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Belo Horizonte - MG 2019 MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG RESOLUÇÃO Nº 4.843 DE 01 DE OUTUBRO DE 2019 Aprova o Manual de Elaboração e Gestão de Documentos Institucionais da Polícia Militar de Minas Gerais. O CORONEL PM COMANDANTE- GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso da competência que lhe confere o inciso III do § 1º, do art. 93, da Constituição do Estado de Minas Gerais, de 21 de setembro de 1989, c/c com o art. 28 da Lei Delegada n° 174, de 26 de janeiro de 2007, e em conformidade com o art. 6º, incisos VI e XI do R-100 aprovado pelo Decreto n° 18.445, de 15 de abril de 1977, e CONSIDERANDO a conclusão dos trabalhos da Comissão nº 34/2016 - EMPM, que elaborou o referido manual conjuntamente com a Assessoria de Desenvolvimento Organizacional – ADO , RESOLVE: Art. 1° - Aprovar o Manual de Elaboração e Gestão de Documentos Institucionais da Polícia Militar de Minas Gerais. Art. 2° - Fica revogada a Resolução nº 3.317, de 16 de setembro de 1996. Art. 3° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 01 de outubro de 2019. GIOVANNE GOMES DA SILVA, CORONEL PM COMANDANTE GERAL Direitos exclusivos da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG. Circulação restrita. 1ª edição– 2019 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Academia de Polícia Militar. ADMINISTRAÇÃO Comando-Geral da Polícia Militar Quartel do Comando-Geral da PMMG Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143 – 6º Andar, Bairro Serra Verde Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900 MINAS GERAIS. Polícia Militar. Comando-Geral. M663m Manual de Elaboração e Gestão de Documentos Institucionais da PMMG / Belo Horizonte: Assessoria de Desenvolvimento Organizacional, 2019. Disponível apenas em versão on-line na Intranet PM. 142 p.: il. 1. Aspectos gerais para a qualidade da produção de documentos na PMMG. 2. Documentos na PMMG. 3. Aspectos gerais da Gestão Documental. I. Título. CDD 651.7402 CDU 659.2 GOVERNADOR DO ESTADO Romeu Zema Neto COMANDANTE-GERAL DA PMMG Cel PM Giovanne Gomes da Silva CHEFE DO GABINETE MILTAR E COORDENADOR ESTADUAL DE DEFESA CIVIL Cel PM Rodrigo Sousa Rodrigues CHEFE DO ESTADO MAIOR DA PMMG Cel PM Marcelo Fernandes ASSESSOR DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Ten Cel PM Miller França Michalick REDAÇÃO Cap PM QOR Denise dos Santos Gonçalves Cap PM QOR Vânia Chiarelli Pinto Cap PM João Paulo Fiúza da Silva 1º Ten PM Gislayne Helena Marques COLABORADORES Ten Cel PM Darley Wilson Dias Cap PM QOR Vânia Chiarelli Pinto Cap PM Hebert Bruno de Paula Santana Cb PM Gesiel Gonçalves Silva Júnior REVISÃO Cap PM Ricardo Luiz Amorim Gontijo Foureaux 1º Ten PM QOS Flávia Mariana Soares Figueiredo 1º Ten PM Marcos Gonçalves Farias 1º Ten PM Gabriela Fernandes Capanema 3º Sgt PM Danielle Sueli Ventura PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO 2º Sgt PM Aurélio Rodrigues de Lima COMISSÃO 34/2016-EMPM Cel PM QOR Sérgio Henrique Soares Fernandes Cel PM QOR Alexander Daniel Pereira 1º Ten PM Gislayne Helena Marques 1º Ten PM QOS Flávia Mariana Soares Figueiredo 1º Ten PM Marcos Gonçalves Farias 2º Sgt PM Aurélio Rodrigues de Lima Membros Convidados Cel PM QOR Jaqueline Rocha Cap PM QOR Denise dos Santos Gonçalves SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO .................................................................................... 10 2 ASPECTOS GERAIS PARA A QUALIDADE DA PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS NA PMMG ..................................................................... 11 2.1 Aspectos teóricos ..................................................................................... 11 2.1.1 Comunicação humana, gêneros textuais e padronização ................ 11 2.1.2 Delineamento do contexto de produção ........................................... 12 2.1.3 Esferas de atividade e comunidades discursivas ............................. 12 2.1.4 Como utilizar este Manual ................................................................ 14 2.2 Características da Redação Oficial ........................................................... 15 2.2.1 Impessoalidade ............................................................................... 15 2.2.2 Correção .......................................................................................... 16 2.2.3 Concisão .......................................................................................... 16 2.2.4 Padronização ................................................................................... 17 2.2.5 Clareza ............................................................................................ 19 2.2.6 Formalidade ..................................................................................... 19 2.3 Aspectos pontuais para a formalidade, para a correção e para a padronização dos documentos .................................................................. 20 2.3.1 Pronomes de tratamento .................................................................. 20 2.3.2 Algumas observações sobre o uso dos pronomes de tratamento e referência a cargos e funções ................................................................... 22 2.3.3 Identificação do signatário ............................................................... 23 2.3.4 Designações genéricas e específicas de Comandantes de Unidades. 25 2.3.5 Vocativo ........................................................................................... 25 2.3.6 Notas relativas à característica da correção .................................... 26 2.3.7 Abreviaturas, siglas e símbolos ........................................................ 29 2.3.8 Alguns casos para o emprego de maiúsculas e minúsculas ............. 32 2.3.9 A pontuação aberta nos modelos de estrutura .................................. 33 2.3.10 A questão do suporte dos documentos e a formalidade ................. 33 2.3.11 A estruturação dos textos ................................................................ 34 2.3.12 A numeração de tópicos dos textos ................................................ 34 2.3.13 Controle da produção e do trâmite de documentos ........................ 36 3 DOCUMENTOS DA PMMG ...................................................................... 37 3.1 Ata ............................................................................................................ 37 3.1.1 Conceito e finalidade ....................................................................... 37 3.1.2 Forma .............................................................................................. 37 3.1.3 Outras peculiaridades ...................................................................... 39 3.1.4 Elaboração de atas via IntranetPM ................................................... 41 3.2 Atestado ................................................................................................... 44 3.2.1 Conceito e finalidade ....................................................................... 44 3.2.2. Forma ............................................................................................. 44 3.2.3 Outras peculiaridades ..................................................................... 45 3.3 Certidão .................................................................................................... 47 3.3.1 Conceito e finalidade ....................................................................... 47 3.3.2 Forma .............................................................................................. 47 3.3.3 Outras peculiaridades...................................................................... 49 3.4 Diretriz ...................................................................................................... 51 3.4.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 51 3.4.2 Forma .............................................................................................. 51 3.4.3 Outras peculiaridades ....................................................................... 54 3.5 Estudo de Caso ........................................................................................ 55 3.5.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 55 3.5.2 Forma .............................................................................................. 56 3.5.3 Outras peculiaridades ....................................................................... 60 3.6 Estudo de Situação ................................................................................... 61 3.6.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 61 3.6.2 Forma .............................................................................................. 61 3.6.3 Outras peculiaridades ....................................................................... 65 3.7 Instrução ................................................................................................... 66 3.7.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 66 3.7.2 Forma .............................................................................................. 66 3.7.3 Elementos pós-textuais .................................................................... 67 3.7.4 Outras peculiaridades ....................................................................... 68 3.8 Memorando .............................................................................................. 69 3.8.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 69 3.8.2 Forma .............................................................................................. 69 3.8.3 Outras peculiaridades ....................................................................... 71 3.9 Mensagens eletrônicas ............................................................................. 73 3.9.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 73 3.9.2 Forma .............................................................................................. 73 3.9.3 Outras peculiaridades ....................................................................... 77 3.10 Ofício ........................................................................................................ 78 3.10.1 Conceito e finalidade ...................................................................... 78 3.10.2 Forma ............................................................................................ 78 3.10.3 Outras peculiaridades .................................................................... 82 3.11 Plano ........................................................................................................ 84 3.11.1 Conceito e finalidade ...................................................................... 84 3.11.2 Forma ............................................................................................ 84 3.11.3 Outras peculiaridades .................................................................... 91 3.12 Ordem de Serviço ..................................................................................... 92 3.12.1 Conceito e finalidade ...................................................................... 92 3.12.2 Forma ............................................................................................ 92 3.13 Relatório ................................................................................................... 95 3.13.1 Conceito e finalidade ...................................................................... 95 3.13.2 Forma ............................................................................................ 95 3.13.3 Outras peculiaridades ..................................................................... 99 3.14 Requerimento ........................................................................................... 100 3.14.1 Conceito e finalidade....................................................................... 100 3.14.2 Forma ............................................................................................ 100 3.14.3 Outras peculiaridades ..................................................................... 102 4 ASPECTOS GERAIS DA GESTÃO DOCUMENTAL ................................ 103 4.1 Arquivo ..................................................................................................... 104 4.1.1 Definição .......................................................................................... 104 4.2 Documento de Arquivo .............................................................................. 104 4.2.1 Definição .......................................................................................... 104 4.3 Finalidade dos Arquivos ............................................................................ 106 4.4 Características dos documentos arquivísticos .......................................... 106 4.5 Princípios Arquivísticos ............................................................................. 107 4.6 Classificação de Documentos de Arquivo .................................................. 108 4.6.1 Quanto à entidade produtora ............................................................ 108 4.6.2 Quanto ao gênero ............................................................................. 108 4.6.3 Quanto à espécie ............................................................................. 109 4.6.4 Quanto ao tipo ou tipologia documental ............................................ 110 4.6.5 Quanto à natureza do assunto .......................................................... 110 4.6.5 Quanto ao valor ................................................................................ 111 4.6.6 Quanto ao formato ............................................................................ 111 4.6.7 Quanto à forma ................................................................................ 111 4.6.8 Quanto à técnica de registro ............................................................. 112 4.7 Ciclo Vital dos Documentos ....................................................................... 112 4.8 Teoria das Três Idades .............................................................................. 112 4.9 Gestão de Documentos ............................................................................ 114 4.9.1 Conceito .......................................................................................... 114 4.9.2 Objetivos .......................................................................................... 114 4.9.3 Fases da gestão de documentos ...................................................... 114 4.10 Instrumentos de Gestão Documental ........................................................ 116 4.10.1 Plano de Classificação de Documentos de Arquivo ...................... 116 4.10.2 Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo 116 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 117 Apêndice A – Lista de abreviaturas usuais no âmbito da PMMG .............. 124 Apêndice B – Modelo referencial para elaboração de Ata ......................... 126 Apêndice C – Modelo referencial para elaboração de Atestado ................ 127 Apêndice D – Modelo referencial para elaboração de Certidão ................ 128 ApêndiceE – Modelo referencial para elaboração de Estudo de Caso .... 129 Apêndice F – Modelo referencial para elaboração de Estudo de Situação. 130 Apêndice G – Modelo referencial para elaboração de Instrução ............... 131 Apêndice H – Modelo referencial para elaboração de Memorando ........... 132 Apêndice I – Modelo referencial para elaboração de Ofício ...................... 133 Apêndice I-A – Modelo referencial para elaboração de Ofício para Assinatura Eletrônica via IntranetPM ......................................................... 134 Apêndice I-B – Modelo referencial para elaboração de Ofício contendo informações sobre grau de sigilo ou similar ............................................... 135 Apêndice J – Modelo referencial para elaboração de Ordem de Serviço .. 136 Apêndice K – Modelo referencial para elaboração de Plano ...................... 137 Apêndice L - Modelo referencial para elaboração de Relatório .................. 138 Apêndice M - Modelo referencial para elaboração de Requerimento ........ 