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Pense e Fique Rico - Napoleon Hill

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Prévia do material em texto

Think and Grow Rich
Traduzido do inglês por
Miguel Moiteiro Marques 
Pense e Fique Rico 
Napoleon Hill
Conteúdos
UMA PALAVRA DO AUTOR :: O SEGREDO DO SUCESSO 7
INTRODUÇÃO :: OS PENSAMENTOS SÃO COISAS 17
CAPÍTULO 1 > O DESEJO 31
CAPÍTULO 2 > A FÉ NAS SUAS CAPACIDADES 45
CAPÍTULO 3 > A AUTO-SUGESTÃO 63
CAPÍTULO 4 > O CONHECIMENTO ESPECIALIZADO 69
CAPÍTULO 5 > A IMAGINAÇÃO 81
CAPÍTULO 6 > O PLANEAMENTO EFICIENTE 93
CAPÍTULO 7 > A DECISÃO 127
CAPÍTULO 8 > A PERSISTÊNCIA 139
CAPÍTULO 9 > O PODER DO MASTER MIND 157
CAPÍTULO 10 > A SEXUALIDADE 167
CAPÍTULO 11 > O SUBCONSCIENTE 181
CAPÍTULO 12 > O CÉREBRO 189
CAPÍTULO 13 > O SEXTO SENTIDO 195
NOTA FINAL :: OS SEIS FANTASMAS DO MEDO 203
17
:: INTRODUÇÃO ::
Os pensamentos são coisas
O homem que “pensou” o seu caminho 
para se tornar sócio de Thomas A. Edison
De facto, “os pensamentos são coisas” e são poderosos quando mistu-
rados com a definição de objectivos, a persistência e o desejo ardente 
da sua concretização em riquezas ou outros bens materiais.
Há alguns anos, Edwin C. Barnes descobriu como é de facto ver-
dade que os homens realmente pensam e ficam ricos. A sua descoberta 
não apareceu de uma assentada. Foi feita a pouco e pouco, começou 
com um desejo ardente de se tornar parceiro de negócios do grande 
Edison.
Uma das principais características do 
desejo de Barnes era ser bem definido. 
Ele queria trabalhar com Edison e não 
trabalhar para ele. Preste muita atenção 
ao modo como ele transformou o desejo em realidade e irá perceber 
melhor os princípios que conduzem à riqueza.
Quando este desejo ou impulso do pensamento surgiu pela pri-
meira vez na sua mente, ele não tinha meios para o pôr em prática. 
Tinha duas dificuldades no seu caminho. Não conhecia Edison e 
não tinha dinheiro suficiente para pagar um bilhete de comboio até 
West Orange, em New Jersey, onde estava localizado o famoso labo-
ratório de Edison.
As dificuldades seriam suficientes para desencorajar a maioria das 
pessoas a tentarem concretizar o seu desejo. Mas este não era um 
desejo qualquer!
Tanto a pobreza 
como a riqueza são fruto 
do pensamento.
18
PENSE E FIQUE RICO
O INVENTOR E O VAGABUNDO
Edwin C. Barnes apresentou-se pessoalmente no laboratório de Edison 
e revelou que vinha para entrar no negócio do inventor. Anos mais 
tarde, ao falar do primeiro encontro que teve com Barnes, Edison 
disse:
“Ele estava diante de mim, com o aspecto de um comum 
vagabundo, mas havia algo na sua expressão facial que me deu 
a impressão de estar determinado a conseguir aquilo 
de que tinha vindo à procura. Eu tinha aprendido, ao longo 
de anos de experiência com os homens, que quando um homem 
deseja realmente uma coisa tão profundamente que está disposto 
a arriscar todo o seu futuro num simples tiro no escuro, 
é garantido que ele vai conseguir alcançar essa coisa. Dei-lhe 
a oportunidade que ele pedia porque percebi que estava decidido 
a ficar até ser bem sucedido. Os acontecimentos subsequentes 
provaram que não foi um erro.”
Não pôde ter sido a aparência do jovem a permitir-lhe o arranque 
no escritório de Edison, pois isso jogava inteiramente contra ele. 
