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Metodologia do 
Ensino de História
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Jurema Mascarenhas Paes
Revisão Textual:
Profa. Ms. Jurema Mascarenhas Paes
A história e os objetos da cultura: literatura, música e aulas de campo
• História e música
• História e literatura
• Aulas de campo
 · Continuar a reflexão sobre as atuais tendências da historiografia, em 
especial sobre a história do imaginário e a relação da história com a 
música, com a literatura e com o patrimônio histórico;
 · Apresentar e analisar fontes musicais e literárias;
 · Desdobrar o processo de aulas de campo em museus, sítios 
arqueológicos, monumentos históricos dentro da cidade;
 · Contribuir para a formação acadêmica de profissionais das áreas de 
ciências humanas, por meio de reflexões que proporcionem maior 
aprofundamento em torno do estudo de história.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Nesta Unidade, faremos o estudo do imaginário e da história em suas 
formas de representação através de fontes variadas como: música, literatura 
e patrimônio histórico. Os principais objetivos aqui serão aprender a utilizar 
as fontes musicais e a literatura em sala de aula e perceber como essas 
fontes podem contribuir para a pesquisa e para o ensino em História. 
Abordaremos também a importância das aulas de campo, como visitas a 
museus, sítios arqueológicos e monumentos históricos dentro da cidade e 
dos espaços urbanos. Nessa direção, também faremos uma incursão sobre 
o conceito de patrimônio.
ORIENTAÇÕES
A história e os objetos da cultura: literatura, 
música e aulas de campo
UNIDADE A história e os objetos da cultura: literatura, música e aulas de campo
Contextualização
Como usar a música ou a literatura em sala de aula para o ensino de 
história? O que são aulas de campo? São esses os pontos que iremos desdobrar 
nesta Unidade. Primeiro é muito importante entender a música e a literatura 
como lugares de pensamento, como linguagens que possuem mecanismos e 
metodologias próprias e, como tal, podem ser fontes muito ricas para a pesquisa 
e para o ensino em sala de aula. 
É uma jogada transdisciplinar fazer uso de uma linguagem de outro território 
para trazer luz a uma outra disciplina. A partir da segunda metade do século 
XX, paradigmas renovados adentraram a História possibilitando incursões 
interdisciplinares com as ciências sociais, com a música, com a literatura, o 
cinema, a economia, dentre outras disciplinas, enriquecendo as temáticas e as 
abordagens históricas.
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A História e os objetos da cultura: música, 
literatura e aulas de campo
Se você tiver uma boa ideia, é melhor fazer uma canção, já disse um 
famoso compositor brasileiro; mas, além de ser veículo para uma boa 
ideia, a canção (e a música popular como um todo) também ajuda a 
pensar a sociedade e a história. A música não é apenas boa para ouvir, 
mas também é boa para pensar.1 
Diversificar recursos pedagógicos em sala de aula é enriquecedor para todas 
as disciplinas. Para a História, é muito importante sobretudo para afastar a ideia 
anacrônica de que a disciplina se resume à memorização de datas e fatos. Por 
isso, faz-se necessário situar o aluno diante de outras formas de aprendizagens, 
estimulando outros tempos e espaços, outras fontes e referências.
A historiografia contemporânea tem recorrido a fontes como a música, a 
literatura, a fotografia, o cinema, fontes que são capazes de revelar o implícito, o 
oculto na intenção de descortinar o passado.
A produção musical, como coloca a historiadora Maria Izilda Santos Matos2 
, apresenta-se como um corpo documental particularmente instigante, já que 
por muito tempo constituiu um dos poucos documentos existentes sobre certos 
setores relegados ao silêncio, centrando-se na expressão de sentimentos e 
abordando temáticas tão raras a outros registros. Trata-se de uma documentação 
muito rica, com grande potencial para a revelação do cotidiano, das sensibilidades 
e das paixões, como algo que todos os dias penetra pelos ouvidos e está na 
boca de todos. A música possibilita outras reflexões, outras abordagens sobre os 
acontecimentos e os processos históricos. Nessa direção Maria Izilda desdobra o 
conceito super interessante de paisagens sonoras ao falar por exemplo da história 
da cidade de São Paulo:
“Os territórios não são só caracterizados e identificados pelas imagens, 
mas possuem polifonia e musicalidade, constituindo “paisagens sonoras”, 
que se caracterizam por: sons fundamentais ( criados pelos elementos da 
natureza - água, ventos - e também pelas máquinas, que se tornam hábitos 
auditivos), sinais (sons destacados e ouvidos conscientemente como sinos, 
apitos, sirenes, constituem-se em recursos de avisos acústicos, podendo 
anunciar um acontecimento aprazível e/ou catastrófico) e marcas sonoras 
(sons únicos ou que possuam determinadas qualidades, sendo significativo 
ou notado pelos habitantes do lugar).”3 
1 NAPOLITANO, Marcos. História e Música: História cultural da música popular. Belo Horizonte: Autêntica, 
2005. p. 11.
