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Função Renal

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19/11/2019 
1 
BIOQUÍMICA CLÍNICA 
 
FUNÇÃO RENAL 
Weslei G Correa 
INTRODUÇÃO 
• Os rins realizam uma grande variedade de funções para o organismo, sendo 
que a maioria delas é essencial para a vida. Algumas funções renais possuem 
conexões lógicas e necessárias entre elas. Outras aparentam ser totalmente 
independentes. A maioria envolve a combinação entre a excreção e a 
reabsorção renal de substâncias para fora e para dentro do organismo 
(produzindo um balanço entre entrada e saída). 
 
FUNÇÕES DO RIM 
• 1) Regulação do equilíbrio hídrico e eletrolítico. 
• 2) Excreção de restos metabólicos. 
• 3) Excreção de substâncias bioativas (hormônios e muitas substâncias 
estranhas, especialmente fármacos) que afetam a função do corpo. 
• 4) Regulação da pressão sangüínea arterial 
• 5) Regulação da produção de células vermelhas do sangue 
• 6) Regulação da produção de vitamina D 
 
FUNÇÕES DO RIM 
RESUMO 
• Eliminação de CATABÓLITOS 
• Regulação da HOMEOSTASIA 
– Regulação do balanço hídrico 
– Equilíbrio ácido-básico 
– Regulação da Glicemia 
• Secreção de HORMÔNIO 
 
• Mecanismo de: 
– Reabsorção 
– Secreção 
– Regulação 
– Excreção 
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2 
ANATOMIA RENAL 
• Os dois rins situam-se fora da cavidade peritoneal, junto à parede abdominal 
posterior, um de cada lado da coluna vertebral. Cada um dos dois rins é uma 
estrutura em forma de feijão. 
 
NEFRON 
• Cada rim contém aproximadamente 1 milhão de néfrons. Cada néfron 
apresenta um componente esférico filtrante, chamado de corpúsculo renal, e 
um túbulo estendendo-se a partir do corpúsculo renal. Esse corpúsculo renal 
é responsável pela etapa inicial na formação de urina: a separação de um 
filtrado do plasma livre de proteínas. 
• O sangue arterial é 
conduzido sob alta pressão 
nos capilares do glomérulo. 
Essa pressão, que 
normalmente é de 70 a 80 
mmHg, tem intensidade 
suficiente para que parte 
do plasma passe para a 
cápsula de Bowman, 
processo denominado 
filtração. Essas substâncias 
extravasadas para a cápsula 
de Bowman constituem o 
filtrado glomerular, que é 
semelhante, em 
composição química, ao 
plasma sanguíneo, com a 
diferença de que não 
possui proteínas, incapazes 
de atravessar os capilares 
glomerulares. 
19/11/2019 
3 
PROCESSOS RENAIS BÁSICOS 
• As estruturas funcionais do rim são os néfrons e os 
túbulos coletores, para onde os néfrons drenam. 
• Filtração é o processo pelo qual água e solutos do 
sangue deixam o sistema vascular através da 
barreira de filtração e entram no espaço de 
Bowman. 
• Reabsorção é o processo de movimento de 
substâncias do lúmen, através da camada epitelial, 
para o interstício circundante. Na maioria dos 
casos, as substâncias reabsorvidas então se 
movem do interstício para os vasos sangüíneos 
circundantes; conseqüentemente o termo 
reabsorção implica um processo de dois passos: 
remoção do lúmen seguido por transporte para o 
sangue. 
• Excreção significa eliminação de substâncias do 
organismo (a substância está presente na urina 
final produzida pelos rins). 
RESUMO 
• O RIM TEM 3 FUNÇÕES BÁSICAS: 
– FUNÇÃO HOMEOSTÁTICA - manutenção do volume e composição do 
líquido extra-celular. 
– FUNÇÃO EXCRETORA - eliminação dos produtos finais do metabolismo 
celular. 
– FUNÇÃO ENDÓCRINA - secreção e modulação metabólica de alguns 
hormônios. 
FUNÇÃO ENDÓCRINA 
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona 
• Quando o volume de sangue diminui ou o fluxo de sangue para 
o rim é reduzido, as células justaglomerulares nos rins, 
secretam renina na corrente sanguínea. 
• A renina converte o angiotensinogênio (proteína plasmática 
produzida pelo fígado) em angiotensina I 
• A ECA (enzima conversora de angiotensina), principalmente as 
presentes nos pulmões, converte angiotensina I no hormônio 
angiotensina II, que eleva a pressão arterial de duas maneiras. 
– 1) A angiotensina II é um vasocontritor potente. 
– 2) Estimula a secreção de aldosterona, que aumenta a 
reabsorção dos íons sódio e de água pelos rins. 
 
 
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4 
FISIOLOGIA RENAL - EXCRETORA 
• Formação de urina começa com a filtração glomerular, que é o fluxo de 
líquido filtrado dos capilares glomerulares para dentro da cápsula de 
Bowman. 
• O filtrado glomerular é muito parecido com o plasma sangüíneo. Entretanto, 
contém muito pouca (ou nenhuma) quantidade de proteínas. 
• As grandes proteínas plasmáticas, como a albumina e as globulinas, são 
virtualmente excluídas da filtração através da barreira de filtração. Proteínas 
de baixo peso molecular, como a maioria dos hormônios peptídeos, estão 
presentes no filtrado, mas a sua quantidade total é mínima se comparada 
com a quantidade de proteínas e o peso molecular no sangue. 
• Entre as substâncias livremente filtradas mais comuns estão os íons sódio, 
potássio, cloreto e bicarbonato; substâncias orgânicas neutras, como a 
glicose e a uréia; aminoácidos; e peptídeos como a insulina e o hormônio 
antidiurético (ADH). 
FISIOLOGIA RENAL 
• O volume de filtrado formado por unidade de tempo é conhecido como taxa 
e filtração glomerular (TFG). Num adulto jovem normal, a TFG é 
incrivelmente 180 L/dia. 
• Quando recordamos que a média total de volume de plasma em humanos é 
de aproximadamente 3 L, entendemos que o volume total do plasma é 
filtrado pelos rins algo em torno de 60 vezes por dia. A oportunidade de 
filtrar esse enorme volume de plasma permite aos rins excretar grandes 
quantidades de produtos residuais e regular os constituintes do meio interno 
com muita precisão. 
 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
• Ocorrem no tubo proximal, alça de Henle, tubo distal e tubo colector 
• As substâncias passam para a rede capilar peritubular e; 
• Líquido final (urina) com características muito diferentes do plasma. 
• Mais reabsorção que secreção: 
 
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5 
FORMAÇÃO DA URINA 
• Ocorre com os três processos básicos da fisiologia renal. 
• Filtração glomerular 
• Reabsorção tubular 
• Secreção tubular 
URINA = (Filtrado glomerular + secreção tubular) – reabsorção tubular 
FORMAÇÃO DA URINA 
FUNÇÃO EXCRETORA 
Produtos indesejáveis do Metabolismo 
URÉIA 
CREATININA 
ÁCIDO ÚRICO 
ANÁLISE DA URINA 
• A uroanálise é o exame não invasivo mais importante para avaliar a função 
renal. Através deste exame pode-se diagnosticar uma patologia, monitorar o 
progresso desta patologia, acompanhar a eficácia do tratamento e constatar 
a cura. Este exame compreende três etapas: 
 
1) Caracteres Gerais: corresponde a avaliação das propriedades físicas da 
urina. 
2) Pesquisa dos Elementos Anormais: corresponde a pesquisa química feita na 
urina. 
3) Sedimentoscopia: corresponde ao exame microscópio da urina. 
 
