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1.1 JUSTIFICATIVA É importante criar um espaço escolar para estimular a capacidade de aprender a gostar da matemática, com diversas maneiras através de brincadeiras, jogos. Para poder pensar e refletir. Nesta perspectiva é de fundamental importância o desenvolvimento desta pesquisa no sentido de conhecer as razões pelas quais levam as crianças a não gostarem de matemática. 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA Quando a criança nasce, ela passa por várias fases de sua vida. Nestas fases de desenvolvimento são abordados quatro aspectos: O primeiro fala do aspecto físico-motor, que tem a capacidade de manipular os objetivos por conseguir coordenar os movimentos das mãos; O segundo fala do intelectual, de ter a capacidade de saber pensar e raciocinar por conseguir procurar algo que chegue ao resultado esperado; O terceiro fala do afetivo- emocional, por sentir saudade; O quarto, pelo social que a criança tem que deparar com as outras crianças para socializar, harmonizar, brincar. Como as crianças aprendem matemática em sua fase de desenvolvimento? Quando a criança está na escola, dentro da sala de aula, ela pode aprender matemática brincando, as cadeiras, as mesas etc. têm que estarem ao seu alcance, para se sentir confortável, pois a criança deve estar num ambiente de harmonia e muito amor, para que venham a ter uma aprendizagem significativa através de materiais lúdicos, como jogos matemáticos para faixa etária da criança, no dia a dia, ela envolve com as brincadeiras, objetivando o seu desenvolvimento intelectual e cognitivo. Cada criança tem seu tempo de aprendizagem, respeitado os limites de cada uma, não forçando, aonde cada criança vai descobrindo um novo mundo, o mundo dos números, do raciocínio lógico. Exercitando a criança a pensar, raciocinar, esperar a sua vez, respeitando a opinião do colega, trocar ideias, perceber algo, pois assim ensinam a sabedoria. 1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA A realidade do ensino da matemática nos leva a questionar: Por que tantas pessoas não gostam de matemática? Matemática é mesmo este bicho de sete cabeças que as pessoas tanto falam? Porque crianças não são incentivadas de pequenas a gostarem da matemática? Os professores da educação infantil são preparados para ensinar matemática de uma forma clara e objetiva focando no cotidiano destas crianças e levando para a realidade que a criança viver? Como os professores das séries iniciais podem contribuir para que as crianças gostem da matemática? 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 OBJETIVO GERAL Conhecer o significado da matemática na educação infantil. 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Investigar como a matemática está inserida em tudo e como é importante para a vida do aluno; Conhecer propostas para que as crianças gostem de aprender matemática. 2. METODOLOGIA Esta pesquisa desenvolveu-se a partir da pesquisa bibliográfica e de uma pesquisa de campo, utilizando o método do estudo de caso com 04 professoras das áreas da Educação Infantil (CMEI): 02 escolas Públicas da serra e 01 Particular de Cariacica. 2.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Essa pesquisa é classificada como exploratória por ter como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito ou até mesmo construir hipóteses. A pesquisa tem como objetivo principal o aprimoramento de ideias, descoberta de intuições. (Selltiz et al.,1967,p63). E também descritiva por te como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, o estabelecimento de relações entre variáveis. 2.2 TÉCNICAS PARA COLETAS DOS DADOS Utilizamos como coleta o questionário através de 7 questões abertas. 2.3 FONTES PARA COLETA DE DADOS Duas Professoras de escolas da rede pública da Serra. E uma professora de uma escola particular do Município de Cariacica. 2.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS Os dados foram mensurados e agrupados a partir dos blocos de análise e analisados e interpretados a partir das teorias cientificas que abordam o tema. 3. REFERENCIAL TÉORICO CAP. I: AS FASES DE DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Segundo Piaget (apud BOCK, PURTADO, TEIXEIRA, 2002, p.101), “cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer nessa faixa etária”. Segundo os autores, o desenvolvimento humano deve ser entendido como uma globalidade, mas, para efeito de estudo, tem sido abordado a partir de quatro aspectos, são eles: Primeiro aspecto, físico-motor que se refere ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, com a capacidade de manipular os objetos e de exercício do próprio corpo. Exemplificando: a criança leva a chupeta á boca, consegue tomar a mamadeira sozinha, isto quando aproxima aos sete meses, porque já coordena os movimentos das mãos; Segundo aspecto, intelectual refere quando a criança já tem a capacidade de pensar e raciocinar. Por exemplo: quando a criança de 02 anos usa um cabo de vassoura para puxar um brinquedo que está debaixo de uma poltrona ou o jovem que planeja seus gastos a partir de sua mesada ou salário; Terceiro aspecto, afetivo-emocional refere ao modo particular da criança integrar as suas experiências. Que é o sentimento. A sexualidade faz parte desse aspecto. Exemplo: quando sentimos vergonha de alguém que nos chamou a atenção, a alegria de rever um amigo de quem se gosta muito; Quarto aspecto, social refere á reação da criança diante das outras, quando se envolve na brincadeira ou não. Por exemplo, criança reunida no pátio será possível observar as que brincam em grupo e outras que brincam sozinhas. Este autor divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento que interfere no desenvolvimento global: 1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos) 2º Período: Pré-operatório (2 a 7 anos) 3º Período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) 4º Período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante) A criança tem seu tempo de aprendizagem, em cada fase de desenvolvimento, tem seu período. O professor deve acompanhar o desenvolvimento e o crescimento das crianças nessas etapas, principalmente quando elas estão na educação infantil, onde elas estão adquirindo o saber. 1.1 PERÍODO SENSO-MOTOR: A criança neste período conquista todo o universo que a cerca, através da percepção e dos movimentos, que é o recém-nascido e o lactente, compreendendo o período de 0 a 2 anos. Para os autores: No final do período, a criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um objeto. Por exemplo, descobre que, se puxar a toalha, a lata de bolacha ficará mais perto dela. Neste caso, ela utiliza a inteligência prática ou sensório-motor, que envolve as percepções e os movimentos. (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA, 2002, p.101). Neste período a criança está descobrindo as percepções dos seus movimentos e da sua inteligência, e com isso usa a seu favor, para atrair algo do seu interesse. 