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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CAMPUS DE JACAREZINHO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Curso: Educação Física (Bacharelado/Licenciatura) Área/subárea de conhecimento: Educação Física Adaptada Temas: Educação Física Adaptada - Deficiência Visual Prof°. Ms. Everaldo Lambert Modesto* Resumo As atividades motoras e esportivas voltadas à pessoa com deficiência possuem um duplo aspecto educativo. Destaca-se as contribuições diretas das atividades ao desenvolvimento global do indivíduo, por meio da oferta de situações de ensino compromissadas com a oportunidade efetiva de formação e participação social de pessoas cegas e com baixa visão. O esporte para pessoas com deficiência visual como conteúdo da educação física deve estar alicerçado em uma proposta pedagógica que considere além dos aspectos técnicos relativos á modalidade envolvida, a importância de intervir junto ao educando quanto a aspectos relativos a valores e modos de comportamento. Histórico: Segundo dados do IBGE de 2010, no Brasil, mais de 6,5 milhões de pessoas têm alguma deficiência visual. Desse total: 528.624 pessoas são incapazes de enxergar (cegos); 6.056.654 pessoas possuem grande dificuldade permanente de enxergar (baixa visão ou visão subnormal); Outros 29 milhões de pessoas declararam possuir alguma dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes. Sobre deficiência visual no mundo A Organização Mundial da Saúde aponta que, se houvesse um número maior de ações efetivas de prevenção e/ou tratamento, 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados. Ainda segundo a OMS cerca de 40 milhões a 45 milhões de pessoas no mundo são cegas; os outros 135 milhões sofrem limitações severas de visão. Glaucoma, retinopatia diabética, atrofia do nervo ótico, retinose pigmentar e degeneração macular relacionada à idade (DMRI) são as principais causas da cegueira na população adulta. Entre as crianças as principais causas são glaucoma congênito, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular congênita. A cada 5 segundos 1 pessoa se torna cega no mundo. Do total de casos de cegueira, 90% ocorrem nos países emergentes e subdesenvolvidos. Até 2020 o número de deficientes visuais poderá dobrar no mundo. Com tratamento precoce, atendimento educacional adequado, programas e serviços especializados, a perda da visão não significa o fim de uma vida independente e produtiva. * Dados World Report on Disability 2010 e Vision 2020 Pessoa com Deficiência A construção de uma verdadeira sociedade inclusiva passa também pelo cuidado com a linguagem. Na linguagem se expressa, voluntariamente ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiências. Do total da população brasileira, 23,9% (45,6 milhões de pessoas) declararam ter algum tipo de deficiência. Entre as deficiências declaradas, a mais comum foi a visual, atingindo 3,5% da população. Em seguida, ficaram problemas motores (2,3%), intelectuais (1,4%) e auditivos (1,1%). Ao longo dos anos, os termos que definem a deficiência foram adequando-se à evolução da ciência e da sociedade. Atualmente, o termo correto a ser utilizado é: Pessoa com Deficiência, que faz parte do texto aprovado pela Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembléia Geral da ONU, em 2006 e ratificada no Brasil em julho de 2008. Deficiência Visual: Conceito; A deficiência visual é caracterizada pela perda total ou parcial da capacidade visual em ambos os olhos, o que leva o individuo a uma limitação em seu desempenho habitual. A avaliação deve ser realizada após a melhor correção óptica ou cirúrgica possível. A simples utilização de óculos ou lentes de contato não é suficiente para caracterizar uma pessoa com deficiência visual, pois a prescrição de correção óptica adequada pode conferir ao indivíduo uma condição visual ideal. Todavia mesmo usando recursos ópticos especiais e passando por intervenção cirúrgica, alguns indivíduos continuam com a capacidade visual severamente comprometida, sendo consideradas pessoas com deficiência visual. Mesmo que uma pessoa perca a capacidade visual em um dos olhos, a pessoa pode apresentação boa capacidade visual no olho remanescente, assim a visão é compensada e a visão continua dentro dos limites de normalidade. É importante que saiba que nesse caso a perda da capacidade visual não é considerado deficiência, pois para tanto, é necessário que a perda visual comprometa ambos os