais obras valiosas chegam ao acervo, como uma coleção
camoniana e a biblioteca do famoso antropólogo Artur Ramos,
comprada de sua viúva. 
1958 Aquisição de obras musicais - É adquirida a coleção de
música de Abraão de Carvalho, a maior especializada no gênero da
América, composta de mais de 17 mil peças, quase todas raras, com
partituras e literatura musical dos séculos XVII e XVIII. / 1960
Comemorações do sesquicentenário - No sesquicentenário da
instalação da Biblioteca Nacional (1810-1960) é organizado um
programa cultural nacional e internacional. No Brasil são realizadas a
exposição Affonso Celso, a exposição do I Congresso Brasileiro de
Crítica e História Literária, a exposição Frederico Chopin e a
exposição de Incunábulos. No exterior acontecem exposições do Livro
Brasileiro Contemporâneo em Paris, Praga, Roma, Assunção, Utrecht,
Nova Iorque eWisconsin. / 1960 Publicações comemorativas -
Dentro dos festejos dos 150 anos da Biblioteca, são publicados, em
fac-símile, alguns álbuns com texto original e belas reproduções
coloridas do acervo iconográfico, entre os quais destacam-se:
Figurinos do Século XVIII e Beija-Flores do Brasil.
1960 a 1961 Substituição na diretoria - José Elísio Conde assume
como diretor-geral, cargo que ocupa por apenas quatro meses. / 1961
Antigo diretor reassume - Celso Ferreira da Cunha inicia seu
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PAPIRVM biblioteconomia – página 101
segundo mandato como diretor-geral, que dura apenas um mês. /
1961 a 1971 Nova mudança na direção - Adonias Aguiar Filho
assume o cargo de diretor-geral. / 1971 a 1979 Diretoria muda de
mãos - Jannice de Melo Monte-Mór é a primeira mulher a assumir a
diretoria-geral da Biblioteca. / 1972 Convênio busca melhorias - É
assinado um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para
fazer um estudo abrangente da situação da Biblioteca e apresentar
um esquema detalhado de soluções práticas para o aprimoramento do
trabalho. 
1973 Tombamento do edifício-sede - O monumental edifício da
avenida Rio Branco é tombado pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional. / 1978 Novo formato de catalogação -
São lançadas as bases do formato CALCO (Catalogação Legível por
Computador), metodologia a ser adotada em nível nacional, com
vistas à compatibilidade de normas para a troca de informações em
nível internacional. / 1978 Criação do PLANO - É criado o Plano
Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros – PLANO, que
visa preservar a produção jornalística do país e supervisiona uma rede
nacional de microfilmagem. / 1978 Implantação do sistema ISBN - É
implantado o sistema ISBN, de numeração internacional do livro, que
beneficia autores e editores. Para atender ao alto índice de
solicitações de informações legais, é instalado na Biblioteca um
terminal de processamento de dados ligado diretamente ao sistema
do Senado Federal, em Brasília.
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PAPIRVM biblioteconomia – página 102
1979 a 1982 Novo diretor-geral - Plínio Doyle da Silva é escolhido
para o cargo de diretor-geral da Biblioteca. / 1981 Integração à
Fundação Nacional Pró-Memória - A Biblioteca Nacional passa a ter
administração indireta e a fazer parte da Fundação Nacional Pró-
Memória. Anteriormente, esteve subordinada ao antigo Ministério do
Interior e Justiça, depois ao Ministério da Educação e Saúde e,
sucessivamente, integrou o Ministério da Educação e Cultura. / 1982 a
1984 Biblioteca ganha nova direção - Célia Ribeiro Zaher assume o
cargo de diretora-geral da Biblioteca. / 1982 Automatização do
Catálogo - A Biblioteca integra-se ao sistema Bibliodata/Calco da
Fundação Getúlio Vargas, desenvolvendo o catálogo automatizado em
formato MARC (Catalogação Legível por Computador).
1982 Transferência do acervo de música - A seção de Música e
Arquivos Sonoros é transferida para um local mais apropriado,
localizado no 3º andar do Palácio Capanema. / 1983 Criação do
PLANOR - É criado o Plano Nacional de Restauração de Obras Raras
- PLANOR, pela Portaria Ministerial nº 19, de 31 de outubro. Ao
PLANOR compete: dar assistência técnica na instalação de
laboratórios de restauração e promover programas de treinamento de
pessoal; harmonizar técnicas a serem seguidas na execução de
projetos específicos de restauração; estabelecer padrões técnicos de
serviço e de material a serem seguidos, e zelar pelo seu cumprimento
em todo o território nacional. / 1984 a 1989 Mudança na diretoria -
Maria Alice Giudice Barroso Soares é a nova diretora-geral da
Biblioteca.
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PAPIRVM biblioteconomia – página 103
1984 Fundação Nacional Pró-Leitura - A Biblioteca Nacional passa a
constituir a Fundação Nacional Pró-Leitura, junto com o Instituto
Nacional do Livro. / 1984 Incorporação do Banco de Teses - O
Banco de Teses, antes de responsabilidade da CAPES - Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, passa a ser de
competência da Biblioteca Nacional, que recebe trabalhos são
enviados pelas diversas universidades do país. / 1989 a 1990 Direção
interina na Biblioteca - Lia Temporal Malcher assume interinamente
o cargo de diretora-geral.
1990 Nova mudança na diretoria - Roberto Menegaz é nomeado
para responder pela direção da Biblioteca. / 1990 Constituição da
Fundação Biblioteca Nacional - A Biblioteca Nacional, com sua
biblioteca subordinada, a Euclides da Cunha, do Rio de Janeiro, e o
Instituto Nacional do Livro, com sua Biblioteca Demonstrativa, de
Brasília, passam a constituir a Fundação Biblioteca Nacional (FBN). 
1990 a 1996 Biblioteca ganha presidente - Affonso Romano de
Sant’Anna é nomeado para dirigir a Biblioteca, cargo agora
denominado como presidente. / 1996 a 2003 Novo presidente
nomeado - Eduardo Portella assume o cargo de presidente da
Biblioteca. / 1996 Software de automação bibliográfica - A
Biblioteca adquire seu próprio software de automação bibliográfica. /
1998 Catálogos online - A Biblioteca passa a publicar seus catálogos
na Internet, através de seu site. / 2003 a 2009 Mudança na
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 104
presidência - Pedro Corrêa do Lago é nomeado presidente da
Biblioteca.
2004 Novo estatuto - Com um novo estatuto (instituído por força do
Decreto nº 5.038, de 7 de abril de 2004), a FBN passa a ser composta
por um presidente, nomeado pelo presidente da República, um diretor
executivo, e seis diretores à frente dos centros de Processos Técnicos
e de Referência e Difusão e das coordenadorias-gerais de
Planejamento e Administração, Pesquisa e Editoração, Livro e Leitura
e Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas. A FBN possui ainda um
Escritório de Direitos Autorais e também a Agência Nacional do ISBN
(International Standard Book Number), além de ser a única
beneficiária da lei do Depósito Legal (Lei nº 10.994 de 14 de
dezembro de 2004), que dispõe sobre a remessa de obras à
Biblioteca Nacional.
2006 BNDigital - Criação da Biblioteca Nacional Digital (BNDigital),
que integra todas as coleções digitalizadas, posicionando a FBN na
vanguarda das bibliotecas da América Latina e igualando-a às maiores
bibliotecas do mundo no processo de digitalização de acervos e
acesso a obras e serviços via Internet. 
2009 a 2011 Novo presidente nomeado - Muniz Sodré assume o
cargo de presidente da Biblioteca. / 2011 a 2013 Mudança na
presidência - Galeno Amorim é o novo presidente da Biblioteca. 
2013 a 2015 Novo presidente nomeado - Renato Lessa assume a
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 105
presidência da Biblioteca. / 2014 Nova plataforma para os catálogos
- É adquirido o software Sophia de automação bibliográfica e iniciada
a migração dos catálogos para uma nova plataforma.
REVISTA BRASILEIRA DE BIBLIOTECONOMIA
...linha do tempo...
CENTRALIZAÇÃO da Biblioteca universitária é tema muito discutido nos
meios profissionais, há mais de 20 anos. Até agora, porém, poucas
conclusões têm sido postas em prática com relação ao assunto, divergindo
as opiniões quanto à forma de centralização a adotar: — Deve haver uma
centralização global de serviços e acervos, existindo apenas uma única
biblioteca universitária? — A centralização deve ser dos serviços técnicos e
de referência e de descentralização dos acervos nas unidades? — Deve
haver centralização por áreas? Essas questões têm sido levantadas e
defendidaspor grupos de interessados, bibliotecários, professores,
especialmente aqueles que fizeram cursos em universidades estrangeiras,
mas as soluções não são encaminhadas com o mesmo calor e entusiasmo.
(ARAGÃO, 1973, p. 41)16. FUNÇÕES DO BIBLIOTECÁRIO 1. Selecionar,
com base em bibliografias correntes e dados coletados, o material
bibliográfico, iconográfico e audiovisual. 2. Adquirir o material, através de
compra, doação ou permuta. 3. Tombar o material, organizando fichários do
patrimônio bibliográfico, iconográfico e audiovisual. 4. Pesquisar e
identificar autores, tradutores, editores, colaboradores, ilustradores, etc.,
organizando fichários de nome certo, de casa publicadora e de série. 5.
16 ARAGÃO, E. M. de. Problemas das bibliotecas universitárias brasileiras. R. Bras.
Bibliotecon. Doe. 1 (1/31 : 41 - 43, jan./mar. 1973 
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PAPIRVM biblioteconomia – página 106
Classificar, com base em sistemas decimais, o material bibliográfico,
iconográ- fico e audiovisual. 6. Catalogar, com base em códigos
internacionais, o material bibliográfico, iconográfico e audiovisual. 7.
Elaborar os catálogos auxiliares dos processamentos técnicos: catálogo de
cabeçalhos de assuntos, índice numérico de assuntos, etc. 8. Elaborar
catálogos dicionários ou sistemáticos, para uso do público. 9. Elaborar
catálogos coletivos de livros e periódicos. 10. Levantar bibliografias. 11.
Elaborar resumos, sinopses, sumários e índices. 12. Normalizar
publicações. 13. Organizar serviços de duplicação e reprodução de
documentos através de processos químicos, térmicos, eletrostáticos,
microfotográficos, etc. 14. Planejar, organizar e dirigir bibliotecas, serviços e
centros de documentação. 15. Coordenar os trabalhos de preparo do livro
para uso do público. 16. Supervisionar a localização dos livros nas
estantes. 17. Orientar o serviço de referência bibliográfica, informando o
público pessoalmente, por escrito ou por telefone. 18. Organizar coleções
destinadas a empréstimo domiciliar nas bibliotecas circulares, nos carros-
bibliotecas e caixas ambulantes. 19. Organizar atividades culturais,
civicas.e recreativas, atendendo ao tipo e natureza da biblioteca. 20.
Levantar dados e elaborar relatórios estatísticos do movimento de consulta.
21. Selecionar, adquirir e catalogar, classificar e reproduzir material em
Braile e atender aos deficientes da visão. (RUSSO, 1973, p. 49-50)17.
INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO: Órgão do Ministério da Educação e
Cultura, criado pelo Decreto-Lei 93, de 21 de dezembro de 1937, tem, entre
outras atribuições, incentivar a organização e auxiliar a manutenção de
bibliotecas públicas em todo o território nacional. 1. O Instituto Nacional do
17 RUSSO, L. G. M. Os processamentos técnicos dificultam ou aceleram a informação?
R. Bras. Bibllotecon. Doe. 1 (1/3) : 44 - 48, jan./mar. 1973. 
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PAPIRVM biblioteconomia – página 107
Livro firma convênios com prefeituras municipais que mantêm bibliotecas e
salas-de-leitura públicas, nas sedes e nos distritos municipais, mediante os
seguintes requisitos: 1.1 — Inscrição no Cadastro de Bibliotecas Brasileiras
(Portaria Ministerial n9 764/20.12.71) que compreende: a) preenchimento
do questionário de registro; e b) atestado de funcionamento. 1.2 —
Convênio, ao qual são juntados: a) lei de criação da biblioteca ou sala-de-
leitura; b) comprovante de inclusão, no orçamento, de verba para
manutenção e custeio da biblioteca ou sala-de-leitura. (BARROSO, 1973, p.
52)18. O INL EM TRES ANOS - Ao assinar a Portaria 35, de 11-3-70, que
determinava ao Instituto Nacional do Livro operar tão somente dentro do
regime de coedição, o Ministro da Educação e Cultura, Senador Jarbas
Passarinho, dava início, ao que poderíamos chamar, solicitando, por
empréstimo, o título da obra de Robert Escarpit, "A Revolução do Livro no
Brasil". (BARROSO, 1973). Considerando, no entanto, o objetivo comum,
que é o de propugnar pela difusão do livro e da cultura no País, as
Bibliotecas caracterizadas no artigo primeiro desta Portaria poderão receber
doações de livros em caráter excepcional (especiais), nos termos do item
quatro (4) da Ordem de Serviço n9 32, de 10 de dezembro de 1971, a
critério da direção do I.N.L. (BARROSO, 1973). OBJETIVOS da política
nacional do livro [um deles] é a qualificação e capacitação de pessoal de
Biblioteconomia para as funções de orientação de leitores e organização de
serviços específicos de Bibliotecas Pú- blicas Estaduais e Municipais. (...)
Tendo em vista a importância do trabalho que está sendo desempenhado
pelo MOBRAL, alfabetizando crescentes parcelas do povo brasileiro e face
à importância da BIBLIOTECA PÚBLICA MUMICIPAL, como um centro de
educação continuada, capaz de oferecer material de leitura aos recém-
18 BARROSO, M. A. Instituto Nacional do Livro. R. Bras. Bibllotecon. Doe. 1 (1/3) : 44 -
48, jan./mar. 1973. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 108
alfabetizados, pedimos vênia para recomendar, a essa municipalidade, seja
a biblioteca pública local colocada, no horário noturno, à disposição do
Representante do MOBRAL, desse municTpio, a fim de que nela sejam
realizadas aulas de alfabetização de adultos. (BARROSO, 1973). A
biblioteca pública municipal, criada por Lei Municipal terá seus
recursos garantidos por ocasião da votação do orçamento. Assim ela
poderá manter com segurança e continuidade as despesas referentes ao
local de funcionamento, móveis e equipamento, material bibliográfico e
audiovisual, material de consumo necessá- rio aos trabalhos e manutenção
do prédio, serviços de terceiros (luz, água, comunicações, etc.), o pessoal
necessário ao atendimento em horário longo e ininterrupto (pelo menos 14
horas seguidas mas em geral 15 horas) incluindo-se sábados e por vezes
os domingos. (BRASIL, MEC, 1973)19. Estão disponíveis na revista: -
MINUTA de convênio para biblioteca pública municipal; - MODELO de lei
criando a biblioteca municipal; A Comissão Brasileira da Classificação
Decimal Universal (IBBD/CDU), criada pelo Conselho Diretor do Instituto
Brasileiro de Bibliografia e Documentação, pela Resolução n9 70, de 1958,
RESOLVE, em sua VIGÉSIMA NONA Reunião, realizada no Rio de Janeiro,
GB, nos dias 29, 30 e 31 de janeiro na Escola Interamericana de
Administração Pública (EIAP) da Fundação Getúlio Vargas: tomar
conhecimento com pesar do falecimento do Prof. S.R. Ranganathan em
Bangalore. (RBBD, 1973a, p. 72)20. Aceitar o oferecimento da Prof. Hagar
Espanha Gomes de incluir no IBBD Notícias uma seção referente aos
trabalhos da Comissão e às últimas extensões e correções da CDU recém-
19 BRASIL. Ministério da Educação. Incorporação de serviços bibliotecários ao Plano
Geral de Educação das massas em países em desenvolvimento. R. Bras.
Bibliotecon. Doe. 1 (1/3) : 52 - 71, jan./mar. 1973. 
20 R. Bras. Bibliotecon. Doe. 1 (1/3) : 52 - 71, jan./mar. 1973. 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 109
publicadas. Receber informações do Prof. Antonio Agenor Briquet de Lemos
quanto ao trabalho de atualização da tradução da classe 32 desenvolvida e
tradu- ção da classe 61 desenvolvida, elaborados pelo Departamento de
Biblioteconomia da Faculdade de Estudos Sociais Aplicados da Fundação
Universidade de Brasília, sob a coordenação do Pe. Astério Campos.
(RBBD, 1973a, p. 72-74). Na 23a reunião de 21 a 22 de novembro de 1968
foi recomendada, pela sua resolução 23.29, a solicitação à FID "para que o
IBBD seja o depositário das publicações da FID, principalmentequanto às
tabelas da CDU, para facilitar sua distribuição e divulgação no Brasil"
(IBBD, 1973a, p. 78)21. Por ocasião do 29 Congresso Regional sobre
Documentação, realizou-se a 25a Reunião (25 nov.) na qual ficou
estabelecido o seguinte: a) Impressão da edição média em dois (2)
volumes: v. 1 — Ciências Humanas (0/3— 7/9); v. 2 — Ciências
Naturais (5/6) acompanhados dos respectivos índices e tabelas
auxiliares. (25.1) (RBBDa, IBBD, 1973, p. 80). DECRETO 72.312 - DE 31
DE MAIO DE 1973. Promulga a Convenção sobre as medidas a serem
adotadas para proibir e impedir a importação, exportação e transferência de
propriedade ilicitas dos bens culturais. (RBBD, 1973b)22. NSTITUTO DO
PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL Termo de Convênio
celebrado entre o Instituto do 1'atrimônio Histórico e Artístico
Nacional e a Biblioteca Nacional, para regular a extensão à Biblioteca
Nacional das condições de obtenção de receita própria, em atividades
culturais de interesse comum dos mesmos órgãos. (RBBD, 1973b).
