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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO DAS CAVIDADES” Capítulo 1 Fundamentos de Dentística Operatória José Mondelli CAVIDADES: Cavidade Patológica: É a cárie instalada Cavidade Terapêutica: É o preparo cavitário, o “tratamento” dessa cárie PREPARO DE CAVIDADES – OBJETIVOS: Obter formas precisas; Remover tecido cariado; Impedir fratura do dente e do material restaurador. NOMENCLATURA DAS CAVIDADES: São termos específicos que fazem parte de um vocabulário técnico usados na Odontologia, de forma que possa-se compreender o preparo de cavidades, que por sua vez são denominadas de acordo com alguns critérios, abaixo descritos: Número de Faces em que OCORRE 1. Simples: 1 só face 2. Composta: 2 faces 3. Complexa: 3 ou + faces Faces ENVOLVIDAS Recebe o nome das respectivas faces: 1. Cavidade Oclusal: O 2. Cavidade Mésio-Oclusal: MO 3. Cavidade Mésio-Ocluso-Distal: MOD 4. Cavidade Mésio-Ocluso-Lingual: MOL 5. ... FORMA e EXTENSÃO das cavidades A. Intracoronárias (inlay): dentro da estrutura dentária B. Intra-extracoronárias: Onlay ou Overlay C. Extracoronárias parciais: 3 as faces axiais (M, D, L) + oclusal ou incisal D. Extracoronárias totais: todas as faces axiais + oclusal ou incisal Inlay: incrustação ou restauração Intracoronária Onlay: cobertura ou proteção parcial das cúspides Overlay: cobertura total das cúspides e/ou de outras faces dos dentes 1 2 3 PLANOS DENTÁRIOS: Determinam o sentido da inclinação; Denominam as paredes formadoras das cavidades. Maior eixo: LINHA LONGITUDINAL → passa pelo centro do dente: da face oclusal/incisal ao ápice radicular. A partir dessa linha, podem-se estudar 3 planos: Plano Horizontal Perpendicular ao eixo longitudinal do dente. Corta o dente em qualquer superfície. Plano Vestíbulo-Lingual (Áxio-Buco-Lingual) Paralelo ao eixo longitudinal. Divide o dente em: mesial e distal. Plano Mésio-Distal É vertical e paralelo ao eixo longitudinal. Divide o dente em: vestibular e lingual. NOMENCLATURA DAS PARTES CONSTITUINTES DAS CAVIDADES: Paredes Limites internos da cavidade: Circundantes: laterais De Fundo: assoalho da cavidade: axial ou pulpar Ângulos Diedros União de 2 paredes de uma cavidade: Denominado de acordo com suas respectivas combinações. De acordo com Black: 1º Grupo: Junção das paredes circundantes; 2° Grupo: Junção de uma parede circundante e uma parede de fundo; 3° Grupo: Paredes de fundo da cavidade. Ângulos Triedros Encontro de 3 paredes. Denominado de acordo com suas respectivas combinações. Ângulos Cavossuperficiais Junção das paredes da cavidade com a superfície externa do dente. É uma “margem”. CLASSIFICAÇÃO DAS CAVIDADES: Por Finalidade o Terapêutica o Protética Por Profundidade Finalidade Terapêuticas Realizadas em casos nos quais a lesão no tecido duro do dente tenha acometido a estrutura coronária (parcial ou total); O preparo cavitário é condicionado a uma restauração individual do dente → reconstrução morfológica, funcional e estética. Uma restauração PROTÉTICA quando é realizada em dentes com coroas clínica parcial ou totalmente destruídas, não deixam de ser também TERAPÊUTICAS, já que reconstroem os dentes e funcionam como retentores ou apoio das próteses. Protéticas Preparadas pra que as restaurações possam servir como retentores ou apoio para próteses fixas e removíveis. Profundidade Relação com a espessura da dentina remanescente entre o seu assoalho e a polpa. CLASSIFICAÇÃO DE BLACK: Etiológica: áreas dos dentes susceptíveis a cárie → difícil higienização o Cavidades de Cicatrículas e Fissuras o Cavidades de Superfície Lisa Artificial: Classes que utilizam as mesmas técnicas de Instrumentação e Restauração Artificial Classe I Classe II Classe III Classe IV Classe V Regiões de má coalescência (união) de esmalte, cicatrículas e fissuras, face oclusal de PM e M, 2/3 oclusais da face vestibular dos molares e n face lingual dos IS, ocasionalmente na face palatina dos MS. Faces proximais de incisivos e caninos. Não há remoção do ângulo incisal. Faces proximais de incisivos e caninos. Há remoção do ângulo incisal. Terço gengival de todos os dentes. Faces proximais de pré-molares e molares. Obs.: Classes II, III, IV e V: superfícies lisas CLASSIFICAÇÕES COMPLEMENTARES À CLASSIFICAÇÃO ARTIFICIAL DE BLACK: Howard e Simon → “Classe VI”: Bordas Incisais e ponta de cúspide Sockwell: Classe I → cicatrículas e fissuras incipientes (vestibular de anteriores) Santos: não remover estrutura hígida para prevenção de futuras lesões cariosas, para substituir por qualquer material restaurador. Classe I Tipo ponto (PM e M) Tipo risco (PM e M) Tipo olho de cobra (PMI) Tipo Shot Gun (MI) - minicavidades Classe II “Slot” vertical de Markley (PMS e PMI) → apenas face proximal, oclusal não Tipo Túnel (PM e M) → apenas face proximal, preserva crista marginal ÁREAS DE INCIDÊNCIA DA LESÃO CARIOSA: 3 PRINCIPAIS → Locais mais predisponentes ao acúmulo de placa ou biofilme Cavidade Tipo I Em Superfície Oclusal de Molares Sem envolvimento de cúspide Com envolvimento parcial de cúspide Cavidade Tipo II Em Superfície Proximal de PM e M Sem envolvimento de crista marginal (Ex: Tipo Túnel) Com envolvimento de crista marginal Cavidade Tipo III Em Superfície proximal de dentes anteriores, SEM envolvimento do ângulo incisal Cavidade Tipo IV Em Superfície proximal de dentes anteriores, COM envolvimento do ângulo incisal * É subdividida em tipos Cavidade Tipo V Nas superfícies vestibular e lingual de todos os dentes SUBDIVISÕES NA CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE INCIDÊNCIA DA LESÃO CARIOSA Classe Classe I: Regiões de cicatrículas, fissuras e áreas com defeito na superfície oclusal de dentes posteriores ou em anteriores (cíngulos) Classe II: Regiões interproximal de qualquer dente. Imediatamente abaixo da área de contato. Classe III: Terço Cervical da coroa. Nível (progressão da lesão cariosa) Nível I: Mínimo envolvimento da dentina. Sem tratamento por remineralização. Nível II: Envolvimento moderado da dentina. Nível III: Cavidade ampla, acima do envolvimento moderado. Estrutura enfraquecida. Nível IV: Área de cárie extensa. CLASSE IV – Tipos Em Superfície proximal de dentes anteriores, COM envolvimento do ângulo incisal. Tipo I: Tipo II: Tipo III: Tipo IV: Tipo V: Tipo VI: Forma obliqua; 1/3 MD e IC Forma obliqua; 2/3 MD e IC Forma obliqua; 1/3 IC e + de 2/3 MD Não atinge um dos ângulos incisais. Forma Oblíqua; + de 1/3 IC 2/3 ou + MD Forma Horizontal; Terço incisal MD e IC Forma Horizontal Terço médio IC PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “PRINCÍPIOS GERAIS DO PREPARO CAVITÁRIO” Capítulo 2 Fundamentos de Dentística Operatória José Mondelli PREPARO DE CAVIDADES: Tratamento Biomecânico da cárie e outras lesões dos tecidos duros do dente → suporte para receber restaurações BLACK: Sequência lógica de procedimentos para o preparode cavidades Obs.: É preciso adequá-las as condições atuais. Extensão Preventiva → Prevenção da Extensão Ordem de procedimento: guia geral, racionalização dos preparos cavitário por etapas inter-relacionadas. Não são regras inflexíveis. ORDEM GERAL DE PROCEDIMENTOS NO PREPARO DE UMA CAVIDADE - BLACK Forma de contorno → Forma de resistência → Forma de retenção → Forma de conveniência → Remoção da dentina cariada remanescente → Acabamento das paredes e margens de esmalte → Limpeza da cavidade Forma de contorno Definição da área de superfície do dente a ser incluída no preparo cavitário: englobar todo o tecido cariado e áreas suscetíveis a cárie. Materiais Permanentes: de acordo com cada característica típica da restauração a ser feita. Princípios Básicos: 1. Ideal: Todo esmalte sem suporte dentinário friável deve ser removido; Ou: quando não friável → apoiado sobre um material adesivo calçador. 2. Â. Cavossuperficial: deve estar em área de relativa resistência a cárie → correto acabamento das bordas das restaurações. 