1.2. PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO: Neste período, o aparecimento da linguagem, fato mais importante, acarretará as modificações nos aspectos intelectual, afetivo e social da criança, estará entre a primeira infância, ou seja, de 2 a 7 anos. A maturação neurofisiológica está completa com novas habilidades, desenvolvendo a coordenação motora fina, pegando o lápis de cor para desenhar e escrever. Na visão dos autores: Com o domínio ampliado do mundo, seu interesse pelas diferentes atividades e objetos se multiplica, diferencia e regulariza, isto é, torna-se estável, sendo que, a partir desse interesse, surge uma escala de valores própria da criança. E a criança passa a avaliar suas próprias ações a partir dessa escala. (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA, 2002, p.103). A criança passa a ter mais conhecimento,gosta de diferentes atividades, passa a questionar mais sobre as coisas do mundo. 1.3. PERÍODO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS: Este período, da infância propriamente dita, compreendida pelo período de 7 a 11 ou 12 anos, é marcado pela capacidade de a criança estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes, podendo coordená-los e integrá-los de modo lógico e coerente. No plano afetivo, a criança é capaz de cooperar com os outros colegas, de trabalhar em grupo e resolver as coisas individualmente. Já no intelectual, a criança consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para um fim e refazê-la, caso descubra um erro, por exemplo, em um jogo de quebra-cabeças. Para BOCK, FURTADO, TEIXEIRA: A cooperação é uma capacidade que vai se desenvolvendo ao longo deste período e será um facilitador do trabalho em grupo, que se torna cada vez mais absorvente para a criança. Elas passam a elaborar formas próprias de organização grupal, em que as regras e normas são concebidas como válidas e verdadeiras, desde que todos as adotem e sejam a expressão de uma vontade de todos. Portanto, novas regras podem surgir, a partir da necessidade e de um “contrato” entre as crianças. (2002, p.104). Nesta fase, o professor tem a facilidade de trabalhar em grupo aproveitando mais para introduzir a matemática usando o concreto, pois estas crianças já estão adaptadas com as brincadeiras em grupos. 1.4. PERÍODO DAS OPERAÇÕES FORMAIS: Neste período, da adolescência, ou seja, dos 11 ou 12 anos em diante, o adolescente é capaz de lidar com conceitos como liberdade, justiça, etc. Domina progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar. Ele cria teorias sobre o mundo e é capaz de tirar conclusões de puras hipóteses. O livre exercício da reflexão permite ao adolescente, inicialmente, “submeter” o mundo real aos sistemas e teorias que o seu pensamento é capaz de criar. Isto vai se atenuando de forma crescente, através da reconciliação do pensamento com a realidade, até ficar claro que a função da reflexão não é contradizer, mas se adiantar e interpretar a experiência. (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA, 2002). CAP. II. NOVAS VISÕES SOBRE O DESENVOLVIMENTO DAS INTELIGÊNCIAS Segundo Gardner (apud ASSMANN, 1998, p. 116), apresenta sete inteligências ou áreas de potencial intelectual, de uma noção de inteligência genérica. Distinguindo as sete maneiras de inteligência possíveis, são elas: - a verbal-linguística, a musical- rítmica, a lógico-matemática, a visual-espacial, a corporal-cinestésica, a interpessoal e a intrapessoal. Agora explicando um de cada vez: 1. A verbal-linguística, relaciona com a verbalização escrita ou falada, dominante nos sistemas educacionais do Ocidente que fica localizado no lóbulo temporal esquerdo; 2. A musical-rítmica, baseando no reconhecimento de padrões tonais, sons e a sensibilidade para ritmos, batidas, etc., que fica localizado no hemisfério direito; 3. A lógico-matemática, pode se dizer “pensamento científico”, que relaciona com o raciocínio indutivo e dedutivo, números e reconhecimento de padrões abstratos que se localiza bastante difusa, mas constituindo um “espaço autônomo” de pré-disposições para um determinado entrelaçamento neuronal que também disso algo há em Piaget; 4. A visual-espacial, com a tendência de visualizar tudo sob a forma de “objetos” e criar “representações” e “imagens” mentais que localizam no sistema óptico- neural e hemisfério esquerdo; 5. A corporal-cinestésica, que se referi ao movimento físico e o conhecimento do corpo, incluindo o córtex cerebral motórico, suposto centro de controle do movimento corporal que localizam no cerebelo, “córtex motórico” e hemisfério esquerdo; 6. A interpessoal, ao relacionamento pessoa-a-pessoa e à comunicação que localiza nos lóbulos frontais; 7. A intrapessoal, aos “estados internos”, a auto-reflexão, a metacognição que quer dizer o pensar sobre o pensar e a consciência do “situar-se” no tempo e no espaço que localizam nos lóbulos frontais e hemisfério direito. O autor Howard Gardner, reaprecia a sua própria teoria, que vale a pena sintetizar algumas críticas que é o seu forte de se preocupar com o direito dos alunos de ver valorizando a sua forma pessoal de aprender e é neste sentido que ele faz a proposta de uma “pedagogia centrada no compreender”. O que não se compreende, não se aprende para valer e durar. Ou seja, preocupar-se com diversificar as “confluências possíveis” dos modos e formas de conhecer, e não impor um único modelo de conhecimento. No livro, o autor GARDNER (apud ASSMANN, Hugo. 1998, p. 119, 120) têm um trecho esclarecedor intitulado “As sete inteligências”, diz o seguinte: Há, contudo, outros aspectos recorrentes nas mais recentes pesquisas cognitivas, ou seja, que os estudantes possuem em larga medida tipos de mente diferentes e que, por isso, aprendem, lembram, executam e compreendem as coisas de maneiras diferentes. Uma coisa que está amplamente documentada é o fato de que, enquanto a aproximação de alguns à aprendizagem é primariamente lingüística, a de outros privilegia um percurso espacial e quantitativo. Por conseguinte, alguns estudantes se desempenham melhor quando se lhes pede para manipular símbolos (lógico- matemáticos) de diversos tipos, enquanto outros conseguem exprimir melhor a própria compreensão das coisas ou interações com outros indivíduos. Cada estudante é individual, todos têm um estilo diferente de aprender, de lembrar, de executar e de compreender a disciplina. Alguns têm mais facilidade de aprender