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Aula 2 - Farmacocinética- absorção e vias de administração RESP.docx

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Habilidades Terapêuticas		Grupo 4
Luiz Filipe Sala de Melo Costa		Matheus da Costa Magalhães Ruotolo
Lucas Santo Pedro Carvalho		Ulysses Augustus Oliveira Braga Rivelli	
Farmacocinética: absorção e vias de administração
Caso clínico: 
Um automóvel seguia a uma baixa velocidade por uma estrada vicinal isolada.No veículo havia o motorista e um passageiro, ambos jovens. Um policial que patrulhava a área observou que o carro transitava de forma instável, ziguezagueando de um lado a outro da pista. Na abordagem o policial notou odor de álcool na respiração do motorista e encontrou um pacote com erva, que presuntivamente era maconha. No local, o policial testou a sobriedade do motorista, o qual respondeu de maneira insatisfatória. Este foi conduzido ao hospital onde foram coletadas amostras de sangue e urina para exames toxicológicos, que mostraram os seguintes resultados:
	Álcool etílico no sangue
	125 mg/ dL *
	Triagem de drogas na urina 
	Positivo para THC-COOH ( metabólito de maconha)
* nivel de alcoolemia onde há diminuição da atenção, aumento do tempo reacional e alguma incordenação motora, entre outros sinais e sintomas clínicos.
1. Como pode ser conhecido o efeito terapêutico ou tóxico das substâncias a partir da farmacocinética/ toxicocinética ? 
Para conhecer o efeito terapêutico ou toxico das substâncias a partir da farmacocinética, devemos saber a relação entre a concentração de fármaco no plasma sanguíneo no estado de equilíbrio em um determinado periodo de tempo. Para sabermos a concentração do fármaco no plasma é necessário a realização de uma venopunção ou uma depuração. A depuração é o conceito mais importante a ser considerado durante o planejamento de um esquema racional durante a administração prolongada de um fármaco, para que haja um equilibrio dentro da janela ou faixa terapeutica associada a eficácia e aos mínimos efeitos tóxicos de um medicamento. Suponto que a biodisponiblidade seja total, a concentração do fármaco no estado de equilíbrio deverá ser a mesma no organismo do que a taxa de eliminação que é igual a taxa de adminstração do fármaco. Deste modo, frequência de administração = CL x Css. 
2. Considerando os parâmetros farmacocinéticos, quando (tempo) é esperado que o paciente apresente o efeito terapêutico ou tóxico máximo? De que forma isso pode ser demonstrado ?
Os níveis sanguíneos máximos do etanol são atingidos cerca de 30 minutos após a ingestão, quando ela ocorre com estômago vazio. Como a absorção do ácool ocorre mais rápidmaente no intestino delgado, fatores que retardam o esvaziamento gástrico como por exemplo periodos pós-prandiais, prolongam a absorção do etanol. 
O tetracanabinol tem efeitos que variam de acordo com a dose, mas geralmente eles se estendem por 2 horas, neste intervalo de tempo há uma redução nas ações cognitivas. 
3. Considerando as características fisicoquímicas das substâncias apresentadas no caso clínico, alcool etílico e tetraidrocanabinol, o que se pode prever em relaçao à sua absorção no organismo humano? De que forma as substâncias são absorvidas no organismo?
As substâncias primeiramente precisam atravessar as membranas plasmáticas até alcançar o local de ação. Desta forma, as prorpriedades físicoquímicas das moléculas e das membranas influenciaram na absorção das substâncias. As principais características que teram relação direta a esse processo são: peso molecular a conformação estrutural, o grau de ionização e as caracteristicas de liposolubilidade relacionadas com estes compostos.
O álcool por ser ingerido via oral, passa pelo trato gastrointestinal, o qual fatores como área disponível para absorção, fluxo sanguíneo na superfície absortiva, estado físico da solução e hidrosolubilidade serão fatores cruciais para determinar a velocidade de absorção. A maior parte da aborção ocorrerá pela absorção passiva. Em virtude do metabolimso de primeira passagem, cuja as reações são dependentes das álcool dexidrogenases gástrica e hepática, a ingestão oral do etanol resulta em NSA menores do que as observadas quando ocorre a adminitração intravenosa. Soluções básicas como álcool demoram mais a ser absorvidas do que as ácidas devido a influência do pH gastricointestinal, por se tratar de uma solução básica, a maior quantidade de ácool absorvida ocorrerá na região do intestino, enquanto as ácidas serão absorvidas no estômago.
