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Unidade IV DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Profa. Daniela Patto Educação ambiental A educação ambiental tornou-se lei em 27 de abril de 1999. A Lei n° 9.795 (Lei da Educação Ambiental), em seu art. 2° diz: A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. Educação ambiental, propostas: formar agentes multiplicadores da educação socioambiental; envolver os segmentos organizados da sociedade. Educação ambiental Promover a organização social em torno da educação socioambiental. Executar os processos de informação e formação destinados às crianças nas escolas e adultos nas suas atividades diárias. Executar, no espaço socioambiental, as ações sugeridas pelos processos de informação e formação. Construir as interfaces com ONGs, operadores econômicos e iniciativas tendentes a traduzir a educação socioambiental em geração de trabalho e renda, em comoditização, cooperativização e outras práticas de economia e mercado. Educação ambiental Art. 1ª da Lei n° 9.795 de abril de 1999. Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. As normas e legislação ambiental De acordo com a nova compreensão do direito, a Constituição Federal Brasileira de 1988, pela primeira vez, dedica um capítulo constituído de um artigo ao meio ambiente: Art. 225: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. As normas e legislação ambiental Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981 (constituída por 21 artigos): Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Art. 1º – Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art. 235 da Constituição, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e institui o Cadastro de Defesa Ambiental (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990). As normas e legislação ambiental Da política nacional do meio ambiente. Art. 2º – A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: I. ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; As normas e legislação ambiental II. racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; III. planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; IV. proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; V. controle e zoneamento das atividades potenciais ou efetivamente poluidoras; VI. incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VII. acompanhamento do estado da qualidade ambiental; As normas e legislação ambiental VIII. recuperação de áreas degradadas (Regulamento); IX. proteção de áreas ameaçadas de degradação; X. educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente. Art. 3º – Para os fins previstos nesta lei, entende-se por: I. meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; II. degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; As normas e legislação ambiental III. poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; As normas e legislação ambiental IV. poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; V. recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989). Dos objetivos da política nacional do meio ambiente. Art. 4º – A Política Nacional do Meio Ambiente visará: I. à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; As normas e legislação ambiental II. à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos Municípios; III. ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; IV. ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais; As normas e legislação ambiental V. à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; VI. à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; VII. à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. Lei de crimes ambientais (Lei n° 9.605/98) A nova Lei de Crimes Ambientais é constituída por 82 artigos reunidos em VIII capítulos. Alguns artigos ainda estão sendo regulamentados. Para efeito desta publicação, foram considerados somente os itens cuja ocorrência tem sido repetitiva no Estado do Acre, segundo os órgãos de fiscalização e administração, bem como os artigos inovadores, entre eles: o desmatamento não autorizado agora é crime, e o infrator está sujeito a pesadas multas; a definição de responsabilidade da pessoa jurídica, inclusive a penal, permitindo também a responsabilização da pessoa física autora e coautora da infração; Lei de crimes ambientais (Lei n° 9.605/98) a possibilidade de substituição de penas de prisão por penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade; a punição é extinta mediante a apresentação de laudo que comprove a recuperação do dano ambiental; constatada a prática de crime contra o meio ambiente, a aplicação da pena é imediata. A educação ambiental é de