• É necessário que se conheçam alguns detalhes da função renal e da própria 
urina para que se proceda a uma correta avaliação deste fluído corporal. 
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6 
Composição da Urina 
• A urina é uma mistura complexa constituída por, aproximadamente, 96% de 
água e 4% de substâncias diversas provenientes da alimentação e do 
metabolismo normal. Ela é essencialmente uma solução de sais (NaCl e KCl) e 
uréia. 
• A composição varia de acordo com a dieta, estado nutricional, atividade 
física, metabolismo orgânico, função endócrina, estado geral do organismo e 
do estado da função renal. 
• Além da uréia, outras substâncias orgânicas são encontradas na urina, tais 
como, creatinina e ácido úrico. A uréia corresponde a metade das 
substâncias dissolvidas na urina e é o produto do metabolismo de proteínas 
e aminoácidos. A creatinina é o produto do metabolismo da creatina, 
proveniente do movimento da massa muscular, e sua excreção renal não é 
influenciada pela dieta. O ácido úrico é proveniente do metabolismo das 
purinas. 
• Outras substâncias inorgâncias: Na+, K+, Cl-, Ca2+, Mg2+, NH3
+, PO4
2- e SO4
2- 
Volume Urinário 
• O volume urinário excretado pelo organismo depende de vários fatores: 
– Ingestão de fluídos, perda de fluídos por fontes não renais, variações na 
excreção dohormônio anti-diurético e necessidade orgânica de excretar 
grandes quantidades de soluto, tais como glicose ou sais. 
– O débito urinário diário médio varia de 1200 a 1500 mL, entretanto são 
considerados normais os limites de 600 a 2000 mL, sendo eliminados em 
24 horas. 
Coleta da amostra 
• Coletar uma amostra de urina corretamente é indispensável para a obtenção 
de um exame correto. É muito importante a instrução ao paciente sobre a 
maneira adequada de se proceder à coleta da amostra de urina. 
• Regras: 
– Frascos limpos 
– Identificação 
– Troca 
– Higienização 
– Jato Médio 
– Exames quantitativos = urina de 24 horas. Atenção para junção com o exame de urina 
rotina. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
• A primeira etapa do exame de urina compreende a observação das seguintes 
propriedades físicas: 
1) Cor 
2) Aspecto 
3) Cheiro 
4) Densidade 
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7 
Cor 
• A cor normal da urina é o amarelo, resultado da eliminação de três 
pigmentos: 
– Urocromo (amarelo) – de maior concentração; 
– Uroeritrina (Vermelho); 
– Urobilina (Laranja). 
• O tom varia varia de acordo com a diluição ou concentração. 
• Variações da cor normal podem ser encontradas como resultado de 
condições patológicas ou da eliminação de corantes ou medicamentos. 
Cor 
• Incolor ou palha ou amarelo pálido: Sugere diluição da urina 
– Causas: Ingestão de líquidos, poliúria, diabetes, doenças renais com baixa 
capacidade de concentrar urina. 
 
• Amarelo escuro ou laranja: Concentração de urina 
– Causas: febre, desidratação, queimaduras, medicamentos e alimentação 
com excesso de carotenóides. 
 
• Vermelha ou rosa: Sugere presença de sangue ou pigmentos derivados do 
anel heme. 
– Causas: Presença de sangue, hemoglobina, drogas e medicamentos. 
Cor 
• Ambar: Sugere presença de bilirrubina. Urina com espuma amarela 
– Causas: Patologias do fígado. 
 
• Marron ou preta: Sugere presença de melanina. 
– Causas: Melanoma, oxidação das hemácias, envenamento com fenol, uso 
de metronidazol , etc. 
 
• Verde ou azul: Sugere a presença de corantes. 
– Causas: Uso de anti-sépticos com azul de metileno e outros 
medicamentos. 
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Cor Causa 
Amarelo-citrina (pálida) Normal 
Incolor Urina muito diluída 
Amarela Acriflavina (fluorescência verde) 
Amarelo-alaranjada Urina concentrada (febre, desidratação), urobilina em 
excesso (sem espuma amarela), bilirrubina (espuma 
amarela) 
Amarelo-esverdeada Bilirrubina-biliverdina (espuma amarela) 
Amarelo-acastanhada Bilirrubina-biliverdina (marron-cerveja, espuma amarela) 
Vermelha Hemoglobina, eritrócitos e mioglobina (tira reagente para 
sangue positiva), porfirina, fuscina e anilina (corante), 
beterraba (amarela, se alcalina), sangue menstrual 
(coágulos e muco) 
Vermelho-púrpura Porfirinas 
Vermelho-acastanhada Eritrócitos, hemoglobina em repouso, metemoglobina, 
mioglobina (lesão muscular), bilifuscina (dipirrol) 
Marrom-preta Metemoglobina, ácido hogerntísico (alcalina), melanina 
Azul-esverdeada Indicam (infecções do intestino delgado), infecções por 
Pseudomonas, clorofila (refrescantes bucais) 
Aspecto 
• É o termo geral que se refere à transparência da amostra de urina. 
• O exame é executado visualmente, através da observação de uma amostra 
homogeneizada, em ambiente com boa iluminação. 
• A urina é normalmente transparente logo após a emissão e com o tempo ela 
se torna turva, devido a precipitação de cristais. 
• Outros elementos podem tornar a urina turva, tais como, bactérias, 
leucócitos, hemácias, cilindros e cristais. 
• A urina pode ser classificada quanto ao aspecto em: Transparente (límpida), 
Opaca ou turva e ligeiramente turva. 
• A presença de turbidez na urina está relacionado também com a presença de 
depósito. 
Aspecto Cheiro 
• A urina normal tem odor característico – “Sui generis” – devido a presença 
de certos ácidos voláteis, normalmente eliminados. 
• Odores anormais ocorrem devido a uma conservação ou armazenamento 
impróprios. Ao envelhecer a urina adquire odor forte de amoníaco devido a 
transformação bacteriana da uréia em amônia. 
• O cheiro pútrico indica a presença de infecção urinária 
• A urina com excesso de corpos cetônicos apresenta odor característico de 
acetona ou de frutas. Importante quando se trata de diabéticos. 
• Vários outros odores anormais podem ser encontrados, principalmente 
devido a alterações do metabolismo de aminoácidos, como na 
fenilcetonúria, quando a urina tem odor de rato e na doença da urina de 
xarope de bordo (deficiência da enzima desidrogenase de cetoácidos de 
cadeia ramificada, resultando em acúmulo dos aminoácidos leucina, 
isoleucina e valina), que apresenta odor de caramelo. 
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Densidade 
• A densidade é a medida dos solutos dissolvidos na urina. Clinicamente esta 
medida é usada para se obter informações sobre o estado dos rins e o estado 
de hidratação do paciente. A densidade normal da urina situa-se entre 1,010 
a 1,030. Ela pode ser medida através de aparelhos ou das tiras reagentes. 
 
