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TIPOS DE TRAUMA

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TIPOS DE TRAUMA
CONTUSÃO 
 É uma lesão de tecidos moles produzida por golpe não penetrante, como uma pancada, um pontapé ou uma queda, causando ruptura de pequenos vasos sanguíneos e sangramento em tecidos moles (equimose ou hematoma).
 O hematoma se desenvolve pelo sangramento no local de impacto, deixando um aspecto “pretoazulado” característico. Cerca de 48 h depois, a fragmentação dos pigmentos do sangue faz com que a lesão se torne amarelada. 
 Os sinais/sintomas locais (dor, edema, tumefação e alteração da coloração) são controlados com o uso intermitente de compressas frias aplicadas ao local e a elevação do membro
 A maior parte das contusões se resolve em 1 a 2 semanas
DISTENSÃO
 • Lesão de um músculo ou tendão por uso, alongamento ou estresse excessivo 
• Os sintomas pós lesão eperda de função, dependerá do grau de lesão que podem ser classificados em três tipos: 
 1º Grau: envolve estiramento leve do músculo ou do tendão. Os sinais e sintomas podem incluir edema leve, sensação dolorosa e espasmo muscular leve, sem perda funcional perceptível 
 2º Grau: envolve ruptura parcial do músculo ou do tendão. Os sinais e sintomas incluem a perda da capacidade de sustentar peso, com associação de edema, dor à palpação, espasmo muscular e equimose
 3º Grau: consiste em alongamento significativo do músculo ou do tendão, com ruptura e laceração do tecido envolvido. Os sinais e sintomas incluem dor significativa, espasmo muscular, equimoses, edema e perda funcional.
 • A ressonância magnética (RM) revelará uma distensão de terceiro grau, mas as radiografias não revelam lesões de tecidos moles ou músculos, tendões ou ligamentos.
ENTORSE
 • É uma lesão nos ligamentos e tendões que circundam a articulação. É causada por um movimento de torção ou hiperextensão (forçada) de uma articulação . 
• A função de um ligamento é estabilizar uma articulação, possibilitando simultaneamente a mobilidade. Um ligamento rompido faz com que a articulação se torne instável.
 • Os vasos sanguíneos se rompem e ocorre edema; a articulação fica sensível à palpação, e o movimento da articulação se torna doloroso. O grau de incapacidade e de dor aumenta durante as primeiras 2 a 3 h após a lesão, por causa do edema e sangramento associado, especialmente se o tratamento for tardio. As entorses são classificadas de modo semelhante ao sistema de classificação utilizado para as distensões:
 1º Grau é causada pelo estiramento das fibras ligamentares, resultando em lesões mínimas. Manifesta‐se por edema leve, dor à palpação local, e dor provocada pelo movimento da articulação
 2º Grau envolve ruptura parcial do ligamento. Resulta em edema aumentado, dor à palpação, dor aos movimentos, instabilidade articular e perda parcial da função normal da articulação 
 3º Grau ocorre quando um ligamento é completamente lacerado ou rompido. A entorse de terceiro grau também pode causar uma avulsão óssea. Os sintomas incluem dor intensa, dor à palpação, edema aumentado e movimento articular anormal
LUXAÇÕES 
• A luxação de uma articulação é uma condição na qual as superfícies articulares dos ossos distais e proximais que formam a articulação já não estão em alinhamento anatômico
. • Existe a subluxação que consiste em uma luxação parcial e não causa tanta deformidade quanto uma luxação completa.
 • Na luxação completa, os ossos estão literalmente “fora do lugar”. As luxações traumáticas são emergências ortopédicas, porque as estruturas articulares associadas, a irrigação sanguínea e os nervos estão deslocados de sua posição habitual e podem ser “aprisionados” com grande pressão sendo exercida sobre eles.
 • Se uma luxação ou subluxação não for reduzida imediatamente, pode ocorrer necrose avascular (NAV). A NAV do osso é causada por isquemia, que leva à necrose ou morte das células ósseas. 
• Os sinais e sintomas de uma luxação traumática incluem dor aguda, alteração no posicionamento da articulação, encurtamento do membro, deformidade e diminuição da mobilidade.
FRATURAS 
• A fratura é uma ruptura completa ou incompleta na continuidade da estrutura óssea e é definida de acordo com seu tipo e extensão.
 • As fraturas ocorrem quando o osso é submetido a um estresse maior que ele e é capaz de absorver. 
• Podem ser causadas por golpes diretos, forças de esmagamento, movimentos de torção repentinos e contrações musculares extremas
. • Quando o osso é fraturado, as estruturas adjacentes também são afetadas, o que pode resultar em edema de partes moles, hemorragia nos músculos e articulações, luxações articulares, tendões rompidos, nervos seccionados e vasos sanguíneos danificados.
 • Os órgãos do corpo podem ser lesionados pela força que causou a fratura ou pelos fragmentos da fratura.
Ano: 2017 Ó UFMT / UFSBA / Enfermeiro)
1. A coluna da esquerda apresenta termos referentes a lesões osteomusculares e a da direita, a definição de cada um. Numere a coluna da
direita de acordo com a da esquerda.
1 ‐ Entorse
2 ‐ Fratura
3 ‐ Luxação
4 ‐ Distensão
( ) Lesão em que há uma distensão dos ligamentos, mas não há deslocamento completo dos ossos da articulação.
( ) Lesão nos músculos ou seus tendões geralmente causada por hiperextensão ou por contrações violentas. Em casos graves pode haver
ruptura do tendão.
( ) Lesão em que a extremidade de um dos ossos que compõem uma articulação é deslocada de seu lugar. O dano a tecidos moles pode ser muito grave, afetando vasos sanguíneos, nervos e cápsula articular.
( ) Lesão em que há a não solução de continuidade de um osso. Apresenta aparência geralmente alterada devido ao grau de deformação
que pode impor à região afetada.
Assinale a sequência correta.
a) 1, 4, 3, 2
b) 4, 3, 2, 1
c) 3, 2, 1, 4
d) 2, 1, 4, 3
2. Acerca das lesões do sistema musculoesquelético, assinale a alternativa que
apresenta a definição de entorse.
a) Tração ou laceração muscular.
b) Quebra na continuidade do osso.
c) Lesão dos ligamentos e de outros tecidos moles em uma articulação.
d) Separação das superfícies articulares.
e) Separação parcial das superfícies articulares.
Ano: 2015 Banca: BIO‐RIO Órgão: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA
BARRA – RJ)
3. Uma lesão de tecido mole produzida por uma pancada rompendo os vasos
de pequeno calibre, ocasionando sangramento no tecido, é chamada de:
a) fratura fechada.
b) contusão.
c) luxação de pequeno porte.
d) estiramento.
e) entorse
TIPOS DE FRATURA
 Fratura completa envolve uma ruptura em toda a seção transversa do osso e frequentemente é deslocada(removida de sua posição normal).
 Fratura incompleta (p. ex., fratura em galho verde) envolve ruptura ao longo de apenas parte da seção transversa do osso; ocorre mais comumente em crianças.
 Fratura cominutiva é aquela que produz vários fragmentos ósseos.
 Fratura fechada (fratura simples) é aquela que não compromete a integridade da pele.
 Fratura exposta (fratura composta ou complexa) é aquela em que a pele ou membrana mucosa da ferida seestende ao osso fraturado.
 As fraturas expostas são classificadas de acordo com os seguintes critérios:
 Grau I é a ferida limpa de menos de 1 cm de comprimento
 Grau II é a ferida maior, sem grandes lesões aos tecidos moles ou avulsões
 Grau III é a ferida altamente contaminada e com grandes lesões aos tecidos moles. Pode ser acompanhadapor amputação traumática e é a mais grave.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA FRATURA
Os sinais e sintomas clínicos de uma fratura incluem:
DOR: a dor é contínua e sua intensidade aumenta até que os fragmentos ósseos sejam imobilizados. Osespasmos musculares que acompanham uma fratura começam dentro de 20 min após a lesão e resultam em dormais intensa que a relatada pelo paciente no momento da lesão. Os espasmos musculares podem minimizarainda mais o movimento dos fragmentos da fratura ou podem resultar em maior fragmentação óssea oudesalinhamento.
PERDA DA FUNÇÃO: Após uma fratura, o membro não é capaz de funcionar corretamente,porque a funçãonormal dos músculos depende da integridade dos ossos ao qual eles estão inseridos. A dor contribuipara aperda funcional. Além disso, pode haver presença de movimento anormal (movimento falso).
CREPITAÇÃO: Quando o membro é palpado delicadamente, pode‐se sentir ou ouvir uma sensação dedesintegração, chamada de crepitação. É causada pelo atrito entre os fragmentos ósseos.
DEFORMIDADE: O deslocamento, angulação ou rotação dos fragmentos em uma fratura de braço ou perna provoca uma deformação que é detectável quando o membro é comparado com o membro não lesionado.
ENCURTAMENTO: Nas fraturas de ossos longos, ocorre encurtamento efetivo do membro em decorrência da compressão do osso fraturado. Às vezes, os espasmos musculares podem causar a superposição das partes distal e proximal da fratura, resultando em encurtamento do membro 
EDEMA LOCALIZADO E EQUIMOSE: O edema localizado e a equimose ocorrem após fratura decorrente de traumatismo e sangramento aos tecidos. Esses sinais podem não se desenvolver durante várias horas após a lesão ou podem se desenvolver dentro de 1 h, dependendo da gravidade da fratura.
Amputação de pé
Conhecem‐se mais de doze níveis diferentes de amputação na área do pé. Eles variam de uma amputação de dedo, uma amputação de meio‐pé, até uma amputação na área do tarso.
Para uma protetização, podem ser usadas próteses de silicone. Amputação transtibial (amputação da panturrilha) Na amputação transtibial, que é uma amputação na área da panturrilha, a tíbia e a fíbula são cortadas. Para a protetização, são necessários um pé protético, adaptadores e elementos de conexão para o encaixe protético. O encaixe é o componente que conecta a prótese ao membro residual.