olhos. A portaria 2344 de 3 novembro 2010 atualiza a nomenclatura e determina que seja empregada a terminologia “Pessoa com Deficiência” para se referir a essa população. Classificação e avaliação; Em 1980, a Organização Mundial da Saúde publicou um sistema de classificação de deficiências visando à criação de uma linguagem comum para a pesquisa e a prática clínica, intitulado na tradução portuguesa de 1989: Classificação Internacional de deficiências, incapacidades e desvantagens (CIDID). Deficiência (impairment em inglês) Uma deficiência é qualquer perda ou anormalidade da estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica. Representa a exteriorização de um estado patológico e, em princípio, reflete distúrbios no nível do órgão. Incapacidade (disability em inglês) Uma incapacidade é qualquer restrição ou falta de habilidade (resultante de uma deficiência) para realizar uma atividade na forma considerada normal para um ser humano. Representa a objetivação de uma deficiência e como tal reflete distúrbios na pessoa. Desvantagem (handicap em inglês) Uma desvantagem para um dado indivíduo, derivada de uma incapacidade ou deficiência, limita ou previne o cumprimento de um papel que é normal para esse indivíduo (dependendo da idade, do sexo e de fatores socioculturais). A desvantagem refere-se ao valor atribuído à situação ou experiência individual, quando sai do normal. Caracteriza-se por uma discordância entre o desempenho ou condição individual e a expectativa do próprio indivíduo ou do grupo do qual é membro. A desvantagem representa, assim, a socialização de uma incapacidade ou deficiência e, como tal, reflete as consequências para o indivíduo – culturais, econômicas e ambientais - que decorrem da presença da incapacidade ou deficiência. A CIDID gerou críticas e polêmica principalmente pelo conceito de desvantagem, o que provocou um processo de revisão promovido pela própria Organização Mundial da Saúde que culminou na publicação da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, a CIF. Embora definida em relação a um contexto social qualquer, a desvantagem não decorre do preconceito e exclusão que emanam do contexto no qual a pessoa com deficiência vive; o preconceito e a exclusão são o resultado da deficiência incapacidade da pessoa. QUANTO A AVALIAÇÃO: Está deve ser realizada em conjunto por vários profissionais de saúde como oftalmologista no se refere às alterações anatômicas e estruturais, e o ortoptista no que se refere as funções visuais. É necessário que o professor de educação física saiba o que são e como são avaliadas as funções visuais, para que possa compreender o funcionamento visual de seus alunos, visando atender suas necessidades educativas especiais da melhor maneira possível. QUANTO A CLASSIFICAÇÃO: Embora as pessoas com deficiência visual tenha em comum o comprometimento do órgão da visão, as modificações estruturais e anatômicas desencadeiam alterações que acarretam níveis diferenciados das funções visuais. Essas funções por sua vez interferem no desempenho de cada indivíduo de forma distinta. Os vários tipos de classificação são baseados nos seguintes parâmetros: Legais (previdência social), clínicos (diagnósticos), educacionais (ensino-aprendizagem) e esportivos Considera-se extremamente importante conhecer as abordagens legal e clínica, que inclusive norteiam as definições educacional e esportiva, sobretudo por se acreditar em um trabalho interdisciplinar, em que se fez necessário o uso de uma linguagem comum. CLASSIFICAÇÃO EDUCACIONAL: Permite fornecer indicações a respeito da eficiência visual do indivíduo, baseando-se em suas necessidades educacionais especiais; Pessoa com baixa visão: É aquela que possui dificuldade em desempenhar tarefas visuais, mesmo com a prescrição de lentes corretivas, mas pode aprimorar sua capacidade de realizar tais tarefas com a utilização de estratégias visuais compensatórias (CORN AL, 1986) Pessoa cega: É aquela cuja percepção de luz, embora possa auxiliá-la em seus movimentos e orientação, é insuficiente para aquisição de conhecimento por meios visuais, necessitando utilizar o sistema Braille em seu processo de ensino- aprendizagem (BARRAGA NC, 1985) Baseado em classificação da Organização Mundial da Saúde - OMS foi elaborado Guide for the evaluation of visual impairment (international society for low vision research and reabilitation, 1999). Este documento aponta que o funcionamento visual pode ser abordado a partir de quatro