• Urodensímetro: é um hidrômetro calibrado 
para medir a densidade da urina a uma dada 
temperatura (20ºC). Constituído por um tubo 
de vidro, adaptado a um peso, ligada a uma 
escala de densidade de 1,000 a 1,040. 
• A desvantagem deste aparelho é que ele 
requer grande volume de urina. 
Densidade 
• Refratômetro: Este aparelho determina a concentração 
das partículas dissolvidas na amostra, medindo o índice de 
refratividade. 
• Este índice corresponde à comparação entre a velocidade 
da luz no ar com a da luz em solução e, essa velocidade 
varia diretamente com o número de partículas em solução. 
• Vantagem de utilizar uma amostra mínima de urina - 2 
gotas, simples e rápido. 
• Não há necessidade de correção de temperatura. 
• Calibração feita com água destilada (d=1,0) e solução 
salina a 5% (d=1,022). 
• Uso: Colocar duas gotas de urina sobre o prisma, 
tampar,focalizar o instrumento em local de boa iluminação 
e fazer a leitura na escala visual de densidade. Lavar o 
aparelho com água destilada a cada medida. 
Densidade 
• Tiras reagentes: Baseia-se na associação de uma substância chamada de 
polieletrólito (anidro metil, vinil éter-maléico) e um indicador (azul de 
bromotimol), que reagem na presença de solutos iônicos presentes na urina. 
• A medida que a densidade aumenta, o indicador muda de verde azulado até 
amarelo esverdeado. 
• A metodologia é mergulhar a tira na amostra de urina, escoar o excesso de 
líquido, aguardar 45 segundos e comparar a cor formada na área 
correspondente na tabela de cores padronizadas, geralmente no rótulo do 
frasco. 
TIRAS 
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PESQUISA QUÍMICA 
• Esta etapa compreende a pesquisa de determinados elementos urinários. 
• Alguns analitos identificam as alterações referentes a doenças do trato 
urinário e outros são utilizados para identificar alterações metabólicas. 
• Na pesquisa química o material biológico a ser utilizado é a urina 
homogeneizada, sem centrifugação, sem adição de conservantes e testada 
na temperatura ambiente. 
 
Reação de pH 
• A medida da reação de pH na urina é utilizada para avaliar o equilíbrio ácido 
base do organismo. 
• A urina recém emitida tem um pH entre 5 e 6. Com o tempo em TA a uréia é 
transformada em amônia, por ação de bactérias, o que resulta em aumento 
do pH. Portanto, frequentemente, uma urina com reação alcalina pode 
indicar que ela foi mal armazenada ou manipulada após a coleta. Entretanto, 
uma amostra fresca, com pH alcalino pode indicar uma infecção urinária. 
• A determinação do pH auxilia na identificação de cristais que podem estar 
presentes no sedimento. 
• É importante saber que quando a urina tem pH alcalino e densidade inferior 
1,010, alguns elementos do sedimento urináiro, como cilindros e células, 
podem ser rapidamente dissolvidos. 
 
Reação de pH 
 SIGNIFICADO CLÍNICO: 
• Acidose urinária: Pode ser encontrada na inanição, diarréia grave, diabetes 
mellitus, doenças respiratórias,anormalidades na secreção e reabsorção de 
ácidos e bases pelos túbulos renais. Pessosaas que ingerem alimentos ricos 
em proteínas e carne, apresentam urina mais ácida. 
 
• Alcolose urinária: Pode ser econtrada na alcalise metabólica, após vômitos e 
na hiperventilação respiratória. As pessoas vegetarianas têm tendências a 
apresentar urina mais alcalina, devido ao bicarbonato formado por muitas 
frutas e vegetais. 
 
• É muitas vezes necessário o controle do pH urinário nos pacientes com 
infecções urinárias ou renais, com cálculos renais e durante a administração 
de determinadas drogas. 
Reação de pH 
• Principio da pesquisa: As tiras utilizam um sistema tripo indicador para medir 
o pH. 
• Vermelho de metila: pH entre 4,4 a 6,2 
• Azul de bromotimol pH entre 6,0 a 7,6 
• Fenolftaleína: 7,8 a 10,0 
 
• Metolodogia: Mergulhar a tira na amostra de urina, retirar o excesso e 
aguardar 60 segundos. 
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PROTEÍNAS 
 SIGNIFICADO CLÍNICO: 
• A presença e a relativa concentração de proteínas na urina é, provavelmente 
a pesquisa mais indicativa para detectar e diagnosticar uma doença renal. 
• A presença de proteína na urina é denominada de proteinúria. Esta perda de 
proteína pode ser classificada como pré-renal, glomerular, tubular, de vias 
urinárias baixas e assintomática. 
• Com relação a quantidade ou grau de eliminação ela pode ser referida como: 
Grau de Proteinúria Gramas de proteínas excretadas por dia 
Leve Abaixo de 1 g / 24 horas 
Moderada De 1 a 3 ou 4 g/ 24 horas 
Grave Acima de 3 ou 4g / 24 horas 
PROTEÍNAS 
• Normalmente são excretadas na urina até 150 mg de proteínas por 24 horas. 
Assim dois fatores são responsáveis por um excesso de proteínas na urina: o 
aumento da permeabilidade do glomérulo e a diminuição da reabsorção 
tubular. 
• Um outro tipo de proteína que pode ser encontrada na urina é a proteína é a 
proteína de Tamm-Horsfall. Esta é uma mucoproteína, normalmente 
secretada pelas célula tubular e não encontrada no sangue. Ela é a proteína 
da matriz de vários cilindros. 
PROTEÍNAS 
TIPOS DE PROTEINÚRIA 
• PRÉ RENAL: Pode ser o resultado de desordens em outros órgãos que não os 
rins. 
• Essas desordens podem resultar em excessiva produção de proteínas de 
baixo peso molecular que serão filtradas pelos glomérulos. 
• Ex: Hemoglobina, mioglobina ou imunoglobinas. 
• Um exemplo de cadeias leves de imunoglobulinas na urina, no caso de 
mieloma múltiplo, é a chamada proteína de Bence Jones. 
• Outro mecanismo pré-renal de proteinúria é o aumento da pressão 
hidrostática renal, que provoca o aumento da pressão sanguínea e força a 
passagem de proteínas através da membrana glomerular. Ocorre na 
hipertensão arterial, na falha cardíaca congestiva e em outras doenças 
cardíacas. 
• Nestes casos a proteinúria é de grau moderado. 
PROTEÍNAS 
• GLOMERULAR: Neste caso a albuminúria é uma constante. Na lesão 
glomerular o ultrafiltrado conterá estas macromoléculas. O grau de 
proteinúria nestas lesões é grave e pode ter várias origens: Ex: Tóxicas, 
infecciosas, problemas vasculares e reações imunológicas. Glomerulonefrite 
aguda (lesão glomerular) e a síndrome nefrótica. 
 
• TUBULAR: A pequena quantidade de proteína que passa normalmente 
através do glomérulo é, em sua grande parte, reabsorvida pelos túbulos 
renais. Uma falha nesta reabsorção causará o aumento de excreção urinária. 
O grau de proteinúria nas lesões tubulares é leve ou moderada. 
• Exemplo de proteinúria tubular incluem a pielonefrite, a necrose tubular 
aguda, o rim policístico, as intoxicações por metais pesados e vitamina D, a 
hipocalemia, a doença de Wilson, a síndrome de Fanconi e as complicações 
pós transplante renal. 
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12 
PROTEÍNAS 
• VIAS URINÁRIAS BAIXAS: Uma proteinúria de grau leve é encontrada nas 
uretrites e cistites. Ela é devida a uma exudação através das mucosas. 
 
