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IC - PANCs Medicinaiis

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
 
Viviane Soares do Carmo de Souza - RA:N308GJ0 
Gabriele da Silva Gouveia Oliveira - RA: N2793G0 
 
 
 
 
 
 
 
 
INICIAÇÃO CIENTÍFICA: 
Levantamento de Plantas Alimentícias não-convencionais 
(PANC) com propriedades medicinais no bairro 
Chácara Santo Antônio-SP e Município de Juquitiba-SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
1 INSTRODUÇÃO 
 
O Brasil possui uma das mais vastas biodiversidade do planeta, contudo, 
as plantas compõem a maior parte da riqueza do país. Sendo assim, muitas 
espécies botânicas permanecem desconhecidas por grande parte da população. 
Dentre toda essa diversidade de plantas, muitas são comestíveis, porém, 
atualmente, apenas 20 espécies vegetais suprem 90% do mercado mundial de 
alimentos, sendo a maioria de Poaceae (arroz, milho, trigo) e Fabaceae (feijão, 
soja, ervilha e grão-de-bico) (PHILIPPI, Dietética: Princípios para o planejamento 
de uma alimentação saudável. 2015). 
Através da estreita relação entre plantas alimentícias e medicinais, 
destacam-se as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), plantas que 
possuem uma ou mais das categorias de uso alimentício, mesmo que não sejam 
comuns ou que não sejam do uso diário de grande maioria da população 
(Kinnup, Plantas alimentícias não convencionais (PANC) no Brasil. São Paulo: 
Plantarum, 2014). Muitas destas plantas foram usadas no decorrer das décadas 
como uma fonte medicinal, seja na forma caseira como chás, pós e tinturas, 
como também transformadas em cápsulas, comprimidos, gotas e pomadas pela 
indústria farmacêutica (LORENZI, Plantas Medicinais no Brasil: nativa e exóticas 
cultivadas 2008). 
No Brasil existem cerca de 3 mil espécies conhecidas como PANC, 
estudos estipulam que cerca de 10% da flora sejam de plantas alimentícias 
Contraditoriamente, de acordo com os dados da Organização das Nações 
Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), estima-se que em todo o planeta 
o número de plantas consumidas pelo homem caiu de 10 mil para 170 nos 
últimos cem anos (KELEN, Plantas alimentícias não convencionais (PANC): 
hortaliças espontâneas e nativas, 2015). 
As PANCs em alguns estudos, são vistas como parte de uma tradição 
antiga e cada vez mais negligenciada, especialmente em povos próximos de 
populações urbanas, assim dificultando a disseminação do conhecimento e a 
tradição, que mesmo antiga, ainda atende as necessidades fundamentais 
humanas. Tradição, esta que pode influenciar no uso medicinal de plantas 
silvestres denominadas como ve (CRUZ, Journal of Ethnobiology and 
Ethnomedicine, 2013). 
No entanto, é preciso entender que o termo PANC tem que ser avaliado 
de acordo com a região e cultura de cada população, visto que, o que pode ser 
considerado PANC na região sudeste do país, pode não ser na região norte, pois 
podem ser plantas presentes na alimentação cotidiana desses indivíduos. 
 Entre as PANC, existe uma parte que é caracterizada como PANC 
medicinal, onde é possível consumir esses alimentos para tratamentos e 
prevenções de doenças.As plantas medicinais são utilizadas pelo homem desde 
o início de sua história e muito antes do surgimento da escrita a humanidade já 
se utilizava ervas para fins medicinais. Já no Brasil, possuem um contexto 
histórico desde a chegada dos europeus no continente, onde se depararam com 
plantas usadas por nativos para uso medicativo. Esses conhecimentos foram 
transmitidos através, principalmente, por bandeirantes de expedições pelo 
interior do país, onde hoje se encontram os sertões. 
Atualmente, as plantas medicinais são consumidas por grande parte da 
população mundial, como um recurso medicinal alternativo para o tratamento de 
diversas enfermidades, uma vez que o tratamento é de fácil acesso e de baixo 
custo financeiro. Além de possuírem um papel muito importante na saúde, por 
meio da fitoterapia. (CARVALHO, 2004). 
Planta Medicinal segundo a ANVISA é toda planta ou partes dela que 
contenham as substâncias ou classes de substâncias responsáveis pela ação 
terapêutica. De acordo com a Organização Mundial de Saúde 80% da população 
mundial faz uso de algum tipo de erva medicinal (OMS, 1979). O uso dessas 
ervas é feito na maioria das vezes por adultos e idosos que buscam 
complementar o tratamento de uma doença crônica e geralmente acreditam que 
as plantas medicinais são uma alternativa isenta de efeitos colaterais adversos 
(BRASIL, Ministério da Saúde. ANVISA. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 4, de 18 
de Junho de 2014.). 
Para manter um controle no uso de plantas medicinais, a OMS 
(Organização Mundial da Saúde), os órgãos responsáveis pela saúde pública de 
cada país, visam a diminuição de indivíduos excluídos dos sistemas 
governamentais de saúde, e recomendam que: a) procedam levantamentos 
regionais das plantas usadas na medicina popular tradicional e que as identifique 
botanicamente; b) recomendem e estimulem o uso de plantas comprovadas por 
sua eficácia e segurança medicinal. 
Além disso, as mudanças econômicas, políticas e sociais que eclodiram 
no mundo influenciaram não só na saúde das pessoas como também nos 
modelos de cuidado de forma integral, colaborando para a criação das políticas 
públicas no âmbito das plantas medicinais e nos avanços na área de registro de 
fitoterápicos, como é o caso da categoria do Produto Tradicional Fitoterápico 
(PTF), que tem como comprovação de segurança e eficácia a demonstração do 
tempo de uso por meio de literatura técnico-científica, baseada no uso 
tradicional. (ETHUR, L. Z. Comércio formal e perfil de consumidores de plantas 
medicinais e fitoterápicos no município de Itaqui - RS. SciELO. Revista Brasileira 
de Plantas Medicinais, 2011). 
Algumas espécies de PANC medicinais têm a capacidade de auxiliar no 
tratamento de problemas renais e reumáticos, como por exemplo, a Echinodorus 
macrophyllus (chapéu-de-couro) que também pode ser antimicrobiana e 
vasodilatadora. A Chamissoa altíssima (erva-das-pombas) possui raízes 
diuréticas, já outras espécies como a Asystasia gangetica (espinafre-indiano) 
ajudam no tratamento de reumatismo, hipertensão, asma e diabetes. 
Apesar de poucos estudos serem conduzidos para avaliar a composição 
nutricional e os efeitos das PANC à saúde humana, as publicações existentes 
evidenciam alto valor nutritivo e ações terapêuticas promissoras. Possuem custo 
baixo para plantio e consumo, além de terem valor nutricional e medicinal 
integrados em sua composição dependendo da espécie. Uma saída para um 
país tão diversificado, porém com pouco reconhecimento de suas próprias 
riquezas. Dentro desta perspectiva, o objetivo do presente estudo será identificar 
e comparar PANC com uso medicinal existentes no bairro Chácara Santo 
Antônio na cidade de São Paulo, e no Município de Juquitiba. 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
No dia 10/03/2020 foram feitas observações pelas ruas do bairro Chácara 
Santo Antônio, um bairro nobre localizado no Distrito de Santo Amaro, na Cidade 
de São Paulo. As ruas visitadas foram: Amaro Guerra, Pedroso de Camargo, 
Rua Pires de Oliveira e Rua da Paz. 
 