139 10 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 1 APRESENTAÇÃO A linguagem, em suas diversas modalidades – verbal, não verbal, oral ou escrita – é o recurso por meio do qual os seres humanos interagem nas situações próprias das relações particulares, sociais, profissionais, acadê- micas, religiosas, etc. No ambiente profissional, recorte que nos interessa neste Manual, a linguagem está presente no desenvolvimento do trabalho, na formalização das atividades realizadas e na constituição de registros que perenizam e certificam a ação do homem. Nenhuma atividade profissional prescinde do emprego da linguagem como elemento mediador entre o que se pretende realizar e a efetivação dessa intenção. As formas de utilizar a linguagem não são estanques, mas atualizam-se em razão do surgimento de novas necessidades comunicativas, da disponibili- zação de novas tecnologias e da renovação da concepção sobre o próprio uso da língua nas diversas situações formais e informais. Ao mesmo tempo, modifica-se o entendimento sobre como se dá o desen- volvimento das competências do profissional para produzir textos próprios da sua atividade laboral. A redação técnica, a título de exemplo, que inclui a Redação Oficial, deixa de ser assimilada por meio de modelos de escrita, prática que originava textos artificiais, inadequados, incompletos, e requer que o profissional contemporâneo desenvolva escrita autônoma dos textos próprios do seu trabalho. O presente Manual é uma resposta institucional à renovação da escrita ofi- cial e da escrita profissional da PMMG. Ele atende à demanda por apoiar os profissionais da Instituição na apropriação dos textos que necessitam produzir no exercício das funções que lhe são atribuídas. A produção do Manual foi orientada pelos parâmetros atuais próprios da escrita oficial, delimitadora dos aspectos mais gerais que diferenciam essa modalidade de produção textual daquelas produzidas em outros ambientes, tais como a acadêmica, a forense, a comercial e a literária. A breve expo- sição dos aspectos teóricos que fundamentaram a elaboração do Manual tem o objetivo de esclarecer os parâmetros que orientaram a seleção dos documentos e a apresentação de suas peculiaridades. A proposta de hospedar o Manual na Intranet PM, favorecendo a sua circula- ção em meio digital, atende ao objetivo de permitir o acesso ao maior núme- ro de usuários da PMMG. Além disso, visa a assegurar a constante atualiza- ção decorrente do surgimento de novos documentos, da reformulação dos existentes ou da modernização de aspectos e conceitos que tenham efeitos nas formas de utilização da linguagem na Instituição. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 11 2 ASPECTOS GERAIS PARA A QUALIDADE DA PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS NA PMMG Muitas pessoas que dominam magnificamente uma língua sentem amiúde total impotência em alguns campos da comunicação precisamente porque não dominam na prática as formas de gênero de dadas esferas. “(...) Quanto melhor dominamos os gêneros tanto mais livremente os empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa individualidade (onde isso é possível e necessário), refletimos de modo mais flexível e sutil a situação singular da comunicação; em suma: realizamos de modo mais acabado o nosso livre projeto de discurso” (BAKHTIN, 2011, p. 284-285). 2.1 Aspectos teóricos 2.1.1 Comunicação humana, gêneros textuais e padronização A necessidade natural humana de se comunicar demanda o emprego da linguagem em suas diversas modalidades – especificamente, para os fins de interesse deste Manual, a linguagem verbal. A comunicação verbal responde a princípios de adequação aos diversos contextos, responsáveis pela delimitação das características dos enunciados, ou seja, o que deve ser dito e como deve ser dito. Em outras palavras, a aptidão para a linguagem, apesar de inerente ao homem, demanda o aprendizado, visto que está associada a fatores de ordem cultural (FIORIN, 2013), portanto, relacionada ao vínculo com práticas sociais específicas. Os textos que se materializam nos acontecimentos comunicativos recorrentes são denominados gêneros textuais (MARCUSCHI, 2008). Os gêneros textuais respondem à necessidade de agir verbalmente em eventos de interação – e, geralmente, um único gênero textual atende a uma dada demanda comunicativa. Para cumprir seu papel comunicativo, portanto, o gênero textual deve se amoldar a padrões que o tornem reconhecível, pelos envolvidos na comunicação, como instrumento adequado no contexto em que é empregado. Considerando a diversidade das interações humanas, é impossível relacionar a quantidade de gêneros textuais e muito menos pretender dominar o uso e a produção de todos eles. É possível, por outro lado, delimitar os gêneros textuais em uso nas esferas de atividade. A padronização dos gêneros textuais corresponde aos aspectos temático, de estilo e de construção composicional que lhes são próprios (BAKHTIN, 2011). Essa padronização pode ser mais ou menos flexível em razão dos objetivos mais gerais da comunicação. Tratando do aspecto estilístico, Fiorin 12 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS (2008) diferencia os textos com função estética, como os poéticos, dos textos com função utilitária, cuja função é informar, documentar, explicar, convencer, etc. Enquanto estes são regulados por padrões mais rigorosos de estilo, aqueles propiciam liberdade criativa ao enunciador. Dessa forma, e como ressaltou Bakhtin (2011), nos gêneros textuais próprios de alguns campos, o elemento criativo e a liberdade de estilo são inadequados pois contrariam sua natureza sumamente padronizada. É o caso dos gêneros textuais produzidos no ambiente profissional da PMMG tratados neste Manual. Estes se enquadram na categoria de enunciados utilitários, caracterizados pelos aspectos técnicos e objetivos decorrentes de sua caracterização como gêneros textuais da Redação Oficial. 2.1.2 Delineamento do contexto de produção O ser humano transita em situações diversas de interação, cada uma delas caracterizada por demandar uso específico da linguagem. O contexto, definido como “o conjunto dos parâmetros que podem exercer uma influência sobre a forma como um texto é organizado” (BRONCKART, 2003, p. 93), orienta as escolhas possíveis para a produção de qualquer texto, seja ele oral ou escrito. O contexto de produção, que compreende o lugar, o momento, os papéis do enunciador e do receptor, a instituição social em que o texto se realiza e os objetivos pretendidos, exerce influência na seleção do texto a ser utilizado como instrumento de comunicação e, via de consequência, das características esperadas desse mesmo texto. Isso explica o fato de um mesmo enunciador comunicar-se de maneiras distintas em seu ambiente familiar, no ambiente acadêmico, no lugar de trabalho, etc. Explica, ainda, os motivos pelos quais, para agir adequadamente em seu ambiente profissional, o ser humano necessitadesenvolver habilidades para comunicar-se efetivamente nessa esfera de atuação. Essas competências estão diretamente relacionadas à capacidade de perceber como a linguagem se configura em textos próprios de cada ambiente de atuação humana e de dominar a maneira apropriada de produzi-los. 2.1.3 Esferas de atividade e comunidades discursivas Posicionando-se em situações diversas de interação, o ser humano mobiliza os recursos da língua de maneira a agir nos diversos contextos. Essas diversas situações enquadram-se no que se define por esferas da atividade (BAKHTIN, 2011), as quais correspondem a conjuntos de funções de naturezas diversas, tais como a científica, a publicitária, a oficial, a social, MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 13 etc. As esferas correspondem aos domínios que, segundo Marcuschi (2008), indicam instâncias discursivas que delimitam determinados tipos de textos que dão origem a formas específicas de comunicação, tais como o discurso jurídico, o jornalístico, o religioso, etc. Os domínios discursivos, assim, “constituem práticas discursivas dentro das quais podemos identificar um conjunto de gêneros textuais que, às vezes, lhe são próprios (em certos casos exclusivos) com práticas ou rotinas comunicativas institucionalizadas” (MARCUSCHI, 2005, p. 24). Isso converge para o entendimento de que, inserido em um dado domínio discursivo, o ser humano necessita apropriar-se das formas específicas de comunicação e que, movimentando-se para outro domínio, deve ser capaz de ajustar sua forma de se comunicar. Se a concepção dos domínios discursivos permite a delineação mais ampla das áreas da atividade humana, a noção das comunidades discursivas pode permitir conceituar mais especificamente os contextos em que ocorre a comunicação. O termo comunidades discursivas foi cunhado por Swales (1990; 2009) e corresponde a grupos de pessoas que possuem objetivos comuns e que utilizam a linguagem de forma peculiar para atingir esses objetivos. Em linhas gerais, a caracterização de uma comunidade discursiva, nos termos propostos por Swales (1990; 2009), compreende o reconhecimento de que: a) ela possui objetivos comuns, reconhecidos e aceitos por seus membros; b) dispõe de mecanismos que favorecem a comunicação entre seus membros, tais como ambientes físicos destinados a reuniões e recursos tecnológicos que viabilizam a interação entre os integrantes; c) utilizam tais mecanismos como recursos para manter os membros informados, para canalizar a inovação, para manter crenças e valores e para ampliar o espaço profissional; d) possuem e utilizam um repertório de gêneros textuais, reconhecidos e definidos pelos membros como instrumentos de comunicação e atingimentos dos objetivos; e) adquirem, utilizam e buscam léxico peculiar, que pode assumir significado específico na comunidade, assim como terminologia especializada, abreviaturas e siglas próprias; f) possuem estruturas hierárquicas explícitas (ou implícitas, de acordo com o caso) que orientam os processos de admissão e progresso dos membros. Na comunidade discursiva PMMG, os membros se utilizam de determinados gêneros textuais para alcançar os objetivos institucionais e o fazem com a utilização dos recursos disponíveis e com o emprego das convenções que, por vezes, diferenciam-se dos usos próprios de outras comunidades. Os gê- neros textuais utilizados pela PMMG são institucionalizados na medida em que são legitimados por ela, responsável por defini-los e especificar suas formas de utilização. Apresentam padrões de forma e de conteúdo concebi- dos para legitimar a ação comunicativa dos membros individuais e permitir a representação institucional por meio das ações de linguagem. 14 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.1.4 Como utilizar este Manual No seio das comunidades discursivas mais formais e complexas, é comum a utilização de manuais que especificam padrões para o uso da linguagem e caracterizam os gêneros textuais utilizados pelos membros. É o caso dos manuais de normalização de textos científicos – na esfera acadêmica – e dos manuais de redação dos órgãos de imprensa – na esfera jornalística. Tais obras, muito embora possuam em comum com a Redação Oficial o emprego da linguagem na sua modalidade culta, não se aplicam diretamen- te a este contexto de comunicação, uma vez que destinadas a ambientes distintos. Na esfera da Administração Pública, os manuais de redação dos órgãos go- vernamentais cumprem a função de delimitar os documentos empregados para a execução de seus serviços e especificar os aspectos mais gerais e específicos esperados desses mesmos textos. Os aspectos específicos so- mente podem ser considerados à luz do documento que se pretende produ- zir, o que demanda a exposição mais detalhada que será feita mais adiante neste Manual. De forma coerente com os atuais norteadores do desenvolvimento de com- petência para a produção de textos, mormente os de natureza profissional técnica, o Manual não pretende apresentar modelos de escrita. Espera-se que o profissional da comunidade discursiva PMMG seja capaz de desen- volver redação própria, resultado da assimilação dos princípios que orien- tam a escrita profissional na esfera da Administração Pública e, mais parti- cularmente, da Instituição à qual pertence. O termo modelo de escrita – ou modelo de conteúdo – reporta ao conteúdo de textos previamente escritos para situações específicas que, mesmo se- melhantes às que demandam nova redação, não podem se aplicar a elas como molde. Os formulários instituídos para facilitar a produção e a circula- ção dos textos mais recorrentes, assim como os padrões estéticos apresen- tados neste Manual, constituem modelos de forma – ou modelos de estrutu- ra – cujo emprego facilita o desenvolvimento das atividades profissionais e não acarreta prejuízo à qualidade dos documentos. Este Manual deve ser utilizado para orientar a produção dos gêneros textuais elaborados na PMMG. Ao profissional da PMMG encarregado da produção de documentos institucionais, apresenta-se uma seleção dos documentos produzidos de forma mais recorrente, o delineamento de suas peculiarida- des de objetivo, forma, conteúdo, bem como a caracterização dos destina- tários e do emissor – assim entendido aquele que se responsabiliza pela assinatura do texto. A gramática normativa, instrumento ao qual deve recorrer para solucionar dúvidas a respeito do emprego da norma culta, e as normas institucionais, que orientam quanto ao emprego mais prático dos textos nas atividades operacionais e administrativas, são aliados do policial militar encarregado da produção de documentos institucionais. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 15 Por outro lado, o presente Manual esclarece aspectos da padronização dos textos que, como está destacado e especificado ainda no presente capítulo, são usos pontuais da linguagem próprios da Redação Oficial e da comunidade discursiva PMMG e devem ser empregados na produção dos documentos institucionais, aplicando-se aos objetivos comunicativos e aos padrões estilísticos de cada texto. Doravante, o termo documento será utilizado alternativamente para referenciar os gêneros textuais abordados neste Manual. Os termos gênero textual e tipo textual, assim como os demais apresentados neste capítulo têm seu emprego fundamentado na literatura que trata especificamente da produção textual. O capítulo 4 deste Manual deve ser consultado e observado nos casos em que for necessário conhecer e empregar termos técnicos referentes à arquivologia. 2.2 Características da Redação Oficial Redação Oficial é a forma pela qual os órgãos da Administração Pública se comunicam entre si, com os administrados ou com empresas privadas. Engloba, portanto, todo o rol de documentos empregados na comunicação externa e interna de um determinado órgão público. A Redação Oficial está situada entre outras escritas de natureza técnica,entendida como “toda composição que deixe em segundo plano o feitio artístico da frase, preocupando-se com a eficácia e a exatidão da comunicação” (GARCIA, 2006, p. 394). Tratando-se de comunicação técnica, a Redação Oficial se sustenta por parâmetros que a tornam reconhecida perante os diversos destinatários. Atualmente, a Redação Oficial é orientada pelas seguintes características: impessoalidade, correção, concisão, padronização, formalidade e clareza (MINAS GERAIS, 2012). 2.2.1 Impessoalidade Impessoal é o texto isento das impressões particulares de quem o redige. Ainda que o gênero textual requeira opiniões do redator, é necessário que elas sejam livres do sentimento pessoal. Devem, portanto, ser fundamentadas em fatos, análises e observações decorrentes da função de quem se responsabiliza pelo documento. Na Redação Oficial, não há lugar para sentimento pessoal ou manifestações desvinculadas de fundamentação e de motivação demonstrável por fatos, muito menos incoerentes com a situação em que o texto é produzido. Fra- 16 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS ses, advérbios, adjetivos e outros recursos que indiquem apreciação sobre pessoas, coisas ou fatos, desvinculada do objetivo específico do documento produzido ou da função atribuída ao redator, indicam também desrespeito à característica da impessoalidade. Nessa esfera, a escrita em terceira pessoa não é marca necessária de impessoalidade. A escrita em primeira pessoa – do singular ou do plural – é própria de determinados documentos, tais como o ofício e o relatório, enquanto a escrita em terceira pessoa caracteriza outros, como o requerimento. 2.2.2 Correção Nos textos da Redação Oficial, emprega-se a variante culta da linguagem. Isso equivale a dizer que o redator deve se atentar para as regras da gramática formal e empregar o vocabulário comum à maior parte dos usuários do idioma. A definição dessa variante como própria da escrita oficial se deve ao fato de que ela está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais e dos modismos vocabulares. Por essa razão, permite que se atinja a pretendida compreensão pelos cidadãos. 