3. Levar em conta as diferenças: Cicatrículas e fissuras X superfícies lisas Materiais Semipermanentes: resinas compostas e cimentos ionoméricos. Cavidades de cicatrículas e fissuras: planejar o contorno de acordo com a extensão da cárie (superfície e propagação); a extensão de conveniência (detalhes anatômicos muito evidentes); Idade do paciente. Cavidades de superfícies lisas: Propagação: + extensão, - profundidade Extensão para gengival Leva-se em conta: Cáries e outros tipos de lesões; Estética e Retenção Extensão para vestibular e lingual: melhor acabamento da restauração. Forma de resistência Baseia-se em princípios mecânicos → força dos movimentos mandibulares. Amalgama: paredes circundantes da caixa oclusal devem ser paralelas entre si e perpendiculares à parede pulpar, parede pulpar e gengival planas, paralelas entre si e perpendiculares ao eixo longitudinal do dente → melhor distribuição dos esforços mastigatórios. Ângulo Cavossuperficial Ideal 90° → compensar a baixa resistência de borda do amalgama. Paredes convergentes para oclusal. Curva reversa de Hollenback: É frequentemente menos acentuada. Numa visão por oclusal, as paredes V e L da caixa proximal devem formar um ângulo de 90º com superfície externa → acompanhar a orientação dos prismas do esmalte. A profundidade da cavidade deve ser adequada de modo a permitir uma espessura mínima de material, suficiente para sua resistência. De acordo com a resistência do material: cada caso é um caso. Ângulo áxiopulpar arredondado: menor concentração de esforços (amalgama em Classe II). Conservar estruturas sadias: material restaurador e esmalte apoiados em dentina sadia. Forma de resistência → diretamente relacionada com a própria resistência do material restaurador. Forma de retenção Obtém-se (em muitas das vezes) simultaneamente com a forma de resistência → baseiam-se nos mesmos princípios. Consegue-se mecanicamente pela configuração interna da cavidade (inclinação das paredes), por retenções adicionais (sulcos, orifícios, canaletas, pinos metálicos) e pelo atrito com o material restaurador com as paredes da cavidade, além da adesão micromecânica proporcionada pelos sistemas e materiais adesivos. Finalidades: Evitar o deslocamento da retenção, que pode ser: por atrito do material restaurador; retenções mecânicas adicionais e retenções micromecânicas. Cada tipo de cavidade deve ser preparada para obter uma forma de retenção adequada. Tipos: Cavidade Simples: Black: “quando a profundidade de uma cavidade for igual ou maior que a sua largura V-L, por si só será retentiva”. Cavidades compostas e complexas: procedimentos que poderão ser adotados para se conseguir a estabilidade da restauração: Cauda de andorinha oclusal e sulcos proximais; Inclinação das paredes vestibular e lingual da cauda proximal; Inserção direta: convergente para oclusal Restaurações metálicas fundidas: divergência mínima para oclusal. Se houver necessidade de retenção adicional: sulcos ou canaletas V e L e/ou inclinação da parede gengival no sentido áxio-pulpar. Sulcos proximais; Pinos Metálicos (ancorados em dentina). Dupla inclinação da parede cervical: MOD: inclinação da parede gengival no sent. AP Forma de conveniência Ato operatório: depende das propriedades do material restaurador, métodos empregados e localização/extensão da lesão. Há isolamento do campo operatório, Separação dos dentes → controle da saliva e/ou sangramento gengival ... Parede pulpar inclinada de V-L em PMI, Parede axial convexa em Classe V – superfície externa → conveniência biológica → evita exposição pulpar e preservam estrutura dentária. Remoção da dentina cariada remanescente Cárie incipiente → remoção da dentina cariada é concomitante com as ouras fases do preparo cavitário. Se permanecer a cárie após as fases prévias, somente a porção cariada deve ser removida. A depressão ocasionada deverá ser preenchida com uma base protetora adequada até atingir o limite da parede de fundo → distribuição uniforme das forças incidentes sobre a restauração. Sturdevant e Mondelli: Progressão da cárie: Em Área de dentina profunda afetada (não está infectada). Em Área da dentina infectada (superficial) Acabamento das paredes e margens de esmalte Remoção das irregularidades e prismas do esmalte sem suporte → melhor adaptação marginal possível entre o material restaurador e a estrutura dental. Alisamento das paredes internas de esmalte. Â. Cavossuperficial: tratamento de acordo com o material restaurador → biselado ou vivo, mas sempre nítido, liso e uniforme. Limpeza da cavidade Antes da restauração: Dentes limpos e secos. Limpeza de cavidade: remoção de detritos deixados durante a instrumentação. Jatos de água e de ar. Hipoclorito de Sódio, Água Oxigenada, Clorexidina e Água de Hidróxido de Cálcio. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “INSTRUMENTOS OPERATÓRIOS” Capítulo 3 Fundamentos de Dentística Operatória José Mondelli INSTRUMENTOS OPERATÓRIOS PARA O PREPARO DE CAVIDADES: Utilização de instrumentos que realizam/proporcionam o acesso a lesão que afeta a estrutura dentária em função do tipo de um determinado procedimento → realização do preparo cavitário. ESTRUTURAS DENTÁRIAS (Em especial o ESMALTE): Elementos de grande dureza → necessidade de instrumentos suficientemente resistentes para cortar ou desgastar com eficiência o esmalte ou dentina. Utilização racional e padronizada de instrumentos (mecânicos ou manuais) → benefícios ao paciente e profissional Diferentes instrumentos → acesso a diferentes áreas da cavidade bucal e uma variedade de procedimentos sistemáticos. CATEGORIAS DE INSTRUMENTOS OPERATÓRIOS PARA O PREPARO DE CAVIDADES: Instrumentos cortantes manuais; Instrumentos rotatórios; Laser; Sistemas sônicos e ultrassônicos; Sistema jato abrasivo. PREENSÃO DOS INTRUMENTOS O apoio deve ser feito: Posição de escrita: grande pressão ou extrema delicadeza Posição digitopalmar: mais força do que na posição de escrita em estruturas duras, em dentes do mesmo arco em que trabalha, mais próximo possível ao dente em que se opera. Instrumentos alternativos aos rotatórios (Grande enfoque para abordagens de lesões cariosas e não-cariosas, permitindo uma configuração cavitária especialmente adequada aos sistemas restauradores adesivos.)Instrumentos Cortantes Manuais: Cortam, clivam e planificam a estrutura dentária; Complementam a ação dos rotatórios (em alguns casos); Partes: cabo, intermediário e lâmina/ponta ativa; Devem estar sempre afiados → efetividade de corte e refinamento de preparos. Cinzéis (retos, monoangulados, biangulados, de Wedelstaedt): Planificar e clivar o esmalte Enxadas: alisar as paredes cavitária (Cl. V em dentes anteriores). Acabamento final das paredes internas da cavidade; planificar as paredes de esmalte. Machados para esmalte: clivar, aplainar esmalte e planificar as paredes vest. e lingual das caixas proximais (Cl. II). Machados para dentina: determinar a forma de retenção incisal (Cl. III) Recortadores de margem gengival: planificação do Â. Cavossuperficial gengival, arredondamento de Â. A-P e determinação de retenção da parede gengival – Cl. III. Formadores de ângulo: acentuar ângulos diedros e triedros; determinar forma de retenção (Cl. III e V) Colher de dentina: Escavador / remove tecido cariado. Instrumentos Rotatórios de Corte: Brocas, pontas diamantadas, borrachas e discos. BROCAS Partes: haste, intermediário e ponta ativa. Classificação: De acordo com o material utilizado para a sua fabricação Aço (Ferro-carbono): remoção de dentina cariada e acabamento das cavidades com baixa rotação; Carbide (Carboneto de Tungstênio): base das brocas utilizadas para o preparo de cavidades. De acordo com a forma da ponta ativa Esféricas: remoção de tecido cariado, retenções, acesso em cavidades de dentes anteriores. Cilíndricas: paredes circundantes paralelas, avivar Ã. Diedros. Etc. Tronco-cônicas: forma e contorno em cavidades com paredes circundantes expulsivas, determinar sulcos ou canaletas p/ rest. Fundidas. Etc. Cone invertido: determinar retenções adicionais, planificar paredes pulpares, etc. Roda: retenções (Classe V). De acordo com a lâmina cortante: Lisa Picotada Instrumentos Rotatórios de desgaste: Desgastar por atrito as estruturas dentárias e materiais restauradores Instrumentos abrasivos aglutinados: base metálica – Ex.: pontas diamantadas Instrumentos abrasivos de revestimento: base flexível – Ex.: discos de polimento Instrumentos Rotatórios de desgaste: Acabamento de resinas compostas: brocas multilaminadas, pontas diamantadas de granulometria fina. UTILIZAÇÃO DOS INTRUMENTOS ROTATÓRIOS Fatores envolvidos no mecanismo dos Instrumentos rotatórios: Velocidade axial e periférica; Vibração: (maior freq. → menor vibração / menor amplitude → menor vibração) Torque: torção, resistência a pressão Concentricidade: simetria da ponta ativa da broca Calor friccional e refrigeração: evitar danos a polpa. Ruídos INSTRUMENTOS ALTERNATIVOS: LASER Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation Os efeitos do Laser dependem da intensidade da energia radiante emitida, do modo e do tempo de exposição e do tipo de substrato. Utilização com a intensão (se houver a possibilidade) reduzir a dor e o desconforto do paciente SISTEMAS SÔNICOS E ULTRASSÔNICOS Envolve instrumentação sônica (vibração de até 20.000Hz) e ultrassônica (acima de 20.000Hz), por meio de movimentos oscilatórios de pontas diamantadas com diferentes configurações, e cuja transmissão é estabelecida por uma peça de mão acoplada a uma terminação de ar comprimido, permitindo a obtenção de cavidades com geometria precisa e melhor acabamento. SISTEMA JATO ABRASIVO Óxido de alumínio e ar comprimido (microabrasão a ar) → alternativa: permite que a lesão cariosa seja removida com a mínima destruição do tecido saudável adjacente, sem dor, sem vibração sem odores desagradáveis e sem o ruído característico da alta rotação. . INSTRUMENTO AUXILIAR: MICROSCÓPIO OPERATÓRIO Ampliação ou magnificação de imagens na Odontologia → melhorar a qualidade dos procedimentos operatórios Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “EVOLUÇÃO E PRINCIPIOS BIOMECÂNICOS DAS CAVIDADES DE CLASSE II PARA AMÁLGAMA” Capítulo 10 Fundamentos de Dentística Operatória José Mondelli Os procedimentos operatórios conservadores podem ser considerados como uma medida preventiva, em uma fase mais avançada, quando a cárie ou outro tipo de lesão já iniciou seu ataque clínico às estruturas dentinárias. Cavidades para amálgama com ângulos internos arredondados facilitam a adaptação do material durante a condensação e permitem uma melhor dissipação de esforços ou tensões durante a mastigação. Ângulos agudos ou definidos, em função da concentração de esforços os mesmos, criam uma zona predisponente à fratura dentária. Limite Cervical: a extensão ideal da parede cervical das cavidades seria aquela que pudesse ser determinada o mais distante possível do tecido gengival. Fatores técnico-clínicos determinantes da extensão por conveniência da p. cervical das cavidades para amálgama: Localização e extensão do processo carioso e demais tipos de lesão. Idade: nível gengival do paciente. Forma de Resistência: possibilita ao dente e à restauração resistirem às cargas mastigatórias, às variações volumétricas dos materiais restauradores ou a pressões interdentinárias que são produzidos dentro dos dentes restaurados. Forma de Retenção: previne por estabilidade o deslocamento da restauração quando esta é exposta à ação das forças mastigatórias, das preções interdentinárias e dos esforços axiais de remoção. Degrau proximal com altura correspondente a caixa oclusal possibilita retenção e estabilidade da restauração. Enquanto... Degrau proximal raso compromete a retenção e a estabilidade da restauração. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “CAVIDADE CLASSE I, OCLUSAL, EM 2º MIE ” Capítulo 6 Fundamentos de Dentística Operatória - José Mondelli POSIÇÃO DE TRABALHO Adequada: proporciona melhor visibilidade do campo operatório e postura operatória ideal → → maior rendimento, com menor desgaste físico. TÉCNICA DE PREPARO: Forma de contorno: Delimita-se a forma de contorno com lápis, envolvendo áreas susceptíveis a cárie, preservando as estruturas de reforço do dente, como vertentes de cúspides e cristas marginais. Inicia-se a penetração inicial com a broca nº 245 ou 556, colocada na fossa central, em movimento e com uma ligeira inclinação para distal. Em seguida: broca posicionada paralela ao eixo longitudinal do dente, e com movimentos para distal e mesial ao longo do sulco central → canaleta (profundidade: metade da ponta ativa da broca / largura: ligeiramente maior que o diâmetro da broca). ... A broca, ao mesmo tempo em que determina com as arestas laterais as paredes circundantes, deve, em seu extremo plano, aplainar a parede pulpar e definir os â. Diedros do 2º grupo, ligeiramente arredondados. Forma de resistência e retenção: Confecção da parede pulpar e perpendicular ao eixo longitudinal do dente é um dos fatores que determinam as formas de resistência e retenção. Acabamento das paredes da cavidade: Cavidade preparada com a broca n° 556: acabamento inicial: broca cilíndrica lisa nº 56. Em seguida, a enxada monoangulada é usada para alisar as paredes circundantes de fundo. Cavidade preparada com a broca nº 245: dispensa-se as brocas para acabamento de paredes, pois essa tem lamina de corte lisas. Não utiliza enxada monoangulada. Cavidade para amalgama: não indicada a confecção de biselno ângulo Cavossuperficial. Acabamento das margens do esmalte: Broca de corte liso nº 56 ou nº 245. Cavidade de Classe I Broca 556: Paredes circundantes paralelas entre si. Ângulos diedros do 1º e 2º grupo definidos. Parede pulpar planar perpendicular ao eixo longitudinal do d ente. Ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel. Abertura vestíbulo-lingual na região do ístimo c om ¼ de distancia entre os vértices das cúspides correspondentes. Broca 245: Paredes circundantes convergente para a oclusal. Ângulos diedros do 1º e 2º grupo arredondados. Parede pulpar planar perpendicular ao eixo longitudinal do dente. Ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel. Abertura vestíbulo -lingual na região do ístimo com ¼ de distancia entre os vértices das cúspides correspondentes. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “AMÁLGAMA” Prof. Dr. Alberto Nogueira da Gama Antunes AMÁLGAMA: Liga metálica usada em Odontologia: associação de dois ou mais metais produzindo um novo material com propriedades mecânicas, físicas e químicas melhoradas. → Mercúrio, Prata, Estanho, Cobre e Zinco. ↓↓ (Liquido a temp. ambiente e possui capacidade de reagir com Prata, Estanho e Cobre) A quantidade dos elementos químicos varia de acordo com o tipo de liga Tipos de ligas para Amálgama – Classificação: Quanto à presença de Cobre → Convencionais ou ricas em cobre ↓ Possui maior resistência mecânica, menor corrosão por substituição na fase Gamma 2. Quanto à presença de Zinco → Ricas em Zinco ou pobres em Zinco Pela morfologia da partícula (Pó com Ag, Sn ...) → partículas esféricas, irregulares ou mistas Pelo tipo de presa → Lenta, Média e Rápida Tipos de ligas para amalgama → Convencional ou com alto teor de cobre (Formato das partículas X Quantidade de Cobre) Proporcionamento: % Hg x quantidade da liga x tipo da liga Trituração do amalgama: Quando o Hg entra em contato com as partículas da liga Trituração: Manual ( Pode apresentar alguns erros → influencia a qualidade do amalgama) Erros de Proporcionamento; Dificuldade de manipulação; Dificuldade de padronização da mistura; Liberação de vapores e resíduos de HG. Mecânica (Por Trituradores → “maior” qualidade do amalgama) AMÁLGAMA - USOS: Clínico: Dentes posteriores (superfícies oclusais, proximais e cervicais); Reabilitação de cúspides; Restaurações diretas; Uso Clínico: 1. Exame Clínico 2. Exame Radiográfico AMÁLGAMA – CARACTERISTICAS e PROPRIEDADES: Mistura com características plásticas → cor brilhante Quanto menor é o tamanho da partícula, maior é a quantidade de mercúrio necessária para a reação de cristalização. Quanto maior é a quantidade e Hg necessária para a reação de cristalização → ↑ do cont. Y1 e Y2 Cobre: deixa o amalgama mais resistente Apresenta comportamento viscoelástico Deve ser polido: Marrom → Verde → Azul (abrasivos em ordem decrescente de abrasividade) Vantagens do Amalgama: Resistência ao desgaste próximo ao esmalte; Uso clínico de mais de 100 anos; Custo baixo. Limitações do Amalgama: Estética; Presença de Mercúrio; Não adere aos tecidos dentais. ETAPAS DA RESTAURAÇÃO COM AMALGAMA Preparo de Cavidade → Inserção do material no preparo cavitário → Condensação do amalgama → Preenchimento de todo o preparo cavitário (pressão manual) → Brunimento (melhora a adaptação do amalgama às paredes da cavidade) → Escultura (Reestabelece forma e função do dente → Brunidura pós escultura → Polimento (24h após a finalização da restauração) PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 TÉCNICAS RESTAURADORAS - MATRIZES Prof. Urlene TÉCNICAS RESTAURADORAS: Matrizes Cunhas Condensação Escultura MATRIZES: São dispositivos que permitem a contenção do material restaurador dentro da cavidade, durante a condensação, possibilitando a devolução do contorno natural do dente. Individuais: preparadas para cada caso em particular. Universais: Presas à porta-matrizes e adaptadas para várias casos. A espessura da matriz está relacionada ao tipo de liga. 0,03 mm: esféricas 0,05: limalhas e mistas Largura e Comprimento: Varia de acordo com o caso clinico e o dente São características das Matrizes e suas funções: Fácil inserção e remoção; Possibilitar a condensação; Auxilia na reconstrução da forma e contorno proximal; Evitar o extravasamento; Afastamento gengival. Tipos de Matrizes – Individuais: Matriz de Sweeney Matriz de Barton Matriz Soldada Matriz rebitada; Matriz em “T” Matriz de Strickland Matriz Fenestrada Matriz MC Kean Tipos de Matrizes – Matrizes e Porta Matrizes Individuais:: Tofflemire Circular de Ivery Descartáveis Nystron Siqveland Auto-matrix CUNHAS: Madeira Plásticas Preferencialmente e madeira preparadas e adaptadas para cada caso, INDIVIDUALMENTE. São características das Cunhas e suas funções: Proporcionar adaptação; Evitar excesso de material além da parede gengival; Promover um afastamento dental compensando a espessura da matriz; Auxiliar na obtenção de um ponto de contato adequado; Promover a proteção e afastamento do tecido gengival. PONTO DE CONTATO: PRESERVAR! Evitar a impacção alimentar; Prevenir problemas periodontais; Prevenir reincidência de cárie; Prevenir problemas oclusais. CONDENSAÇÃO: Variáveis: Tipo de liga; Tipo de condensador; Tamanho da parte ativa do condensador; Pressão de condensação. Tipos: Manual Mecânica São suas funções/objetivos da Condensação: Proporcionar adaptação; Eliminar porosidades; Eliminar o excesso de Mercúrio; Auxilia na pressão – ponto de contato PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 CIMENTOS ODONTOLÓGICOS Prof. Dr. Alberto Nogueira da Gama Antunes CIMENTO DE IONOMERO DE VIDRO: CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO COMPOSIÇÃO Existe também o sistema em que o ácido poliacrílico do líquido foi liofilizado ( secado a vácuo) e incorporado ao pó. Neste caso o líquido compõe-se de água destilada e ácido tartárico ( VIDRION ). A quantidade de ácido poliacrílico contido no pó é fator determinante do uso do material. As principais características do cimento de ionômero de vidro são: Adesividade à estrutura dental (maior em esmalte) pela reação de quelação ao cálcio, liberação de íons flúor (maior no período de geleificação) contribuindo para o controle da cárie dentária e remineralização do esmalte, capacidade de se recarregar através de outras fontes de flúor, coeficiente de expansão térmico semelhante ao dente e biocompatibilidade. Ao misturar-se o líquido ao pó ocorre a reação de presa do tipo ácido-base formando um sal de hidrogel, que atua como matriz de ligação. Ocorre um efeito de quelação com o cálcio e a superfície exposta da estrutura dental tendo assim a adesão. CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO Líquido + Pó Componentes do Pó: Fluorsilicato de cálcio e alumínio. SiO2 AlO3 CaF2 NaAlF6 AlF2 AlPO4 Componentes do Líquido Líquido – Solução aquosa de ácido poliacrílico ( 40 a 50% ) Ácido tartárico – aumenta o endurecimento pós-presa Ácido itacônico –reduz a viscosidade do líquido ( mas reduz a adesão ) ( Alguns materiais tem o ácido poliacrílico substituído pelo ácido polimaleico ) Pó: partículas de vidro Líquido: Cadeia de Poliácidos e Ácido tartárico ÁCIDO + BASE = SAL + ÁGUA Fase de deslocamento de íons: Partículas de vidro atacadas pelo ácido → Libera íons Ca+, Na+ e Al3+ → Reage com o Flúor (F-) Fase de formação da matriz de Poliácidos: Formação dos complexos → Redução da mobilidade das cadeias → Gel de Sílica (solidificação inicial de 5 – 10 min) Fase de formação da matriz de sílica e incorporação do vidro à matriz Alumínio é liberado e ajuda na formação do higrogel que circunda as partículas de vidro não atacadas. Mecanismo de adesão a estrutura dental Ligação iônica com Cálcio da estrutura dental IONOMERO DE VIDRO E A ÁGUA Água: Ioniza os radicais carboxílicos Hidrata a matriz Fase Inicial (“água livre”) Sinérese: “gera” fissuras e fraturas Embebição: solubilidade do ionômero Após o preparo com o Ionômero de Vidro, deve se ter o seguinte cuidado: Proteger imediatamente contra o contato com a umidade CLASSIFICAÇÃO PARA OS CIMENTOS DE IONÔMERO Quanto a indicação: Tipo I: Cimentação Tipo II: Restauração Tipo III: Forramento Tipo IV: Restauração preventiva Quanto a composição: Convencionais Reforçados por metal Modificados por resina o Ativação química o Dupla Ativação o Ativação tripla CIVs modificados por resina: Endurecimento: melhoradas Desgaste Inicial: alta resistência Propriedades Mecânicas: valores aumentados Umidade: menos sensível Polimerização: há uma contração, devido aos componentes resinosos → é uma desvantagem! CIMENTOS DE IONOMERO DE VIDRO – CARACTERÍSTICAS: Liberação de Flúor: Principais considerações: O Flúor (F-) liberado pelos cimentos de ionômero é incorporado pelas estruturas dentárias, fazendo com que: Aumente a resistência a desmineralização; “Ajuda” na remineralização da estrutura dentária; O Flúor atua como agente antibacteriano Possui baixo pH inicial Adesão à estrutura dentária: Antes de “aplicar” o CIV, deve-se fazer uma limpeza da superfície, a fim de melhorar a adesão com a estrutura dentária; Os CIVs possuem adesão à estrutura dentária, sendo a adesão ao esmalte superior a dentina; Os íons H+ reagem com a superfície mineralizada; Cálcio e Fosfato do dente se ligam ao grupos carboxilas. Compatibilidade Biológica: O Ácido é fraco; Possui um alto peso molecular, o que dificulta a difusão; É rapidamente precipitado pelo cálcio e fosfato. Resistência Coesiva: O CIV deve ser usado em áreas de baixo esforço mastigatório. CIMENTOS DE IONOMERO DE VIDRO – INDICAÇÕES E LIMITAÇÕES: Quando Usar? Selamento e cicatrículas e fissuras Restaurações temporárias Base e forramento Desensibilização dentinária Restaurações em dentes decíduos ( Cl. I, II, III e V) Classe IV há o comprometimento do ângulo incisal, logo, não é recomendado! Etc... Quando Não Usar? Áreas de elevado esforço mastigatório; Classe IV (Classe IV há o comprometimento do ângulo incisal, logo, não é recomendado!) Extensas áreas vestibulares Classe III: em relação a estética Reconstrução de cúspides. CIMENTOS DE IONOMERO DE VIDRO – USOS: Para a manipulação: Proporcionamento Pó / Líquido (Seguir a orientação do fabricante) Pouco pó: altera a fluidez, aumenta a solubilidade e se torna menos resistente a abrasão. Muito pó: diminui a adesividade, menor tempo de trabalho e presa, além de reduzir a translucidez. Armazenamento: Frascos Fechados Não resfriar o líquido: altera a viscosidade Manipulação: Capsulas: de maneira a ter maior agregação pó/liquido e minimizar bolhas intrínsecas Preparo do Substrato Dentário: Remover o tecido cariado Pré-tratamento da superfície: uso de soluções ácidas e remoção das irregularidades Proporcionamento e Manipulação: sempre seguir as normas do fabricante Inserção: Centrix Facilita a inserção Diminui a porosidade interna Melhora a adaptação Proteção: Uso de tira matriz Acabamento: Uso de cortante e pontas para acabamento Proteção com verniz ou resina fluída. Polimento: Realizar 24 horas após PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO / CIMENTOS IONOMÊRICOS” Cortesia de: Prof. Urlene Tavares Dias FOPUC Minas CONSIDERAÇÕES GERAIS: Usos: Base para outros materiais; Material restaurador. Derivados dos cimentos de silicato e dos cimentos de policarboxilato de zinco: pó de vidro com íons reativos e um poliácido → formam uma massa dura de cimento; Alto teor de fluoretos; Líquido: ácido poliacrilico com aditivos: ácido itacônico e ácido tartárico (I: reduz a viscosidade do liquido e o torna mais resistente ao congelamento / T: aumenta a força coesiva, resistência a compressão e melhora o tempo de trabalho); Reação de presa (pó e liquido): ácido- básico → sal hidratado; DESCRIÇÃO DO MATERIAL É um vidro aluminossilicato com elevado teor de Fluoretos, ao interagirem com um ácido polialcenóico: o produto são partículas de vidro envoltas e suportadas por uma matriz resultante da dissolução da superfície dessas partículas de vidro no ácido. Uma restauração com esse material transforma-se em um reservatório de Fluoretos. CLASSIFICAÇÃO DOS CIMENTOS DE IONOMEROS DE VIDRO Navarro & Pascotto (1998) Tay Lynch (1989) Mount (1996) Convencionais; Reforçadas por metais; Modificadas por resina. Tipo I Tipo II Tipo III Tipo IV Tipo I: Cimentação Tipo II: Restaurador Estético o Quimicamente ativado o Polimerização Dual o Restaurador reforçado Tipo III: Forramento ou Base USOS: Odontopediatria; Ortodontia; Dentística; Endodontia; Prótese PROPRIEDADES DO MATERIAL CIV: Adesividade: Uma adesão baseada em difusão pode ser obtida entre o cimento (CIV) e a dentina. Ocorre uma união química do material com as estruturas dentais, dispensando o uso dos preparos cavitários tradicionais quando houver cavitações por erosão / abrasão ou por cárie. É necessário, primeiramente, o uso de um condicionador de dentina. Evitar a inclusão / formação de bolhas de ar. O Ionômero deve estar em intimo contato com a dentina e o esmalte adjacente para que de alguma forma a adesão possa ocorrer, devendo então, não ficar nenhum material interposto entre eles. Biocompatibilidade: A resposta inflamatória que pode ocorrer na polpa devido ao Ionômero de vidro recentemente misturado, é muito leve e é seguido por rápida recuperação em poucos dias. Sua baixa irritabilidade é devido ao fato de que o ácido poliacrilico e afins são fracos: as macromoléculas de alto peso molecular tem uma propensão de unir-se ao cálcio do dente, dificultando o movimento molecular. Redução da Penetração bacteriana: Liberação de Flúor / pH inicial baixo / União química com a estrutura dental / Liberação de cátions metálicos. Liberação de Flúor: Propriedade anticariogênica. Não há prejuízos as propriedades físicas. Remineralização da estrutura dental adjacente. Resistencia a compressão / Tração: É baixa, quando comparados às resinas compostas. A abrasão diminui a longevidade da restauração. Coeficiente de Expansão Térmica Linear: É semelhante ao CETL do dente. Estética: Alto grau de opacidade → aparência pior que a dos silicatos e resinas compostas. QUÍMICA DA REAÇÃO DA PRESA: Na Geleificação: reação ácido-base entre pó de vidro polialcenóico, em três estágios: Deslocamento da íons → Formação de íons → Fase de gel de polissais.CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM O CIV: O material deve ser inserido na cavidade quando ainda brilhante: há a presença de grupos carboxílicos livres → necessários para que ocorra a união