RESOLUÇÃO 17 de 4 de MAIO DE 1973 O Presidente do Conselho
Federal de Educação, no uso de atribuição legal e tendo em vista o
21 IBBD. Relatório das atividades da segunda. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 1 (1/3) : 52 -
71, jan./mar. 1973. 
22 R. Bras. Bibliotecon. Doe. 1 (4/6) : 115 - 137, abr./jun. 1973 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 110
Parecer número 11-73, homologado pelo Ministroda Educação e
Cultura, resolve: Art. 19 — O Conselho Federal de Educação não
aceitará postulação de entidades mantenedoras que incluam na sua
designação as expressões "universidade", "universitária", ou
"universitário", quando os estabelecimentos de ensino por elas
mantidos não atenderem os requisitos do art. 11 combinado com os
arts. 59 e 79 da Lei n9 5.540, de 28 de novembro de 1968. (RBBD,
1973b). FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE
BIBLIOTECÁRIOS FEBAB - ESTATUTO - A Federação Brasileira de
Associações de Bibliotecários (FEBAB), fundada na Bahia enr, 26 de julho
de 1959, por ocasião do II Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e
Documentação, com sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, é
uma sociedade civil, apoirtica, sem finalidades lucrativas, que congrega as
associações dos profissionais em Biblioteconomia e Documentação em
todo o território nacional. (RBBD, 1973b). GRUPOS ESPECIALIZADOS - A
fim de incentivar a formação desses grupos especializados de trabalho,
dentro das Associações de Bibliotecários damos aqui um roteiro que é uma
sugestão para os colegas dos diversos Estados do Brasil, ao mesmo tempo
que informamos sobre a experiência que vem sendo feita pelo Grupo de
Trabalho em Tecnologia, da Associação Paulista de Bibliotecários, desde
março de 1970 até a presente data. (GABRIEL, 1973)23. ASSOCIAÇÃO
PAULISTA DE BIBLIOTECÁRIOS GRUPO DE TRABALHO EM
TECNOLOGIA REGIMENTO INTERNO O Grupo de Trabalho em
Tecnologia da Associação Paulista de Bibliotecários foi criado em 1963,
como Órgão Especializado da A.P.B., conforme capítulo IX de seus
23 GABRIEL, A. Como criar grupos de trabalhos dentro das associações de bibliotecários.
R. Bras. Bibliotecon. Doe. 1 (4/6) : 150 - 160, abr./jun. 1973 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 111
estatutos. (RBBD, 1973b). BIBLIOTECAS DO SERVIÇO SOCIAL DA
INDÚSTRIA EM SÃO PAULO O SESI de São Paulo, como entidade
particular que é, sem sombra de dú- vida, desenvolve o mais importante
serviço bibliotecário do pais, no sentido de levar aos estudantes e ao
público adulto os livros tão procurados e tão escassos em toda a parte.
(RBBD, 1973b). Os acervos das bibliotecas do SESI são formados por uma
Comissão, constituída de bibliotecários e professores, cuja finalidade é
determinar a conveniência da aquisição, de cada obra, emitindo pareceres,
baseados em critérios pré-estabelecidos. São, assim adquiridas as obras
necessárias à satisfação de cada pessoa, ou de cada grupo. (RUSSO,
1973b)24.
São marcos importantes...
Teoria da Biblioteca Central universitária / Delimitação das
funções do bibliotecário / Estruturação do Instituto Nacional do
Livro INL / Objetivos da política nacional do livro / Criação
legal das bibliotecas públicas / Comissão Brasileira de
Classificação IBBD/CDU / Decreto 72.312 de 31/05/1973 que
dispõe sobre a criminalização do mercado negro de obras
raras / Convênio IPHAN e Biblioteca Nacional / Estruturação
dos grupos especializados da FEBAB / Estruturação das
bibliotecas SESI paulista.
24 RUSSO, L. Bibliotecas do Serviço Social da Indústria SESI em São Paulo: Seleção
bibliográfica. R. Bras. Bibliotecon. Doc. 1 (4/6) : 150 - 160, abr./jun. 1973 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 112
Bibliotecas do SESI paulista e a educação profissionalizante:
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 1 (4/6) : 161 - 162, abr./jun. 1973.
I ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DO PROGRAMA
DE BIBLIOTECAS NO BRASIL Brasília, 19 a 21 de abril de 1973
Necessidade de integrar os responsáveis pela formação, associação e
fiscalização de profissionais de Biblioteconomia no Brasil, para possibilitar a
participação efetiva no Programa Nacional do Livro do Plano Setorial de
Educação e Cultura. (RBBD, 1973b). Considerando-se que as bibliotecas
são instituições sociais, que fazem parte integrante do processo
sócío-cultural das comunidades, não devem ser fechadas sob
qualquer hipótese; recomenda-se que: a) seja feito levantamento para a
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 113
utilização dos bibliotecários em disponibilidade, de modo a dar pleno
cumprimento à Lei no 4.084/62; b) onde não houver disponibilidade de
bibliotecários serão incentivados e/ou providenciados cursos de
treinamento intensivo e de habilitação profissionalizante a nível de 2o grau
para auxiliar de biblioteca; c) na atual fase de transição, o pessoal leigo
responsável por bibliotecas, sempre que possi'vel, deverá ser
supervisionado por bibliotecário; d) seja incentivada a implantação de
sistemas de rede de bibliotecas, em nível estadual, regional e nacional,
dentro de uma política de planejamento bibliotecário. (RBBD, 1973b).
Considerando-se que muitas das críticas feitas ao Instituto Nacional
do Livro, até o atual Encontro, devem-se ao não aproveitamento da
colaboração potencial dos bibliotecários e suas entidades de classe;
recomenda-se que: a) fortalecimento e ampliação das Representações
Estaduais do INL, dando-lhes maior autonomia e novas atribuições, e
designando bibliotecários para a chefia dessas Representações, que
deverão se entrosar com os órgãos afins estaduais, municipais e
particulares e as entidades de classe dos bibliotecários; b) o INL preste
assessoramento constante e eficiente aos bibliotecários e auxiliares de
biblioteca, principalmente os do interior do Pais, através de sistema de
disseminação de informações técnicas, cursos de treinamento intensivo e
aperfeiçoamento de pessoal de biblioteca, em diferentes níveis, mediante a
•colaboração das Escolas, Associações, Conselhos de Biblioteconomia e
Secretarias de Educação e Cultura; c) o INL estenda o programa de estágio
remunerado para os estudantes de Biblioteconomia, dando prioridade aos
das regiões menos desenvolvidas do País. (RBBD, 1973b). Considerando-
se que o Bibliotecário é um agente social por excelência que, para
atingir os seus objetivos, deve se valer de sua formação técnica como
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 114um meio, mas que na realidade nacional, contudo, não está agindo
como tal por defici- ências decorrentes de condições concretas e
desfavoráveis; recomenda-se que: a) sejam corrigidas as falhas
ocasionadas pela falta de planejamento bibliotecário; b) venham a ser
assumidas providências para sanar a carência de auxiliares de biblioteca; c)
ocorra mudança na orientação excessivamente tecnicista do ensino da
Biblioteconomia, a fim de possibilitar aos futuros Bibliotecários exercerem
efetivamente o papel de agentes sociais. (RBBD, 1973b). Considerando-
se que as entidades públicas e particulares preferem aproveitar leigos
por questões de menor salário, em detrimento do profissional de
Biblioteconomia; recomenda-se que: a) os Conselhos Regionais de
Biblioteconomia deverão ser mais rigorosos na fiscalização do exercício da
profissão de bibliotecário; b) o Conselho Federal de Biblioteconomia, no uso
de suas atribuições legais, deverá regulamentar o exercício das atividades
específicas dos Auxiliares de Biblioteca; c) a formação e o treinamento
intensivo dos auxiliares de biblioteca deverão ser sistematizados, de forma
consentânea com as suas atribuições; d) o Conselho Federal de
Biblioteconomia venha a estabelecer padrões de serviço de bibliotecas, a
fim de determinar as áreas e os níveis das bibliotecas em que o auxiliar
poderá exercer sua profissão, sob a supervisão de bibliotecário. (RBBD,
1973b). Considerando-se a necessidade de motivar os órgãos oficiais
e particulares a criar e preencher cargos de bibliotecário e auxiliar de
biblioteca para cobrir as necessidades atuais; recomenda-se que: a) a
motivação será no sentido de mostrar o significado da importância de cria-
ção de bibliotecas de acordo com a clientela e de sua função social; b) a
motivação será despertada através de campanhas de divulgação, pelos
meios de comunicação de massa, acerca da importância da biblioteca e do
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 115
papel do bibliotecário. Essas campanhas, em niVel nacional, serão
coordenadas pelo INL, de acordo com o Decreto n9 884 de 10.04.1962 e
com a colaboração de instituições oficiais e particulares; c) as associações
de bibliotecários procurarão, por todos os meios ao seu alcance, promover
campanhas de divulgação das bibliotecas, em âmbito local; d) para fins de
assinatura de convênios a serem firmados entre as bibliotecas e o INL, este
fará exigência da presença de bibliotecário ou auxiliar de biblioteca a nível
de 29 grau, de acordo com os padrões estabelecidos pelo CFB, conforme
recomendação n. 4, alínea d. (RBBD, 1973b). Considerando-se que a
habilitação profissional de 2o grau do auxiliar de biblioteca, segundo a
Lei n9 5.592, deverá conter quatro disciplinas obrigatórias, na área de
formação especial, escolhidas em função das atividades a serem
exercidas por esse auxiliar; recomenda-se que: a) o conteúdo essencial
(ementa), dessas é o seguinte: 3.1. Iniciação bibliotecária; Introdução geral
ao uso da biblioteca. Panorama integrado das técnicas bibliotecárias. A
função social da biblioteca e do bibliotecário. O papel do auxiliar de
biblioteca, a.2. Serviços técnicos auxiliares; Estudos das técnicas de
alfabetação, desdobramento das fichas de obras incorporadas à biblioteca,
preparação de obras para circulação, ordena- ção de livros nas estantes,
operação de máquinas reprográficas, conservação do acervo, incluindo
noções de encadernação. Noções de organização de arquivos empresariais
e administrativos. 8.3. Serviços auxiliares de consulta: Estudo da utilização
de obras básicas de referência, principalmente as que se destinam ao
público característico de bibliotecas públicas e escolares. Realização de
estatísticas diárias, de caráter simples. Técnicas de empréstimo. a.4.
Datilografia: A primeira disciplina poderia ser comum a cursos de outras
habilitações, visando a familiarizar os alunos da escola com o uso da
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 116
biblioteca. b) o conteúdo das disciplinas será dosado segundo as
peculiaridades de cada região; c) os professores dessas disciplinas, com
exceção de Datilografia, serão bibliotecários; d) estimular o ingresso de
bibliotecários em cursos de diática de Faculdades, para futuro
aproveitamento em ensino de 2o grau. (RBBD, 1973b). Considerando-se
que em algumas Regiões o ensino profissionalizante de auxiliar de
biblioteca ainda não foi implantado; recomenda-se que: a) sejam
ministrados cursos intensivos de treinamento e o aproveitamento do
pessoal assim treinado; b) sejam requisitos mmimos para composição do
curso as três primeiras disciplinas constantes da recomendação no 6; c)
sejam órgãos encarregados do planejamento e execução deste treinamento
e INL, as Associações de Bibliotecários e as Escolas de Biblioteconomia,
em ação conjunta devidamente coordenada e integrada pelo Ministério da
Educação e Cultura, através do INL. (RBBD, 1973b). Considerando-se a
necessidade de incentivar a interiorização do bibliotecário recém-
formado; recomenda-se que: a) o Instituto Nacional do Livro, como órgão
coordenador, elaborará uma polí- tica de interiorização do bibliotecário,
entrosando-se para isso com outras entidades, públicas e privadas; b) no
âmbito dessa política, deverá ser estudada a realização de convênios, que
venham a facilitar a concessão de bolsas de estudos e outras modalidades
de estímulo a pessoas que desejam cursar cursos de Biblioteconomia, em
Escolas de sua região. Considerando-se que a atual conjuntura
brasileira exige dos bibliotecários conhecimentos da técnica de
planejamento, que os cursos de graduação não transmitem;
recomenda-se que: a) a necessidade de cursos, em nível de pós-
graduação, para o ensino de planejamento de sistemas de biblioteca; b)
que seja ressaltada nesses cursos a necessidade de atentar para as
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 117
diferenças regionais peculiares ao Brasil. INSTITUTO NACIONAL DO
LIVRO Termo de Convênio celebrado entre o Instituto Nacional do Livro
(INL) e a Biblioteca Nacional, ambos do Ministério da Educação e Cultura, o
primeiro unidade orçamentária e a segunda, unidade Administrativa do
Departamento de Assuntos Culturais, com a finalidade de ser publicado o
"Boletim Bibliográfico". (RBBD, 1973b). INSTITUTO BRASILEIRO DE
BIBLIOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO O CATÁLOGO COLETIVO
NACIONAL DE PERIÓDICOS E O FORMATO CALCO O Catálogo Coletivo
Nacional de Livros e Periódicos, com sede no IBBD, reúne em fichas, as
coleções de 560 bibliotecas brasileiras, num conjunto que inclui cerca de
1.000.000 de livros e 60.000 títulos de periódicos. (RBBD, 1973b). Através
deste Catálogo, o IBBD intensifica a utilização das coleções bibliográficas
existentes no país, localizando as publicações solicitadas por indivíduos ou
instituições, nas principais bibliotecas especializadas brasileiras. Entre as
solicitações recebidas pelo Catálogo Coletivo Nacional, podem ser
consideradas, principalmente, as de dois tipos: a) pedidos de simples
localização de obras ou de artigos desejados; b) pedidos de reproduções
de textos, necessários a estudos e pesquisas, provenientes de entidades
ou pessoas, do Brasil ou do exterior. (RBBD, 1973b). COMISSÃO
BRASILEIRA DE CATÁLOGOS COLETIVOS (IBBD/CBC) Criada pela
Resolução de no 7 do Conselho Diretor do IBBD, esta Comissão tem como
finalidade promover a criação de Centros Regionais que efetuem a coleta
de dados da Região, estabelecendo Catálogos Coletivos Regionais de
Livros e Periódicos e enviando cópia dessesdados ao CCN. (RBBD,
1973b). Centros Regionais Existem atualmente 14 Centros Regionais
funcionando nos principais estados do Brasil a saber: a) BRASILIA
(incluindo bibliotecas de Brasília, Goiás e Mato Grosso). Sede: Biblioteca
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 118
Central da Fundação Universidade de Brasília. b) MANAUS (incluindo
bibliotecas do Amazonas, Acre e Rondônia). Sede: Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia. c) BELÉM (incluindo bibliotecas do Pará e
Amapá). Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal do Pará. d) SÃO
LUIS (incluindo bibliotecas do Maranhão e Piauí). Sede: Biblioteca Central
da Universidade Federal do Maranhão. e) FORTALEZA (incluindo
bibliotecas do Ceará). Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal do
Ceará. f) RECIFE (incluindo bibliotecas de Pernannbuco, Rio Grande do
Norte e Paraíba). Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal de
Pernambuco. g) SALVADOR (incluindo bibliotecas da Bahia, Sergipe e
Alagoas). Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal da Bahia. h)
BELO HORIZONTE (incluindo bibliotecas de Minas Gerais). Sede:Serviço
Central de Informações Bibliográficas da Universidade Federal de IVinas
Gerais. i) RiO DE JANEIRO (incluindo bibliotecas da Guanabara). Sede:
Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação. j) NITERÓI (incluindo
bibliotecas do Estado do Rio de Janeiro e Espí- rito Santo). Sede: Núcleo
de Documentação da Universidade Federal Fluminense. k) SÃO PAULO
(incluindo bibliotecas de São Paulo). Sede; Biblioteca Central da
Universidade de São Paulo. I) CURITIBA (incluindo bibliotecas do Paraná).
Sede: Centro de Bibliografia e Documentação da Universidade Federal do
Paraná. m) FLORIANÓPOLIS (incluindo bibliotecas de Santa Catarina).
Sede: Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina.' n)
PORTO ALEGRE (incluindo bibliotecas do Rio Grande do Sul). Sede:
Biblioteca Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. (RBBD,
1973b). CATÁLOGO COLETIVO DE LIVROS 3.1. — Atribuições Compete
a este Serviço elaborar e manter atualizado um Catálogo Coletivo Nacional
de Livros, en\fichas, que reúna os acervos das principais bibliotecas
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 119
brasileiras. Seu arranjo é em ordem alfabética de autor do livro, estando
cada livro representado por uma ficha, onde são anotadas as siglas das
bibliotecas que possuem este livro. (RBBD, 1973b). / CATÁLOGO
COLETIVO DE PERIÓDICOS O Catálogo Coletivo Nacional de Periódicos
registra no momento cerca de 60.000 títulos de periódicos existentes em
560 bibliotecas especializadas brasileiras, num total de aproximadamente
180.000 coleções. Os títulos dos periódicos são arrumados em ordem
alfabética sem se considerar palavras não significativas tais como artigos,
preposições, etc. Para cadatítulo existe uma ficha de identidade do
periódico, com o seu histórico, seguida das fichas da(s) biblioteca(s) que o
possue(m), com a descrição de sua coleção. (RBBD, 1973b). Devido ao
enorme volume de dados e à necessidade de permanente atualização,
sentiu-se que os sistemas tradicionais de fichários manuais não mais
satisfaziam, sendo impraticável a edição deste Catálogo por processos
normais de composição tipográfica. Em 1968 foram iniciados os estudos
para a mecanização deste serviço e, em 1969, sob a orientação da então
Presidente do IBBD, Célia Ribeiro Zaher, foi efetivado o início da sua
automação graças ao Convênio firmado entre o IBBD e o Instituto de
Pesquisas Espaciais (INPE) através do CNPq, para utilização do
computador Burroughs 3500, instalado em São José dos Campos, SP.
