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3 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE BRASÍLIA – IFB ENSINO A DISTÂNCIA – EaD CURSO: TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO DISCIPLINA: ANÁLISE DE RISCOS PROFESSOR-APOIO: ROBERTO DA SILVA ATIVIDADE SÍNTESE: ANÁLISE DE RISCOS NO AÇOUGUE DO SUPERMERCADO OBA HORTIFRUTI EQUIPE: ALUNO MATRÍCULA 01 – Dierla Pires Costa 162064180025 02 – Renilson Conceição Custódio 181064180002 03 – Sandra Mirtes Pereira 162064180028 PÓLO/TURMA/TURNO: Taguatinga Centro/ST.TCA.V/Vespertino BRASÍLIA-DF 2018 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................................. 5 2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 7 2.1 Caracterização de um açougue ......................................................... 7 2.2 Principais riscos de um açougue ..................................................... 7 2.3 Principais causas de acidentes no açougue ................................. 13 2.3.1 Risco de acidentes em serra-fita ................................................. 13 2.3.2 PICADORES DE CARNES ............................................................. 13 2.3.3 Objetos Cortantes e perfurantes ................................................. 14 3. RESULTADOS E DISCURSSÃO .......................................................... 16 3.1 Riscos Físicos .................................................................................. 16 3.2 Riscos Químicos .............................................................................. 16 3.3 Riscos Biológicos ............................................................................ 16 3.4 Riscos Ergonômicos ........................................................................ 17 3.5 Riscos de Acidentes ........................................................................ 18 CONCLUSÃO ................................................................................................. 19 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 20 5 INTRODUÇÃO A globalização e a competitividade econômica têm obrigado as empresas a buscarem cada vez mais inovarem estrategicamente para que garantam sua sobrevivência e uma maior visibilidade em seu mercado de atuação, como por exemplo, os frigoríficos e o agronegócio. Dentre essas estratégias destacam-se as ações que visam garantir a saúde e integridade dos trabalhadores em seus postos de trabalhos, sendo este, um fator muito valorizado pelo consumidor e pela sociedade em geral, principalmente pelo mercado internacional que é muito exigente, principalmente os de carnes e seus derivados, assim como o atendimento da legislação trabalhista e das normas regulamentadoras destacando-se a NR-36 que trata sobre segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados. De modo geral, elas têm procurado adotar com maior frequência ações que lhe garantam maior credibilidade perante a comunidade interna e externa, bem como maior competitividade econômica no mercado, sendo para tanto adotadas medidas que contribuam com a segurança e saúde dos trabalhadores e o controle dos riscos ambientais através do sistema de gestão ambiental e certificação ISO 14001. Diante disto, a Segurança e Saúde do Trabalho juntamente com as técnicas de análise de riscos, tem exercido um importante papel na prevenção de acidentes de trabalho, bem como as doenças ocupacionais por meio de ações prevencionistas e as vezes reparadores que visam garantir a saúde e bem estar dos trabalhadores. Por isso, este trabalho fará de forma sucinta uma análise de riscos do açougue de umas das lojas do grupo Organização Brasileira de Alimentos (OBA hortifrúti), localizado na rua 18 Sul, com a avenida das araucárias na cidade de Águas Claras- DF e com aproximadamente 100 funcionários distribuídos em setores distintos dentro do estabelecimento comercial, e que para a nossa análise usaremos especificamente o açougue com 14 trabalhadores que exercem funções de açougueiro e auxiliar de açougue e que trabalham em turnos distintos durante o horário de funcionamento do mercado, uma vez, que o OBA funciona todos os dias das 07:00 às 23:00 horas. Os profissionais do açougue estão expostos riscos físicos (ruídos, diferenças de temperaturas bruscas, corte e esmagamentos), riscos químicos (poeiras e produtos químicos para higienização do local), riscos ergonômicos (levantamento de 6 peso, stress físicos e psicológicos, monotonia, posturas inadequadas, etc...), riscos biológicos (vírus e bactérias) e também os riscos de acidentes (arranjos físicos dispostos de forma errada, falta de dispositivos de segurança nas maquinas do açougue e etc...). Outro cuidado com os profissionais da área está nos uniformes, pois os mesmos podem transportar muitas impurezas para o setor, sendo que se corre um grande risco de contaminar os produtos, sendo assim a maioria das empresas disponibilizam um vestiário, onde o colaborador pode trocar suas roupas, (na entrada do setor e na saída), evitando assim o risco de contaminação dos produtos que são manipulados e oferecidos ao consumidor por parte do trabalhador. 