2 MATOS, Maria Izilda Santos. A cidade, a noite e o cronista. São Paulo e Adoniran Barbosa. Bauru, SP, 
EDUSC,2007. Capítulo 4. ( História e música: sensoriedades, sensibilidades e sonoridades.
3 MATOS, Maria Izilda Santos. A cidade, a noite e o cronista. São Paulo e Adoniran Barbosa. Bauru, SP, 
EDUSC,2007. Capítulo 4. ( História e música: sensoriedades, sensibilidades e sonoridades. P. 36
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UNIDADE A história e os objetos da cultura: literatura, música e aulas de campo
As experiências com a música (para o compositor e ouvinte) são elementos 
constitutivos de componentes entrecruzados, com determinações sociais, 
econômicas, tecnológicas, da mídia e de equipamentos culturais.
A fonte musical oferta ao historiador uma série de novas abordagens e, para 
o professor, um leque de opções e desdobramentos conceituais, narrativos, 
analíticos de apreensão das tramas históricas. O professor pode interpretar uma 
canção, exibir e analisar um documentário, fazendo do aprendizado um ato 
transdisciplinar prazeroso.
Mas nem sempre foi assim, por muito tempo a música foi uma fonte 
desconsiderada pela historiografia como legítima. Ela passou a ser utilizada na 
segunda metade do século XX, a partir da escola dos Annales francesa e da 
mudança de paradigmas na ciência. 
Como diz o compositor Gilberto Gil na música Quanta:
 
Sei que a ar
te é irmã da
 
ciência 
Ambas filhas
 de um Deus
 
fugaz 
Que faz num
 momento 
E no mesmo
 momento d
esfaz 
Esse vago De
us por trás d
o 
mundo 
Por detrás d
o detrás
Sabe-se que, no princípio, historiadores que realizaram 
trabalhos de pesquisa tendo a música como fonte fizeram 
uso de pseudônimos para que não fossem desmerecidos 
pelo meio acadêmico. Eles precisavam garantir uma aura de 
seriedade frente aos colegas de trabalho, e a fonte musical 
não era considerada suficientemente séria. O Francês Henri-
Irènèe Marrou utilizou o pseudônimo de Henri Davenson, 
escreveu o Curso de introdução a canção popular francesa 
– com exemplos musicais, letras de canções, análises 
melódicas e de tonalidades. Escreveu também um tratado 
sobre a música de santo Agostinho. Outro historiador 
significativo que se escondeu em um pseudônimo foi o 
Eric Hobsbawm, seu pseudônimo era Francis Newton, que 
escreveu o livro História Social do Jazz.
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No prefácio do livro, nas primeiras edições, apresenta-se uma justificativa pelo 
uso do pseudônimo:
Este livro foi publicado há quase trinta anos, sob o pseudônimo de Francis 
Newton (baseado em Frankie Newton, o trompetista), com a intenção de 
manter as obras do autor como historiador separadas de sua produção 
como jornalista de Jazz.4 
Mergulhando um pouco no conteúdo do livro, Hobsbawn desdobra:
O jazz pode ser dividido em fases; cerca de 1900-1917, quando se 
tornou a linguagem da música popular negra em toda a América 
do Norte, enquanto alguns dos seus aspectos (síncope e ragtime), 
tornaram-se componentes permanentes de Tin Pan Alley; de 1917-1929, quando o jazz estrito se expandiu muito pouco, mas evoluiu muito 
rapidamente, e quando uma infusão de jazz altamente diluída veio a 
ser a linguagem dominante na música de dança ocidental urbana e nas 
canções populares; 1929-1941, quando o jazz começou propriamente 
sua conquista de públicos minoritários europeus e músicos de avant 
garden, e uma forma bem mais diluída – o swing – entrou para a 
música pop de maneira permanente.5 
Observa-se que o Jazz é uma música mestiça, fruto da articulação de matrizes 
culturais diversas, que se desenvolveu durante o século XX, em território Americano. 
O jazz foi fonte para o desdobramento de outros gêneros musicais mais populares, 
conforme coloca o autor. Hobsbawn faz uma análise profunda da cena, da forma 
como o Jazz era produzido, seus personagens e paradigmas estéticos. Por meio 
do estudo do Jazz, pode-se entender as questões étnicas nos Estados Unidos, as 
lutas do movimento negro, o processo de tradução da diáspora de possíveis áfricas 
na América do Norte, os processos migratórios que se deram na segunda Guerra 
mundial e as questões político-econômicas.