2.2.3 Concisão O texto conciso é aquele que encerra a mensagem com a menor quantidade de palavras, que elimina tudo o que é dispensável, assim como as introduções e conclusões vazias. Devem-se evitar, dentre outros: clichês; chavões; repetições supérfluas; redundâncias e pleonasmos viciosos. É preciso cuidar, no entanto, para não confundir economia de palavras com economia de ideias, ou seja, não se deve eliminar passagens substanciais do texto com o objetivo de reduzi-lo em extensão. 2.2.3.1 Clichês e chavões Clichês e chavões são expressões vazias de sentido e em nada contribuem para a informatividade dos textos oficiais. O clichê é o lugar-comum, uma ideia óbvia, uma generalidade banalizada em razão do seu uso repetitivo ou incompleta para o documento que se pro- duz. Por esse motivo, não leva informação útil para o destinatário. Quando substitui informação relevante, tem efeitos prejudiciais na clareza. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 17 O chavão é uma expressão linguística estereotipada, geralmente decorrente do entendimento equivocado do que seria o estilo próprio do documento. Certas expressões que no passado caracterizaram os documentos oficiais são consideradas chavões sob a ótica da Redação Oficial moderna. Alguns exemplos são: 2.2.4 Padronização A padronização se observa por dois aspectos: a) pelo conteúdo, definido pela seleção de informações, pelo vocabulário e pelo conjunto de recursos linguísticos e fraseológicos que configuram o estilo próprio do documento a ser produzido; b) pela forma, ou seja, pela apresentação estética do documento, o emprego das fontes, da paragrafação, dos espaçamentos, a disposição dos elementos que configuram a estrutura de cada documento, etc. 2.2.4.1 No aspecto forma, a diagramação dos documentos institucionais obedecerá aos seguintes padrões: a) papel A4 (29,7 cm x 21 cm); b) logomarca padronizada com base de 30mm; c) parágrafo moderno, sem recuo, justificado, com espaçamentos anterior e posterior de 6 pt; d) espaçamento entrelinhas: 1,5; e) margens superior e esquerda 3 cm; inferior e direita, 2 cm. Impor- tante ressaltar que quando da elaboração de documentos a serem assinados no Assinador da Intranet PM, a margem inferior deverá contar com 6 cm f) fonte Arial, tamanho 11, cor preta. - Venho por meio desta... - Esta serve para... - Com o prazer da visita... - Sem mais para o momento... - ... para as providências cabíveis... - Na oportunidade, renovo protestos de elevada estima e consideração. 18 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.2.4.2 A padronização poderá ser modificada quando regulada por norma expressa que oriente a apresentação estética de documentos específicos, notadamente os que, em razão das suas especificidades de forma e de suporte, demandarem essa medida. É o caso dos documentos mais extensos cuja circulação também ocorre no formato impresso, com encadernação, compondo volumes e coletâneas. 2.2.4.3 A logomarca tem a função de representar a instituição nos documentos cujas estruturas contemplem esse elemento. Para que essa representação seja legítima, é vedado alterar ou distorcer a forma padronizada da logomarca. Os responsáveis pela produção de documentos na PMMG devem providenciar a logomarca padrão para utilizá-la nos documentos oficiais. A logomarca pode ser apresentada de forma reduzida, desde que observada a proporção de suas formas. Para os documentos produzidos no papel tamanho A4, a logomarca será reduzida proporcionalmente à base de 30mm. 2.2.4.4 Os recursos gráficos que visam a destacar os caracteres do texto (negrito, itálico, caixa alta, etc.) devem ser empregados com parcimônia. Seu uso desvinculado de justificativa na forma própria do gênero compromete a qualidade do texto. 2.2.4.5 A formatação de fontes exclusivamente em caixa alta, sem respaldo explícito na padronização de forma do documento, deve ser evitada. A escrita em caixa alta representa fala agressiva, deselegante, portanto inadequada para a escrita oficial. 2.2.4.6 Aspas e itálico Para fins de padronização, empregam-se aspas nas eventuais citações diretas curtas inseridas nos documentos. À exceção dos casos em que é necessário reproduzir fala de terceiros, o que se faz com a citação direta, as aspas não são empregadas, na Redação Oficial, nos termos e expressões em seu sentido figurado, vulgar ou coloquial. O grifo em itálico é empregado para: a) destacar expressões ou conceitos a serem evidenciados; b) sinalizar expressões estrangeiras; c) anunciar títulos de obras tais como livros, revistas, artigos e outros semelhantes. 30mm 14 m m MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 19 2.2.4.7 O excesso de negrito e a formatação em cores nos textos impressos, quando não correspondem à padronização de forma ou à necessidade de destacar elementos do texto, implicam gastos desnecessários dos recursos empregados na impressão. Nos modelos de forma apresentados neste Manual, em consonância com os padrões atuais que visam à economia de recursos, o uso do negrito foi reduzido na formatação de determinados elementos dos textos, tais como a identificação dos documentos, a indicação de local e data e a identificação do signatário. 2.2.5 Clareza Claro é o texto que permite imediato entendimento pelo leitor. Um documento oficial que deixa dúvidas, seja em passagens pontuais ou em todo o conjunto da mensagem, não atinge seu objetivo e pode causar prejuízos para a Administração ou para os administrados. Para obter a clareza, é indispensável evitar, dentre outros: as ambiguidades; a quebra da ordem lógica das frases; o excesso de entrecruzamentos de aspectos, fatos ou opiniões em um mesmo período; o uso de adjetivos que confiram imprecisão; as expressões feitas que não permitam o exato entendimentoda situação, as contradições. 2.2.6 Formalidade Diz respeito à cerimônia, à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação, à seleção cuidadosa de palavras. Inclui, também, os cuidados que visam à utilização adequada dos pronomes de tratamento, que são atribuídos em razão da função exercida pelos destinatários dos documentos oficiais. Um texto formal, contudo, não é um texto rebuscado, com palavras obsoletas e que causam dificuldades de leitura. A formalidade não deve ser confundida com a forma, aspecto a ser observado sob as lentes da característica da padronização. 20 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3 Aspectos pontuais para a formalidade, para a correção e para a padronização dos documentos Não é pretensão deste Manual sintetizar aspectos referentes ao emprego da variante culta da língua portuguesa que podem ser solucionados em simples consulta à gramática normativa. Optou-se, porém, por salientar aspectos pontuais que, em razão da frequência com que são empregados nos documentos institucionais, parecem suscitar dúvidas a alguns redatores. Ao mesmo tempo, nesta seção, apresentam-se aspectos que reportam à padronização que têm efeito na configuração da identidade de forma e de conteúdo dos documentos. 2.3.1 Pronomes de tratamento Entre os pronomes pessoais incluem-se os pronomes de tratamento, empregados na menção ao destinatário dos documentos oficiais como recurso para manter a formalidade da comunicação. Os pronomes de tratamento são especificados em razão da função ocupada pela pessoa à qual se refere. Importante mencionar, neste contexto, a edição do Decreto Federal nº 9.758, de 11 de abril de 2019, que determinou a utilização apenas do pronome “Senhor” para referência a qualquer autoridade no âmbito do Poder Executivo Federal. Muito embora a citada norma não alcançar os demais entes federativos, torna-se importante conhecê-la na medida em que o seu art. 1º prescreve o mesmo uso para as correspondências destinadas às autoridades e servidores públicos federais. Para a utilização dos pronomes de tratamento nos documentos oficiais, observam-se as especificações apresentadas a seguir (Quadro 1): MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 21 Quadro 1 – Emprego de pronomes de tratamento nas comunicações oficiais. Pronome Esfera Destinatários Vossa Excelência (V. Ex.ª) Poder Executivo Presidente e Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Chefe da Casa Civil da Presidência da República; Chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Chefe da Secretaria- Geral da Presidência da República; Advogado- Geral da União; Chefe da Corregedoria-Geral da União; Governadores e Vice-Governadores dos Estados e do Distrito Federal; Oficiais- Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais e Prefeitos Municipais. Poder Legislativo Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais e Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. Poder Judiciário Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes e Auditores da Justiça Militar. Vossa Senhoria (V. S.ª) Administração Pública em geral Empregado para as demais autoridades e para particulares. Vossa Magnificência (V. Mag.ª) Administração Pública em geral Reitores de Universidades. Vossa Santidade (V.S.) Comunicações com autoridades religiosas Papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Vossa Eminência (V. Em.) ou Vossa Eminência Reverendíssima (V. Em. Revma.) Cardeais. Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.ª Rev.ª) Arcebispos e bispos. Vossa Reverendíssima (V. Revm.ª) ou Vossa Senhoria Reverendíssima (V. S.ª Rev.ª) MonSenhores, cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência Sacerdotes, padres, clérigos e demais religiosos. Fonte: Adaptado de MINAS GERAIS, 2012, p. 20-22. 22 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3.1.1 Forma de emprego a) Inserido na frase, o pronome Senhor somente é abreviado quando seguido do cargo ou do nome da pessoa à qual se refere: - Os Senhores são bem-vindos a esta Unidade. - O Sr. General já se encontra no recinto. b) No uso do vocativo em ofícios, o pronome Senhor não é abreviado. - Senhor Diretor, c) Nas correspondências endereçadas aos Chefes de Poder, os pronomes de tratamento são apresentados por extenso. Nos demais casos, emprega-se a forma abreviada. d) Quando a correspondência é endereçada ao Presidente da República, não devem ser utilizados os possessivos seu, sua, nem os pronomes lhe e o. - Remetemos a Vossa Excelência... (e não Remeto-lhe). No contexto de escrita militar, cuja formalidade é determinada por procedimentos peculiares, convém adotar a mesma regra no que se refere a evitar o uso dos possessivos seu, sua, e dos pronomes lhe e o, especialmente quando o documento é endereçado a destinatários de hierarquia superior. 2.3.1.2 Na PMMG, recebem tratamento V. Ex.ª as seguintes autoridades, por serem seus cargos equivalentes aos de Secretário de Estado: - Coronel PM Comandante-Geral. - Coronel PM Chefe do Gabinete Militar do Governador. 2.3.2 Algumas observações sobre o uso dos pronomes de tratamento e referência a cargos e funções 2.3.2.1 As formas Ilustríssimo, Digníssimo e Mui Digno foram abolidas da redação oficial moderna. O tratamento V. S.ª confere a adequada formalidade. 2.3.2.2 Doutor não é forma de tratamento, mas título acadêmico. Não deve ser utilizado indiscriminadamente. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 23 2.3.2.3 Na PMMG, as denominações dos postos e graduações não variam quando se referirem a policiais do sexo masculino ou feminino. O mesmo ocorre com os termos genéricos indicativos das funções policiais militares. Para as policiais femininas, a designação do gênero é feita com a flexão do artigo (FIG. 1): Figura 1 – Formas exemplificativas de referência aos cargos da PMMG conforme o gênero do titular. Fonte: Elaborado pelos autores. 2.3.3 Identificação do signatário 2.3.3.1 Os documentos oficiais devem expor o nome do signatário, abaixo do local de assinatura. Não se utiliza linha entre o nome e assinatura do emissor do documento. 2.3.3.2 Função: a função é dispensada quando a escrita do documento não decorrer do exercício da atribuição funcional. 2.3.3.3 Os carimbos utilizados para a identificação do servidor da PMMG, nos documentos em que não é possível digitar esse elemento, devem acompanhar os mesmos padrões acima apresentados. Exemplo: BELTRANO DA SILVA, TEN CEL Comandante do 100º BPM Exemplo: (Espaço para assinatura) BELTRANO DA SILVA, TEN CEL Masculino Feminino • O Cabo • O Capitão • O Chefe • O Comandante • A Cabo • A Capitão • A Chefe • A Comandante 24 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3.3.4 Nos documentos que exigirem outras informações sobre o servidor, estas figurarão na identificação, junto a sua assinatura. São exemplos desses casos, o número do registro funcional de classe e a especialidade, nos documentos expedidos por profissionais da área médica. 2.3.3.5 A assinatura manual é dispensável nos documentos produzidos em meios eletrônicos que permitam a identificação do emissor em razão do acesso a sistemas informatizados para a produção textual. 2.3.3.6 O signatário é o responsável pelo conteúdo do documento. Quem o assina é o servidor que possua competência legal para fazê-lo. Se o signatário emitir o documento que trata de assunto da competência de outro servidor, deve adotar recursos para registrar as circunstâncias que determinaram essa ação: a) Respondendo pelo...: quando o militar não assume o cargo ou a função, mas responde por ele, eventualmente, durante o afastamento episódico e por curto lapsode tempo do titular do cargo. Por exemplo, quando da dispensa do serviço (comum, nojo, gala ou recompensa) ou da realização de serviço fora da Unidade. Há, ainda, a situação em que o militar responde pelo expediente da Unidade, pelo que se deve entender o simples encaminhamento de documentos, para que se evite a paralisação dos serviços administrativos, mas sem recomendar ou implementar a sua solução ou providências outras; b) No impedimento: é a situação do militar em exercício momentâneo de cargo ou função, atribuído a outro militar, devido à impossibilidade eventual (moléstia, execução de trabalho urgente, etc.), ou legal (incompetência, suspeição ou afastamento) deste, visando ao encaminhamento de expedientes ou de solução de problemas emergentes; Exemplo: BELTRANO DA SILVA, MAJ PM Respondendo pelo Comando do 100º BPM Exemplo: BELTRANO DA SILVA, TEN CEL Comandante do 100º BPM No impedimento: CICRANO DA SILVA, MAJ PM SubComandante do 100º BPM MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 25 c) Por delegação: não significa assunção de cargo, encargo ou função, mas que o militar recebeu poderes (competência), atribuídos a outro, para a prática de determinados atos, mencionados no próprio ato de delegação. A delegação não é automática, só ocorrendo mediante ato da autoridade delegante ou em decorrência de lei. 2.3.3.7 Quando os documentos oficiais tiverem mais de uma página, o fecho e a assinatura nunca devem permanecer isolados na última. Ao menos o parágrafo que precede o texto deve ser transferido para a última página, a fim de evitar equívocos ou prejuízo à estética do documento. Sendo o documento oficial composto de mais de uma página, é conveniente que o remetente assine a última, no espaço apropriado, e rubrique as páginas anteriores, geralmente na margem direita. Esse procedimento é obrigatório em documentos que exigem maior rigor no controle da autenticidade, tais como os de natureza disciplinar. 2.3.4 Designações genéricas e específicas de Comandantes de Unidades Comandante é a designação genérica dada ao militar mais graduado ou mais antigo, de cada Unidade, abrangendo, assim, seu Comandante, Diretor, Chefe ou outras denominações específicas que tenha ou venha a ter. Nos vocativos dos documentos produzidos na PMMG, empregam-se as denominações específicas das autoridades destinatárias. 2.3.5 Vocativo O elemento vocativo se apresenta de formas diversas nos documentos oficiais. Em nenhum documento endereçado a autoridade pública insere- se seu nome civil no vocativo. Quando o destinatário for particular, utiliza- se o vocativo Prezado Senhor ou Prezada Senhora e, alternativamente, seu nome civil, precedido do pronome Senhor – ou Senhora, por extenso, conforme ilustrado na (FIG. 02). Exemplo: BELTRANO DA SILVA, TEN CEL Comandante do 100º BPM Por delegação: CICRANO DA SILVA, MAJ PM SubComandante do 100º BPM 26 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Figura 2 - Exemplos de uso do vocativo em comunicações oficiais. Elaborado pelos autores, 2019. Fonte: Elaborado pelos autores. 2.3.6 Notas relativas à característica da correção 2.3.6.1 Att. e Rtt. Os fechos Atenciosamente e Respeitosamente não são representados por abreviações do tipo Att. e Rtt. O emprego dessas reduções contraria as características da correção. Nos documentos cuja estrutura contemple tais formas, os registros deve ser exclusivamente por extenso, seguidos de vírgulas. 2.3.6.2 A palavra anexo, adjetivo, concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. A expressão em anexo não encontra respaldo na gramática normativa. 