(RBBD, 1973b). Tendo em vista a massa de dados a ser processada, optou-
se pela separação dos títulos do Catálogo em 4 grandes grupos de
assuntos, a saber: — Ciências Puras e Tecnologia, incluindo Matemática,
Física, Química, Engenharia e Tecnologia. — Ciências Biomédicas,
incluindo Psicologia. — Ciências Agrícolas e Ciências Naturais, incluindo
Veterinária. — Ciências Sociais e Humanidades. (RBBD, 1973b). O primeiro
catálogo desta série foi publicado em 1970, sob o título: CATÁLOGO
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 120
COLETIVO DE PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA, arrolando cerca de 16.000 títulos, localizáveis em 411
bibliotecas. (RBBD, 1973b). Os dados do catálogo em fichas são
registrados em fita magnética, criandose basicamente 2 arquivos
independentes: um de TÍTULOS e outro de COLEÇÕES. O veículo de
entrada em computador é o cartão perfurado. A atualização da fita de título
é da responsabilidade do CCN enquanto que a atualização da fita de
coleções poderá ser feita pelos catálogos regionais ou bibliotecas, que
prepararão seus próprios BIPs ou cartões perfurados. O processamento
dos dados dessas fitas possibilita a recuperação dos seguintes tipos de
listagens: a) listagem alfabética completa (títulos e coleções), com ou sem
indicação dos códigos de títulos e assuntos; b) listagem alfabética dos
títulos e coleções de uma biblioteca ou grupo de bibliotecas, geral ou por
assunto; c) listagens regionais de títulos e coleções de um estado, cidade
ou região, gerais ou por assunto; d) listagens parciais de periódicos de um
dos grupos de assuntos previstos no programa; e) índice de editores; f)
listagens de títulos, em ordem numérica dos códigos. (RBBD, 1973b).
Formato do cartão de título. Cada título recebe um código alfanumérico
de 5 caracteres, composto da letra inicial do título e de um número
seqüencial de 4 algarismos. Este código é o número de registro do
periódico no computador e não interfere na ordenação alfabética dos títulos.
(RBBD, 1973b). Os dados da ficha de título são transcritos em folhas de
dados (BIPs) no seguinte formato: Colunas 1 a 73: transcrição do título e
demais elementos da ficha de identidade do periódico, em seqüência,
separando-se esses elementos (título, editor, datas, .etc.) por asteriscos.
Este sinal determinará parágrafo nas listagens finais. Coluna 74: código de
assunto. Coluna 75: ordem do cartão, por meio de letras (A, B, C, ...).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 121
Colunas 76 a 80: código do periódico. (RBBD, 1973b). Formato do cartão
de coleção Além da sigla tradicional do Catálogo Coletivo, cada biblioteca
recebe um código numérico de 4 algarismos para entrada em computador.
Os cartões de coleções obedecem ao seguinte formato: Colunas 1 a 5
Colunas 6 a 9 Colunas 10 a 11 Colunas 12 a 80 código do periódico, código
da biblioteca. ordem do cartão (numérica: 01, 02, 03, ... .). transcrição da
coleção. (RBBD, 1973b). Para maior facilidade de comunicação com os
Centros Regionais e Biblioteca do país, tanto no fornecimento de dados
para o Catálogo Coletivo, como para acelerar o intercâmbio de reproduções
de textos, o IBBD pretende criar uma Rede de Telex, já tendo efetivado a
instalação deste equipamento em 3 centros regionais a saber: Recife,
Brasília, Porto Alegre. (RBBD, 1973b). SERVIÇO DE REPRODUÇÕES
FOTOGRÁFICAS Este serviço faculta ao estudioso ou cientista do país ou
do exterior a obtenção do texto do documento necessário aos seus
estudos, sob a forma de microfilme, cópia xerox, ampliação fotográfica, etc.
(RBBD, 1973b). SERVIÇO DE INTERCÂMBIO DE CATALOGAÇÃO (SIC)
Ao ser criado em 1942, no DASP, o Serviço de Intercâmbio de Catalogação
(SIC) a exemplo da Biblioteca do Congresso de Washington (LC),
pretendiase facilitar o trabalhodos responsáveis por bibliotecas. O quadro
de profissionais era bastante reduzido à época, e os trabalhos que mais se
ressentiam com isso eram, exatamente, aqueles de características
profissionais: a catalogação e a classificação. Adquirindo as fichas do SIC,
um encarregado, mesmo sem a necessária formação profissional, poderia
assegurar um mínimo de organização técnica a seus serviços meios.
Instruções foram então divulgadas para orientar os compradores,-
principalmente os não profissionais. (RBBD, 1973b). Atividade do maior
interesse para o desenvolvimento das bibliotecas gerais, a catalogação
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 122
cooperativa não manteve o mesmo interesse inicial. Os fatores, com
certeza, foram: — falta de divulgação do acervo disponível — poucos e
esparsos foram os catálogos publicados; — as bibliotecas cooperantes
executavam suas catalogações visando apenas seus próprios catálogos,
sem se aperceberem que centenas de outras bibliotecas também se
beneficiariam do acervo resultante de seus trabalhos; — a diversidade de
códigos de catalogação adotados pelas bibliotecas cooperantes dificultou a
uniformização; — o trabalho de revisão tornou-se difícil e lento, em virtude
da displicência na redação das fichas por parte das bibliotecas cooperantes
e pelo fato do SIC não ter em mãos os livros para confronto. Na maioria das
vezes, as revisões resultavam em completas recatalogações; — a
inexistência de uma lista de cabeçaihos de assunto de caráter geral, para
uso em âmbito nacional, e que contaria com a aceitação de um número
muito grande de bibliotecas cooperantes; — critérios de entrada foram,
também, pontos de divergência, especialmente no eixo Rio-São Paulo.
(RBBD, 1973b). Em relação a uma linguagem comum a ser adotada em
princípios pela biblioteca cooperante, decidiu o IBBD preparar uma lista
geral de cabeçaihos de assunto a partir de seus fichários e com a
colaboração de bibliotecários da Biblioteca Nacional (BN) e da biblioteca
do Ministério da Fazenda. PROJETO CALCO Paralelamente a essas
atividades, o SIC foi encarregado, na pessoa de sua Diretora, Alice Príncipe
Barbosa, de efetuar estudos para utilização do MARC II (Machine readable
cataloging) no Brasil. Daí resultou o projeto CALCO (Catalogação legível
por computador) que foi objeto de Dissertação para obtenção do título de
Mestre no Curso de Ciência da Informação realizado no IBBD. (RBBD,
1973b). A segunda fase do Projeto consistiu no estudo de aproveitamento
das máquinas FRIDEN, existentes no Serviço, para servirem como
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 123
elementos de entrada em máquina no novo sistema. A falta de especialistas
na SINGER — revendedora daquele equipamento — tornou penosa aquela
fase mas os resultados foram compensadores. O novo sistema permitirá,
pois, a obtenção imediata das fichas processadas, antes da produção do
relatório respectivo, por computador. (RBBD, 1973b). No momento,
encontram-se em fase final, os testes de programa para listagens de autor
e assunto. O projeto CALCO vai exigir do SIC uma mudança de filosofia
que só será vitoriosa, entretanto, se contar com o apoio de algumas
bibliotecas de acervo representativo, inclusive a Biblioteca Nacional.
(RBBD, 1973b). CALCO e o Catálogo Coletivo Nacional de Livros Se o
formato CALCO for utilizado pelas Bibliotecas Públicas, pelo menos as mais
representativas, outras áreas de assunto — como Humanidades e Letras
não incluídas pelas Bibliotecas Especializadas — serão cobertas. Os
maiores subprodutos do CALCO serão a publicação automática do
Catálogo Coletivo Nacional de Livros e da Bibliografia Nacional corrente,
através de contribuição dada pelas bibliotecas cooperantes e pela
Biblioteca Nacional, respectivamente. (RBBD, 1973b). CALCO e os
Usuários As bibliotecas do País, muitas fugindo do eixo Rio-São Paulo,
ainda carentes de pessoal suficiente para a realização de seus trabalhos
técnicos, teriam, entre outras, as seguintes vantagens: — Padronização de
normas e cabeçalhos de assunto; — Liberação de seu pessoal técnico para
execução de outras tarefas; — Facilidade de compilação de catálogos,
mesmo sem possuir pessoal especializado; — Formação de catálogos
especiais, isto é, de editores, assuntos, obras traduzidas, série, etc. —
Aquisição de catálogos impressos acumulados e, portanto, atualização de
toda a produção semestral ou anual. (RBBD, 1973b). Nova Filosofia do
SIC O SIC usará uma filosofia totalmente diferente da até então em uso.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 124
Transformado numa Central de Processamento, outra linha será seguida.
Uma nova rede será formada, composta de um limitado número de
bibliotecas, as quais ficarão inteiramente responsáveis pela execução de
suas tarefas, de acordo com as instruções e normas a serem ditadas pela
Central. Não haverá trabalho de revisão. (RBBD, 1973b). As áreas dos
assuntos serão previamente delimitadas, o que, obviamente, redundará em
algumas duplicatas, considerando-se os múltiplos aspectos dos livros
atuais, servindo a campos diferentes. Como resultante, caberá à Central o
controle dessas duplicatas através um Fichário das catalogações em
processo, para evitar, dentro do possível, a entrada no computador de
fichas em duplicatas. (RBBD, 1973b). As bibliotecas integrantes da rede
terão apenas que redigir suas catalogações em folhas apropriadas
chamadas folha-de-entrada, preenchendo também os itens
correspondentes ao campo 008 (itens de recuperação), os quais só terão
condição de ser preenchidos tendo em mãos o livro a ser catalogado.
(RBBD, 1973b). MARC PARA AMÉRICA LATINA Na época da elaboração
do CALCO, longe estávamos de imaginar que 2 anos após a OEA
subvencionaria estudos para a elaboração de um formato de catalogação
automatizada para países latino-americanos. Esse formato receberá o
nome de MARCAL e servirá como fonte de informações da produção em
espanhol e português para o grande Banco de Dados armazenado na
memória dos computadores da L.C. (RBBD, 1973b). 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 125
São marcos importantes...
I encontro do programa bibliotecas do Brasil / Convênio entre
o INL e a BN / IBBD e o Catálogo Coletivo Nacional de
periódicos e o formato CALCO a) periódicos simples de
localização e formato CALCO b) pedidos de reprodução de
textos / Centros regionais do CCN contam com 16.000 títulos /
Estruturação do Catálogo Coletivo de livros / Estruturação do
Serviço de Intercâmbio de Catalogação SIC e da catalogação
cooperativa / Participação da BN e do Ministério da Fazenda
no projeto CALCO cuja diretora é Alice Príncipe Barbosa /
Utilização do MARC II no Brasil / O CALCO e o Catálogo
Coletivo de Livros – nacional / O CALCO e os usuários /
Viabilização de um formato MARC para a América Latina.
1974 ...
QUESTIONÁRIO BIBLIOTECA NACIONAL 1. Denominação da biblioteca
2. Data de fundação da biblioteca 3. Endereço 4. Caixa Postal Telefone 5.
Bairro Cidade Estado 6. Nome do diretor 7. Em que escola e ano se
formou? Qual o horário de funcionamento da biblioteca? Quantas pessoas
trabalham na biblioteca? Quantos bibliotecários trabalham na biblioteca?
Quantos auxiliares trabalham na biblioteca? Qual a formação escolar dos
auxiliares da biblioteca? (quantos possuem o Certificado equivalente ao
ginásio?) Poderia nos fornecer a listagem desses Auxiliares, separando-os
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVMbiblioteconomia – página 126
por escolaridade? (RBBD, 1974a)25. Acervos N.° de livros N.° de diafilmes
N.° de títulos de jornais N.° de diapositivos N.° de títulos de revistas N.° de
partituras N.° de gravuras N.° de manuscritos N.° de mapas N." de folhetos
N." de fotografias N.° de incunábuios Média mensal de consultas em 1973
15. Juntar organograma, especificando divisões e secções: desenho
simples e listagem 16. Quais os fichários mantidos: Autores .. Títulos ....
Sistemático 17. Qual a classificação usada? 18. Qual o código usado na
catalogação? 19. Quantas obras são classificadas e catalogadas
mensalmente? 20. Qual é o número de obras sem processar? 21. Qual foi o
número de obras entradas na contribuição legal, em 1973? 22. Qual é a
verba para a compra de livros em 1974? 23. Qual é a verba para a compra
de Periódicos em 1974? 24. Em que ano e número se encontra o boletim
bibliográfico? 25. Qual o equipamento reprográfico de que dispõe? Friden
tem selecta data? Qff-set Xerox Máquinas leitoras Marca Microfilmadoras
Marca 26. Qual o n.o de rolos de microfilmes em depósito? 27. Quais os
materiais já microfilmados? 28. Dispõe de telex? 29. Qual a população
desse estado? 30. Nome do atual governador 31. Mandato do governador
32. Endereço do palácio do governador 33. Endereços do arquivo estadual
e nacional. (RBBD, 1974a). QUESTIONÁRIO BIBLIOTECA PÚBLICA
(RBBD, 1974a). QUESTIONÁRIO BIBLIOTECA ESCOLAR (RBBD, 1974a).
QUESTIONÁRIO BIBLIOTECÁRIO (RBBD, 1974a). MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO E CULTURA INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO Convênio
celebrado entre o Instituto Nacional do Livro do Ministério da Educação e
Cultura e a Associação Profissional de Bibliotecários de Pernambuco, para
pesquisa sobre as condições das Bibliotecas Públicas (Municipais no
Estado de Pernambuco. (RBBD, 1974a). A EFETIVAÇÃO DE UMA
POLÍTICA NACIONAL DO LIVRO Roteiro da Palestra pronunciada por
25 R. Bras. Bibliotecon. Doe. 3(1/3): 17-31, jan./mar. 1974.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 127
Maria Alice Barroso, Diretora do INL. (RBBD, 1974a). MARIA ALICE
BARROSO, BIBLIOTECÁRIA DO ANO Discurso proferido pela Presidente
da FEBAB, Laura Garcia Moreno Russo, em Brasília, no dia 14 de março
de 1974, em saudação à Diretora do INL. (RBBD, 1974a). UNISIST
Programa de cooperação internacional no domínio da informação
científica e técnica. Durante a 17a sessão da Conferência geral da
UNESCO foi aprovada a publicação de um boletim de informação do
UNISIST, tratando de todos os aspectos da elaboração e da colocação em
operação de um programa mundial de informação técnica e científica e
atividades correlatas. (RBBD, 1974a). O leitor encontrará nele informações
relativas ao desenvolvimento do programa UNISIST, classificadas segundo
seus cinco principais objetivos a saber: — melhoria dos métodos, meios,
instrumentos de intercomunica- ção entre sistemas: — reforço do papel dos
dispositivos institucionais da cadeia de transferência de informações: —
formação de pessoal especializado; — elaboração da política e efetivação
de estruturas no domínio da informação científica: — ajuda aos países em
desenvolvimento, para a efetivação da infraestrutura da informação
científica e técnica. (RBBD, 1974a). PROGRAMA UNISIST Estudo sobre a
realização de um sistema mundial de informação científica, efetuado pela
Organização das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura e pelo
Conselho internacional das Entidades Científicas. (RBBD, 1974a). O
programa UNISIST, baseado em um estudo conjunto da UNESCO e do
CIUS, é um programa caracterizado pela continuidade e sucessão, que visa
coordenar as tendências atuais de cooperação e catalisar a evolução
necessária no domínio da informação científica e técnica. Ele tem por
objetivo a longo termo a efetivação, fundada na cooperação voluntária de
um esquema de serviços de informação ligados entre si. O UNISIST se
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 128
ocupará, inicialmente, das ciências fundamentais, aplicadas à engenharia e
à tecnologia, estendendo-se a seguir a outros domínios do conhecimento.
(RBBD, 1974a). Trata-se de um esforço internacional de síntese de toda
uma série de concepções, programas e políticas diversas, visando a
circulação livre da informação científica e técnica, de uma iniciativa sem
precedentes para estabilizar e coordenar as tendências atuais para a
cooperação internacional no domínio da comunicação da informação
científica. (RBBD, 1974a). O plano de trabalho para 1973-1974,
estabelecido conforme recomendações da Conferência Intergovernamental
do UNISIST, em outubro de 1971 e aprovado pela Conferência geral da
UNESCO, na sua 17a Sessão, responde a cinco objetivos principais:
(RBBD, 1974a). 1. Melhoria dos meios de intercomunicação entre
sistemas / 2. Melhoria da transmissão da informação / 3. Formação de
especialistas da informação / 4. Elaboração da política de
estabelecimento das redes nacionais no domínio da informação
científica / 5. Assistência especial aos países em desenvolvimento.