7 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Caracterização de um açougue Entende-se por açougue ou similar, casa de carnes e estabelecimento de comércio varejista de carnes in natura, excluindo os estabelecimentos que produzam carnes temperadas. Para que possamos caracterizar e definir um açougue recorremos DECRETO Nº 2, DE 8 DE JANEIRO DE 2015, do governo do Estado de Santa Catarina que afirma em seu artigo 104 que: Art. 104 - Toda pessoa proprietária de/ou responsável por estabelecimento de armazenamento, fracionamento e venda de carnes e derivados, também chamado de açougue ou similar, inclusive em Supermercados, somente pode fazê-lo funcionar com o Alvará Sanitário obedecido os requisitos da legislação específica. Também podemos afirmar que um açougue é a unidade de um segmento comercial destinada a vender cortes e partes de carne, geralmente suína e bovina. O lugar onde se procede à matança dos animais, que posteriormente se enviam para os açougues ou talhos, onde serão cortados, ou talhados, em partes comercializáveis, são os abatedouros ou matadouros. 2.2 Principais riscos de um açougue Os profissionais do açougue estão expostos a riscos físicos (ruídos, diferenças de temperaturas bruscas, corte e esmagamentos), riscos químicos (poeiras e produtos químicos para higienização do local), riscos ergonômicos (levantamento de peso, stress físicos e psicológicos, monotonia, posturas inadequadas, etc...), riscos biológicos (vírus e bactérias) e também os riscos de acidentes (arranjos físicos dispostos de forma errada, falta de dispositivos de segurança nas maquinas do açougue e etc...). Outro cuidado com os profissionais da área está nos uniformes, pois os mesmos podem transportar muitas impurezas para o setor, sendo que se corre um grande risco de contaminar os produtos, sendo assim a maioria das empresas disponibilizam um vestiário, onde o colaborador pode trocar suas roupas, (na entrada do setor e na saída), evitando assim o risco de contaminação dos produtos que são manipulados e oferecidos ao consumidor por parte do trabalhador. No açougue do OBA hortifrúti encontramos facas superafiadas para o corte e manipulação das carnes e derivados, câmara fria para guarda e conservação das 8 carnes, balcões refrigerados para exposição dos produtos do açougue e tudo isso aliados a outros fatores contribuem em muito para que os profissionais ficam expostos a riscos físicos como mostrados na tabela 1. Avaliação Preliminar de Riscos (APR) Instituição: Organização Brasileira de Alimentos-OBAUnidade: Águas Claras-DF Localização: Rua 18 Sul com Avenida das Araucárias Número de trabalhadores: 14 Data: 07/05/201 8 Hora: 15:30 Avaliadores: Renilson Conceição Custódio/Dierla Pires Costa/Sandra Mirtes Pereira GHE: 1 Funções: Açougueiro e Auxiliar de Açougue Riscos Físicos Risco Causas Consequências Frequên cia Severi dade Grau Ações ( x ) Ruído Serra-fita e Moedor de Carnes Possíveis problemas auditivos D III 4 EPI ou substituição das máquinas de serra-fita e moedor ( ) Vibrações ( ) Radiações ( x ) Frio Câmara Fria Choque Térmico D III 4 EPI e Instalação de antecâmaras ( x ) Calor Assadeiras de frango Choque Térmico D III 4 Instalação de antecâmaras ( ) Umidade ( x ) Outro Materiais perfurantes e cortantes Cortes D III 4 EPI e treinamento para os trabalhadore s Tabela1: Principais riscos físicos encontrados no açougue 9 Eles ficam expostos a riscos químicos como mostrado na tabela 2 Riscos Químicos Risco Causas Consequências Frequência Severidade Grau Ações ( x ) Poeira Pó da rua Problemas Respiratórios D II 3 Limpeza do açougue ( ) Fumo ( ) Névoas ( ) Neblinas ( ) Gases ( ) Vapores ( ) Substâncias ( x ) Produtos químicos Limpeza do açougue Alergias dermatológicas C II 3 EPI ( ) Outro Tabela 2: Principais riscos químicos encontrados no açougue Eles ficam expostos a riscos biológicos como mostrado na tabela 3 Riscos Biológicos Risco Causas Consequências Frequên cia Severi dade Grau Ações ( x ) Vírus Ambiente Fechado Virose C II 3 Limpeza do açougue ( x ) Bactérias Falta de higiene Contaminação cruzada C II 3 Limpeza do açougue ( ) Protozoários ( ) Fungos ( ) Parasitas ( ) Bacilos ( x ) Outro Salmonela Contaminação dos Alimentos C II 3 Higiene correta das mãos Tabela 3: Principais riscos biológicos encontrados no açougue 10 Eles ficam expostos a riscos ergonômicos como mostrado na tabela 4. Riscos Ergonômicos Risco Causas Consequências Frequên cia Severi dade Grau Ações ( x ) Esforço físico Armazena mento das Carnes Cansaço Físico C II 3 EPI ( x ) Levantamen to de Peso Armazena mento das Carnes Cansaço Físico C II 3 EPI ( x ) Transporte de Peso Armazena mento das Carnes Cansaço Físico C II 3 EPI ( x ) Postura inadequada Alturas das mesas de manipulaçã o Dores nas costas C III 4 Ajustes das alturas das mesas de manipulação ( ) Controle rígido de produtivida de ( ) Ritmos Excessivos ( x ) Trabalho em turno ou noturno Turnos diferentes de trabalhador es Cansaço Físico e estresse D III 4 Alteração das cargas- horárias de trabalho ( x ) Jornada de trabalho prolongada Aumento salarial com horas extras Cansaço Físico e estresse D II 3 Pagamento de melhores salários ( x ) Monotonia e repetitividad e Grande produção de um mesmo corte Cansaço Físico e estresse e LER D III 4 Aumento das equipes de manipulação ( x ) Stress psíquico e/ou físico Aumento salarial com horas extras Cansaço Físico e estresse D III 3 Aumento das equipes de trabalhadores Tabela 4: Principais riscos ergonômicos encontrados no açougue 11 Eles ficam expostos a riscos de acidentes como mostrado na tabela 5. Riscos de Acidentes Risco Causas Consequências Frequênc ia Severi dade Grau Ações ( x ) Arranjo Físico Inadequado Arrumação do espaço Físico Acidentes entre os trabalhadores D III 3 Readequaç ão dos espaços físicos ( x ) Equipament os sem proteção Falta do EPIs para alguns trabalhador es Cortes ou Esmagamentos E IV 5 Aquisição dos EPI’s para todos os trabalhador es ( x ) Ferramentas inadequadas ( x ) Ferramentas defeituosas Falta de dispositivos de emergência Cortes ou Esmagamentos D IV 3 Adequação das maquinas com dispositivo s de segurança ( ) Iluminação inadequada; Iluminação Deficiente Cortes e choque entre os trabalhadores D II 3 Rearranjo das luminárias do açougue ( x ) Eletricidade Instalações elétricas precárias Choques elétricos C II 3 Adequação das tomadas e interruptore s ( x ) Incêndio ou Explosão Instalações elétricas precárias Perdas materiais e vidas humanas B II 2 Adequação das tomadas e interruptore s ( ) Animais peçonhentos ( ) Outro Tabela 5: Principais riscos de acidentes encontrados no açougue 12 As figuras 1 a 4 apresentam informações complementares a respeito da frequência, da severidade, do grau de riscos. 13 2.3 Principais causas de acidentes no açougue 2.3.1 Risco de acidentes em serra-fita Sendo a principal causa de graves ou pequenos acidentes no setor, pois a maior parte dos açougues não utiliza a proteção na serra, quando a mesma está sendo utilizada, deixando a serra desprotegida, causando assim um maior número de acidentes, que poderiam ser evitados, somente com uma proteção na mesma, segundo o estudo de caso realizado na empresa. A figura 5 mostra o uso de serra- fita no açougue para o corte de partes que contem osso. Figura 5: Uso da serra-fita para cortar partes que contem osso Fonte: https://i.ytimg.com/vi/G-DXS7Wbuus/maxresdefault.jpg 2.3.2 PICADORES DE CARNES Outra máquina que segundo estudo de caso, causam bastantes acidentes, principalmente nas pontas dos membros superiores, devido à falta de cuidados dos operadores, pois há um acessório, para empurrar os pedaços de carne, mas o operador a dispensa, achando que está ganhando tempo e é onde começa os acidentes. Se tratando deste picador de carnes especificamente, além de lembretes o mesmo tem acessório, que evitam que o trabalhador exponha os seus dedos ou partes deles ao perigo, mas devido à grande resistência dos mesmos em utilizar, os acidentes continuam a ocorrer. A figura 6 e 7 mostram um trabalhador vítima de um acidente de trabalho em um açougue ocasionado pelo picador de carnes. https://i.ytimg.com/vi/G-DXS7Wbuus/maxresdefault.jpg 14 Figura 6: trabalhador vítima de acidente de trabalho em um moedor de carnes Fonte: https://photos1.blogger.com/blogger/275/1738/1600/AT-Moedor.0.jpg Figura 6: trabalhador vítima de acidente de trabalho em um amaciador de carnes Fonte: http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2016/07/funcionario-de-acougue-e- resgatado-apos-prender-mao-em-moedor-no-am.html 2.3.3 Objetos Cortantes e perfurantes Outro fator que contribui para maior incidência de acidentes dentro dos açougues são as facas. As mesmas são afiadas diariamente para que possam ser eficientes na hora que precisar cortar um