A absorção do tetracanabinol ocorrerá via mucosa, na qual é absorvida nas regiões da nasofaringe, orofaringe e em maior concentração nos alvéolos pulmonares, por apresentarem maior superfície de contato. A absorção via mucosas ocorre rapidamente causando efeitos toxicos sistêmicos. Portanto, através da inalação o tetracanabinol atravessa as mucosas e entra na circulação e atinge o cérebro em minutos. Uma vez absorvido para a corrente, as concentrações de THC diminuem rapidamente devido ao metabolismo feito pelo fígado, onde a depuração plasmaticas.
4. Como explicar que os efeitos dessas substâncias podem ocorrer rapidamente após seu uso, considerando que ambas produzem ação sobre o Sistema Nervoso Central? Compare com a passagem da levodopa através da barreira hematoencefálica (fármaco utilizado no tratamento da doença de Parkinson).
Embora, as pessoas geralmente associam o álcool como um estimulante o etanol é basicamente um depressor do Sistema Nervoso Central (SNC). A ingestão de quantidades moderadas tem uma ação ansiolítica e podem produzir uma desinibição comportamental em uma pessoa. Os sinais específicos de intoxicação variam de forma expressiva e com vivaz oscilações podendo descontrolar o humor do usuário, com possíveis explosões emocionais, além de prováveis comportamentos violentos. 
Nos casos de intoxicação mais graves as funções do sistema nervoso central sofrem depressões mais abundantes. Instalando-se uma condição fisiológica semelhante á uma anestesia geral. Entretanto, a pouca margem entre as ações anestésicas e os efeitos letais, os quais geralmente são decorrentes de uma grave depressão respiratória. O álcool causa uma liberação de neurotransmissores GABA a os quais tem alta afinidade aos receptores de grande densidade, além disso a ingestão crônica aumenta a inibição dos receptores pós-sinápticos do tipo NMDA. Há um aumento dos níveis de acetilcolina (ACTH) no sistema nervoso central e no sangue, a liberação de beta endorfinas e ativação dos receptores mi. Além disso, há um aumento de neurotransmissores do tipo 5-HT no espaço sináptico. Por fim, também existe um aumento da DA sináptica que causam efeitos gratificantes do tegmento ventral do núcleo acumbente 
Os receptors canabinoide CB1 de “ação” no SNC e os CB2 de “ação” no SNP foram identificados á partir de um derivado do ácido araquidônico. A ação desses receptores ainda não foram totalmente esclarecidos mas sabe-se que desempenham funções importantes no córtex cerebral, no hipocampo, núcleo estriado e cerebelo. A intoxicação por maconha produz alteração de humor, percepção, da motivação e o “barato” que é a sensação mais buscada pelos usuários. 
Além disso, reações desagradáveis como pânico, alucinações e psicoses podem ocorrer, esses efeitos adversos podem ser observados comumente com a super dosagem e a ingestão por via oral.
A levodopa por via oral é rapidamente absorvida no intestino delgado pelo sistema transportador dos amino ácidos aromáticos. As concentrações plasmáticas atingem o pico máximo entre 30 minutos e 2 horas. A taxa de amplitude de absorção dependem da velocidade da motilidade gástrica, do pH do suco gástrico e das enzimas degradativas presente na mucosa do estômago e do intestino. Embora, as enzimas degradativas sejam diferentes, as condições para uma absorção mais rápida do levodopa se assemelham as da absorção do álcool.
A entrada do fármaco, no SNC, através da barreira hematencefálica também é mediada por transportadores para aminoácidos aromáticos. No cérebro, ela é convertida em DA por descarboxilação, principalmente dentro das terminações dos neurônios pré-sinápticos dopaminérgicos do núcleo estriado, portanto,esse mecanismo assemelha-se a um dos efeitos causados pelo abuso de álcool no SNC.
5. Compare a absorção gástrica e intestinal de duas substâncias A e B, uma de carater ácido(A) e outra de carater básico(B). De que forma a difusão efetiva de fármacos ácidos e básicos através das membranas pode ser afetada?
Como a maior parte da absorção do fármaco pelo TGI ocorre por difusão passiva, a absorção é facilitada quando o fármaco estiver em sua forma não ionizada e mais lipofílica, de acordo com o conceito de pH-partição, poderemos falar que fármacos que são ácidos fracos como a substância A são bem mais absorvidos pelo estômago “pH de 1 a 2”, do que pelos segmentos proximais do intestino. Já, as bases fracas como a substancia B são bem mais absorvidas pelos segmentos do intestino delgado, “pH de 3 a 6”. 