O que pesou foi aquilo que ele pensava.
Barnes não conseguiu tornar-se sócio de Edison logo no primeiro 
encontro. Conseguiu a oportunidade de trabalhar no escritório de 
Edison com um salário muito baixo.
Os meses passaram. Não acontecia nada que aproximasse Barnes 
da meta desejada, que ele tinha estabelecido como o seu mais impor-
tante e categórico objectivo. Mas algo essencial estava a passar-se na 
mente de Barnes. Intensificava constantemente o desejo de se tor-
nar sócio de Edison.
Os psicólogos afirmaram correctamente que “quando uma pessoa 
está verdadeiramente preparada para algo, essa coisa acontece”. Barnes 
estava preparado para uma sociedade com Edison. E estava determi-
nado a manter-se preparado até conseguir aquilo que procurava.
Ele não disse para si próprio: “Ora, para que é que serve isto? Acho 
que vou mudar de ideias e tentar um lugar de vendedor.” Mas disse: 
19
INTRODUÇÃO :: OS PENSAMENTOS SÃO COISAS
“Eu vim para entrar no negócio com Edison e irei alcançar esta meta, 
nem que leve o resto da minha vida.” Estava mesmo decidido a isso! 
Como seria diferente a história contada pelos homens, se ao menos 
tivessem estabelecido um objectivo preciso e mantido esse objectivo 
até ele, com o tempo, se tornar uma completa obsessão.
Talvez o jovem Barnes não o soubesse na altura, mas a sua determi-
nação, tenacidade e a sua persistência em se concentrar num único 
desejo, estavam destinadas a deitar abaixo toda a oposição e a trazer- 
-lhe a oportunidade que ele procurava.
Quando a oportunidade chegou, esta apareceu-lhe de uma forma e 
vinda de uma direcção diferentes daquelas que Barnes tinha esperado. 
Essa é uma das artimanhas da oportunidade. Ela tem o hábito matreiro 
de entrar despercebidamente pela porta das traseiras e, muitas vezes, 
vem disfarçada sob a forma de azar ou derrota temporária. Talvez seja 
por isso que muita gente não consegue reconhecer a oportunidade.
Edison tinha acabado de aperfeiçoar um novo instrumento de escri-
tório, conhecido na altura como “O Dictafone de Edison”. Os seus 
vendedores não estavam entusiasmados com a máquina. Não acredi-
tavam que a conseguissem vender sem grande esforço. Barnes viu a 
sua oportunidade disfarçada sob a forma de uma máquina de aspecto 
estranho, que não interessava a mais ninguém a não ser a Barnes e 
ao seu inventor.
Barnes sabia que conseguiria vender o Dictafone de Edison e disse-o 
a Edison. O inventor decidiu dar-lhe essa oportunidade. E ele conse-
guiu mesmo vender a máquina. De facto, vendeu-a com tanto sucesso 
que Edison ofereceu-lhe um contrato para a distribuir e comerciali-
zar em todo o país. A partir desta sociedade, Barnes tornou-se rico, 
mas fez algo infinitamente maior. Provou que uma pessoa pode real-
mente pensar e ficar rica.
Não tenho forma de saber a quantidade de dinheiro que rendeu 
esse primeiro desejo de Barnes. Talvez lhe tenha trazido dois ou três 
milhões de dólares, mas a quantia, qualquer que ela seja, torna-se 
insignificante se comparada com o maior bem que ele conquistou: o 
conhecimento decisivo de que um impulso intangível do pensamento 
pode ser transformado em recompensas materiais através da aplica-
ção de princípios conhecidos.
20
PENSE E FIQUE RICO
Barnes literalmente pensou nele próprio como sócio do grande 
Edison! Pensou nele próprio rico. E não tinha nada com que come-
çar, excepto saber o que queria e a determinação para se manter firme 
no desejo até o realizar.
A UM METRO DO OURO
Uma das causas mais comuns do falhanço é o hábito de se desistir 
quando se é assaltado por uma derrota temporária. Todas as pessoas 
cometem este erro, num ou noutro momento.
Um tio de R.U. Darby foi apanhado pela “febre do ouro” na época da 
corrida ao ouro e foi para o oeste do Colorado escavar e tornar-se rico. 