• ASSINTOMÁTICA: As proteinúrias assintomáticas são de grau leve e ocorrem 
transitoriamente em indivíduos normais. Elas podem ocorrer devido a 
exercício físico excessivo, após banho frio, após febre, má postura e na 
chamada proteinúria ortostática, que ocorre após a pessoa ficar muito 
tempo de pé, e desaparece após um tempo de repouso no leito. 
PROTEÍNAS 
TIPOS DE PESQUISA 
• Tiras Reagentes: Utiliza o indicador tetrabromofenol em pH3. Na ausência de 
proteínas ele é amarelo, quando as proteínas estão presentes ele muda para 
azul, com intensidade de cor diferente dependendo da concentração das 
mesmas. 
• Sensibilidade: Detecta níveis de 15 mg/dL na área de traços. 
• Metodologia: Mergulhar a tira na amostra de urina, retirar o excesso e 
aguardar 60 segundos e comparar a cor formada na área correspondente. 
Resultados Em mg/dL 
Negativo - 
Traços < 30 
+ 30 
++ 100 
+++ 300 
++++ > 2000 
• Interferentes: 
• Falso Positivo: detergentes, compostos 
de amônio quaternário, urina muito 
alcalina, clorexidina. 
• Falso negativo: Grande concentrações 
de sais, grande qtdes de proteínas não 
albumina. 
PROTEÍNAS 
 Reagente de Robert 
• Princípio da pesquisa: pela ação conjunta de ácido forte, ácido nítrico, e um 
sal (sulfato de magnésio), sobre as proteínas presentes na urina, ocorre a 
formação de metaproteínas insolúveis, representadas por um anel branco 
que aparece na superfície de separação entre os dois líquidos (reagente e 
urina) 
• Resultado: Formação de anel indica a presença de proteínas na urina, a 
espessura varia conforme a concentração de proteína. 
GLICOSE 
• A glicose é filtrada no glomérulo e, em condições normais, sobre reabsorção 
praticamente total, nos túbulos proximais renais. 
• Em amostras de urina de indivíduos saudáveis se verifica glicosúria que varia 
de 1 a 15mg/dl que não é detectável. 
• Quando os níveis séricos de glicose excedem à aproximadamente 180mg/dl 
começa, geralmente, a ser detectada. 
• A glicosúria é verificada em pacientes com diabetes melito é, ainda, 
verificada com frequência em gestantes em consequência da diminuição do 
limiar renal de reabsorção proximal. A diminuição do limiar de reabsorção 
tubular é, também verificado em pacientes acometidos de síndrome de 
Fanconi e de intoxicação de metais pesados . 
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GLICOSE 
TIPOS DE PESQUISA 
 Tira reagente: 
• Princípio da pesquisa: a área de teste das tiras reagentes é impregnada de 
glicose oxidase, peroxidase, cromogênio e tampão, para produzir uma reação 
sequencial dupla: 
 
 
 
 
 
• O cromogênio (Indicador reduzido) pode ser a ortotolidina (complexo de 
iodeto de potássio e tetrametilbenzidina) e a cor formada varia de amarelo a 
marrom ou verde (a depender dos compostos do cromogênio). 
 
GLICOSE 
• Sensibilidade: o nível mínimo detectável é de 75 mg/dL. 
• Resultados: 
 
Resultados Em mg/dL 
Normal - 
Traços < 100 
+ 250 
++ 500 
+++ 1000 
++++ > 2000 
GLICOSE 
 Interferentes: 
• Falso positivo: peróxidos, detergentes oxidantes e fitas oxidadas (expostas ao 
ar) 
• Falso negativo: ácido ascórbico, aspirina, corpos cetônicos, densidade alta 
com pH baixo e urina gelada (inibe a reação). 
GLICOSE 
 REAGENTE DE BENEDICT: 
• Princípio da pesquisa: a glicose ou outra substância redutora, presente na 
amostra, provoca redução do sulfato de cobre (CuSO4), a óxido cuproso 
(Cu2O), na presença de calor e álcali. 
Resultados Cor 
Negativo Azul 
Traços Verde 
+ Amarelo 
++ Laranja 
+++ Vermelho tijolo 
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GLICOSE 
 Interferentes: A reação não é específico para glicose. Qualquer substância 
redutora presente na urina, pode produzir resultado. 
• Falso positivo: Galactose, frutose, pentoses, ácido úrico, ácido nalidíxico e 
cefalosporina. 
• Falso negativo: Contraste radiográfico 
CETONAS 
• Amostras de urina de indivíduos saudáveis não apresentam, em condições 
normais, presença de cetonas na urina. O que denominamos aqui como 
cetonas pode, também ser denominado de “corpos cetônicos“ e inclui três 
compostos: ácido acetoacético, o ácido beta-hidroxibutírico e acetona.• Estes compostos constituem produtos intermediários do catabolismo normal 
das gorduras, sendo integralmente convertidas em energia, dióxido de 
carbono e água, não sendo, portanto encontrados normalmente na urina. 
• Significado Clínico: Os corpos cetônicos são produtos normais do 
metabolismo das gorduras e são convertidos a dióxido de carbono e água. 
• Entretanto, quando grandes quantidades de gordura são metabolizadas em 
consequência do organismo se encontrar impossibilitado de utilizar 
carboidratos como a fonte principal de energia, grandes quantidades destes 
compostos, são encontrados na urina. 
• Condições: Diabetes, fome, inanição, dietas, febres, exercícios intensos e 
outros. 
CETONAS 
TIPOS DE PESQUISA 
 Tiras reagentes: 
• Princípio da pesquisa: É baseado na reação de Legal. A determinação é semi-
quantitativa e se fundamenta na reação ácido acetoacético com o 
nitroprussiato de sódio em meio alcalino e no desenvolvimento de cor 
violeta na área reagente, proporcional a quantidade presente na amostra. 
• Sensibilidade: Detecta níveis a partir de 5 a 10 mg/dL. 
Resultados Em mg/dL 
Negativo - 
Traços < 5 
+ 15 
++ 40 
+++ 80 
++++ > 160 
CETONAS 
• Interferentes: 
• Falso positivo: Substâncias coradas eliminadas pela urina (derivados de 
ftaleínas – bromossulftaleína, fenolsulfoftaleína, fenosulfoftaleína, 
fenilcetonas), urina com alta densidade, metabólitos da levodopa e 
compostos contendo grupos sulfidrila, como a acetilcisteína. 
• Falso negativo: Estocagem da urina. 
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15 
CETONAS 
REAGENTE DE ROTHERA 
• Princípio da pesquisa: Corpos cetônicos, em meio alcalino, formam um 
complexo de cor roxa com o nitroprussiato de sódio. 
• Em 1 ml de urina, adicionar o reagente de Rothera até saturação. A formação 
de uma cor roxa indica a presença de corpos cetônicos. 
BILIRRUBINA 
• A bilirrubina é encontrada normalmente em pequenas quantidades no 
sangue na forma não conjugada e conjugada. A bilirrubina conjugada é a 
bilirrubina que nos hepatócitos sofreu a adição de duas moléculas de ácido 
glicurônico formando a bilirrubina diglicuronídeo. Esta forma de bilirrubina 
(direta) apresenta maior solubilidade em água, é excretada, quase 
totalmente, para a luz do duodeno através do ducto biliar, onde o ácido 
glicurônico é removido pela ação bacteriana e a bilirrubina convertida em 
urobilinogênio, e este oxidado pela ação de bactérias da flora intestinal 
normal, a estercobilina, que tem coloração marrom, a qual é conferida às 
fezes. Em conseqüência de não se encontrar ligada à albumina a bilirrubina 
conjugada é filtrada através dos glomérulos, sendo, contudo, excretada 
através da urina quando os níveis séricos se encontram elevados. A 
bilirrubina não conjugada é insolúvel em água e é transportada no sangue 
ligada à albumina, não sendo, portanto, filtrada através dos glomérulos 
BILIRRUBINA 
• Significado clínico: é um sinal clínico de alterações da função hepática. Ela 
aparece na urina quando o limiar renal, de 1,5 mg/dL, é superado. 
• A bilirrubina quando eliminada altera a cor da urina para amarelo intenso ou 
âmbar. Nas hepatites, colestases e cirroses ocorre a excreção pela urina. 
 
TIPOS DE PESQUISA 
 Tiras reagentes: 
• Princípio da pesquisa: Baseia na reação de Van den Bergh. Reação da 
bilirrubina com sal de diazônio diclorobenzeno em meio ácido que resulta 
em desenvolvimento de cor rosa proporcional a quantidade presente na 
amostra. 
• Sensibilidade: Detecta níveis a partir de 0,2 mg/dL. 
BILIRRUBINA 
 Interferentes: 
• Falso positivo: Substâncias coradas derivadas de ftaleína, priridum, 
clorpromazina, clorexidina, indols. 
• Falso negativo: Estocagem da urina, principalmente exposta a luz, ácido 
ascórbico e nitrito em alta concentração. 
 