2.3.6.3 A palavra mesmo não é pronome pessoal, mas sim advérbio. Não deve substituir substantivos e pronomes em frases do tipo: Empregos tais como os exemplificados acima representam, ainda, estilo descuidado, pois demonstram pouca preocupação em selecionar vocabulário adequado para a situação de escrita. Exemplos de emprego incorreto do advérbio mesmo: - O militar mencionado afirmou que o mesmo descumpriu as normas da Unidade. - O policial esclareceu que deu voz de prisão ao autor e cientificou o mesmo sobre seus direitos. Vocativo sem uso do nome civil Vocativo com uso do nome civil •Prezado Senhor Usuário • Prezado Senhor Beneficiário • Prezada Senhora Maria José da Silva • Prezado Senhor José Maria Soares MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 27 2.3.6.4 Hífen e travessão Semelhantes em sua apresentação, o hífen e o travessão são recursos distintos e possuem usos específicos no texto. O hífen (-) é empregado para unir elementos de palavras compostas e pronomes ao verbo. O travessão (–) assinala palavras e expressões intercaladas. 2.3.6.5 Parênteses e travessão Na redação dos documentos da PMMG, padroniza-se o emprego de parênteses para destacar indicações acessórias. Siglas e abreviações pospostas aos correspondentes termos por extenso são apresentadas entre parênteses. Para isolar, em um contexto, palavras e frases, usa-se preferencialmente o travessão, em eventual substituição da vírgula. Nesse caso, de acordo com a gramática normativa, emprega-se o travessão duplo, exceto quando o segundo coincidir com sinais de pausa conclusiva. Quando o segundo travessão coincidir com a vírgula, ambos devem ser empregados. 2.3.6.6 Grafia de números Em regra, todos os números são grafados em algarismos e não se emprega o zero antes das unidades. Nos documentos digitados e impressos, geralmente não se emprega os algarismos seguidos da forma por extenso entre parênteses. A exceção se faz nos documentos cujos padrões de forma determinam a grafia por extenso – casos que dispensam a apresentação dos algarismos. Exemplos: Foram registrados 1.000 homicídios em Minas Gerais nos últimos 12 meses. O pelotão tem o efetivo total de vinte e nove militares, incluindo o Comandante. Exemplos: A filosofia de Polícia Comunitária – crescente no Brasil desde o início dos anos 1990 – é de fundamental importância para o fortalecimento da imagem das Polícias Militares. O Cel Fulano – Comandante-Geral da PMMG à época – elogiou a participação de todos na implementação do projeto. 28 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3.6.7 Remissão externa a texto legal ou institucional No corpo do texto, para fazer a remissão a normas externas, sejam do ordenamento jurídico em geral ou de atos institucionais, é necessário apresentar não apenas o número do dispositivo legal aplicado, mas também a explicitação do conteúdo da norma, a fim de possibilitar ao leitor compreender o conteúdo do texto mencionado sem necessitar consultá-lo. Na primeira menção, indica-se o número da norma, seguido da data, sem abreviação do mês e do ano (Lei nº 14.310, de 19 de junho de 2002). Nas menções posteriores, indica-se apenas o número e o ano da norma (Lei 14.310, de 2002, ou Lei 14.310/02). Quanto à apresentação da sequência dos tópicos da norma, adota-se uma das seguintes estruturas, sempre que não houver padronização que imponha a seleção de uma delas exclusivamente: 2.3.6.8 Citação de normas nos campos de destaque Nos documentos em cuja estrutura há destaque para Referências e Anexos, a menção a outros documentos deve conter seu tipo, número, ano, controle e data de expedição. 2.3.6.9 Rasuras As rasuras, as marcas de apagamento e a aplicação de corretivos comprometem a clareza e a autenticidade dos documentos. Nos documentos manuscritos, inclusive os livros destinados a controles diversos, em que não é possível substituir o texto incorreto, a correção deve ocorrer por meio de partículas retificadoras tais como “em tempo” e “digo”, conforme a situação. Exemplos: Anexo: Of. 140/2017-EMPM, de 10 de abril de 2017. Exemplos: - Lei 14.310/02, art. 66, § 1º, inciso IV … (do tópico maior para o menor) - ... inciso IV do § 1º do art. 66 da Lei 14.310/02 (do tópico menor para o maior). MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃODE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 29 2.3.7 Abreviaturas, siglas e símbolos As abreviaturas, as siglas e os símbolos cumprem o objetivo de agilizar e otimizar a utilização dos recursos envolvidos na produção textual e são marcas da comunicação moderna, adequadas no contexto da escrita oficial. O emprego das abreviaturas, das siglas e dos símbolos, porém, não deve comprometer o entendimento da mensagem, nem salientar desacordo com os padrões definidos pelo contexto de produção. A gramática normativa é eficiente em descrever critérios mais gerais para a composição e o uso das abreviaturas, dos símbolos e das siglas, mas o conhecimento de convenções definidas para emprego na correspondência oficial em geral, e da PMMG em específico, determina a qualidade no emprego desses recursos. 2.3.7.1 Designação de unidades de tempo Os símbolos representativos de horas se abreviam com h; minutos se abreviam com min (ambos sem s e sem ponto). Nos documentos oficiais não se abreviam as palavras horas, minutos e segundos quando se tratarem de números inteiros. Na redação interna da PMMG, admite-se o padrão militar de abreviação (grupo data-hora e suas variações). Não se trata de abreviação prevista na gramática normativa, portanto, segue padrões de apresentação instituídos pelas organizações militares brasileiras. No grupo data-hora e nas suas variações, as iniciais dos meses e dos dias da semana foram padronizadas com o emprego de iniciais maiúsculas e representação pelas três letras iniciais, incluindo-se o mês de maio. Nas demais situações, distintas do grupo data-hora, a grafia dos meses e dos dias da semana no interior das frases é feita em letras minúsculas. Exemplos: Grupo data-hora completo: 011400Mar19 – Sex. Grupo data-hora sem o dia da semana: 011400Mar19. Somente data: 01Mar19 – Seg ou somente 01Mar19. Exemplos: A chamada foi realizada às 19h30min. A chamada foi realizada às 19 horas e 30 minutos. A chamada foi realizada às 19 horas. A chamada será realizada daqui a 30 minutos. 30 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3.7.2 Abreviaturas de postos e graduações Os postos e graduações das forças militares do Brasil são abreviados como se apresenta a seguir: Oficiais Praças Especiais e Praças Força Posto Abreviatura Graduação Abreviatura Marinha Almirante Alte Guarda-Marinha GM Almirante-de-Esquadra Alte Esq ou AE Suboficial SO Vice-Almirante V Alte ou VA 1º Sargento 1º SG Contra-Almirante C Alte ou CA 2º Sargento 2º SG Capitão-de-Mar-e-Guerra CMG 3º Sargento 3º SG Capitão-de-Fragata CF Cabo CB Capitão-de-Corveta CC Soldado (CFN) SD Capitão-Tenente CT Marinheiro MN 1º Tenente 1º Ten ou 1T - - 2º Tenente 2º Ten ou 2T - - Exército Marechal Mar Aspirante-a-Oficial Asp General-de-Exército Gen Ex Subtenente S Ten General-de-Divisão Gen Div 1º Sargento 1º Sgt General-de-Brigada Gen Bda 2º Sargento 2º Sgt Coronel Cel 3º Sargento 3º Sgt Tenente-Coronel Ten Cel ou TC Cabo Cb Major Maj Soldado Sd Capitão Cap - - 1º Tenente 1º Ten - - 2º Tenente 2º Ten - - Força Aérea Marechal-do-Ar Mar Ar Aspirante Asp Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ten Brig Ar Suboficial SO Major-Brigadeiro Maj Brig 1º Sargento 1S Brigadeiro Brig 2º Sargento 2S Coronel Cel 3º Sargento 3S Tenente-Coronel Ten Cel Cabo Cb Major Maj Soldado 1ª Classe S1 Capitão Cap - - 1º Tenente 1º Ten - - 2º Tenente 2º Ten - - PMMG CBMMG Coronel Cel Aspirante-a-Oficial Asp a Of Tenente-Coronel Ten Cel Cadete Cad Major Maj Aluno Al Capitão Cap Subtenente Subten 1º Tenente 1º Ten 1º Sargento 1º Sgt 2º Tenente 2º Ten 2º Sargento 2º Sgt 3º Sargento 3º Sgt Cabo Cb Soldado de 1ª Classe Sd 1ª Cl Soldado de 2ª Classe Sd 2ª Cl Fonte: BRASIL, 2008; Elaborado pelos autores em relação à PMMG e ao CBMMG. Quadro 2 – Abreviaturas dos postos e graduações das forças militares do Brasil. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 31 Em razão da recorrência com que as formas reduzidas dos postos e graduações militares são empregadas nos documentos da PMMG, a omissão do ponto abreviativo desses vocábulos é adotada como procedimento para evitar equívocos na leitura das frases em razão da sua semelhança com o ponto final. 2.3.7.3 Quando inserida de forma completa no texto, a identificação funcional do servidor militar da PMMG será feita no formato nº PM + posto ou graduação + nome completo. A sigla PM, inserida na apresentação acima, indica a corporação Polícia Militar, distinguindo o servidor daqueles lotados em outras instituições militares. 2.3.7.4 Sempre que for necessário destacar o quadro ao qual pertence o servidor militar, a sigla indicativa correspondente será inserida na sua identificação após a sigla PM. 2.3.7.5 As abreviaturas da palavra número devem corresponder aos seguintes critérios: a) a forma nº é empregada: − para a classificação e o controle dos documentos administrativos de tipos diversos: − para anteceder o registro da identificação funcional do servidor: Exemplo: nº 310.126-5, Sd 1ª Cl PM João Guimarães Rosa Exemplo: - nº 310.126-5, Sd PM QPE João Guimarães Rosa - nº 420.120-3, 2º Ten PM QOC Fernando Pessoa - nº 270.300-2, Cel PM QOS Mário de Miranda Quintana Exemplo: Resolução nº ... Comunicação Disciplinar nº ... Ofício nº ... Exemplo: - nº 712.765-3, 1º Sgt PM Afonso Henriques de Lima Barreto. 32 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS b) a forma n. é empregada para distinguir volumes e edições de documentos e publicações mencionadas no texto: c) a formatação em caixa alta das formas reduzidas nº e n. somente dever ocorrer quando, em razão do padrão definido para a formatação do documento, toda a denominação do elemento ou a passagem do texto for grafada em letras maiúsculas: 2.3.8 Alguns casos para o emprego de maiúsculas e minúsculas Os casos apresentados neste tópico especificam usos a serem observados na produção dos documentos da PMMG. Os casos mais gerais para emprego de iniciais maiúsculas e minúsculas devem ser orientados pela consulta à gramática normativa. 2.3.8.1 Devem ser grafados com inicial maiúscula a) As denominações dos postos e graduações da PMMG em suas formas por extenso ou abreviadas: b) Os termos genéricos que remetam a designações referentes ao servidor em exercício de atividades na PMMG: O emprego das iniciais maiúsculas nos vocábulos tratados neste tópico visa a distinguir as denominações referentes ao servidor militar das formas semelhantes atribuídas aos substantivos comuns fora do contexto da PMMG: a praça Sete de Setembro, o documento oficial, o armamento militar, etc. Exemplo: Revista O Alferes, vol. 26, n. 68... Exemplo: RESOLUÇÃO Nº ... REVISTA O ALFERES, VOL. 26, N. 68... Exemplo: Por extenso - Coronel, Capitão, Soldado, etc. Abreviado - Maj, Sgt, Cb, etc. Exemplo: Oficial, Praça, Militar, etc. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 33 c) Os nomes que remetam a designações de cargos, títulos e autoridades religiosas, da PMMG ou fora dela, em sentido genérico ou não: d) Os nomes das Unidades da PMMG, dos demais órgãos públicos e dos estabelecimentos particulares e de seus órgãos técnicos, divisões e departamentos: 2.3.9 A pontuação aberta nos modelos de estrutura A pontuação aberta - ausência de ponto final em alguns dos elementos estruturais dos documentos - é recurso próprio da redação técnica. Nos documentos da PMMG, essa estratégia é empregada nos itens de alguns cabeçalhos, na apresentação da numeração dos documentos, na identificação do signatário e em certos vocativos. Nos modelos de estrutura apresentados neste Manual, a pontuação dos elementos constituintes está devidamente representada para permitir a visualização pelos redatores. Não se admite a pontuação aberta no corpo dos textos dos documentos oficiais. 2.3.10 A questão do suporte dos documentos e a formalidade Para fins de produção textual, suporte é o termo empregado para indicar “o locus físico ou virtual com formato específico que serve de base ou ambientede fixação [...] do texto” (Marcuschi, 2008). Não é o suporte, mas a esfera de produção e circulação do documento que determina a formalidade ou o estilo da escrita. Dessa forma, as mensagens eletrônicas e os demais documentos que circulam em meio eletrônico devem atender aos padrões de formalidade próprios do ambiente institucional. Exemplo: Governador do Estado, Comandante-Geral, Deputado, Diretor, Arcebispo, Reitor, Almoxarife, Comandante, etc. Exemplo: Tribunal de Justiça, Academia de Polícia Militar, Instituto Médico Legal, Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, etc. 34 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS A decisão sobre encaminhar determinada comunicação via mensagem eletrônica decorre, a princípio, da avaliação sobre a adequação desse meio, o que abrange considerar: se os destinatários têm acesso ao sistema utilizado; se inexiste outro canal considerado como meio exclusivo para estabelecer a interação; se o trâmite posterior do texto não será inviabilizado em razão do suporte incialmente empregado, etc. Produzidos no meio eletrônico institucional, os documentos são legitimados pelas modalidades de assinatura eletrônicas pertinentes a cada caso, conforme procedimentos previstos, para cada situação, em normas reguladoras. 2.3.11 A estruturação dos textos A estrutura das frases, dos períodos e dos parágrafos dos textos decorre, a princípio, do objetivo mais geral da comunicação e dos padrões estéticos convencionados para o documento. A qualidade da comunicação está relacionada, portanto, à identificação inicial da tipologia predominante no texto - narração, descrição, dissertação, argumentação, injunção, etc. - e à seleção das estratégias decorrentes dessa identificação. Documentos produzidos em formulários convencionados, em meio impresso ou virtual, apresentam campos tabulares para destacar informações descritivas e narrativas. Tais informações devem ser consideradas por ocasião da produção das passagens que demandem a escrita contínua. Documentos cujas estruturas contemplem partes tabuladas e contínuas devem, como os de estrutura homogênea, ser considerados em sua integridade para fins de inserção ou busca de informações. 2.3.12 A numeração de tópicos dos textos Alguns documentos possuem a estrutura organizada em tópicos numerados, ou seções, aspecto que facilita a elaboração, a leitura e a eventual remissão. A numeração de parágrafos, muito embora não constitua a forma estrutural de todos os documentos, pode ser aplicada quando esse procedimento for necessário para facilitar o entendimento e a remissão das partes dos textos mais longos. Documentos tais como os ofícios, os relatórios e alguns memorandos podem receber a numeração sequencial dos seus parágrafos, conforme exemplo a seguir. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 35 Nos documentos cuja padronização de forma prever a estruturação de tópicos ou seções, a numeração deve indicar a subordinação e a relação entre as informações expostas, o que se faz com o emprego da numeração progressiva, até o nível quaternário: Nos casos em que for necessário numerar itens do nível quaternário, isso será feito pelo emprego das alíneas e das subalíneas, sequencialmente: Os textos que sucedem as alíneas e as subalíneas serão encerrados com ponto e vírgula, à exceção dos últimos itens, que recebem ponto final. Exemplo: Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto,texto, texto, texto, texto, texto, texto. 2. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. 3. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. Exemplo: 1. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto,texto, texto, texto, texto, texto. 1.1. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. 1.1.1. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. 1.1.1.1. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. Exemplo: [...] 1.1.1.1 Unidades Envolvidas a) da APM: - EFO; - EFAS; - EFSd. 36 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3.13 Controle da produção e do trâmite de documentos 2.3.13.1 Visando a facilitar o controle pelo órgão expedidor e pelo receptor, assim como o trâmite e a resposta do documento, é conveniente tratar de apenas um assunto em cada texto. 2.3.13.2 Quando o documento possuir mais de uma página, recomenda-se numerá-lo, a partir da segunda página, no canto inferior direito. Nesse caso, é possível repetir, junto à numeração das páginas, o número e o controle do documento, quando existentes. 