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Excipientes 1 – Os excipientes são separados por grupos segundo sua função farmacotécnica. Defina os seguintes grupos de excipientes, citando exemplos e tipos de formas farmacêuticas nos quais eles podem ser utilizados. a) Corantes: podem ser inorgânicos ou orgânicos, naturais ou artificiais. São exemplos de corantes inorgânicos: dióxido de titânio e óxidos de ferro. Os corantes naturais são derivados de plantas ou animais. Os corantes artificiais são sintetizados em laboratório b) Aromatizantes (tipos): Podem ser naturais (óleos essenciais extraídos de plantas e sabores naturais de frutas) ou artificiais (álcoois aromáticos, aldeídos, bálsamos, fenóis, terpenos, etc.). O acetato de benzila, por exemplo, é um dos componentes dos medicamentos com sabor artificial de cereja, abricô, pêssego e morango c) Flavorizantes: usados para melhorar o sabor dos medicamentos. Normalmente são segredos industriais, portanto não vêm especificados nas bulas. d) Edulcorantes: mais usados pela indústria farmacêutica são a sacarose (açúcar), seus substitutos artificiais (sacarina sódica, ciclamato de sódio e aspartame) e o sorbitol. A sacarose tem baixo custo, não deixa gosto residual e pode agir como conservante e antioxidante, além de melhorar a viscosidade dos medicamentos líquidos. Suas desvantagens são: a cristalização durante a estocagem do medicamento (o que pode entupir a tampa do frasco) e a restrição ao uso por pacientes diabéticos. e) Agentes emulsificantes: Usado para promover e manter a dispersão de partículas em um veículo no qual elas são imiscíveis. Podendo ter como produto final uma emulsão líquida ou semissólida. (Os Agentes Tensoativos reduzem a tensão superficial das substâncias permitindo a estabilização das emulsões). Exemplo: Álcool cetílico, monoestearato de glicerina, monoleato de sorbitano. f) Agentes suspensores: Usado para suspender as partículas sólidas no veículo, aumentando assim sua viscosidade. Exemplo: Ágar, caulim, metilcelulose, CMC, HMC, goma adragante. g) Umectantes: Deixa úmido, pois retêm água. Serve para evitar o ressecamento de cremes e pomadas. Exemplo: Glicerina, propilenoglicol, sorbitol. h) Agentes levigantes: São agentes facilitadores da pulverização de certo material, pois são colocados juntos a eles em um gral para pulverização (umedece a substancia antes de pulverizar). Exemplo: Glicerina, óleo mineral. i) Agentes alcalinizantes ou acidificantes: São substancias utilizadas para acidificar ou alcalinizar o meio com objetivo de fornecer estabilidade ao fármaco. Exemplo de acidificante: ácido acético, ácido cítrico, ácido fumárico. Exemplo de alcalinizante: Hidroxido de sódio, trietanolamina, dietanolamina. j) Conservantes: São substancias no geral que impedem o crescimento de fungos e bactérias em preparações líquidas e semissólidas. Exemplos de conservantes bacterianos: Cloreto de benzalcônio, timerosal, fenol. k) Agentes quelantes (seqüestrantes): São substâncias que formam complexos estáveis e hidrossolúveis (quelatos) com metais como é o caso do EDTA. Bastante utilizados em preparações líquidas. * EDTA (edetato ou ácido etilenodiamino tetra-acético): Forma complexos estáveis e hidrossolúveis com metais. Se ligam a metais pesados provenientes da dureza da água (Ca++ e Mg++). Exemplo: Acido edético, edetato de dissodico (tipo de EDTA). l) Agentes antioxidantes: Protege o fármaco de oxidação. São substancias, que se oxidam facilmente, oxidando-se primeiro para não oxidar o fármaco. Exemplo de antioxidantes para sistemas aquosos: Sulfito de sódio, metabissulfito de sódio, ácido ascórbico, derivados da cisteína. Exemplos de antioxidantes para sistemas oleosos: Palmitato de ascorbila, BHT, BHA, lectina, vitamina E (alfa-tocoferol), propilgalato. m) Agentes de revestimento (drágeas): consiste na aplicação de um material sobre a superfície externa de uma partícula sólida, conferindo benefícios e propriedades em relação à forma não revestida. Além do controle da liberação de fármacos, há outras vantagens relacionadas a esse procedimento, como melhora da estabilidade de fármacos ao proteger da exposição destrutiva da luz e dos agentes atmosféricos; tornar mais agradável o medicamento quando este for de sabor ou odor desagradável; obter perfis de liberação modificados, como o revestimento entérico, e proporcionar qualidades estéticas e diferenciadas ao produto.