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Relação terapêutica: A FAP propõe potencializar o processo de mudança, considerando que o relacionamento terapêutico é o veículo que a torna possível. Ela considera que os problemas dos clientes são consequências de uma história de fuga ou esquiva de situações interpessoais aversivas que podem ser desencadeadas a partir da relação terapêutica. Assim, o terapeuta tem o papel de promover o bloqueio da esquiva de situações interpessoais aversivas e a aceitação das reações emocionais associadas a elas. Uma boa relação terapêutica tem sido atribuída a características e habilidades pessoais do terapeuta. Este deve estar atento tanto aos seus próprios comportamentos privados (emoções e pensamentos), quanto aos comportamentos do cliente que os evocam, para assim poder realizar uma análise funcional do que está acontecendo na sessão. A capacidade de compreender as dificuldades do cliente e de se envolver no processo de mudança advém de quando o terapeuta passou por contingências similares às quais o cliente está passando. Assim, o terapeuta, com as suas vivências, se torna importante para o processo terapêutico. A relação terapêutica é uma oportunidade para os clientes emitirem comportamentos-problemas e aprenderem formas novas de se relacionar. A FAP se baseia em uma relação profunda de confiança e respeito entre o paciente e o terapeuta. Sentir-se seguro e aceito na relação com o terapeuta é fundamental para que a pessoa consiga se expor e entrar em contato com questões por vezes tão difíceis e tenha coragem para mudar o que sente que precisa ser mudado. Intervenções nas dificuldades relacionadas ao cotidiano: A FAP classifica os comportamentos, relacionados com problemas do cotidiano, que acontecem na relação com o terapeuta, como CCRs (Comportamentos Clinicamente Relevantes). CCR1 é um comportamento que pertence à mesma classe funcional como comportamentos que, quando emitidos no cotidiano fora da relação terapêutica, fazem parte do problema para o qual o cliente procura terapia. CCR2 é uma melhora do cliente, que ocorre na sessão. Se ele emite comportamentos funcionalmente similares nas situações problemáticas do cotidiano, os problemas dele melhorariam. CCR3 é a interpretação que o cliente dá às suas ações e reações. Quando o terapeuta tem ideia sobre o problema e as variáveis que controlam, ele busca a classe comportamental e os comportamentos dessa mesma classe que ocorrem na sessão, passando a questionar o cliente sobre seus sentimentos, ações, sensações e pensamentos durante a sessão. Desse modo o cliente ajuda na identificação dos próprios CRBs. O terapeuta então deve observar a disposição do cliente para o enfrentamento, e juntamente com o cliente fazer a análise dos determinantes de comportamentos relevantes ocorridos e sessão e modelar respostas novas para o enfrentamento CCRS1 FORA DA SESSÃO Evitar falar de si (falar sobre os filhos e o ex marido). Evitar entrar em contato com os sentimentos (muda de assunto diante os temas que geram sentimentos negativos) Solicitar uma solução magica Faltar a terapia Dificuldade em estabelecer novas relações de intimidade (ex. conversa apenas sobre assuntos triviais) Se esquiva da resolução de problemas (investir em novas amizades e relacionamentos afetivos . CCRS2 FORA DA SESSÃO Falar de si Entrar em contato com os sentimentos (falar sobre os temas e demonstrar sentimentos condizentes) Construir uma relação com terapeuta Solicitar uma solução magica Se engajar na terapia e na resolução de problemas relacionadas as queixas Estabelecer novas relações de intimidade Engajar se na resolução de problemas e desenvolver habilidade Buscar reforçadores intrínsecos e sociais Intervenções baseada na interação entre terapeuta e cliente: A análise da elação terapêutica deve ser desenvolvida com cautela, pois ela é capaz de produzir comportamentos operantes e respondentes no cliente, levanto a comportamentos de fuga e esquiva. O terapeuta deve realizar juntamente com o ciente: Sinalizar a ocorrência do CRB1 para o cliente, através de uma observação verbal ou pergunta Interpretar, de acordo com o contexto da sessão o que a verbalização cliente, tem a ver com a sessão terapêutica do momento Perguntar ao cliente com ele se sente diante a análise do “aqui e agora” da relação terapêutica. Descrever a reação que ele está provocando no terapeuta Sugerir e modelara compreensão e a generalização dessa análise para outras situações que tenha vivenciado ou outros aspectos da relação terapêutica Modelar os comportamentos do cliente que estejam ligados ao enfrentamento de situações aversivas e mudanças apropriadas no seu repertorio comportamental (CRB2)
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