2.3.13.3 Para fins de controle da produção, podem ser aplicadas, no rodapé da página, alinhadas à esquerda, as iniciais do redator e do digitador, conforme for o caso. Isso é feito com a mesma fonte do texto, reduzida. 2.3.13.4 Além da inserção da numeração dos textos produzidos, adota-se o sistema de protocolo, que registra a saída e a entrada do documento, com suas informações básicas - destinatário, síntese do assunto, etc. -, assim como quaisquer informações que permitam rastrear o seu trâmite. 2.3.13.5 O registro da entrega dos documentos será feito por meio de recibos apostos pelos responsáveis pela coleta de malotes, por protocolos dos serviços de despacho de documentos e, no caso da entrega em mãos, da aposição do recibo do funcionário responsável pelo recebimento em livro de protocolo próprio, controlado pelo setor emissor. 2.3.13.6 Na PMMG, o servidor responsável pelo recebimento de quaisquer documentos deve identificar-se claramente nos recibos que emitir. Isto pode ser feito pela aposição do nome legível ou pelo número funcional, sempre acompanhados da assinatura e do posto ou da graduação. O servidor civil adotará os mesmos procedimentos, substituindo a indicação do posto ou graduação pela sua função. Exemplo: - caso em que existe apenas o redator ou o digitador: FMSF/digitadora - caso em que existem o redator e o digitador: LHPG/redator – FMSF/digitadora MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 37 3 DOCUMENTOS DA PMMG Os documentos apresentados neste Manual serão expostos em ordem alfabética, portanto, sem nenhuma classificação que remeta a categorias tais como nível de expedição ou função. A relação apresentada não esgota o rol de documentos em uso na PMMG. 3.1 Ata 3.1.1 Conceito e finalidade Ata é o documento destinado ao registro de fatos e deliberações transcorridos em um encontro, uma reunião, uma assembleia ou uma convenção. Pode se prestar para o registro de eventos rotineiros (ou ordinários) ou esporádicos (extraordinários) de uma empresa, de um órgão público, de uma escola, de uma associação, de um condomínio, etc. Pode assumir valor administrativo, histórico ou jurídico, o que justifica os cuidados próprios para assegurar a clareza e a fidelidade, assim como para evitar alterações posteriores. O tempo verbalpredominante, no registro das discussões e das deliberações, é o pretérito perfeito do indicativo (abriu, leu, posicionou-se, decidiram, etc.). A redação da Ata é responsabilidade de um membro designado como Secretário, de forma efetiva ou para a função eventual em uma reunião, conforme o caso. 3.1.2 Forma Embora a Ata tradicional, manuscrita, fosse redigida em bloco – sem parágrafos no corpo do texto, também denominada ata discursiva –, mais modernamente, com o uso dos processadores de texto, é possível organizá- la em parágrafos e em tópicos, denominada ata moderna ou esquemática. A preocupação em elaborar a Ata manuscrita no formato em bloco decorre da necessidade de evitar alterações posteriores, por acréscimo. Essa mesma preocupação demanda a eliminação dos espaços em branco que sugiram a possibilidade de adulteração do registro. Ainda que produzida com o uso de processadores de texto, a Ata pode assumir o formato em bloco, decisão que decorre dos padrões a serem adotados pela equipe que se reúne, geralmente com a orientação do Presidente e do Secretário. 38 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Abreviações não são comuns em Atas, manuscritas ou digitadas. Privilegia- se a forma por extenso de palavras e números, eliminando-se, assim, abreviações, números arábicos, etc., inclusive para registros de valores e datas. Nos casos em que a inserção das formas abreviadas for indispensável, devem vir precedidas das formas por extenso. 3.1.2.1 Título Centralizado, em caixa alta, com a indicação geral do contexto em que se dá a reunião. Tratando-se de evento rotineiro, apresenta-se a sequência numérica do evento em números ordinais. Não há ponto após o título. 3.1.2.2 Texto O texto da Ata apresenta três grupos de informações: dados introdutórios, ordem do dia e fecho padrão. Os dados introdutórios registram: o dia, o mês, ano e a hora em que se inicia o evento; o local em que o evento ocorre; o presidente, ou outra função do responsável pelo evento, mencionando o seu nome completo; o secretário, pessoa encarregada do registro da Ata, mencionada pelo nome completo; a menção às pessoas presentes, indicadas pelos nomes completos. Tratando-se de evento com grande número de pessoas, podem-se adotar, avaliada a conveniência, os seguintes recursos: a) mencionar que serão listados por ocasião da assinatura: “...presentes os professores designados e os contratados, conforme assinaturas que se seguem...”; b) mencioná-los de maneira mais geral: “...presentes os professores designados e os contratados....” A ordem do dia contempla: a pauta da reunião; a verificação do quórum exigido para o evento se for o caso; os assuntos tratados, as deliberações e os demais procedimentos. Pode incluir, quando necessárias, a leitura e a aprovação de uma Ata anterior. A declaração de voto, embora não seja informação indispensável, pode ser incluída a pedido do interessado e mediante aprovação do presidente, especialmente nos casos em que a natureza das deliberações sugerirem a necessidade de registrá-la. Exemplos: ATA DA TERCEIRA REUNIÃO DA COMISSÃO 34/2016-EMPM ATA DA REUNIÃO DOS PROFESSORES DO CFSD/2017-EFSD MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 39 O fecho padrão é a fórmula na qual se inserem informações sobre o horário de encerramento, assim como dizeres próprios do gênero, como nos exemplos que se seguem: 3.1.2.3 Assinaturas Após o texto, incluem-se a identificação e as assinaturas dos presentes. Tratando-se de evento com grande quantidade de pessoas, é possível que parte delas assine a Ata, operando como representantes dos demais. Essa circunstância deve ser registrada na Ata e ser do conhecimento dos presentes. Presidente e Secretário sempre assinam a Ata. Assina primeiro o Presidente da sessão e, por último, o Secretário. As assinaturas são dispostas de maneira tal que se impeça a inclusão posterior de signatários que não participaram da sessão. 3.1.3 Outras peculiaridades Uma das importantes preocupações referentes à Ata é de que ela seja registrada de maneira que nada possa ser acrescentado ou modificado sem o devido conhecimento de todos os participantes e sem que isso esteja devidamente assinalado no documento. Para tal, devem ser adotados os seguintes cuidados: a) nas atas manuscritas, anular todos os espaços em branco; b) também nas atas manuscritas, adotar expressões retificadoras quando o Secretário percebe incorreções no texto; c) se o engano for percebido durante a redação do texto, utiliza-se a expressão “digo”: “...no dia sete de maio, digo, no dia seis de maio de dois mil e dezessete...”; Exemplos: Nada mais havendo a tratar, deu o Presidente por encerrada a reunião, às treze horas da mesma data, e eu, 3º Sgt PM Manuel Antônio Álvares de Azevedo, Secretário, lavrei a presente ata que, depois de lida e julgada conforme, será assinada por todos os presentes. Nada mais sendo tratado, o Presidente encerrou a assembleia, às quinze horas da mesma data, determinando-me a lavratura desta ata que, lida e aprovada pelos presentes, será assinada por todos. A reunião foi encerrada às nove horas. Para constar, eu, 3º Sgt PM Manuel Antônio Álvares de Azevedo, Secretário, lavrei a presente ata, que será lida e assinada, após julgada conforme. 40 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS d) se o engano for percebido após o encerramento do texto, utiliza-se a expressão “em tempo”, cuidando-se de sinalizar onde está localizada a incorreção: “Em tempo: na quinta linha, onde se lê “drogaria”, leia- se “padaria”; e) as abreviações, quando estritamente necessárias, serão precedidas da denominação por extenso: “... a documentação sobre o licenciamento será encaminhada para o Conselho Comunitário de Segurança Pública (CONSEP)...”; f) os números são redigidos por extenso, ainda que precedidos do registro em algarismos arábicos: g) possuindo a Ata mais de uma folha, todos os que assinaram o documento rubricam as demais páginas. As Atas digitadas podem ser coladas nos livros, o que proporciona maior segurança, ou, ainda, arquivadas em pastas próprias. Ainda que digitada ou elaborada no formato esquemático, a Ata não prescinde de mecanismos de controle, tal como: o registro dos termos de abertura e de encerramento dos livros ou pastas de controle das Atas, assinados pela maior autoridade envolvida nos eventos rotineiros; a numeração sequencial das folhas das Atas arquivadas na pasta, assim como das páginas do livro, conforme o caso. Algumas situações requerem o selo do cartório onde a Ata foi registrada, o carimbo do órgão ou setor responsável ou outros mecanismos de controle. É facultativa a numeração das linhas da Ata, o que pode facilitar a remissão a partes internas. Nesse caso, numera-se desde a primeira linha do texto até a última de identificação das pessoas que assinam a Ata. A Ata deve conter, de forma clara e fidedigna, os assuntos tratados na reunião, o que não equivale a dizer que devem ser registradas todas as falas das pessoas – não se trata de transcrição das falas dos presentes. A fim de assegurar que o documento atinja todos os seus objetivos, sem conter informações desnecessárias, o Secretário deve cuidar de: a) preparar-se para a sessão, informando-se previamente sobre os motivos que a determinaram e identificando quais pontos devem ser alvo de registro; Exemplos: - Aos cinco dias do mês de maio do ano de dois mil e doze... - [...] ficou decidido que o valor mensal da contribuição para formatura será de R$ 50,00 (cinquenta reais) [...] - [...] todos deverão chegar com quinze minutos de antecedência para a palestra [...] MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 41 b) utilizar linguagem clara e concisa; c) buscar a fidelidade à fala das pessoas, sem limitar-se a transcrever o que é dito por elas; d) adequar os registros à variante culta da língua, exceto quando o discurso direto for essencial; e) detalhar processos, ordens, atribuiçõese outros cujo resgate deva ser feito por meio da posterior leitura da ata; f) selecionar o que, de fato, importa para o resgate futuro das informações – em regra, registram-se as decisões, não os debates. Em alguns casos, pode ser necessário registrar posicionamentos contrários ou favoráveis à determinada decisão ou mesmo a sustentação legal das decisões. Trata-se, portanto, de selecionar as informações principais das secundárias. A Ata pode ser redigida durante a sessão, de maneira que seja assinada tão logo ela se encerre, ou, ainda, a posteriori, o que requer a coleta posterior de assinaturas – procedimento facilitado no caso dos eventos rotineiros, já que haverá nova situação em que todos estão presentes. No caso das sessões rotineiras, registra-se no texto a realização da leitura, da aprovação e a assinatura da Ata anterior. A conveniência da adoção da coleta a posteriori das assinaturas deve ser avaliada, especialmente nos casos em que as decisões tomadas no evento gerarem responsabilidades que requeiram cumprimento imediato. As deliberações de uma sessão não podem ser modificadas com a alteração da Ata. Havendo deliberações que contrariem ou complementem o que foi tratado em um evento, deve-se convocar nova sessão para outra discussão, com registro da Ata correspondente, respeitadas as normas existentes para cada situação – há casos em que se deve respeitar número de presentes, a presença de determinados membros, o prazo entre um evento e outro, a formalidade da convocação, etc. 3.1.4 Elaboração de atas via IntranetPM O Painel Administrativo da Intranet PM fornece rotina para convocação de reuniões e registro da respectiva ata, para tanto, basta o usuário clicar em “Mensagens” na página principal da Intranet PM e depois clicar em Reuniões (FIG.3): 42 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Figura 3 - Acesso à funcionalidade de Reuniões da IntranetPM. Fonte: IntranetPM, 2019. Após acessar o ambiente, o usuário deverá incluir uma Reunião ou, caso já tenha uma reunião registrada no sistema, acessará as informações da reunião e ambiente para elaboração da respectiva ata escolhendo entre as opções “Que fui convocado” e “Que eu marquei”, do lado esquerdo do menu. Importante ressaltar que as reuniões ficam vinculadas à caixa de mensagens individual ou administrativa que as tenha criado ou que tenham recebido as convocações. O usuário poderá também exibir as reuniões por status (realizadas, canceladas, agendadas etc.) (FIG. 04): Figura 4 - Ambiente para registro de reuniões na IntranetPM. Fonte: IntranetPM, 2019. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 43 Depois de inserir os dados básicos da reunião, deve-se inserir os participantes, as pautas, os respectivos responsáveis e o tempo estimado para exposição de cada assunto. A ata será redigida conforme as pautas definidas pelo usuário. A ata poderá ser redigida durante ou após a reunião. Importante ressaltar que o sistema salva automaticamente as informações inseridas nos campos próprios da ata, para tanto, basta o usuário clicar no botão , situado do lado direito de cada caixa contendo a “Descrição das Pautas” (FIG. 05). Figura 5 - Ambiente para registro de atas de reuniões na IntranetPM. Fonte: IntranetPM, 2019. O sistema também fornece rotina para cadastramento de deliberações e encaminhamentos decorrentes da reunião, com funcionalidade para encaminhamento de mensagem via Painel Administrativo aos responsáveis (FIG. 6). Cada encaminhamento poderá ser atribuído como tarefa para um ou mais militares ou ainda para uma caixa administrativa. Figura 6 - Ambiente para registro de deliberações em reuniões na IntranetPM. Fonte: IntranetPM, 2019. 44 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.2 Atestado 3.2.1 Conceito e finalidade É o documento por meio do qual o signatário, autoridade do serviço público, afirma objetivamente algo que tenha conhecimento sobre alguém, fato ou situação. 3.2.2. Forma 3.2.2.1 Timbre ou logomarca Geralmente centralizado ou alinhado à esquerda da página, seguido do nome por extenso do órgão expedidor. 3.2.2.2 Título Iniciado pela palavra Atestado, em caixa alta, em negrito, tamanho 12, centralizado na página em relação às margens do documento. 3.2.2.3 Texto Nos casos mais simples, os Atestados são estruturados em apenas um parágrafo. A conveniência de organizar o texto em mais parágrafos decorre da própria complexidade do fato a ser tratado. Todas as palavras do texto são expressas por extenso. O Atestado é escrito em primeira pessoa e apresenta, em regra, as seguintes partes: a) verbo atestar, com formatação diversa do restante do texto – caixa alta ou negrito; b) registro claro e suficientemente detalhado do fato ou situação a ser atestada. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 45 3.2.2.4 Local, data e assinatura O atestado deve ser encerrado informando a cidade, dia, mês e ano por extenso em que ocorreu a emissão do documento, seguidos da identidade (nome, posto ou graduação e função) e assinatura da autoridade signatária. Belo Horizonte, 20 de março de 2135. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 3.2.3. Outras peculiaridades Diferente do que ocorre com a Certidão, no Atestado não são citadas fontes documentais de onde foram extraídas as informações. Para a emissão do Atestado, não é necessária a existência de registro formal das informações. O Atestado está sempre vinculado à função ocupada pelo expedidor, sempre autoridade do serviço público ou responsável por serviços delegados pela Administração Pública, tais como cartórios, escolas e autarquias. Por questão de segurança, sugere-se registrar, no texto do Atestado – e de documentos similares, tais como a Certidão –, os motivos que determinaram a expedição do documento. O Atestado, a Certidão e a Declaração têm em comum o fato de serem expedidos por pessoa qualificada para afirmar algo a respeito de alguém ou alguma coisa. O contexto mais específico de cada situação – a delimitação de quem afirma, do assunto afirmado, da pessoa ou coisa sobre o qual se afirma – é determinante para a definição do gênero textual a ser produzido. Em regra, a esfera de produção – se da Administração Pública ou do contexto particular – deve ser o primeiro orientador da distinção entre os três documentos, conforme está demonstrado no quadro que se segue: Exemplo de motivações para emissão de Atestados: - ... a pedido do interessado... - ... para fins de comprovação junto à Universidade do Estado de Minas Gerais... 