Desarticulação do quadril
Na desarticulação do quadril, a amputação é realizada na área da articulação do quadril. Como consequência desse tipo de amputação, a bacia terá que controlar a prótese. Para a protetização, são necessários um pé protético, uma articulação do joelho, uma articulação de quadril, adaptadores e elementos de conexão para o encaixe protético. O encaixe é o componente que conecta a prótese ao membro residual.
Hemipelvectomia
No caso de hemipelvectomia, são amputadas a perna inteira e partes da bacia até o sacro. Como consequência desse tipo de amputação, a bacia terá que controlar a prótese.
Para a protetização, são necessários um pé protético, uma articulação do joelho, uma articulação de quadril, adaptadores e elementos de conexão para o encaixe protético. O encaixe é o componente que conecta a prótese ao membro residual
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
A maior parte das fraturas se consolida por meio de uma combinação de processos de ossificação intramembranosos e endocondrais. Quando um osso é fraturado, esse osso começa um processo de consolidação para restabelecer a continuidade e a força. Os fragmentos ósseos não são unidos com o tecido cicatricial; em vez disso, o osso se regenera
Após uma fratura, todo o complexo sistema ósseo sofre um desarranjo. O processo de recuperação é bem‐ orquestrado, resultando em um reparo e restauração da função do osso. A resolução de fraturas pode ser dividida em seis fases:
1. formação de hematoma e inflamação ‐ quando um osso é fraturado, o sangue vaza pelos vasos rotos e forma um hematoma entre as áreas da superfície saturada e ao seu redor. Também desencadeia a fase inflamatória da cicatrização.
2. angiogênese ‐ por meio de cascatas de citocinas ocorre a estimulação à angiogênese e o recrutamento de células para iniciar o reparo ao tecido ósseo.
3. formação de cartilagem ‐ com subsequente calcificação
4. remoção da cartilagem e então formação de osso 
5. remodelação óssea ‐ substituição da cartilagem por tecido ósseo
6. remodelagem‐ o osso fibroso recém formado é gradualmente convertido a osso lamelar. Bibliografia Dandy DJ; Edwards DJ. Fundamentos em Ortopedia e Traumatologia ‐ Uma Abordagem Prática. Elsevier, 2011
FASES DA CONSOLIDACAO OSSEA
Fase I: fase reativa. Quando ocorre uma fratura, a resposta do organismo é semelhante à de qualquer parte docorpo após uma lesão. Ocorrem sangramento para o tecido ferido e vasoconstrição local, e um hematoma Se forma no local da fratura. São liberadas citocinas, iniciando o processo de consolidação da fratura ao fazer com que células conhecidas como fibroblastos se proliferem, o que, por sua vez, faz com que ocorra angiogênese. O tecido de granulação começa a formar‐se dentro do coágulo e torna‐se denso. Essa fase do processo de consolidação normalmente é a mais dolorosa para o paciente.
Fase II: fase reparadora. Durante essa fase, o tecido de granulação é inicialmente substituído por um precursor do calo, chamado prócalo. Os fibroblastos invadem o prócalo e produzem um tipo mais denso de calo, que é composto principalmente por fibrocartilagem. Este calo fibrocartilaginoso é substituído por um calo ósseo mais denso entre aproximadamente 3 e 4 semanas póslesão. O osso lamelar então se forma, enquanto o calo ósseo se calcifica meses após a lesão.
Fase III: fase de remodelação. A fase final da consolidação da fratura resulta em remodelação do osso novo em seu arranjo estrutural antigo. O osso necrótico é removido pelos osteoclastos. Embora a estrutura final do osso remodelado se assemelhe à do osso intacto original, uma área mais espessa pode permanecer na superfície do osso após a consolidação. A remodelação pode levar meses a anos, dependendo da extensão da modificação óssea necessária, da função do osso e dos estresses funcionais sobre o osso
FATORES QUE INFLUENCIAM NA CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
 tipo de osso fraturado
 adequada irrigação sanguínea
 o estado dos fragmentos da fratura
 a imobilidade do local da fratura
 Idade
 saúde geral do paciente
ANATOMIA E FISIOLOGIA 
A pele, que é o maior sistema orgânico do corpo, é essencial para a vida humana. Ela forma uma barreira entre os órgãos internos e o ambiente externo e participa em numerosas funções orgânicas vitais. A pele é contínua com a mucosa nas aberturas externas dos sistemas digestório, respiratório e urogenital.
PELE
EPIDERME
• A epiderme é a camada mais externa de células epiteliais estratificadas, composta predominantemente de queratinócitos.
• A epiderme é composta de cinco camadas distintas, que, da mais interna para a mais externa, são: o estrato germinativo (basal), estrato espinhoso, estrato granuloso, o estrato lúcido e o estrato córneo.
• A epiderme é avascularizada.
• As características da epiderme variam em diferentes áreas do corpo. É mais espessa nas palmas das mãos e nas plantas dos pés e contém quantidades aumentadas de queratina. A espessura da epiderme pode aumentar com o uso, podendo resultar em calosidades nas mãos ou em calos que se formam nos pés.
• A junção da epiderme com a derme é uma área de muitas ondulações e sulcos, conhecida como cristas interpapilares. Essa junção fixa a epiderme à derme e possibilita a troca livre de nutrientes essenciais entre as duas camadas.
• A epiderme possui células próprias: queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel
CAMADAS 
Camada Córnea: é constituída por células mortas, sem núcleo e completamente
achatadas em forma de lâminas. Nesta camada ocorre o desprendimento
constante dos queratinócitos e consequentemente uma renovação constante da
epiderme.
A camada lúcida: é constituída por uma fina camada de células achatadas, cujos
núcleos celulares apresentam sinais de degeneração e existem poucas organelas
citoplasmáticas. Estas células estão parcialmente preenchidas por Nem todas as
regiões do corpo possuem esta camada
Camada granulosa: é caracterizada pela presença de células poligonais com
núcleo central, achatadas, com a presença de grânulos de queratina no
citoplasma. Na camada granulosa os queratinócitos encontram-se menos
hidratados, achatados e com maior produção de queratina.
Camada espinhosa: é formada por de células cuboides ou ligeiramente
achatadas, com núcleo central e pequenas expansões no citoplasma que dá o
aspecto espinhoso. Os queratinócitos continuam produzindo queratina e
apresentam-se ligeiramente achatados e unidos entre si, permanecendo na
camadaespinhosa por aproximadamente 26 a 42 dias.
Camada basal: é a camada mais profunda da epiderme que faz contato direto
com a derme. É formada por uma única fileira de células prismáticas. É a camada
onde ocorre intensa divisão celular, responsável pela renovação da epiderme,
fornecendo células para substituir as que são perdidas na camada córnea
Quratinócitos: são as células mais numerosas da epiderme. São células que realizam a produção de queratina. As células mortas contêm grandes quantidades de queratina, uma proteína fibrosa insolúvel que forma a barreira externa da pele e que tem a capacidade de repelir patógenos e evitar a perda excessiva de líquidos a partir do corpo. A queratina é o principal ingrediente de endurecimento dos pelos e das unhas.
• Mlanócitos: são células especiais da epiderme, que estão envolvidos principalmente na produção do pigmento melanina, que confere à pele e aos pelos a sua coloração. A cor da pele escurece, à medida que o conteúdo de melanina aumenta. Grande parte da pele das pessoas de cor escura e as áreas mais escuras da pele nas pessoas de pele clara (p. ex., o mamilo) contêm quantidades maiores desse pigmento. Ao contrário dos queratinócitos, os melanócitos não se multiplicam.
• As células d Langrhans: desempenhem um papel significativo nas reações cutâneas do sistema imune. Essas células acessórias do sistema imune aferente processam os antígenos invasores e os transportam até o sistema linfático para ativar os linfócitos T.
• As células d Mrkl: são receptores que transmitem os estímulos ao axônio por meio de uma sinapse química. São consideradas mediadoras da sensação do tato. Estas células são encontradas em regiões da pele sem pelos, como extremidades distais dos dedos, lábios, gengivas e também na bainha externa do folículo piloso
PELE DERME
• A derme constitui a maior porção da pele, conferindo-lhe força e estrutura.
• É composta de duas camadas: papilar e reticular.
• A derme papilar situa-se diretamente abaixo da epiderme e é composta principalmente de células fibroblásticas, capazes de produzir uma forma de colágeno, um componente do tecido conjuntivo.
• A camada reticular localizasse abaixo da camada papilar, produzindo também colágeno e feixes elásticos.
• A derme também contém vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, glândulas sudoríparas e sebáceas e raízes pilosas.
• A derme é frequentemente designada como “pele verdadeira”.
O tecido subcutâneo ou hipoderme é a camada mais interna da pele.
• Consiste principalmente em tecido adiposo, que proporciona um acolchoamento entre as camadas cutâneas, os músculos e os ossos.
• Promove a mobilidade da pele, modela os contornos do corpo e o isola.
• O tecido adiposo é depositado e distribuído de acordo com o sexo da pessoa e contribui, em parte, para a diferença na forma do corpo entre homens e mulheres.
• A alimentação excessiva resulta em depósito aumentado de gordura abaixo da pele.
• Os tecidos subcutâneos e a quantidade de gordura depositada constituem fatores importantes na regulação da temperatura corporal.
PELE FUNCOES 
PROTEÇÃO
PRODUÇÃO VITAMINA
FUNÇÃO DE RESPOSTA IMUNE
SENSAÇÃO
REGULAÇÃO TEMPERATURA CORPORAL
EQUILIBRIO HIDRICO
PELE
FUNÇÕES – PROTEÇÃO
• A pele que reveste a maior parte do corpo não tem mais que 1 mm de espessura, porém ela proporciona uma proteção muito efetiva contra a invasão por bactérias e outros materiais estranhos.
