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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS NATALY GOES DO N. WEBBER PRICIPIOS DA JURISDIÇÃO PARA FREDIE DIDIER JR. Territorialidade, indelegabilidade, inafastabilidade, juiz natural Dourados 2020 . Jurisdição é a faculdade que o Estado tem em escolher imperativamente e fixar decisões. Esta capacidade é dada ao Estado de forma voluntaria a fim de que seja encontrado através deste uma forma, de uma solução justa para a lide. A jurisdição é função própria do Estado e possui três formas distintas para exercício completo desta função, a saber: Poder, onde é exercido o poder do próprio Estado. Função onde é exercido a capacidade de agir dos órgãos que atuam como agentes do Estado no cumprimento para que as decisões tomadas sejam cumpridas. Atividade onde se dá a ação do juiz no Processo, sendo (ao menos deveria ser) a espinha dorsal de todo este aparato. É correto afirmar de que a jurisdição somente será válida quando praticada respeitando o principio do Devido Processo Legal. Para Fredie Didier Jr. Os princípios da jurisdição são territorialidade, indelegabilidade, inafastabilidade e juiz natural: TERRITORIALIDADE: Só é conferida autoridade aos magistrados nos limites territoriais de seus estados, nos limites do território da sua jurisdição. Com base nesse principio é observada a necessidade de cooperação entre as autoridades judiciárias nas atividades judiciárias no limite de seu território. Aparecem as cartas como meio de comunicação das autoridades: os atos de interesse do processo,que devam ser praticadas fora dos limites territoriais do exercício do juiz exercer a jurisdição, depende da ajuda do juiz desse do outro território. Assim tem as cartas precatórias que são juízes da mesma hierarquia no mesmo país e as rogatórias que são juiz de países diversos. O antigo CPC mitigou em alguns casos o principio da territorialidade da jurisdição. Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel. Art.225. Comunicação processual e atos executivos entre as comarcas próximas de fácil comunicação ou da mesma região metropolitana, independente de carta precatória. Foi previsto no CPC também o recolhimento de depoimento a distancia de ambas as partes e de testemunhas, por meio de sistema de transmissão de imagem. O aumento dos meios de comunicação redimensionou os limites da territorialidade. Através da rede global de comunicação. Territorialidade da jurisdição não deve ser confundida com o lugar onde a decisão vai produzir efeitos. A decisão judicial vai ter seus efeitos produzidos aonde tiver que produzi-los INDELEGABILIDADE: O exercício da função jurisdicional não pode ser delegado. O órgão jurisdicionar não tem o poder de delegar as funções a outro sujeito.Essa forma de vedação se aplica de forma integral no caso do poder decisório, não se pode passar a função do poder https://jus.com.br/tudo/processo decisório a outro órgão, isso afetaria o principio do juiz natural, porém existem hipóteses eu podem ser delegados outros poderes como o poder instrutório, o poder diretivo do processo, e o poder de execuções de decisões. É possível a expedição pelos tribunais de cartas de ordens aos juízes a eles vinculados, pedindo alguma providencia. Nas cartas precatórias não existe delegação pois não existe nem competência para delegar. É permitido ao STF a delegação de atribuições para pratica atos processuais, que estão relacionados a execução de seus julgados.Delegação para juízes de primeira instancia. Somente pode dizer a praticas do executivo, jamais praticas decisória. A CF também autoriza a delegação da competência do Tribunal Pleno para órgão especial deste mesmo Tribunal. Isso ocorre em tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído especial, com no mínimo onze e no máximo vinte e cinco membros. Para exercer atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno. É preciso lembrar-se da regra constitucional prevista no inciso XIV do art. 93 da CF/88 que permite a delegação de praticar atos administrativos e atos de mero expediente sem caráter decisório. O artigo IV do CPC ratifica essa regra. INAFASTABILIDADE Prescreve o inc. XXXV do art.5◦ da CF/88: ´´ a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito ´´. Desse enunciado decorre o principio da inafastabilidade da jurisdição. O efeito principal que esse princípio tem é o direito fundamental da ação, também pode ser designado como direito de acesso ao Poder Judiciário, direito de acesso a justiça ou direito a jurisdição. O direito de ação contém o direito de provocar o judiciário, o direito de escolher o procedimento, o direito a tutela jurisdicional e o direito ao recurso, por exemplo. A referência do texto da CF a impossibilidade de exclusão de lesão ou ameaça de lesão de