O professor pode, em torno desse ethos musical, abordar períodos da história 
dos Estados Unidos por meio de imagens e som. 
Link de um documentário breve sobre o Jazz:
https://www.youtube.com/watch?v=6Ac-Si6RT-k
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4 HOBSBAWM, Eric J. História Social do Jazz. Paz e Terra: 2011. P. 11
5 HOBSBAWM, Eric J. História Social do Jazz. Paz e Terra: 2011. P. 75
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UNIDADE A história e os objetos da cultura: literatura, música e aulas de campo
Para abordar a música como fonte/imagem do passado e escuta e visibilidade do 
presente, o historiador e o professor de história precisam estar atentos a algumas 
dificuldades em relação ao objeto:
 · A falta do conhecimento da tecnicidade, da linguagem musical pelo 
historiador/professor;
 · A notação musical;
 · Instrumentação e arranjos.
A discussão em torno da música enquanto fonte aponta para a possibilidade e, 
principalmente, para a viabilidade do historiador tratar a música e a canção popular 
como uma fonte documental importante no mapeamento e para desvendar zonas 
obscuras da história, sobretudo aquelas relacionadas com os setores subalternos 
e os setores subjetivos e da sensibilidade. O historiador José Geraldo Vinci de 
Moraes coloca em seu artigo História e música: canção popular e conhecimento 
histórico6 algumas questões problemas sobre o manuseio da fonte musical:
Para o historiador que está relativamente distante dos debates acalorados, 
das angústias científicas e discussões estritas da musicologia e da música 
propriamente dita, naturalmente se coloca como primeiro problema às 
investigações lidar com os códigos e a linguagem musical. Certamente 
esse é um problema sério, não o único, mas que deve ser superado. Essa 
dificuldade não pode ser impeditiva para o historiador interessado nos 
assuntos relacionados à cultura popular, como não foram, por exemplo, 
as línguas desconhecidas, as representações religiosas, mitos e histórias 
e os códigos pictóricos. Na realidade, essas linguagens não fazem parte 
de fato do universo direto e imediato do historiador, mas nenhuma 
delas impediu que esses materiais fossem utilizados como fonte histórica 
para desvendar e mapear zonas obscuras da história. Deste modo, 
mesmo não sendo músico ou musicólogo com formação apropriada e 
específica, o historiador pode compreender aspectos gerais da linguagem 
musical e criar seus próprios critérios, balizas e limites na manipulação 
da documentação (como ocorrem, por exemplo, com a linguagem 
cinematográfica, iconográfica e até no tratamento da documentação 
mais comum).
Sabe-se que a linguagem musical, tradicional, é composta de ritmo, melodia e 
harmonia. Nem todo historiador tem conhecimento sobre música, sobretudo teoria 
musical, sendo assim, como se relacionar com a música como fonte?
6 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01882000000100009&script=sci_arttext
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No século XX, um elemento muito importante mudou a nossa forma de consumir, 
ouvir e registrar a música, o fonograma. Até então, o registro da memória musical 
era feito por meio do pentagrama, da escrita musical. O fonograma trouxe a 
possibilidade de analisar a música de outras maneiras, sem precisar estar focado no 
conhecimento formal de música, via partitura.
 
Com o fonograma, criou-se outros processos de memorização, registro, 
divulgação e reprodução da música. Emergiram novos mundos de sons, técnicas, 
sociabilidades e escutas. Foi um recurso valioso para os historiadores, possibilitando 
outras formas dos mesmos chegarem aos sons do passado. Mas realizar a escuta 
desse passado requer algumas abordagens teórico-metodológicas.
O fonógrafo
Metodologias para explorar a fonte que é a música popular em sala de aula:
Fonte: iStock/Getty Images
Existem historiadores que analisam apenas as letras das canções, outros 
acreditam que analisar apenas a letra não é o suficiente. O professor José 
Geraldo7 , por exemplo, é adepto da análise musical em confluência com a 
letra, segue trecho:
7 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01882000000100009&script=sci_arttext
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UNIDADE A história e os objetos da cultura: literatura, música e aulas de campo
A música popular não deve ser compreendida apenas como texto, fato 
muito comum em alguns trabalhos historiográficos que se arriscam por 
essa área. As análises devem ultrapassar os limites restritos exclusivamente 
à poética inscrita na canção, no caso específico a poesia popular, pois, 
ainda que de maneira válida, estaria se realizando uma interpretação 
de texto, mas não da canção propriamente dita. Todavia, é preciso 
considerar também que muitas vezes as formulações poéticas concedem 
mais indicações e caminhos que as estritamente musicais, que podem 
redundar em torno das mesmas estruturas, formulações melódicas, ritmos 
e gêneros conhecidos. Por isso, para compreender a poesia da canção 
popular, é necessário entender sua forma toda especial, pois ela não é 
para ser falada ou lida como tradicionalmente ocorre. Na realidade, a 
letra de uma canção, isto é, a “voz que canta” ou a “palavra-cantada”, 
assume uma outra característica e instância interpretativa e assim deve ser 
compreendida, para não se distanciar das suas íntimas relações musicais. 
