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Centro Universitário de Patos de Minas Manejo e Conservação do Solo e da Água Prof. Carlos Henrique Eiterer de Souza Erosão Tipos de Erosão Erosão Geológica Erosões Hídricas Erosão Eólica Erosão Marítima Erosão Eólica Erosão Marítima Erosão Marítima Erosão em Pináculo Formas de Erosão Hídrica Processo pelo qual o desprendimento e arraste das partículas do solo, causando, principalmente, pela ação da água (hídrica) e vento (eólica). Erosão pelo Impacto da Chuva • Impacto direto da gota d’ água com a superfície do solo. Evolução Perda de solo Estado de São Paulo perda anual 94 milhões de t solos férteis. BERTOLINI e LOMBARDI NETO, 1995 São Paulo 10 kg de solo para cada kg de soja produzido 12 kg de solo para cada kg de algodão produzido Perdas de nutrientes Juntamente com as partículas de solo, são perdidas grande quantidade de nutrientes químicos. Análises da água da represa da Itaipu mostraram que as concentrações de sedimentos, P e N são mais elevadas durante o período de preparo e plantio nas áreas agrícolas. Fatores que Influem na Erosão Chuva Infiltração Topografia do Terreno Cobertura Vegetal Natureza do Solo PERDA DE SOLO POR EROSÃO f(Comprimento da rampa) VELOCIDADE DA GOTA X ALTURA DA VEGETAÇÃO SOLO SEM PROTEÇÃO Processo Erosivo Assoreamento Erosão Laminar Erosão em Sulcos Voçorocas • Foto tirada em Morro do Ferro • A profundidade das fendas em Morro do Ferro atinge até 40 metros. • Foto tirada em Morro do Ferro. • Ocorre constante perda de material, com aprofundamento da voçoroca até o lençol freático. BAURU, SP 1993 – Arquivo IPT Rio Piracicaba, SP – Arquivo IPT Córrego Água Limpa, Bauru – Arquivo IPT Danos causados pela erosão hídrica Perdas de nutrientes DERPSCH et al., 1990 PR 6 milhões de hectares de área agrícola, o prejuízo pela perdas de nutrientes devido a erosão é da ordem de U$ 121 milhões ano-1 BAHIA et al., 1990 Estima-se que o prejuízo com as perdas de nutrientes é ordem de 4 bilhões de dólares. Aumento do custo de produção As perdas por erosão tendem a elevar os custos de produção, em função do aumento da necessidade do uso de corretivos e fertilizantes e da redução do rendimento operacional das máquinas agrícolas. Danos causados pela erosão hídrica Redução da produção de áreas agrícolas Cerca de 1,5 bilhões de hectares (aproximadamente 10% da superfície terrestre), já foram irreversivelmente degradados pelo processo de erosão, o qual é geralmente ativado e acelerado pelo inadequado uso e manejo do solo (ROSA, 2000). A produtividade em aproximadamente 20 milhões de ha ano-1 é reduzida a zero ou pelo menos torna-se economicamente inviável devido a erosão do solo e degradação induzida pela erosão. Além dos prejuízos ao setor agropecuário, a erosão representa sérios riscos ao meio ambiente e aos setores de produção de energia elétrica e captação de água em função do assoreamento, poluição e eutrofização dos corpos hídricos. Assoreamento dos corpos hídricos Reduz a capacidade de armazenamento dos reservatórios devido à sedimentação, reduzindo, conseqüentemente, o potencial de geração de energia elétrica e elevação dos custos de tratamento da água. Nos Estados Unidos, 60% dos sedimentos transportados pelos rios (um bilhão ton) advém de terras cultivadas, promovendo prejuízos da ordem de 6 bilhões de dólares anualmente. Dos 194 milhões de toneladas de terras férteis perdidas em SP 48,5 milhões de toneladas chegam aos mananciais em forma de sedimentos transportados. Poluição e eutrofização de corpos hídricos Além das partículas de solo em suspensão, o escoamento superficial transporta elementos químicos, matéria orgânica, sementes e defensivos agrícolas, que, além de causar prejuízos diretos à produção agropecuária, causam a poluição dos corpos hídricos. O enriquecimento dos corpos hídricos com nutrientes (eutrofização) favorece o crescimento de algas e plantas aquáticas, eficientes consumidoras de oxigênio, diminuindo sua disponibilidade no meio, proporcionando o desequilíbrio do balanço de oxigênio dissolvido na água e prejuízos