Ele nunca ouvira dizer que tinha sido retirado mais ouro das mentes 
dos homens do que da terra. Reclamou os direitos sobre um pedaço 
de terra e pôs-se a trabalhar com uma pá e uma picareta.
Depois de semanas de trabalho, foi recompensado com a descoberta 
de um minério brilhante. Precisava de maquinaria para trazer o miné-
rio à superfície. Discretamente, cobriu a mina e regressou a casa em 
Williamsburg, em Maryland. Contou aos seus familiares e alguns 
vizinhos o seu achado. Em conjunto, juntaram o dinheiro necessá-
rio para a maquinaria e enviaram-na para a mina. R. U. Darby deci-
diu juntar-se ao tio, e regressaram ao trabalho na mina.
O primeiro carro com minério foi carregado e enviado para uma 
fundição. Os resultados provaram que eles tinham uma das mais ricas 
minas do Colorado. Mais alguns carros com aqueleminério chega-
riam para pagar as dívidas. Depois iriam começar os lucros.
As brocas enterraram-se nas profundezas e as esperanças de Darby 
e do tio cresceram. Então, uma coisa aconteceu. O veio de ouro desa-
pareceu! Tinham chegado ao fim do arco-íris e o pote de ouro já lá 
não estava. Continuaram a escavar, a tentar desesperadamente apa-
nhar outra vez o veio de ouro – sem qualquer proveito.
Finalmente, decidiram desistir.
Venderam a maquinaria a um ferro-velho por algumas centenas 
de dólares e apanharam o comboio de regresso a casa. O ferro-velho 
pediu a um engenheiro de minas para dar uma olhadela à mina e 
21
INTRODUÇÃO :: OS PENSAMENTOS SÃO COISAS
fazer alguns cálculos. O engenheiro informou que o projecto tinha 
falhado porque os proprietários não estavam familiarizados com o 
terreno. Os seus cálculos mostraram que o veio poderia ser encon-
trado apenas a um metro do sítio onde os Darby tinham parado de 
escavar. Foi exactamente aí que foi encontrado!
O ferro-velho retirou milhões de dólares da mina porque sabia 
bem que era necessário pedir o conselho de especialistas antes de 
desistir.
Muito mais tarde, Darby refez-se desta perda uma quantidade de 
vezes, quando fez a descoberta de que o desejo pode ser transmutado 
em ouro. A descoberta surgiu depois de ele ter entrado no negócio da 
venda de seguros de vida.
Recordando-se de que tinha perdido uma enorme fortuna por ter 
parado a um metro do ouro, Darby lucrou com esta experiência na 
área de trabalho a que se dedicara. Simplesmente disse para si mesmo: 
“Eu parei a um metro do ouro, mas jamais irei parar só porque os 
homens me dizem não quando lhes ofereço um seguro.”
Darby passou a fazer parte de um restrito grupo de homens que 
venderam anualmente mais de um milhão de dólares em seguros de 
vida. A sua firmeza deveu-se à lição que tinha aprendido com a desis-
tência no negócio da mina de ouro.
Antes do êxito surgir na vida de qualquer pessoa, é garantido que ela 
irá enfrentar bastantes derrotas temporárias e, talvez, algum falhanço. 
Quando a derrota domina uma pessoa, a coisa mais fácil e lógica a 
fazer é desistir. É exactamente isso que a maioria faz.
Mais de cinco centenas dos homens de maior sucesso que este país 
alguma vez teve disseram-me que o seu maior êxito surgiu apenas um 
passo além do ponto em que a derrota os teria assolado. O falhanço é 
um vigarista com um apurado sentido de ironia e de manha. O seu 
maior prazer é passar uma rasteira a alguém quando o êxito está 
quase a ser alcançado.
22
PENSE E FIQUE RICO
UMA LIÇÃO DE CINQUENTA CÊNTIMOS 
SOBRE PERSISTÊNCIA
Pouco tempo depois de Darby ter recebido o seu diploma na “Universidade 
dos Grandes Azares”, testemunhou uma situação que lhe demons-
trou que não nem sempre significa NÃO.