O distanciamento relativo entre ela e a estrutura musical deve ser feito 
apenas com intenção analítica, pois os elementos da poética concedem 
caminhos e indícios importantes para compreender não somente a 
canção, mas também parte da realidade que gira em torno dela.
Desdobrando uma possível metodologia:
 · A visão de mundo do autor deve ser sempre contextualizada para se entender 
a abordagem melódica, rítmica e harmônica que o mesmo desenvolve em 
suas canções;
 · Aspectos socioculturais, de gênero e estilo do autor também devem ser abordados;
 · O professor/pesquisador pode analisar a forma instrumental, os tipos de 
instrumentos, seus timbres, a forma de interpretação e os arranjos de dado 
documento sonoro;
 · A compreensão do binômio melodia-texto é a forma mais indicada para se 
ter como referência, sobretudo porque se trata, na realidade, da estrutura 
que dá sentido à canção popular;
 · Pode-se também perceber a capacidade sonora da estrutura da música, 
incorporada aos movimentos históricos e culturais; 
 · Sobre os quesitos produção, difusão, circulação e recepção da música, o 
professor e o pesquisador precisam estar atentos a aspectos da comunicação 
e aspectos tecnológicos.
Uma música pode trazer à tona a memória de tempos idos. Veja o que coloca 
Le Goff sobre a memória no livro História e memória:
Tornar-se senhores da memória e do esquecimento é uma das grandes 
preocupações das classes, dos grupos, dos indivíduos que dominaram 
e dominam as sociedades históricas. O esquecimento e os silêncios da 
história são reveladores desses mecanismos de manipulação da memória 
coletiva (LE GOFF, 1984, p.13).
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Na época da DitaduraMilitar, no Brasil, a censura fazia uma triagem do que 
poderia ser gravado, tocado e transmitido. A música Popular Brasileira digladiava-se 
com o aparato repressor. Enquanto esse último insistia no esquecimento de temas 
perturbadores da ordem, a música tratava de lembrá-los. Quando as metáforas 
eram proibidas, às vezes, os compositores falavam o que queriam por meio de 
manobras estéticas, através de arranjos musicais que, ao menos, desenhavam em 
sons um pouco do movimento que se queria discutir. Por esse motivo, inclusive, 
que Caetano Veloso e Giberto Gil foram presos e exilados do pais.
A memória está no próprio alicerce da história, confundindo-se com os 
documentos, monumentos e com a oralidade. A memória também pode ser 
entendida como individual e coletiva, iluminada pela interdisciplinaridade com 
a Psicologia.
A relação da história com a música brasileira tem sido, no Brasil, intérprete 
de dilemas nacionais e veículo de utopias sociais. Nos últimos quarenta anos, a 
música brasileira atingiu um grau de reconhecimento cultural que encontra poucos 
paralelos no mundo ocidental.
Como exercício ilustrativo e de análise, podemos observar a relação da música com a 
história da ditadura musical no Brasil, por meio das seguintes canções:
 · O Bêbado e o equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc)
 · Arrastão (Vinícius de Moraes e Edu Lobo)
 · Alegria, Alegria (Caetano Veloso)
 · Pra não dizer que não falei das Flores (Geraldo Vandré)
 · A banda (Chico Buarque)
Dos exemplos acima, vamos desdobrar a canção Pra não dizer que não falei 
das flores, de Geraldo Vandré, segue link:
http://www.vagalume.com.br/geraldo-vandre/pra-nao-dizer-que-nao-falei-das-flores.html
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Primeiro ponto:
Quem foi Geraldo Vandré?
Para fazer uso da fonte musical, é sempre muito importante situar quem compôs 
a música e em que momento.
Vandré é um Cantor, compositor, poeta e violonista Brasileiro
Sabe-se que o compositor, por meio da canção popular, conta histórias, fala 
do cotidiano, aborda questões sentimentais, manda recados, protesta, enfim, são 
inúmeras as possibilidades que a canção possui em seu potencial comunicativo, 
representativo e histórico.
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UNIDADE A história e os objetos da cultura: literatura, música e aulas de campo
Quando essa canção veio a público?