química com a estrutura dental. Deve-se tomar cuidado para que seja evitada a perda ou ganho de líquidos ( 5-10 minutos iniciais): sinérese ou Embebição. Quando houver necessidade de ato operatório com Isolamento: proteger a restauração para evitar a desidratação do material CIV. INDICAÇÕES: Selamento de cicatrículas e fissuras; Cavidades Classe I conservativas; Cavidades Classe II (tipo túnel e “slot” horizontal); Cavidades Classe III e V, de lesões cariosas; Cavidades Classe V (lesões de abrasão, erosão); Técnica de Sanduíche (restaurações laminadas ou mistas); Forramentos ou protetores; Odontopediatria; Núcleos de preenchimento; Cimentação; Endodontia (cimentação e selador apical); Ortodontia. CONTRA-INDICAÇÕES: Cavidades de Classe II em que há envolvimento da crista marginal; Cavidades de classe IV, devido a baixa resistência; Grande destruição vestibular; Áreas de cúspides; Em áreas de grandes esforços mastigatórios. Forramento: Fina camada de um material neutro colocado antes do final da restauração, para melhorar uma deficiência da cavidade ou fornecer uma proteção térmica para a polpa. Base: Substituto de dentina, colocado para preencher as principais áreas de perda, mesmo antes da colocação de um substituto do esmalte sobre a cavidade. CIV como Forradores / Bases: VANTAGENS: Aumenta o selamento da interface; Liberação de Flúor; Potencial antibacteriano; ↓ volume da resina composta (quando essa é utilizada como material restaurador); União à Resina Composta; Modificam a configuração cavitária; Oferece proteção ao Complexo Dentino-Pulpar; Reduz o Fator C PÓ + LÍQUIDO: Proporcionamento BAIXA QUANTIDADE DE PÓ ALTA QUANTIDADE DE PÓ Mistura Fluída ↑ Solubilidade ↓ Resistência a abrasão Mistura Espessa ↓ Tempo de Trabalho ↓ Tempo de presa ↓ Adesividade ↓ Translucidez Cimentação: São cimentos de presa rápida com resistência precoce a incorporação de água. Dentes Vitais Dentes Despolpados Não realizar o condicionamento de dentina: pode ocorrer de sensibilidade pós-operatória. Realizar condicionamento da dentina de maneira usual. Restaurador Estético: É quimicamente ativado e de cura dual. Presa prolongada. Cimentos de Cura ou Polimerização dual: não necessitam de proteção contra a sinérese ou Embebição. Restaurador reforçado: Presa rápida, com resistência a incorporação de água. Cimentos para forramento ou base Dual ou quimicamente ativados: forrador ou base (substitui dentina). CIV Encapsulados: Proporcionamento correto, melhorando as propriedades físicas e inserção fácil do material / Custo elevado e uso de dispositivos acessórios. TÉCNICAS DE RESTAURAÇÕES: Técnica de Sanduíche: Utiliza-se a combinação do CIV com a Resina Composta, aproveitando desse modo, as propriedades de um e outro material: CIV: adesão, biocompatibilidade e ação anticariogênica; Resina Composta: maior resistência ao desgaste e melhor estética. Restaurações de Cavidades Classe III e IV: Técnica de Sanduiche → Mediata ou Imediata Restaurações de Erosão/Abrasão, sem preparação cavitária: Devido ao próprio formato da cavidade, as lesões mais favoráveis são aquelas que apresentam em forma de “V”. Técnica Restauradora cimentos ionoméricos quimicamente ativados Selamento de Cicatrículas e Fissuras: Por técnicas: Invasiva; Não Invasiva. Restauração Classe I: Por técnicas: Com cimento de Ionômero de Vidro Quimicamente Ativado; Com cimento de Ionômero de Vidro Foto Ativado; Núcleos de Preenchimento: Reconstrução morfológica de: Dentes Vitais ou Dentes Desvitalizados. Técnica Restauradora Atraumática (ART): Pode-se citar as suas vantagens: Baixo custo / Equipamento simplificado / Ausência de Anestesia / Prevenção; Pode-se citar as suas limitações: Ausência de um acompanhamento para avaliação posterior (longevidade da restauração). / Não observância por parte dos profissionais que a prática requer. *** Sempre seguir os procedimentos e utilizar as técnicas e materiais apropriados para cada caso. IMPORTANTE: Procedimentos Clínicos ao se utilizar os Cimentos Ionoméricos: Preparação adequada da superfície cavitária; Dosagem correta do material; Manipulação correta do material; Inserção correta do material. Prevenção de Falhas na adesão: Limpar e “secar” a cavidade; Proporcionamento correto; Inserir o material ainda com brilho úmido; Manter a matriz até a presa inicial (Classe II ou III); Cuidado com a remoção de excessos; Acabamento no dia seguinte. Prevenção de Erosão: Dosagem correta; Evitar contaminação da restauração com a umidade; Proteção da restauração após sua inserção. Redução da porosidade e manchamento: Manter o material sob compressão (pressão digital durante 5 min); Descartar o material quando perder o brilho; Realizar o acabamento em uma outra seção. Prevenção de Trincas/Rachaduras: Dosagem correta do material; Proteção da restauração; Evitar o aquecimento da restauração durante o acabamento/polimento; Evitar jatos de Ar na restauração. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “AMÁLGAMA DENTAL – ASPECTOS CLÍNICOS” Prof. José Pedercini Horta Restaurações Diretas em dentes anteriores e posteriores: DENTÍSTICA: “É uma especialidade da Odontologia que estuda e aplica de forma integrada o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico dental. Restabelecendo assim, de forma conservadora, menos invasiva, a estética, a forma e a função”. RESTAURAÇÕES: Diagnóstico: Planejamento Conhecimento do Material restaurador Domínio da Técnica de Restauração Prevenção e Manutenção. Fatores de Risco: Nível socioeconômico; Dieta; Higiene Pessoal; Flúor; Microbiota Oral; Fluxo Salivar; Capacidade Tampão; Adequação de meio bucal. Quando a RESTAURAÇÃO é o tratamento indicado? o Biocompatibilidade do material; o A restauração ser capaz de manter o dente em função; o Apresenta um prognóstico custo/beneficio e tempo razoável; o Paciente concordar em receber o tratamento. Quando RESTAURAR dentro da VISÃO PREVENTIVA? o Defeito não carioso; o Nova lesão cariosa ativa; o Cárie ativa associada a uma restauração prévia; o A lesão cariosa se estende a dentina; o Sinais de um possível comprometimento pulpar; o Existe um comprometimento oclusal; o Problemas com contorno gengival; o Ponto de contato; o Restauração em excesso. Moderno Entendimento Científico da Doença cárie: Era Preventiva Um tratamento que visa a saúde, não é invasivo, com um mínimo de procedimentos restauradores. Era das Extrações Era das Restaurações Restaurações como tratamento da doença → 50% ou + do nosso tempo de trabalho. AMALGAMA DENTAL Não tem estética; Muito invasivo e degradante. Ainda é utilizado na odontologia moderna → propriedades, custos e eficiência clínica. Não apresenta nenhum risco conhecido e comprovado cientificamente, aos indivíduos que não apresentem hipersensibilidade ao mercúrio. Prof. Mjor: “Os dentistas não deveriam perguntar se inda há espaço para o Amalgama. Mas sim o que podemos fazer sem ele?” Vantagens Menos sensível a técnica; Auto selante (corrosão); Resistência a esforço mastigatório; Tolerado o tecido gengival; Eliminado facilmente; Baixo custo; Pode ser reparado. Desvantagens Cor não harmoniosa; Alterações dimensionais; Resistência nas bordas; União química ao esmalte e a dentina. A indicação e confecção de restaurações em dentes posteriores, precisam estar fundamentadas em critérios científicos. o Atividade Cariostática; o Efeito Estético; o Propriedades Físicas dos materiais. o Diagnóstico o Planejamento o Manutenção o Técnicas Indicações para o uso do Amalgama: Restaurações de dentes posteriores, principalmente molares, em que as condições de isolamento do campo não são as ideais; Restaurações em molares que exijam um grande volume de material restaurador; Em cavidades atípicas como alternativas das restaurações indiretas em molares; Reparo de restaurações antigas. Contraindicações para o uso do Amalgama: Estética; Necessidade de proteção da estrutura dentária contra a fratura; Necessidade de reconstrução oclusal extensa; Dificuldade da técnica correta de restauração. Aspectos clínicos Oclusão; Preparo de Cavidades; Isolamento do Campo Operatório; Proteção do Complexo Dentina/Polpa; Matrizes e Cunhas; Inserção do material restaurador. Preparos Cavitários: Contornos Oclusais; Forma de Contorno – Classes I e II; Forma de Resistência; Extensão Cervical; Bisel. Localização do contato cêntrico; Largura da cavidade; Profundidade da Caixa proximal; Localização da restauração; Tamanho da restauração; Estudos clínicos do material restaurador; Motivação do paciente – custo beneficio. Preparos Cavitários para Amálgama: Classe I e Classe II Princípios do preparo do dente: Contorno do preparo cavitário; Forma interna; Resistência e Retenção; Extensão e acabamento das margens. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 QUIMIOPROFILAXIA DA PLACA: AGENTES QUÍMICOS E ANTIBACTERIANOS DIETA E CÁRIE AÇÚCAR: ATIVIDADE METABÓLICA DAS BACTÉRIAS XILITOL, SORBITOL E MANITOL Profª.: Andréia Relembrando... CÁRIE: “São os resultados – sinais e sintomas – de uma dissolução química da estrutura dentária causada pelos eventos metabólicos ocorrendo no biofilme (placa dentária) que cobre a área afetada. A destruição pode afetar esmalte, dentina e cemento. As lesões podem se manifestar clinicamente de diversas formas.” Fejerskon e Kidd, 2008 QUIMIOPROFILAXIA: Prevenção, mediante ao uso de agente quimioterápico, de aquisição ou de desenvolvimento da doença. DIETA X CÁRIE: A Dieta como um determinante de risco de cárie dental Efeitos Sistêmicos da Dieta: epidemiologicamente falando: Não há evidências de uma forte (ou até mesmo, NENHUMA) relação entre: CONDIÇÕES NUTRICIONAIS E A DOENÇA CÁRIE. Países com médias nutricionais altas apresentam maior prevalência de lesões cariosas. Cárie Dental NÃO é uma doença de origem nutricional; NÃO é causada por nenhuma deficiência de nutrientes que produza efeitos sistêmicos; NÃO é possível eliminar a cárie por compensação nutricional de uma deficiência nutricional. EFEITOS DIETÉTICOS → LOCAIS OLIGOSSACARIDEOS: Monossacarídeos: Frutose, Glicose e Galactose... Dissacarídeos: Sacarose, Maltose e Lactose... Trissacarídeos: Rafinose POTENCIAL CARIOGÊNICO DOS ALIMENTOS: O Potencial cariogênico dos alimentos está relacionado ao conteúdo de vários açucares (mono/di/polissacarídeos). Dissacarídeos: Quando, por hidrólise produzem dois monossacarídeos. Trissacarídeos: Quando, por hidrólise produzem três monossacarídeos. Todos podem ser fermentados, originando ácidos pelas bactérias da placa e, além disso, podem influenciar a quantidade e a qualidade e, consequentemente, a cariogenicidade dos agregados microbianos nos dentes; A incidência de cárie é (era) maior quando o açúcar era consumido entre as refeições e quando a textura favorecia maior retenção na boca. Diagrama da Curva de Stephan: o pH da placa reage à ingestão de carboidratos fermentáveis. É importante que se faça a eliminação, o mais rápido possível, dos carboidratos da cavidade bucal. ELIMINAÇÃO DOS CARBOIDRATOS: Procedimentos que ajudam a eliminar mais rápido: Escovação imediatamente após; Estimulação física da secreção salivar. Fatores que interferem na eliminação dos carboidratos da cavidade bucal: Fluxo salivar reduzido; Cavidade de Cárie; Restaurações defeituosas; Aparelhos ortodônticos; Próteses. SUBSTITUTOS DO AÇÚCAR Adoçantes Calóricos X Adoçantes Não Calóricos Adoçantes Não Calóricos: Sacarina sódica: produtos dietéticos e pasta dental; Aspartame: goma de mascar, refrigerantes, pastilhas e sorvetes; Ciclamato: gotas e tabletes, não em produtos específicos; Stevisideos: alimentos e bebidas (Japão) Possuem sabor forte; Não contém componente energético; Não são transformados em ácidos pelos microrganismos Adoçantes Calóricos: Sorbitol Manitol Licasin Xilitol Não provocam, ou provocam pouca queda de pH; Presente em gomas de mascar, medicamentos, alimentos processados e dentifrícios; São transformados em açúcar no fígado; Tem efeito osmótico no intestino. Xilitol: o É um pentitol – 5 átomos de carbono; o Teor adoçante, semelhante à sacarose, com sabor refrescante; o Não é metabolizado pela microbiota e pela placa; o É encontrado em frutas e vegetais; o Utilizado em gomas de mascar, dentifrícios, alguns medicamentos, pastilhas ... o É, as vezes, associado ao sorbitol; o É lentamente absorvido no fígado; o É considerado não cariogênico e anticariogênico o Apresenta estimulação da saliva; o Tem efeito antimicrobiano; o O Xilitol é apenas uma substância não cariogênica, não apresenta capacidade de remineralização de lesões. ALIMENTAÇÃO Os dentes ficam vulneráveis à corrosão ácida diante do consumo regular de ácido cítricos existente em alimentos, como morangos ou sumos de frutos. Na realidade, refrigerantes com ácido e molhos para saladas preparados com vinagre balsâmico, podem mudar significativamente os dentes ao longo do tempo. É o ácido “escondido” nos alimentos e bebidas do dia a dia que se torna a causa mais frequente do desgaste do esmalte e dentina. Corrosão: desgaste de um corpo qualquer que sofre transformação química ou física. Qualquer alimento ou bebida com um valor de pH inferior a 5,3 pode colocar o esmalte em risco de Erosão Ácida. CONTROLE MICROBIANO DA PLACA CONTROLE QUÍMICO DA PLACA Profilático: É empregado quando ato mecânico no sentido de evitar o acúmulo de bactérias for ineficiente; Prevenir o desequilíbrio da microbiota. Dentifrícios ou bochechos: recomendado para pacientes com dificuldade de manter a limpeza ou que tenham pouca motivação. Pós-operatórios. Pacientes Especiais. O objetivo não é eliminação das bactérias, mas evitar que ocorra o desequilíbrio. Terapêutico: É empregado quando o indivíduo já apresenta uma microbiota desequilibrada; Cárie → Óleos Essenciais, Extratos de Sanguinarina, CCP, Trielosan, Clorexidina e Flúor. Fatores Considerados: Permeabilidade baixa, toxicidade da substância, não provocar desequilíbrio da microbiota, apresentar substantividade. Mecanismos de Ação: o Prevenir ou reduzir a adesão primária e/ou subsequente colonização bacteriana; o Prevenir ou inibir o crescimento e proliferação de microrganismos; o Modificar a bioquímica da placa, reduzindo a formação de produtos citotóxicos; o Prevenir ou inibir a formação de matrizes de placa; o Modificar a ecologiada placa, formando uma microbiota menos patogênica. Clorexidina: o É o mais estudado e o mais potente; o É de amplo espectro o É mais eficaz contra Gram + (Streptococcus do grupo mutans) o Tem efeito antimicrobiano imediato; o A placa e a microbiota são reduzidas em 80 a 95% com um único bochecho a 0,2%; o Bochechos 2 vezes ao dia com uma concentração de 0,2% inibem quase completamente a formação da placa; o Ação bactericida da Clorexidina: a ligação com as proteínas bacterianas provoca formação de vesículas e coagulação do citoplasma, com posterior ruptura da membrana celular bacteriana; Efeitos Adversos Locais: Pigmentação dos dentes, língua, restaurações e próteses; Descamação e ferimento da mucosa; Distúrbio do paladar; Gosto amargo. CONCLUSÕES Fazer uso de controle químico deve ser restrito aos indivíduos com maior risco à doença Cárie e deve ser indicado por períodos de duração variada. Em todos os casos, os benefícios esperados devem ser comparados com os efeitos prejudiciais potenciais e a escolha do agente, duração do tratamento, modo de aplicação e a dose, devem ser feitos de acordo com a especificidade do individuo. O agente químico ideal não ainda não está disponível, a maioria dos antimicrobianos são de amplo espectro e a microbiota bucal apresenta vários níveis de susceptibilidade podendo levar a um desequilíbrio ecológico. As razões principais residem na natureza multifacetada da cárie e pelo fato dos MOs causadores da doença estarem organizados em biofilmes complexos. O uso, portanto, deve ser limitado e não instituído como rotina. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “CÁRIE DENTÁRIA: CONTEXTO BIOLÓGICO” Profª.: Andréia Saliva: o Fluxo o Imunoglobulinas o Lisosima o Lactoferrim o Peroxidase o Lipídeos o Capacidade Tampão o Conteúdo de Ca, P, F ... Fluido Gengival: o Imunoglobulinas o Complemento o Leucócitos Bactérias: o Estabelecimento da Flora Cariogênica e Não Cariogênica Controle do Biofilme: o Mecânico o Químico o Imunológico Anatomia Local: o Oclusão o Aparelhos o Áreas de Estagnação Estrutura do Dente: o Morfologia o Permeabilidade o Displasias o Conteúdo de F Dieta: o Conteúdo de Carboidratos o Substitutos de Açúcar o Conteúdo de F o Fosfatos e Aditivos o Textura e Adesividade dos Alimentos Cárie Dental Etnia Cultura Nutrição Situação Socioeconômica Idade Saúde Geral Saúde da Família Acesso aos benefícios Cárie Dentária A cárie dentária é resultante da relação do biofilme dental e a superfície do dente, sob influência de múltiplos fatores biológicos que interferem no desenvolvimento das lesões cariosas. Além destes determinantes, tem sido reconhecida a influência dos fatores socioeconômicos e comportamentais sobre o risco de desenvolver a doença. A Cárie Dentária é uma doença infecciosa, crônica e multifatorial que determina a destruição localizada dos tecidos dentais mineralizados. Embora sua progressão seja lenta, raramente é auto limitante, chegando até a destruição total do dente na ausência do tratamento, evidenciando a importância da detecção precoce da presença de sinais clínicos da doença cárie. Modelos Explicativos da Doença Cárie Compreendendo a doença cárie como LOCALIZADA; Compreendendo a doença cárie como MULTIFATORIAL. O QUE UM CLÍNICO GERAL PREISA SABER??? O Quadro Epidemiológico da População que atende; Aplicar métodos diagnósticos adequados; Reconhecer os limites dos métodos diagnósticos; Decidir como intervir para melhorar a saúde bucal do paciente “ A Tarefa principal do Cirurgião Dentista não é descobrir qual a doença do paciente, mas no paciente que possui cárie, doença periodontal e/ou outra Patologia Oral, se ele se beneficiaria do tratamento”. Cárie Dental