Uma tarde, encontrava-se a ajudar o tio a moer trigo num velho 
moinho. O tio explorava uma grande quinta na qual vivia um grande 
número de rendeiros negros que ficavam com parte das colheitas. 
A porta abriu-se silenciosamente e uma pequena criança negra, a 
filha de um rendeiro, entrou e pôs-se junto à porta.
O tio ergueu os olhos, viu a criança e rosnou-lhe asperamente: 
“O que é que queres?”
Submissa, a criança respondeu: “A minha mamã diz para lhe man-
dares cinquenta cêntimos.”
“Não mando”, o tio retorquiu. “Vai já para casa.”
Mas ela não se mexeu.
O tio prosseguiu com o trabalho sem reparar que ela não se tinha 
ido embora. Quando ergueu os olhos e a viu ainda ali, gritou-lhe: 
“Eu disse-te para ires para casa! Vai já ou dou-te com o chicote.”
Mas ela não arredou pé.
O tio largou uma saca de cereais que estava prestes a despejar no 
funil de carga do moinho e avançou em direcção à criança.
Darby susteve a respiração. Ele sabia que o tio tinha um tempera-
mento feroz.
Quando o tio chegou ao sítio onde a criança permanecia, ela deu 
rapidamente um passo em frente, olhou-o nos olhos e gritou a plenos 
pulmões: “A minha mamã tem de ter os cinquenta cêntimos!”
O tio parou, olhou para ela durante um minuto, meteu a mão ao 
bolso, tirou meio dólar e deu-lhe a moeda.
A criança pegou no dinheiro e lentamente recuou em direcção à 
porta, sem nunca tirar os olhos do homem sobre quem ela tinha aca-
bado de levar a melhor. Depois de ela se ter ido embora, o tio sen-
tou-se numa caixa e ficou mais de dez minutos a olhar para o vazio 
através da janela. Estava a reflectir seriamente sobre a derrota que 
tinha acabado de sofrer.
23
INTRODUÇÃO :: OS PENSAMENTOS SÃO COISAS
Darby também reflectia. Tinha sido a primeira vez em toda a sua 
experiência de vida que tinha visto uma criança dominar delibera-
damente um adulto. Como é que ela o conseguira fazer? O que é que 
acontecera ao seu tio para perder a ferocidade e tornar-se dócil como 
uma ovelha? Que estranho poder esta criança usou que a tornou 
senhora da situação? Estas questões passaram pela mente de Darby, 
mas não encontrou qualquer resposta até anos mais tarde, quando 
me contou esta história.
Estranhamente, esta invulgar experiência foi-me contada no velho 
moinho, no mesmo lugar onde o tio tinha sofrido a sua derrota.
Quando estávamos naquele moinho bafiento, Darby repetiu a his-
tória da invulgar conquista e terminou com a pergunta: “O que é que 
pensa disto? Que estranho poder usou aquela criança para derrotar 
completamente o meu tio?”
A resposta a esta pergunta será encontrada nos princípios descritos 
neste livro. A resposta é completa e detalhada. contém detalhes e ins-
truções suficientes para permitir a qualquer pessoa perceber e usar a 
mesma força que a pequena criança encontrou por acidente.
Mantenha a sua mente alerta e perceberá exactamente que estra-
nho poder veio em auxílio da criança. Poderá ter um vislumbre deste 
poder neste capítulo ou poderá surgir-lhe na mente num capítulo pos-
terior. Se se mantiver alerta, haverá a possibilidade de encontrar algu-
res neste livro a ideia que irá acelerar as suas capacidades receptivas e 
colocar sob o seu comando este poder irresistível. Poderá surgir sob 
a forma de uma ideia simples ou aparecer como um plano completo 
ou um propósito. Poderá até levá-lo a regressar às suas experiências 
passadas de falhanços e derrotas e, dessa forma, trazer à superfície 
algumas lições através das quais poderá recuperar tudo aquilo que 
perdeu com a derrota.
Depois de ter explicado a Darby o poder que a criança utilizou sem 
o saber, ele rapidamente reconstituiu os seus trinta anos de experi-
ência como vendedor de seguros de vida. Ao fazê-lo, tornou-se claro 
para ele que o seu sucesso se devia, em larga medida, à lição apren-
dida com aquela criança.