46 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Quadro 3 - Diferenças entre Atestado, Certidão e Declaração. Diferenciação Certidão Atestado Declaração Quanto à esfera Redação oficial Redação oficial Redação particular ou empresarial Quanto à fonte de informações Documentos Conhecimento do signatário Conhecimento do signatário, documento Quanto ao signatário Autoridade pública Autoridade pública Particular Quanto à constância dos fatos Permanentes Geralmente transitórios, passíveis de modificação Variável Exemplos Certidão de Inteiro Teor Certidão de Nascimento Extrato de Registros Funcionais Atestado de bons antecedentes Atestado de lotação de servidor público Atestado de capacidade técnica Declaração de vínculo empregatício em empresa Declaração de extravio de documentos ou cheques Fonte: Elaborado pelos autores com dados de Martins e Zilberknop (2010), Medeiros (2010, Zanotto (2009), Gold (2010), Kaspary (2004). A Declaração não tem vínculo com função pública ocupada pelo signatário. Por esse motivo, quando a afirmação decorrer dessa função, deve-se emitir o Atestado ou a Certidão, de acordo com o caso. Apesar da clara distinção da esfera de produção, alguns documentos que circulam na administração pública receberam a denominação Declaração, com indicação da finalidade específica, mesmo quando demandam emissorocupante de cargo público. Diante de necessidade que requeira a produção de documento já denominado Declaração em norma existente, sugere-se manter o nome instituído a fim de evitar embates com outros órgãos da Administração. Na PMMG, no entanto, a criação e a produção de documentos cuja função seja afirmar fatos sobre pessoas, fatos ou situações serão precedidas da análise sobre a correta denominação, Atestado ou Certidão, conforme especificado neste Manual, ou, ainda, outro gênero cuja produção seja coerente com o contexto. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 47 3.3 Certidão 3.3.1 Conceito e finalidade A Certidão é o documento que contém informações objetivas extraídas de fonte original – banco de dados, documentos, etc. – com o objetivo de provar a existência de ato ou assentamento que esteja em poder do expedidor. É expedida, e às vezes mandada expedir, por autoridade que possua competência para tal, a pedido do próprio interessado, mediante solicitação ou requisição de autoridade administrativa ou judicial ou, ainda, em razão de ato de ofício. Neste tópico, tratamos da Certidão em sua função, forma e peculiaridades mais gerais. Outros gêneros textuais, desdobramentos da Certidão, podem assumir forma e peculiaridades outras, contudo, não alteram a função original desse gênero. É o caso da Certidão de Tempo de Serviço, da Certidão de Inteiro Teor, da Certidão de Nascimento, etc. 3.3.2 Forma 3.3.2.1 Logomarca, timbre e título do documento Logomarca geralmente centralizada ou justificada à esquerda da página, seguida do nome por extenso do órgão expedidor e do título do documento em caixa alta e negrito. 3.3.2.2 Texto Nos casos mais simples, as Certidões são estruturadas em apenas um parágrafo. A conveniência de organizar o texto em mais parágrafos ou mesmo em escrita tabular, decorre da própria complexidade do fato a ser afirmado ou de convenções estabelecidas para Certidões específicas. Todas as palavras do texto são expressas por extenso. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO CERTIDÃO 48 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Deve ser escrita em terceira pessoa, a Certidão apresenta, em regra, as seguintes partes: a) indicação da função do signatário – pode conter, também, o seu nome civil; b) verbo certificar, com formatação diversa do restante do texto – caixa alta ou negrito; c) menção o documento, ato, registro ou qualquer outra fonte da qual se extraem as informações; pode-se registrar o motivo da demanda – o que foi requerido; d) transcrição ou citação do que foi encontrado ou, se for o caso, registro de que nada foi encontrado. 3.3.3.3. Fecho Expressão em que o signatário declara que é verdadeiro o que consta da Certidão. 3.3.3.4 Local, data e assinatura Cidade, dia, mês e ano por extenso: - Belo Horizonte, dois de março de dois mil e dezoito. Em alguns casos, cita-se o órgão em que a Certidão é produzida: - Comando de Policiamento da Capital em Belo Horizonte, aos dois de março de dois mil e dezoito. O documento é encerrado com a assinatura seguidos da identificação (nome, posto ou graduação e função) e assinatura da autoridade signatária. Exemplos de fecho de certidão: - O referido é verdade e dou fé. Ou - Por ser verdade, firma a presente Certidão. Belo Horizonte, aos vinte de março de dois mil trinta e cinco. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 49 3.3.3 Outras peculiaridades A Certidão está sempre vinculada à função ocupada pelo expedidor, sempre autoridade do serviço público ou responsável por serviços delegados pela Administração Pública, tais como cartórios, escolas e autarquias. A Certidão pode ser numerada, para fins de controle, a critério do órgão expedidor. Nesse caso, o número pode constar do título do documento. Em alguns casos em que a Certidão se presta a atender procedimentos rotineiros previstos em normas legais ou administrativas, é possível que a produção desse documento esteja prevista em norma. A Certidão Negativa registra que não há nenhuma informação sobre o fato ou sobre a pessoa nas fontes consultadas. Nesse caso, acrescenta-se ao título a palavra negativa. A Certidão verbum ad verbum contém a transcrição integral dos registros encontrados na fonte consultada. Nesse caso, pode receber o nome de traslado. A Certidão em breve relatório transcreve apenas os pontos demandados para a produção do documento. Essa circunstância deve ser registrada na Certidão. Na Certidão de Inteiro Teor, espécie de Certidão verbum ad verbum, são reproduzidos, integralmente, o texto do ato, assentamento ou registro de onde se extraem as informações. Quando a Certidão tem o objetivo de exprimir registros observados em publicações sequencialmente publicadas, a inexistência de fatos em determinado período deve ser destacada para não sugerir omissão de informações. Por questão de segurança do órgão expedidor e do signatário, sugere-se registrar, no texto da Certidão – e de documentos similares, como o Atestado –, os motivos que determinaram a expedição do documento: Exemplo: Ano 2009: Janeiro a março: sem registros; Exemplo: - ... a pedido do interessado... - ... para fins de comprovação junto à Universidade do Estado de Minas Gerais... 50 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Quanto ao prazo para expedição da Certidão, a Lei 9051, de 18 de maio de 1995, estabelece: Art. 1º As certidões para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações, requeridas aos órgãos da administração centralizada ou autárquica, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às fundações públicas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, deverão ser expedidas no prazo improrrogável de quinze dias, contado do registro do pedido no órgão expedidor. Art. 2º Nos requerimentos que objetivam a obtenção das certidões a que se refere esta lei, deverão os interessados fazer constar esclarecimentos relativos aos fins e razões do pedido. (BRASIL, 1995). O Atestado, a Certidão e a Declaração têm em comum o fato de serem expedidos por pessoa qualificada para afirmar algo a respeito de alguém ou alguma coisa. O contexto mais específico de cada situação – a delimitação de quem afirma, do assunto afirmado, da pessoa ou coisa sobre o qual se afirma – é determinante para a definição do documento a ser produzido. Veja quadro expositivo e esclarecimentos complementares em Atestado. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 51 3.4 Diretriz 3.4.1 Conceito e finalidade Documento que apresenta o conjunto de preceitos e de orientações específicas baixadas pelo Comandante-Geral, como desdobramento de suas políticas. A Diretriz direciona a atividade de planejamento nos níveis estratégico, tático e operacional para atingimento dos objetivos e das metas estabelecidos, podendo abranger aspectos tanto administrativos quanto finalísticos. As diretrizes serão publicadas em BGPM e poderão, avaliada a conveniência, em seu formato impresso, receber encadernação. Nesse caso, a padronização do formato e da apresentação visual atenderá ao que for especificado para a categoria na qual se inserir o volume. 3.4.2 Forma A estruturação da Diretriz permite a inserção de elementos essenciais e opcionais, categorizados em razão de sua natureza pré-textual, textual e pós-textual. A ordem de apresentação dos elementos deve seguir a forma como se apresenta a seguir. São elementos pré-textuais: - capa (essencial); - folha de rosto; - epígrafe; - relação de autoridades (essencial); - relação da equipe ou comissão responsável pela elaboração do documento (essencial); - ficha catalográfica; - apresentação; - lista de abreviaturas e siglas; - sumário (essencial). São elementos textuais: - texto (essencial); São elementos pós-textuais: - referências (essencial); - glossário; - anexo(s); - quarta capa. 52 POLÍCIAMILITAR DE MINAS GERAIS 3.4.2.1 Capa A arte da capa atenderá aos padrões que visem à identificação com outras Diretrizes com as quais guarde relações de afinidade, tais como a natureza da atividade regulada. Poderá conter ilustrações e gráficos que reportem ao conteúdo tratado. São elementos essenciais da capa: a logomarca da PMMG; a numeração sequencial e o controle da Diretriz, a síntese do assunto tratado; a cidade e o ano de emissão. A segunda edição, assim como as que a sucederem, devem ser assinaladas na capa, seguidas da inscrição revisada, atualizada ou ampliada, conforme for o caso. 3.4.2.2 Folha de rosto A folha de rosto, elemento opcional, apresenta os elementos essenciais próprios da capa, sem as ilustrações e as cores. 3.4.2.3 Epígrafe A epígrafe, elemento opcional, pode conter a citação direta de pensamento relacionado ao assunto tratado na diretriz, com a indicação do autor. Pode conter a citação da identidade organizacional da PMMG. 3.4.2.4 Relação de autoridades e equipe responsável pela elaboração da Diretriz A relação de autoridades em atuação e dos órgãos em atividade por ocasião da divulgação da Diretriz, assim como a do pessoal envolvido na elaboração do documento, podem ser apresentadas em páginas distintas ou em uma mesma página. 3.4.2.5 Ficha catalográfica A ficha catalográfica, elemento opcional, deve ser elaborada por profissional especializado da Academia de Polícia Militar. Sempre que possível, deve compor a estrutura da Diretriz. Pode figurar em página isolada ou juntamente com a relação de autoridades e da equipe responsável pela elaboração. 3.4.2.6 Apresentação A apresentação contém as palavras iniciais a respeito do conteúdo da Diretriz, de sua importância para o desenvolvimento das atividades com as quais se relaciona, das concepções mais gerais que orientaram a elaboração do documento, dentre outras. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 53 Deve ser um texto breve de, no máximo, duas páginas, e pode ser assinado pela mesma autoridade que assina a Diretriz, pela comissão responsável pela elaboração ou por seu presidente ou, ainda, por autoridade cujo notório conhecimento abone o conteúdo da diretriz. Não deve ser confundida com a introdução da Diretriz, parte inicial do texto. Não deve, portanto, conter a síntese dos tópicos nos quais se estrutura o documento. Pode ser encerrada com o registro do local, da data e com o nome do responsável pela apresentação. 3.4.2.7 Lista de abreviaturas e siglas A lista de abreviaturas e siglas, elemento opcional, facilita o resgate dos termos utilizados nos documentos mais extensos, especialmente quando empregadas com frequência. Se apresentada na Diretriz, deve conter todas as abreviaturas e siglas empregadas no documento, em ordem alfabética, seguidas de sua apresentação por extenso. As siglas e abreviações utilizadas devem seguir aos padrões em uso na PMMG. 3.4.2.8 Sumário O sumário especifica o conteúdo, apresentando-o em seus tópicos principais e respectivas subdivisões, na sequência em que são apresentados no documento. Deve apresentar todos os tópicos do documento, inclusive os pós-textuais, à exceção da quarta capa. 3.4.2.9 Texto O texto recebe estruturação coerente com os propósitos da Diretriz. Geralmente iniciado com a introdução, ou com a contextualização, parte na qual se apresentam, de forma objetiva, informações preliminares para o entendimento da obra e a síntese dos assuntos tratados nos tópicos seguintes. Não há inserção da logomarca no início do texto. O desenvolvimento do texto pode apresentar tópicos tais como: finalidade; objetivos; conceitos, pressupostos e definições; fundamentos ou princípios que orientaram a elaboração da Diretriz; percurso histórico; panorama político; econômico ou social; aspectos legais e normativos; metodologia empregada; dados estatísticos, dentre outros, coerentes com o conjunto de preceitos e de orientações apresentados na Diretriz, estes expostos de forma objetiva e clara, em quantos itens forem necessários. Podem ser acrescentadas ilustrações tais como gráficos, fotografias, infográficos, quadros, tabelas, dentre outras, para facilitar a compreensão do assunto a ser tratado. Sempre que a abordagem estiver sustentada em fontes diversas, estas devem ser sinalizadas no texto para fins de remissão às referências da Diretriz. O texto se encerra com as considerações finais ou com as recomendações finais. 54 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.4.2.10 Referências Listagem das obras, em suportes diversos, utilizadas para a elaboração da Diretriz. Deve ser organizada no sistema alfabético de entrada, conforme normas em vigor da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 3.4.2.11 Glossário Elemento opcional que apresenta a relação de termos pouco conhecidos. Podem ser incluídos os sentidos dos termos de natureza técnica, assim como o sentido adotado para termos aos quais a polissemia possa dificultar a compreensão. 3.4.2.12 Anexos Elemento opcional que apresenta informações e documentos complementares ou textos esclarecedores. Havendo dois ou mais anexos, estes serão identificados por letra maiúscula sequenciais, ao que se segue o travessão e o respectivo título. A letra indicativa do anexo não é grafada entre aspas. Sempre que houver, deve ser citada a fonte dos textos e dos documentos incluídos nos anexos ou apêndices. Nos documentos oficiais, diferente do que ocorre com a redação acadêmica, não se diferenciam anexos de apêndices. 3.4.2.13. Quarta capa Elemento opcional, figura necessariamente nas Diretrizes impressas para encadernação. Inclui a logomarca da PMMG na margem inferior, centralizada. Pode incluir a logomarca do Estado de Minas Gerais. Nesse caso, ambas são posicionadas no mesmo nível, próximas à margem inferior, posicionando-se a logomarca da PMMG à esquerda da que representa o Governo Estadual. 3.4.3 Outras peculiaridades A Diretriz será reeditada nos casos em que for necessário modificá-la parcial ou totalmente. Excetuam-se aos casos previstos neste item as modificações curtas e as temporárias, o que se fará com a publicação em BGPM. Nesses casos, a versão atualizada da Diretriz disponibilizada para consulta deve preservar a parte substituída, grifada com tachado duplo, seguida da nova redação. As Diretrizes e suas alterações serão publicadas em Separatas de BGPM. A estrutura da Diretriz, com seus elementos opcionais e essenciais, apresenta-se como demonstrado no esquema. Exemplo: Anexo A – Relatório de Supervisão Acadêmica Anexo B – Modelo de ofício do Manual de Redação Oficial da Presidência da República MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 55 3.5 Estudo de Caso 3.5.1 Conceito e finalidade Documento pelo qual se estuda determinado fato ou situação, com o objetivo de buscar erros e acertos e, por conseguinte, extrair do caso em estudo os ensinamentos necessários à assessoria e a atuações posteriores. O evento objeto do Estudo de Caso caracteriza-se por sua natureza emergente e singular que não permite, a princípio, o desenvolvimento de análises sob os parâmetros adotados em casos anteriores. Demanda, nesse sentido, o conhecimento aprofundado do fenômeno e dos fatores intervenientes para permitir sua adequada compreensão. A particularidade do caso pode decorrer tanto da amplitude dos resultados de uma falha quanto da conclusão de uma ação complexamente exitosa – as boas práticas. O Estudo de Caso pode resultar em providências de natureza normativa, operacional, formativa, etc. com vista à prevenção ou à replicação de resultados semelhantes ao observado. Possui vínculo direto com a memória institucional e se configura como um dos mecanismos de gestão do conhecimento. São propriedades do evento tratado no Estudo de Caso: Figura 7 - Propriedades do evento tratado no Estudo de Caso. Fonte: Adaptado de MINAS GERAIS (1987) Em razão de seu detalhamento, o produto finaldeve apresentar informações pormenorizadas que não poderiam ser plenamente obtidas pela leitura dos documentos produzidos imediatamente após o evento, tais como boletins de ocorrência ou relatórios. Documentos que registrem informações que possam contribuir para o entendimento do caso, produzidos antes ou após o evento, devem ser consultados pelo redator do Estudo de Caso. Esses documentos constituem fontes do estudo, assim como entrevistas realizadas pelo redator, fotografias, mapas, quadros, notícias, etc. Recente Relevante Singular Altamente ComplexoCaso para Estudo 56 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Predomina no Estudo de Caso a tipologia textual narrativa. Os fatos são apresentados de forma objetiva e em ordem cronológica de sua ocorrência. O foco da narrativa é a ocorrência principal, mas os detalhes do entorno físico e temporal, externo e interno, anterior ou posterior, devem ser considerados como dados a serem inseridos com vistas a compreensão da dinâmica dos fatos e para o desenvolvimento do cenário completo. Eventualmente, o redator pode destacar a fonte de informações pontuais da narrativa, assim como pode reproduzir excertos de falas em discurso direto. Prevalece, porém, a narrativa contínua na voz do relator. As entrevistas não devem ser reduzidas a termo. O responsável pela produção do Estudo de Caso será designado formalmente por meio de ato da autoridade competente, assim entendida aquela que tem responsabilidade sobre o espaço territorial ou sobre a área técnica, até o nível de Unidade. O ato de designação conterá prazo para a apresentação do Estudo de Caso. 3.5.2 Forma O Estudo de Caso apresenta-se na estrutura mais geral, conforme exposição a seguir. 