Em 1968, Geraldo Vnadré participou do III Festival Internacional da Canção da 
TV Globo com Pra não Dizer que não Falei das Flores, também conhecida como 
“Caminhando”. A composição se tornou um hino de resistência do movimento 
civil e estudantil que fazia oposição à ditadura durante o governo militar, e foi 
censurada. O refrão “Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem 
sabe faz a hora, / Não espera acontecer” foi interpretado como uma chamada 
à luta armada contra os ditadores. No festival, a música ficou em segundo lugar, 
perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim. A música Sabiá foi vaiada 
pelo público presente no festival, que bradava exigindo que o prêmio viesse a ser 
da música de Geraldo Vandré.
Os questionamentos acima são importantes para o processo de contextualização 
da canção, para, a partir deles, poder então refinar a análise da fonte ou enriquecer 
o processo analítico em sala de aula.
Link com imagens e fatos que contextualizam o momento em que a música Pra 
não dizer que não falei das flores foi composta, em 1968, ano onde foi estabelecido 
o AI – 5:
https://www.youtube.com/watch?v=A_2Gtz-zAzM
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Vamos acompanhar, a seguir, a análise da letra da canção:
Caminhando e cantando e seguindo a canção / somos todos iguais 
braços dados ou não
Essas duas estrofes tomaram corpo e ganharam aderência simbólica com 
as passeatas de 1968, que reuniu jovens com desejos de mudança. Eram 
movidas a cartazes de protestos, vozes que entoavam hinos. Essa frase 
traz também a ideia metafórica de que, independente das crenças, da 
ideologia ou da classe social, as pessoas são entendidas pelo compositor 
como iguais, estando elas do mesmo lado ou não.
Nas escolas nas ruas, campos, construções
A música coloca que as manifestações eram compostas por pessoas de 
diversos ambientes, que possuíam em comum o desejo de mudança.
Ver contextualização e análise da música completa no link:
http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2009/08/analise-critica-da-musica-pra-nao-dizer.html
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História e literatura
[...] a História é uma espécie de ficção, ela é uma ficção controlada, 
e, sobretudo pelas fontes, que atrelam a criação do historiador aos 
traços deixados pelo passado. [...] A História se faz como resposta a 
perguntas e questões formuladas pelos homens em todos os tempos. 
Ela é sempre uma explicação sobre o mundo, reescrita ao longo das 
gerações que elaboram novas indagações e elaboram novos projetos 
para o presente e para o futuro, pelo que reinventam continuamente o 
passado (PESAVENTO, 2003, p. 58-59).
A ficção vem separada da realidade por uma linha tênue. A história, assim 
como a literatura, se faz como intertexto, mas com um compromisso científico 
com o chamado real. Tanto a história quanto a literatura são discursos distintos 
que almejam representar as experiências do homem no tempo, assim, ambas são 
formas de explicar o presente, inventar o passado, imaginar o futuro.
[...] ambas são formas de representar inquietações e questões que 
mobilizam os homens em cada época de sua história, e, nesta medida 
possuem um público destinatário leitor8 (PESAVENTO, 2003, p. 81).
A literatura, assim como o cinema, a música, os objetos culturais, pode ser 
compreendida como forma de representação da experiência humana, instrumento 
mediador que faz ver um objeto ausente através da substituição por uma imagem, 
um texto literário capaz de o reconstruir em memória.
 “pode-se dizer que a proposta da História Cultural seria, pois, decifrar 
a realidade do passado por meio das suas representações, tentando 
chegar àquelas formas, discursivas e imagéticas, pelas quais os homens 
expressam a si próprios e o mundo” (PESAVENTO, 2005, p. 42). 
A análise de uma obra literária feita por um historiador traria as seguintes 
questões-problema: de que forma essa obra pode contribuir para a compreensão 
do imaginário da sociedade analisada? O que a mesma transmite de seu tempo? 
Como e quais as intenções que transmite? 
8 PESAVENTO, Sandra Jatahy. História e História cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. In: http://www.
cadernoterritorial.com/news/historia-e-literatura-um-dialogo-possivel-patricia-martins-alves-do-prado/
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UNIDADE A história e os objetos da cultura: literatura, música e aulas de campo
Conforme Pesavento:
A literatura permite acesso a sintonia fina ou ao clima de uma época, ao 
modo pelo qual as pessoas pensavam o mundo, a si próprias, quais os 
valores que guiavam seus passos, quais os preconceitos, medos e sonhos. 
Ela dá a ver sensibilidades, perfis, valores. Ela é fonte privilegiada para 
a leitura do imaginário. […] para além das disposições legais ou código 
de etiquetas de uma sociedade, é a literatura que fornece os indícios 
para pensar como e por que as pessoas agiam desta e daquela forma 
(PESAVENTO, 2003, p. 82-83).
Incursões didáticas com textos literários na disciplina de História mobilizam vários 
tipos de informações históricas e dependem de um conhecimento das técnicas 
de escrita literária, gêneros e temáticas, recursos de linguagem e de conteúdo. 