fundamental importância para a propagação do conceito de desenvolvimento sustentável e a aplicação prática deste. As normas e legislação ambiental Além da legislação em vigor aprovada para proteger o meio ambiente, outro importante fator que contribuiu no processo de desenvolvimentosustentável e proteção ambiental são as normas e certificados de sistemas de qualidade que foram utilizados em organizações. ISO 14000. ISO 14001. AS 8000. Interatividade A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. Podemos afirmar: I. Deve estar presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. II. Envolve apenas os segmentos organizados da sociedade. III. Busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental. IV. Busca o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Interatividade Assinale a alternativa correta: a) I e II. b) I e III. c) I, II e III. d) I, III e IV. e) I, II, III e IV. Resposta A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. Podemos afirmar: I. Deve estar presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. II. Envolve apenas os segmentos organizados da sociedade. III. Busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental. IV. Busca o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Alternativa : d) I, III e IV. A norma ISO 14000 A série ISO (International Organization for Standardization) é uma série de normas de padrão internacional para sistemas de qualidade. Trata-se de uma certificação almejada por todas as empresas que procuram oferecer qualidade em seus produtos e serviços. Diante da necessidade de se estabelecerem normas acerca da questão ambiental e sua responsabilidade no âmbito empresarial, a International Organization for Standardization desenvolveu uma série de normas que objetivava padronizar os processos empresariais de retirada dos recursos naturais, bem como da punição para aquelas empresas que, por ventura, viessem a causar algum tipo de desequilíbrio ambiental em decorrência de suas atividades. A norma ISO 14000 O que certifica uma empresa como uma instituição de qualidade é que se respeitem as normas que indicam requisitos mínimos de gestão, sobre os quais cada empresa escolhe o nível de qualidade em que deseja se situar. Portanto, além de normas e marcas específicas do setor em que atuam, as empresas podem, também, utilizar as normas e o certificado ISO para melhorar a qualidade de sua gestão e de seus serviços. A norma ISO 14000 A ISO 14000 vem estabelecer quais são as diretrizes para a área da gestão ambiental, no interior das empresas, ou seja, quais são as responsabilidades ambientais que as mesmas precisam assumir para serem consideradas responsáveis socialmente pelo meio ambiente. Como a ISO 14000 determina o sistema de gestão ambiental de uma empresa, ela será perfeitamente capaz de: 1. avaliar quais as consequências que as atividades de determinada empresa podem trazer para o meio ambiente; A norma ISO 14000 2. atender de forma eficaz à demanda gerada pela sociedade, ou seja, aquilo que a sociedade realmente necessita; 3. ser aplicada a toda e qualquer atividade que possa implicar diretamente o meio ambiente; 4. reduzir os custos das empresas em relação aos gastos com prevenção de riscos ambientais; 5. ser aplicada na organização como um todo. A norma ISO 14001 A ISO 14001 é uma norma de sistema que reforça o enfoque no aprimoramento da conservação ambiental pelo uso de um único sistema de gerenciamento, permeando todas as funções da organização, não estabelecendo padrões de desempenho ambientais absolutos, os princípios enunciados possibilitam o estabelecimento de uma visão integrada da gestão ambiental em uma organização. Embora seus enunciados apresentem um caráter amplo, eles possibilitam o embasamento de linhas de ação integradas, as quais levam à operacionalização de um Sistema de Gestão Ambiental. A norma ISO 14001 A norma ISO 14001 não exige que todos os padrões e normas sejam executados rigorosamente. Contudo, as organizações devem manter o foco no gerenciamento ambiental, buscando sempre atender aos requisitos básicos para se manter na norma. Atualmente, as empresas certificadas pela ISO 14001 agregam valores a seus produtos ou serviços. Dessa forma, elas se tornam mais competitivas no mercado, além de contribuir para a preservação do meio ambiente, promovendo o desenvolvimento sustentável com a melhoria contínua da gestão ambiental. Sistema de Gestão Ambiental (SGA) Adaptado de MAIMON (1996); CAJAZEIRA (1997). CAJAZEIRA, M. R. ISO 14001: “Manual de implantação”. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. MAIMON, D. “Passaporte verde gestão ambiental e competitividade”. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1996. SGA Uma pesquisa foi realizada pela Price-Waterhouse com 500 grandes empresas já certificadas pela ISO 9000. Como resultado sobre o interesse pela certificação ambiental ISO 14000 obteve-se: 43,1% das empresas responderam que pretendem obter a certificação ISO 14001; 45,1% das empresas responderam que o assunto estava em estudo; 11,8% das empresas (somente) responderam que não se interessavam pelo assunto. SGA Outra pesquisa foi realizada pelo Sebrae nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, porém em 300 empresas de médio e pequeno porte, constatando dados contraditórios em relação às grandes empresas: 70% das empresas não controlam emissões para a atmosfera; 67% das empresas não têm tratamento de efluentes; 54% não fazem inventário de geração e destinação de resíduos; 76% das empresas não se preocupam com treinamento; 59% das empresas não possuem um responsável por questões ambientais. Realidade brasileira Essa pesquisa reflete a realidade brasileira, de empresas com recursos limitados, que vêem a gestão ambiental como algo caro e não atingível a médio e curto prazo. O que se conclui é que é necessário ter criatividade, pois é possível ganhar dinheiro e proteger o meio ambiente mesmo não estando no mercado verde. Pequenas transformações internas podem beneficiar o meio ambiente e se tornarem uma oportunidade de negócio. Um exemplo típico é a reciclagem de materiais que traz grande economia para as empresas, reuso de água, venda de desenvolvimento de novos processos produtivos, além da preocupação com o novo perfil do consumidor que é consciente da questão ecológica. Certificação ambiental Para alcançar a certificação ambiental, uma empresa deve cumprir três exigências básicas expressas na norma ISO 14001, que é a certificadora da série de normas ISO 14000: possuir um Sistema de Gestão Ambiental implantado; cumprir a legislação ambiental no local de instalação, quando aplicável; ter compromisso com a melhoria contínua do seu desempenho ambiental. Certificação ambiental Para obter a certificação ambiental pela norma ISO 14001, devem ser mostrados os compromissos e os princípios gerenciais da empresa em sua política ambiental. Com a implantação dessa política são definidos os objetivos, as metas da empresa e os procedimentos a serem seguidos por todos os colaboradores. Precisam ser criados procedimentos de controle da documentação e deve ser realizado o treinamento do pessoal. Certificação ambiental Em uma fase seguinte, faz-se um diagnóstico ou pré-auditoria que permite identificar os pontos vulneráveis existentes nos procedimentos ambientais da empresa, visando à sua correção. O próximo passo do processo é a certificação efetiva, na qual a empresa deve contratar uma entidade credenciada para emitir o correspondente certificado de conformidade com a norma ISO 14001. Nesta fase, a empresa se submete a uma auditoria ambiental, e deve comprovar sua conformidade com os padrões de qualidade exigidos pela legislação ambiental e pelos manuais de qualidade instituídos e usados pela própria empresa. Certificaçãoambiental Como a norma requer uma concordância com os requisitos legais aplicáveis, esse é um pré-requisito essencial para certificar uma empresa e essa certificação é restrita a um local físico definido. Com o objetivo de minimizar os impactos causados por suas atividades sobre o meio ambiente, a empresa que busca a certificação pela ISO 14001 compromete-se com a melhoria contínua de suas atividades. Para isso, deverá identificar e aplicar tecnologias adequadas para tratar ou dar o destino adequado a seus resíduos, além de prever que seus produtos ao final de seu ciclo de vida também se tornarão resíduos. Certificação ambiental A ISO 14000 tem como objetivo central um sistema de gestão ambiental que auxilia a empresa a cumprir os compromissos assumidos em benefício do meio ambiente. Como os objetivos decorrentes, as normas criam sistemas de certificação, tanto das empresas como de seus produtos e serviços, que possibilitam distinguir as empresas que atendem à legislação ambiental e cumprem os princípios do desenvolvimento sustentável. Interatividade Sobre a certificação ambiental, podemos afirmar: I. A certificação ambiental é baseada no cumprimento da ISO 14001, exigindo que a empresa tenha bom desempenho ambiental. II. O conceito da melhoria contínua foi inserido nessa norma com o objetivo de estimular a melhoria do sistema de gestão ambiental. III. Existem exigências relacionadas com a segurança do trabalho e a saúde ocupacional de seus colaboradores. Interatividade Assinale a resposta correta: a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) I e II. e) I, II, III. Resposta Sobre a certificação ambiental, podemos afirmar: I. A certificação ambiental é baseada no cumprimento da ISO 14001, exigindo que a empresa tenha bom desempenho ambiental. II. O conceito da melhoria contínua foi inserido nessa norma com o objetivo de estimular a melhoria do sistema de gestão ambiental. III. Existem exigências relacionadas com a segurança do trabalho e a saúde ocupacional de seus colaboradores. Alternativa: d) I e II. Auditoria ambiental Nos últimos anos, as auditorias ambientais passaram a ter um papel importante como instrumento de gestão ambiental. Foi observado que a disponibilidade de tecnologias e o monitoramento dos resultados não eram suficientes para alcançar resultados na área. A concorrência internacional exige maior qualidade dos produtos e adequação às exigências ambientais, levando à implantação das normas ISO 14001 e ISO 19000. Auditoria ambiental Devem ser feitas por profissionais que têm conhecimento do assunto a ser auditado e que não estejam envolvidos na atividade. Podem ter escopo variado, precisando da definição de sua abrangência. Devem participar três pessoas com objetivos bem definidos: cliente, auditado e auditor. As auditorias são programadas. Assim, os auditados são avisados com antecedência do objetivo e do escopo, com data e horário dos trabalhos estabelecidos previamente. A norma SA 8000: o modelo ISO 9000 aplicado à responsabilidade social A SA 8000 foi criada com base nas normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Declaração Universal dos Direitos da Criança da ONU. Uma das vantagens dessa norma é que ela segue o modelo das normas ISO 9000 e ISO 14000, facilitando sua implementação por empresas que já possuem e conhecem o sistema. O principal objetivo da norma SA 8000 é suprir a necessidade de consumidores mais informados e esclarecidos e que se preocupam como os produtos são fabricados e não somente com a qualidade destes. A norma SA 8000: o modelo ISO 9000 aplicado à responsabilidade social Como se trata de uma norma internacional, esta oferece a vantagem de padronização dos termos, além da consistência em processos tais como auditorias, etc. Durante o processo de implementação da norma SA 8000, as organizações devem comprovar que atendem aos requisitos da norma e são submetidas a auditorias por técnicos especializados, normalmente de renomadas entidades independentes. O certificado SA 8000 é concedido apenas para as organizações que cumprem totalmente os requisitos da norma. A norma SA 8000: o modelo ISO 9000 aplicado à responsabilidade social Entre os requisitos de responsabilidade social da norma, temos os seguintes aspectos: trabalho infantil – a empresa não deve se envolver com ou apoiar a utilização de trabalho infantil; trabalho forçado – a empresa não deve se envolver com ou apoiar a utilização de trabalho forçado, nem se deve solicitar dos funcionários fazer “depósitos” ou deixar documentos de identidade quando iniciarem o trabalho com a empresa; segurança e saúde no trabalho – a empresa deve proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável e deve tomar as medidas adequadas para prevenir acidentes e danos à saúde; A norma SA 8000: o modelo ISO 9000 aplicado à responsabilidade social liberdade de associação e direitos coletivos – a empresa deve respeitar o direito de todos os funcionários de formarem e associarem-se a sindicatos de trabalhadores de sua escolha e de negociarem coletivamente; discriminação (sexual, raça, política, nacionalidade, etc.) – a empresa não deve se envolver ou apoiar a discriminação na contratação, remuneração, acesso a treinamento, promoção, encerramento de contrato ou aposentadoria, com base em raça, classe social, nacionalidade, religião, deficiência, sexo, orientação sexual, associação a sindicato ou afiliação política, ou idade; A norma SA 8000: o modelo ISO 9000 aplicado à responsabilidade social práticas disciplinares – a empresa não deve se envolver com ou apoiar a utilização de punição corporal, mental ou coerção física e abuso verbal; remuneração – a empresa deve assegurar que os salários pagos por uma semana padrão de trabalho satisfaçam pelo menos os padrões mínimos da indústria e devem ser suficientes para atender às necessidades básicas dos funcionários e proporcionar alguma renda extra; carga horária de trabalho – a empresa deve cumprir as leis aplicáveis e com os padrões da indústria sobre horário de trabalho. A norma SA 8000: o modelo ISO 9000 aplicado à responsabilidade social As empresas que implantam a SA 8000 demonstram que estão preocupadas com a responsabilidade social em relação aos seus