e outros têm mais dificuldade, ou melhor, enquanto uns aprendem rápido, num instante, outros aprendem devagar, são lentos, mas aprendem. E o professor tem que estar atento a estes detalhes, estimulando um tempo correto. Sabendo organizar de uma maneira adequada, não saindo do seu contexto. Assim o professor pode acompanhar o raciocínio dos seus alunos. CAP. III. A IMPORTÂNCIA DOS ESTÍMULOS DADOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA A APRENDIZAGEM MATEMÁTICA Na escola, durante os dias letivos, é importante que o professor em primeiro lugar goste de ler e conhecer bem a história que irá trabalhar com as crianças, visualizando as gravuras, e que nestas gravuras as crianças possam entrar na história com sua própria imaginação e explorando bem cada tema, e também para que possa elaborar atividades que sejam adequadas a sua faixa etária. E é muito importante também em segundo lugar, que as crianças conheçam a história e se interessem por ela. Pois as crianças precisam ter direito a recreação, deixando fluir a imaginação, vendo no livro as gravuras que irão despertar a criação de uma nova história. Para isso o professor deve deixar que as crianças folheiem os livros para buscar idéias e trocando os livros com os coleguinhas, só assim acontece os interesses que incentivam no conhecimento de aprendizagem de cada um. Como diz GÓES, 1998: Há três aspectos inerentes à literatura infantil: educar, instruir e distrair; sendo que o mais importante é o terceiro. Para a autora o prazer deve envolver tudo e mais, se não houver arte que produza o prazer, a obra não será literária e sim didática. (1998, p. 24). Com vários livros infantis os professores podem estimular, provocando os pensamentos matemáticos, fazendo perguntas durante a leitura, e ao mesmo tempo mostrando as gravuras, envolvendo elas com as histórias e cada leitura da gravura, virando a página seguinte. Assim a literatura pode ser usada como um estímulo para ouvir, ler, pensar e escrever sobre matemática. Então desta maneira os professores poderão sentir, presenciar, ouvir e vê o desenvolvimento de cada criança. Os professores da Educação Infantil, geralmente se preocupamem passar, ou melhor, em ensinar aos seus alunos as noções numéricas, como reconhecimento de algarismos, nome de numerais, domínio da seqüência numérica e nomes de algumas figuras geométricas. Não há problema em ensinar aquilo que é produto sócio-cultural, no entanto, é preciso repensar como esse ensino é realizado, se ela valoriza ou não a infância. Fazendo perguntas nos espaços dos recipientes: Quais recipientes que cabem mais? , quantas peças cabem? E mostrando, fazendo junto com as crianças para visualizar. E com várias formas de recipientes. Assim as crianças começam a raciocinar, tendo noção das coisas, percebendo o mundo ao seu redor. No livro da autora Kátia Smole diz o seguinte: O professor pode criar situações na sala de aula que encorajem os alunos a compreenderem e se familiarizarem mais com a linguagem matemática, estabelecendo ligações cognitivas entre a linguagem materna, conceitos da vida real e a linguagem matemática formal, dando oportunidades para eles escreverem e falarem sobre o vocabulário matemático, além de desenvolverem habilidades de formulação e resolução de problemas, enquanto desenvolvem noções e conceitos matemáticos. (apud, SMOLE, 2000, p. 69) Desenvolver integralmente a criança a partir de situações típicas de sua infância, como por exemplo: jogar e brincar em um espaço reservado, pensado e organizado para tal objetivo, para que ela contemple o seu próprio caráter espontâneo das atividades infantis, é um dos grandes desafios que a Educação Infantil enfrenta. Pensar a matemática, no contexto da Educação Infantil, é evidenciar somente um dos saberes necessários para a criança se apropriar da cultura a que ela convive diariamente. O desafio nesse caso é possibilitar que ela construa as noções e conceitos matemáticos de uma maneira livre, a partir daquilo que ela faz no seu cotidiano. Segundo AZEVEDO (2007), o educador poderá utilizar o local onde estuda, do pátio da creche para exercitar o espírito de observação das crianças com a relação ás formas geométricas. Pedir que as crianças observassem a sala de aula e desenham as formas geométricas que vêem o mesmo para o pátio, os corredores e até a moradia. As aprendizagens geométricos, trabalhados de forma interdisciplinar com as demais ciências, que poderão desenvolver na criança o sentido espacial. Esse sentido de espaço espacial contribuirá para que a criança possa escrever, desenhar e interpretar organizadamente o ao seu ambiente. E que possibilita na criança identificar-se no espaço e os objetos presentes em sua vida. A autora estabelece que: As crianças estão naturalmente envolvidas em tarefas de exploração do espaço e se beneficiam matemática e psicologicamente de atividades de manipular objetos desse espaço no qual vivem, pois, enquanto se movem sobre ele e interagem com objetos nele contidos, adquirem muitas noções intuitivas que constituirão as bases da sua competência espacial. (apud, SMOLE, 2000, p. 105) É preciso que a criança comece a aprender e desenvolva sua “visão geométrica” para que possa perceber as semelhanças e diferenças dos objetos, das construções que confeccionou e das figuras que compõem esse ambiente. Para isso, possa aperfeiçoar e usando as percepções ao seu redor: A direção e sentido – para frente, para trás, a direita de, a esquerda de, em sentido contrário, no mesmo sentido, etc. Tamanho – maior, menor, curto, longo, alto, baixo, largo, estreito, etc. Formas – triangulares, quadradas, retangulares, circulares, etc. Para os autores: Ao aprender essas indicações com segurança, as crianças terão uma ferramenta que ajudarão na leitura e interpretação de mapas, do globo terrestre, do pátio da creche, de plantas de casas, de desenhos, de gravuras e outros. (apud, SILVA, LOURENÇO, CÔGO, 2004, p. 54 – 55). Oferecer aos alunos, pré-requisitos para então prepará-los para as séries iniciais do Ensino Fundamental, é importante para os professores. Podem-se pontuar esses pré-requisitos como: desenvolver a noção de números, classificar e seqüenciar, raciocínio lógico e noções de seriar. Para a criança construir sua autonomia, os orientadores destacam a importância do ensino da matemática. Mesmo assim, ainda existem professores que não tem essa visão especial para a matemática. Ter consciência de que o caráter humanizado da matemática pode refletir na vida da criança, incentiva os professores a desenvolverem capacidade de projetar, de criar e de avaliar os resultados das ações que realizam. O primeiro nível do aprendizado da matemática é reconhecer as formas geométricas: triangulo círculo, quadrado, retângulo; pois é nesse nível que a ela percebe as formas como parte indivisível. É com relação às formas que a criança discrimina formas bem mais cedo. O pensamento geométrico surge inicialmente pela visualização, ou seja, a criança conhece o espaço como algo que existe ao seu redor. Também é por meio da observação e experimentação que a criança começa a discernir as características de uma figura, e usar as propriedades para conceituar as formas. A criança precisa aprender a reconhecer as diferenças e semelhanças, como por exemplo, entre um quadrado e um círculo; um círculo e uma esfera. Trabalhando a matemática, estará se trabalhando aquilo que a criança realmente irá usar fora da escola. Não importa se ela acerta ou erra, o conhecimento é produzido através de construções sucessivas, e quando a criança busca caminhos para encontrar respostas para os problemas, então ocorre o conhecimento. A criança precisa desenvolver vários tipos de raciocínio, para que no futuro possa resolver problemas e compreender as relações em seu dia a dia. É preciso que se tenha essa consciência. O conhecimento é construído através da observação, da troca de experiências, da vivência, das manipulações de objetos, tudo isso de forma gradual com experiências concretas e não de teorias vazias As crianças desde bem pequenas, pensam sobre o mundo que as cerca e procuram compreendê-lo. Um trabalho intencional com as áreas de matemática contribui para que as crianças elaborem e sistematizem conhecimento. No entanto, é importante considerar que a educação infantil engloba o período de zero a 5 anos, portanto é necessário se ter em conta as características próprias das crianças de cada faixa etária, suas necessidades, prioridades e suas formas de conhecer o mundo. Também é frisada a importância de se trabalhar com a matemática na educação infantil e usar o que a criança aprender fora da escola para propor situação de aprendizagem nas quais precisem utilizar esse conhecimento para construir novos. Respeitando o tempo de cada criança, inserir com calma a matemática em sua vida levando em conta seu prévio conhecimento de mundo. É e de suma importância trabalhar com o que a criança já sabe e ir aos pouco inserindo novos conhecimentos na vida delas. CAP. IV. A MATEMÁTICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL A PARTIR DOS PCNS Os PCNS nos dão uma noção de conhecimento de aprendizagem, aprendemos com ele através de leituras, que é utilizado para entendê-lo melhor, este precioso livro que nos ajudam tanto, para desenvolver a melhor maneira de ensinar os alunos: A matemática deveria ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua sensibilidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação. (PCN matemática, 1997, p. 15). Assim a matemática deverá ser explorada da melhor forma possível no ensino fundamental, pois é importante que a matemática desempenhe equilibradamente o seu papel na formação intelectual do aluno, visando aplicação na vida cotidiana e apoio a construção do conhecimento de outras áreas curriculares. O PCN visa que o ensino de matemática orientena formação do cidadão. Que tenha uma formação que seja significativa para inserção no mundo do trabalho das relações sociais, cultural que valoriza as crenças e o conhecimento que se apresenta para a educação matemática, sendo assim um desafio interessante na vida desses alunos, pois eles já vêm com uma bagagem de conhecimentos que não pode deixar de ser aproveitados. De acordo com a Legislação: Desse modo, um currículo de matemática deve procurar contribuir, de um lado para a valorização da pluralidade sociocultural, impedindo o processo de submissão no confronto com outras culturas, de outro, criar condições para que o aluno transcenda um modo de vida restrito a um determinado espaço social e se torne ativo na transformação de seu ambiente. (MEC, PCN’s, p. 25). De acordo com o Parâmetro Curricular de Matemática, o ensino aprendizagem não está alcançando uma boa aprendizagem eficaz, mesmo através de materiais didáticos. É fundamental não subestimar a capacidade do aluno reconhecendo que resolver problemas, mesmo que razoavelmente complexo lançando mão de seu conhecimento, sobre o assunto e buscando estabelecer relações entre o já conhecido e o novo. E como as crianças aprendem matemática em suas fases de desenvolvimento? A criança pequena gosta de chamar atenção, faz bagunça, joga objetos no chão com força total que ela tem, para que algum adulto aproxime dela, quer que fique brincando, conversando, gosta de ouvir o adulto falar ou até cantar, mas quando a criança fica aborrecida, ela chora, grita, quando isto acontece, é sinal de alguma coisa que está incomodando ou aborrecendo, para o autor: O processo de aprendizagem sofre interferência de vários fatores – intelectual, psicomotor, físico, social, mas é do fator emocional que depende grande parte da educação infantil. (JOSÉ; COELHO, 2008, p. 11). Portanto a criança deve estar inserida em um ambiente de harmonia e muito amor, tanto em casa quanto na escola para que venha a ter uma aprendizagem significativa. Isso vale para todas as matérias, principalmente na que estamos enfocando, nossa pesquisa á matemática por envolver o raciocínio lógico. Devemos também proporcionar que este desenvolvimento matemático seja inserido com grande cuidado, pois a criança ainda está na fase de desenvolvimento, com isso iremos aguçar a criança através de materiais lúdicos como jogos matemáticos para a faixa etária da criança, brincadeiras que envolva o dia- a – dia, objetivando o seu desenvolvimento intelectual e cognitivo. Segundo COELHO, (2008, p. 13): É de suma importância, que o professor conheça o processo da aprendizagem e esteja interessado nas crianças como ser em desenvolvimento, ele precisa saber o que seus alunos são fora da escola e como são suas famílias. Por isso conta muito, no ensino-aprendizagem da criança principalmente no ensino infantil onde a criança está descobrindo um novo mundo, o mundo dos números do raciocínio lógico, isso tudo deve se inserido respeitado os limites de cada um das crianças e seu desenvolvimento cognitivo. E tem que levar em conta sim a vida que esta criança leva fora da escola. Conforme TINOCO, (1996, p. 8 - 9): A relação da construção do conceito de proporcionalidade com o desenvolvimento mental da criança é estreita. Desde cedo à criança começa a desenvolver a noção de proporcionalidade, em diversas situações, principalmente as ligadas a preços. No entanto, muitas crianças, mesmo após o estudo das razões e proporções na escola, ainda não adquirem de fato aquele conceito, que só se completa numa criança que esteja no nível das operações