Organização Espacial SALIVA Fluído produzido pelas glândulas salivares em torno de 0,5 a 1 Litro por dia; Parótida, Sublingual e Submandibular são responsáveis por 90% da produção. Secreção Salivar: Componentes: proteínas de ação enzimática e sais minerais; Secreção Proteica: 1. Secreção Serosa: pouca mucina, rica em alfa- amilase salivar e lípase (Glândulas Parótida e Submandibular) 2. Secreção Mucosa: rica em mucina, função de proteção e lubrificação da mucosa (glândulas sublingual e submandibular) 3. Secreção de Íons Funções: Lubrificação das superfícies dentárias; Efeito Enxaguatório; Solvente para substâncias (diluente); Pequena função digestiva (enzima amilase); Defesa contra MOs virulentos (substâncias antibacterianas de origem salivar); Proteção contra alteração do pH (capacidade tampão); Via de Excreção de substâncias (Ca, P, fluoretos...) A Saliva ajuda a manter o pH na cavidade bucal ao redor de 6,0 e 7,5, com valores mais alcalinos obtidos sob taxas estimuladas. Fluxo Salivar: O crescimento do fluxo salivar aumenta com a idade, atingindo valores de individuo adulto aos 15 – 16 anos, aproximadamente. Fluxo Normal: Saliva não estimulada: 0,3 mL/min Saliva estimulada: 1,5 mL/min Xerostomia: Impressão subjetiva de secura na boca. Por cárie, lesões, inflamações, estomatites... Hipossalivação: Condição objetiva onde a saliva não estimulada é igual ou inferior a 0,1 mL/min, e na saliva estimulada na mastigação é igual ou menor que 0,5 – 0,7 mL/min. Razões mais comuns para fluxo salivar reduzido: o Medicamentos cujo efeito colaterais é o declínio de secreção; o Radioterapia na região de cabeça e pescoço o Doenças autoimunes o Menopausa o Anorexia nervosa, desnutrição, jejum frequente o Diabetes Mellitus (Tipo 1) o Cálculos na glândula salivar CONSUMO DE AÇÚCAR Glândulas salivares estimuladas pelo sabor ou mastigação ↓ Aumento da taxa de fluxo, deglutição, eliminação de parte o açúcar SALIVA Íon Hidrogênio Capacidade Tampão da Saliva Cálcio Fosfato inorgânico Fluoreto Poder iônico Composição Salivar Componentes Orgânicos Proteinas Carboidratos Enzimas Componentes Inorgânicos Sódio Cálcio Cloreto Bicarbonato Fosfato Magnésio Fatores quem influenciam a composição salivar: Principal → Índice de Fluxo ↑ Fluxo ↑ Sódio, Cálcio, Cloreto, Bicarbonato ↓ Fosfato e Magnésio Íons Hidrogênio – pH Secretados através das glândulas na forma de ácidos inorgânicos e orgânicos; Produzidos pela mibrobiota oral Adquiridos pela cavidade oral em bebidas ácidas e alimentos Locais de alta concentração de Hidrogênio: baixo pH Locais de alta concentração de Hidrogênio: alto pH Capacidade Tampão da Saliva Sistema Tampão Fosfato Saliva não estimulada: Diidrogênio fosfato H2PO4 Saliva Estimulada: HPO-4 Sistema Ácido Carbônico / Bicarbonatos → Fluxo Salivar Saliva não estimulada: Concentração fosfato = Concentração Bicarbonato Saliva Estimulada: Saliva estimulado = 90% da capacidade tampão salivar Cálcio: O Cálcio ionizado é o mais importante. É a fração do Cálcio que participa no estabelecimento do equilíbrio entre os Fosfatos de Cálcio do tecido dental e da Saliva Subjacente. O BIOFILME Na boca, o biofilme é composto por microrganismos sobre uma camada de proteínas denominada “película”, que é constituída por glicoproteínas salivares, fosfoproteinas, lipídeos e componentes do fluido gengival. Formação da Película: Os Dentes sempre estão cobertos por um filme proteináceo acelular, esta é a película que se forma na superfície dentária “desnuda” dentrede minutos à horas. O compartimento salivar é separado da superfície dentária por um biofilme fino, livre de bactérias, conhecido como película adquirida. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “ DIAGNÓSTICO DE CÁRIE DENTÁRIA: ASPECCTOS CLINICOS E RADIOGRÁFICOS ” Profª.: Andréia Teste do Diagnóstico para Cárie: SENSIBILIDADE: Expressa a probabilidade do método diagnóstico (O Teste) indicar “Cárie”, quando a mesma estiver mesmo presente. ESPECIFICIDADE: Expressa a probabilidade do teste indicar “Sem Cárie” quando a mesma realmente não estiver presente. Não existe um método fácil ou objetivo para decidir se o diagnóstico de cárie está correto ou não. Diversos fatores determinam a natureza do “este quadro precisa desta intervenção”. Conceitos essencialíssimo de Cárie: Existe uma verdade sobre a cárie interposta ente a causa e os sinais e sintomas. Causas → Processo Carioso → Sinais e sintomas A visão essencialistica faz uma busca pela “verdade” da Cárie. Exame Tátil visual da Cárie: abordagem clínica sistemática. Boa iluminação, com dentes limpos e secos Presença de placa cobrindo uma lesão pode ter valor diagnóstico quando se verifica a atividade da mesma. Uso adequado da sonda: A sonda possui duas finalidades: remover o biofilme e “sentir” a textura da lesão cariosa. Sonda Exploradora: Destruição da Camada Superficial. Com relação à Sonda, conclui-se que: A sondagem em superfícies oclusais produz defeitos traumáticos irreversíveis; O tamanho do defeito traumático está fortemente relacionado com o grau de desmineralização do tecido e não com a pressão da sondagem; A sondagem converte uma mancha branca em uma cavidade que a partir deste ponto torna-se uma lesão irreversível e pode progredir; O defeito traumático torna-se recoberto por placa, podendo assim iniciar a progressão da lesão. Os defeitos produzidos pela sondagem são uma porta de entrada para microrganismos cariogênicos e para os seus produtos metabólicos; Os defeitos produzidos pela sondagem aumentam a velocidade de progressão da cárie dental, impedindo a cicatrização de lesões incipientes. Profundidade média da lesão de fissura: Recursos Adicionais no diagnóstico Tátil-visual da Cárie Transiluminação por fibra óptica Separação Dentária A maior quantidade de poros e água presentes no espaço Inter cristalino de esmalte desmineralizado agem como centros espalhadores de luz, fazendo com que o tecido nessas condições sofra um maior espalhamento e absorção comparado ao tecido sadio. RADIOGRAFIA PARA DIAGNÓSTICO DA CÁRIE Instrumentos: Radiografia Periapical e BiteWing. (Analógica ou Digital) A radiografia para detecção de cárie não deve ser usada de rotina para todos os pacientes. A decisão de se fazer deve ser baseada em fundamentos individuais e haver uma indicação clinica para cada radiografia realizada. Exige uma boa Técnica, para evitar distorções. Vantagens: Superfícies inacessíveis ao exame tátil-visual podem ser estudadas; A profundidade da lesão próxima pode ser verificada e sua relação com a polpa estimada; É um método não invasivo; A radiografia pode ser arquivada e examinada novamente Desvantagens: o Validade do diagnóstico das lesões precoces é muito baixa; o Geralmente subestima a profundidade da lesão; o A interpretação da radiografia está sujeita à variações entre e intra examinadores; o Pelo menos 2 radiografias consecutivas, com projeções similares, são necessárias para verificar a atividade da lesão. O que interfere na formação da imagem radiográfica? o Grau de Desmineralização; o Tamanho da lesão; o Quanto de estrutura sadia poderá se sobrepor à lesão. A Técnica Interproximal para diagnóstico / detecção de cárie é impreciso. Diagnóstico Falso positivo Prescrição de Radiografias: Técnica Interproximal – Pacientes adultos. Devem ser baseadas na verificação individual de risco. O tempo médio de sobrevivência das lesões localizadas no esmalte interno para a dentina externa é acima dos 8 anos, em populações com baixa prevalência de Cárie, Lesões internas ocasionalmente do esmalte não requerem radiografias anuais; Lesões que alcançaram a junção esmalte-dentina (JED): monitorar em intervalos anuais. Diagnóstico Radiográfico: A profundidade da cárie, observada radiograficamente, nem sempre fornece a dimensão exata da lesão; A dentina reacional, esmo estando presente, pode não ser evidenciada; Deve-se considerar também a angulagem adequada, que muitas vezes, induz a erros nesse tipo de análise. Conclusões com relação ao diagnóstico de Cárie: Cáries de cicatrículas e fissuras são de difícil diagnóstico em seus aspectos iniciais; A porcentagem de acertos do exame clínico visual encontrado foi de 56,0% O exame radiográfico apresentou uma proporção de acertos de 30,7% Existe uma grande variabilidade em relação ao diagnóstico de cárie e o plano de tratamento a ser adotado entre dentistas. Boa prática diagnóstica para cárie envolve os seguintes elementos: Seleção de um método visual Cavitada X Não cavitada Ativa x Interrompida Consideração cuidadosa na inclusão de outros métodos diagnósticos – prós e contras – radiografia interproximal ao método tátil-visual; Erros diagnósticos: dúvida, tendenciar sempre para decisões menos invasivas. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “CONTROLE DA CÁRIE DENTÁRIA” Profª.: Andréia A Consulta Inicial O tratamento clínico deveria converter as lesões ativas em inativas ou interrompidas, auxiliando assim na defesa e cicatrização da dentina e polpa antes da restauração ser tentada. A razão mais importante para se fazer uma restauração é o auxilio no controle do biofilme. Razões para recomendação do tratamento restaurador: Integridade do dente é restaurada (após o procedimento); Sensibilidade ao calor, frio e açucares; Polpa corre risco; Função fica impedida; Migração pode ocorrer pela perda de ponto de contato; Estética. Tratamento Operatório no Controle da Cárie: Superfícies Oclusais: lesão oclusal deve ser tratada operatoriamente se houver evidencia de cárie afetando mais do que apenas esmalte e dentina superficial; Depressões e Fissuras: sele; Superfície Lisa: Tratamento restaurador para lesões relativamente avançadas; Superfícies Proximais: Regra das ½ ou dos 1/3 de dentina. Cárie Radicular: pode não ser apropriado – cavitação não constitui critério para restauração. Cárie Recorrente: reparo ou trica da restauração. Remoção da Cárie e o Complexo Dentino-Pulpar. Escavação Progressiva: Exposição geralmente evitada; Reduções substanciais. Reentrada: A profundidade da primeira escavação não é relevante em relação à infecção da dentina amolecida e seca. !!!! Desgaste pequeno a moderado é uma condição normal do envelhecimento do dente. Atrição; Abrasão; Abfração; Corrosão. ATRIÇÃO: Fricção resultante do contato dente a dente. Pode ocorrer em dentes anteriores e posteriores, oriundo principalmente de processos parafuncionais, como o bruxismo. LCNC = LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS Apresentam etiologia multifatorial, sendo desencadeadas principalmente por fatores abrasivos, corrosivos e oclusais. Etiologia multifatorial. o Abrasão: Abrasão dental éo desgaste patológico dos dentes como resultado de processos parafuncionais, hábitos ou por ação de substâncias abrasivas; o Corrosão: Perda progressiva de tecido dental devido a processos químicos que não envolvem ação bacteriana, como os ácidos intrínsecos oriundos do estomago. o Abfração: Perda de estrutura dental na área cervical por forças tensionais e compreensivas secundárias à flexão do dente por excesso de carga oclusal que quando aplicado extrinsecamente ao dente, a tensão concentra no fulcro cervical. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR” Profª.: Dayse Pieroli CIMENTO DE IONOMERO DE VIDRO TIPO I: Cimentação São utilizados para cimentação (maior escoamento); colagem de acessórios ortodônticos. TIPO II: Restauradores Superfícies lisas Cavidades estreitas e profundas na cavidade oclusal Cavidades tipo túnel e slot vertical Selantes invasivos e não invasivos ART – Restaurações atraumáticas Adequação de meio bucal Restaurações provisórias Dentes decíduos TIPO III: Forramento São utilizados para forramento / base de restaurações de amalgama ou resina composta. TRATAMENTO EXPECTANTE Critérios: Ausência de dor espontânea; Dor provocada por estímulos físicos; Idade do paciente. Objetivos: Bloquear agressões à polpa; Interromper o metabolismo das bactérias; Remineralizar a dentina descalcificada; Hipermineralizar a dentina sadia; Estimular a formação de dentina reparadora. Técnica: Remoção da dentina cariada com brocas em baixa rotação e curetas, principalmente nas paredes circundantes; Lavar a cavidade com solução de hidróxido de cálcio; Aplicar camada de cimento de hidróxido de cálcio; Restaurar a cavidade com cimento de ionômero de vidro restaurador; Aguardar 45 a 90 dias; Radiografia periapical (verificar periapice e formação de barreira dentinária mineralizada); Teste de vitalidade pulpar (frio); Dentro da normalidade remove-se o material provisório e o remanescente cariado e faz-se a restauração definitiva indicada. PROTEÇÃO PULPAR DIRETA – EXPOSIÇÃO PULPAR Técnica e Finalidades As proteções diretas caracterizam-se pela aplicação de um agente protetor diretamente sobre o tecido pulpar exposto. A finalidade é manter a vitalidade do dente, e consequentemente promover o restabelecimento da polpa; estimular o desenvolvimento de nova dentina e proteger a polpa de irritações adicionais posteriores. PROTEÇÃO PUPAR Vantagens do cimento de ionômero de vidro fotoativado como base forradora: o Ácido existente, presa rápida, baixa acidez, adesão maior a dentina; o Biocompatível, diminui a infiltração marginal, diminui a sensibilidade pós-operatória; ação microbiana, dentina artificial; CETL próximo ao dente. PROTEÇÃO PULPAR INDIRETA Técnica e Finalidades As proteções pulpares indiretas representam a aplicação de agentes seladores, forradores e/ou bases protetoras nas paredes cavitária. O objetivo é de proteger o complexo dentino/pulpar das diferentes tipos de injúrias; manter a vitalidade pulpar; inibir o processo carioso; reduzir a microinfiltração e estimular a formação de dentina esclerosada, reacional e/ou reparadora. Dentina Jovem, menor mineralizada possui permeabilidade maior, facilitando o acesso a polpa por substancias. Cavidade bastante profunda em pacientes jovens, sem esclerose – não utilizar soluções ácidas e fazer o forramento com CaOH2 + CIV. Avaliar a qualidade da dentina: Dentina menos mineralizada é mais permeável – resposta mais intensa na polpa devido à permeabilidade das substancias químicas; Dentina mais estimulada ocorre deposição de dentina reparadora e reacional (esclerosada). LIMPEZA DA CAVIDADE Os procedimentos para efetuar a limpeza de cavidade tem como função remover os resíduos deixados ou acumulados sobre as paredes e ao mesmo tempo, destruir, inibir e/ou remover as bactérias soltas na cavidade ou infiltradas na dentina. Hidróxido de Cálcio pH Hidróxido de Cálcio: 12,8 Os produtos à base de hidróxido de cálcio são atualmente bastante difundidos e grandemente utilizados, graças à sua comprovada propriedade de estimular a formação de dentina esclerosada, reparadora e proteger a polpa contra os estímulos termoelétricos e a ação dos agentes tóxicos de alguns materiais restauradores. Solução de Ca(OH)2: Esta solução alcalina ou água de hidróxido de cálcio é útil para todos os tipos de cavidades, qualquer que seja a sua profundidade, devendo-se lavá-las com esta solução antes que a proteção pulpar e restauração sejam colocadas. Além da limpeza que proporciona, sua alcalinidade neutraliza a acidez da cavidade, atua como agente bacteriostático estimula a calcificação dentinária e é hemostático nos casos de exposições pulpares. Por outro lado, o hidróxido de cálcio depositado no fundo do recipiente constitui uma ótima pasta para proteções diretas que o profissional poderá utilizar com frequência. PROTEÇÃO PULPAR: Técnicas, de acordo com o material Para Amálgama: Rasa: Usa-se Resina Composta (com Isolamento Absoluto) Média: Limpeza + Cimento de Hidróxido de Cálcio (CaOH2) ou Cimento de Ionômero e Vidro (CIV) Profunda: Limpeza + ... o Com Esclerose: CIV o Sem Esclerose: Ca(OH2) + CIV Para Resina Composta (sempre com Isolamento Absoluto): Rasa: Limpeza + Sistema Adesivo (não requer forradores ou bases protetoras) Média: Limpeza + CIV foto + Sistema Adesivo Profunda ou Bastante Profunda: Limpeza + ... o Com Esclerose: CIV + Sistema Adesivo o Sem Esclerose: Ca(OH2) + CIV + Sistema Adesivo PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ICBS / DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DENTISTICA I 4º PERÍODO – NOTURNO 1º/2017 “RESINA COMPOSTA” Prof: Alberto COMPOSIÇÃO: As resinas compostas atuais são constituídas principalmente de uma matriz orgânica, uma carga inorgânica e um silano como agente de união entre ambas. Monômeros: BisGMA, BisEMA, UDMA (representação ao lado); Diluentes: TEGDMA, MMA, EDMA; Iniciador: Canforquinona/Amina terciária; Inibidor: Hidroquinona; Pigmentos: Óxidos metálicos; Opacificadores: Óxidos de titânio/alumínio; Partículas inorgânicas; Silano: agente de união Quando e como usamos a resina composta na clínica/laboratório? Indicações Restaurações estéticas de todas as classes; Reparo de restaurações (resina, amalgama e cerâmica); Selante de fóssulas e fissuras; Núcleo de preenchimento; Restaurações indiretas (onlay, inlay); Facetas diretas e indiretas. Contraindicações: Dentes antagonistas com restaurações cerâmicas; Extensão da área a ser restaurada maior do que a metade da distância intercuspídea; Envolvimento de uma ou mais cúspides no preparo. Parte inorgânica: É constituída de partículas de carga que são adicionadas na composição da resina para promover uma maior resistência, sendo as mais importantes são: quartzo, silicato de alumínio, vidro de bário. Tipos e as indicações quanto ao tamanho das partículas de resinas Diminui: Volume de componentes resinosos Contração de polimerização Alteração térmica Sorção em água Aumenta: Reforço da matriz – Dureza-Desgaste Radiopacidade Manipulação (consistência de pasta) Tipos de Resina e tamanho da partícula Indicação Clínica Macropartículas 8 a 12µm Dentes anteriores ou com pouca função oclusal. Micropartículas 0,04µm Estética - dentes anteriores. Híbridas 0,6 - 4,0µm Universais - alia estética
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