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AULA 3 - RELAÇÃO SAÚDE-DOENÇA NA HOMEOPATIA

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RELAÇÃO SAÚDE-DOENÇA NA 
HOMEOPATIA
Prof. Dsc. Alex Lucena
▪ Segundo Hahnemann, a vida não pode ser revelada pelas leis físicas, que
prevalecem somente sobre as substâncias inorgânicas:
▪ “As substâncias materiais que compõem o nosso organismo não seguem, em suas
combinações vitais, as leis às quais se submetem as substâncias na sua condição
inanimada; elas são reguladas pelas leis peculiares à vitalidade”.
▪ O que a vida é, em sua essência, não é verificável pelo método científico. Ela só
pode ser conhecida a partir de seus fenômenos e manifestações.
▪ O DNA, responsável pela formação das proteínas, por exemplo, é ele próprio uma
proteína. Como entender esse paradoxo?
▪ O erro que a maioria dos cientistas comete é o de trabalhar no âmbito da
estrutura e acreditar que, conhecendo-a cada vez mais, um dia conhecerão a vida.
Eles jamais conhecerão o que é a vida enquanto continuarem atentos apenas nos
seus aspectos estruturais.
▪ Diante da complexidade da vida precisamos de modelos conceituais para explicá-la.
▪ Os modelos não são necessariamente reais. Todavia, servem de instrumentos teóricos para
descrever a realidade, ou seja, fornecem descrições simbólicas ou presumidas que nos
ajudam a esclarecer os fenômenos da natureza.
▪ Tomemos como exemplo o modelo atômico. Sua validade não é contestada, pois ele
esclarece muito bem os fenômenos físicos. Entretanto, os átomos nunca foram observados por
alguém. Talvez eles nem existam da forma como os idealizamos.
▪ Nesse contexto, pode-se dizer que os modelos limitam a realidade em torno deles. Em uma
metáfora: o mapa é o modelo do território; ele não é o território.
▪ Se o representasse fielmente teria o tamanho e os detalhes do território. Contudo, o mapa é
necessário para nos conduzir a algum lugar.
▪ O modelo conceitual no qual a terapêutica homeopática se apoia é de origem
vitalista.
▪ Somente quando aceitamos a noção de um princípio de causalidade para a vida,
fora das dimensões físicas habituais, concordamos em considerá-lo um modelo para
a homeopatia.
▪ Segundo o modelo filosófico homeopático, a condição do organismo depende
apenas da saúde da vida que o anima.
▪ Assim, conclui-se que a doença consiste em uma condição alterada originalmente
apenas nas sensibilidades e funções vitais, independentemente de toda
consideração química ou mecânica, ou seja, a origem primária das doenças está na
perturbação da força vital.
▪ É a força vital que mantém o organismo em harmonia. Sem ela, o organismo não
age, não sente e se desintegra, sendo a força vital res ponsável pela integração
dos diversos níveis dinâmicos da realidade humana (físico, emocional e mental).
▪ O organismo humano no estado de saúde encontra-se em equilíbrio nos seus
aspectos físico, emocional e mental. Quando a força vital é perturbada, os
mecanismos de defesa do organismo são acionados (sobretudo os sistemas
imunológico e endócrino).
▪ A força vital pode ser influenciada negativamente por fatores exógenos, como
ritmos de vida insalubres, alimentação de má qualidade, drogas etc., e por fatores
endógenos, como tristeza, irritabilidade, ódio etc.
▪ Apesar de a força vital não ser diretamente observada, seus efeitos podem ser
evidenciados pelo método da cristalização sensível desenvolvi do por Ehrenfried Pfeiffer.
▪ O princípio do método baseia-se na capacida de de soluções de sais cristalizantes
modificarem-se especificamente pela adição de substâncias orgânicas.
▪ Na cristalização sensível, adiciona-se uma pequena quantidade do material orgânico a ser
pesquisado (suco de planta, sangue, soro etc.) em uma solução de cloreto de cobre, que
seca em placa de petri, sob temperatura, umidade e pressão constantes, em local
totalmente isolado e isento de oscilações e vibrações.
▪ Ao utilizarmos um material inorgânico, ou uma folha em fase de fenecimento, em que a
força vital está ausente ou bastante fraca, o cloreto de cobre cristaliza-se sob a forma de
agulhas dispostas desordenadamente.
▪ Entretanto, com algumas gotas do suco extraído de folhas frescas, em que a força vital está
bem ativa, veremos as agulhas dispostas de forma organizada, formando desenhos
característicos.