formais. E na vida da criança, ela vai perceber que tudo se encontra a matemática, que está ao seu redor. E em muitas práticas, é bom que a criança tenha uma noção de quantidades, pesos e preços, por exemplo, se ela mora num prédio que tem elevador, ela tem que saber no máximo quantas pessoas cabe dentro de um elevador. E a quantidade de balas que ela pode comprar com uma quantia de dinheiro. Ou quantos faltam para chegar a tal valor. Ou quantos irão sobrar. Impondo os limites em tudo. Para TINOCO, o desenvolvimento referiu explicitamente à formação progressiva das funções propriamente humana (linguagem, raciocínio, memória, atenção, estima). Trata se do processo mediante o qual se põe em andamento as potencialidades dos seres humanos consideramos que é um processo interminável, no qual se produz uma série de saltos qualitativos que levam de um estado de menos capacidade (mais dependência de outras pessoas, menos possibilidades de resposta etc.) para um de maior capacidade (mais autonomia, mais possibilidade de resolução de problemas de diferentes tipos, mais capacidade de criar etc.). Segundo a autora, (ZERBONE, Marinalda Magalhães) o ensino enfoque construtivista tem por objetivo criar situações, para que o aluno: 1- Construa o conhecimento da matemática através de suas experiências cotidianas. 2- Esteja alerta e curioso para relacionar fatos do dia-dia com as situações de sala de aula. 3- Aprenda a trocar idéias com outras pessoas com respeito mútuo. 4- Torne-se confiante em sua habilidade de pensar com independência, para construir seu próprio conhecimento , assim como seus valores morais e sociais, para enfrentar conflitos, superando-os, criando novas relações que melhor expliquem a realidade em que vive. 5- Tome decisões por si mesmo a partir da capacidade de levar em conta fatores relevantes; que se posicione defendendo seus pontos de vista. 6- Desenvolva sua capacidade de critica e autocrítica, de pensamento criativo e transformador. 7- Tenha seu pensamento autônomo para construir seu próprio conhecimento lógico – matemático. 8- Aprimore seu raciocínio lógico através de sua atuação sobre os fatos matemáticos, sua reflexão sobre as relações criadas em sua mente, tornando- se capaz de melhorar suas formas atuais de conhecer, à medida que reinvente seu próprio saber. 9- Eduque-se para compreendê-lo; que atribua significado às coisas a partir do seu interior, para vir a ser, para construir sua própria inteligência. O professor tem que colocar em prática os objetivos para que não fique só na teoria, e que a criança cresça tendo realmente autonomia para construir seu próprio conhecimento matemático e assim poder contribuir no seu desenvolvimento próprio e usar sua inteligência para um bom raciocínio lógico-matemático. As autoras Vasconcelo, Bittar, dizem que o problema da formação do professor e no geral, ao processo de formação para o magistério, que apresenta falhas e lacunas na sua realização. (Monica Vasconcelos; Marilena Bittar). Os professores não têm uma formação especifica para a área da educação infantil ai acabam levando os alunos, ainda na educação infantil a terem medo ou não gostarem da matemática crescendo com esse medo, pois passaram por professores não preparados, que também muitas vezes não gostam da própria matemática em sim. Por isso alguns fracassos escolares são causados pelo próprio professor que não foi bem preparado na faculdade para ensina como se deve realmente trabalha com a matemática nas séries iniciais. Segundo a LDB de 1996 diz sobre a formação do docente no seu artigo 62, que para atuar na educação básica é preciso nível superior em universidade ou institutos superiores de educação, admitindo como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil. A LDB diz que para atuar na educação infantil é preciso ter formação superior para exercer a profissão. Segundo PCN: A matemática precisa fazer parte da formação dos professores para que tenham elementos que lhes permitam mostrar aos alunos a matemática como ciência que não trata de verdade eternas, infalíveis e imutáveis, mas como ciência dinâmica,sempre aberta á incorporação de novos conhecimentos [...] Brasil, 2000, p.37). Pois o PCN afirma que os professores precisam ter a matemática como uma aliada, principalmente em sua formação para que tenham elementos para a renovação de novos conhecimentos. A autora Kátia Cristina (2000) aborda algumas propostas curriculares de matemática para a habitação específica ao magistério e também sobre a formação do professor. A matemática na formação do professor, em conjunto com as demais disciplinas, deve visar simultaneamente á formação do individuo e á formação profissional, confirma a autora: Cabe a matemática ministrada na formação do professor contribuir para estimular e desenvolver sua capacidade de observação, análise, síntese, decisão, argumentação e generalização; A visão da matemática abordada na formação do professor deverá ser bastante ampla para que o futuro profissional que se delineia atue com firmeza antes seus alunos e seu trabalho; A matemática desenvolvida no curso de formação do professores deverá permitir o conhecimento e análise critica de programas, currículos e matérias que venha a conhecer. Pois a matemática tem que ter uma visão que aborda os problemas variáveis. CAP. V: AS BASES DO ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Segundo SILVA e MARIANO, os professores da educação infantil, auxiliam a organização de situações que estimulam às crianças a observar, refletir, interpretar, levantar hipóteses, procurar e que encontrem soluções para exprimir suas idéias e sentimentos, que relacionam com os demais indivíduos. Assim, fazem a criança pensar, conhecendo seu corpo, raciocinando e desenvolvendo a mente, para atingir o objetivo de como trabalhar a matemática numa proposta integral. Com importância do ensino no cotidiano, os números vão além de saber quantificar objetos, é claro não desmerecendo, o que apresenta REIS (2006): As noções básicas em matemática, lógica e geometria começam ser elaboradas a partir dos 4, 5 anos de idade, portanto é vital que a base seja sólida, bem construída e bem trabalhada, para que nela se assentem os conhecimentos matemáticos futuros. Mas é importante lembrar que estimular o raciocínio lógico-matemático é muito mais do que ensinar matemática _ é estimular o desenvolvimento mental, é fazer pensar (p. 9). Num ambiente, o professor pode explorar diferentes ideias matemáticas, inserindo na vida da criança, que não sejam apenas números, porém também que se refere à geometria, às medidas e às noções de estatística, de forma prazerosa que as crianças compreendam a matemática como uma função importante: É preciso