3.5.2.1 Identificação da unidade emissora Logomarca padronizada, centralizada na página, seguida da identificação da Unidade de Direção Geral ou Intermediária e da Unidade responsável pela elaboração do documento, estas por extenso e em caixa alta. O espaçamento entre as linhas das denominações das Unidades é um. 3.5.2.2 Numeração e assunto Devem estar centralizados, o segundo uma linha abaixo do primeiro. A numeração sequencial do Estudo de Caso será fornecida pela Seção responsável pelo controle na Unidade a que pertence à autoridade que determinou a elaboração do estudo. O assunto sintetiza o evento estudado. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 57 3.5.2.3 Texto, organizado em tópicos numerados progressivamente A disposição das informações, apresentada a seguir, contém seções primárias, introdução, contextualização - localização temporal e espacial - antecedentes, narrativa do caso, análise e conclusão. À exceção das subdivisões da introdução, as demais são facultativas e ajustáveis à situação concreta analisada. Podem ser modificadas, excluídas ou substituídas sob a avaliação do redator, responsável por avaliar a natureza das informações necessárias ao entendimento do caso. A inclusão de outras subseções deve atender à real necessidade de elucidar os acontecimentos. É dispensável a exposição de dados que não convergirão para esse objetivo, a exemplo da apresentação de informações históricas ou conjunturais que não serão retomadas no Estudo de Caso. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO Estudo de Caso nº 30/2017-18º BPM ASSUNTO Introdução Síntese do caso Em breve parágrafo narrativo, o redator apresenta a síntese do evento. Fontes acessadas para a reconstituição do caso Exposição das fontes consultadas para a obtenção das informações que subsidiam a narrativa do caso, a exemplo de entrevistas, observações, documentos internos ou externos, notícias, sites, redes sociais, etc. Exceto quando indispensáveis, as fontes não serão anexadas. As entrevistas não devem ser reduzidas a termo. Contextualização O objetivo da contextualização é apresentar informações físicas, espaciais e de conjuntura que permitam localizar o evento e entender fatores que possam ter influenciado na forma como se desencadeou. Inclui, necessariamente, a localização temporal e a espacial e os antecedentes, estes selecionados de acordo com a natureza do caso. Localização temporal e espacial Data e hora do evento principal Local Endereço Unidade de Área – ou especializada – responsável 58 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Antecedentes Levantamento de documentos, informações, condições e situações que contribuam para a compreensão da emergência do fato, da previsibilidade ou da imprevisibilidade dos resultados, do planejamento prévio institucional em relação a eventos correlatos. Tais informações permitirão que o redator do Estudo de Caso desenvolva a análise do ocorrido. Podem ser adicionadas ilustrações tais como fotografias, gráficos, mapas, quadros, recortes de notícias, etc., desde que relevantes para a elucidação do caso. Documentos internos anteriores Listar os documentos institucionais que abordem assuntos correlatos ou que tratem de aspecto aplicável ao caso. Sintetizar a parte relevante para o Estudo de Caso. Informações prévias Considerar as variadas fontes, inclusive informações provenientes da mídia e de relatos verbais, fontes oficiais, estudos técnicos, etc. que tratavam, alertavam, orientavam ou sinalizavam a possibilidade de ocorrência do fato ou dos seus resultados. Condições do entorno Considerar aspectos tais como o clima, a geografia, os aspectos políticos e os sociais, etc. Situação da Unidade da PMMG responsável pelo caso Considerar: as condições das instalações; os recursos humanos e os logísticos disponíveis; os recursos humanos e os logísticos indisponíveis; os eventuais conflitos internos; as alterações conhecidas; as providências adotadas ou as sugeridas diante dessas alterações, etc. Narrativa do caso É ponto central do Estudo de Caso. A narrativa, sempre em ordem cronológica, deve permitir entender os movimentos das pessoas envolvidas e as consequências dos seus atos. Deve propiciar o entendimento sobre a inter-relação entre os fatores e seus efeitos nos resultados. Pode ser estruturada em etapas que destaquem os eventos críticos do acontecimento, evitando o movimento circular de retomar partes da narrativa para contar fatos novos. Sempre que necessário, pode ser complementada com a descrição de pessoas, ambientes ou objetos relacionados ao fato. Encerra-se com a conclusão do acontecido e com a apresentação das medidas adotadas logo após. Pode incluir, a título de complementação, informações sobre acontecimentos que se sucederam como desdobramento do fato, tais como a exposição na mídia, a repercussão junto aos públicos interno e externo, a instauração de procedimentos apuratórios e o estabelecimento de normas sobre o assunto. Não são, em regra, dados a serem considerados na análise do caso. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 59 Análise Explicitação dos aspectos a serem discutidos Preliminarmente, o redator elencará os tópicos que serão discutidos de maneira pormenorizada. Devem reportar aos problemas a serem solucionados como resultado do Estudo de Caso. Deve considerar as causas e as implicações, o papel dos atores diretos e indiretos, os efeitos do caso na situação atual, a identificação de modificações significativas após o fato, etc. Na sequência, considerando cada tópico elencado, estabelecerá relações entre os acontecimentos, o contido nos documentos normativos, doutrinários, informativos, etc., os conhecimentos anteriores ao caso, os fatores supervenientes, etc. A análise não visa ao julgamento das ações das pessoas envolvidas, portanto não devem privilegiar a apreciação quanto a esse aspecto. A ênfase da análise deve estar, dentre outros, em aspectos que joguem luz sobre: - a identificação de resultados inesperados e suas possíveis causas; - a confirmação da relevância de resultados complexos em nível institucional; - a demonstração da existência de lacunas nas normasinstitucionais que regulem procedimentos em eventos similares; - a constatação de divergências entre normas institucionais aplicáveis a situações semelhantes; - a verificação da adequação, conformidade ou completude das normas internas que tratam de eventos similares, ainda que não percebidos por ocasião da ocorrência dos fatos ou da análise preliminar à elaboração do Estudo de Caso. Conclusão Breve apreciação sobre a relação entre as circunstâncias, as ações dos envolvidos e os resultados. Indicação de medidas a serem adotadas. Deve expor, sinteticamente, o ponto de vista do relator sobre o que deve ser evitado, replicado, alterado, normatizado, atualizado ou padronizado, dentre outros, em razão do que se pode aprender com o caso estudado. A conclusão deve ser coerente com o que ficou demonstrado nos tópicos anteriores. 3.5.2.4 Local, data e assinatura do signatário O fecho do Estudo de Caso, aos moldes de outros documentos oficiais da PMMG, deverá informar o local e data de elaboração, seguidos da identificação e assinatura do responsável. O posicionamento do fecho deve ser alinhado com os demais parágrafos do texto, contendo o nome da cidade – por extenso –, o numeral referente ao dia do mês, o mês por extenso e o numeral indicativo do ano. Na grafia do ano, não se utiliza ponto nem espaço após o milhar; utiliza-se, no entanto, o ponto final após a estrutura. 60 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS A identificação do signatário, podendo haver mais de um, deverá conter o seu nome completo, seguido do posto ou graduação e da respectiva função todos centralizados na página. 3.5.3 Outras peculiaridades O termo estudo de caso remete, também, ao método científico adotado no desenvolvimento de pesquisas na esfera acadêmica, configurado nos formatos dos gêneros próprios dessa esfera, tais como artigos, monografias, dissertações e teses. A denominação do documento tratado nesta seção assemelha-se ao método de ensino denominado caso em estudo – ou caso para estudos –, empregado para estimular a aprendizagem por meio da análise de eventos corporativos, propiciando a aplicação de conceitos estudados e a aproximação com situações próprias do ambiente de trabalho. Muito embora haja semelhanças nos objetivos mais gerais e na predominância da narrativa para contar os casos, o Estudo de Caso, documento institucional da PMMG tratado nesta seção, não se comunica plenamente – seja em objetivos específicos, forma ou conteúdo – com o estudo de caso acadêmico ou com o caso em estudo didático. Em razão da necessidade de identificar as pessoas envolvidas nos fatos, e diante do propósito de não expô-las a julgamentos individuais, o Estudo de Caso deve tramitar, prioritariamente, no âmbito do grupo destinado a sua análise, o que inclui, o responsável pela produção e os responsáveis pela avaliação posterior do caso. A utilização do mesmo evento para fins didático ou de divulgação científica deve ocorrer por meio da elaboração do gênero textual pertinente, precedida dos trâmites institucionais requeridos em cada caso. O Estudo de Caso não se confunde, ainda, com outros documentos ou processos cuja natureza seja apurar responsabilidades de natureza administrativa ou disciplinar, para fins de punição ou de recompensa. Por ocasião da produção, o problema objeto do Estudo de Caso não mais permite intervenção, uma vez que já chegou a um desfecho. Belo Horizonte, 18 de março de 2017. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 61 3.6 Estudo de Situação 3.6.1 Conceito e finalidade Documento por meio do qual se apresenta proposta para solução de problema instalado ou iminente, sustentada na exposição e na análise da conjuntura, das necessidades e das alternativas disponíveis. A complexidade do problema e o seu relativo ineditismo determinam a elaboração do Estudo de Situação como instrumento para assessorar o Comando com vistas à tomada de decisão. Nesse documento, o encarregado aborda o problema de forma completa, clara e organizada, apresentando informações coordenadas e lógicas com o seu necessário detalhamento. Tendo em vista que “a finalidade do Estudo de Situação é selecionar a melhor linha de ação [estratégia]” (BRASIL, 2003), a formulação dessas linhas é ponto central do documento. Problemas relacionados às seguintes situações são exemplos que demandam a elaboração do Estudo de Situação: proposição de alteração na articulação operacional ou administrativa de Unidades; análise da viabilidade de modificar a estrutura organizacional da PMMG; e possibilidade de modificação de conceito, inclusão ou supressão no seu portfólio de serviços. O Estudo de Situação pode ser elaborado em qualquer nível de comando, mediante delegação da autoridade responsável pelo espaço territorial ou pela área técnica à qual o problema se relaciona. Pode ser encaminhado a uma autoridade superior àquela que determinou a elaboração, via cadeia de comando, avaliada a competência para decidir sobre o caso. 3.6.2 Forma O Estudo de Situação se configura pelo delineamento do problema a ser solucionado, pela demonstração detalhada do cenário onde se verifica ou onde se espera o desencadeamento do problema, assim como pelo levantamento e pela análise das linhas de ação aplicáveis, culminando na indicação da medida mais viável. Para tal, os tópicos centrais do documento – missão, cenário, estratégias, comparação das estratégias, conclusão e proposta – devem estar presentes no documento. As subdivisões desses tópicos podem variar em razão da existência de aspectos a serem detalhados a fim de permitir o encadeamento de ideias e a demonstração do vínculo entre a solução do problema e a proposta final. O documento não possui capa nem outros elementos pré ou pós-textuais diversos dos apresentados nesta seção. 62 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.6.2.1 Identificação da unidade responsável pela elaboração Logomarca padronizada, centralizada na página, seguida da identificação da Unidade de Direção Intermediária e da Unidade, estas por extenso e em caixa alta. O espaçamento entre as linhas das denominações da Unidade de Direção Intermediária e a da Unidade é 1. Não há abaixo da indicação da Unidade, outras especificações da seção ou da fração subordinada onde o Estudo de Situação foi elaborado. 3.6.2.2 Cabeçalho contendo descrição do documento Numeração e assunto, centralizados, o segundo uma linha abaixo do primeiro. A numeração sequencial do Estudo de Situação será fornecida pela Seção responsável pelo controle na Unidade a que pertence à autoridade que determinou a elaboração do estudo. O assunto sintetiza o problema ou a proposta mais geral do Estudo de Situação. 3.6.2.3 O campo Referência destaca documentos anteriores que guardem relação com o assunto tratado do Estudo de Situação. Deve ser a menção a documentos acessíveis à autoridade delegante. Se houver ato formal de delegação para a elaboração do documento, pode ser mencionada nesse campo. 3.6.2.4 O campo Anexo destaca documentos que serão juntados ao Estudo de Situação. São documentos dos quais a autoridade delegante não dispõe, geralmente porque foram elaborados ou coletados pelo encarregado. Somente devem ser anexados documentos relevantes para a tomada de decisão. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO Estudo de Caso nº 30/2017-18º BPM ASSUNTO MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 63 3.6.2.5 Estrutura do corpo do texto O corpo do texto do documento deverá observar a estrutura básica do modelo a seguir, adaptada ao contexto específico da sua elaboração. Missão Iniciado por verbo no infinitivo (estudar, examinar, avaliar, analisar, etc.), apresenta sinteticamente o problema estudado e o objetivo do documento. Cenário O cenário consiste no delineamento de futuros possíveis e deve ser construídopor meio de variáveis. As variáveis devem ser coerentes com o objetivo do estudo, visando a delinear o quadro geral a ser analisado. Deve se evitar o levantamento de variáveis que não guardem conexão com o problema ou com as estratégias a serem formuladas. Para obter os dados que permitirão tratar a situação, o encarregado deve recorrer a inúmeras fontes, tais como estatísticas, documentos normativos internos, legislação externa, notícias, entrevistas com especialistas, visitas in loco, etc. O cenário é constituído pelo diagnóstico (comportamento passado e presente das variáveis) e pelo prognóstico (possibilidades de futuro das variáveis). Diagnóstico Especificação dos aspectos contextuais do problema e do seu entorno. Pode ser dividido em tópicos destinados à apresentação estruturada de informações que contribuam para o conhecimento do fato, tais como: a) a localidade – endereço, distância entre as cidades vizinhas, vias de acesso, população, aspectos geográficos, economia, vocação econômica, tensões políticas e sociais, dados sobre a criminalidade, etc.; b) a Unidade da PMMG: efetivo, instalações, recursos logísticos, relacionamento com outros órgãos públicos, dificuldades encontradas, etc.; c) as normas que regulem o empenho operacional ou a atividade administrativa referentes às estratégias a serem apresentadas. Este tópico se constitui da abordagem detalhada das circunstâncias que se relacionam objetivamente ao problema, apresentando suas origens, e sua retrospectiva histórica. Pode retratar a dificuldade da Unidade para lidar com o crescimento da demanda, a previsão da realização de evento de grande porte, a evolução de conflitos sociais e políticos, as consequências dessa situação, etc. Pode incluir detalhamentos sobre a capacidade da Unidade para se ajustar às modificações, a necessidade do envolvimento de outros setores da PMMG e de órgãos externos, as expectativas de resultados decorrentes da modificação do quadro atual, etc. Ilustrações tais como fotografias, mapas, gráficos, croquis, etc. podem ser acrescentados para facilitar a visualização sobre os aspectos relevantes. Não devem ser acrescentadas ilustrações meramente decorativas. 