Buscar

Entenda a evolução dos motores

Prévia do material em texto

Entenda a evolução dos motores
A tecnologia faz os atuais 1.0 renderem tanto quanto os antigos V8; saiba próximas tendências
Há quem diga por aí que “quem gosta de motorzinho é dentista”. Mas, salvo um ou outro caso isolado, na média o tempo fez bem aos motores.Basta olhar pelo retrovisor para ver como a mecânica e a eletrônica avançaram nas últimas décadas. O resultado foi redução da cilindrada e incremento de potência, torque e desempenho.
Atualmente, um pequeno motor de três cilindros como o do Volkswagen Up! rende 82 cavalos. São apenas 2 cv a menos que o V8 que equipava o Simca Chambord no início dos anos 60. Além dos cinco cilindros a mais que o motor do Up!, o propulsor do Simca era um 2.4, ou seja, era 2,4 vezes maior que o do Volkswagen.
O oito-cilindros rendia 84 cv e tinha torque de 16,5 mkgf. Com ele, o carro fazia 0 a 100 km/h em mais de 20 segundos, e não ia muito além de 130 km/h de velocidade máxima. Já o Up! é capaz de ir de 0 a 100 km/h 12,4 segundos, e de alcançar 165 km/h de máxima.
A introdução da injeção eletrônica (o pioneiro no Brasil foi o Gol GTI, no final de 1988) foi um passo importante para o ganho de potência aliado à redução do consumo. Mas foi só o pontapé inicial de uma evolução que não parou mais, e continua em curso.
O comando duplo de válvulas e o cabeçote com 16 válvulas também contribuíram bastante com o incremento de potência, porque, graças a essa tecnologia, aumenta-se a admissão de ar nos cilindros (mais ar, mais potência).
Com a tendência do downsizing, veio a era dos turbos. E voltamos ao exemplo inicial, com o pequeno três-cilindros do Up! Acrescido do turbo, o modelo foi rebatizado de TSI, e a potência do motor 1.0 foi a 105 cv. É bem mais que os 90 cv do Opala Caravan SS de quatro cilindros, que, apesar da cilindrada elevada (2.4), rendia 90 cv, no começo dos anos 70.
Uma das mais recentes novidades em termos de tecnologia para motores de ciclo Otto é a combinação de injeção direta e indireta de combustível, técnica que a Audi vem empregando em alguns motores, caso do 1.8 e 2.0 (no A3). Nele, a injeção indireta funciona em baixas e médias rotações, enquanto a injeção direta entra em operação em regimes elevados.
E onde tudo isso vai parar? Motores a combustão funcionando em harmonia com elétricos. Os puramente elétricos alimentados por baterias ou por células de combustível. E pensar que o motor de seis cilindros do Maverick (que era o mesmo do Itamaraty) tinha 112 cv, no começo dos anos 70!
https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/entenda-a-evolucao-dos-motores/
Acesso: 23/03/2020 – 20:29

Mais conteúdos dessa disciplina