• A pele espessada das palmas das mãos e plantas dos pés protege contra os efeitos do traumatismo constante que ocorre nessas áreas.
• O estrato córneo – a camada externa da epiderme – proporciona a barreira mais efetiva contra a perda epidérmica de água e a penetração de fatores ambientais, como substâncias químicas, micróbios e picadas de insetos.
• A junção dermoepidérmica é a camada basal, que é composta de colágeno
• A camada basal desempenha quatro funções. Ela atua como arcabouço para a organização tecidual e como molde para a regeneração; fornece uma permeabilidade seletiva para filtração do soro; atua como barreira física entre diferentes tipos de células; e liga o epitélio às camadas celulares subjacentes
PELE
FUNÇÕES – PROTEÇÃO
• A pele que reveste a maior parte do corpo não tem mais que 1 mm de espessura, porém ela proporciona uma proteção muito efetiva contra a invasão por bactérias e outros materiais estranhos.
• A pele espessada das palmas das mãos e plantas dos pés protege contra os efeitos do traumatismo constante que ocorre nessas áreas.
• O estrato córneo – a camada externa da epiderme – proporciona a barreira mais efetiva contra a perda epidérmica de água e a penetração de fatores ambientais, como substâncias químicas, micróbios e picadas de insetos.
• A junção dermoepidérmica é a camada basal, que é composta de colágeno
• A camada basal desempenha quatro funções. Ela atua como arcabouço para a organização tecidual e como molde para a regeneração; fornece uma permeabilidade seletiva para filtração do soro; atua como barreira física entre diferentes tipos de células; e liga o epitélio às camadas celulares subjacentes
FUNÇÕES – SENSAÇÃO
• As terminações receptoras dos nervos na pele permitem ao corpo
monitorar constantemente as condições do ambiente imediato.
• As principais funções dos receptores na pele consistem na sensação
de temperatura, dor, toque suave e pressão (ou toque intenso).
• As diferentes terminações nervosas respondem a cada um dos
diferentes estímulos. Embora as terminações nervosas se distribuam
por todo corpo, elas são mais concentradas em algumas áreas do que
em outras. Por exemplo, as polpas digitais são mais densamente
inervadas do que a pele nas costas
FUNÇÕES – EQUILIBRIO HIDRICO
• O estrato córneo – a camada mais externa da epiderme – tem a capacidade de absorver água, evitando, assim, uma perda excessiva de água e de eletrólitos a partir da parte interna do corpo e retendo a umidade nos tecidos subcutâneos.
• Quando a pele é lesionada, como ocorre no caso de uma queimadura grave, grandes quantidades de líquidos e eletrólitos podem ser perdidas com rapidez, levando, possivelmente,ao colapso circulatório, choque e morte.
• A pele não é totalmente permeável à água. Pequenas quantidades de água evaporam continuamente a partir da superfície cutânea. Essa evaporação, denominada perspiração insensível, alcança aproximadamente 600 mℓ/dia em um adulto de constituição 
• A perda de água insensível varia com a temperatura do corpo e a do ambiente.
• No indivíduo com febre, a perda pode aumentar.
• Durante a imersão em água, a pele pode acumular água até 3 a 4 vezes o seu peso normal,
como a inchação da pele que ocorre depois de um banho prolongado
FUNÇÕES – REGULAÇÃO DA TEMPERATURA
• O corpo produz continuamente calor em consequência do metabolismo dos alimentos
na produção de energia. Esse calor é dissipado principalmente através da pele.
• Três processos físicos principais estão envolvidos na perda de calor do corpo para o ambiente.
1. O primeiro processo – a radiação – refere-se à transferência de calor para outro objeto de temperatura inferior situado a determinada distância.
2. O segundo processo – a condução – refere-se à transferência de calor do corpo para um objeto mais frio em contato com ele.
3. O terceiro processo – a convecção, que consiste no movimento de moléculas de ar quente para longe do corpo – refere-se à transferência de calor por condução para o
FUNÇÕES – REGULAÇÃO DA TEMPERATURA
• A evaporação a partir da pele ajuda a perda de calor por condução. O calor é conduzido através da pele para as moléculas de água em sua superfície, causando evaporação da água.
• A água na superfície da pele pode ser proveniente da perspiração insensível, do suor ou do ambiente.
• Normalmente, todos esses mecanismos de perda de calor são usados, entretanto, quando a temperatura ambiente é muito alta, a radiação e a convecção não são efetivas, e a evaporação passa a constituir a única maneira de perder calor.
• A velocidade de perda de calor depende principalmente da temperatura da superfície da pele, que é uma funçãodo fluxo sanguíneo cutâneo.
• O fluxo sanguíneo aumentado para a pele resulta na liberação de mais calor para a pele e em
maior taxa de perda de calor a partir do corpo. Em contrapartida, o fluxo sanguíneo cutâneo
diminuído reduz a temperatura da pele e ajuda a conservar o calor no corpo. Quando a
temperatura do corpo começa cair, como ocorre em um dia frio, os vasos sanguíneos da pele
sofrem constrição, reduzindo, assim, a perda de calor pelo corpo
• A sudorese é outro processo pelo qual o corpo pode regular a velocidade da perda de calor. Não ocorre sudorese até que a temperatura corporal central ultrapasse 37°C, independentemente da temperatura cutânea. Em ambientes extremamente quentes, a velocidade de produção de suor pode ser alta a ponto de alcançar 1 ℓ por hora. Em algumas circunstâncias (p. ex., estresse emocional), a sudorese pode ocorrer como reflexo e pode não estar relacionada com a necessidade de perder calor do corpo
FUNÇÕES – PRODUÇÃO DE VITAMINA
• A pele exposta à luz ultravioleta pode converter as substâncias necessárias para sintetizar vitamina D (colecalciferol).
• A vitamina D é essencial na prevenção da osteoporose e do raquitismo, uma patologia que provoca deformidades ósseas e resulta do déficit de vitamina D, cálcio e fósforo
FUNÇÕES – FUNÇÃO DE RESPOSTA IMUNE
• As pesquisas confirmaram uma ação definida das células de Langerhans na facilitação da captação de alergênicos associados à imunoglobulina E (IgE). Essa ação desempenha um papel central na patogenia da dermatite atópica e de outras doenças alérgicas, como asma e rinite alérgica.
• Esses achados sustentam o conceito de um mecanismo reguladorsistêmico como fator desencadeante para as doenças alérgicas e sugerem que esse deflagrador pode ser agravado por inflamação local do eczema tópico
As principais alterações na pele dos indivíduos idosos incluem ressecamento, enrugamento, pigmentação desigual e várias lesões proliferativas.
• As alterações celulares associadas ao envelhecimento incluem adelgaçamento na junção da
derme e epiderme. O resultado desse adelgaçamento consiste na menor quantidade de locais de fixação entre as duas camadas cutâneas, o que significa que até mesmo uma lesão menor ou estresse da epiderme pode causar cisalhamento a partir da derme. Esse fenômeno pode contribuir para a vulnerabilidade aumentada da pele idosa ao traumatismo.
• Com o avançar da idade a epiderme e a derme sofrem adelgaçamento e se achatam, provocando rugas, depressões e sobreposição das pregas cutâneas.
• A perda das substâncias como elastina, colágeno e tecido adiposo, diminui a proteção e o acolchoamento dos tecidos e órgãos subjacentes, diminui o tônus muscular e resulta na perda das propriedades de isolamento do tecido adiposo.
• A reposição celular torna-se lenta em consequência do envelhecimento.
• As glândulas sudoríparas e sebáceas diminuem em número e na sua capacidade funcional, levando à pele seca e descamativa.
• O crescimento dos pelos diminui gradualmente, particularmente na parte inferior das pernas e dorso dos pés. O adelgaçamento é comum no couro cabeludo, nas axilas e na área púbica.
• Outras funções afetadas pelo processo normal de envelhecimento incluem a função de barreira da pele, a percepção sensorial e a termorregulação
LESÕES ELEMENTARES
CAUSAS: Processos Inflamatórios, degenerativos, circulatórios,
neoplásicos, transtorno do metabolismo e defeito de formação.
 Localização
 Forma
 Tipo
Hepatites Virais
 A hepatite viral é uma infecção viral sistêmica, em que a necrose e a nflamação das células hepáticas produzem um conjunto característico de alterações clínicas, bioquímicas e celulares.
 Os vírus das hepatites podem causar uma ampla variedade de manifestações clínicas, que vão desde estado de portador assintomático do vírus até outras formas de doença, como hepatite aguda, fulminante ou crônica e cirrose hepática
Sintomas
 A apresentação clínica das hepatites virais agudas poderá variar de quadros subclínicos oligossintomáticos, a quadros graves, com insuficiência hepática e óbito.
 As hepatites virais agudas podem ter sua apresentação clínica dividida em quatro estágios clínicos:
 Períodos de incubação;
 Pandrômico ou pré-ictérico ;
 Ictérico;
 Convalescença
HEPATITE A
 DESCRIÇÃO - Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus A (HAV) e também conhecida como “hepatite infecciosa”, “hepatite epidêmica”, “hepatite de período de incubação curto”.
 CARACTERISTICAS EPIDEMIOLOGICAS - Doença viral aguda, de manifestações clínicas variadas,desde formas subclínicas, oligossintomáticas e até fulminantes (entre 2 e 8% dos casos).
• Os sintomas se assemelham a uma síndrome gripal, porém há elevação das transaminases.
• A Hepatite A tem distribuição universal e apresenta-se de forma esporádica ou de surto.
• A frequência de quadros ictéricos aumenta com a idade, variando de 5 a 10% em menores de 6 anos, chegando de 70 a 80% nos adultos.
• O quadro clínico é mais intenso à medida que aumenta a idade do paciente
Os casos de hepatite A concentramse, em sua maioria, nas regiões Nordeste e Norte do país, que representam juntas 56,6% de todos os casos confirmados no período de 1999 a 2016.