 
Figura 1 – Bairro Chácara Santo Antônio – Distrito de Santo Amaro – São 
Paulo. 
Já no dia 15/03/2020 foi feita uma visita na cidade de Juquitiba, localizada 
à 76 km da cidade de São Paulo, onde possui uma grande área preservada de 
vegetação nativa, tais bairros foram visitados: Parque Rio São Lourenço (Rua 
Florentino Antônio de Moraes, às margens do Rio São Lourenço) e Centro de 
Juquitiba (Rua Pedro Soares do Carmo, Rua João Avelino de Moraes, Avenida 
31 de março, Rua dos Esportistas). 
 
 
Figura 2- Ruas do centro de Juquitiba. 
 
 
Figura 3 – Bairro Parque Rio São Lourenço. 
 
O estudo baseou-se na análise de informações referentes às plantas 
alimentícias não convencionais (PANCS) como uso medicinal no Brasil e a 
catalogação das espécies cultivadas ou coletadas nas regiões estabelecidas. 
Foramexcluídos estudos que utilizaram PANCS não medicinais e plantas 
medicinais que não são designadas como PANCS (conforme a tabela a baixo). 
 
Espécie Pág Nome Popular Família Local Encontrado 
 
Amaranthus viridis L. 
50 caruru Amaranthaceae 
R. Pedroso de Camargo- 
Chácara Santo Antônio; 
Av. 31 de Março e R. 
João Avelino de Mores – 
Juquitiba. 
 
Bidens pilosa L. 
174 picão-preto Asteraceae 
R. Píres de Oliveira - 
Chácara Santo Antônio; 
R. dos Esportistas – 
Juquitiba. 
 
 
Eugenia stipitata 
McVaugh 
550 araçá-boi Myrtaceae 
R. Florentino Antônio de 
Moraes – Bairro Parque 
Rio São Lourenço – 
Juquitiba. 
 
Handroanthus 
chrysotrichus (Mart. 
ex DC) Mattos 
234 ipê-amarelo Bignoniaceae 
R. da Paz - Chácara 
Santo Antônio. 
 
Hedychium 
coronarium J. Koenig 
730 lírio-do-brejo Zingiberaceae 
R. Florentino Antônio de 
Moraes – Bairro Parque 
Rio São Lourenço – 
Juquitiba. 
Hibiscus rosa-
sinensis L. 
480 hibiscco Malvaceae 
R. Píres de Oliveira - 
Chácara Santo Antônio; 
R. Pedro Soares do 
Carmo – Juquitiba. 
 