ÓRGÃOS DO UNISIST Durante a 17a Sessão, a Conferência Geral da
UNESCO aprovou o orçamento de USS 919.625,00 e o plano de trabalho
do UNISIST para 1973-1974, e elegeu uma Comissão Diretora,
encarregada de dirigir e controlar a planificação e execução do programa
UNISIST. Ela é constituída de representantes dos 18 países membros da
UNESCO, referidos a seguir: República Federal da Alemanha, Argentina,
Bélgica, China, Estados Unidos da América do Norte, Etiópia, França,
Gana, índia, Japão, Peru, Reino Unido, Sudão, Suécia, Tanzânia, Tuní- sia,
URSS e Iugoslávia. (RBBD, 1974a). A Conferência autorizou o Diretor geral
a criar um Comitê Consultivo que lhe informará sobre os progressos
realizados no programa UNISIST e a sua atitude em responder às
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 129
necessidades da comunidade mundial dos homens de ciência, dos
engenheiros e dos técnicos. (RBBD, 1974a). Tratou-se sobretudo, de dar
prosseguimento às recomendações da Conferência Intergovernamental
sobre o UNISIST. Os esforços fo: ram essencialmente feitos no sentido da
elaboração de planos detalhados para a ativação do programa UNISIST,
com prioridade nos seguintes objetivos: a. compatibilidade ou
convertibilidade dos sistemas de informação; b. formação teórica e prática
de especialistas e usuários da informação; c. ajuda aos países em
desenvolvimento para a criação da infraestrutura de informação científica e
técnica. (RBBD, 1974a). O programa previa inclusive a conclusão de
contratos para os trabalhos especiais: a. A Federação internacional de
Documentação adquiriu, em cooperação com a National Federation of
Abstracting and Indexing Services, a preparação dos dados de entrada
do inventário mundial, sob forma legível por máquina, dos servi- ços de
resumos analíticos e de indexação, trabalho que deve resultar, em 1974, na
produção do fichário principal em fita magnética. b. O manual de referência
UNISIST/CIUS-AB para a preparação de descrições bibliográficas legíveis
à máquina foi submetido a ensaios organizados, controlados e avaliados
pela Postgraduate School of Librarianship e Information Science (Escola
superior de biblioteconomia e da ciência da informação) da Universidade de
Sheffield; a versão definitiva do manual estará pronta a operar em função
dos resultados obtidos e será largamente difundida. c. O centro
internacional de dados sobre as publicações em sé- rie começou a
funcionar (ver, no presente número, a seção entitulada SistemaInternacional de Dados sobre as Publica- ções em Série). d. O escritório de
resumos analíticos do conselho internacional das uniões científicas
conseguiu concretizar um plano que tende a desenvolver a cooperação dos
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 130
serviços de resumos analíticos e de indexação ao nível de entrada. (RBBD,
1974a). UNISIST SISTEMA INTERNACIONAL DE DADOS SOBRE AS
PUBLICAÇÕES EM SÉRIE O sistema internacional de dados sobre as
publicações em serie (ISDS), criado no quadro do programa UNISIST, é
uma cadeia internacional de centros operacionais, conjuntamente
encarregados da criação e operação de depósitos de dados fundados sobre
o emprego de ordenadores. (RBBD, 1974a). Os objetivos do sistema são os
seguintes: a. estabelecer e manter atualizado um registro internacional de
publicações em série com todas as informações necessárias à identificação
dessas publicações; b. definir e promover a utilização de um código
normalizado tendo por objetivo conferir a cada série de publicações um
número de identificação único (International Standard Serial Number/ISSN):
c. facilitar o depósito da informação científica e técnica nas publicações em
série; d. ter permanentemente estas informações à disposição de todos os
países, organismos e usuários particulares; e. estabelecer redes de
comunicação entre bibliotecas, servi- ços de informação secundária,
editores de publicações em série e organizações internacionais; f. promover
normas internacionais para a descrição bibliográ- fica, formatos de
comunicação e intercâmbio de informações no domínio das publicações em
série. (RBBD, 1974a). O centro internacional do ISDS está em Paris em
virtude de um acordo entre a UNESCO e o governo francês. Sua sede
encontra-se provisoriamente na Biblioteca Nacional. (RBBD, 1974a). O
centro internacional estabelecerá um catálogo internacional de publicações
em série em proveito de todos os países. Será, porém, limitado às
publicações científicas e técnicas, sendo progressivamente estendido a
todas as matérias. (RBBD, 1974a). Será atribuído a cada título um número
de série internacional, normalizado (ISSN), conhecido pela Organização
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PAPIRVM biblioteconomia – página 131
Internacional de Normalização (ISO). O sistema permitirá obter os
seguintes produtos: (RBBD, 1974a). índice de títulos; índice dos ISSN;
registro das publicações periódicas do ISDS (Registros); índice sistemático
de títulos (CTI); índice de títulos novos e modificados (N e AT); títulos novos
cumulados (CNT); índice permutado; fichário de referência sobre
microfichas (iVIRF). (RBBD, 1974a). O estabelecimento de centros
nacionais ou regionais cabe aos países membros e aos associados da
UNESCO que desejam participar do programa UNISIST. (...) A constituição
de um fichário internacional de publicações em série coerente supõe uma
estreita cooperação entre todos os membros do ISDS. (RBBD, 1974a). Em
novembro de 1972, o Diretor geral da UNESCO anunciou aos países
membros a criação do centro internacional e os convidou a cooperar com o
ISDS para o estabelecimento dos centros nacionais ou regionais. Diretrizes
provisórias foram estabelecidas a fim de ajudá-los a criar seus centros
nacionais ou regionais. A versão definitiva dessas diretivas está em vias de
estabelecimento, e será dentro em pouco o objeto de uma larga difusão em
inglês, francês, espanhol e russo. (RBBD, 1974a). A reação dos países
membros foi extremamente encorajadora e até o presente foram criados ou
estão em vias de sê-lo centros nacionais ou regionais nos seguintes países:
República Federal da Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Canadá,
Colômbia, Daomé, Estados Unidos, França, Guatemala, índia, Itália, Malta,
Nigéria, Nova Zelândia, Filipinas, Inglaterra e URSS. (RBBD, 1974a). Para
qualquer pedido de informações complementares e de atribuição do ISSN,
escrever ao Centro Internacional do ISDS, Bibliothè- que Nationale, 58 rue
de Richelieu, 75002, Paris — França. (RBBD, 1974a). CENTRO
INTERNACIONAL DE INFORMAÇÃO EM TECNOLOGIA O centro
internacional de informações sobre a terminologia (INFOTERM) foi fundado
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PAPIRVM biblioteconomia – página 132
em Viena em 1971, no quadro do programa UNISIST, em virtude de um
contrato feito entre a UNESCO e o Instituto Austríaco de Normalização, que
assegura o secretariado, do comitê técnico 37 "Terminologia" (princípios e
coordenação) do ISO. (RBBD, 1974a). O centro está encarregado de
coordenar as atividades terminoló- gicas do mundo inteiro e preencher as
funções de documentação e da informação seguintes: — reunião das
publicações referentes à terminologia, em todo o mundo, em particular de
normas e princípios terminológicos e dos dicionários especializados. —
informação relativa às bibliotecas terminológicas e, na medida do possível,
de suas fontes. — ampla difusão das coletas sobre as publicações
terminológicas existentes ou em preparação. — informação sobre os cursos
de terminologia: ou arquivo consultivo junto às instituições, notadamente
nos países em desenvolvimento, por ocasião da execução de projetos
terminológicos. — estudo da possibilidade de interconexão entre bancos de
palavras (terminologia). Para maiores informações, dirigir-se a; INFOTERM,
Institut Autrichien de Normalisation. Leopoldsgasse 4, 1020 Vienne,
Autriche. (RBBD, 1974a). O ISDS é um sistema a dois níveis, compreendendo; —
um centro internacional (Cl); — centros nacionais e regionais. (RBBD,
1974a). Comecemos com uma proposição sobre a qual todos
concordamos: a viabilidade das fichas catalográficas do Library of
Congress é intoleravelmente lenta, mesmo quando as adquirimos em
forma de primeiras provas, ou de fitas magnéticas produzidas pelo projeto
MARC (Machine Readable Cataloging). (GORE, 1974)26. Minha proposição
é a seguinte: o problema da morosidade na catalogação, quando bem
analisado, é falha nossa; no entanto, gostamos de jogar a culpa no
26 GORE, D. Na vertiginosa busca do FASTCAT. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 3(1/3): 59-
66, jan./mar. 1974 .
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PAPIRVM biblioteconomia – página 133
Departamento de Catalogação do LC; por isso, se desejássemos,
sinceramente, resolver o problema, deveríamos parar de acusar
Washington e começar a procurar a solução nas nossas próprias
bibliotecas. (GORE, 1974). Se o LC diminuísse sua rapidez ou parasse,
nem eu, nem minha equipe de catalogadores, de Macalester, o notaríamos
e nem mesmo os estudantes das Faculdades, que procuram acesso
imediato aos livros novos. Acrescentaria ainda que, se os catalogadores do
LC fossem mais rápidos, não receberiam de minha parte nenhum
agradecimento especial, pois, como já disse, suas fichas catalográficas são
boas assim como são, graças à criação de um novo sistema chamado
FASTCAT (Fast Catalog). (GORE, 1974). Não sei se Marvin Scilken, da
Orange Public Library, de New Jersey, sentir-se-ia honrado em ser
identificado como o pai do FASTCAT, mas creio que sim; em nenhum outro
caso, a paternidade cabe tão bem como neste. Leia-se o ensaio de Scilken
no Library Journal de setembro de 1969 e ver-se-á que o FASTCAT, embora
não mencionado por este nome, é realmente criação sua. Sem penetrar nos
mistérios da filogenia do FASTCAT, contarei algo sobre seus tra- ços
característicos e sua prodigiosa façanha. (GORE, 1974). O FASTCAT é um
sistema particularmente prático para bibliotecas que recebem livros por
meio de um "approval plan" Uma vez que esses livroschegam à biblioteca
meses antes do que chegariam se encomendados de modo convencional,
eles agravariam o problema do acúmulo na catalogação. Quanto mais
rápido o livro chega à biblioteca, mais tempo tem de esperar na seção de
catalogação. Com o FASTCAT, a vantagem de receber livros cedo torna-se
realmente a vantagem desejada pelo vendedor; o livro chega ao usuário
multo mais cedo do que acontece, em geral, com os livros encomendados
convencionalmente. (GORE, 1974). A BIBLIOTECA DO COLÉGIO RIO
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PAPIRVM biblioteconomia – página 134
BRANCO E O SEU FASTCAT As bibliotecas brasileiras, como as de outros
países, sentem o problema do acúmulo de material a ser processado, ora
por falta de pessoal, ora por recebimento de doações; enfim, é quase
permanente, em nossas bibliotecas, a existência de um acervo à espera de
processamento. (SANTOS, 1974)27. 1. A primeira via, de papel mais
resistente e em cor branca, será de tombo, depois de catalogado o material.
A via de cor azul é imediatamente alfabetada no catálogo de tombo. Desta
maneira, ao selecionarmos material para aquisição, consultamos o catálogo
de tombo, constantemente em dia, e evitamos aquisição de duplicatas
inúteis. (SANTOS, 1974). 2. A via de cor verde serve de ficha-guia que
acompanha o material enquanto está sendo processado. Nele anotamos o
número de chamada, os cabeçalhos de assunto, nome certo etc. Depois de
processado o material, a ficha verde é reunida em grupos para compor
bibliografias que são enviadas aos especialistas. Por exemplo: livros de
pedagogia e psicologia compõem uma bibliografia que é enviada a
professores. (SANTOS, 1974). 3. A via de cor amarela tem função mais
importante: serve para indicar ao usuário o conteúdo da biblioteca-hoje. É o
que corresponde, mais ou menos, ao FASTCAT. Nós as chamamos de "as
amarelinhas", que são inseridas no catálogo de autor e título, em ordem
alfabética. Deste modo o usuário, ao consultar o catálogo, encontrará,
numa ordem alfabética única, o material processado ou não, que compõe o
acervo de nossa Biblioteca. (SANTOS, 1974). INSTITUTO BRASILEIRO DE
BIBLIOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO Considerações sobre as regras
relativas às entradas catalográficas de entidades corporativas. A instituição,
no IBBD, de Seminários internos para discussão de problemas de
Catalogação, teve como objetivo primordial auxiliar a Catalogação
27 SANTOS, M. de S. A biblioteca do Colégio Rio Branco e o seu FASTCAT. R. Brás. 
Bibliotecon. Doe. 3 (1/3): 59-66. jan./mar. 1974 
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PAPIRVM biblioteconomia – página 135
Cooperativa e fornecer subsídios para o Encontro de Professores, este
patrocinado pela ABEBD em conjunto com o IBBD. (RBBD, 1974a). O
Código de Catalogação Anglo-americano de 1967 reconhecendo as
dificuldades existentes, até então, para distinguir sociedades de
instituições, apresenta somente dois tipos de órgãos: Os não
governamentais entrando diretamente pelos seus nomes, como aparecem
na folha-de-rosto, e os governamentais entrando pelo nome da área sobre
a qual eles exercem jurisdição. Os órgãos não governamentais
compreendem as Federações, Associações, Sociedades, Fundações etc
(RBBD, 1974a). O AACR geralmente restringe as entradas pelo nome dos
países, estados para os órgãos que exercem as funções legislativas ou
judiciárias, ou executivas do governo, incluindo, de acordo com a regra
78B, os Ministérios, Departamentos, Divisões, Setores, Seções e seus
equivalentes em línguas estrangeiras. Para outros órgãos do governo a
entrada é diretamente pelos seus nomes, caso eles pertençam a uma das
sete categorias relacionadas na regra 78A. (RBBD, 1974a). ANEXO 1 —
SUGESTÕES PARA ENTRADAS DE ENTIDADES OFICIAIS E USO DE
SIGLAS a) Órgãos governamentais que entram subordinados ao nome do
país, de acordo com a regra 78B (RBBD, 1974a). MÚSICA EM BRAILLE A
Fundação para o Livro do Cego do Brasil recebeu em doação, em
dezembro último, 500 partituras de música erudita, de mais de uma centena
de autores, escritas em Braille. (RBBD, 1974a). A Bibliotecária Regina
Maria Soares de Oliveira, do Instituto Brasileiro de Bibliografia e
Documentação, levou a efeito o que provavelmente constitui nosso
primeiro levantamento bibliográfico sobre pós-graduação. (OLIVEIRA,
1974)28. Listagens: - BIBLIOGRAFIA PÓS-GRADUAÇÃO; - ENTIDADES DE
28 OLIVEIRA, R. M. S. de. Pós-graduação: levantamento bibliográfico. R. Bras.
Bibliotecon. Doe. 3 (1/3): 77-96, jan./mar. 1974 
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PAPIRVM biblioteconomia – página 136
CLASSE FEBAB; - COMISSÕES PERMANENTES FEBAB; -
ASSOCIAÇÕES FILIADAS À FEBAB; - CONSELHOS DE
BIBLIOTECONOMIA; - CURSOS, ESCOLAS, FACULDADES
BIBLIOTECONOMIA / ASSOCIAÇÕES FILIADAS (RBBD, 1974a)
Associação Paulista de Bibliotecários 
Associação Profissional de Bibliotecários do Estado de Pernambuco
Associação Profissional de Bibliotecários do Estado da Guanabara
Associação Riograndense de Bibliotecários 
Associação Profissional de Bibliotecários do Estado da Bahia
Associação dos Bibliotecários Municipais de São Paulo 
Associação de Bibliotecários de Minas Gerais 
Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal 
Associação Campineira de Bibliotecários 
Associação dos Bibliotecários do Ceará 
Associação dos Bibliotecários Sãocarlenses 
Associação Paraense de Bibliotecários 
Associação Bibliotecária do Paraná 
Associação Amazonense de Bibliotecários 
Associação Profissional de Bibliotecários do Estado do Maranhão
São marcos importantes...
Questionário da BN e o primeiro estudo de usuários em
âmbito nacional / UNISIST Programa de Cooperação
Internacional: 1) melhoria dos meios de intercomunicação
entre sistemas; 2) melhoria da transmissão da informação; 3)
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PAPIRVM biblioteconomia – página 137
formação de especialistas da informação; 4) elaboração da
política de estabelecimento das redes nacionais no domínio
da informação científica; 5) assistência especial aos países
em desenvolvimento / UNISIST e as publicações em série /
Centro Internacional de Informação em Tecnologia e o
INFORTERM / o problema do acesso às fichas da LC e a
solução pelo FASTCAT (fast catalog) / IBBD estabelece
cabeçalhos de entidades / listagem das associações filiadas à
FEBAB.
UNIVERSIDADE DE S. PAULO Resolução 413, de 30 de abril de 1974
Baixa o Regulamento do Centro de Documentação Sobre a Amé- rica
Latina — CEDAL. O Reitor da Universidade de São Paulo, usando de suas
atribui- ções legais e tendo em vista o deliberado pelo Conselho
Universitário, em Sessão realizada a 2 de abril de 1974, baixa a seguinte
Resolução: Art. 1° — Fica aprovado o Regulamento do Centro de
Documentação Sobre a América Latina — CEDAL, que com esta baixa.