Contudo, o epitélio do estômago está recoberto por uma espessa camada de múcuo e a área disponível de superfícies para absorção é pequena; já as vilosidades do intestino proximal oferecem uma superfície extremamente ampla, cerca de 200 m2 para absorção, perante isto a taxa de absorção de um fármaco pelo intestino será maior do que a do estômago, mesmo que o fármaco esteja predominantemente em sua forma ionizada no intestino e não ionizada no estômago. Por fim, vale lembrar que qualquer fator que acelere o esvaziamento gástrico como por exemplo um período pós prandial, posição de decúbito e lado direito provavelmente aumentará a taxa de absorção (Queckenberg e Fuhr, 2009).
	6. Qual a importância das vias de administração para a biodisponibilidade dos fármacos? Quais as vantagens e desvantagens da via enteral?
Levando em consideração que biodisponibilidade é a quantidade de um fármaco que chega à circulação sistêmica dividido pela quantidade de fármaco administrada, podemos concluir que a via de administração é um dos fatores determinantes, justamente pelo fato da substância enfrentar ou não o metabolismo de primeira passagem, que seria a ação de enzimas, o caráter do pH, degradação natural e  até mesmo a motilidade do intestino capaz de interferirem na quantidade de fármaco/substância que chega à circulação. 
Vantagens da via enteral: simples, indolor, de baixo custo, conveniente e não causadora de infecção. 
Desvantagens da via enteral: fármaco exposto ao ambiente GI e ao metabolismo de primeira passagem, requer absorção GI e sua liberação no local de ação farmacológica é lenta. 
7. Caracterize as vias de administração sublingual e retal. Caracterize a  via rotineiramente utilizada para administração dos fármacos broncodilatadores em pacientes asmáticos. 
As vias de administração sublingual e retal são classificadas quanto aos fármacos que atravessam as membranas mucosas, que podem proporcionar rápida absorção, baixa incidência de infecção e conveniência na autoadministração, além de evitar o ambiente gastrointestinal adverso e o metabolismo de primeira passagem. As mucosas são muito vascularizadas, possibilitando ao fármaco penetrar rapidamente na circulação sistêmica e alcançar seu órgão-alvo em tempo mínimo. Os fármacos também podem ser administrados diretamente no órgão-alvo, o que torna seu início de ação praticamente instantâneo.
A via utilizada para a administração de fármacos broncodilatadores em pacientes asmáticos é a de administração por inalação, via oral. Pois assim, atingem altas concentrações locais, minimizando os efeitos adversos sistêmicos. 
8. Caracterize as vias parenterais mais utilizadas na prática clínica. Quais as vantagens e desvantagens destas?
A administração parenteral consiste na introdução direta de um fármaco na circulação sistêmica, no líquido cefalorraquidiano, em tecido vascularizado ou em outro espaço tecidual, supera imediatamente as barreiras capazes de limitar a eficiência dos fármacos administrados por via oral.
A administração subcutânea (SC) de um fármaco no tecido adiposo pouco vascularizado resulta em início de ação mais lento do que a injeção em espaços intramusculares (IM) bem vascularizados. Os fármacos apenas solúveis em soluções oleosas são frequentemente administrados por via intramuscular.
Sua introdução direta na circulação venosa (por via intravenosa (IV) ou arterial [intra-arterial (IA)] ou no líquido cefalorraquiadiano [intratecal (IT)] faz com que o fármaco alcance mais rapidamente o órgão-alvo.
Vantagens da via subcutânea: Início lento; pode ser utilizada para administração de fármacos em solução oleosa.
Desvantagens da via subcutânea: Início lento; pequenos volumes.
Vantagens da via intramuscular: Início intermediário; pode ser utilizada para administração de fármacos em solução oleosa.
Desvantagens da via intramuscular: Pode afetar exames laboratoriais (creatinoquinase), acarretar hemorragia intramuscular e dor local.
Vantagens da via intravenosa: Início rápido; liberação controlada do fármaco.
Desvantagens da via intravenosa: Toxicidade do fármaco relacionada com seu pico de concentração. 
Vantagens da via intratecal: Evita a barreira hematencefálica.
Desvantagens da via intratecal: Infecção; necessidade de profissional altamente experiente.

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