empregados também, seguindo o princípio de praticar dentro de casa o que se quer mostrar para o público de fora da organização, mostrando seriedade. É crescente a preocupação das organizações em demonstrar o seu compromisso social, prova disso é o chamado marketing social que mostra os projetos que a empresa financia ou a qualidade de vida melhorada proporcionada por ela, seja dentro da organização ou na comunidade que a circunda. A norma SA 8000: o modelo ISO 9000 aplicado à responsabilidade social Entretanto, antes de fazer isso, essas empresas devem realizar uma auditoria nos requisitos da SA 8000 para verificar se realmente aplicam esses princípios em relação a seus empregados. A norma especifica requisitos de responsabilidade social para possibilitar a uma empresa: a) desenvolver, manter e executar políticas e procedimentos com o objetivo de gerenciar aqueles temas os quais ela possa controlar ou influenciar; A norma SA 8000: o modelo ISO 9000 aplicado à responsabilidade social b) demonstrar para as partes interessadas que as políticas, procedimentos e práticas estão em conformidade com os requisitos dessa norma. Esses requisitos devem se aplicar universalmente em relação à localização geográfica, setor da indústria e tamanho da empresa. Normas sobre o Sistema de Gestão Ambiental – SGA (ISO 14001, ISO 14004, ISO 14005) As primeiras normas tratam do sistema de gestão ambiental. A ISO 14001é uma especificação para o SGA e foi desenvolvida para utilização na certificação por terceiras partes, embora possa ser também usada internamente para fins de autodeclaração e como cláusula nos contratos da organização. Enquanto a ISO 14004 destina-se ao uso interno da empresa, como suporte para gestão ambiental, e não visa à certificação Normas sobre o Sistema de Gestão Ambiental – SGA (ISO 14001, ISO 14004, ISO 14005) A certificação ambiental é baseada no cumprimento da ISO 14001, mesmo não havendo a exigência de que a empresa já possua o melhor desempenho ambiental possível, nem esteja usando as melhores tecnologias disponíveis. O conceito da melhoria contínua foi inserido nessa norma com o objetivo de estimular a melhoria do sistema de gestão ambiental, depois de assegurar que ele tenha sido implantado plenamente. Ainda que as normas não incluam exigências relacionadas com a segurança do trabalho e a saúde ocupacional de seus colaboradores, nada impede que esses tópicos sejam incorporados ao SGA, antecipando-se à tendência de tratar saúde, segurança e meio ambiente de forma conjunta. Normas sobre as auditorias ambientais – (ISO 14015, ISO 19011) A OHSAS 18001 pode ser adotada para habilitar a empresa à certificação dos três temas abordados. Nesse caso, ao invés de ter uma política ambiental, a empresa passa a possuir uma política de meio ambiente, saúde e segurança. As auditorias ambientais desempenham papel bastante importante no sistema de normas ISO 14000, pois são elas que asseguram a base de credibilidade a todo processo de certificação ambiental, de acordo com a sua concepção. Normas sobre as auditorias ambientais – (ISO 14015, ISO 19011) As auditorias de terceiras partes, visam que uma entidade externa e independente verifique, pela SGA, os compromissos estabelecidos internamente pela empresa e que devem estar escritos em sua política ambiental. A credibilidade é assegurada pelo processo de certificação que inclui um organismo de acreditação, reconhecido internacionalmente, o qual credencia o organismo de certificação (OCC), que por sua vez procede às auditorias nas instalações da organização que pleiteia a certificação ambiental. Normas sobre as auditorias ambientais – (ISO 14015, ISO 19011) Os procedimentos de auditoria para o sistema ISO 14000 (meio ambiente) e ISO 9000 (qualidade) são compatíveis e geraram a norma ISO 19011 – diretrizes para auditoria de Sistemas de Gestão da Qualidade e/ou Ambiental, que substituiu as normas específicas para auditoria ambiental ISO 14010, 14011 e 14012. A ISO 14015 auxilia a empresa a identificar e avaliar os aspectos ambientais e suas consequências nos processos de transferências de propriedades e na definição de responsabilidades e obrigações entre as partes envolvidas. Interatividade Sobre auditoria ambiental, podemos afirmar: I. Auditoria é diferente de fiscalização. II. O mais importante é o cumprimento de padrões específicos, estipulados pela empresa. III. O auditor tem como objetivo identificar a causa do problema. IV. Auditores internos fiscalizam as suas atividades. Assinale a alternativa correta: a) I e II. b) I e IV. c) I, II e III. d) I, III e IV. e) I, II, III e IV. Resposta Sobre auditoria ambiental, podemos afirmar: I. Auditoria