(RBBD, 1974b)29. CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO Resolução 29,
de 14 de junho de 1974 O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, no uso de atribuição legal e tendo em vista o Parecer n.°
1.037/74, homologado pelo Exmo. Sr. Ministro da Educação e Cultura.
RESOLVE Art. 1.° — A criação de universidades, nos termos do artigo 7.°
da Lei n.° 5.540, de 28.11.68, far-se-á de acordo com uma das seguintes
modalidades: (RBBD, 1974b). Art. 12 — O processo de autorização, ou de
reconhecimento, deverá incluir documentação relativa aos seguintes itens:
29 R. Bras. Bibliotecon. Doe. 3(4/6): 117-146, abr./jun. 1974.
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PAPIRVM biblioteconomia – página 138
1) natureza jurídica da instituição e comprovação da idoneidade moral de
seus dirigentes: 2) patrimônio e capacidade financeira: 3)edifícios e demais
instalações; 4) equipamentos e laboratórios; 5) biblioteca; 6) estatuto e
regimento geral; 7) qualificação do corpo docente; 8) dados relativos ao
corpo discente, quando se tratar de reconhecimento; (RBBD, 1974b). Art.
19 — Com o objetivo de verificar in loco as condições de instalação e
funcionamento da universidade que houver requerido autorização ou
reconhecimento, o Conselho Federal de Educação designará uma
comissão de especialistas, de reconhecida competência, cuja composição
será proporcional ao número e natureza dos cursos solicitados. (RBBD,
1974b). CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO BIBLIOTECÁRIO
SEÇÃO Dos Objetivos Art. 1.° — O Código de Ética Profissional tem por
objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os profissionais de
Biblioteconomia, quando no exercício profissional, indicando normas de
conduta que devem inspirar suas atividades, regulando suas relações com
a classe, com os poderes públicos, a sociedade e o público em particular.
(RBBD, 1974b). Art. 2° — Incumbe ao Bibliotecário considerar e
dignificar a profissão; (RBBD, 1974b). / Art. 3.° — Obriga o Bibliotecário
a observar os ditames da ciência e da técnica, (...) SEÇÃO II Dos
Deveras e Proibições Fundamentais (RBBD, 1974b). / Art. 4.° — Os
deveres do profissional de Biblioteconomia compreendem, além do
exercício regular de suas atividades (RBBD, 1974b). / Art. 5.° —
Cumpre ao profissional de Biblioteconomia: (RBBD, 1974b). / Art. 6.°
— Não se permite ao profissional de Biblioteconomia: (RBBD, 1974b). /
Art. 7.° — O Bibliotecário poderá publicar, na imprensa, afirmações
que não sejam difamatórias, (RBBD, 1974b). / Dos Deveres em Relação
aos Colegas e à Classe Art. 8.° — (RBBD, 1974b). / Art. 9.° — O
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 139
Bibliotecário deve, em relação aos colegas, (RBBD, 1974b). / Art. 10 —
O Bibliotecário deve, com relação à classe, observar as seguintes
normas: (RBBD, 1974b). / Dos Deveres em Relação aos Usuários , Art.
11 — O Bibliotecário deve, em relação aos usuários, observar a
seguinte conduta: (RBBD, 1974b). / SEÇÃO III Do Procedimento no
Setor Público e Privado Art. 12 — Deve o Bibliotecário interessar-se
pelo bem público (RBBD, 1974b). / Art. 13 — No desempenho de cargo
ou função, (RBBD, 1974b). / Art. 14 — Atuar dentro da melhor técnica
(RBBD, 1974b). / Art. 15 — Exercer o trabalho profissional com ...
(RBBD, 1974b). / Art. 16 — Ter sempre em vista o bem estar e o
progresso (RBBD, 1974b). § 1.° — Facilitar e estimular a atividade
funcional ... ; § 2.° — Defender o princípio ... § 3.° — Reconhecer e
respeitar ... (RBBD, 1974b). Art. 17 — Não utilizar sua ... (RBBD, 1974b). /
Art. 18 — Manter-se atualizado ... (RBBD, 1974b). § 1.° — Manter-se em
dia ... § 2,° — Procurar colaborar ... § 3.° — Ter sempre presente (RBBD,
1974b). SEÇÃO IV Dos Honorários Profissionais Art. 19 — Os honorários
profissionais devem ser fixados ... (RBBD, 1974b). Art. 20 — O
bibliotecário deve exigir justa remuneração ... (RBBD, 1974b). SEÇÃO V
Das Infrações Disciplinares e Penalidades Art. 22 — A transgressão ...
(RBBD, 1974b). Art. 23 — O julgamento das questões ... (RBBD, 1974b).
Art. 24 — Serão igualmente ... (RBBD, 1974b). SEÇÃO VI Extensão do
Código Art. 25 — As normas deste ... (RBBD, 1974b). SEÇÃO VII
Modificação do Código Art. 26 — Qualquer modificação ... (RBBD,
1974b). SEÇÃO VIII Aplicações de Sanções Art. 27 — O Conselho
Federal de Biblioteconomia deverá baixar ... (RBBD, 1974b). SEÇÃO IX
Vigência do Código Art. 28 — O presente Código... (RBBD, 1974b).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 140
São marcos importantes...
A estruturação do Centro de Documentação sobre a América
Latina – CEDAL / O Conselho Federal de Educação
estabelece para a criação de universidades: a existência de
uma biblioteca e com perspectivas de verificação desta in loco
/ O primeiro código de ética do bibliotecário é implantado pela
FEBAB. ATENÇÃO!!! CONSELHO FEDERAL DE
BIBLIOTECONOMIA RESOLUÇÃO CFB N.º 42 DE 11 DE
JANEIRO DE 2002. Dispõe sobre Código do Ética do
Conselho Federal de Biblioteconomia.
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE BIBLIOTECÁRIOS De 15
a 21 de Junho de 1974 será realizada em S. Paulo a III Assembléia Geral da*
Comissões Permanentes: CBDA, CBOJ, CBDBP, CBDB, CBDT e CBDBE.
(RBBD, 1974b). INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO CONTRATO Contrato
celebrado entre o Instituto Nacional do Livro, do Ministério da Educa- ção e
Cultura, e a Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários - FEBAB,
para publicação da "Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação".
(RBBD, 1974b). INL: PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DE SERVIÇOS
BIBLIOTECÁRIOS NA REGIÃO DA TRANSAMAZÔNICA Projeto do Instituto
Nacional do Livro para Implantação de serviços bibliotecários na região da
Transamazônica — 2.' etapa — janeiro — dezembro — 1974. (RBBD, 1974b).
PROJETO PILOTO PARA DESENVOLVIMENTO DE BIBLIOTECAS
PÚBLICAS INTEGRADAS EM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DE ADULTOS E
ALFABETIZAÇÃO Primeira Reunião realizada na SUDENE, em Recife, em 24
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 141
de abril de 1974. (RBBD, 1974b). UNESCO — CURSO DE PLANEJAMENTO
DE SISTEMAS REGIONAIS DE BIBLIOTECAS INL — PROGRAMA DE
BIBLIOTECAS OBJETIVOS: Instruir os bibliotecários nos métodos e técnicas
de planejamento e elaboração de projetos de Sistemas de Bibliotecas
Públicas, levando em conta as características próprias da região, da
população, interesses e possibilidades de ação compatíveis com outros planos
nacionais, regionais e internacionais; (RBBD, 1974b).
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 3(4/6): 165-173, abr./jun. 1974 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 142
São marcos importantes...1974b (continuação)
O contrato estabelecido entre o INL, MEC e a FEBAB / Projeto
para implantação de serviços bibliotecários na região da
transamazônica / Projeto piloto para desenvolvimento de
bibliotecas públicas integradas em programa de educação de
adultos e a alfabetização – primeira reunião realizada na
SUDENE / a UNESCO e o curso de planejamento de sistemas
regionais das bibliotecas INL / A biblioteca e o seu meio
ambiente / Centro de cultura e de Documentação e da
Informação – Biblioteca do Estado da Bahia – a) especializada
; b) especial ; c) pública / as 11 seções reestruturadas: 1)
processamento técnico; 2) documentação; 3) Bibliotecas
escolares do Estado; 4) restauração; 5) audiovisual; 6)
Extensão ; 7) Informação e assistência; 8) Obras raras; 9)
Normas; 10) Promoção e divulgação; 11) Administração / A
ficha catalográfica da Biblioteca Central da Bahia e a
catalogação na fonte.
A BIBLIOTECA E SEU MEIO AMBIENTE Palestra proferida no IX FUSE,
em São Paulo, no dia 13 de maio de 1974, por Adalgisa Moniz de Aragão,
Diretora da Divisão de Bibliotecas do Estado da Bahia. (RBBD, 1974b).
Para que a Biblioteca possa atingir essa condição de Centro de Cultura e
de Documentação e da Informação, três metas essenciais devem ser
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 143
alcançadas. E que são requisitos indispensáveis ao bom funcionamento da
Instituição. 1) Estrutura Funcional dos Serviços de Biblioteca, com os seus
complementos: Organograma, Regimento, etc. 2) Edifício apropriado que
abrigue essa estrutura. 3) Equipamento que forneça condições funcionais
de operação. (RBBD, 1974b). Assim, quando se pretende planejar uma
Biblioteca, a primeira etapa do planejamentoserá definir o seu tipo
característico de atuação para fim estrutural: a) Especializada b) Especial
c) Pública. (RBBD, 1974b). A amplitude de campo de ação da Biblioteca
exigiu uma estrutura minuciosa. Por isto foram estabelecidas 11 (onze)
seções; cada uma responsável por um determinado número de atividades:
SEÇÃO DE PROCESSAMENTO TÉCNICO, responsável pela seção,
aquisição, compra, permuta e registro de todo o acervo das bibliotecas
pertencentes à sua rede. SEÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO que processa toda
a documenta- ção para colocá-la a serviço dos estudantes e pesquisadores.
Essa seção possui um laboratório fotográfico e reprográfico e sala de leitura
com dois ambientes para leitura. SEÇÃO DE BIBLIOTECAS ESCOLARES,
que presta assistência a toda rede escolar de Salvador e Interior dando-lhe
orientação técnica. SEÇÃO DE RESTAURAÇÃO, que tem por objetivo
restaurar e encadernar todos os livros da Biblioteca Central do Estado, e
demais Bibliotecas da rede. SEÇÃO AUDIOVISUAL, constando de
mapoteca, discoteca, iconoteca, filmoteca, serviço educativo de rádio e
televisão. SEÇÃO DE EXTENSÃO, que cuida da ampliação e extensão
gradual da Biblioteca como resultado dos estudos e pesquisas feitas pela
Divisão de Bibliotecas, órgão diretor do sistema de bibliotecas do Estado.
Assim, segundo as necessidades, são instaladas Bibliotecas Públicas nos
Bairros e subúrbios de Salvador, mantendo ainda esta seção bibliotecas
ambulantes e volantes nos bairros e localidades que não possuem
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 144
Bibliotecas Fixas. SEÇÃO DE INFORMAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO
PÚBLICO, que promove e assegura a prestação de serviços, no recinto da
Biblioteca, a todos os que queiram dela fazer uso. Esta seção é composta
dos setores de leitura, referência, periódicos, artes, braille, circulantes.
SEÇÃO DE OBRAS RARAS, que põe ao alcance do interessado as obras
que pelas suas características são consideradas raras, preciosas ou
valiosas. SEÇÃO DE NORMAS E CONTROLE, que tem por objetivo
elaborar planos para a instalação de bibliotecas. Estabelecer normas de
funcionamento para todas as bibliotecas da rede. Fornecer orienta- ção
técnico-administrativo. SEÇÃO DE PROMOÇÃO E DIVULGAÇÃO,
responsável por todo o programa Cultural da Biblioteca Central do Estado.
Promove pesquisas das necessidades literárias e recreativas da
comunidade. Edita um Boletim Informativo para divulgar os serviços do
Sistema de Bibliotecas. Promove a realização de cursos, seminários, para
treinamento e atualização de pessoal. Promove conferências, cursos,
palestras, exposições, concertos, cinema, etc.. Para isto conta com 4
(quatro) salas de aula com capacidades diferentes e um auditório. SEÇÃO
DE ADMINISTRAÇÃO, encarregada do registro de todo o expediente que
entra na Biblioteca, da datilografia de toda a correspondência, da
elaboração do orçamento, de recolhimento e elabora- ção de dados
estatísticos, da distribuição do material permanente, etc. (RBBD, 1974b). A
ficha catalográfica, ou melhor, os dados catalográficos impressos nas
publicações — nem sempre há uma cercadura que sugira a idéia de ficha
— permite que o livro se identifique por si próprio, da maneira "mais
accessível, mais precisa e mais informativa" descoberta até hoje.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 145
(CARNEIRO, 1974, p. 174)30. Explicamos: toda obra imprensa deve
apresentar os dados necessários à sua identificação e individualização, tais
como título; nome do autor ou autores (pessoa ou entidade responsável
pelo conteúdo intelectual ou artístico da obra); nomes de outras pessoas
que lhe deram contribuição importante, por exemplo, organizadores,
compiladores. comentadores, ilustradores etc.; número da edição e/ou
informação quanto à revisão, atualização etc.; nome da editora, cidade em
que está sediada, data de publicação ou impressão, além de outros
elementos que determinam as características físicas da publicação: páginas
e/ou volumes, ilustrações. Esses elementos achamse dispersos nos livros,
embora os principais costumem aparecer no frontispício. Mas podemos
encontrá-los também na capa, no olho, verso do frontispício, colofão31,
orelhas e no próprio texto. (CARNEIRO, 1974). A Catalogação na fonte,
ou Catalogação na publicação, operação realizada antes do livro ser
impresso, permite que todos os dados identificadores fiquem reunidos num
único local, de fácil acesso aos que manuseiam o documento,
descrevendo-o de maneira sucinta e precisa, fornecendo, ademais, outras
informações úteis: a indicação de que inclui bibliografia, de que faz parte de
uma coleção ou sé- rie etc. (CARNEIRO, 1974, p. 174). Mas seu valor não
reside apenas na descrição bibliográfica: a análise do conteúdo da obra
permite que se determine, em poucas palavras ou frases, o assunto ou
assuntos principais que aborda, Indicando outros dados que merecem ser
30 CARNEIRO, R. Câmara Brasileira do Livro, catalogação na fonte. R. Bras. 
Bibliotecon. Doe. 3[4/6); 174-175, abr./jun. 1974 
31 COLOFAO — informações referentes à impressão da obra, que aparecem no fim do
livro. "A palavra Colofão, que achamos tão útil hoje em dia, vem da cidade Jônica que
tem esse nome. Nos tempos clássicos e medievais parece ter significado qualquer
coisa como "a última palavra", referindo-se ao hábito dos colofonenses de deixar as
melhores tropas na reserva. Seu uso para indicar a vinheta de um livro parece datar
somente do século XVIII". (CARNEIRO, 1974).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 146
destacados: nomes de coautores, organizadores, ilustradores etc., título da
obra, título da coleção, que se poderão desdobrar em outras tantas fichas
ou entradas para formar um catálogo, facilitando a abordagem da
publicação e a recuperação das informações. São Incluídos, também,
símbolos (números que representam os assuntos e nomes dos autores)
que permitem o arranjo dos livros nas estantes e a ordenação das fichas
nos catálogos. (CARNEIRO, 1974). Os dados catalográficos impressos nas
publicações, unidos indeleveimente ao seu destino, revestem-se de grande
importância para os bibliotecários, pois que evitam a duplicação irracional
do processo da catalogação, mas interessam a todos que, por qualquer
motivo, estiverem ligados à sua produção ou ao seu consumo.
(CARNEIRO, 1974, p. 175). Embora o processo de Catalogação na fonte
seja utilizado esporadicamente em alguns países, há somente quatro que o
realizam de maneira sistemática: a U.R.S.S., há mais de 10 anos, a
Austrália, a partir deste ano e os Estados Unidos, onde existe a maior
central de Catalogação na publicação do mundo: a Biblioteca do
Congresso, em Washington, que já catalogou na fonte, desde julho de
1971, quando iniciou essa atividade, até abril de 1974, 32.529 títulos,
publicados por cerca de 630 editoras, abrangendo, mais ou menos, 75%
dos livros publicados nesse período. (CARNEIRO, 1974, p. 175). O Brasil é
o 4.° país que conta com centrais de Catalogação na fonte, criadas em
1971 por iniciativa da Câmara Brasileira do Livro e do Sindicato Nacional
dos Editores de Livros, localizadas, respectivamente, em São Paulo — na
av. Ipiranga, 1267, 10.° andar e na cidade do Rio de Janeiro — Av. Rio
Branco, 37, 15.° andar. (CARNEIRO, 1974, p. 175). 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 147
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 3(4/6): 174-175, abr./jun. 1974 
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 3(4/6): 174-175, abr./jun. 1974 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRAPAPIRVM biblioteconomia – página 148
São marcos importantes...1974c
Ministério do Trabalho e a criação do Sistema CFB e CRB's /
criação da CAPES e a estruturação da pós-graduação /
Dados do INL = 1.000 bibliotecas cadastradas / III Bienal
internacional do livro organizada pela FEBAB / Apresentação
em congresso das comissões especializadas em
documentação agrícola, biomédica, jurídica, tecnológica,
bibliotecas públicas, escolares.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO 29, DE 14 DE
JUNHO DE 1974 O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, no uso de atribuição legal e tendo em vista o Parecer
1.037/74, homologado pelo Exmo. Sr. Ministro da Educação e Cultura,
RESOLVE Art. 1.° — A criação de universidades, nos termos do artigo 7.°
da Lei 5 540, de 28.11.68, far-se-á de acordo com uma das seguintes
modalidades: Art. 12 — O processo de autorização, ou de reconhecimento,
deverá incluir documentação relativa aos seguintes itens: 5) biblioteca.