Houttuynia cordata 
Thunb. 
656 planta-peixe Saururaceae 
R. Florentino Antônio de 
Moraes – Bairro Parque 
Rio São Lourenço – 
Juquitiba 
Lactuta canadensis L. 196 almeirão-roxo Asteraceae 
R. Pedro Soares do 
Carmo - Juquitiba. 
Malvaviscus arboreus 
Cav. 
484 malvavisco Malvaceae 
R. Amaro Guerra - 
Chácara Santo Antônio; 
R. Florentino Antônio de 
Moraes – Bairro Parque 
Rio São Lourenço – 
Juquitiba. 
Morus nigra L. 532 amora-preta Moraceae 
R. Florentino Antônio de 
Moraes – Bairro Parque 
Rio São Lourenço– 
Juquitiba. 
Musa X paradisiaca 
L. 
542 banana Musaceae 
R. Florentino Antônio de 
Moraes – Bairro Parque 
Rio São Lourenço – 
Juquitiba. 
Oxalis latifolia Kunth 574 trevinho Oxalidaceae 
R. da Paz; R. Amaro 
Guerra - Chácara Santo 
Antônio; R. Pedro Soares 
do Carmo e Av. 31 de 
Março – Juquitiba. 
 
Porophyllum ruderale 
(Jacq.) Cass. 
202 couvinha Asteraceae 
R. Florentino Antônio de 
Moraes – Bairro Parque 
Rio São Lourenço – 
Juquitiba. 
Phyllostachys edulis 
(Carrière) J. Houz. 
610 bambu Poaceae 
R. Amaro Guerra - 
Chácara Santo Antônio; 
R. Florentino Antônio de 
Moraes – Bairro Parque 
Rio São Lourenço – 
Juquitiba. 
Plantago major L. 606 tanchagem-grande Plantaginaceae 
Av. 31 de Março – 
Juquitiba. 
Plectranthus 
amboinicus (Lour.) 
Spreng. 
448 
hortelã-pimenta, 
malvarisco 
Lamiaceae 
R. Amaro Guerra - 
Chácara Santo Antônio; 
R. Pedro Soares do 
Carmo – Juquitiba. 
Plinia cauliflora 
(Mart.) Kausel 
556 jabuticaba Myrtaceae 
R. Florentino Antônio de 
Moraes – Bairro Parque 
Rio São Lourenço – 
Juquitiba. 
Rumex acetosa L. 614 azedinha Polygonaceae 
R. Florentino Antônio de 
Moraes – Bairro Parque 
Rio São Lourenço – 
Juquitiba. 
Sonchus oleraceus L. 208 serralha Asteraceae 
R. da Paz - Chácara 
Santo Antônio; R. Pedro 
Soares do Carmo – 
Juquitiba. 
Taraxacum officinale 
F.H Wigg 
212 dente-de-leão Asteraceae 
R. Américo Brasiliense - 
Chácara Santo Antônio; 
R.dos Esportistas, Rua 
Pedro Soares do Carmo, 
Av. 31 de Março e R. 
João Avelino de Moraes 
– Juquitiba. 
Xanthosoma taioba 
E.G. Gonç. 
118 taioba Araceae 
R. Florentino Antônio de 
Moraes – Bairro Parque 
Rio São Lourenço – 
Juquitiba. 
 
 
3 RESULTADOS PRÉVIOS 
 
De acordo com artigos relacionados a plantas e suas localidades, zonas 
afastadas do centro urbano tendem a ser ricas áreas naturais contendo plantas 
de valores alimentício em meio à sua vegetação. Já áreas mais urbanas, 
possuem menos vegetação e sua população tende a ter menos conhecimento 
sobre determinado assunto. Espera-se encontrar uma quantidade maior de 
espécies de plantas alimentícias com uso medicinal em áreas afastadas de 
centros urbanos. 
 
4 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
 
 Início das visitações 04/2020 a 04/2021. Os meses selecionados para 
cada local está de acordo com a tabela abaixo: 
Local/Mês Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr 
Juquitiba X X X X X X X X X 
Chácara 
Santo 
Antônio 
 X X X X X X X X X 
 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CRUZ, M. P.; PERONI, N.; ALBUQUERQUE, Journal of Ethnobiology and 
Ethnomedicine, 2013. 
LORENZI, H; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativa e exóticas 
cultivadas. Nova Odessa. Instituto Plantarum. 2008. 
LORENZI, Harri; KINUPP, Valdely Ferreira. Plantas alimentícias não 
convencionais (PANC) no Brasil. São Paulo: Plantarum, 2014. 
COSTA, E.A. Nutrição e Fitoterapia: tratamento alternativo através das plantas. 
Petrópolis, RJ, Editora Vozes, 2012. 
ETHUR, L. Z. Comércio formal e perfil de consumidores de plantas medicinais e 
fitoterápicos no município de Itaqui - RS. SciELO. Revista Brasileira de Plantas 
Medicinais, Botucatu. 2011.

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