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KAROLINE RAMOS BARCELOS 8087803 ATIVIDADE NO PORTFÓLIO – CICLO 2 POLO DE VITÓRIA – ESPÍRITO SANTO 2019 Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina de Administração, ministrada pelo Tutor Agostinho Fernando Adami. TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA A Teoria da Administração Científica surgiu nos Estados Unidos e o criador e participante mais destacado do movimento foi Frederick Winslow Taylor. Essa teoria surgiu devido a necessidade de aumentar a produtividade das empresas, que tinham foco nas tarefas, ou seja, no nível operacional. A abordagem era realizada de baixo para cima, sendo assim, da base para o topo da pirâmide, permitindo que os administradores conseguissem determinar a melhor maneira de realizar uma determinada atividade. Para Taylor, era essencial ter uma padronização dos métodos de trabalho e com isso ele começou seus estudos dos tempos e movimentos que acabou aumentando a produtividade de forma absurda, tornando todo o processo mais rápido. Com isso foi possível fazer a divisão do trabalho e treinar os trabalhadores para produzirem da melhor forma possível e em menos tempo obtendo assim a eficiência da mão-de-obra. Na abordagem clássica, existiam alguns pontos importantes, alguns deles era a necessidade de ter uma autoridade e responsabilidade, existindo assim o equilíbrio entre o mandar e o dever. Outros dois pontos muito importantes nessa abordagem, são as unidades de comando e de direção, sendo necessário a presença de um líder para que todos possam obedecê-lo. Alguns outros pensadores contribuíram para o desenvolvimento da Teoria Científica, foram eles: Frank e Lilian Gilbreth, Henry Grant, Morris Cooke e Henry Ford. Foram diversas contribuições, entre elas o aprofundamento nos estudos dos tempos e movimentos e no estudo da fadiga, necessários para obtenção de melhorias para atender determinadas características; os incentivos salariais, com prêmios por produções para incentivar a produtividade e criação da linha de montagem. Ao longo da história essa teoria sofreu algumas críticas, pois para muitos a abordagem clássica transformou o homem em máquina, sendo estimulado apenas financeiramente. Outra crítica sofrida ao longo dos anos foi de que a padronização seria mais para intensificar do que para racionar o trabalho. TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CLÁSSICA A Teoria da Administração Clássica surgiu na França e teve como principal nome Henry Fayol. Essa teoria tinha foco nas estruturas da empresa e surgiu da necessidade de encontrar os caminhos para administrar organizações maiores e mais complexas, como as grandes fábricas, por exemplo. A grande preocupação de Fayol, era a de aumentar a eficiência das empresas. A Teoria Clássica possuiu uma abordagem inversa à da Teoria Científica, pois enquanto a Científica partia de baixo para cima, a Clássica vai de cima para baixo, ou seja, da organização aos seus departamentos. Essa teoria tem o olhar em todas as esferas, desde as operacionais às gerenciais e busca uma maior eficiência organizacional. Para Fayol, era necessário planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar, para visualizar e traçar programas de ação, dirigir e orientar o pessoal para que a partir daí, certificar-se que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas. Fayol relacionou 14 princípios que são estudados de forma complementar aos de Taylor, são eles: divisão do trabalho; autoridade e responsabilidade; disciplina; unidade de comando; unidade de direção; subordinação dos interesses individuais aos gerais; remuneração do pessoal; centralização; cadeia escalar; ordem; equidade; estabilidade do pessoa; iniciativa e espírito de equipe. Assim como Taylor recebeu críticas com a sua Teoria Científica, a Teoria Clássica não ficou de fora. Algumas críticas eram em relação a empresa ser vista como um sistema fechado, além da manipulação dos trabalhadores, pois muitos achavam que seus princípios buscavam a exploração dos trabalhadores e também a obsessão pelo comando, devido ao fato que Fayol focou seus estudos nas unidades de comando, autoridade e responsabilidade, sendo assim, ficou sendo visto como um obcecado por comandos. TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS A Teoria das Relações Humanas é um conjunto de teorias administrativas que ganhou força com a Grande Depressão criada na quebra da bolsa de valores de Nova York no ano de 1929, fundamentada em grande parte nas ideias de Elton Mayo. A principal preocupação era relacionada ao esmagamento do homem pelo desenfreado desenvolvimento das indústrias. Suas novas ideias trouxeram novas perspectivas para a recuperação das empresas de acordo com as preocupações de seus dirigentes e começaram a tratar de forma mais complexa os seres humanos. Essas teorias buscavam conhecer as atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Até então, o trabalhador era tratado de uma forma muito mecânica, com isso o foco mudou e o trabalhador começou a ser visto como um “homus social”. Foi através dessa teoria que começaram a pensar na participação dos funcionários nas tomadas de decisões da empresa. Mayo acreditava que a remuneração não era suficiente para motivar os empregados a conseguir resultados satisfatórios, para ele, era importante manter um ambiente agradável, gerando conforto e aí sim conseguir ter uma remuneração adequada. Mayo era contrário à afirmação de Taylor de que a motivação do empregado era a salarial. Assim como a Teoria Científica e Clássica, a Teoria das Relações Humanas também sofreu algumas críticas com o passar dos anos, algumas delas são em relação a sua oposição à teoria clássica, sua visualização inadequada dos problemas industriais e uma concepção ingênua e romântica do funcionário. Como todas as outras teorias, a Teoria das Relações Humanas contribuiu de maneira significativa com a administração, independente das críticas que sofreu ao longo dos anos e abrange tanto o lado psicológico quanto o sociológico das organizações. TEORIA NEOCLÁSSICA A teoria neoclássica da administração é o nome dado a um conjunto de teorias que surgiram em meados da década de 50 com o crescimento exagerado das organizações e que propõe a retomada das abordagens clássica e científica. A teoria tem como principal referência Peter Drucker, mas inclui autores como William Newman, Ernest Dale, entre outros. As principais características da Teoria Neoclássica são: a ênfase na prática da administração, a reafirmação dos postulados clássicos, a ênfase nos princípios gerais da administração, a ênfase nos objetivos e nos resultados, além do ecletismo. Além disso, os neoclássicos falam um pouco sobre os conceitos de organização formal e seus princípios que são a divisão do trabalho, a especialização, a hierarquia e a amplitude administrativa. Nessa teoria surgiu o conceito de eficiência, que é a capacidade de produzir resultados da melhor forma, e a eficácia que é o ato de alcançar os resultados desejados. Os principais conceitos abordados por essa teoria, destacam-se a ênfase na prática da administração; a reafirmação relativa das proposições clássicas; a ênfase nos princípios gerais de gestão e a ênfase nos objetivos e resultados. Esta nomenclatura da teoria neoclássica é utilizada apenas no Brasil e foi popularizada no livro texto de Chiavenato, que é utilizado no ensino na administração de empresas no país. Segundo Chiavenato (2003), o termo teoria neoclássica não é a forma mais adequada de ser chamada, pois não é propriamente uma escola definida e sim um movimento que recebe diversas denominações. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS: CHIAVENATO,Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: Uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.