para o crescimento de espécies aquáticas, em função da turbidez da água e da conseqüente redução na capacidade de propagação da luz; Preparo do Solo Mineralização da Matéria Orgânica > Emissões de CO2 Exposição do Solo Descoberto Falta de Cobertura do Solo Pulverização do Solo > Efeito Estufa Aquecimento Global do Planeta Impacto de Gotas = Selamento Superficial < Infiltração > Escorrimento Aquecimento do Solo (até 59°C) Umidade do Solo (seca) Redução da Estabilidade Estrutural Compactação < Atividade Biológica Lixiviação de Nutrientes Monocultura Queima de Resíduos de Cultura Efeitos da erosão fora da propriedade Assoreamento de rios e lagos Redução da Qualidade da água Problemas na Geração de Energia Elétrica EROSÃO Degradação do solo Menor produtividade Produção mais baixa de biomassa < Retorno econômico para o agricultor Menores ingressos no campo Pobreza, êxodo rural, Aumento de Favelas e conflitos sociais Alagamento < Volume de raízes Diminuição da matéria orgânica < Disponibilidade de nutrientes Mais calcário e fertilizantes Maior custo de produção Insustentabilidade Ecológica, Econômica e Social Maior efeito de Veranicos Obstrução de estradas Custos mais altos para o Estado e sociedade Índices de qualidade visual nos diferentes ecossistemas de estudo, obtidos por meio de atributos da qualidade do solo, fauna e vegetação. As setas indicam os respectivos déficits dos valores (em percentagem) dos ecossistemas com relação à referência (mata). QUALIDADE DE SOLOS SOB DIFERENTES COBERTURAS FLORESTAIS E DE PASTAGEM. Melloni et al (2008) Tolerância de perdas de solo pela erosão A expressão tolerância de perdas de solo caracteriza a quantidade máxima de solo que pode ser perdida pela erosão sem que a área apresente queda na sua produtividade. Limite admissível de perdas de solo É dependente de fatores: Físicos (tipo de solo, declividade do terreno e erosão antecedente) Econômicos Relativos ao próprio tempo requerido para a formação do solo. Estados Unidos - perdas da ordem 2 a 12,5 t ha-1ano-1 Brasil - perdas da ordem 2 a 4 t ha-1ano-1 são admissíveis em solos com subsolo pouco profundo (BERTONI et al., 1990). “QUANTO MAIS O SOLO ESTIVER DESPROVIDO DE VEGETAÇÃO (COBERTURA) MAIOR SERÁ A EXPOSIÇÃO AOS FATORES DE DEPAUPERAMENTO E DEGRADAÇÃO DO SOLO.” Erosão da Fertilidade do Solo • Os principais nutrientes perdidos em solução pela enxurrada são, principalmente P e N. PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO MAIOR CONTROLE DA EROSÃO FIXAÇÃO SIMBIÓTICA DO NITROGÊNIO AUMENTO E / OU MANUTENÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA MANEJO MAIS ADEQUADO DO SOLO: C. MÍNIMO/ P. DIRETO REDUÇÃO DAS AMPLITUDES TÉRMICAS, MAIOR DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NUTRIENTES: MOBILIZAÇÃO SOLUBILIZAÇÃO; MENORES PERDAS E LIXIVIAÇÃO MAIOR CONTROLE DE ERVAS DANINHAS MAIOR CONTROLE DE PRAGAS / DOENÇAS AUMENTO DO EFEITO RESIDUAL NAS CULTURAS ECONÔMICAS MELHORES CONDIÇÕES DE SOLO Práticas Conservacionistas Práticas de Caráter Vegetativo Práticas de Caráter Edáfico Controle de Voçorocas Práticas de Caráter Vegetativo Florestamento e Reflorestamento Pastagem Cultura em Faixas Plantas de Cobertura Cobertura Morta Florestamento e Reflorestamento • A revegetação da voçoroca é uma tentativa de estabilizá-la, além do reflorestamento na sua borda,reduzindo o deslocamento de água para seu leito. Culturas em Faixa Plantio em Linha Otimização do uso da terra Pastagem • Pasto recentemente queimado, próximo à área urbana de Morro do Ferro. Cobertura Morta Cobertura morta com restos de cultura (palha) Cobertura Morta Espécies utilizadas como cobertura morta Milheto Sorgo Girassol Aveia Preta Mucuna Preta Crotalária Feijão Guandu Nabo forrageiro Tremoço Ervilhaça Milheto: 20/09 Data foto:4/11 Massa seca: 5,1 ton/ha y = 0,34e 0,06x R 2 = 0,91 0 5 10 15 20 25 30 0 20 40 60 80 Dias após plantio M a té ri a S e c a ( to n /h a ) Novembro Controle do Fogo Adubação Verde Adubação Orgânica Fertilização e Calagem Práticas de caráter edáfico
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