Darby destacou: “Sempre que um potencial cliente tentava afas-
tar-me sem comprar, eu via aquela criança a manter-se firme no 
24
PENSE E FIQUE RICO
velho moinho, com os grandes olhos a olharem furiosamente em 
desafio, e dizia para mim, ‘Eu tenho de fazer esta venda.’ A maior 
parte das vendas que fiz foram feitas depois de as pessoas terem 
dito não.”
E relembrou também o seu erro por ter parado a apenas um metro 
do ouro. “Mas”, disse ele, “essa experiência foi uma bênção camuflada. 
Ensinou-me a continuar a insistir independentemente das dificuldades 
em seguir em frente, uma lição que precisei de aprender antes de con-
seguir ter êxito em qualquer coisa.”
As experiências de Darby foram comuns e simples, mas continham 
a resposta ao destino da sua vida. Na verdade, elas foram tão impor-
tantes para ele como a própria vida e ele conseguiu lucrar com as 
duas dramáticas experiências porque as analisou e encontrou a lição 
que elas encerravam.
Mas o que acontece se você não vir os acontecimentos da sua vida 
como sendo experiências de significado tão profundo? E o que é que 
acontece ao jovem que ainda não teve o mais pequeno falhanço para 
analisar? Onde e como é que ele irá aprender a arte de converter a 
derrotaem degraus rumo à oportunidade?
Foi por isso exactamente que este livro foi escrito – para respon-
der a estas perguntas.
Para dar a minha resposta elaborei treze princípios. Estes princí-
pios funcionam individualmente ou em conjunto como catalisado-
res. A resposta específica de que você anda à procura pode já estar na 
sua mente. A leitura destes princípios pode ser o catalisador que faz 
com que a sua resposta lhe surja subitamente sob a forma de uma 
ideia, de um plano ou de um objectivo.
Uma ideia sólida é tudo quanto precisa para ter êxito. Estes treze prin-
cípios contêm os melhores e mais eficazes meios de criar ideias.
CONSCIÊNCIA DO ÊXITO
Antes de avançarmos na descrição destes princípios, julgo que tem 
direito a saber o seguinte: quando as riquezas começam a aparecer, 
surgem tão rapidamente e em tão grande abundância que uma pessoa 
25
INTRODUÇÃO :: OS PENSAMENTOS SÃO COISAS
pergunta onde é que elas estiveram escondidas durante todos estes 
anos estéreis.
Esta é uma afirmação espantosa, sobretudo quando tomamos em 
consideração a crença popular de que as riquezas só são alcançadas 
por aqueles que trabalham longa e arduamente.
Quando começar a pensar e a ficar rico, irá observar que as riquezas 
têm início num estado de espírito, na definição precisa de objectivos, 
e com pouco ou nenhum trabalho árduo. O que precisa de saber é 
como chegar a esse estado de espírito que irá atrair as riquezas. Eu 
passei 25 anos a pesquisar a resposta a essa questão porque também 
queria saber “como é que os homens ricos se tornaram ricos”.
Aquilo que irá aprender é que assim que começar a dominar os 
princípios desta filosofia e começar a seguir as instruções para apli-
car esses princípios, verificará que a sua condição financeira começa 
a melhorar. Todas as coisas em que tocar irão transformar-se em van-
tagens para si. Impossível? De modo nenhum!
Uma das principais fraquezas do homem comum é a excessiva fami-
liaridade com a palavra impossível. Conhecemos todas as regras que 
não vão resultar. Sabemos todas as coisas que não podem ser feitas. 
Este livro foi escrito para aqueles que procuram as regras que trou-
xeram o sucesso a outros e que estão dispostos a apostar tudo nes-
sas regras. 
O sucesso é alcançado por aqueles que despertam a consciência 
para o sucesso. O falhanço é para aqueles que se entregam à consci-
ência do falhanço.
O objectivo deste livro é ajudar todos os que procuram o sucesso 
a aprenderem a arte de mudar nas suas mentes a consciência do 
falhanço em consciência do êxito.