REAGENTE DE FOUCHET 
• Princípio da pesquisa: a bilirrubina presente na urina é precipitada pelo 
cloreto de bário e oxidada a biliverdina pelo cloreto de ferro III, formando 
uma cor verde característica. 
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UROBILINOGÊNIO 
• Significado clínico: Pigmento biliar formado no intestino através da redução 
da bilirrubina conjugada pro enzimas bacterianas. Uma parte deste pigmento 
é absorvido pelas paredes intestinais e é eliminado pela urina. 
• A urina normal contém uma pequena quantidade de urobilonogênio, cerca 
de 1 mg/dL. Nas icterícias por bilirrubina indireta ocorre aumento da 
eliminação, como na anemia hemolítica. 
• Nas icterícias por bilirrubina direta a quantidade de urobilinogênio excretada 
na urina é diminuída, como nas colestases. 
• Nas doenças hepáticas, tais como hepatites viróticas ou tóxicas e cirrose o 
urobilinogênio é encontrado na urina. 
UROBILINOGÊNIO 
TIPOS DE PESQUISA 
 Tiras Reagentes 
• Princípio da pesquisa: se baseia na reação de Ehrlich. A sua reação com sal 
de diazônio dimetoxibenzeno em meio ácido que resulta no desenvolvimento 
de cor vermelha proporcional a quantidade presente na amostra. 
• Sensibilidade: Detecta níveis a partir de 1 mg/dL. 
• Resultados: 
 
 
 
 
 
• Interferentes: Mesmo para bilirrubina 
Resultados Em mg/dL 
Normal < 1,0 
+ 2,0 
++ 4,0 
+++ 8,0 
SANGUE 
 Significado Clínico: a pesquisa de sangue na urina, acompanhada da 
pesquisa da protenúria e do exame microscópico do sedimento urinário são 
utilizados para avaliar o estado funcional dos rins e do trato urinário. 
• Hematúria, que corresponde a presença de sangue na urina, indica 
hemorragia em qualquer região do SU. É imprescindível localizar o ponto de 
sangramento e a sua causa para diagnosticar e tratar o paciente. 
• Os reagentes químicos que pesquisam sangue na urina detectam hemácias 
íntegras, hemoglobina e mioglobina. As causas do aparecimento de cada um 
destes elementos pode ser, muitas vezes, distintas e indicam patologias 
diversas. 
– Hemácias: Sua presença pode ser devido a doenças ou disfunções renais, 
glomerulonefrite, hipertensão maligna, infeções, tumores, cálculos, 
hemorragias diversas, terapia com anticoagulantes, drogas tóxicas e 
exercício físico intenso. 
SANGUE 
– Hemoglobina: Pode ser detectada mesmo na ausência de hemácias. Uma 
das causas pode ser a destruição das hemácias por densidade urinária 
inferior a 1,010 ou pH alcalino. Outras causas: Hemólise intravascular, 
reações transfusionais, anemia hemolítica, hemoglobinúria paroxística 
noturna (anemia hemolítica adquirida, causada pela alteração da célula 
tronco hematopoética) entre outras. 
– Mioglogina: a mioglobinúria é rara mas é um importante achado que 
indica destruição de fibras musculares. Ex: Trauma muscular, convulsões, 
como prolongado e exercício físico intenso. 
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SANGUE 
TIPOS DE PESQUISA 
• Tiras Reagentes: O método se baseia na atividade das peroxidades do anel 
heme. A prova que tem como reagentes a 3,3’, 5,5’ tetrametilbenzidina e 
dimetilhidroperoxihexano ou dihidroperoxi de diisopropilbenzeno resulta em 
coloração verde proporcional a quantidade de hemoglobina ou mioglobina 
presente na amostra. 
 
 
• Sensibilidade: A tira é mais sensível para detectar a hemoglobina do que 
hemácias integras. A hemoglobina é detectada a partir de 0,05 mg/dL. 
 Interferentes: 
• Falso Positivo: Agentes oxidantes, peroxidades bacterianas e de vegetais, 
contaminação por fluxo menstrual 
• Falso negativo: Acido ascórbico, tratamento com captopril. 
SANGUE 
REAGENTE DE JOHANESSENN 
• Princípio da pesquisa: Reagente contendo fenolftaleína reduzida em meio 
alcalino. As peroxidases desdobram o peróxido de hidrogênio, produzindo a 
oxidação das fenolftaleína que, em meio alcalino, aparece com a cor rosa 
característica. 
NITRITO 
• A presença de nitrito em amostra de urina é decorrente da ação indireta de 
bactérias redutoras de nitrato a nitrito, o que inclui todas as entrerobactérias 
e a maioria das bactérias não fermentadoras, e alguns cocos Gram positivos. 
São redutoras de nitrato a nitrito e responsáveis pela maioria das infecções 
do trato urinário, por exemplo: Escherichia coli, Klebsiella sp, Serratiasp, 
Proteus sp, Enterobacter sp, Enterococcus sp e Estafilococo coagulase 
negativo. 
• Para que a pesquisa de nitrito apresente resultado positivo algumas 
condições são imprescindíveis: 
 a) A presença de bactérias produtoras de enzimas redutoras de nitrato a 
nitrito; 
 b) Presença do substrato (nitrato), cuja principal fonte são as carnes e 
 c) Tempo de incubação do substrato na presença das enzimas redutoras de 
nitrato a nitrito. 
NITRITO 
• Além dos casos descritos anteriormente, a utilização de antibióticos ou 
antissépticos iniciada previamente a realização do exame de urina é 
importante causa de resultados falso negativos. 
• Para evitar estes resultados falso-negativos se recomenda conhecer: os 
hábitos alimentares dos pacientes e a medicação ingerida pelos mesmos e 
submetê-los a um tempo de quatro horas entre a micção para coleta de 
material e a micção anterior. 
 
• Tira Reagente: O método se baseia na reação de Griess. A reação que tem 
como reagentes a sulfanilamida ou o ácido p-arsanílico e a 3-hidroxi-1,2,3,4-
tetrahidrobenzoquinilona. Nestas provas, o sal de diazônio formado pela 
reação do nitrito coma a sulfanilamida ou o ácido p-arsanílico reage com a 3-
hidroxi-1,2,3,4-tetrahidrobenzoquinilona formando coloração rósea 
proporcional a quantidade de nitrito presente na amostra. A presença de 
coloração ligeiramente rósea é indicadora de infecção do trato urinário por 
enterobactérias. Resultado negativo: Incolor 
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LEUCÓCITOS 
• Significado clínico: É utilizada para detectar a presença de infecções em todo 
o trato urinário. 
• Esse elemento é melhor detectado pelo exame microscópico. Porém muitas 
vezes, as células são lisadas ou destruídas na urina, não aparecendo no 
exame microscópico, somente na pesquisa química. 
• A urina normal contém até 5 leucócitos por campo. (aumento de400x). 
• Um aumento no número de leucócitos pode ser encontrado na glomérulo 
nefrite aguda, pielonefrite, litíase, cistite, uretrite e tumores. 
LEUCÓCITOS 
TIPOS DE PESQUISA 
• Tiras Reagentes: Se baseia na presença da enzima leucócito esterase 
presente nos grânulos azurófilos dos leucócitos. Esta enzima hidrolisa o éster 
do ácido indoxilcarbônico e produz indoxil. Este produto reage com um sal de 
diazônio produzindo cor púrpura proporcional à quantidade de esterase 
presente. 
 