(RBBD, 1974c)32. MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL
DECRETO 74.296 — DE 16 DE JULHO DE 1974 Dispõe sobre a estrutura
básica do IMinistério do Trabalho (MTb) e dá outras providências. Art. 4° —
São vinculadas ao Ministério do Trabalho as seguintes entidades: 2 —
Conselho Federal e Conselhos Regionais de Biblioteconomia. (RBBD,
1974c). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA CAPES DECRETO
74.299 — DE 18 DE JULHO DE 1974 Dispõe sobre a Coordenação de
32 R. Bras. Bibliotecon. Doc. 4 (1/3): 29-49, Jul./set. 1974.
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PAPIRVM biblioteconomia – página 149
Aperfei- çoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e dá outras
providências. (RBBD, 1974c). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
CONSELHO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO DECRETO 73.411 — DE
4 DE JANEIRO DE 1974 Institui o Conselho Nacional de Pós-Graduação e
dá outras providências. Art. 2° — São atribuições do Conselho Nacional de
Pós-Graduação..(RBBD, 1974c). DECRETO 74.300 — DE 18 DE JULHO
DE 1974 Altera disposições do Decreto 73.411, de 4 de janeiro de 1974,
que instituiu o Conselho Nacional de Pós-Graduação e dá outras
providências. (RBBD, 1974c). INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO Em 1972
o INL contava com pouco mais de 1.000 bibliotecas cadastradas. Com a
ampla divulgação de seus serviços, junto às Prefeituras Municipais, o
número de registros subiu para 2.500. Cada biblioteca recebe, anualmente,
cerca de 400 obras literárias. A Seção de Seleção e Distribuição envia livros
selecionados, de acordo com a clientela a que se destinam, entretanto as
bibliotecas públicas têm prioridade. Em 1972 o INL distribuiu 500 mil
volumes. (RBBD, 1974c). III BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE BIBLIOTECÁRIOS III
ASSEMBLÉIA DAS COMISSÕES PERMANENTES CBDA CBDJ CBDBP
CBDB CBDT CBDBE 15 a 21 de junho de 1974 (RBBD, 1974c).
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE BIBLIOTECÁRIOS III
ASSEMBLÉIA DAS COMISSÕES PERMANENTES E Encontros dos
Bibliotecários das áreas de Documentação Agrícola, Biomédica, Jurídica,
Tecnológica, Bibliotecas Públicas e Bibliotecas Escolares. (RBBD, 1974c).
COMISSÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO AGRÍCOLA - presidente -
Cely Farias Raphael (RBBD, 1974c). TRABALHOS APRESENTADOS - 1.
Diretório agrícola de bibliotecários e instituições do Brasil. Cely Farias
Raphael 2. Guia para aquisição de livros e periódicos no estrangeiro.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
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Gabriella Mennl Ferrari e Ester Keiko Ishida 3. Planejamento do centro de
Informação de teses em ciências agrí- colas. Dina Maria Bueno Moretti;
Maria Elisabeth Ferreira de Carvalho; Odette Simão; Sônia Corrêa da
Rocha 4. Recursos das bibliotecas agrícolas no Rio Grande do Sul. Maria
Olinda Cozza Magrisso 5. EMBRAPA: o Departamento de Informação e
Documentação. Alexandre do Espírito Santo 6. A terminologia e o
microfilme nas bibliotecas brasileiras. Ana Maria Pedroso Voss e Cleusa
Dias Martins 7. A integração do Brasil ao Sistema Internacional de
Informação Agrícola (AGRIS) através do projeto PNUD/FAO/BRA/72/020.
Jaime Robredo e Yone S. Chastinet. RBBD, 1974c). COMISSÃO
BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO BIOMÉDICA FEBAB/CBDB –
presidente - Dinah Aguiar Pobíación (RBBD, 1974c). TRABALHOS
APRESENTADOS - 1. Preservação de acervos bibliográficos Neuza do
Nascimento Kuhn; Maria Angela Lagrange Moutinho dos Reis; Maria
Regina Azevedo Arbulo Uriarte 2. Rede integrada de bibliotecas como infra-
estrutura de sistemas da comunicação da informação no Brasil. Dinah
Aguiar Población e Alfredo Américo Hamar 3. Disseminação de informação
biblioteconômica M. Julieta A. S. Camargo. (RBBD, 1974c). COMISSÃO
BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO JURÍDICA FEBAB/CBDJ – presidente
- Magaiy França Viliaça (RBBD, 1974c). TRABALHOS APRESENTADOS -
1. Bibliotecas brasileiras especializadas em direito. Magaly França Viliaça e
Alba Regina Caldeira Facioli 2. Grupo de Trabalho em documentação
jurídica da Bahia: Informe. 3. Direitos e deveres dos servidores municipais:
cabeçalhos de assunto. May Brooking Negrão e Lucila Eva Prottl 4. O
Catálogo coletivo estadual de periódicos de direito. Sara Corrêa; Eufélia
Pupo de Paula; Cecília A. Attienza e outras.5. A Biblioteca no
desenvolvimento nacional. Zaira Bark 6. Artigos de Periódicos de Direito,
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 151
indexados na Biblioteca Roberto Simonsen. Beatriz Bergozoni e EIsie
Delomodarme 7. Periódicos Brasileiros de Direito existentes na Biblioteca
Roberto Simonsen. Maria Alice de Vicencio 8. Referenciação legislativo —
demonstrativa. Nylma Thereza de Salles Valioso Amarante. (RBBD, 1974c).
COMISSÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO TECNOLÓGICA
FEBAB/CBDT – presidente - Antonio Gabriel (RBBD, 1974c). TRABALHOS
APRESENTADOS - 1. Aplicação de computação eletrônica na elaboração
do catálogo de teses na área de Tecnologia no Estado de São Paulo: 1970
a 1973. Pedro Luiz Martineiii 2. Padronização de sistemas e aproveitamento
da mão-de-obra especializada. Márcio Aurélio Pires de Almeida; Xenia
Lacerda Cordeiro; Neil Siqueira; Léa Wanda Maurano Ostronof 3. O
Sistema estadual de informação científica e tecnológica — SEICT Maria
Alice Pompeia Gonzaga; Mitiko Horigoshi; Moysés Aron Pluclennik 4.
Centros de documentação nas empresas. Associação Paulista de
Bibliotecários e Comissão de Terminologia Tecnológica. (RBBD, 1974c).
COMISSÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO EM BIBLIOTECAS
PÚBLICAS FEBAB/CBDBP – presidente - Laura G. Moreno Russo (RBBD,
1974c). TRABALHOS APRESENTADOS - 1. Análise do Usuário de
Bibliotecas Públicas. Cleonice Diva Guimarães e Outros. 2. Catálogos do
Público em Bibliotecas. Laura Garcia Moreno Russo e May Brooking
Negrão 3. Um retrato das bibliotecas públicas estaduais. Laura Garcia
Moreno Russo 4. Bibliotecas públicas municipais da cidade de São Paulo.
Laura Garcia Moreno Russo 5. A falta de pessoal técnico e qualificado nas
bibliotecas. Terezinha A. C. Gandra 6. Organização de uma seção de
recortes. Vania Assunção de Andrada e Silva (RBBD, 1974c). COMISSÃO
BRASILEIRA DE DOCUMENTAÇÃO EM BIBLIOTECAS ESCOLARES
FEBAB/CBDBE – presidente - Laura Garcia Moreno Russo (RBBD, 1974c).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 152
TRABALHOS APRESENTADOS - 1. Informe sobre a situação das
Bibliotecas Escolares da Bahia. Julieta Carteado Monteiro Lopes 2.
Bibliotecas Escolares do Estado de São Paulo. Laura Garcia Moreno Russo
3. Bibliotecas Escolares do Brasil: primeira tentativa de levantamento. Laura
Garcia Moreno Russo4. Biblioteca Escolar: centro de multimeios. Marlene
Souza Santos; Hisami Kurihara; Maria de Fátima Lacreta Lopes; Darcié
Féher; Elena Lovisolo; Maria do Rosário Godoy; Sônia 0. dos Santos
Aléssio. (RBBD, 1974c). PRESENÇA DA BIBLIOTECA NACIONAL - A
nossa Biblioteca Nacional é, na verdade, diferente das bibliotecas nacionais
de tantos outros países. Se bem analisarmos algumas bibliotecas
nacionais, encontraremos as que funcionam como centros de sistemas
nacionais de bibliotecas, o que, evidentemente, não ocorre no Brasil, onde
o organismo que coordena bibliotecas é o Instituto Nacional do Livro, se
bem que apenas bibliotecas públicas. (MONTE-MÔR, 1974)33. Existem
bibliotecas nacionais que englobam as funções de centro de
documentação; isto também não é missão da nossa BN, pois cabe ao IBBD
desenvolver pesquisas, informar, no campo da documentação, e coordenar
os estudos de informação científica. Existem, ainda, aquelas que funcionam
paralelamente com a responsabilidade de biblioteca universitária, como. por
exemplo, a biblioteca da Dinamarca, que é mesmo chamada Biblioteca
Real e Universitária; isso também não ocorre com a nossa Biblioteca
Nacional, que nenhuma responsabilidade tem em relação às universidades,
que estão desenvolvendo cada vez mais seu sistema de bibliotecas nos
"campi" universitários. (MONTE-MÔR, 1974). A nossa BN se dedica às
funções básicas de uma biblioteca nacional, isto é, as de coleta e
arrecadação de todo o material bibliográfico produzido no País.
33 MONTE-MÔR, J. Presença da Biblioteca Nacional. R. Bras. Bibliotecon. Doe. 4 (1/3);
50-62, jul./set. 1974 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 153
Evidentemente, também de aquisição do material estrangeiro, mediante
grande seleção, com o objetivo de trazer ao País a cultura dos outros
países. Tem a missão de processar tecnicamente todo esse material e
colocá-lo à disposição dos usuários do presente, e mantê-lo ainda
permanentemente, eternamente, à disposição de todo usuário do futuro.
(MONTE-MÔR, 1974). O registro das publicações da BN, hoje feito de
forma descentralizada, será unificado, depois de decretada a nova estrutura
proposta. O registro da contribuição legal cabe ao seu setor, o registro do
que entra por permuta, a outro setor, e o registro do que entra por compra é
feito também separadamente. (MONTE-MÔR, 1974). Um dos primeiros
editais de concurso público...CONCURSO PÚBLICO PARA
BIBLIOTECÁRIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (RBBD, 1974c).
BIBLIOGRAFIA — Catalogação 1 — Cavalcanti, Cordelia Robalinho.
Catalogação simplificada. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 1970
— 161 p. 2 — Código de catalogação anglo-americano. Trad. e adpt. do
texto norte-americano editado pela ALA por Abner Leilís Corrêa Ví- centini,
com a colaboração do Pe. Astério Campos, SDB. Brasília, Ed. dos
Tradutores, 1969, 528 p. 3 — Conferência Internacional sobre princípios de
Catalogação, Paris, 1961. Relatório oficial preliminar. Trad. de Maria Luísa
Monteiro da Cunha. São Paulo, Universidade, Biblioteca Central, 1962. 17 f.
4 — Cunha, Maria Luísa Monteiro da. Nomes Brasileiros e Portugueses;
problemas e soluções. São Paulo, 1961, 17 f. (RBBD, 1974c).
BIBLIOGRAFIA — Classificação 1 — Barbosa, Alice Principe. Teoria e
prática dos sistemas de classificação bibliográfica. Rio de Janeiro, Instituto
Brasileiro de Bibliografia e Documentação, 1969, 441 p. ilust. (Obras
didáticas, I). 2 — Dewey, Melvil. Dewey Decimal Classification and relative
index. 17 ed. Lake Placid Club, N. Y., Forest Press, 1965 2v. Pontos 4-6. 3
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 154
— Penna, Carlos Victor. Catalogacion y classificacion de libros. 2. ed. corr. y
ampl. por Emilío Ruíz y Omar Lino Benitez, com 1." colaboración de José
Maria Martinez. Buenos Aires. Kapelusz, 1964. 325 p. (RBBD, 1974c).
BIBLIOGRAFIA - Documentação 1 — Bradford, S. C. Documentação. Trad.
de M. E. de Mello e Cunha. Apêndice para a edição brasileira de Edson
Nery da Fonseca. Rio de Janeiro, Ed. Fundo de Cultura, 1961, 292 p. 2 —
Coblans, Herbert. Introdução ao estudo de documentação. Trad. de Maria
Antonieta Requião Piedade. Rio de Janeiro, DASP, 1957, 147 p. (Ensaios
de Administração, 8). 3 — Conduru, Rute. A documentação normalizada.
Belém, Universidade Federal do Pará, Curso de Biblioteconomia, 1967, 43
p. (Documentos didáticos, 3). (RBBD, 1974c). BIBLIOGRAFIA — Diretrizes
da documentação, Rio de Janeiro, Serviço de Documentação do DASP,
1964, 356 p. 5 — Federação Internacional de Documentação. Manual
pratique de reproduction documentaire et de selecticn. Paris, Gautliier
Villars, 1964. 6 — Federação Internacional de Documentação. Yearbook,
1969. 7 — Foskett, D. J. Serviço de informação em bibliotecas. Trad. de
Antônio Agenor Briquet de Lemos. São Paulo, Ed. Polígono, 1969, 160 p. 8
— Hawken, William R. Copying methods manual, Chicago, Library
Technology Program, A.L.A., 1966, 375 p. 9 — Lasso de Lavega Jimenez-
Placer, Javier. Manual de documentactión. Barcelona, Ed. Labor. 1969, 829
p. 10 — Zäher, Célia Ribeiro. Introdução à documentação. 2. ed. Rio de
Janeiro, 1967, 106 p. (RBBD, 1974c). BIBLIOGRAFIA — Bibliografia e
Referência 1 — Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro.
Normalização da documentação no Brasil. Rio de Janeiro, Instituto
Brasileiro de Bibliografia e Documentação, 1960, 15 p. 2 — Cortduru, Rute.
A documentação normalizada. Belém, Universidade Federal do Pará, 1967.
3 — Coilison, Robert L. Indexes And Indexing. 3. Rev. Ed. London, E. Benn;
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 155
New York, J. de Graff, 1969, 223 p. 4 — Figueiredo, Laura Mala de E.
Cunha, Lélla Gaivão Caldas da Curso de Bibliografia Geral. Rio de Janeiro,
Recorde, 1967, 143 p. 5 — Malclès, Louise — Noelle, Manual de
Bibliographie. 2. Ed. Ent. Ref. Et Mise A Jour, Paris, Presses Universitaires
de France, 1969. 366 p. 6 — Sabor, Josefa Emilia. Manual de Fuentes de
información. 2. ed. empl. Buenos Aires, Kapelusz, 1967. 343 p. (Coieción
universitária. Ser BIbliotecologia). 7 — Winchell, Constance Mabel. Guide to
reference book. 8 — Supplement, 1965-66. Chicago, 741 p. 9 — American
Library Association, 1968, 122 p. D. O. União, de 27-7-74, p. 7197 a 7199
(RBBD, 1974c). DESCRIÇÃO SUMARIA DAS ATRIBUIÇÕES DA CLASSE
Atividades de supervisão, coordenação, programação ou execu- ção
especializada em grau de maior complexidade, referentes a trabalhos de
pesquisa, estudo e registro bibliográfico de documentos e informações
culturalmente importantes. (RBBD, 1974c). 8o CONGRESSO BRASILEIRO
DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO REGIMENTO CAPÍTULO I
Da Promoção, Sede e Data Art. 1° — O 8.° Congresso Brasileiro de
Biblioteconomia e Documentação, promovido pela Associação dos
Bibliotecários do Distrito Federal, será realizado em Brasília, de 20 a 25 de
juifio de 1975. (...) Brasília (DF), 26 de agosto de 1974 — Aníbal Rodrigues
Coelho. D. O. União, 6-9-74, p. 10.351-10.352 (RBBD, 1974c). 
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E
TECNOLÓGICO (CNPg) LEI 6129 — DE 6 DE NOVEMBRO DE 1974
Dispõe sobre a transformação do Conselho Nacional de Pesquisas em
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e
dá outras providências. (RBBD, 1974d)34. UNIVERSIDADE DE SÂO PAULO
34 R. Bras. Bibliotecon. Doe. 4(4/6): 101-112, out./dez. 1974 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 156
ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Processo MEC 262.151-72.
Parecer CFE 1.660-74. Nos termos e para os efeitosdo artigo 14 do
Decreto-lei 464 de 11 de fevereiro de 1969, homologo Parecer 1.660-74 do
Conselho Federal de Educação referente ao reconhecimento dos cursos de
Comunicação Social (habilitações em Jornalismo e em Relações Públicas)
e de Biblioteconomia da Escola de Comunicação e Artes da Universidade
de São Paulo e decidindo que quanto aos cursos de Cinema, Rádio e
Televisão deverão ser aguardados cs respectivos planos de ensino e ainda
que fica ressalvado o direito dos alunos matriculados em 1967, 1968 e 1969
ao registro dos respectivos diplomas com as denominações em vigor à
época de Bacharel em Jornalismo e de Bacharel em Relações Públicas. D.