CRISTALIZAÇÃO SENSÍVEL
▪ Essas alterações são
específicas e reproduzíveis
para cada material orgânico
pesquisado.
▪ Esse método permite verificar
o grau de vitalidade presente
nas substâncias orgânicas,
bem como a presença ou
ausência da força vital.
▪ Permite ainda elaborar
diagnósticos de enfermidades
humanas, animais e vegetais e
controle de qualidade de
extratos e tinturas.
▪ A homeopatia define saúde como um estado de equilíbrio dinâmico que abrange as
realidades física e psicomental dos indivíduos em suas interações com o ambiente natural e
social.
▪ A doença reflete, mediante os sintomas, o esforço da força vital na tentativa de
restabelecer o equilíbrio.
▪ A força vital impede a matéria (o corpo físico) de seguir as leis químicas e físicas da
natureza.
▪ O corpo físico, após o abandono da força vital, na morte, fica exposto às leis físico-químicas
e mediante reações químicas entra em decomposição, retornando ao campo de ação física.
▪ A força vital, intimamente ligada ao corpo físico, é favorecida por atividades artísticas,
sono, alimentação e ritmos de vida sadios.
NÍVEIS DINÂMICOS
▪ Além da afirmação da interdependência entre o organismo e o ambiente, a homeopatia
reconhece a interdependência entre os processos psicomentais e o corpo e o papel
integrador da força vital, nesse contexto.
▪ Concebe, desse modo, a doença como um processo que pode ter se iniciado nos níveis
emocional e mental dos indivíduos suscetiveis, e posteriormente se manifesta sob a forma de
lesão orgânica.
▪ Uma vez que para a medicina moderna alopática o corpo físico é a única dimensão do
organismo humano, o ponto inicial da doença é revelado quando se identificam essas lesões.
▪ Assim, o ponto final do adoecer para a homeopatia é o ponto inicial para a medicina
alopática. Ou seja, enquanto para a homeopatia a causa primária dos desequilíbrios pode
advir de diferentes níveis da realidade humana, para a medicina alopática ela se situa no
componente celular.
▪ Como consequência, a homeopatia pode privilegiar a prevenção ao atuar sobre os níveis
emocional e mental alterados por meio do fortalecimento da força vital.
▪ Existe uma hierarquia na constituição do ser humano:
▪ O nível mental é o mais importante e o físico, o menos importante.
▪ Já o nível emocional é menos importante que o nível mental, porém mais importante
que o nível físico, existindo completa interação entre eles.
▪ Todavia, para o homeopata é necessário distingui-los para avaliar a evolução da
doença.
▪ A força vital, não sendo forte o suficiente para eliminar a bronquite, transfere o problema para
a pele.
▪ Momentaneamente, a pele passa a ser “a válvula de escape” do organismo. Isso é muito
frequente nas doenças crônicas. Todavia, um indivíduo com pouca vitalidade, acometido de crise
emocional prolongada, poderá ter uma piora no seu estado mental. É uma angústia que se
transformou em depressão, por exemplo.
▪ O problema foi deslocado do nível emocional para o mental, uma vez que a força vital não
estava fortalecida o suficiente para transferi-lo para o nível físico. Nesse caso, a homeopatia,
com seus medicamentos, ao fortalecer a vitalidade do indivíduo doente, restabelece o equilíbrio
entre os três níveis.
▪ A pele é muito importante no contexto geral do organismo. Não devemos atuar com um
medicamento de uso tópico de forma paliativa, pois assim criamos um enorme obstáculo à
tentativa de cura patrocinada pela força vital.
▪ Ao remover a totalidade dos sintomas antes da cura do problema original (um estado de
tristeza profunda, por exemplo), além de não curar, impedimos a identificação do simillimum.
LEIS DE HERING, SUPRESSÃO E EXONERAÇÃO
▪ Após o diagnóstico e correta administração do similimum (medicamento mais
semelhante possível ao sujeito) como pode o médico avaliar se está ou não
ocorrendo verdadeiracura?
▪ Para Hahnemann, cura é restabelecimento da “saúde de maneira rápida, suave
permanente” (parágrafo 2 – Organon) e só ocorre se houver “restabelecimento
integral da energia vital” (par. 12) que por ser imaterial só pode ser influenciada
por uma força também imaterial (no caso, a energia do medicamento apropriado).
▪ Coube a um grande discípulo de Hahnemann, o médico Constatine Hering, observar
quais são os passos desse “restabelecimento” da energia vital. Tais passos da cura
são denominados Leis de Hering. Possuem grande valor na prática médica, ajudam
a interpretar os diversos fenômenos que ocorrem com o paciente e possibilitam
avaliar erros e acertos no tratamento.