que as crianças sintam-se participantes num ambiente que tenha sentido para elas, para que possam se engajar em sua própria aprendizagem. O ambiente da sala de aula pode ser visto como uma oficina de trabalho de professores e alunos, podendo transforma-se num espaço estimulante, acolhedor, de trabalho sério, organizado e alegre. (SILVA, MARIANO, 2006,). Os níveis de ensino (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, etc.), a matemática pode ser aprendida que vai além de apenas aprender técnicas de cálculo. Tendo a capacidade de pensar e se expressar matematicamente, desenvolvendo o raciocínio lógico, criando estratégias, resolvendo problemas e interpretando dados, assim tendo uma aprendizagem significativa. Segundo os autores Silva e Mariano, continuando o conhecimento da matemática, oferecem várias sugestões de atividades elaboradas, que podem ser recriadas e modificadas, seguindo a realidade do que está sendo trabalhada na educação infantil: Pedir que a criança desloque-se em um espaço delimitado imitando o andar de vários animais: sapo e canguru, cachorro, macaco, pato, etc. Quantificar por estimativa: reunir alguns objetos em cima de uma mesa ou dentro de um pote transparente e tentar adivinhar quantos objetos há. Conferir o resultado por meio de contagem. Amarrar um barbante no bico da bexiga e segurar na ponta. Dar um puxão e bater repetidas vezes na bexiga, executando um movimento de vai e vem. Fazer um numeral em tamanho grande no chão da sala de aula ou no pátio, usando fita adesiva colorida, fita crepe, giz de lousa ou mesmo tijolo, para que a criança caminhe em cima dele no sentido do movimento. Desenhar uma figura geométrica na cartolina e colar areia em seu contorno, deixando secar bem. De olhos fechados, a criança passará o dedo, sentindo o contorno da forma. Pular o rio: duas cordas, paralelas uma a outra, formam um rio que será pulado e alargado progressivamente. Pedir que a criança passe a bola de uma mão à outra ou segure a bola com uma mão e passe-a para as costas pegando-a com a outra mão, passando para frente novamente. Inverter o sentido. Propor experiências com altura – medir e comparar a altura de diferentes pessoas e objetos, através do olhar ou da utilização de instrumentos de medida, convencionais ou não. Derrube a pilha: empilhar objetos diversos, como latas e caixas, variando a quantidade e a altura. Combina-se previamente quantas jogadas com a bola cada aluno poderá fazer para derrubar a pilha com a bola. Usar objetos em questão para fazer a torre mais alta possível Colar em uma folha sulfite uma figura de revista da qual falte uma parte, como, por exemplo, metade de um relógio, a cabeça ou meio corpo de uma pessoa, etc. A criança deverá completar a figura, desenhando. Uma variação para essa atividade é colar uma figura completa na folha sulfite, imaginar um cenário relativa àquela figura e desenhá-lo. O fantasma: é escolhido um aluno, que sairá da sala, e uma criança é coberta com um lençol. Ao retornar, o aluno terá que descobrir, observando atentamente os colegas, quem é o fantasma. Revezam-se as crianças ate que todos tenham participado. Como variações desse jogo todos sentam em roda, um aluno sai da sala e dois trocam de lugar. Ao retornar terá que descobrir quem trocou de lugar. Através destas brincadeiras lúdicas de atividades, a criança vai desenvolver brincando o raciocínio lógico-matemático e aprendendo no dia a dia. 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 4.1. UNIVERSO DA PESQUISA As entrevistas foram realizadas em escolas de dois municípios, Serra e Cariacica sendo dois (CMEIS) da rede pública da Serra e uma escola privada de Cariacica. Os professores atuam nos grupos II, III e LV da educação infantil, com crianças da faixa etária de três e quatro anos. 4.2. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS O objetivo da pesquisa foi saber como as professoras da educação infantil trabalham com a matemática nessa faixa etária e quais são seus desafios. As questões estão apresentadas e analisadas em blocos temáticos. PERFIL DOS ENTREVISTADOS PROFESSORES ESCOLA – MUNICÍPIO Professora A Centro Educacional Vinícius de Morais (Cariacica) Professora B CMEIS “Letícia Pedro” (Serra) Professora C CMEIS Professora “Maria Hilda Aleixo” (Serra) Professora D CMEIS “Letícia Pedro” (Serra) BLOCO 1: CONCEPÇÕES DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL QUESTÃO: QUAL O SIGINFICADO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E TAMBÉM NA VIDA DAS CRIANÇAS? Professora A do grupo II (rede particular): Para prepará-lo para lidar com os números de uma forma geral, aprendendo de forma gradativa para que futuramente tenha habilidade de lidar com essa disciplina. Professora B do grupo IV: Contribui para a formação de cidadãos autônomos capazes de pensar por conta própria sabendo resolver seus problemas. Professora C do Grupo IV: Ela está presente na vida da criança, desde o seu nascimento, o significado na Educação Infantil e na vida da criança, deve-se partir do conhecimento prévio e das vivencias. Que são pontos relevantes paraa elaboração do planejamento. Professora D do Grupo III: A matemática está na vida do ser humano desde sua concepção. É algo imprescindível a ele. As visões apresentadas pelas professoras de que a matemática faz parte da vida desde cedo e que contribui com o crescimento mental da criança, que são capazes de pensar e resolver seus problemas de forma gradativa, preparando para serem cidadãos autônomos. E que a aprendizagem dessa disciplina é fundamental para a sua vivência. QUESTÃO: EM SUA OPINIÃO COMO PROFESSORA, O QUE LEVA A CRIANÇA A NÃO GOSTAR DE MATEMÁTICA? JUSTIFIQUE: Professora A do Grupo II: Como a matemática é uma matéria que usa muito o raciocínio lógico, a criança pode criar barreiras, e achar que não é capaz de aprender, cabe ao professor criar métodos para que essas barreiras sejam quebradas, deixando assim, esses obstáculos para trás, para que a criança obtenha um melhor resultado. Professora B do Grupo IV: Não utilizar os recursos didáticos e não trabalhar de maneira significativa e contextualizada. Professora C do Grupo IV: A memorização, um ensino sem significados, nada concreto. Quando não se trabalha a auto-estima, ensino fora da realidade do aluno; quando o ensino não tem nenhuma novidade, e quando não é útil no seu dia a dia. Professora D do Grupo III: Quando lhe é ensinado algo que não é real. Quando inserida como algo do seu dia a dia é melhor entendida. Exemplo: Formar conjuntos com os objetos ou com os próprios alunos. Observar formas existentes na escola. Os numerais dos objetos que eles usam e suas idades, etc. Observa-se na visão das professoras que o que leva a criança a ter