aspectos: dois relativos ao órgão visual e dois relativos ao indivíduo. Aspectos relativos ao órgão visual: Anatômicos e estruturais – que levam a mudanças funcionais desencadeando alterações nas funções visuais; As perdas visuais ao nível do órgão são variáveis, condicionadas a déficits nas funções visuais que podem levar a um impedimento ou á deficiência visual. Porém a pessoa que tem um impedimento não necessariamente terá uma incapacidade ou uma desvantagem uma vez que os conceitos desses dois termos são relativos. De acordo com Kalakian, (1987) o individuo leva uma desvantagem na medida em que a deficiência visual o impede de viver como deseja. Exe. Jogar vôlei e tênis de campo pode ser desvantagem, agora para natação e futebol não ser! Isso porque para as duas últimas modalidades já estão adaptadas as necessidades dessa população Aspectos relativos ao indivíduo: se referem a modificações na capacidade de aproveitamento da visão, ou seja, na habilidade visual do indivíduo. Estes últimos aspectos podem gerar conseqüências em maior ou menor grau de desvantagem social e econômica conforme alterações na visão funcional (Batista CG, 2001) CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA: Amplamente utilizada em competições, a classificação esportiva foi inicialmente proposta pela United State Association for Blind Athletes (USABA) e posteriormente atualizada pela International Blind Sports Federation(IBSA). O emprego da letra “b” nas subcategorias refere-se ao termo blind, cuja tradução é cego. Segundo a International Blind Sports Federation(IBSA, 2013), a determinação da classe visual esportiva será baseada no olho com melhor acuidade visual, a partir da melhor correção óptica (com uso de óculos ou lentes de contato) ou campo visual que incluem zonas centrais e periféricas. 1 LogMar equivale 6/60 metros. B1: Acuidade visual inferior a 2,60 LogMar B2: Acuidade visual variando 1,50 a 2,60LogMar ou campo visual restrito a um diâmetro inferior a 10 graus. B3: Acuidade visual variando de 1,40 a 1 logMar ou campo visual restrito a um diâmetro inferior a 40 graus Algumas funções visuais também são referência para diferentes tipos de classificação da deficiência visual, como acuidade visual e campo visual, por serem medidas quantitativas e padronizadas. Entre as funções visual podem ser destacadas a acuidade visual, o campo visuais, a binocularidade, a sensibilidade à luz, a sensibilidade ao contraste e a visão para cores. Acuidade visual: pode ser definida como a capacidade de definir detalhes. Esta é tomada a partir da relação entre o tamanho do objeto e a distância onde está situado (BATISTA CG, 2001). Exe. Escala optométrica de Snellen; Campo visual: É avaliado a partir da fixação do olhar, quando é determinada a área circundante visível ao mesmo tempo. O campo visual se estende a aproximadamente 100° lateralmente, 60° medialmente, 60° superiormente e 75° inferiormente (KARA JN); BINOCULARIDADE: É a capacidade de fusão de imagem proveniente de ambos os olhos em convergência ideal, o que proporciona a noção de profundidade, ou seja, a percepção da relação entre diferentes objetos e sua disposição no espaço; SENSIBILIDADE A LUZ: É a capacidade de adaptação frente aos diferentes níveis de luminosidade do ambiente. Enquanto que Sensibilidade ao contrate: é discernir pequenas diferenças na luminosidade de superfícies adjacentes (HYVARINEM, L. 1990). Visão para cores: Baseia-se na capacidade de distinguir tons e nuances das cores. Aspectos funcionais; A visão é consequência do estímulo de ondas luminosas refletidas de longa ou curta distância. O globo ocular é uma unidade receptora do sistema visual responsável por receber os raios luminosos e desenvolver impulsos nervosos que, uma vez conduzidos ao córtex visual, são interpretados como imagens. O órgão da visão é composto pelo globo ocular e pelas estruturas anexas, ambos situados na cavidade da órbita, que é constituída por sete ossos do crânio e preenchida por tecido adiposo, cuja função é amortecer impactos e favorecer os movimentos oculares. O globo ocular de um individuo adulto possui um diâmetro anteroposterior de aproximadamente 2,5cm sendo composto por três camadas: externa, média e interna. A camada externa tem como função a sustentação e a proteção das estruturas oculares, fazem parte dessa túnica a córnea e a esclera. A córnea constitui o primeiro elemento óptico do olho e, por causa da curvatura convexa, é responsável por direcionar o