Outra fraqueza é o hábito de medir tudo e todos a partir das suas 
próprias impressões e crenças. Algumas pessoas que lerem isto não 
acreditam que podem pensar e ficar ricas porque os seus hábitos de 
pensamento estão mergulhados na pobreza, na miséria, no falhanço 
e na derrota.
Este tipo de pensamento faz-me lembrar a história de um homem 
que veio da China para estudar na Universidade de Chicago. Um dia, o 
reitor Harper encontrou-se com este jovem no campus da universidade 
26
PENSE E FIQUE RICO
e ficou a conversar com ele por alguns minutos. Perguntou-lhe qual 
era a característica que ele tinha achado ser a mais notável do povo 
americano.
“Ora!”, exclamou o estudante, “a estranha forma dos vossos 
olhos.”
É tudo uma questão de perspectiva e de hábito.
O mesmo é verdade em relação à crença naquilo que uma pessoa 
consegue atingir. Se você criou o hábito de ver a vida apenas a partir 
da sua perspectiva pessoal, poderá cometer o erro de acreditar que as 
suas limitações são, de facto, a medida de todas as limitações.
O “IMPOSSÍVEL” MOTOR FORD V-8
Quando Henry Ford decidiu produzir o seu famoso motor V-8, optou 
por construir um motor com os oito cilindros fundidos num só bloco. 
Ford ordenou aos seus engenheiros que produzissem um plano do 
motor. O plano foi posto no papel, mas os engenheiros consideraram 
que seria humanamente impossível fundir numa só peça um bloco 
de motor com oito cilindros.
Ford disse: “Produzam-no de qualquer maneira.” “Mas”, responde-
ram eles, “é impossível!” “Avancem”, ordenou Ford, “e continuem a 
trabalhar até terem sucesso, leve o tempo que levar.”
Os engenheiros avançaram. Passaram-se seis meses e nada acon-
teceu. Mais seis meses e ainda nada tinha acontecido. Os engenhei-
ros tentaram todos os planos concebíveis para cumprirem as ordens, 
mas estas pareciam estar fora de alcance. “Impossível!”
No final do ano, Ford encontrou-se com os engenheiros e mais uma 
vez eles informaram-no de que não tinham encontrado nenhuma 
forma de conseguirem cumprir as suas ordens.
“Avancem”, disse Ford, “Eu quero e vou consegui-lo.”
Eles prosseguiram e então, num golpe de magia, o segredo foi des-
coberto.
A determinação de Ford tinha vencido uma vez mais!
Henry Ford alcançou o sucesso porque percebeu e aplicou os prin-
cípios do sucesso. Um deles é o desejo: saber claramente aquilo que 
27
INTRODUÇÃO :: OS PENSAMENTOS SÃO COISAS
se quer. Lembre-se da história de Ford e distinga as linhas atra-
vés das quais o segredo desta estupenda proeza foi descrito. Se 
conseguir fazê-lo, se conseguir apontar com o dedo o grupo par-
ticular de princípios que tornaram Henry Ford rico, poderá igua-
lá-lo nas suas proezas em quase todos os aspectos para que esti-
ver talhado.
A RAZÃO POR QUE VOCÊ É “O SENHOR 
DO SEU DESTINO”
Quando o famoso poeta inglês William Henley escreveu estas linhas 
proféticas, “Eu sou o senhor do meu destino, sou o comandante da 
minha alma”, deveria ter-nos dito que somos os senhores dos nossos 
destinos, os comandantes das nossas almas porque temos o poder 
de controlar os nossos pensamentos.
Ele deveria ter-nos dito que tal acontece porque, de certo modo, os 
nossos cérebros ficam “magnetizados” com os pensamentos domi-
nantes que mantivermos na nossa mente e é como se as nossas 
mentes magnetizadas atraíssem as forças, as pessoas, e as circuns-
tâncias da vida que estão em sincronia com os nossos pensamen-
tos dominantes.
Ele deveria ter-nos dito que antes de conseguirmos acumular rique-
zas em grande abundância, temos de magnetizar as nossas mentes 
com um desejo intenso de riqueza, temos de nos tornar “conscientes 
do dinheiro” até que o desejo por dinheiro nos conduza a criar pla-
nos precisos para o adquirirmos.