uma percepção, relação negativa com a matemática é quando não acontece na realidade das crianças, ou melhor, quando o ensino não tem nenhuma novidade, quando algo ensinado não é real e está fora da realidade da criança; não utilizam os recursos didáticos, nada de concreto, memorizar sem significados, não trabalhar de maneira significativa e contextualizada; quando não se trabalha a auto-estima da criança, pois assim pode criar barreiras e achar que não é capaz de aprender, cabe ao professor criar métodos para que essas barreiras sejam quebradas, deixando assim esses obstáculos para trás, para que a criança obtenha um resultado melhor. BLOCO 2: A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR NO ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL QUESTÃO: COMO O PROFESSOR DESENVOLVER ESSE SABER NA VIDA DESTE ALUNO PARA ELE CRESCER SABENDO E GOSTANDO DA MATEMÁTICA? Professora A do Grupo II (rede particular): Desenvolvemos de forma lúdica, inserindo jogos bingos (com premiações) com objetivo de motivá-los, dessa forma obtemos um melhor resultado, a junção da brincadeira com o aprendizado melhora a qualidade do ensino e dificulta o esquecimento. Professora B do Grupo IV: Lançando mão de situações cotidianas enriquecidas com atividades que desenvolvam o raciocínio de forma que entendam e não se sintam pressionadas a decorar. Professora C do Grupo IV: O ensino contextualizado é a melhor maneira para se ensinar. Professora D do Grupo III: Com atividades lúdicas: jogos, músicas, brincadeiras. Nas informações apresentadas pelas professoras suas estratégias didáticas para despertar o gosto pela matemática através de atividades lúdicas, inserindo jogos, músicas, brincadeiras, bingos com prêmios com objetivo de motivá-los e exercitando o raciocínio de forma enriquecedora de aprendizagem, para obter melhor resultado. Nesta maneira de ensino dificulta o esquecimento desperta o prazer, e não força a criança para decorar conteúdos sentindo-se pressionadas. O ensino contextualizado é a melhor maneira para se ensinar e dar sentido aos conteúdos matemáticos para as crianças. QUESTÃO: QUAIS OS RECURSOS DIDATICOS QUE SÃO UTILIZADOS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E QUAL VOCÊ, PROFESSOR, USA COM SEUS ALUNOS? Professora A do Grupo II (rede particular): Os recursos são vários. Procuro utilizá-la da melhor maneira possível, jogos, projetos e oficinas, fichas para tornar mais objetivos os conceitos de matemáticos (contagem), uso de vídeo infantil no ensino da matemática, explorando o caderno, livro em que encontramos recursos recheados. Professoras B do Grupo IV: O uso do calendário e a observação das suas características e regularidades. Professora C do Grupo IV: Recursos do nosso cotidiano, como fila por tamanho, distribuição de lanches, do material da sala, a rotina, como por exemplo: a contagem dos alunos... , como também histórias, brincadeiras, modelagens, palitos, tampas, barbante, músicas, poesias, embalagens, etc. Professora D do Grupo III: Jogos de encaixe, blocos, chamadinha, etc. As professoras apresentam a utilização de vários recursos. Elas procuram utilizar a melhor maneira possível: Na hora da chamada, contagem dos alunos, filas por tamanho, distribuição de lanches, uso do calendário, de vídeo infantil no ensino da Matemática, explorando o caderno, livro em que encontram recursos recheados, blocos, jogos de encaixe, palitos, tampas, modelagem, barbante, embalagens, histórias, poesias, projetos e oficinas. Essas metodologias de utilização de materiais concretos são fundamentais para o envolvimento e o despertar do raciocínio lógico da criança, além de promover interação e prazer no desenvolvimento das atividades. QUESTÃO: EXISTEM MUITAS FORMAS DE CONCEBER E TRABALHAR COM A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. QUAL A FORMA QUE VOCÊ PROFESSOR TRABALHA? Professora A do Grupo II (rede particular): Como professora, tento passar para o aluno a matemática como uma aliada para sua vida, desenvolvemos bate papos em roda, cartazes de quantos somos hoje? Quem faltou? Calendário. Exercitando diariamente a noção de quantidade. Estabelecendo assim, uma rotina. Professora B do Grupo IV: Através de jogos e brincadeiras que possam interessar à criança. Professora C do Grupo IV: O conceito matemático é trabalhado através de incentivo, jogos, brincadeiras (no pátio e na sala), com músicas, materiais concretos como (sementes, tampinhas), história, jogo dos erros, ordenando seqüência, usando a brinquedoteca (jogos: forma, cor, tamanha...). Professora D do Grupo III: Na rotina desde a entrada, seguida da hora do lanche, nas atividades de escrita... Os professores expressam o uso de metodologias contextualizadas trabalhadas através de jogos, brincadeiras que possam interessar à criança, com material concreto (tamanho, forma, cor), músicas, jogo dos erros, do calendário, fazendo perguntas, por exemplo: “quem faltou?”, “quantos somos hoje?”, desenvolvendo um bate papo em roda; contando histórias, exercitando diariamente a noção de quantidade. Isso desde na rotina da entrada, hora do lanche e saída. Compreende- se que essas formas de partir da vivência e dos conhecimentos prévios das crianças, são fundamentais para desmistificação do distanciamento e do terror do conteúdo da matemática para crianças. BLOCO 3: A POSTURA E SENTIMENTOS DA CRIANÇA DIANTE DA MATEMATICA QUESTÃO: EXISTEM REAÇÕES NEGATIVAS DE ALGUMAS CRIANÇAS PARA O ENSINO LÓGICO-MATEMÁTICO SE FOR SIM, DESCREVA QUAIS REAÇÕES? Professora A do Grupo II (rede particular): Sim. Medo, insegurança, dificuldade de concentrar. Dependendo da situação, bloqueio em relação ao professor, por esse motivo que deve ser usado métodos para que a criança venha ter interesse e desenvolvimento. Professora B do Grupo IV: Sim. Principalmente quando são pressionadas e cobradas a decorar conteúdos, que não foram apresentados de forma que criativa, e não exploradas. Professora C do Grupo IV: A matemática não pode ser ensinada isoladamente, mas sempre no contexto, pois ela está presente a todo o momento em nossas vidas. Podeacontecer como em qualquer disciplina. Alguns alunos ignoram a atividade desenvolvida naquele momento, mas logo são envolvidos pelo grupo e aí participam naturalmente. Professora D do Grupo III: Não existem reações negativas, pois as crianças nem sabem o que é esse tipo de reação. Elas desconhecem, são pequenas demais. Observa-se que a professora D do Grupo III, diz que as crianças não reconhecem essa reação negativa, são pequenas demais. As outras três professoras, disseram que sim, principalmente quando são pressionadas e cobradas a decorar conteúdos, que não foram apresentadas de forma criativa, e não explorada, por