É bom ressaltar que, como já dissemos, os textos não são reflexos objetivos de 
contextos históricos estanques. Nosso trabalho não é o de simplesmente identificar 
conteúdos históricos presentes nos textos literários. O objetivo é mostrar como 
os textos literários dialogam com outros textos sociais, formas de pensamento, 
mentalidades, estruturas sociais e, eventualmente, gêneros literários.
Metodologia:
 · É necessário o conhecimento das técnicas de escrita literária, gêneros e 
temáticas, recursos de linguagem e de conteúdo;
 · Observar a biografia do escritor;
 · Observar como o texto literáriodialoga com outros textos sociais;
 · A relação entre ficção e realidade;
 · Buscar por meio de discursos particulares reconstruir os sistemas de 
representação;
Link de análise sobre obra Hamlet de Shakespeare:
https://www.youtube.com/watch?v=U4d2gBWOIywE
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Desdobraremos aqui a fonte literária em torno da história dos tropeiros no Brasil, 
do período colonial, como demonstrativo do uso da literatura para a constituição 
da trama histórica.
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No conto O tropeiro, de Abílio Barreto (1883- 1957), observa-se o imaginário 
que girava em torno das mercadorias levadas pelas tropas. Os tropeiros faziam a 
conexão entre o litoral e o sertão colonial, em lombo de burro seguiam mercadorias 
de toda ordem. No trecho abaixo, observa-se a descrição do tropeiro e sua função 
cotidiana de transportador e mercador: 
Belos tempos aqueles das minhas viagens com tropa de calhau por êsses 
sertões afora, onde não se falava senão nas chitas, nos colares, na iáiá de 
ouro, nos grandes lenços estampados, nas rendas de bilros da Bahia, no 
pano da costa e em mil outras coisas que nos traziam os canoeiros. Ao 
calhau vinha ter tudo isso e dali carregava eu tudo isso por estes mundos… 
[…] Éramos, como disse Fulgêncio, um grande entreposto comercial do 
norte de Minas e do Sul da Bahia.
Outro exemplo literário é o livro Tropas e boiadas (1917), de Hugo Carvalho 
Ramos (1895 -1921), que vê a questão através de imagens que ficaram retidas na 
memória do escritor goiano. Nele, o autor fala de quando os tropeiros chegavam 
da labuta e tinham que desarmar toda a tropa para poderem descansar. 
O tropeiro empilhou a carregação fronteira aos fardos do dianteiro, 
e recolheu depois uma a uma as cangalhas suadas do alpendre. Abriu 
após um couro largo no terreiro, despejou por cima meia quarta de 
milho, ao tempo que o resto da tropa ruminava em embornais a ração 
daquela tarde.
As páginas de Tropas e boiadas, além de espelharem um modo de vida regional, 
repleto do mais vivo realismo, valem-se da cultura típica da região centro-oeste. 
É clara a semelhança entre a linguagem utilizada por Hugo Carvalho e aquela 
entoada pelo baiano Elomar No Auto do tropeiro Gonsalim, o dialeto sertanejo 
do interior colonial se mostra presente na literatura e na poesia. De certa forma, 
pode-se dizer que os tropeiros e aqueles que cantaram e contaram suas histórias no 
alto sertão da Bahia têm uma coisa em comum: encurtaram as distâncias do Brasil, 
integrando suas culturas.
Link da música de Elomar com a letra do Auto do tropeiro Gonsalim, onde se 
pode observar o dialeto sertanejo e o cotidiano estradeiro dos tropeiros:
https://www.youtube.com/watch?v=X7VUxQ48_SY
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UNIDADE A história e os objetos da cultura: literatura, música e aulas de campo
Aulas de campo: museus, construções, 
sítios arqueológicos, patrimônio histórico
Museus, assim como sítios arqueológicos, a exemplo do de Canudos na Bahia, 
construções e monumentos históricos nas cidades são possibilidades que precisam 
ser exploradas na prática do ensino da História, a ideia é tentar fazer acontecer 
aulas criativas e ricas fora da caixinha, da sala de aula.
Esses ambientes estão abertos ao público, o que possibilita conversar e 
pesquisar, exibem materiais do homem e seu ambiente para fins de pesquisa e 
turismo cultural. São locais de grande potencial educativo. As visitas de estudo 
neles realizadas adquirem importância para o ensino da História. Do ponto de 
vista da escola, a visita deve ser articulada com os conteúdos que estão sendo 
trabalhados em sala, com o interesse do aluno e do professor. 