• A taxa de incidência de hepatite A do Brasil apresentou aumento até 2005, quando atingiu 11,7 casos por 100 mil habitantes e, desde 2006, tem mostrado tendência de queda: em
2016, a taxa observada foi de 0,6 casos para cada 100 mil habitantes.
• Ao final do período analisado, as taxas observadas nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste não ultrapassaram 0,7 casos por 100 mil habitantes. Na região Norte, foi de 
1,9 casos por 100 mil.
No período de 2003 a 2016, a distribuição dos casos de
hepatite A segundo sexo mostra que não existe diferença
expressiva entre o número de casos em homens e mulheres. 
• No último ano, a taxa de incidência de hepatite A em homens foi de 0,6 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto entre as mulheres foi de 0,5 caso.
• A tendência das taxas de incidência de ambos os sexos, a partir de 2005, é de queda, com maior velocidade de diminuição entre os homens
A incidência de hepatite A é maior em crianças menores de dez anosde idade, independentemente dO sexo, e decresce à medida em que
aumenta a idade.
• Os casos nessa faixa etária correspondem a 54,5% de todosos casos notificados no país, no
período de 1999 a 2016
• A taxa de incidência nesse grupo também é superior em relação aosdemais; no entanto, desde 2005, a taxa tem apresentado expressiva redução e, no último ano, a queda foi mais acentuada, aproximando a incidência observada nos outros grupos etários
• Entre os anos de 2000 e 2015, foram identificados 1.066 óbitos
associados à hepatite A, sendo 71,8% como causa básica.
• Na distribuição entre as regiões, observou-se que a maior proporção ocorreu na região Nordeste (34,9% do total de óbitos)
• O coeficiente de mortalidade por hepatite A como causa básica mostra tendência de queda em todas as regiões brasileiras.
• A faixa etária mais frequente entre os óbitos cuja causa básica foi a hepatite A é a dos indivíduos com 60 anos ou mais
HEPATITE A
 AGENTE ETIOLOGICO- Vírus da Hepatite A (HAV). Vírus RNA
 RESERVATÓRIO - O homem, principalmente. Também primatas, como chimpanzés e saguis.
 MODO DE TRANSMISSÃO- A principal via de contágio é a fecal oral, por contato inter-humano ou por água e alimentos contaminados. A disseminação está relacionada às condições de saneamento básico, nível socioeconômico da população, grau de educação sanitária e condições de higiene da população. Em regiões menos desenvolvidas as pessoas são expostas ao HAV e midades precoces, apresentando formas subclínicas ou anictéricas em crianças em idade préescolar. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE- A transmissão poderá ocorrer 15 dias antes dos sintomas até sete dias após o início da icterícia.
Atenção! A transmissão sexual da hepatite A pode ocorrer com a prática sexual oral-anal, pelo contato da mucosa da boca de uma pessoa com o ânus de outra portadora da infecção aguda da hepatiteA. Também a prática dígito-anal-oral pode ser uma via de transmissão.. Deve ser lembrado que a infecção pelo HAV não se cronifica]
HEPATITE A
 INCUBAÇÃO- Varia de 15 a 45 dias, média de 30 dias.
 PRODRÔMICO OU PRÉ-ICTERICO - Com duração em média de 7 dias, caracterizado por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga intensa, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto abdominal na região do hipocôndrio direito, aversão a alguns alimentos e à fumaça de cigarro
.  ICTÉRICO - Com intensidade variável e duração geralmente de 4 a 6 semanas. É precedido por 2 a 3 dias de colúria. Pode ocorrer hipocolia fecal, prurido, hepato ou hepatoesplenomegalia. A febre, artralgia ecefaleia vão desaparecendo nesta fase.  COVALESCENÇA - Retorno da sensação de bem-estar: gradativamente, a icterícia regride e as fezes e urina voltam à coloração normal.
DIAGNÓSTICO
Pode ser clínico-laboratorial, clínico-epidemiológico e laboratorial.Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens:
• Aminotransferases (TGP e TGO)
• Bilirrubinas (valores de vinte a vinte e cinco vezes acima do normal)
• Tempo de pro trombina pode estar diminuído (TP>17s ou INR>1,5)
• Glicemia e a albumina (baixas).
TRATAMENTO
• Sintomático: náuseas, vômitos e prurido.
• Como recomendação geral, orienta-se repouso relativo até praticamente a normalização das aminotransferases.
• Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais agradável para o paciente anorético.
• Restrição à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mínimo, e, preferencialmente, por 1 ano.
• O prognóstico é excelente e a evolução resulta em recuperação completa. A ocorrência de
hepatite fulminante é inferior a 0,1% dos casos ictéricos.
• Não existem casos de hepatite crônica pelo HAV .
 Notificação - Todos os casos suspeitos ou confirmados e os surtos devem ser notificados e
investigados.
MEDIDAS DE CONTROLE
• Se a infecção ocorrer em criança, orientar sua ausência temporária da creche, pré-escola ou escola, durante as primeiras duas semanas da doença.
• A desinfecção de objetos, limpeza de bancadas, chão, entre outros, pode ser feita utilizando cloro ou água sanitária.
• As medidas preventivas incluem: educação da população quanto às boas práticas de higiene, com ênfase na lavagem das mãos após o uso do banheiro, quando da preparação de alimentos e antes de se alimentar; disposição sanitária de fezes; medidas de saneamento básico, com água tratada e esgoto; orientação das creches, pré-escolas e instituições fechadas para a adoção de medidas rigorosas de higiene, tais como lavagem das mãos ao efetuar trocas de fraldas, ao preparar os alimentos e antes de comer, além da desinfecção de objetos, bancadas, chão; cozimento adequado dos mariscos, frutos do mar e desinfecção (uso de cloro) dos alimentos crus
VACINA
 COMPOSIÇÃO: É composta por antígeno do vírus da hepatite A, sal de alumínio amorfo, estabilizante (varia conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9%. Pode conter traços de antibiótico (neomicina), fenoxietanol e formaldeído.
 INDICAÇÃO: Todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.
 CONTRAINDICAÇÃO: Pessoas que tiveram reação anafilática a algum componente da vacina ou a dose anterior.
 VIA DE APLICAÇÃO: Intramuscular
 ESQUEMA DE DOSE: O Programa Nacional de Imunizações (PNI) alterou, em 201 7, a faixa etária do esquema de dose única da vacina para crianças entre 15 meses e antes de completar 5 anos de idade. (4 anos 11 meses e 29 dias)
CUIDADOS ANTES, DURANTE E APÓS A VACINAÇÃO:
• Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
• Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada
medicação para dor, sob prescrição médica.
• Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que arealizou.
• Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas
(dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
EFEITOS E EVENTOS ADVERSOS:
 Em 10% dos vacinados ocorrem: irritabilidade, dor de cabeça, cansaço, dor e vermelhidão no local d aplicação.
 Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam perda de apetite, sonolência, diarreia, náusea, vômito, inchaço, mal-estar, febre baixa, endurecimento no local da aplicação.
 Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam sintomas respiratórios, rinite, vertigem, erupções na pele, dor muscular, rigidez muscular.
 Em 0,01% a 0,1% houve diminuição da sensibilidade, dormências, coceira, calafrios
ONDE ENCONTRAR A VACINA
• Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 1 5 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade.
• Nas clínicas privadas de vacinação, para crianças a partir de 12 meses, adolescentes e adultos.
• Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries): doenças crônicas do fígado, inclusive portadores do vírus da hepatite C e portadores crônicos do vírus da hepatite B; distúrbios de coagulação; pacientes com HIV/Aids; imunodeprimidos por doença ou tratamento; doenças de depósito; fibrose cística; trissomias; candidatos a transplante de órgão sólido; transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; doadores de órgão sólido ou de medula óssea; hemoglobinopatias
HEPATITE E
 Descrição - Doença viral aguda e autolimitada. Apresenta curso benigno, embora tenham sido descritos casos, principalmente em gestantes, com evolução para a forma fulminante. Apresenta-se de forma assintomática (usualmente em crianças) ou com sintomas semelhante a Hepatite A, sendo a icterícia observada na maioria dos pacientes.
 Agente etiológico - Vírus da Hepatite E (HEV). Um vírus RNA, da família
Caliciviridae.
 Período de transmissibilidade - Duas semanas antes do inicio dos sintomas ate o final da segunda semana de doença.
 Notificação - Todos os casos suspeitos ou confirmados e os surtos devem ser notificados e investigados.
Período de Incubação- Varia de 14 a 60 dias (media de 40 dias).
• Prodômico ou Pré-ictérico - Dura, em média, de 3 a 4 dias, caracterizando-se por malestar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga intensa, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto abdominal.
• Ictérico- Além da icterícia, e comum a presença de queixas de coloria, prurido e hipocolia
fecal e hepatomegalia. A febre, artralgia e cefaleia tendem a desaparecer nesta fase.
• Convalescença- Retorno da sensação de bem-estar: gradativamente a icterícia regride, as fezes e urina voltam a coloração normal. Nos casos típicos, em 1 mês ha remissão completa dos sintomas.
Modo de transmissão - Fecal-oral, principalmente pela agua e alimentos contaminados por dejetos humanos e de animais. A hepatite pelo HEV ocorre tanto sob a forma epidêmica, como de forma esporádica, em áreas endêmicas de países em desenvolvimento.
Complicações - Não ha relato de evolução para cronicidade ou viremia persistente. Em gestantes, a Hepatite e mais grave, podendo apresentar formas fulminantes. A taxa de mortalidade em gestantes pode chegar a 25%, especialmente no terceiro trimestre. Em qualquer trimestre, abortos e mortes intrauterinas são comuns.
DIAGNÓSTICO
Pode ser clínico-laboratorial, clínico-epidemiológico e laboratorial.
Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens:
• aminotransferases (ALT/TGP e AST/TGO valores de vinte a vinte e cinco vezes acimado normal
• as bilirrubinas
• tempo de pro trombina pode estar diminuído (TP>17s ou INR>1,5)
Anti-HEV IgM (marcador de infecção aguda) - Anticorpo especifico para
Hepatite E encontrado no soro de todos os indivíduos infectados recentemente.
Torna-se positivo no inicio do quadro clinico desaparecendo apos três meses.
Anti-HEV IgG (marcador de infecção passada) - Anticorpo indicativo de
infecção passada pelo vírus da Hepatite E. Esta presente na fase de 
TRATAMENTO
• Sintomático: náuseas, vômitos e prurido.
• Como recomendaçãogeral, orienta-se repouso relativo até praticamente a normalização das aminotransferases.
• Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais agradável para o paciente anorético.
• Restrição à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mínimo, e,
preferencialmente, por 1 ano.
• Não existe vacina para a Hepatite E
A maioria dos casos evolui para a cura, sendo necessária a hospitalização dos casos mais graves, os quais são mais frequentes entre gestantes. Quadro clínico assintomático é comum especialmente em crianças. Assim como na hepatite A, admite-se que não existem formas crônicas de hepatite E
MEDIDAS DE CONTROLE
• Se a infecção ocorrer em criança, orientar sua ausência temporária da creche, pré-escola ou
escola, durante as primeiras duas semanas da doença.
• A desinfecção de objetos, limpeza de bancadas, chão, entre outros, pode ser feita utilizando
cloro ou água sanitária.
• As medidas preventivas incluem: educação da população quanto às boas práticas de higiene,
com ênfase na lavagem das mãos após o uso do banheiro, quando da preparação de
alimentos e antes de se alimentar; disposição sanitária de fezes; medidas de saneamento
básico, com água tratada e esgoto; orientação das creches, pré-escolas e instituições
fechadas para a adoção de medidas rigorosas de higiene, tais como lavagem das mãos ao
efetuar trocas de fraldas, ao preparar os alimentos e antes de comer, além da desinfecção de
objetos, bancadas, chão; cozimento adequado dos mariscos, frutos do mar e desinfecção
(uso de cloro) dos alimentos crus
HEPATITE B
 AGENTE ETIOLOGICO - Vírus da Hepatite B (HBV). Um vírus DNA, da familia Hepadnaviridae
 RESERVATÓRIO - O homem. Experimentalmente, chimpanzés, espécies de pato e esquilo
 MODO DE TRANSMISSÃO
• relações sexuais desprotegidas, pois o vírus encontra-se no sêmen e secreções vaginais. Há que se considerar que existe um gradiente de risco decrescente desde o sexo anal receptivo, até o sexo oral insertivo sem ejaculação na boca;
• realização dos seguintes procedimentos sem esterilização adequada ou utilização de material descartável: intervenções odontológicas e cirúrgicas, hemodiálise, tatuagens, perfurações de orelha, colocação de piercings;
• transfusão de sangue e derivados contaminados .
• uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou outros equipamentos;
• transmissão vertical (mãe / filho).
• aleitamento materno . (esquema vacinal / imunoglubulina hiperimune)
• acidentes perfuro cortantes. Notificação - Todos os casos suspeitos ou confirmados e os surtos devem ser notificados e investigados
DESCRIÇÃO - Doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática, até formas fulminantes.
• As formas sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e ao cigarro.
• A icterícia, geralmente, inicia-se quando a febre desaparece, podendo ser precedida por colúria e hipocolia fecal.
• Hepatomegalia ou hepatoesplenomegalia também podem estar presentes.
• Na forma aguda, os sintomas vão desaparecendo paulatinamente.
• Algumas pessoas desenvolvem a forma crônica mantendo um processo infamatório hepático por mais de 6 meses.
• Percentual inferior a 1% apresenta quadro agudo grave (fulminante). A infecção em neonatos apresenta uma taxa de cronificação muito superior àquela que encontramos na infecção do adulto, com cerca de 90% dos neonatos evoluindo para a forma crônica e podendo, no futuro, apresentar cirrose e/ou carcinoma hepatocelular. Entre 1 e 5 anos esse risco varia entre 20 e 50% e em adultos, entre 5 e 10%.
 PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - De 2 a 3 semanas antes dos primeiros sintomas, mantendo-se durante a evolução clínica da doença. O portador crônico pode transmitir por vários anos. 
 INCUBAÇÃO - De 30 a 180 dias (em média, de 70 dias)
No período de 1999 a 2016,foram notificados 212.031 casos
confirmados de hepatite B no Brasil; desses, a maioria está
concentrada na região Sudeste35,4%), seguida das regiões SuL (31,6%), Norte (14,2%),
Nordeste (9,4%) e Centro-Oeste (9,3%).
• Ao se comparar a proporção dos casos nos últimos três anos por regiões, observou-se uma tendência de estabilidade entre elas, à exceção da região Norte, que apresentou diminuição na proporção de casos no último ano
• As taxas de detecção de hepatite B no Brasil, desde 2011, vêm apresentando poucas variações, atingindo 6,9 casos para cada 100 mil habitantes no país em 2016
Do total de casos de hepatite B notificados de 1999 a 2016, 114.904
(54,2%) ocorreram entre homens. Entre 2003 a 2016, a razão de sexos que variou entre 1,1 e 1,3, e a taxas de incidência entre homens e mulheres apresentaram tendência de aumento no período
Quanto à provável fonte ou mecanismo de transmissão dos casos notificados, mais da metade (58,6%) dos casos essa informação foi registrada como “ignorada”, dificultando uma melhor avaliação sobre asfontes prevalentes de transmissão. Apesar dessa limitação, observou-se que, entre os casos cuja provável fonte ou mecanismo de transmissão era conhecido, a maioria ocorreu por via sexual (51,2%), e as transmissões domiciliares e por uso de drogas representaram 9,3% e 4,3%, respectivamente
Entre o total de casos de hepatite B notificados no Brasil de 1999 a 2015, 23.563 (11,1%) ocorreram em mulheres gestantes. Na distribuição por regiões, 33,7% foram observados na região Sul; 26,1% n Sudeste; 16,0% no Norte; 14,2% no Centro- Oeste; e, finalmente, 9,8% no Nordeste do país.A coinfecção com o HIV foi observada em 5,2% dos casos notificados no período de 2007 a 2016
FASE AGUDA
A evolução de uma hepatite aguda consiste de três fases:
• Prodrômica ou pré-ictérica: com aparecimento de febre, astenia, dores musculares ou articulares e sintomas digestivos, tais como anorexia, náuseas e vômitos, perversão do paladar, às vezes cefaleia, repulsa ao cigarro. A evolução é de mais ou menos 4 semanas. Eventualmente esta fase pode não acontecer, surgindo a icterícia como o primeiro sinal.
• Ictérica: abrandamento dos sintomas digestivos e surgimento da icterícia que pode ser de intensidade variável, sendo, às vezes, precedida de colúria. A hipocolia pode surgir por prazos curtos, 7 a 10 dias, e às vezes se acompanha e prurido.
• Convalescença: desaparece a icterícia e retorna a sensação de bem-estar. A recuperação completa ocorre após algumas semanas, mas a astenia pode persistir por vários meses. Uma média de 90 a 95% dos pacientes adultos acometidos pode evoluir para a cura
SUSPEITA CLÍNICA
Sintomático ictérico
- Individuo que desenvolveu icterícia subitamente (recente ou não), com ou sem sintomas como febre, mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia, coluria e hipocolia fecal.
- Individuo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito, sem outro diagnostico etiológico confirmado.
Sintomático anictérico
- Individuo sem icterícia, que apresente um ou mais sintomas como febre, mal-estar, náusea, vômitos, mialgia e que, na investigação laboratorial, apresente valor aumentado das aminotransferases.
Assintomático
- Individuo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (na hemodiálise, em acidente ocupacional com exposição percutânea ou de mucosas, por transfusão de sangue ou hemoderivados, procedimentos cirúrgicos/ odontológicos / colocação de piercing/ tatuagem com material contaminado, por uso de drogas endovenosas com compartilhamento de seringa ou agulha.
- Comunicante de caso confirmado de hepatite, independente da forma clinica e evolutiva do caso índice 
DIAGNÓSTICO
Clínico-laboratorial e laboratorial.
Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológicos.
Os exames laboratoriais inespecíficos incluem
• aminotransferases (TGP e TGO)
• as bilirrubinas (valores de vinte e cinco a cem vezes acima do normal)
• tempo de pro trombina pode estar diminuído (TP>17s ou INR>1,5)
Os exames específicossão feitos por meio de métodos sorológicos e de biologia molecular.
Como é feita a interpretação dos marcadores sorológicos?
• HBsAg reagente: presença de infecção pelo HBV, podendo ser aguda ou crônica.
• HBsAg não reagente: ausência de infecção pelo HBV.
• HBsAg reagente e anti-HBc IgM reagente: hepatite aguda.
• HBsAg reagente e anti-HBc total reagente: presença de infecção pelo HBV.
• Anti-HBs reagente e Anti-HBc total reagente: cura de infecção prévia com imunidade permanentO para o HBV.
• HBsAg não reagente e Anti-HBc total reagente: pode ser indicação de infecção passada pelo HBV ou de uma infecção do vírus da hepatite delta (HDV) com supressão do HBsAg.
• Anti-HBs reativo isolado: proteção pós-vacina
TRATAMENTO HEPATITE AGUDA: acompanhamento ambulatorial, com tratamento sintomático, repouso relativo, dieta conforme a aceitação, normalmente de fácil digestão, pois frequentemente os pacientes estão com um pouco de anorexia e intolerância alimentar; abstinência de consumo alcoólico por ao menos seis meses; e uso de medicações para vômitos e febre, se necessário.
 TRATAMENTO HEPATITE CRÔNICA: A persistência do HBsAg no sangue por mais de seis meses, caracteriza a infecção crônica pelo vírus da hepatite B. O tratamento medicamentoso está indicado para algumas formas da doença crônica, e devido à sua complexidade, deverá ser realizado em ambulatório especializado.