insegurança, dificuldade de concentrar, bloqueio em relação ao professor, por medo. Isso demonstra que em nossa cultura escolar a matemática é concebida pelas crianças como um ensino que causa angústia, medo e insegurança, mesmo sendo tão pequenas. Por esses motivos devem ser usados métodos inovadores para que as crianças venham ter a interesse, prazer e aprendizagem na matemática da criança. E mais uma vez é preciso reafirma que a Matemática não pode ser ensinada isoladamente, mas sempre no contexto. QUESTÃO: QUAIS PROPOSTAS PARA QUE AS CRIANÇAS GOSTEM DE APRENDER MATEMÁTICA? Professora A do Grupo II (rede particular): Desenvolvendo brincadeiras envolvendo a matemática, elaborando figuras alegres para crianças colorirem e inserindo-a ali; afixando números para que elas possam ter intimidade com os mesmos; A criança aprende melhor brincando, é aí que o professor tira vantagem, tendo um leque de opções como: amarelinha, identificar pontos que fez durante uma brincadeira, noção de espaço, posição, lateralidade, formas geométricas. Professora B do Grupo IV: Trabalhar atividades lúdicas, utilizando materiais como palitos, tampinhas, sementes, transformar conteúdos em brincadeiras, onde a criança formule conceitos, a descoberta. Professora C do Grupo IV: Trabalhar com o lúdico, jogos, brincadeiras, danças, pesquisas (receitas), sobre a família. Enfim, trabalhar um ensino que se relaciona com a vida, que o aluno possa refletir sobre o que aprendeu e para que aprendeu, e onde usar o que aprendeu. . Professora D do Grupo III: Quando possível construir o próprio material, trabalhar com fatos (acontecimentos próximos a sua realidade. Descobrir os resultados, mesmo que por caminhos diferentes. A criança aprende melhor brincando, tendo um leque de opções como: amarelinha, identificar pontos que fez durante uma brincadeira, noção de espaço, posição, lateralidade, formas geométricas, dança, utilizando material como palito, tampinhas, sementes, transformar conteúdo em brincadeiras, que envolve matemática, onde a formule ela própria conceitos que é a descoberta, trabalhar atividades lúdicas, jogos, elaborar figuras alegres para as crianças colorirem, afixando números para que elas possam ter intimidade com os mesmos, trabalhar com fatos, acontecimentos próximos a realidade da criança, sobre família, que possa refletir o que aprendeu, para que aprendeu e onde usar o que aprendeu. Descobrir os resultados, mesmo que por caminhos diferentes. 4.3. ANÁLISE GERAL DOS DADOS As professoras nos deram a entender que a Matemática está em toda parte do mundo, que não adianta fugir dela, o jeito mesmo, é melhor simpatizá-la, pois faz parte da nossa vida e sempre o fará. Com brincadeiras de números, geometrias, bingos com premiações, músicas, jogos e assim com várias opções, enriquecem a aprendizagem e fica melhor a compreensão, solucionando os problemas. E com essas diversas maneiras de aprender à matemática, fica difícil de não gostar desta disciplina. Então o jeito é melhor encará-la, pois Lopes (apud AZEVEDO, 2007, p. 6), diz o seguinte: Cada vez mais e mais rapidamente tem-se solicitado diferenciadas habilidades e competências matemáticas dos cidadãos. Nesse sentido, acreditamos que o desenvolvimento do pensamento estatístico e probabilístico, que deve ser inserido no contexto escolar, possa apresentar significativas contribuições para a formação desde a infância. Sem forçar a matemática na educação infantil, as professoras dizem que tem que dar tempo para descobrir qual é a melhor maneira de aprendizagem de cada um de seus alunos, que é na observação. Como são no total de 15 a 25 no máximo de alunos, em cada sala de aula. As professoras usam os materiais de uma forma, que cada um se interesse por algumas atividades de matemática, ocupando sempre o raciocínio, o pensamento de seus alunos sem o pressionar, pois assim cada aluno aprende a disciplina de uma maneira gostosa, prazerosa, afirma Moura (apud AZEVEDO, 2007, p. 4): A Matemática é produto da atividade humana e se constitui no desenvolvimento de solução de problemas criados nas intenções que produzem o modo humano de viver socialmente num determinado tempo e contexto. Resulta desta afirmação que os saberes matemáticos assim produzidos têm significados culturais, constituindo-se historicamente em instrumentos simbólicos. Usando corretamente, os métodos de ensino de matemática, de uma forma prazerosa e com interesse para as crianças ficarem envolvidas, e que estejam na realidade de cada criança, a professora ali presente observa e orienta, deixando que elas resolvam os problemas e sendo criativas, sem cobrar e decorar os conteúdos, usando os recursos necessários, como os jogos e não ensinar de um modo isoladamente sem animações, desta maneira dificulta a aprendizagem e assim afastam da disciplina. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através dessa pesquisa foi possível entender como a matemática é inserida na vida das crianças ainda na educação infantil, e com questões para pensar a prática docente. Vimos que a matemática está inserida em tudo e que é muito importante ensinar a matemática para as crianças de uma forma lúdica, usando vários métodos exemplos: os jogos, brincadeiras que envolvam o raciocínio lógico, ou até mesmo levar a criança a práticas do dia a dia, como ir ao supermercado e com isso introduzindo a criança na vida matemática, de uma forma que ela não veja a matemática como um bicho e sim como algo que usamos em nossa vida cotidiana; para que essa criança venha a crescer gostando de aprender a matemática, e possa mudar essa história de verem a matemática como sendo uma coisa de outro mundo. Esse trabalho nos levou também a pensar as nossas práticas, para que não cometêssemos erros quando ao lecionarmos para as crianças nas séries inicias ou mesmo no ensino fundamental. Estudamos a formação dos professores da educação infantil e sua prática, desafio em lidar com a matemática para esse início de idade da educação infantil e as falhas do sistema educacional como o magistério e até mesmo dos cursos de pedagogia podendo constatar que os professores da educação infantil, não são preparados para lidar diretamente com a matemática, pois os mesmos não tiveram quando crianças um contato positivo com a matéria refletindo em sua maneira/método de ensino. Portanto acreditamos que através da educação, tudo pode se realizar até transformar, o que parece difícil em uma coisa fácil, como mudar o modo de conduzir as aulas tanto na educação infantil quanto no geral, como já dissemos anteriormente, através de jogos, brincadeiras entre outras coisas que envolvam o lúdico para que a criança venha a ter a matemática como amiga e não como uma coisa de outro mundo.