O. União, 30-7-74, p. 8594 (RBBD, 1974d). NOTAS-P FID – Ultimamente
vimos recebendo várias Notas-P (novas propostas) através da publicação
da FID, Extensões & Correções, e procuramos logo traduzi-las para poder
penetrar melhor no âmago das questões aventadas e divulgá-las entre os
interessados que nos procuram. (LENTINO, 1974d)35. PRESERVAÇÃO E
RESTAURO NA BN - A Biblioteca Nacional é, em essência, uma grande
coleção "brasiliana", definindo-se como tal os conjuntos de documentos que
se referem ao nosso País, portanto, "de interesse para a história nacional e
à história da arte no Brasil" (MONTE-MÔR, 1974d)36. ATITUDE DE
CONSERVAÇÃO - A desinfestação do acervo contra fungos, parasitos,
bactérias e insetos que o atacam foi executada em 1971 e 1972, mediante
contratação de firma especializada, trabalho que contou com a orientação
técnica do Instituto de Biologia da Universidade Federal Rural do Rio de
35 LENTINO, N. Novos aspectos da CDU, face às NOTAS-P da FID. R. Bras. Bibliotecon. 
Doe. 4(4/6): 101-112, out./dez. 1974.
36 MONTE-MÔR, J. Preservação e restauração de documentos na Biblioteca Nacional. R. Bras. Bibliotecon.
Doe. 4(4/6): 137-142, out./dez. 1974 .
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 157
Janeiro. (MONTE-MÔR, 1974d). ATITUDE DE CONSERVAÇÃO - A política
de encadernação da Biblioteca Nacional foi racionalizada, a partir de 1972,
uma vez que essa providência protetora do material bibliográfico era uma
das principais causas do estrangulamento do chamado "fluxo do livro",
sendo mesmo responsável, em grande parte, pela demora de anos entre o
entrada das publicações na Biblioteca e sua colocação à disposição do
público. (MONTE-MÔR, 1974d). ATITUDE DE RESTAURAÇÃO - A respeito
de problemas de restauração de documentos, iniciouse. em 1973, um
grande plano: a UNESCO patrocinou a vinda de um consultor — que aqui
esteve em março de 1974 — para estudar as necessidades da BN nesse
sentido e sugerir soluções, face à conhecida dificuldade de encontrar, no
País, equipes de alto nível com a requerida experiência no assunto e,
simultaneamente, ensejar forma- ção de pessoal especializado para esse
tipo de trabalho — não só para á própria Biblioteca como também para
outras instituições com idênticos problemas, como, por exemplo, o Arquivo
Nacional. (MONTE-MÔR, 1974d). ATITUDE DE PRESERVAÇÃO - Um
terceiro projeto especial acaba, também, de ser contemplado com recursos
externos e se prende a um sério problema enfrentado pela Biblioteca
Nacional, atenta à riqueza de sua coleção de jornais, recebidos
regularmente há mais de um século e de todos os cantos do País. Num
esforço gigantesco para seus próprios recursos financeiros, a BN vem
procurando evitar que esse precioso acervo se perca definitivamente diante
de ação implacável do tempo e, paralelamente, tem tentado divulgá-lo entre
os interessados, facilitando-lhes o acesso à consulta do mesmo. (MONTE-
MÔR, 1974d). O Serviço de Microfilmagem, da Divisão de
Documentação, da Prefeitura do Município de São Paulo, desenvolve duas
atividades paralelas: a primeira visa contribuir para que se modernizem os
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 158
arquivos administrativos municipais, através do oferecimento de projetos às
Unidades solicitantes e também microfilmagem de documentos que lhe são
levados: a segunda atividade é microfilmar os arquivos do Departamento de
Administração, ao qual a Divisão de Documentação está diretamente
vinculada. (MONTE-MÔR, 1974d)37. TERMINOLOGIA MICROFILMAGEM -
Microcópia / Não confundir microcópia com fotocópia, fotostática, /
Microcópia estereográfica, Microcópia cinematográfica / Microcópia
monocroma / Microcópia policroma / Microcópia colorida / Microfilme /
o filme / Microfilme em rolo / Microfilme em tira / Microfilme negativo /
Microfilme positivo / Microrreprodução (opaca) / microrreprodução /
As definições de microrreprodução em rolo / Microficha transparente /
A diferença essencial entre a microficha transparente e o microfilme /
microfichas transparentes / Microficha opaca / As definições de
microficha opaca negativa e positiva / Microficha opaca impressa /
Microcópias especiais / Submicrocópia / Microponto / Telemicrocópia /
Microteca. (VOSS ; MARTINS, 1974d). 38. INSTITUTO BRASILEIRO DE
BIBLIOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO COMISSÃO BRASILEIRA DA
CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNIVERSAL ATA DA REUNIÃO DO GRUPO
DE TRABALHO DA GUANABARA REALIZADA EM 5 DE ABRIL DE 1973
Documentos apresentados na 2.' Reunião, provenientes da FID, oferecidos
pela Sra. Presidente do Instituto, para distribuição entre os membros da
Comissão. (RBBD, 1974d).
37 RUSSO, L. G. M. A preparação dos acervos e a boa qualidade do microfilme. R. Bras.
Bibliotecon. Doe. 4(4/6): 137-142, out./dez. 1974 .
38 VOSS, A. M. P. ; MARTINS, C. D. A terminologia e o microfilme. R. Bras. Bibliotecon.
Doe. 4(4/6): 150-154, out./dez. 1974.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 159
São marcos importantes...1974d
A diretora da BN, Monte-Mor, fala sobre preservação de
acervos / Concurso público para bibliotecários ao STF /
Institui-se o CNPq / 2.500 bibliotecas registradas no INL / 8o
CBBD / Lei 6.129 de 6/11/1974 de criação do CNPq /
credenciamento do curso de biblioteconomia da USP / Notas-
P FID / A BN distingue ações de preservação, conservação e
restauração / projetos de microfilmagem / terminologia de
microfilmagem.
A RBBD deixa de ser um boletim informativo...
A RBBD deixa de ser um boletim informativo, em meados de
1975; e passa a ser uma revista acadêmica propriamente dita.
Porém, as informações entre 1972-1975 retratam fielmente a
história da biblioteconomia brasileira.
Entratanto, a disseminação das técnicas documentárias e
biblioteconômicas, só foram possíveis graças à atividade
associativa de classe. Isoladamente, o bibliotecário contava
com poucos recursos, mas associado ganhava força e
coerência.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 160
COMPILAÇÃO DOS CONGRESSOS BRASILEIROS DE
BIBLIOTECONOMIA: (RBBD, 1974d). Seguem abaixo uma compilação
realizada na RBBD / 1974:
• I CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA
PERNAMBUCO — Recife — 1954 (RBBD, 1974d).
• II CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E
DOCUMENTAÇÃO BAHIA — Salvador — 1959 (RBBD, 1974d).
 
• III CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E
DOCUMENTAÇÃO PARANÁ — Curitiba — 1961 (RBBD, 1974d).
• IV CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E
DOCUMENTAÇÃO CEARÁ — Fortaleza — 1963 Tema central — A
Educação Através da Biblioteca (RBBD, 1974d).
• V CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E
DOCUMENTAÇÃO SÂO PAULO — S. Paulo — 1967 Tema central —
A Biblioteca como fator de progresso (RBBD, 1974d).
• VI CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E
DOCUMENTAÇÃO MINAS GERAIS — Belo Horizonte — 1971 Tema
central — Biblioteca e Desenvolvimento Econômico e Social (RBBD,
1974d).
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página161
• Vil CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E
DOCUIVIENTAÇAO PARA — Belém — 1973 'Tema central — As
Bibliotecas e os Centros de Documentação em função do Sistema
Nacional de Informação Científico e Tecnológica (RBBD, 1974d).
• 8o CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E
DOCUMENTAÇÃO Brasília — 1975 Tema Central —
Responsabilidade das bibliotecas no plano setorial da educação
(RBBD, 1974d).
A partir de 1975...
FASCÍCULOS 1975 RBBD
R. Bras. BIblIotecon. Doc. 5(1/3); 1-106, |an./mar. 1975 
1) Implantação de convênio com a BIREME (p. 30-46);
2) ABNT Comissões de São Paulo (p. 74-87);
3) Esboço de novos estatutos da IFLA (94-100);
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 5(4/6): 109-210, abr./jun. 1975 
1) UNESCO, Conferência Intergovernamental (199-201).
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 6(1/3): 3-102, jul./set. 1975 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 162
1) 1a Reunião Brasileira de Ciência da Informação (p. 25-47);
2) FID/CLA e Congressos Regionais (p. 48-68);
3) Catálogos do Público em Bibliotecas (p. 69-78).
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 6(4/6): 105-232 out./dez. 1975 
1) 8° Congresso B. B. e Documentação (p. 152-186);
2) A Classificação Decimal de Melvil Dewey (p. 194-229).
A partir de 1976...
FASCÍCULOS 1976 RBBD
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 7(1/3): 1-82, jan./mar. 1976. 
1) A revisão da CDU e o projeto SRC (p. 58-59).
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 7(4/6): 83-176, abr./jun. 1976.
1) Manifesto da UNESCO bibliotecas públicas (p. 158-163);
2) A Biblioteca Hipólito da Costa (p. 164-165).
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 8 (1/3): 1-92, jul./set. 1976. 
1) Estatísticas relativas a bibliotecas (p. 72-81);
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 163
2) Mercado de trabalho (p. 82-86);
3) Os limites da ânsia de saber (p. 87-88);
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 8 (4/6): 95, out./dez.1976 
1) O lobby e a atuação dos bibliotecários (p. 154-155);
2) Biblioteca Pública do Estado do Ceará (p. 156-161);
3) Preciosidades no Museu de Dahlem (p. 162-165);
4) ISSN (p. 166).
A partir de 1977...
FASCÍCULOS 1977 RBBD
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 9 (1/3); 1-104, jan./mar. 1977 
1) Conferência Bras. de Classificação Bibliográfica (p. 77-81);
2) A morte do IBBD (p. 82-84);
3) UNISIST (p. 85-86);
4) Fábrica de aprendizagem (p. 87-89);
5) UNESCO e a massificação (p. 90-92);
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 164
6) 30 anos do Unic/Rio (p. 96-100).
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 10 (4/6): 139-234, out./dez. 1977 
1) CRB-8 e o registro de pós-graduados (p. 169-175);
2) FEBAB e o registro de pós-graduados (p. 176-177);
3) 2o Seminário publicações oficiais brasileiras (p. 189-193);
4) Bibliotecas ambulantes do SESI (p. 194-201);
5) Formato CALCO (p. 202-203);
6) Biblioteca do Congresso dos EUA (p. 204-209).
7) Siglas da área agrícola (p. 210).
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 10(1/3): 1-138, juL/set. 1977 
1) Prêmio MEC de Biblioteconomia (p. 6-8);
2) 9 Congresso Bras. de Bibliotecon. e Doc. (p. 9-56);
3) CFB — Regimento Interno (p. 72-173).
R. Bras. Bibliotecon. Doc. 9 (4/6); 105-204, abr./jun. 1977 
1) Biblio. da Univers. Federal de Juiz de Fora (p. 141-147);
2) Catalogação-na-fonte (p. 148-155);
3) Sistema de duplicação de fichas (p. 156-162);
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 165
4) O anel de grau (p 163-165);
5) Mercado do livro (p. 166-167);
6) UNESCO/CER-LAL (p. 168-173);
7) UNISIST (p. 174-176)
8) Centro Nacional Pompidou (p. 177-182).
A partir de 1978...
FASCÍCULOS 1978 RBBD
• R. bras. Bibliotecon. Doc. 11 (1/2):1-140, jan./jun. 1978 
Normalização Internacional das estatísticas relativas a
bibliotecas — Recomendação da Unesco / A respeito da
Recomendação da Unesco / Decreto 82.590 —
Regulamentação das profissões de Arquivista e de Técnico de
Arquivo / Posição da APB em relação à Reforma da Lei
4.084/62 / O que é o sistema ISBN / Levantamento
bibliográfico em bibliotecas públicas e universitárias.
• R.bras.Bibliotecon.Doc. 11(3/4): 141-284, jul/dez.1978 
Rosemarie Erika Horch Textual Bibliography / Nice Figueiredo
Special services in specialized libraries; review of the literature
/ Heloísa Liberalli Belloto Archives, libraries and
documentation centers: from the convergence of their
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 166
objectives to the diversity of documentation and techniques /
José Augusto Vaz Valente About Documents / May Brooking
Negrão The reprography in the libraries and the copyright /
Terezine Arantes Ferraz Integrated automation system of
technicals process.
Visívelmente, se torna um periódico...
FASCÍCULOS 1979 RBBD
• R.bras.Bibliotecon.Doc. 12 (1/2): 5-6, jan/jun. 1979 
Maria Luísa Monteiro da Cunha ISBD: origem evoluçãfo e
aceitação / Dinah Aguiar Población As ISBDs e os
elementos de intercomunicação nos sistemas
automatizados objetivando o controle bibliográfico
universal / Alfredo Américo Hamar Qualidade e análise da
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 167
informação na automação / Edson Nery da Fonseca A
bibliografia como ciência: da crítica textual à bibliometria /
Jandira Baptista Assunção Lexicografia: uma introdução ao
estudo dos dicionários / Eunice R. Ribeiro Costa Thesaurus
de vias urbanas / José Rincon Ferreira et alli Redes
nacionais de informação, catalogação na fonte e outras
experiências / Antonio Miranda Informação na empresa: o
papel da biblioteca 
• R. bras. Biblio. Doc. 12 (3/4): 149-366, Jul./Dez. 1979 
Fúlvia Rosemberg Discriminações étnico-raciais na
literatura infanto-juvenil brasileira / Edmir Perrotti; Mirna
Pinsky; Márcia Cruz; Cecília Regiani Lopes Reprodução
ideológica e livro infanto-juvenil / Márcia Cruz Livre acesso
à leitura: uma nova política de oportunidades de leitura /
Fanny Abramovich " O que é que a criança sabe dos livros
escritos para ela?| / Maria Cecília Mattoso Ramos Alves
Silva / Leitura e Atividades lúdicas / Célia Berrettini Uma
cidade com apenas três livros / Antônio Agenor Briquet de
Lemos A biblioteca pública em face da demanda social
brasileira / Yvette Zietiow Duro Dimensão atual da
biblioteca infanto-juvenil / Lily Margareth Kolb Araújo
Goulart de Andrade Duas experiências marcantes em
bibliotecas infantis: uma em Clamart, outra em São
Paulo / Elza Yukie Maeda Bibliotecas públicas numa
comunidade japonesa / Tereza da Silva Freitas Oliveira A
biblioteca escolar no regimento comum das escolas de 1o
e 2o graus do Estado de São Paulo / Maria Elizabeth
Mendonça "Programa Escola-Biblioteca" (PEB): um
projeto em andamento no município de São Paulo 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 168
FASCÍCULOS 1980 RBBD
• R. bras. Biblio. e Doc. 13 (1/2): 1-140, jan./jun. 1980 
José Rincon Ferreira Sistemas e serviços de informação
para a ciência e tecnologia: a informação 'on line' / Dinah
A. Población; Márcia Arruda Stella; Sebastião Lazarini A
microficha no controle de intercâmbio de informação
bibliográfica / Milton A. Nocetti Perfis de interesse de
usuários de serviços de disseminação seletiva da
informação: técnicas de elaboração e refinamento / Sônia
Regina Nogueira de Albuquerque Avaliação preliminar de
um serviço de disseminação seletiva da informação
agrícola / Maria Aparecida Esteves Caldas Aprendizagem do
conceito de 'Referência Bibliográfica' pelo método
'Conjunto de Conceitos': um estudo comparativo com o
método / Relinda Kohler e Maria Ephigenia Ramos May
Congressos deBiblioteconomia: avaliação e
perspectivas / John E. Leide; Therese Bissen Bard; Carlene
Craytor Uma abordagem integrada de proficiência para a
educaçãopré-profissional de bibliotecários / Geneviève M.
Casey A educação continuada na área de Biblioteconomia
nos Estados Unidos / Entrevista Cecília Andreotti Atienza /
Documento Direitos Autorais / Levantamento bibliográfico
Literatura brasileira sobre disseminação seletiva da
informação 
• R. bras. Blblio. e Doc. 13 (3/4): 141 284, jul./dez. 1980 
Michel Aymard A lei da dispersão bibliográfica de Bradford /
Maria Angélica Rodrigues Quemel et alii A dispersão de
artigos sobre a lei da dispersão de Bradford: análise
bibliométrica / Regina Célia Figueiredo Castro e Thieko
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 169
Asaeda Avaliação do comportamento de usuários quanto á
utilização dos serviços de uma biblioteca especializada /
Terezine Arantes Ferraz et alii Avaliação quantitativa e
qualitativa da coleção de publicações periódicas das
bibliotecas da Universidade de São Paulo / Paulo da Terra
Caldeira e Maria de Lourdes Borges de Carvalho O problema
editorial da bibliografia brasileira corrente / Lester Asheim
Bibliotecas e censura / Entrevista Maria Antonieta Ferraz /
Levantamento Bibliográfico Lei de Bradford 
FASCÍCULOS 1981 RBBD
R. bras. Bibliotecon. Doc. 14(1/2): 1-128, jan./jun. 1981 
Artigo destaque: Maria Elisa Rangel Braga; Maria Emilia F.G.