O aluno muitas vezes observa o museu, o sítio arqueológico ou um monumento 
pelo olhar do professor, ou seja, o professor tem uma responsabilidade muito 
grande sobretudo em propor possibilidades de abordagens sobre os ambientes a 
serem visitados. A ideia é não propor uma visão unívoca e fechada. Nessa direção, 
é muito importante os conceitos que serão utilizados pelo professor a respeito 
desses espaços. 
Existe a ideia do museu como um depósito de coisas do passado, um ambiente 
de coisas velhas, que as pessoas visitam com o intuito de acumular conhecimento e 
erudição. Desse ponto de vista, o professor pode fazer uso do museu para ampliar 
e reforçar os conteúdos apreendidos em sala. 
Outro conceito é o do museu como guardião de objetos de cultura e de coisas 
importantes. Nesse caso, é importante que, antes da visitação, o professor tenha em 
pauta todas as opções e olhares possíveis sobre o espaço museu, sítio arqueológico 
ou monumentos históricos. 
É muito importante que o aluno, ao visitar esses espaços, sinta-se partícipe 
da construção do conhecimento, perceba como os discursos são construídos em 
cada ambiente. É necessário que a visita seja planejada e discutida com os alunos 
desdobrando os conteúdos que serão observados e trabalhados. Além dessas visões, 
existe também a ideia do museu vivo, aquele que proporciona interação e no qual 
os temas são expostos de forma movente – como o Museu da Língua Portuguesa, 
em São Paulo, por exemplo.
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A visita não deve ser solta, deve vir acompanhada de um relatório e de uma 
avaliação, fazendo com que os alunos entendam o sentido do museu na composição 
de ideias de cidadania e identidade. É fundamental também que o professor explore 
conceitos como, por exemplo: patrimônio histórico, espaço urbano e a mobilidade 
nas cidades. Conectando questões-problema atuais ao repertório histórico das 
cidades, dos bairros em que os alunos moram, trazendo o saber histórico para dentro 
da vida cotidiana do aluno, conectando o saber à realidade e aos afetos. Vamos 
conhecer então o conceito de Patrimônio histórico defendido pelo IPHAN.
Sítio Arqueológico de Canudos MASP - Museu de arte de São Paulo
Link : http://goo.gl/pebJQE
Fonte: uneb.br
Link : http://goo.gl/4YEMf
Fonte: Wikimedia Commons
Monumento às Bandeiras
 
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE A história e os objetos da cultura: literatura, música e aulas de campo
O IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e artístico nacional) apresenta da 
seguinte forma o conceito de patrimônio histórico e cultural:
A Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 216, ampliou o conceito 
de patrimônio estabelecido pelo Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro 
de 1937, substituindo a nominação Patrimônio Histórico e Artístico, por 
Patrimônio Cultural Brasileiro. Essa alteração incorporou o conceito de 
referência cultural e a definição dos bens passíveis de reconhecimento, 
sobretudo os de caráter imaterial. A Constituição estabelece ainda a 
parceria entre o poder público e as comunidades para a promoção e 
proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro, no entanto mantém a gestão 
do patrimônio e da documentação relativa aos bens sob responsabilidade 
da administração pública.
Enquanto o Decreto de 1937 estabelece como patrimônio “o conjunto 
de bens móveis e imóveis existentes no País e cuja conservação seja de 
interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história 
do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, 
bibliográfico ou artístico”, o Artigo 216 da Constituição conceitua 
patrimônio cultural como sendo os bens “de natureza material e imaterial, 
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência 
à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da 
sociedade brasileira”. 
Nessa redefinição promovida pela Constituição, estão as formas de 
expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas 
e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais 
espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos 
urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, 
paleontológico, ecológico e científico.
Trabalhando com esses conceitos e visando facilitar o acesso ao 
conhecimento dos bens nacionais, a gestão do patrimônio é efetivada 
segundo as características de cada grupo: PatrimônioMaterial, Patrimônio 
Imaterial, Patrimônio Arqueológico e Patrimônio da Humanidade.
Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/218
Nessa direção, constata-se a importância do IPHAN (Instituto de Patrimônio 
histórico e artístico nacional) como responsável pela preservação do Patrimônio 
histórico. É importante que o professor e o aluno compreendam a função 
dessa instituição para poder refletir sobre questões atuais a respeito dos espaços 
urbanos, temas que permeiam o cotidiano das grandes e pequenas cidades. As 
cidades históricas possuem um patrimônio acumulado ao longo de anos do seu 
desenvolvimento, a preservação desse legado pressupõe operar com lugares, 
tradições, memórias, pessoas e diferentes relações políticas que se estabelecem em 
torno desse universo. As ações de recuperação desses espaços passam sobretudo 
pela dimensão imaterial, como práticas socioculturais, hábitos, usos, atividades 
humanas e vivências cotidianas. Entender o conceito de patrimônio imaterial é 
muito importante para o entendimento de conceitos como identidade e cidadania.