 Complicações - Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações (ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática) e carcinoma hepatocelular
FASE CRÔNICA
• Quando a reação inflamatória do fígado nos casos agudos sintomáticos ou assintomáticos persiste por mais de seis meses, considera-se que a infecção está evoluindo para a forma crônica.
• Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos, predominando fadiga, mal estar geral e sintomas Digestivos.
• Somente 20 a 40% dos casos têm história prévia de hepatite aguda sintomática.
• Em uma parcela dos casos crônicos, após anos de evolução, pode aparecer cirrose, com surgimento de icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago e alterações hematológicas.
• A hepatite B crônica pode também evoluir para hepatocarcinoma sem passar pelo estágio de cirrose
HEPATITE B CRONICA FASES
1. Fase imunotolerante / imunotolerância
• A denominação de fase de imunotolerância deve-se ao fato de a replicação viral ser tolerada pelo sistema imunológico do hospedeiro
• Elevada replicação viral
• Sem evidências de agressão hepatocelular
• A fase é caracterizada por positividade de HBeAg e elevados índices de HBV-DNA
• É caracterizada por níveis de aminotransferases normais ou próximos do normal, pouca atividade necroinflamatória no fígado e lenta progressão de fibrose
• Essa fase é geralmente mais longa nos indivíduos infectados por transmissão vertical
• Em virtude da elevada viremia, os pacientes nessa fase podem transmitir a doença com maior facilidade
Fase Imunorreativa
• Nessa fase, a tolerância imunológica esgota-se diante da incapacidade do sistema imune de eliminar o vírus
• É caracterizada pelo teste HBeAg reagente e por menores índices de HBV-DNA sérico
• Os valores das aminotransferases podem apresentar flutuações, e a atividade necroinflamatória no fígado, por sua vez, pode ser moderada ou grave. A progressão da fibrose é acelerada
• Essa fase pode durar de várias semanas a vários anos e é alcançada mais rapidamente por indivíduos infectados na idade adulta
• Encerra-se com a soro conversão para anti-HBe
Estado de portador inativo
• Ela é caracterizada por níveis muito baixos – ou até mesmo indetectáveis – de HBV-DNA sérico, com
normalização das aminotransferases e, habitualmente, soroconversão anti-HBe.
• Nessa situação, o sistema imunológico do hospedeiro é capaz de reprimir a replicação viral,
reduzindo o risco de cirrose e CHC.
• Esse processo corresponde a um bom prognóstico.
• Pacientes que estejam estabelecidos nessa fase devem ser acompanhados regularmente e
submetidos a investigação clínica se apresentarem elevações de transaminases com baixos títulos deH BV-DNA sérico.
• O acompanhamento regular também permite rápida detecção de escape viral, resultado da
imunossupressão ou de mutações que conferem ao vírus a capacidade de evadir a resposta imune do hospedeiro convalescência e persiste indefinidamente 
4. Fase de reativação
• Essa fase pode surgir após o período inativo, quando ocorrerem mutações na região pré-core do vírus, mantendo-se a replicação viral mesmo na vigência de HBeAg não reagente.
• A atividade necroinflamatória e de fibrose no fígado persistem durante essa fase.
• A hepatite B crônica HBeAg não reagente também está associada a baixas taxas de remissão espontânea e risco elevado para complicações, como cirrose descompensada e CHC.
• O acompanhamento regular é imperativo para o paciente nessa fase. 
Fase HBsAg negativa (não reagente)
• Mesmo após resposta imune com eliminação do HBsAg, há possibilidade de uma baixa replicação viral (índices indetectáveis ou muito baixos de HBV-DNA sérico).
• Há poucas informações sobre a importância dessa infecção oculta e persistente, mas compreende-se que a reativação pode ocorrer em pacientes com perfil sorológico atípico, caracterizado pela presença de anti-HBc reagente, independentemente da reatividade para anti-HBs.
• O acompanhamento regular também está indicado para os pacientes nessa fase, principalmente em situações de imunossupressão 
Em acidentes ocupacionais perfuro cortantes, o risco de contaminação pelo vírus da hepatite B
(HBV) está relacionado, principalmente, ao grau de exposição ao sangue no ambiente de trabalho e também à presença ou não do antígeno HBeAg no paciente-fonte.
 Em exposições percutâneas envolvendo sangue sabidamente infectado pelo HBV e com a presença de HBeAg (o que reflete uma alta taxa de replicação viral e, portanto, uma maior quantidade de vírus circulante), o risco de hepatite clínica varia entre 22 a 31% e o da evidência sorológica de infecção de 37 a 62%.
 Quando o paciente-fonte apresenta somente a presença de HBsAg (HBeAg não reagente), o risco de hepatite clínica varia de 1 a 6% e o de soro conversão 23 a 37% 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Educação e divulgação do problema são fundamentais para prevenir a hepatite B e outras DST.
Além destas ações a cadeia de transmissão da doença é interrompida a partir de:
 controle efetivo de bancos de sangue através da triagem sorológica;
 vacinação contra hepatite B, disponível no SUS para as seguintes situações:
Faixas etárias específicas:
Menores de um ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto e crianças e adolescentes entre um a 19 anos de idade.
Para todas as faixas etárias:
Doadores regulares de sangue, populações indígenas, comunicantes domiciliares de portadores do vírus da hepatite B, portadores de hepatite C, usuários de hemodiálise, politransfundidos, hemofílicos, talassêmicos, portadores de anemia falciforme, portadores de neoplasias, portadores de HIV (sintomáticos e assintomáticos), usuários de drogas injetáveis e inaláveis, pessoas reclusas (presídios,hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, etc), carcereiros de delegacias e penitenciárias, homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, profissionais de saúde, coletadores de lixo hospitalar e domiciliar, bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários envolvidos em atividade de resgate. 
uso de imunoglobulina humana Anti-Vírus da hepatite B nas seguintes situações:
• Recém-nascidos de mães portadoras do HBsAg;
• Contatos sexuais com portadores ou com infecção aguda (o mais cedo possível e até 14 dias após a relação sexual);
• Vítimas de violência sexual (o mais cedo possível e até 14 dias após o estupro);
• Acidentes ocupacionais segundo Manual de Exposição Ocupacional
• Uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da saúde;
 Não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentospara uso de drogas. 
VACINA
 INDICAÇÃO
Para pessoas de todas as faixas etárias. Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer. Especialmente indicada para gestantes não vacinadas.
 CONTRAINDICAÇÃO
Não deve ser aplicada em pessoas que apresentaram anafilaxia com qualquer componente da vacina ou com dose anterior. Ou nas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com componente hepatite B 
ESQUEMA DE DOSES
Para a vacinação rotineira de crianças, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou o esquema de quatro doses: ao nascimento e aos 2, 4 e 6 meses de vida.
Vacina pentavalente (DTP + HB + Hib): Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e outras nfecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam os esquemas de quatro doses (adotado pelo PNI) ou de três doses: ao nascimento e aos 2 e 6 meses de vida 
ESQUEMA DE DOSES
-Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos (eventualmente não vacinados no primeiro ano de vida), o PNI, a SBP e a SBIm recomendam três doses com intervalo de um mês entre primeira e a segunda e de cinco meses da segunda para a terceira.
-Prematuros vacinados ao nascer necessitam, obrigatoriamente, de quatro doses.
-Para crianças a partir de 12 meses de idade, adolescentes e adultos, as clínicas privadas de vacinação dispõem ainda da vacina que combina hepatite A e hepatite B em uma única injeção. Em menores de 16 anos, duas doses com intervalo de seis meses. Nas maiores, o esquema é de três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda e de cinco meses da segunda para a terceira.
-Pessoas com comprometimento do sistema imunológico necessitam de dose dobrada em quatro aplicações (esquema 0-1-2-6 meses), para melhorar a resposta ao estímulo produzido pela vacina.
Devem realizar exames periódicos para acompanhar os níveis de anticorpos e, sempre que a quantidade diminuir, receber um reforço com dose dobrada.
- Em recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B, administre a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B preferencialmente nas primeiras 12 horas, podendo a imunoglobulina ser administrada no máximo até 7 dias de vida 
HEPATITE C
 CARACTERISTICAS EPIDEMIOLOGICAS
• Inicialmente denominada “hepatite não A não B”, a hepatite C foi elucidada apenas em 1989, com a identificação de seu agente etiológico
• A hepatite C é uma doença que afeta entre 80 e 150 milhões de pessoas no mundo sendo uma das maiores causas de transplantes de fígado.
• Estima-se que 3% da população mundial esteja infectada pelo vírus da hepatite C, e que entre 60% e 70% das pessoas infectadas desenvolverão doença hepática crônica, necessitando de assistência à saúde especializada e de alta complexidade
• No Brasil, a hepatite C teve como formas preferenciais de transmissão o uso de drogas injetáveis, hemodiálise, transfusão de sangue e hemoderivados e outros procedimentos médicos invasivos, sobretudo até o início dos anos 90.
• De 1999 a 2016, foram detectados no Brasil 319.751 casos de hepatite C que apresentaram um dos marcadores – anti-HCV ou HCV-RNA – reagente. Considerando-se os casos que possuíam ambos os marcadores anti-HCV e HCVRNA reagentes, foram detectados 155.032 casos 
Na análise da distribuição dos casos
com anti-HCV e HCVRNA reagentes (155.032) por regiões, 64,1% ocorreram no
Sudeste, 24,5% no Sul, 5,5% no Nordeste, 3,3% no Centro-Oeste e 2,5% no Norte
• Em 2016, a taxa de detecção da região Sul foi a maior, com de 12,0 casos para cada 100 mil habitantes
 Desde 1999, entre os 182.389 casos confirmados de hepatite C, 106.637
(58,5%) ocorreram em indivíduos do sexo
masculino e 75.683 (41,5%) no sexo feminino. Apesar de o número decasos entre homens ser superior, observou-se ligeiradiminuição ao longo dos anos analisados.