apreciação jurisdicional quer fazer referencia a possibilidade de exclusão de alegação de lesão ou ameaça, observando que o direito de ação existe independente do autor ter razão ou não naquilo que pleiteia, o direito de ação é o direito a decisão judicial. Este princípio não se dirige apenas ao Legislativo impedido de suprimir ou restringir o direito à apreciação jurisdicional-, mas também a todos que querem. A CF não pode ser excluída da apreciação do poder judiciário, a questão é afastada do Poder judiciário, não é afastada da jurisdição: o Senado exerce, no caso, função jurisdicional. Constituição de 1988 consagrou, em diversos dispositivos, a tutela dos direitos essencialmente coletivos. Com inclusão da tutela jurisdicional da ameaça. Nosso sistema jurídico adota a jurisdição uma. No Brasil, a jurisdição pode conhecer de qualquer espécie de problema jurídico. Interessante questão, que deriva desta inovação constitucional, diz respeito às leis que proíbem ou limitam a concessão de medidas de urgência notadamente em face do Poder Público. O direito de ação pertence a todos que tenham sentido seus direito lesionados, todos que tem a capacidade de ser parte. O direito de ação não apenas garante a mera provocação do Poder judiciário. O direito de ação é o direito a uma jurisdição qualificada, direito a uma jurisdição tempestiva, adequada e efetiva. JUIZ NATURAL O direito fundamental ao juiz natural é uma das principais garantias da cláusula do devido processo legal. Esse princípio fala sobre, a garantia fundamental não prevista expressamente, mas que resulta da conjugação de dois dispositivos constitucionais: o que proíbe juízo ou tribunal de exceção e o que determina que ninguém será processado senão pela autoridade competente, o que quer dizer segundo Luigi Ferrajouli ´´ a necessidade de que o juiz seja pré-constituído pela lei ,e não constituído post factum; a impossibilidade de derrogação e a indisponibilidade das competências; a proibição de juízes extraordinários e especiais.´´ Juiz natural é o juiz devido. À semelhança do que acontece com o devi- do processo legal e o contraditório, o exame do direito fundamental ao juiz natural tem um aspecto objetivo, formal, e um aspecto substantivo, material. Formalmente, juiz natural é o juiz competente de acordo com as regras gerais e abstratas previamente estabelecidas- note que a escolha do árbitro pelas partes se dá em conformidade com a lei, pois isso respeita este princípio. Não é possível a imposição de um juízo post facto ou ad personam. A determinação, pela lei, do juízo competente para a causa deve ser feita com base em critérios impessoais, objetivos e pré-estabelecidos. Tribunal de exceção é aquele designado ou criado, por deliberação legislativa ounão, para julgar determinado caso. Os juízes de exceção são juízes constituídos ad hoc e estão vedados. Substancialmente, a garantia do juiz natural consiste na exigência da imparcialidade e da independência dos magistrados. Não basta o juízo competente, objetivamente capaz, é necessário que seja imparcial, subjetivamente capaz. As regras de distribuição servem exatamente para fazer valer a garantia do juiz natural: estabelecem-se critérios prévios, objetivos, gerais e aleatórios para a identificação do juízo que será o responsável pela causa. É por isso que o desrespeito às regras da distribuição por dependência implica incompetência absoluta. Não se desconhecem as tentativas de "escolha" do juiz, quer com a postulação em períodos de recesso ou em plantões, com a ciência de qual tal juiz será o responsável pela decisão, quer com a burla ao sistema informatizado de distribuição. Proíbem-se, portanto, o poder de comissão (criação de juízos extraordinários ) e o poder de avo cação (alteração das regras predeterminadas de competência). Não viola o princípio do juiz natural a criação de varas especializa- das, as regras de competência determinada por prerrogativa de função, a instituição de Câmaras de Recesso em tribunais, porque em todas essas situações as regras são gerais, abstratas e impessoais. Na verdade, que a garantia do juiz natural se espraia, inclusive, para o âmbito administrativo: a) em tribunais administrativos, os juízes devem ser determinados com a observância dos critérios aqui apontados; b) em repartições administrativas, as autoridades responsáveis pela decisão de requerimentos também devem ser designadas por critérios objetivos e impessoais. REFERENCIA: DIDIER JUNIOR, Fredie. Curso de direito processual civil: 1: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo do conhecimento. NATALY GOES DO N. WEBBER PRICIPIOS DA JURISDIÇÃO PARA FREDIE DIDIER JR. Territorialidade, indelegabilidade, inafastabilidade, juiz natural Dourados
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