Mas, sendo um poeta, Henley ficou satisfeito em apresentar uma 
grande verdade de forma poética, deixando para aqueles que vie-
ram depois dele a interpretação do significado filosófico daquelas 
linhas.
A pouco e pouco, a verdade revelou-se, até eu ter a certeza de que 
os princípios descritos neste livro contêm o segredo do domínio do 
nosso destino económico.
28
PENSE E FIQUE RICO
PRINCÍPIOS QUE PODEM MUDAR O SEU DESTINO
Estamos prontos para examinar o primeiro destes princípios e, à 
medida que o fizermos, peço-lhe que mantenha uma atitude de mente 
aberta. Lembre-se, à medida que for lendo, que estes princípios não 
são uma invenção minha, nem são uma invenção de qualquer outra 
pessoa. Estes princípios funcionaram literalmente com milhões de 
pessoas. Também você poderá colocá-los em prática em seu próprio 
benefício. Irá achar muito fácil e nada difícil fazê-lo.
Há alguns anos, fiz a palestra de entrega dos diplomas na Universidade 
de Salem, em Salem, na West Virginia. Realcei com tanta veemên-
cia a necessidade de ter um desejo ardente que um dos alunos diplo-
mados ficou completamente convencido e fez disso a pedra basilar 
da sua própria filosofia. Esse jovem tornou-se congressista e um ele-
mento importante da administração de Franklin D. Roosevelt. Ele 
escreveu-me uma carta na qual apresentava tão claramente a sua opi-
nião sobre o princípio do desejo abordado no próximo capítulo, que 
decidi publicá-la como introdução ao próximo capítulo.
Meu caro Napoleon:
Tendo-me dado o meu cargo no Congresso um conhecimento 
profundodos problemas dos homens e das mulheres, venho 
escrever-lhe para oferecer uma sugestão que poderá ser útil a centenas 
de pessoas que a mereçam.
Em 1922, quando fez a palestra da entrega dos diplomas 
na Universidade de Salem, eu era um dos alunos diplomados. 
Nessa palestra, fez brotar na minha mente uma ideia que foi 
responsável pela oportunidade que agora tenho de servir as pessoas 
do meu Estado, e será responsável, em maior medida, por todo 
o sucesso que eu venha a ter no futuro.
Lembro-me, como se fosse ontem, da maravilhosa descrição que fez 
do método com o qual Henry Ford chegou ao topo, mesmo com pouca 
escolaridade, sem um tostão e sem amigos influentes. Decidi nessa 
altura, mesmo antes de ter terminado o discurso, que iria conquistar 
o meu lugar, independentemente das dificuldades que tivesse 
de superar.
29
INTRODUÇÃO :: OS PENSAMENTOS SÃO COISAS
Milhares de jovens irão terminar os seus estudos neste e nos próximos 
anos. Cada um deles estará à procura de uma mensagem prática 
de encorajamento como aquela que recebi de si. Quererão saber 
para onde se hão-de virar, o que fazer, como iniciar a vida. O senhor 
poderá dizer-lhes porque ajudou a resolver os problemas de muita, 
muita gente.
Hoje em dia, há milhares de pessoas na América que gostariam 
de saber como converter as ideias em dinheiro, pessoas que têm 
de começar do zero, sem financiamentos, e precisam de recuperar 
as suas perdas. Se alguém as pode ajudar, é o senhor.
Se publicar o livro, gostaria de ter o primeiro exemplar que for 
impresso, autografado pessoalmente por si.
Com os meus mais sinceros cumprimentos,
JENNINGS RANDOLPH
Desde 1922, vi Jennings Randolph progredir até se ter tornado num 
dos maiores gestores de companhias áreas, num grande e edificante 
orador e senador da West Virginia.
Trinta e cinco anos depois de ter feito aquele discurso, tive o pra-
zer de regressar, em 1957, à Universidade de Salem e fazer o dis-
curso de formatura. Nessa altura, recebi o grau honorário de Doutor 
de Literatura da Universidade de Salem.

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