bife, desossa ou demais tipos de cortes em diferentes tipos de carnes. Todas as facas do setor de açougue são afiadíssimas e é isto que leva a maior parte dos acidentes no setor, pois se não prestar atenção, quando se está fazendo o corte da carne, ao manipular a mesma, por menor que seja a escorregada, sempre estará sujeito a sair ferido do processo, segundo verifiquei em visita técnica aos setores da empresa de estudo. Recomenda-se o uso da luva de aço quando está realizando trabalho que envolvem o manejo de facas, pois a mesma previne as grandes e pequenas escorregadas das facas, não atingindo o profissional que a está utilizando, segundo regras e documentação da empresa. https://photos1.blogger.com/blogger/275/1738/1600/AT-Moedor.0.jpg http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2016/07/funcionario-de-acougue-e-%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20resgatado-apos-prender-mao-em-moedor-no-am.htmlhttp://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2016/07/funcionario-de-acougue-e-%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20resgatado-apos-prender-mao-em-moedor-no-am.html 15 O problema é que na maioria das vezes a luva não está sendo utilizada, ou por negligencia do profissional, ou por negligencia do chefe do setor ou o que é mais grave, não foi disponibilizada pelo empregador. Este tipo de procedimento acontece na maioria das vezes devido à falta de sensibilidade e também desconhecimento com as normas de segurança, pois na maioria das vezes o equipamento de segurança está disponibilizado no setor, mas não é cobrado seu uso, não são feitos treinamentos e também não são realizadas formas de conscientização do trabalhador sobre seu uso e sobre o risco que o mesmo corre, por não estar utilizando o equipamento de segurança, trabalhando de forma irresponsável em seu setor, esquecendo-se que quando houver um acidente, é o trabalhador que mais perde e não a empresa. A figura 7 mostra o trabalhador usando o EPI durante o manuseio das carnes. Figura 7: uso do EPI durante o corte das carnes Fonte: https://www.prometalepis.com.br/blog/49-epis-para-acougue/ 16 3. RESULTADOS E DISCURSSÃO Durante a realização da nossa análise de risco no açougue do supermercado OBA hortifrúti constatamos que os funcionários do grupo homogêneo de exposição 1 que desempenha as funções de açougueiro e auxiliar de açougue estão expostos a vários tipos de riscos em seus postos de trabalho, para tanto detalharemos resumidamente cada um deles em subitens que serão: 3.1 Riscos Físicos Os riscos físicos encontrados pela nossa equipe foram excessos de ruídos causados pela serra-fita e o moedor de carnes, sendo que ambos não possuíam dispositivos de parada de emergência, e que sugerimos como ações para correção ou minimização desses riscos primeiramente a troca das máquinas por não atenderem os requisitos mínimos de segurança para os trabalhadores daquele setor. Também verificamos que que os trabalhadores estão constantemente expostos a variações bruscas de temperaturas devido a refrigeração do local de trabalho, e uma assadeira de carnes (aves, suínas, bovinas e peixes) que liberar bastante calor durante seu uso e que como ação prevencionistas indicamos a instalação de antecâmaras para minimizar essas variações de temperaturas. E importante destacar que infelizmente nem todos os trabalhadores do açougue não possui a luva de malha de aço que é um equipamento de proteção individual de suma importância durante o manuseio de objetos cortantes como facas 3.2 Riscos Químicos Os principais riscos químicos observados por nossa equipe foram pó trazido pela poeira da rua e os produtos químicos que são usados para limpeza do açougue, e que como forma de ação prevencionistas do risco químico indicamos a higienização do açougue e o uso de EPI (luvas), durante o uso de químicos para limpeza do local. 3.3 Riscos Biológicos Os principais riscos biológicos constatados no açougue foram, bactérias e vírus por ser um ambiente fechado e úmido que pode favorecer a multiplicação desses microrganismos, também podem contribuir para contaminação cruzada dos 17 alimentos ocasionado pela falta de higiene dos utensílios usados durante a manipulação das carnes. Há o risco de contaminação dos produtos devido à manipulação constante dos mesmos e a gordura, assim como fluidos que restam do processamento, pois precisa ser preparado para serem expostos no balcão de venda e posteriormente o cliente fazer a escolha do produto mais adequado a sua família e paladar e de sua preferência. Outro problema encontrado fala diretamente as normas de higiene, pois para ter um produto saudável exposto, não basta só controlar a temperatura do ambiente, mas ao manipula-lo também, tem que estar com as mãos protegidas por luvas descartáveis, para que uma mão mal higienizada, não venha contaminar o produto, que está sendo preparado para ser exposto na área de venda. 