No ano de 2016, foram notificados 30% de casos a mais em homens: razão de 1,3 
Na análise da
distribuição dos casos com anti-HCV e HCVRNA reagentes (155.032) por regiões, 64,1% ocorreram no Sudeste, 24,5% no Sul,5,5% no Nordeste,3,3% no Centro-Oeste e 2,5% no Norte
• Em 2016, a taxa de detecção da região Sul foi a maior, com de 12,0 casos para cada 100 mil habitantes
Desde 1999, entre os 182.389 casos confirmados de hepatite C, 106.637 (58,5%) ocorreram em indivíduos do sexo masculino e 75.683 (41,5%) no sexo feminino.
 Apesar de o número de casos entre homens ser superior, observou-se ligeira diminuição ao longo dos anos analisados. No ano de 2016, foram notificados 30% de casos a mais em homens: razão de 1,3
Em 2016, as maiores taxas de detecção foram observadas, em ambos os sexos, na faixa etária de 55 a 59 anos, chegando a uma taxa de detecção de 46,6 casos por 100 mil habitantes para os homens e 33,7 para mulheres. Em relação às pessoas mais jovens (até 34 anos de idade), as taxas de detecção observadas foram similares entre os sexos
Quanto à provável fonte ou mecanismo de infecção, verificou-se que a
maior provável fonte foi relacionada ao uso de drogas (29,2%), seguida
de transfusão sanguínea (25,3%) e da relação sexual desprotegida
(18,3%).
• Em 2016, o percentual de infecções relacionadas ao uso de drogas foi
de 24,8%, e a proporção de infecções por via sexual foi maior que por
via transfusional: 24,2% e 21,7%, respectivamente.
• Do total de casos confirmados de hepatite C entre 2007 e 2016
(149.537), 9,8% apresentaram coinfecção com o HIV. No entanto,
observou-se, ao longo desses anos, uma redução no percentual de
coinfecção, que em 2007 foi de 14,4% e, em 2016, passou para 9,3%.
HEPATITE C
 DESCRIÇÃO - Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite C (HCV), podendo apresentar-se como uma infecção assintomática ou sintomática. Em média 80% das pessoas que se
infectam não conseguem eliminar o vírus, evoluindo para formas crônicas. Os restantes 20%
conseguem eliminá-lo dentro de um período de seis meses do início da infecção.
 AGENTE ETIOLÓGICO- Vírus da Hepatite C (HCV). E um vírus RNA, família Flaviviridae.
 RESERVATÓRIO - O homem. Experimentalmente, o chimpanzé.
 PERÍDO DE INCUBAÇÃO - Varia de 15 a 150 dias (media de 50 dias).
 PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - Inicia-se 1 semana antes dos sintomas e mantem-se
enquanto o paciente apresentar RNA-HCV detectável.
 Notificação - Todos os casos devem ser notificados e investigados.
HEPATITE C
 MODOS DE TRANSMISSÃO - A transmissão ocorre, principalmente,
por via parenteral.
• Transfusão de sangue e uso de drogas injetáveis: o mecanismo mais
eficiente para transmissão desse vírus é através do contato com sangue
contaminado. Dessa forma, as pessoas com maior risco de terem sido
infectadas são: 
a) que receberam transfusão de sangue e/ou derivados, sobretudo para aqueles que utilizaram estes produtos antes do ano de 1993, época em
que foram instituídos os testes de triagem obrigatórios para o vírus C
nos bancos de sangue em nosso meio;
b) que compartilharam ou compartilham agulhas ou seringas
contaminadas por esse vírus como usuários de drogas injetáveis.
Hemodiálise: alguns fatores aumentam o risco de aquisição de hepatite
C através de hemodiálise, tais como utilização de heparina de uso
coletivo e ausência de limpeza e desinfecção de todos os instrumentos
e superfícies ambientais.
• Acupuntura, “piercings”, tatuagem, droga inalada, manicures,
barbearia, instrumentos cirúrgicos: qualquer procedimento que envolva
sangue pode servir de mecanismo de transmissão desse vírus, quando
os instrumentos utilizados não forem devidamente limpos e
esterilizados. Isto é válido para tratamentos odontológicos, pequenas ou
grandes cirurgias, acupuntura, piercings, tatuagens ou mesmo
procedimentos realizados em barbearias e manicures. A prática do uso
de droga inalada com compartilhamento de canudo também pode
veicular sangue pela escarificação de mucosa.
• Relacionamentosexual: esse não é um mecanismo freqüente de transmissão,
a não ser em condições especiais. O risco de transmissão sexual do HCV é
menor que 3% em casais monogâmicos, sem fatores de risco para DST.
Pessoas que tenham muitos parceiros sexuais ou que tenham outras doenças
de transmissão sexual (como a infecção pelo HIV) têm um risco maior de
adquirir e transmitir essa infecção. O relacionamento sexual anal
desprotegido também aumenta o risco de transmissão desse vírus,
provavelmente por micro traumatismos e passagem de sangue. O vírus da
hepatite C foi encontrado no sangue menstrual de mulheres infectadas e nas
secreções vaginais. No sêmen, foi encontrado em concentrações muito
baixas e de forma inconstante, não suficiente para manter a cadeia de
transmissão e manter a disseminação da doença.
• Transplante de órgãos e tecidos: o HCV pode ser transmitido de uma pessoa
portadora para outra receptora do órgão contaminado.
Transmissão vertical e aleitamento materno: a transmissão do vírus da
hepatite C durante a gestação ocorre em menos de 5% dos recém-nascidos
de gestantes infectadas por esse vírus. O risco de transmissão aumenta
quando a mãe é também infectada pelo HIV (vírus da imunodeficiência
humana). A transmissão do HCV através do aleitamento materno não está
comprovada. Dessa forma, a amamentação não está contra-indicada quando a mãe é infectada pelo vírus da hepatite C, desde que não existam fissuras no
seio que propiciem a passagem de sangue.
• Acidente ocupacional: o vírus da hepatite C (HCV) só é transmitido de forma eficiente através do sangue. A incidência média de soroconversão, após exposição percutânea com sangue sabidamente infectado pelo HCV é de 1.8% (variando de 0 a 7%). Um estudo demonstrou que os casos de contaminações só ocorreram em acidentes envolvendo agulhas com lúmen. O risco de transmissão em exposições a outros materiais biológicos que não o
sangue não é quantificado, mas considera-se que seja muito baixo. Nenhum caso de contaminação envolvendo pele não-íntegra foi publicado na literatura.
 MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de
prevenção primárias e secundárias. As medidas primárias visam à redução do
risco para disseminação da doença e, as secundárias, a interrupção da
progressão da doença em uma pessoa já infectada.
Entre as medidas de prevenção primária destacam-se:
• triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a
distribuição de material biológico não infectado;
• triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado, pulmão e rim;
• triagem de doadores de córnea ou pele;
• cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais, laboratórios,
consultórios dentários, serviços de hemodiálise.
 MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Entre as medidas de prevenção secundária podemos definir:
• tratamento dos indivíduos infectados, quando indicado;
• abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras
substâncias hepatotóxicas.
Controle do peso, do colesterol e da glicemia são medidas que visam
reduzir a probabilidade de progressão da doença, já que estes fatores,
quando presentes, podem ajudar a acelerar o desenvolvimento de formas
graves de doença hepática.
HEPATITE c
 DIAGNÓSTICO
Clínico-laboratorial e laboratorial.
Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo
necessária a realização de exames sorológicos.
Os exames laboratoriais inespecíficos incluem
• aminotransferases (ALT/TGP e AST/TGO) / O nivel de ALT pode estar 3 vezes maior que o
normal.
• as bilirrubinas
• tempo de protrombina pode estar alargado (TP>17s ou INR>1,5)
Os exames específicos são feitos por meio de métodos sorológicos e de biologia molecular. 
 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da hepatite C é feito pela realização de exames de sangue de dois tipos:
exames sorológicos e exames que envolvem técnicas de biologia molecular.
• Os testes sorológicos podem identificar anticorpos contra esse vírus e normalmente seus resultados apresentam alta sensibilidade e especificidade. Utiliza-se o teste ELISA (anti-HCV) para essa pesquisa de anticorpos.
• A presença do anticorpo contra o vírus da hepatite C (anti-HCV) significa que o
paciente teve contato com o vírus.
• Sua presença não significa que a infecção tenha persistido.
• Cerca de 15-20% das pessoas infectadas conseguem eliminar o vírus por meio de
suas defesas imunológicas, obtendo a cura espontânea da infecção.
• A presença de infecção persistente e atual pelo HCV é demonstrada pela pesquisa
do vírus no sangue, através do exame HCV-RNA qualitativo. Portanto, os pacientes
que apresentarem anti-HCV reagente deverão ser encaminhados para um centro de
referência para uma avaliação com um especialista.
TRATAMENTO
 O tratamento da hepatite C constitui-se em um procedimento de maior
complexidade devendo ser realizado em serviços especializados. Nem todos os
pacientes necessitam de tratamento e a definição dependerá da realização de
exames específicos, como biópsia hepática e exames de biologia molecular. Quando
indicado, o tratamento poderá ser realizado por meio da associação de interferon
com ribavirina ou do interferon peguilado associado à ribavirina. A chance de cura
varia de 50 a 80% dos casos, a depender do genótipo do vírus.
 Como norma geral, recomenda-se repouso relativo ate, praticamente, a
normalização das aminotransferases. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos
e de uso popular, porem seu maior beneficio e ser mais agradável para o paciente
anorético. De forma pratica, deve-se recomendar que o próprio paciente defina sua
dieta, de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição relacionase a ingestão de álcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mínimo, sendo,
preferencialmente, por 1 ano
• Na Hepatite Crônica, estima-se que um terço a um quarto dos casos necessitara de
tratamento.