• Resultados falsos positivos são verificados em amostras contaminadas com 
formaldeído (formalina) e pela presença de antibióticos contendo imipenem, 
meropenem ou ácido clavulânico. 
• Resultado falso negativo é verificado quando a amostra de urina contém 
glicose > 3g/dL e albumina >500mg/dL. Altas doses de tetraciclina, cefalexina 
e gentamicina, também, pode resultar em redução da intensidade da reação 
assim com grande concentração de bilirrubina ou nitrofurantoína. 
LEUCÓCITOS 
• Sensibilidade: Detecta de 5 a 15 leucócitos por campo na área de traços. 
Resultados Qde/L 
Negativo - 
+ 10 a 25 
++ 75 
+++ 500 
ÁCIDO ASCÓRBICO 
• A presença de ácido ascórbico na urina pode interferir em vários testes 
químicos. 
• Assim, elevados níveis deste composto em amostras de urina pode interferir 
com vários dos testes possibilitados pelas tiras reagentes, os quais 
dependem de reações de oxidação com diazônio ou peroxidase (ex. glicose, 
bilirrubina, urobilinogênio, hemoglobina, nitrito e esterase de leucócitos. 
 
TIRAS REAGENTES 
• Princípio da pesquisa: A pesquisa de ácido ascórbico se baseia na reação 
deste com o azul de indofenol reduzindo-o a 2,6 dicloro-fenol-indofenol de 
cor laranja. 
Resultados Mg/dL 
+ 10 
++ 25 
+++ 50 
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SEDIMENTOSCOPIA 
• O exame microscópico é a terceira e última etapa do exame de urina. A 
microscopia do sedimento urinário se constitui, historicamente, no 
procedimento laboratorial importante e mais utilizado, do exame de urina, 
no diagnóstico de doenças do trato urinário. Constitui na observação, 
identificação e quantificação do material insolúvel presente na mesma. 
• A meticulosidade no sedimento urinário deve ser constante, porque a 
maioria dos elementos do sedimento podem sofrer modificações no seu 
aspecto morfológico, devido a variações do pH, uso de medicamentos, 
decomposição bacteriana, má coleta da amostra, má conservação do 
material, frascos de coleta impróprios, etc. 
SEDIMENTOSCOPIA 
• Para que o resultado do exame microscópico reflita, verdadeiramente, as 
condições do trato urinário, todos os procedimentos que garantam a 
qualidade como os procedimentos de orientação e preparação do paciente, 
coleta, identificação e manipulação da amostra, análise da amostra, e 
expressão do resultado. Além disso, é importante que além de disporem de 
equipamentos adequados, os profissionais apresentem sólido conhecimento 
da morfologia das estruturas normais e anormais que podem ser 
encontradas no sedimento urinário, a relação existente entre as estruturas 
encontradas no exame microscópico com o exame físico e com o exame 
químico, bem como, o significado clínico de sua presença na amostra 
analisada. 
SEDIMENTOSCOPIA 
PREPARAÇÃO DA AMOSTRA E MICROSCOPIA 
• No caso do Brasil a NBR 15268 determina que o volume da alíquota é de 10 
mililitros. 
• Conforme determina a NBR 15268, na preparação do sedimento urinário 
para observação entre lâmina e lamínula e cálculo para expressão dos 
resultados por mililitro de urina se deve seguir o procedimento conforme 
padronizado: 
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SEDIMENTOSCOPIA 
 
SEDIMENTOSCOPIA 
a) homogeneizar a amostra de urina e transferir para um tubo de 
centrifugação 10 mL de urina; 
b) Centrifugar a 1500 a 2000 rotações por minuto durante 5 minutos; 
c) Retirar 9,8 mL do sobrenadante, cuidadosamente, para que o sedimento 
não ser ressuspendido, deixando no tubo 0,20 mililitros; 
d) Ressupender o sedimento; 
e) Transferir 20 microlitros do sedimento ressuspendido para uma lâmina de 
microscopia; colocar sobre o sedimento que se encontra na lâmina uma 
lamínula 22 X 22 mm; 
f) Examinar o sedimento por pelo menos dez campos microscópicos, bem 
distribuídos na lamínula; 
g) Para expressar o resultado por campo, examinar as células epiteliais e os 
cilindros do sedimento urinário em aumento de 100X e as hemácias e 
leucócitos em aumento de 400X; 
h) Calcular a média de cada elemento do sedimento contado e expressar o 
resultado como número de elementos por campo; 
 
SEDIMENTOSCOPIA 
i) Para expressar o resultado por mL examinar as células epiteliais e os 
cilindros do sedimento urinário em aumento de 100X e as hemácias e 
leucócitos em aumento de 400X; 
j) Calcular a média de cada elemento do sedimento contado; 
k) Multiplicar a média por 5.040 . Expressar o resultado como número de 
elementos por mililitro. Técnica não usual. 
 
• No aumento de 100x, usar pouca luminosidade e condensador baixo. 
• No aumento de 400x, usar maior luminosidade e condensador alto. 
SEDIMENTOSCOPIA 
MORFOLOGIA DAS ESTRUTURAS DO SEDIMENTO URINÁRIO 
• As estruturas do sedimento urinário podem pertencer ao que denominamos 
de organizado (biológico) ou inorganizado (químico). O sedimento organizado 
inclui células epiteliais escamosas (uretra), células de epitélio de transição 
(bexiga e ureter), células de epitélio tubular renal (túbulos contornados 
proximais,distais, alça de Henle), leucócitos, hemácias, bactérias, cilindros 
(com ou sem inclusões), leveduras, gotículas de gordura, espermatozóides e 
parasitas ou ovos de parasitas. 
 
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SEDIMENTOSCOPIA 
• Entre as estruturas químicas, algumas podem ser observadas no sedimento 
urinário, sem contudo indicarem a ocorrência de qualquer patologia seja ela 
do trato urinário ou não (cristais de oxalato de cálcio, ácido úrico, urato de 
sadio, urato amorfo, fosfato amorfo, urato de amônia, fosfato amoníaco 
magnesiano ou fosfato triplo, carbonato de cálcio, fosfato de cálcio, etc.). 
• Entretanto, a presença de estruturas químicas anormais (cristais de 
bilirrubina, cistina, colesterol, leucina,tirosina) podem indicar patologias 
graves ou ainda serem de origem iatrogênica (cristais de aiclovir, ampicilina, 
ciprofloxaxina, indinavir, contraste radiográfico, sulfa, etc.). 
ELEMENTOS DO SEDIMENTO URINÁRIO 
HEMÁCIAS 
• As hemácias apresentam for discóide com diâmetro é de aproximadamente 7 
μm, são células anucleadas e não apresentam inclusões citoplasmáticas . 
• A observação de diferentes ângulos permite a sua visualização sob diferentes 
formas. Depois da forma discóide a mais freqüentemente observada é a de 
duplo prato. A ausência de inclusões citoplasmáticas confere às hemácias 
aparência lisa. 
• Na microscopia de campo claro as hemácias podem ser confundidas com 
gotículas de gordura, ou óleo, bolhas de ar cristais ovais de oxalato de cálcio 
(monohidratado) e leveduras. 
• No exame microscópico do sedimento urinário podemos encontrar três tipos 
de hemácias: normais, fantasma e dismórficas. 
HEMÁCIAS 
• Em urinas hipotônicas podem ser observadas hemácias que apresentam 
diâmetro bem maior que 7 μm . 
• Quando a urina é hipertônica seu diâmetro geralmente é menor que o 
normal e sua forma muitas vezes é crenada devido à perda de água. 
• A localização ou definição das hematúrias de trato urinário superior como 
glomerulares e não glomerulares pode ser realizada através de análises não 
invasivas e de baixo custo, baseadas na morfologia das hemácias. 
• As hematúrias glomerulares podem ser distinguidas das não glomerulares 
não apenas através da verificação de proteinúria e cilindrúria, mas, também, 
por alterações na forma (dismórficas), na cor, no tamanho e no conteúdo de 
hemoglobina em parte das hemácias. Em decorrência do dismorfismo as 
hemácias podem apresentar forma de anel ou de donuts® (doughnut-like) 
com ou sem protusões vesiculares ou bolhas da membrana citoplasmática. 
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HEMÁCIAS 
• As hematúrias não glomerulares, por sua vez, se caracterizaram pela 
presença, no sedimento urinário, de hemácias com forma e tamanho 
semelhantes ás encontradas no sangue (isomorfismo). 
• A utilização de um atlas urinário, mostrando os vários formatos que a 
hemácia pode adquirir ao atravessar a membrana glomerular deve ser uma 
prática rotineira. 
 