▪ Não é a ação direta do remédio que promove a cura. A Homeopatia não quer simplesmente
atuar nos sintomas, mas sim na raiz deles – na energia vital. Após ser estimulada, essa
energia vital deve voltar a “governar” a saúde (par. 9). Enfim, o que o remédio
homeopático faz é colocar o sujeito doente no caminho natural de cura, estimulando a força
defensiva natural do organismo (vis medicatrix naturae, como fora nomeado por Hipócrates).
▪ Qual é esse caminho natural? Como saber se um paciente está melhorando após receber o
medicamento?
▪ Hering, dois anos após a morte de Hahnemann, enuncia seus achados nestes termos:
“Cada médico homeopata deve haver observado que a melhoria da dor ocorre de cima para baixo, e,
das enfermidades, de dentro para fora (...) A cura completa de uma enfermidade (...) é indicada pelos
órgãos mais importantes aliviados primeiro; a afecção se dissipa na ordem em que os órgãos foram
afetados, sendo os mais importantes aliviados primeiro, logo os menos importantes e a pele ao final...”.
LEIS DE HERING, SUPRESSÃO E EXONERAÇÃO
▪ Assim, um paciente que apresenta uma úlcera de estômago, não tem apenas seu estômago
doente, pois todo um caminho foi percorrido desde a alteração da energia vital até o
surgimento da úlcera, passando por manifestações mentais.
▪ Da mesma forma que a experiência mostrou aos homeopatas a hierarquia dos sintomas (1°
mentais, 2° gerais e 3° físicos), também evidenciou uma ordem no processo de adoecimento:
do centro da vida à periferia, do mais profundo no ser humano ao mais superficial. Assim se
adoece e assim se cura.
▪ Os fenômenos vitais apresentam naturalmente esse sentido centrífugo, chamado de
exonerativo. Quando essa “exoneração” é impedida falamos em “supressão”.
CASO CLÍNICO
▪ Paciente masculino, 30 anos, diagnóstico clínico de asma e constipação intestinal. Está
apresentando crises asmáticas semanais nos últimos meses. Na consulta o médico também
descobre que o paciente é facilmente irritável, apresenta muito medo do escuro, medo de
doenças e enorme ansiedade com relação ao futuro. Está com muita dificuldade para se
concentrar no trabalho. É, então, instituída terapia convencional para as crises de asma e
orientações para melhoria no hábito intestinal.
▪ Na consulta seguinte, o médico ouve do doente que a asma melhorou muito e que notou
alguma melhora também na constipação. Questionando um pouco mais percebe que a
irritabilidade do paciente piorou, está ainda mais ansioso e agora refere estar muito triste,
pois sua dificuldade de concentração está levando a sérios problemas no emprego.
▪ Discussão do caso: Um médico convencional estaria satisfeito com o tratamento, pois sua
preocupação era com a esfera física, ou seja, a entidade nosológica (Asma) que apresentou
grande melhora. Sua próxima conduta seria encaminhar o paciente para um especialista a
fim de tratar os “problemas psicológicos”.
▪ Um médico preocupado com a totalidade do paciente perceberia que os vários
problemas não estão separados, mas intimamente relacionados.
▪ O que ocorreu nesse caso foi uma supressão por uma terapia paliativa. A
perturbação da energia vital manifesta-se em todas as esferas.
▪ No início do caso, a esfera física estava afetada em maior grau, mas após a
terapia convencional a principal manifestação está na esfera emocional. A doença
se aprofundou.
▪ A cura verdadeira ocorreria, primeiramente, com a melhoria dos sintomas mentais e
emocionais, com posterior e gradual melhoria das crises asmáticas e da função
intestinal. Esse é um caminho de cura que respeita as leis de Hering, ou seja, uma
cura de dentro para fora.
▪ Hahnemann desenvolveu a teoria dos miasmas para explicar a existência das
doenças crônicas.
▪ Ao constatar que doentes crônicos nem sempre respondiam de maneira satisfatória
ao simillimum, apresentando recidivas, observou que o quadro sintomático
apresentado por eles era apenas um aspecto parcial e episódico da verdadeira
enfermidade que permanecia oculta.
▪ Com exceção das doenças crônicas provocadas por abuso de drogas ou hábitos de
vida insalubres, Hahnemann identificou três mias mas responsáveis pela eclosão das
doenças crônicas: sífilis, sicose e psora.

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