Taparelli; Regina Célia Figueiredo Castro; Aron Nowinski A
valiação da circulação de periódicos: análise do
atendimento prestado aos usuários locais.
Rev. bras. Biblio. e Doc. 14 (3/4): 129-266, JuL/Dez. 1981 
Artigo destaque: Ivani P. da Silva, Maria Cecília M.V., Maria
Olivia de A. Carvalhal Subsídios para Organização de
biblioteca braille. 
FASCÍCULOS 1982 RBBD
Rev. bras. Bibliotecon. e Doc. 15 (l/2):7-19, jan./jun. 1982 
Artigo destaque: Katia M. Lemos Montalli A aplicação do
método exploratório em pesquisas biblioteconômicas.
Rev. bras. de Biblio. e Doc. 15 (3/4):7-57, Jul./dez. 1982 
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 170
Artigo destaque: Doroty Francischelli Mattos Indexação de
Microforma. 
FASCÍCULOS 1983 RBBD
Rev. bras. Bibliotecon. e Doc. 16 (l/2):7-23, jan./jun. 1983
Artigo destaque: Cecília Alves Oberhofer Disponibilidade de
Serviços de Referência: uma análise critica.
Rev. bras. Bibliotecon. e Doc. 16(3/4):7-20, juL/dez. 1983 
 
Jaime Robredo Uma experiência de aplicação do computador
no ensino da biblioteconomia e ciência da informação / Murilo
Bastos da Cunha Uso de base de dados por países em
desenvolvimento, problemas e perspectivas / Ilza Leite Lopes
Consulta a base de dados: vantagens e desvantagens /
Renato Marcos Endrizzi Sabbatini Pesquisa e
desenvolvimento em informática médica no Brasil: avaliação
e perspectivas / Eng. Jorge Luiz Charbel Os sistemas de
informação e a Embratel / Francisca Ribeiro Salgueiro
Felisberto Souza A memória jurídica (MJ) — uma implantação
experimental na área de Direito / Carlos Ernesto Rech., et alii
Sistema Orion / Hagar Espanha Gomes Cabeçalhos de
assuntos unificados na Biblioteca Nacional / Yara Rezende O
sistema de informação na indústria: enfoque sistêmico de um
caso brasileiro / Resenha Conferência Internacionalsobre as
aplicações dos mini e micro computadores na informação,
documentação e biblioteconomia.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 171
FASCÍCULOS 1984 RBBD
R. Bras. de Biblio. e Doc. 17(1/2) : 7-11, jan./julho 1984 
Alguns destaques: Maria Alice Barroso Um modelo flexível
para a Biblioteca Escolar / Regina Carneiro (coord ):
Revisão das regras de nomes brasileiros e portugueses /
Silas Marques de Oliveira Aplicações e limitações dos
processos bibliométricos.
R. Bras. de Biblio. e Doc. 17(3/41:7-23, jul./dez. 1984 
Alguns destaques: MACEDO, Neusa Dias de Em busca de
diretrizes para o serviço de referência e informação para
bibliotecas brasileiras / IMPERATRIZ, Ines M. M., MACEDO,
Neusa Dias de (trad.) Diretrizes para o estabelecimento dos
serviços de referência e informação (tradução).
FASCÍCULOS 1985 RBBD
R. Bras. de Biblio. e Doc. 18(1/2):7-11, jun. 1985 
Maria Martha de Carvalho A Graduação em Biblioteconomia:
Perspectiva face ao Novo Currículo Mínimo / Elza Corrêa
Granja O Estágio na Formação Profissional do Bibliotecário /
Cléa Dubeux Pinto Pimentel Formação Profissional e as
Perspectivas do Bibliotecário / Jeannette Marguerite Kremer
Escola de Biblioteconomia - Pós Graduação / Neusa Dias de
Macedo Reflexões sobre "Educação Contínua para o
Bibliotecário / Oswaido Francisco de Almeida Júnior Mercado
de Trabalho / Cecília Andreotti Atienza Legislação
Profissional.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 172
R. Bras. de Biblio. e Doc. 18(3/41:7/9 
Nice Figueiredo Community information as a means of
democratization of the Brazilian Public Library. / Rose iVIary
Juliano Longo Information transfer and the adoption of
agriculturial and cattie raising practices. / Mitsi Westphal
Tayior Library services in rural areas in Santa Catarina. / Vera
Gailo Yahn Evaluation of Brazilian journals ofAgriculture. /
Maria de Lourdes Cortes Romanelli The Brazilian librarian job
market formai and aiternative. / Rosa M. de S. Lanna,
Todêska Badke Library associations: a comparative study. /
Cleto João Stival Cooperative acess to information. / Marília
M. D. Costa Knoll State legislation — Santa Catarina
situation. / Marilene R. de Oliveira et alii Document
reproduction in agriculture and cattie raising research: the use
of a mimeograph. / May Brookíng NegrjEo Relatório de
Viagem aos Estados Unidos. / Maria Alice Barroso Brasil: a
preservação da cultura através da tecnologia. Itália M. F. da
Silveira, Inês R. P. Kruel Biblioteconomia urgente. Ciclo de
Estudos da C.B.B.P.: Conclusões e Recomendações. XIH
C.B.B.D. — Recomendações finais. 
TEMÁTICAS
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação
19 (1/4)5-17, dez./1986. INCENTIVO À LEITURA. 1986, 01
Fasc.
R. bras. Bibliotecon. e Doc., São Paulo, 20(1/4)â-
12,ian./dez. 1987 AÇÃO CULTURAL. 1987, 01 Fasc.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 173
ANO DE 1988. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Revista mais
acadêmica às técnicas biblioteconômicas.
• R. bras. Bibliotecon. e Doc, São Paulo, 21(1/2):9-
20,jan./jun. 1988. A Comissão Editorial da RBBD decidiu
concentrar, neste primeiro fascículo de 1988,
contribuições na área de Análise Documentária.
• R. bras. Bibliotecon. E Doc., São Paulo, 21(3/4):7-33,
jul./dez. 1988. Kira Tarapanoff; Sílvia Helena Santiago &
Dauí Antunes Corrêa Características e tendências do
profissional da informação / Nice Figueiredo Técnicas e
idéias para promover o uso da informação.
1989 RBBD:
• R. bras. Bibliotecon. e Doc., São Paulo, 22(1/2):7-38,
jan./jun. 1989. Foco nos sistemas de informação e nas
redes.
• R. bras. Bibliotecon. E Doc., São Paulo, 22(3/4):13-31,
jul./dez. 1989. Influências da Ciência da Informação.
1990 RBBD: uma década de profissional da informação
• R. bras. Bíbllotecon. e Doc., São Paulo,' 23(1/4):9-37,
janVdez. 1990 
Neusa Dias de Macedo Princípios e reflexões sobre o Serviço
de Referência e Infonrtação / Maria Imaculada Cardoso
Sampaio e Erica Beatriz Pinto Moreschi DSI - Disseminação
Seletiva da Informação: uma abordagem teórica / Maria
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 174
Elizabete de Carvalho Ota Educação de usuários em
bbliotecas universitárias brasileiras: revisa) de literatura
nacional / Regina Célia Baptista Beiluzzo e Neusa Dias de
Macedo Da educação de usuários ao treinamento do
bibliotecário / José Augusto Chaves Guimarães Recuperação
temática da informação /Nice Figueiredo Da importância dos
artigos de revisão da literatura / Fernando Barone A revisão
de literatura em Biblitecononva e Documentação: uma prá-
tica pedagógica.
1991 – 1999 RBBD
• Influências da ciência da informação, sistemas de
informação, da temática do profissional da informação,
das redes de informação científica e tecnológicas, da
atuação do IBICT.
Algumas descontinuidades dos fascículos...
2000-2010 RBBD
• consta no portal da revista apenas os fascículos a partir
de 2006. Houve uma nítida separação metodológica
entre Ciência da Informação e Ciência Biblioteconômica.
Alguns artigos e conteúdos destaques...
2011 RBBD
v. 7, n. 1 (2011): bibliotecas universitárias.
v. 7, n. 2 (2011): tecnologia RSS e educação à distância.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 175
2012 RBBD
v. 8, n. 1 (2012): implantação de repositório IFPB.
v. 8, n. 2 (2012): FRBRs
2013 RBBD
v. 9, n. 1 (2013): correntes teóricas da biblioteconomia.
v. 9, n. 2 (2013): atuação profissional no México.
2014 RBBD
v. 10, n. 1 (2014): a cultura da informação biblio. Públicas
v. 10 (2014) N. Especial VIII SENABRAILLE.
v. 10, n. 2 (2014): sistemas de bibliotecas das IFES.
2015 RBBD
v. 11, n. 1 (2015): mandala das virtudes bibliotecárias.
v. 11 (2015) N. Especial - XXVI CBBD
v. 11, n. 2 (2015): ação cultural em bibliotecas universitárias.
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COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 176
A ESCOLA DE CHICAGO
The University of Chicago Graduate Library School was
established in 1926. It was the first to offer doctoral degrees in
librarianship. The program stopped accepting new students
in 1988. The Graduate Library School was established in 1926
with support from a grant from the Carnegie Corporation. It
was the first library school in America to offer a doctorate in
library science work. 
ALA-accredited master’s programs can be found at colleges
and universities in the United States, Canada, and Puerto
Rico. These programs offer degrees with names such as
Master of Library Science (MLS), Master of Arts, Master of
Librarianship, Master of Library and Information Studies
(MLIS), and Master of Science. ALA accreditation indicates
that the program has undergone an external review and meets
the ALA Committee on Accreditation’s. 
The 2015 Standards were adopted by approval of the Council
of the American Library Association on February 2, 2015.
Implementation of the Standards is as follows: 1) Programs
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 177
scheduled for a comprehensive review visit in spring 2017 or
later will begin reporting to the 2015 Standards beginning with
narrative reports due in December 2015. That way, the
narrative reports can aid development of the Program
Presentation. 2) Programs with comprehensive review visits in
spring 2015 through fall 2016 will continue to report to the
2008 Standards until after the accreditation decision is made.
A program in this category has the option to use the 2015
Standards upon written notification to the Office. 3) Programs
placed on Conditional status under the 2008 Standards will
continue to report to the 2008 Standards until after the next
accreditation decision.
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2016 RBBD
v. 12, n. 1 (2016): editoração de periódicos científicos.
v. 12 (2016) N. Especial - III Integrar
v. 12, n. 2 (2016): serviço de referência em bibliotecas
universitárias.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 178
2017 RBBD
v. 13, n. 1 (2017): informação empresarial.
v. 13 (2017) N. Especial - Competência Informacional e
Midiática.
v. 13 (2017) VI Seminário PPGCI/ECA/USP
CIÊNCIA BIBLIOTECONÔMICA
Diferentemente da ciência da informação, apesar da Escola
de Chicago ter descontinuado seu programa de graduação,
1926-1988, e a American Library Association ALA começar a
fazer a acreditação das competências pela pós-graduação;
acredita-se que as competências profissionais do bibliotecário,
no Brasil, até a década de 1990 esteve relacionada à filosofia
da Escola de Chicago:
Letramento Informacional, educação e ação cultural;
Organização e implementação da estrutura da Biblioteca
Nacional e da rede de bibliotecas públicas no Brasil;
Identificação das competências profissionais do
Bibliotecário; Organização de uma teoria de produtos e
serviços; Avaliação dos serviços e a prática do serviço de
referência.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 179
BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
Entretanto, em 1990, começam a despontar estudos seguindo
a orientação da ALA na sua autodenominação 'Library and
Information Science'. O mesmo movimento observado nos
Estados Unidos, com relação à assunção de competências da
ciência da informação, é observado no Brasil, por meio da
pós-graduação stricto-sensu pelo IBICT. Nos anos 1977, é
observado na temática dos artigos da RBBD.
A primeira Revista de Ciência da Informação RCI, pelo
então IBBD na época, data de 1972. Apesar de sua mudança
de denominação ser em 1977, o IBICT já apresentava um
panorama de tendência a deixar a documentação e se
assumir como Ciência da Informação. 
A mescla de artigos da RCI do IBICT apresenta domínios da
biblioteconomia, documentação e ciência da informação até
os anos 1988 a 1990 quando alguns artigos de Saracevic são
traduzidos e publicados da RCI do IBICT.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 180
O panorama da RCI do IBICT – apresenta:
• alguns autores da RBBD migram para a RCI para tratar
dos temas de redes e sistemas de informação, nos anos
1970-80;
• a discussão do profissional da informação se faz
presente nos dois periódicos, nos anos 1990;
• a delimitação do objeto informação é constante na
RCI/IBICT;
• competência informacional e letramento informacional
aparece primeiro na RBBD, por influência da Escola de
Chicago;
• a partir dos anos 2000 a RCI começa a apresentar
estudos de aplicações práticas da comunicação cientifica
relacionado à ciência aberta e ao movimento de acesso
aberto.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 181
BIBLIOTECONOMIA ATÉ 1988
Produtos e serviços tradicionais. A biblioteca pública. A
popularização do ensino superior. 
A biblioteca escolar e universitária ganham corpo
epistemológico nessas décadas. Neste interím, deverão ser
trabalhados os seguintes autores:
• LANCASTER, F. W. Avaliação de serviços de
bibliotecas. Brasília: Briquet de Lemos, 1996.
• GROGAN, D. A prática do serviço de referência.
Brasília: Briquet de Lemos, 1994. 
PRODUTOS x SERVIÇOS e a definição dos serviços-fins e da
disseminação da informação.
Portanto, se fizermos uma revisão de literatura sobre a prática
do serviço de referência, disseminação de informações e da
avaliação dos serviços de bibliotecas, estaremos seguros(as)
para encarar a maratona de provas de concursos. Essa
revisão consta do volume 1 Biblioteca Universitária.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 182
BIBLIOTECONOMIA NOS ANOS 1990
O profissional da informação. Gestão da informação, gestão
do conhecimento e inteligência competitiva. Marketing da
informação. A informação empresarial e os dados
organizacionais. O big data. 
PRODUTOS x SERVIÇOS e a certificação de serviços e a
disseminação seletiva da informação.
BIBLIOTECONOMIA NOS ANOS 2000-2010
As redes de informação em ciência e tecnologia. A gestão da
informação científica. Comunicação científica. O IBICT e sua
atuação na disseminação da informação científica.PRODUTOS x SERVIÇOS e os Repositórios e protocolos de
integração de dados na websemântica.
A partir dos anos 1990, as temáticas envolvendo o profissional
da informação e a gestão da informação nas empresas e
orgaizações toma corpo epistemológico. E o impacto das
tecnologias e das redes, a partir dos anos 2000. Estas
revisões encontra-se no volume 1 Biblioteca Universitária.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 183
SUGESTÕES PARA ESTUDO:
ALVARES, Lillian (Org.). Organização da informação e do
conhecimento: conceitos, subsidios interdisciplinaresnares e
aplicacoes. Sao Paulo: B4 Ed., 2012.
ARAUJO, Carlos Alberto Avila. Arquivologia, biblioteconomia,
museologia e ciência da informação: o dialogo possivel.
Brasilia, DF: Briquet de Lemos; Sao Paulo: ABRAINFO, 2014. xiii,
200p.
BRASIL. Lei n. 9.674, de 25 de junho de 1988. Dispoe sobre a
profissão de bibliotecario, e regulamenta seu exercicio.
CAMPELLO, Bernadete. Introdução ao controle bibliográfico.
2. ed. Brasilia: Briquet de Lemos, 2006.
CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA. Resolução
CFB n.o 42, de 11 de dezembro de 2001. Dispoe sobre Código
do Ética do bibliotecário.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 184
MORO, Eliane Lourdes da Silva; ESTABEL, Lizandra Brasil. (Edt).
Biblioteca: conhecimentos e praticas. Porto Alegre, RS: Penso,
2014.
OLIVEIRA, Marlene. (Coord.). Ciência da informação e
biblioteconomia: novos conteudos e espacos de atuacao. Belo
Horizonte: Editora da UFMG, 2005.
ROMANI, Claudia; BORSZCZ, Iraci (Org.). Unidades de
informação: conceitos e competências. Florianopolis: UFSC,
2006.
RUSSO, Marisa. Fundamentos da Biblioteconomia e Ciência
da Informação. Rio de Janeiro: Editora E-papers, 2010.
VIEIRA, R. Introdução à teoria geral da Biblioteconomia. Rio
de Janeiro: interciencia, 2014.
VALENTIM, Marta Pomim. O profissional da informação:
formacao, perfil e atuacao profissional. Sao Paulo: Polis, 2000.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA
PAPIRVM biblioteconomia – página 185
Esse recurso concluiu seu propósito trazendo uma boa
revisão da história da biblioteconomia, documentação e
ciência da informação. Alguns aspectos serão trabalhados nas
suas especificidades, de acordo com os temas.
• Não é necessário memorizar minuciosamente;
• Faça anotações no caderno dos principais aspectos;
• Sintetize em seu próprio material de estudo.
Posso garantir que você deve estar mais seguro(a) para
encarar a bateria de provas e simulados, e que ficou mais
estimulado com a nossa profissional, nossa nobre missão do
bibliotecário. Veja que tudo é fruto de muito estudo e
dedicação, que existe respaldo nos periódicos nacionais e
internacionais, para cada tipo de projeto a ser empreendido.
COMPÊNDIO CONCEITUAL DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA

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