feixe de luz para a retina; A esclera é uma estrutura densa e fibrosa, composta por um espesso globo de colágeno que confere o formato arredondado ao olho e onde inserem os músculos extrínsecos do olho responsável por sua movimentação; Iris é uma membrana circular com orifício central denominado pupila. A contração e o relaxamento dessa membrana funciona como diagrama, atuando como mecanismo de controle de qualidade de luz que penetra no globo ocular. A coloração da Iris é determinada pela quantidade de células pigmentadas; Retina é composta por receptores, que contem pigmentos e reagem quimicamente á luz, gerando o impulso nervoso. A retina é praticamente um prolongamento do nervo óptico, que consiste na ligação da retina com o encéfalo, pela qual é conduzido o impulso nervoso até o córtex visual; A Conjuntiva é uma membrana que reveste a córnea e a parte interna da pálpebra. É uma estrutura altamente vascularizada que protege a córnea e necessita ser constantemente lubrificada pela lágrima, durante a movimentação de abertura e fechamento das pálpebras. Pálpebras são abas cutâneas cujo formato arqueado se deve a uma estrutura cartilagínea interna denominado tarso, no qual a uma série de glândulas tarsais, que ajudam a manter a conjuntiva lubrificada. Principais etiologias; Sobre deficiência visual no Brasil Segundo a Organização Mundial da Saúde, as principais causas de cegueira no Brasil são catarata, glaucoma, retinopatia diabética, cegueira infantil e degeneração macular. As diferentes causas de deficiência visual podem ser congênitas ou adquiridas, conforme a etiologia. Entre os termos, encontram-se alguns que podem desencadear a deficiência visual, enquanto outros não necessariamente estão relacionados a ela. Astigmatismo, Catarata, conjuntivite, descolamento de retina, glaucoma, rubéola, traumatismos oculares, retinose pigmentar, miopia, hipermetropia, estrabismo, presbiopia, retinose pigmentar e uveítes. Cuidados especiais. É importante dirigir-se ao aluno com deficiência visual sempre pelo nome. Alémda aproximação na relação professor-aluno, esse cuidado é fundamental para a segurança do educando, uma vez que as pessoas cegas não enxergam para onde ou para quem olhar do professor está voltado. O professor deve procurar antecipar verbalmente suas ações para não surpreender ou assustar o aluno. Caso seja necessário tocá-lo durante a explicação de um movimento ou qualquer outra circunstância, é importante avisá-lo para que o aluno esteja prevenido. Com relação á distribuição e ao posicionamento dos alunos pelo espaço físico, é interessante intercalar pessoas com e sem deficiência visual, ou ainda pessoas cegas e com baixa visão, o que favorece a interação e a participação de todos em uma atividade comum. Inicialmente ou até que os alunos possuam um razoável domínio na relação corpo-espaço, é aconselhável trabalhar em círculos, fileiras ou colunas. O educador deve tomar cuidado especial ao se comunicar com a pessoa que tem deficiência visual. Além de possuir um bom vocabulário e saber se expressar claramente é importante transmitir sua afetividade por meio de gestos e palavras, pois muitas vezes o sorriso ou sinal de reconhecimento e aprovação social pode ser imperceptível para as pessoas que não dispõe do sentido visual. Antes de julgar o aluno, o professor deve procurar avaliar o seu próprio desempenho, questionando-se constantemente: será que fui claro em minha explicação? Será que as condições ambientais e materiais estão apropriadas? Estou transmitindo o nível de segurança adequado para a atividade? Muitas vezes, as dificuldades no processo ensino-aprendizagem partem de quem ensina, complicando a tarefa do aprendiz. É importante não subestimar o potencial do educando e ter a disposição de apreender juntamente com ele, valorizando a troca de experiências. Mecanismo de informação: Quando a instrução verbal não é suficiente para compreensão do exercício por parte da pessoa com deficiência visual é necessário recorrer a mecanismos e acessórios. Se por meio de palavras por si só não for suficiente, é possível recorrer à percepção tátil e levá-la a perceber o movimento realizado pelo professor por meio do toque. Se, ainda assim, o exercício não for compreendido torna-se necessário recorrer a percepção cinestésica, conduzindo o aluno pelo movimento desejado (CRAFT DH. 1990). Embora a informação cinestésica seja mais eficiente método de ensino para pessoas com deficiência visual, considera-se que esse