é diferente de fiscalização. II. O mais importante é o cumprimento de padrões específicos, estipulados pela empresa. III. O auditor tem como objetivo identificar a causa do problema. IV. Auditores internos fiscalizam as suas atividades. Assinale a alternativa correta: a) I e II. b) I e IV. c) I, II e III. d) I, III e IV. e) I, II, III e IV. As políticas ambientais públicas no Brasil Podemos afirmar que, na década de 30, o poder público brasileiro começou a se preocupar com questões relacionadas ao meio ambiente. Muitas versões são apontadas para explicar esse tardio envolvimento com um assunto tão delicado, porém a que melhor justifica o fato é a que afirma que a abundância de recursos naturais, como água e solo fértil, era tão grande que não se tinha uma noção do quanto já tinha sido explorado. Aliado a isso, tínhamos contra nós, ainda, a exorbitante extensão territorial que dificulta o acesso às áreas já exploradas, bem como os precários instrumentos tecnológicos. As políticas ambientais públicas no Brasil Em 1934, foram promulgados importantes documentos referentes à gestão de recursos naturais, são eles: Código de Caça: dispõe principalmente acerca da proteção à fauna brasileira; Código Florestal: instituiu as florestas brasileiras como sendo bens de interesse comum a todos os habitantes do país; Código de Minas: regulamenta todas as atividades de extração de minerais no Brasil; Código de Águas: regulamenta o uso da água, bem como todo o seu aproveitamento como energia hídrica. As políticas ambientais públicas no Brasil Além de leis de regulamentação do uso de recursos naturais, departamentos nacionais como os de Energia Elétrica e de Recursos Naturais (considerado como o mais importante em termos de políticas públicas para o meio ambiente) foram criados nesse mesmo período. Se, por um lado, o poder público começava a se sensibilizar com as causas ambientais, por outro lado a poluição dos rios e do ar ainda era considerada, pelo próprio governo brasileiro, como sendo produtos naturais e inevitáveis de um país em desenvolvimento, banalizando, assim, toda a problemática já instalada. Esse foi o pensamento até os problemas ambientais se tornarem amplos ao ponto de tomarem dimensões planetárias. As políticas ambientais públicas no Brasil Somente em 1980, o Brasil passa a perceber que os problemas ambientais são interdependentes, e, dessa forma, demandam políticas de solução. Ações isoladas já não eram vistas como eficazes e a legislação federal passa a contemplar problemas específicos, como degradação do solo, preservação de reservas ecológicas e disposição de resíduos sólidos. A seguir, apresentamos alguns exemplos de legislação ambiental específica: As políticas ambientais públicas no Brasil Lei nº 6.803/1980 sobre diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição. Lei nº 6.766/1981 que cria as estações ecológicas. Lei nº 6.902 de 02/07/1981 dispõe sobre a criação de reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental. Em 31 de agosto de 1981, a Lei n° 6.938 estabeleceu a nova Política Nacional do Meio Ambiente, cujas mudanças principais dizem respeito à interação das ações públicas governamentais através de uma abordagem sistêmica. É a primeira lei brasileira que menciona a necessidade de uma qualidade ambiental propícia à vida e ao desenvolvimento socioeconômico. A Constituição Federal de 1988 Essa Constituição representou um imenso avanço em relação às questões ambientais. Ela considerou a conservação do meio ambiente princípio indispensável que deve ser observado em qualquer atividade econômica. Outra novidade apresentada na CF de 1988 foi a incorporação do conceito de desenvolvimento sustentável. A Constituição Federal de 1988 Outras importantes novidades apresentadas são: o estabelecimento do respeito ao meio ambiente; o estabelecimento de um aproveitamento racional dos recursos naturais; a inclusão de sítios arqueológicos como elementos do patrimônio cultural. A Constituição Federal de 1988 dedica um capítulo exclusivamente às questões relacionadas ao meio ambiente, o que confirma a importância do assunto. A economia e o meio ambiente De alguma forma, a economia e o meio ambiente se entrelaçam, tornando-se essenciais à sobrevivência da humanidade. As preocupações com o meio ambiente na atualidade exigem do cidadão maior conscientização e mudança de postura. Nesse novo cenário econômico, a postura dosclientes é caracterizada por uma rigidez e uma expectativa de interagir com empresas que tenham ética, boa imagem institucional no mercado e que sejam ecologicamente responsáveis, preocupadas com a preservação do meio ambiente. A economia e o meio ambiente