3.4 Riscos Ergonômicos Um dos principais problemas ergonômicos no setor de açougue é a postura, devido ao trabalho com máquinas, com alturas não reguláveis as mesmas poderão estar em posição inadequada quanto a altura em relação ao tamanho do trabalhador, ficando o operador em postura e posição inadequada e muitas vezes desconfortáveis. A maioria das máquinas são assim, ficando o trabalhador operando as mesmas em uma postura desconfortável por longas horas, durante seu expediente, levando a lesões provocadas pela postura incorreta que poderão dificultar sua qualidade de vida para sempre. Outro problema é com relação a produção, pois o trabalho constate e repetitivo, pode também futuramente causar lesões no trabalhador, dificultando sua mobilidade, não só do corpo no geral, mas também dificuldades nos membros superiores, devido ao constate movimento para executar suas tarefas corretamente e manter as metas de produção no açougue. Nestes locais e com este peso, com a continuidade dos trabalhos poderá originar lesões na coluna, sendo agravado se o mesmo escorregar com este peso e cair de mal jeito, a lesão poderá se estender aos membros inferiores também, causando rupturas, fraturas ou graves lesões internas e externas no trabalhador, podendo assim ir de uma simples queda, um simples acidente ou uma grande tragédia resultando em morte e sofrimento. 18 3.5 Riscos de Acidentes Durante a visita da nossa visita observamos que os trabalhadores estão expostos aos riscos de acidentes, principalmente pelas longas jornadas de trabalho, alguns chegam a trabalhar durante 10 horas diárias, o que contribui para o estresse e fadiga e consequentemente pode contribuir para que ocorra um acidente de trabalho naquele local, por se tratar de um espaço de alto riscos por conter materiais cortantes, que podem comprometer a segurança e saúde do trabalhador. Como ação prevencionistas indicamos que o empregador valorize seus funcionários com salários mais dignos, para que o trabalhador não tenha que se submeter a longas jornadas de trabalho para ganhar um pouco mais devido as horas extras que tem direito. 19 CONCLUSÃO Durante o desenvolvimento da atividade síntese nosso grupo observou o quão é importante a análise de risco, dentro de um estabelecimento comercial independente do ramo de atuação da empresa, pois a análise de risco funciona como uma das ferramentas de segurança e saúde do trabalho, que muito contribuir para as melhorias em segurança do trabalhador de açougues e que infelizmente ainda é muito renegado pelos empregadores. As empresas deveriam motivar os trabalhadores a exercer suas funções com eficiência e produtividade como uma das prioridades da empresa e, para este fim, a saúde e bem-estar dos trabalhadores é o primeiro passo. Logo, à medida que se estabelece o diálogo e participação coletiva, a possibilidade de desenvolvimento integral dos trabalhadores e a redução e controle dos estressores e riscos no ambiente de trabalho garante-se o sucesso da política de Segurança e Saúde do Trabalho na empresa. 20 REFERÊNCIAS Disponível em: https://www.prometalepis.com.br/blog/49-epis-para-acougue/. Acessado em 10 de maio de 2018. Disponível em: /am/amazonas/noticia/2016/07/funcionario-de-acougue-e-resgatado- apos-prender-mao-em-moedor-no-am.html. Acessado em 10 de maio de 2018. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/acougueperigosnoloc aldetrabalho/57157. Acessado em 12 de maio de 2018. Disponível em: https://educalingo.com/pt/dic-pt/acougue. Acessado em 15 de maio de 2018. BARROS, Sergio Silveira. Análise de Riscos. Instituto Federal do Paraná. Curitiba, 2013. Disponível em: http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/phocadownload/Noticias/2015/doe%20n%20 19977.pdf. Acessado em 16 de maio de2018 . https://www.prometalepis.com.br/blog/49-epis-para-acougue/ https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/acougueperigosnolocaldetrabalho/57157 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/acougueperigosnolocaldetrabalho/57157 https://educalingo.com/pt/dic-pt/acougue http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/phocadownload/Noticias/2015/doe%20n%2019977.pdf http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/phocadownload/Noticias/2015/doe%20n%2019977.pdf
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