tipo de referência deve ser utilizada com moderação, para que não torne a pessoa cega ou com baixa visão dependente de tal recurso. Comportamentos Estereotipados ou Maneirismo: abrange uma ampla variedade de atividades, incluindo movimentos de determinadas partes do corpo como fricção dos olhos, balanceio ritmado da cabeça ou do tronco, os gestos repetitivos com as mãos entre outros. Crianças cegas e com baixa visão podem apresentar maneirismo com freqüência significativa, e isso é motivo de preocupação porque tais comportamentos podem inibir interações sociais, interferir na atenção da criança a eventos do mundo externo, sem mencionar a possibilidade de lesões físicas. Existem hipóteses que tentam explicar esse tipo de comportamento: alguns movimentos com o balanceio do tronco e da cabeça podem ser associados à estimulação vestibular ou de outros órgãos dos sentidos. Outra hipótese é que o maneirismo pode ser resultado de uma privação social, mais do que sensorial. Ainda há uma terceira hipótese que aponta os maneirismos como uma forma de autorregulação resultante de superestimulação ou também como forma de produzir uma condição de proteção a agentes externos estressantes (Warren DH, 1994). Atividades motoras e esportivas voltadas para esta população. Os objetivos que devem nortear a prática pedagógica dos esportes com a pessoa com deficiência visual, precisam estar organizados a partir de limitações e potencialidades do indivíduo, bem como as modalidades que serão desenvolvidas, devendo englobar: * A diminuição da limitação psicomotora geralmente apresentada; * A utilização de todo potencial sensorial e psicomotor; * A melhoria das condições organo-funcionais: aparelho circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor; * A possibilitar de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição; * A prevenção de doenças secundárias; * O estímulo à autonomia e à independência Fonte: http://www.entreamigos.com.br/ As atividades motoras e esportivas voltadas para pessoas com deficiência visual, possuem um duplo aspecto educativo. Em primeiro momento, destacam-se as contribuições diretas das atividades ao desenvolvimento global do indivíduo, por meio da oferta de situações de ensino compromissadas com a oportunidade efetiva de formação e participação social de pessoas cegas e com baixa visão. A perspectiva socioeducativa deve estar presente em programas dessa magnitude, primando pela qualidade na intervenção junto aos educadores e garantindo-lhes as competências necessárias para o exercício de sua cidadania. Por outro lado torna-se necessário a conscientização da sociedade em geral. Estas ações são capazes de desencadear um http://www.entreamigos.com.br/ processo de mudança de comportamento, cujo os desdobramentos se refletem na revisão de valores e mudanças de atitude em relação a pessoa com deficiência visual, em diferentes dimensões e contextos sociais. Só assim será possível avançar minimamente em direção a uma sociedade mais humana e inclusiva. Em âmbito nacional, o esporte competitivo, ou de alto rendimento, é fomentado pela confederação Brasileira de desportos de deficientes visuais (CBDV) e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (COB). Como entidade que congrega clubes e associações regionais de todos os estados do país, a CBDV possui status de confederação, sendo integrada ao Sistema desportivo nacional. O Brasil é um dos mais de 91 países filiados a Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA), órgão responsável por dirigir, executar, regulamentar e supervisionar o desporto adaptado a pessoas com deficiência visual em nível internacional. Atualmente a CBDV administra cinco modalidades esportivas praticadas por pessoas com deficiência visual no Brasil, sendo três delas paralímpicas: futebol de cinco, judô e goalboll e duas não paralímpicas: futebol B2/B3 e powerlifting. O comitê Olímpico Brasileiro é responsável pelas modalidades paralímpicas: Atletismo e Natação. Embora ainda não regulamentada, a prática das seguintes modalidades tem sido bastante difundida ás pessoas com deficiência visual: xadrez, basquetebol, natação, beisebol, lutas (olímpica e Greco - romana), equitação, vela, esqui aquático, patinação no (gelo e rodas), canoagem, remo, corrida de orientação, montanhismo, entre outros esportes ao ar livre. Bom estudo a todos! A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio. Martin Luther King
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