Devido à globalização da economia e à abertura dos mercados internacionais, o meio ambiente se torna uma preocupação mundial, assim como a busca pelo equilíbrio entre homem e natureza, conciliar o progresso com o respeito ao meio ambiente. “O desafio da economia é alocar recursos escassos de maneira a obter o maior benefício social a partir desses recursos”. Com o surgimento das indústrias e da urbanização, ocorreu um aumento nos níveis de poluição ambiental se comparados com os níveis anteriores à era da industrialização, e os danos causados ao equilíbrio do meio ambiente deixaram de ser controláveis. A economia e o meio ambiente Os problemas só se agravaram com o êxodo rural (migração de pessoas do campo para a cidade) e com a falta de consciência e informação sobre o futuro das próximas gerações e, num primeiro momento, não havia soluções para amenizar o impacto da poluição causada pelo processo de industrialização. As cidades crescem a cada dia; assim como a população, o número de veículos e do uso de recursos naturais acarretam uma degradação do meio ambiente de forma alarmante. Entre os problemas estão a poluição de rios e mares, animais ameaçados de extinção ou extintos, aumento da radiação solar, degradação e perda da qualidade do solo, piora da qualidade de vida e da saúde das pessoas. A economia e o meio ambiente Do ponto de vista econômico, percebe-se que a melhor forma de aperfeiçoar uma economia de mercado é através da competição. Ela proporciona a chance de se achar o que há de melhor no mercado, sendo mão de obra especializada, matéria-prima, tecnologia, etc. Percebe-se que a competição de desenvolvimento não ocorre somente entre empresas, mas também entre países e cidades. É de fundamental importância que se proteja o capital natural existente, que tem diminuído a cada dia, principalmente para que a economia continue crescendo. A economia e o meio ambiente Para isso, deve-se aumentar a eficiência no uso dos recursos naturais, visto que a capacidade humana em recriá-los é limitada e os investimentos nesta não são expressivos. Sob a ótica da sustentabilidade, o mundo ampliou sua análise. Como os recursos naturais estão se esgotando, essa análise é de fundamental importância. Para que uma organização com gestão sustentável seja capaz de prosperar, deverá seguir fielmente os princípios da sustentabilidade econômica, garantindo o mínimo impacto ambiental possível em praticamente todas as etapas de seu processo produtivo: desde a concepção do produto à sua fabricação, e até mesmo no modo como ele será descartado pelo consumidor. Responsabilidade social e a sustentabilidade A preservação ambiental tornou-se uma prioridade no planejamento nacional como fator estratégico por meio de relações sociais. Sendo assim, as sociedades desenvolvem pesquisas e ações no sentido de melhorar e garantir a qualidade de vida da sociedade no futuro. Há que destacar que a preservação do meio ambiente torna-se uma prioridade a ser considerada no planejamento nacional como fator estratégico. O ideal é que a sociedade utilize recursos renováveis de maneira qualitativamente adequada, buscando soluções políticas e economicamente viáveis, respeitando a capacidade de renovação, melhorando a qualidade de vida da população. Responsabilidade social e a sustentabilidade A sustentabilidade ambiental trata das condições sistêmicas em cujos ciclos naturais, num contexto global, as atividades humanas não devem interferir, tendo como base tudo o que a resiliência do planeta permite e, ao mesmo tempo, não devem empobrecer seu capital natural, que será transmitido às gerações futuras. O desenvolvimento sustentável não se refere somente ao meio ambiente, mas também ao fortalecimento de parcerias duráveis, aumentando a credibilidade da empresa ou instituição em relação à sociedade e seus colaboradores, conciliando as dimensões econômicas, sociais e espaciais. Interatividade Sobre o Marketing Ecológico, podemos afirmar: I. Promove o aumento dos lucros das empresas. II. É uma obrigação visto que faz parte da legislação. III. O maior incentivo para o uso do Marketing Ecológico é a redução de impostos. Assinale a resposta correta: a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) I e II. e) I, II, III. Resposta Sobre o Marketing Ecológico, podemos afirmar: I. Promove o aumento dos lucros das empresas. II. É uma obrigação visto que faz parte da legislação. III. O maior incentivo para o uso do Marketing Ecológico é a redução de impostos. Assinale a resposta correta: a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) I e II. e) I, II, III. ATÉ A PRÓXIMA!
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