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A relação aula de história e patrimônio pode atuar com os seguintes temas: a 
história da cidade que o aluno vive, a história do seu bairro e também a história dos 
monumentos.
Sobre o Monumento às Bandeiras, por exemplo, o professor pode fazer um 
estudo histórico da simbologia representativa da obra pelo ponto de vista político 
cultural e estético. O Monumento às Bandeiras é uma obra de arte executada pelo 
escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret. Fica localizada na entrada do Parque 
Ibirapuera na cidade de São Paulo. Simboliza os bandeirantes e foi feita por um 
imigrante italiano no século XX, na cidade de São Paulo. O monumento propicia o 
desdobramento de três momentos históricos para o estudo da história de São Paulo: 
a história do período colonial, ao qual a obra se refere, o momento em que a mesma 
foi encomendada, 1921, e o momento em que foi inaugurada. Temas importantes 
perpassam a mesma a história dos bandeirantes, a história da imigração no século 
XX, da colônia italiana e da cidade de São Paulo no século XX.
A obra foi encomendada pelo governo de São Paulo em 1921, erguida na região 
centro-sul da cidade, na praça Armando Salles de Oliveira, em frente ao Palácio Nove 
de Julho, sede da Assembleia Legislativa, e ao Parque do Ibirapuera. Sua escultura 
possui 240 blocos de granito, cada um pesando aproximadamente 50 toneladas, 
com cinquenta metros de comprimento e dezesseis de altura. Foi inaugurada em 
1954, juntamente com o Parque do Ibirapuera, para as comemorações do IV 
Centenário da cidade de São Paulo.
A obra representa os bandeirantes expondo suas diversas etnias e o esforço 
para desbravar o país. Além de portugueses (barbados), vemos na obra negros, 
mamelucos e índios (com cruzes no pescoço), puxando uma canoa de monções, 
utilizadas nas expedições fluviais.
Todo um trabalho pode ser feito em torno desse monumento, desde a biografia de 
Brecheret à forma como ele organizou os personagens históricos no monumento, 
em ordem de representatividade étnica na pirâmide social, e sua própria passagem 
pela cidade de SP.
Sabe-se que os estudos identitários são fundamentais para a compreensão 
dos processos que levaram à criação ou constituição das nações e do patrimônio 
histórico-cultural, o que tem papel de sacramental importância uma vez que mostra 
o espírito criativo do homem de diferentes épocas, por meio da arquitetura, 
pintura, arte, da ciência, dentre outras; ou seja, de obras que causam admiração 
não somente pela sua beleza, como também pela sua morfologia histórica.
Ensinar história no século 21 é solapar os eixos tradicionais da história linear 
francesa (antiga, média, moderna e contemporânea), por uma história temática, 
interdisciplinar, problematizadora, atenta às transformações sociais do novo século.
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UNIDADE A história e os objetos da cultura: literatura, música e aulas de campo
Material Complementar :
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
História do Brasil Colonial I - Pgm 15 - O imaginário da colonização - Parte 3
https://www.youtube.com/watch?v=_hMIAc4Kz2w
 Sites
Entrevista com José Amálio Pinheiro
https://alriccio.wordpress.com/2013/11/14/entrevista-com-jose-amalio-pinheiro/
 Leitura
O Filme na sala de aula: Um Aprendizado Prazeroso
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1532-8.pdf
Revista Certa História
http://certahistoria.blogspot.com.br/2012/10/analise-do-filme-carlota-joaquina.html
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Referências
HAYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 2006.
HOBSBAWN, Eric J. História Social do Jazz: Paz e terra, 1917
MATOS, Maria Izilda. Âncora de emoções: corpos, subjetividade e sensibilidades. 
Bauru, SP: EDUSC, 2005
NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema em sala de aula. São Paulo: 
Contexto, 2003. p. 89
NAPOLITANO, Marcos. História e música. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 
2005
BAPTISTA, Dulce Maria Tourinho; GAGLIARDI, Clarissa M. R. (orgs.). Intervenções 
Urbanas em Centros Históricos: Brasil e Itália. São Paulo: EDUC: CAPES, 2012
VAINFAS, Ronaldo. Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Rio 
de Janeiro: Campus, 1997.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. História e História Cultural. Belo Horizonte: 
Autêntica, 2003.
______.História & literatura: uma velha-nova história. Nuevo mundo, mundos 
nuevos. 2006. Disponível em: <http://nuevomundo.revues.org/1560>. Acesso 
em: 10. Nov. 2015.
__________. Relação entre História e literatura e representação das identidades 
urbanas no Brasil (século XIX e XX). Revista anos 90. Porto Alegre, n° 4, dez. de 
1995. pp.115 – 127.
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