LEUCÓCITOS 
• Os leucócitos tem, aproximadamente 12 μm de diâmetro, seu citoplasma 
apresenta granulações finas e o núcleo é lobulado. 
• Os leucócitos observados no sedimento urinário são, geralmente, 
polimorfonucleares neutrófilos, mas, a verificação da presença de linfócitos, 
eosinófilos e monócitos também ocorre e é de grande importância no 
diagnóstico. Necessário a utilização de métodos de coloração para a 
diferenciação. 
• A observação de leucocitúria no exame microscópico do sedimento urinário 
constitui em indicação de ocorrência de patologia inflamatória do trato 
urinário ou mesmo do trato genital. 
• Nos processos infecciosos do trato urinário alto (pielonefrite) a leucocitúria 
observada é geralmente mais intensa que nas infecções do trato urinário 
baixo (cistite). Essa diferença é decorrente, pelo menos em parte, pelo fato 
de os rins serem órgãos, extremamente, mais vascularizados que a bexiga, 
pois a migração dos leucócitos para o espaço tubular ou para a bexiga ocorre 
por diapedese. 
 
LEUCÓCITOS 
• As pielonefrites são caracterizadas por se verificar, geralmente, além de 
leucocitúria, proteinúria moderada (++), bacteriúria e cilindrúria (cilindros 
granulosos, hialinos e leucocitários). Nas cistites, por sua vez, se verifica 
apenas leucocitúria variável e bacteriúria, podendo, eventualmente, se 
verificar leve proteinúria (traços). 
• A verificação da presença de eosínófilos no sedimento urinário se constitui 
em prova confirmatória, importante. da evidência clínica de nefrite 
intersticial aguda. As NIA podem ser induzidas por medicamentos, infecções 
renais, e processos auto imunes sistêmicos, mas pode, também, ser 
observada em amostras de pacientes submetidos a transplante de rins e de 
pâncreas que apresentam rejeição do órgão transplantado. 
• Nas NIA se verificam outras alterações no sedimento urinário como: 
proteinúria <1g/24 horas, leucocitúria, cilindrúria (cilindros leucocitários), 
hematúria, níveis séricos elevados de uréia e creatinina. 
LEUCÓCITOS 
• A presença de número elevado de células mononucleares no sedimento 
urinário, principalmente linfócitos, é verificada em pacientes nefrite lúpica e 
seu número apresenta elevada correlação com o índice de atividade da 
doença do Lupus eritematoso sistêmico. 
• Entretanto, a identificação de linfócitos e monócitos no exame microscópico 
do sedimento urinário em microscopia de campo claro ou mesmo em 
microscopia de contraste de fase é bastante difícil. Nestas modalidades de 
exame microscópico essas células são facilmente confundidas com hemácias. 
• As identificações de eosinófilos, linfócitos e monócitos no sedimento urinário 
são mais fáceis em um citocentrifugado é corado com corante de Wright ou 
Papanicolaou. 
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CÉLULAS EPITELIAIS 
• As células epiteliais são encontradas em praticamente todas as amostras 
urinárias. São eliminadas na urina devido a descamação ou esfoliação 
normal. 
• O trato inferior sobre mais descamação porque é constituído de várias 
camadas de células. Nos túbulos renais, com apenas uma camada de células, 
a descamação é mais rara. 
• As células epiteliais encontradas no sedimento são de três diferentes tipos: 
Escamosas, transicionais e renais. 
• A identificação pode ser difícil mas é clinicamente significativa. 
CÉLULAS EPITELIAIS 
• CÉLULAS EPITELIAIS ESCAMOSAS: Oriundas da uretra e da vagina, são 
grandes com formato retangular ou arredondado, são facilmente 
identificadas no aumento de 100x. 
 
• CÉLULAS DO EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO: São denominadas de células uroteliais. 
São oriundas da pelve renal, ureteres e bexiga. Apresentam esféricas ou 
poliédricas. 
 
• CÉLULAS DO EPITÉLIO RENAL: As células dos epitélios tubulares renais são 
encontradas em pequena quantidade no sedimento urinário. Arredondadas, 
poliédricas, pouco alongadas ou ovóide. A presença de mais de 15 células 
por campo em 400x indica forte evidência de doença renal ativa ou lesão 
tubular. 
CILINDROS 
• São formações cilíndricas moldadas na luz dos túbulos renais. A presença no 
sedimento é um achado extremamente importante, pois indica doença 
intrínseca renal e propicia uma visão das condições existentes no interior do 
néfron. 
• Formação: são formados nos túbulos contornado distal e no tubo coletor 
devido a uma maior concentração e acidez urinária nestes locais. O principal 
componente dos cilindros é a proteína de Tamm-Horsfall, uma mucoproteína 
secretada pelas células tubulares. 
• Quando esta proteína se precipita dentro do túbulo renal ela pode aglutinar 
elementos presentes na luz tubular, como leucócitos, hemácias, células 
epiteliais, etc, e dar origem aos vários tipos de cilindros. 
• Algumas condições fisiológicas favorecem a formação dos cilindros, tais 
como, aumento da acidez urinária, redução do volume urinário entre outros. 
CILINDROS 
 CILINDROS HIALINO: Os cilindros hialinos são formados quase 
exclusivamente de proteínas de Tamm Horsfall. 
• Seu aspecto é incolor e semitransparente devido ao baixo índice de refração, 
o que dificulta sobremaneira sua observação. 
• A presença de cilindros hialinos no sedimento urinário não indica, 
necessariamente, a ocorrência de patologia do trato urinário alto, podendo 
ser encontrado em pequeno número, em amostras de indivíduos saudáveis. 
• Cilindros hialinos podem ser encontrados em decorrência de 
glomerulonefrites, pielonefrites, insuficiência cardíaca congestiva, febre, 
desidratação, exposição ao frio intenso e exercícios intensos. A presença de 
cilindros hialinos não está, necessariamente associada à ocorrência de 
proteinúria. 
 
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CILINDROS 
 CILÍNDROS LEUCOCITÁRIOS: Os cilindros leucocitários apresentam a inclusão 
de leucócitos na matriz protéica em decorrência da presençadesses nos 
túbulos renais ou dutos coletores no momento de formação do cilindro. 
• A presença de cilindros leucocitários no sedimento urinário é associada à 
ocorrência de infecção do trato urinário alto/pielonefrite. Entretanto, 
podem, também, serem observados cilindros leucocitários no sedimento 
urinário de pacientes com glomerulonefrite (pouco frequente). 
• Os cilindros leucocitários não são encontrados em amostras de urina de 
indivíduos saudáveis. 
CILINDROS 
 CILÍNDROS ERITROCITÁRIOS: Os cilindros eritrocitários ou hemáticos são um 
importante indicador de ocorrência de doença glomerular como verificado 
na glomerulonefrite aguda, infarto renal, na nefrite lúpica, por exemplo, mas 
podem ser encontrados em qualquer patologia em que se verifica lesão, 
principalmente, de glomérulo e capilares renais. 
• Constitui em indicador de elevada especificidade para o diagnóstico da 
ocorrência de glomerulonefrite. A Contudo, eventualmente o cilindro 
eritrocitário pode ser encontrado em amostras de pacientes sadios, após a 
participação de esportes de elevado impacto. 
 