• Sua indicação baseia-se no grau de acometimento hepático.
• Pacientes sem manifestações de hepatopatia e com aminotransferases normais devem ser
avaliados clinicamente e repetir os exames a cada 6 meses.
• O tratamento para a fase crônica e retrata mento tem diretrizes clinico terapêuticas
definidas por meio de portarias do Ministério da Saúde. Devido a alta complexidade do
tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em
serviços especializados (media ou alta complexidade do SUS).
• O tratamento da Hepatite C Aguda devera ser realizado antes de 120 dias de evolução da
doença, para melhor resposta terapêutica,
• Apos 180 dias de evolução, a Hepatite C e considerada crônica, e o tratamento devera ser
feito de acordo com as indicações para essa forma da doença.
TRATAMENTO HEPATITE C CRONICO
A abordagem laboratorial inicial e de rotina do paciente com hepatite C
crônica possui diversas finalidades:
• Definir o momento de início do tratamento;
• Estabelecer o esquema terapêutico recomendado;
• Avaliar a qualidade da resposta obtida com a terapêutica;
• Auxiliar no rastreamento de câncer.
O arsenal terapêutico do SUS para o tratamento da hepatite C crônica dispõe
dos seguintes fármacos: daclatasvir; simeprevir (inibidor de protease); e
sofosbuvir. Também está disponível no SUS a associação dos fármacos
ombitasvir, dasabuvir, veruprevir e ritonavir.
• As atuais opções terapêuticas apresentam as seguintes vantagens:
facilidade posológica; tratamento por menor período de tempo e com menos
efeitos adversos; menor necessidade de exames de biologia molecular para
avaliação do tratamento; e melhores resultados em comparação com as
modalidades de tratamento anteriormente indicadas
• Todos os medicamentos elencados atuam diretamente no HCV,
interrompendo a sua replicação, e constituem avanços recentes no
tratamento da hepatite C crônica
Contraindicações ao uso de ribavirina
• Alergia (hipersensibilidade à ribavirina ou qualquer dos seus componentes);
• Gravidez – o tratamento só deve ser iniciado imediatamente após a obtenção do resultado negativo do teste de gravidez. A gravidez deveráser evitada por até seis
meses após o término do tratamento, pois o medicamento tem ação teratogênica;
• Amamentação;
• História prévia de insuficiência cardíaca grave, incluindo doença cardíaca instável ou não controlada nos seis meses anteriores (a critério médico);
• Disfunção hepática grave ou cirrose descompensada (a critério médico);
• Hemoglobinopatias – talassemia, anemia falciforme, dentre outras (a critério médico);
• Hemoglobina < 8,5 g/dL.
SUSPEITA CLÍNICA /BIOQUIMICA
Sintomático ictérico
Individuo que desenvolveu icterícia subitamente (recente ou não), com ou sem sintomas como febre, mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia, coluria e hipocolia fecal.
Individuo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito, sem outro diagnostico etiológico confirmado.
Sintomático anictérico
Individuo sem icterícia, que apresente um ou mais sintomas como febre, mal-estar, náusea, vômitos, mialgia e que, na investigação laboratorial, apresente valor aumentado das aminotransferases.
Assintomático
Individuo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (na hemodiálise, em acidente ocupacional
com exposição percutânea ou de mucosas, por transfusão de sangue ou hemoderivados, procedimentos
cirúrgicos/ odontologicos/colocacao de piercing/ tatuagem com material contaminado, por uso de drogas endovenosas com compartilhamento de seringa ou agulha.
Comunicante de caso confirmado de hepatite, independente da forma clinica e evolutiva do caso índice.
Individuo com alteração de aminotransferases no soro, igual ou superior a três vezes o valor máximo normal dessas enzimas, segundo o método utilizado
RECOMENDAÇÕES
• Orientações educacionais dirigidas à população sabidamente infectada poderão esclarecer sobre os potenciais mecanismos de transmissão e auxiliar na prevenção de novos casos.
• Usuários de drogas injetáveis poderão ser incluídos em programas de redução de danos, receber equipamentos para uso individual e orientações sobre o não compartilhamento de agulhas, seringas ou canudos.
• O uso de preservativos deve ser estimulado. Pares soro discordantes que têm relacionamento fixo possuem baixa probabilidade de transmissão. Entretanto, não existem muitos dados para as demais situações. Deste modo, estímulo ao uso de preservativo parece ser uma medida prudente.
• Não compartilhar lâminas de barbear, utensílios de manicure, escovas de dente.
• Indivíduos infectados devem ser orientados a não doar sangue, esperma ou qualquer órgão para transplante.
• Uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da saúde
HEPATITE D
Descrição: Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite delta ou HDV (é um vírus RNA, que precisa do vírus B para que ocorra a infecção), podendo apresentar-se como uma infecção assintomática ou sintomática e nestes casos até mesmo com formas graves de hepatite.
Agente Etiológico: Vírus da Hepatite D ou Delta (HDV). Um vírus RNA, único representante da família Deltaviridae. E um vírus defectivo (incompleto)
Reservatório: O homem.
Período de incubação - de 30 a 50 dias (média de 35 dias).
Período de transmissibilidade - Uma semana antes do inicio dos sintomas e mantem-se enquanto o
paciente apresentar HCV-RNA detectável.
Notificação - Os casos suspeitos, confirmados e os surtos devem ser notificados e investigados.
AGUDA
Co-infecção do vírus D com o vírus B em indivíduos normais: ocorre quando o indivíduo adquire simultaneamente os vírus B e D. Na maioria dos casos se manifesta como uma forma de hepatite aguda benigna, com as mesmas características de uma hepatite aguda B clássica. O prognóstico, geralmente, é benigno, ocorrendo completa recuperação e clarificação do HBV e HDV. A evolução para a cronicidade é rara. Superinfecção pelo vírus D em portadores (sintomáticos ou assintomáticos) do vírus B: ocorre quando o indivíduo previamente infectado pelo vírus B, que evoluiu para a cronicidade, é contaminado pelo vírus D. O prognóstico é mais grave, podendo haver dano hepático severo, ocasionando formas fulminantes de hepatite ou evolução rápida e progressiva para a cirrose.
RANSMISSÃO
• relações sexuais desprotegidas, pois o vírus encontra-se no sêmen e secreções vaginais. Há que se considerar que existe um gradiente de risco decrescente desde o sexo anal receptivo, até o sexo oral insertivo sem ejaculação na boca;
• realização dos seguintes procedimentos sem esterilização adequada ou utilização de material descartável: intervenções odontológicas e cirúrgicas, hemodiálise, tatuagens, perfurações de orelha, colocação de piercings;
• transfusão de sangue e derivados contaminados ;
• uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou outros equipamentos;
• transmissão vertical (mãe / filho);
• aleitamento materno;
• acidentes perfuro cortantes
FORMAS DE PREVENÇÃO
 Não compartilhar alicates de unha, lâminas de barbear, escova de dente, equipamento para
uso de drogas.
 Imunoglobulina Humana anti-vírus da hepatite B: é indicada para recém-nascidos de mães
portadoras do HBsAg, contatos sexuais com portadores ou com infecção aguda (o mais cedo
possível e até 14 dias após a relação sexual) e vítimas de violência sexual (o mais cedo
possível e até 14 dias após o estupro).
 Uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da Saúde.
 Usar preservativo;
 Controle de bancos de sangue
Vacinação contra hepatite B indicada para os seguintes grupos populacionais: em menores de um ano de idade, a partir do nascimento;
• filhos de mães portadoras do HBsAg devem ser vacinados nas primeiras doze horas de vida,
preferencialmente;
• na faixa de um a 19 anos de idade;
• em todas as faixas etárias em pessoas doadoras regulares de sangue; portadores de Hepatite C; pacientes em hemodiálise, poli transfundidos, hemofílicos, talassêmicos, profissionais de saúde, populações indígenas, comunicantes domiciliares de portadores do vírus da hepatite B, pessoas portadoras do HIV (sintomáticas e assintomáticas), portadores de neoplasias, pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições para crianças e adolescentes, forças armadas etc.), população de assentamentos e acampamentos, homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, vítimas de violência sexual.
DIAGNÓSTICO
 Clinico-laboratorial. Apenas com os aspectos clínicos não e possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológicos. Os exames laboratoriais inespecíficos incluem:
 dosagens de transaminases – ALT/TGP e AST /TGO – O nível de transaminases pode estar ate 25 a 100 vezes acima do normal.
 dosagens das bilirrubinas são elevadas e, apesar de haver aumento tanto da fração nãoconjugada (indireta), quanto da conjugada (direta), essa ultima apresenta-se predominante.
 tempo de protrombina pode estar diminuído (indicador de gravidade).
 outros exames podem estar alterados, como a glicemia e a albumina (baixas).
 Os exames específicos são feitos pela identificação dos marcadores sorológicos HBsAg, antiHBc total e anti-HDV total
SISTEMA HEMATOLOGICO
• O sistema hematológico é composto pelo sangue e pelos locais nos quais o sangue é produzido, incluindo a medula óssea e o sistema reticulo endotelial (SRE).
 O sangue é um órgão especializado, que difere dos outros órgãos no sentido em que existe em um estado líquido.
 O sangue é composto por plasma e diversos tipos de células. O plasma é a parte líquida do sangue; contém diversas proteínas, tais como albumina, globulina, fibrinogênio e outros fatores necessários para a coagulação, bem como eletrólitos, produtos residuais e nutrientes.
 Aproximadamente 55% do volume sanguíneo é plasma.
MEDULA ÓSSEA
 A medula óssea é o local de hematopoese, ou formação de células sanguíneas.
 Em adultos, a formação de células sanguíneas normalmente se da na pelve, às costelas, às vértebras 
e ao esterno.
 A medula é um dos maiores órgãos do corpo, totalizando 4 a 5% do peso corporal total.
 É composta por ilhas de componentes celulares (medula vermelha) separadas por gordura (medula

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