CILINDROS 
 CILÍNDROS EPITELIAIS: As células contidas nos cilindros epiteliais são de 
origem tubular renal. Esses cilindros são encontrados em amostra de urina 
de paciente com: necrose tubular aguda, nefrite intersticial aguda, 
eclampsia, síndrome nefrítica e rejeição de transplante, intoxicação por 
metais pesados, etilenoglicol e outras drogas. 
• A ocorrência de cilindros epiteliais está associada com proteinúria e com a 
presença cilindros granulosos. 
CILINDROS 
 CILÍNDROS GRANULOSOS: Os cilindros granulosos podem apresentar 
granulações finas e grossas. Os grânulos que constituem parte do cilindro são 
restos de vários tipos de células. Podem ser observados cilindros granulosos, 
juntamente com cilindros hialinos, após períodos de estresse ou a prática de 
exercícios extenuantes. 
• Os grânulos podem ter origem não patológica ou patológica. 
• Os grânulos de origem não patológica são excretados, normalmente, em 
pequena quantidade pelas células tubulares renais, após o estresse e a 
realização de exercícios vigorosos. Os grânulos de origem patológica podem 
ser resultantes da desintegração de cilindros celulares e de células tubulares 
renais, ou ainda agregados protéicos filtrados pelos glomérulos. 
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CILINDROS 
 CILÍNDROS CÉREOS: Os cilindros céreos, ao contrário dos cilíndros hialinos, 
apresentam acentuada refringência, o que facilita em muito sua visualização 
ao microscópio. 
• Formados pela degeneração dos elementos granulares presentes no seu 
interior. Ele não é encontrado normalmente no sedimento urinário e a 
presença indica estase renal (obstrução dos néfrons). 
• A presença de cilindros céreos no sedimento urinário está relacionada com 
atrofia e ou dilatação tubular avançada associada com doenças renais em 
estágio avançado como ocorre no caso de inflamação e degeneração tubular, 
falência renal crônica e rejeição a transplante. 
• Conhecidos também como cilindros de insuficiência renal – indica 
prognóstico ruim. 
CILINDROS 
 CILÍNDROS GORDUROSOS: formados por uma matriz protéica repleta de 
gotículas de gorduras ou de corpos graxos ovais. 
• A presença destes cilindros no sedimento urinários está relacionada com a 
ocorrência de distúrbios renais avançados em que se verifica lipidúria como, 
por exemplo, a síndrome nefrótico. Entretanto os cilindros gordurosos 
podem, também estar presentes no sedimento urinário de pacientes com 
diabetes melito e de pacientes com nefrose tóxica por envenenamento com 
polietilenoglicol ou mercúrio, por exemplo. 
CILINDROS 
 CILÍNDROS MISTOS: Os cilindros observados podem apresentar duas ou mais 
características morfológicas distintas em decorrência de presença de mais de 
um tipo de inclusões. 
• Nesse caso é recomendado que o cilindro seja considerado de acordo com a 
inclusão predominante. 
CRISTAIS 
• Os cristais são encontrados com frequência no sedimento urinário e 
raramente tem significado clínico. 
• São formados pela precipitação de sais presentes na urina devido a variações 
do pH, da temperatura e da concentração urinária, o que afeta a sua 
solubilidade. 
• A identificação dos cristais deve ser feita para detectar a presença de alguns 
tipos que identificam distúrbios, tais como doenças hepáticas, erros inatos 
do metabolismo, litíase renal e algumas alterações metabólicas. 
• Para a identificação é importante conhecer o pH urinário, pois este 
determina o tipo de substância química precipitada. 
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CRISTAIS – urina ácida 
• URATO AMORFO: Sem significado clínico. 
• ÁCIDO ÚRICO: A forma mais comum é a forma losangular. Aparecem em 
indivíduos normais e com gota. Em pacientes com leucemia e linfomas a 
excreção urinária destes cristais estará aumentada devido ao catabolismo 
aumentado de ácidos nucléicos. 
• URATO ÁCIDO DE SÓDIO: É um tipo raro de cristal. Apresenta como esferas 
arredondadas isoladas ou formando cachos com coloração amarelada. 
• OXALATO DE CÁLCIO: Muito comum, também encontrado em urinas 
alcalinas ou netras. 
 
CRISTAIS – urina alcalina 
• FOSFATO AMORFO: Apresentam como grânulos amorfos e incolores, podem 
ser confundidos com bactérias. 
• FOSFATO TRIPO: Cristal grande, incolor, bastante refrigente, tem a forma de 
prisma de seis ou quatro lados – conhecido como “tampa de caixão”. 
• BIURATO DE AMÔNIO: Raro. Apresenta-se como esferas com estriações 
radiais e espículas. Marrom 
• FOSFATO DE CÁLCIO: Raro. Em forma de cunha, forma rosetas e são 
incolores. 
• CARBONATO DE CÁLCIO: Raro. Minúsculas esferas incolores. 
CRISTAIS ANORMAIS 
• Aparecem na urina devido a defeitos metabólicos de várias origens e podem 
ser indicativos de patologias diversas, inclusive renais. 
• CISTINA: Encontrado em pacientes com cistinúria, uma alteração congênita 
do transporte de aminoácidos que afeta a cistina, arginina, lisina e ornitina. 
Somente o cristal de cistina é encontrado na urina. Os pacientes com 
cistinúria são sujeitos a formar grandes cálculos que podem provocar lesão 
renal. São incolores, hexagonais e refrigentes. 
• TIROSINA: Raro, mas em pacientes com doença hepática grave eles podem 
ser encontrados. Incolor e apresenta como finas agulhas na forma de 
rosetas. 
• LEUCINA: Extremamente raro. Associado a doença hepática grave e 
desordens do metabolismo de aminoácidos. Amarelo com formato esférico. 
• COLESTEROL: Raro, acompanha corpos graxos ovais e cilindros granuloso, 
indicando síndrome nefrótica. Placas retangulares incolores. 
MUCO 
• Material protéico produzido por células epiteliais ou constituído por 
mucoproteínas de baixo peso molecular que atravessam a membrana 
glomerular. 
• Aparência filamentosa. 
• Sua presença não tem significado clínico. 
• Relata-se: Ausente, escasso, moderado e muito aumentado. 
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FLORA BACTERIANA 
• O trato urinário é normalmente estéril e a urina normal e recém emitida não 
deve conter bactérias. 
• Pode ocorrer contaminação na uretra ou vagina, quando da emissão da 
urina. 
• A bacteriúria encontrada na urina recente indica infecção. 
CONTAMINANTES OU ARTEFATOS 
• ESPERMATOZÓIDE: Por questões éticas não se deve citar a sua presença em 
urina de mulheres, a não ser quando há solicitação explícita de comprovação 
de abuso sexual. No homem, pode indicar espermatorréia, causa de 
infertilidade. 
• LEVEDURAS: Podem aparecer por contaminação vaginal, contaminação pela 
pele ou ar. 
• PARASITAS: O parasita encontrado com maior frequência é o Trichomonas 
vaginalis, devido a contaminação vaginal. Ovos ou larvas de parasitas podem 
ser vistos no sedimento urinário devido a contaminação fecal: Schistosoma, 
Enterobius, Stronguloides, etc. 
• DIVERSOS: Grânulos de amido, fibras vegetais,bolhas de ar, gotículas de 
gordura, fragmentos de vidro, grãos de polen, pêlos ...

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