64 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Prognóstico Trata-se das possibilidades de comportamento futuro das variáveis analisadas para a solução do problema. O prognóstico evidencia a evolução e as expectativas quanto à situação no curto e no médio prazo. Geralmente são analisados dois grupos de variáveis, ou seja, as do microambiente (organizações, entidades, etc.) e as do macroambiente (política, economia, tecnologia, legislação, etc.). Realça a evidência de evolução das variáveis que determinarão a proposição das estratégias. O prognóstico propicia, portanto, uma espécie de conexão lógica entre a situação atual e os possíveis cenários futuros. Estratégias Representam medidas possíveis para solução do problema. Em regra, apresentam-se três estratégias criteriosamente selecionadas. Esse número poderá ser, eventualmente, ampliado em razão da existência de outras possibilidades. A inclusão das diversas estratégias não é mera formalidade, mas processo necessário para assessorar a tomada de decisão. Deve resultar do trabalho cuidadoso do encarregado para identificar soluções possíveis e suas implicações. A apresentação de elevado número de estratégias ou, ao contrário, a apresentação de apenas uma não propicia o esperado assessoramento. A apresentação das estratégias será objetiva, sintética e clara, iniciada por verbos no infinitivo – instalar, alterar, modificar, suprimir, etc. Todas as linhas de ação devem ser plausíveis de aplicação sob os critérios da exequibilidade, da adequabilidade e da aceitabilidade, assim como devem ser coerentes com a modificação do quadro instalado. Comparação das Estratégias Cada uma das estratégias será discutida em seus pormenores, de forma equilibrada e imparcial, destacando-se as vantagens e as desvantagens decorrentes de sua implementação. O encarregado do estudo deve tratar com o mesmo rigor e com o mesmo grau de detalhamento as diversas estratégias, evitando que qualquer delas se apresente de forma inconsistente em razão da insuficiência pela qual foi analisada. Conclusão A conclusão deve ser o resultado dessa comparação. Portanto, deve representar os motivos pelos quais a seleção de uma delas parece ser a decisão mais acertada em face da situação apresentada. Em regra, as vantagens da estratégia considerada mais adequada prevalecem sobre as suas desvantagens. Não se trata, porém, de contabilizar as desvantagens e as vantagens, mas de analisá-las em função de qualidades, tais como a dificuldade para superar desvantagens, o efeito das vantagens, etc. Proposta A proposta é consequência lógica da comparação das estratégias e, em razão disso, apresenta-se de forma objetiva e sintética. Iniciada com o verbo na primeira pessoa do indicativo aponta a adoção de uma das linhas: - Proponho a adoção da Estratégia nº 1. - Propomos a adoção da Estratégia nº 2 MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 65 3.6.2.6 Local, data e assinatura do signatário O fecho do Estudo de Situação, aos moldes de outros documentos oficiais da PMMG, deverá informar o local e data de elaboração, seguidos da identificação e assinatura do responsável. O posicionamento do fecho deve ser alinhado com os demais parágrafos do texto, contendo o nome da cidade – por extenso –, o numeral referente ao dia do mês, o mês por extenso e o numeral indicativo do ano. Na grafia do ano, não se utiliza ponto nem espaço após o milhar; utiliza-se, no entanto, o ponto final após a estrutura. A identificação do signatário, podendo haver mais de um, deverá conter o seu nome completo, seguido do posto ou graduação e da respectiva função todos centralizados na página. 3.6.3 Outras peculiaridades Devido ao caráter pormenorizado do Estudo de Situação, não deve ser ela- borado quando o problema e as decorrentes proposições puderem ser tra- tados ou instruídos por meio de documentos mais sintéticos, tais como o Ofício ou o Relatório. Tendo em vista a função assessória do Estudo de Situação, não deve ser confundido com documentos que visem à preparação e à implementação de procedimentos ou à definição de atribuições, tais como o Plano ou a Ordem de Serviço. Por ocasião da produção, o problema objeto do Estudo de Situação é passí- vel de intervenção, uma vez que ainda não chegou a um desfecho. Belo Horizonte, 18 de março de 2017. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 66 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.7 Instrução 3.7.1 Conceito e finalidade Contém ordem escrita e geral a respeito do modo e da forma de execução de determinadas atividades com o escopo de orientar os subordinados no desempenho das atribuições que lhes são concernentes e assegurar a uni- dade de ação. Pode ser baixada por quaisquer autoridades em função de comando, dire- ção ou chefia de unidade orgânica, observando o grau de atribuição que lhe compete. Especifica detalhadamente as atribuições das pessoas e dos setores envolvidos. A Instrução é controlada por números sequenciais crescentes, inseridos pela Unidade expedidora e identificada pelo assunto nela tratado. 3.7.2 Forma As Instruções baixadas pelo nível estratégico, em razão do seu alcance, são estruturadas com elementos pré-textuais semelhantes aos da Diretriz. Nos níveis tático e operacional, geralmente, tais elementos são dispensados. 3.7.2.1 Epígrafe (ou título) O texto da Instrução se inicia com a identificação do documento, o que se faz com a indicação do tipo, da numeração e da Unidade expedidora, em caixa alta, em negrito, centralizada. 3.7.2.2 Ementa Posiciona-se duas linhas abaixo da epígrafe, com recuo de 6 cm da margem esquerda, justificado, em itálico. Apresenta a síntese do assunto a ser regu- lado na Instrução. Exemplo: INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CGRegula os procedimentos para o desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental pela Polícia Militar de Minas Gerais. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 67 3.7.2.3 Texto Inicia-se duas linhas abaixo da Ementa. É organizado em tópicos numera- dos sequencialmente, identificados no formato de títulos e subtítulos. São tópicos iniciais do texto: a Introdução e os Objetivos – gerais e especí- ficos. No desenvolvimento do texto mantém-se a estruturação em tópicos selecio- nados de acordo com a necessidade de esclarecer a motivação da Instrução, situar os destinatários em relação a aspectos técnicos, legais, normativos ou doutrinários e especificar, objetivamente, as atribuições dos envolvidos. Os tópicos que indicam as atribuições e as responsabilidades podem ser or- ganizados por princípios que permitam identificar a natureza das atividades ou os setores responsáveis pelas atribuições, dentre outros. O texto se conclui com as prescrições diversas – ou com as considerações finais – apresentadas no encerramento da Instrução. 3.7.2.4 Local, data e assinatura do signatário O fecho da Instrução, aos moldes de outros documentos oficiais da PMMG, deverá informar o local e data de elaboração, seguidos da identificação e assinatura do responsável. O posicionamento do fecho deve ser alinhado com os demais parágrafos do texto, contendo o nome da cidade – por extenso –, o numeral referente ao dia do mês, o mês por extenso e o numeral indicativo do ano. Na grafia do ano, não se utiliza ponto nem espaço após o milhar; utiliza-se, no entanto, o ponto final após a estrutura. A identificação do signatário, podendo haver mais de um, deverá conter o seu nome completo, seguido do posto ou graduação e da respectiva função todos centralizados na página. 3.7.3 Elementos pós-textuais Em páginas distintas, podem ser acrescentados elementos tais como: - referências – listagem das obras, em suportes diversos, utilizadas para a elaboração da instrução. Deve ser organizado no sistema alfabético de entrada; Belo Horizonte, 18 de março de 2017. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 68 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS - anexo(s) – elemento opcional, apresenta informações e documentos com- plementares ou textos esclarecedores. Havendo mais de um anexo, são identificados por letra maiúscula sequenciais, ao que se segue o travessão e o respectivo título. A letra indicativa do anexo não é grafada entre aspas. Sempre que houver, deve ser citada a fonte dos textos e dos documentos listados no(s) anexo(s). Nos documentos oficiais, diferente do que ocorre com a redação acadêmica, não se diferenciam anexos de apêndices. 3.7.4 Outras peculiaridades As Instruções Conjuntas que regulam assuntos do interesse de áreas distintas são assinadas pelas autoridades responsáveis pelas Unidades envolvidas. Exemplo: Anexo A – Relatório de Supervisão Acadêmica Anexo B – Tabela de honorários MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 69 3.8 Memorando 3.8.1 Conceito e finalidade Forma simplificada de ordenamento através do qual são transmitidas ordens ou advertências, dentro do sistema hierárquico. O Memorando é um gênero de comunicação interna. Portanto, circula no órgão público e não tem como destinatários outros órgãos, empresas particulares ou pessoas físicas. Na PMMG, o Memorando é utilizado como expediente para que as autorida- des em função de Comando, até o nível de Unidade, transmitam ordens e advertências dentro do respectivo sistema hierárquico. Apesar de ser uma comunicação interna, não deve prescindir da formalida- de própria da Redação Oficial. Não se justificam, portanto, as orientações no sentido de que se aceitam, nesse gênero, palavras informais ou fechos diferentes dos padronizados para a escrita oficial. As orientações quanto à eliminação da burocracia e do preciosismo exagerados valem para todos os gêneros da Redação Oficial. 3.8.2 Forma 3.8.2.1 Logomarca e identificação da Unidade expedidora Logomarca padronizada, centralizada na página, seguida da identificação da Unidade de Direção Intermediária e da Unidade, estas por extenso e em caixa alta. O espaçamento entre as linhas das denominações da Unidade de Direção Geral, Intermediária e a da Unidade é um. 3.8.2.2 Numeração e controle Elemento alinhado à esquerda da página. Contém a palavra Memorando por extenso, seguida do número do documento e do ano de expedição. A abre- viação do setor que expede o documento e outros registros servem para controlar o documento. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO 70 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.8.2.3 Local e data Alinhados à direita da primeira página. Contém o nome da cidade – por ex- tenso –, o numeral referente ao dia do mês, o mês por extenso e o numeral indicativo do ano. Na grafia do ano, não se utiliza ponto nem espaço após o milhar; utiliza-se, no entanto, o ponto final após a estrutura. 3.8.2.4 Cabeçalho A estrutura do cabeçalho deverá observar ao disposto no padrão a seguir, informando o destinatário, o assunto, a referência e o anexo, se houver. O campo “Do”, presente em documentos de estrutura semelhante à do Me- morando, não se apresenta neste documento. O vocativo, apresentado no campo “Ao”, pode indicar um destinatário individual ou um conjunto de des- tinatários. Exemplo: - Memorando 70/2017 - AE2 - Memorando 3.01.34/2019 - GCG Exemplo: - Belo Horizonte, 1º de junho de 2017. - Montes Claros, 25 de maio de 2019. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO Memorando 70/2017 – PM2/EMPM Belo Horizonte, 25 de maio de 2017. Ao: (Tratamento, Sr., se for o caso) + Posto ou graduação + função do destinatário Assunto: Especificação do assunto Referência: Se houver Anexo: Se houver MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 71 3.8.2.5 Texto O texto do Memorando é estruturado em partes que permitam identificar: a) a motivação da escrita, também entendida como a contextualiza- ção do assunto a ser tratado; b) a recomendação ou determinação expressa e detalhada, explici- tada de forma tal que permita ao destinatário reconhecer os pro- cedimentos a serem cumpridos, assim como o prazo e as demais ações esperadas. Havendo mais de um destinatário, ou quando o Memorando elencar uma série de disposições, pode ser estruturado em tópicos organizados com a numeração progressiva. O texto é redigido em primeira pessoa do singular (recomendo, determino...). 3.8.2.6 Identificação e assinatura do signatário Não há fecho após o texto, sendo o documento encerrado com a identificação e assinatura do signatário. 3.8.3 Outras peculiaridades Observa-se, pela análise de casos práticos e pelo referencial teórico disponível, que os órgãos públicos adotam duas funções distintas, mas não concomitantes, para o Memorando: a) Memorando com função de transmitir ordem: nesse caso, o con- teúdo é sempre relacionado a determinações do remetente ao(s) destinatário(s). O destinatário do Memorando, portanto, ocupa função subordinada à do emissor. Diante da natureza desse uso, é comum que o texto contemple prazos para cumprimento da de- terminação. Nesses casos, são comuns os verbos que tenham caráter de ordem (determinar, ordenar). Todavia, os integrantes da organização têm o entendimento de que, qualquer que seja o verbo empregado, as prescrições do Memorando devem ser cumpridas. O reconhecimento de que a instituição emprega o Memorando como instrumento de transmissão de ordens e deter- minações é suficiente para solucionar dúvidas quanto ao sentido polissêmico de verbos como recomendar, dever, orientar, pres- crever, estabelecer, etc. Este é o uso atribuído ao Memorando na PMMG; NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 72 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS b) Memorando com função de agilizar as comunicações: nesse caso, o Memorando tem o objetivo de transmitir informações maissimples e rotineiras relacionadas ao serviço e, por isso, geral- mente pouco extensas. Remetente e destinatário podem ou não ocupar o mesmo grau hierárquico na instituição. Originalmente, esse tipo de Memorando era redigido de forma manuscrita, com a utilização de impressos. Na administração atual, no entanto, que conta com as facilidades dos recursos de informática, é mais comum que o gênero seja digitado. Modernamente, esse tipo de uso tem sido substituído pelas correspondências eletrônicas, a exemplo do e-mail institucional. Não se trata do memorando em uso na PMMG. Há também variações no que diz respeito à natureza ou abrangência do memorando. Neste caso, tem-se o Memorando Circular e o Memorando Técnico. Memorando Circular é o de mesmo conteúdo – e mesmo número de con- trole – endereçado a diversos destinatários, que devem ser indicados de forma específica. Com a mesma estrutura e finalidade do Memorando de destinação única, difere por expor a listagem de todos os destinatários. Des- sa forma, todos ficam cientes dos setores e chefias envolvidos no trato do assunto. Memorando Técnico difere-se por apresentar prescrições e regulações refe- rentes a assuntos regulados pelas Unidades que detém autoridade técnica. Nos dois casos, como se trata de documento oficial, não se dispensam os mecanismos de controle, tais como numeração e registros em protocolos. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 73 3.9 Mensagens eletrônicas 3.9.1 Conceito e finalidade As mensagens eletrônicas abordadas nesta seção reportam ao e-mail (eletronic mail – correio eletrônico) e ao sistema eletrônico institucional de mensagens disponibilizado na Intranet PM denominado Painel Administrativo (P.A.). Toda a correspondência encaminhada via sistema eletrônico institucional possui cunho oficial. Por meio dos recursos e-mail e P.A. é possível produzir variados enunciados da esfera da administração pública e encaminhá-los a caixas postais indi- viduais e administrativas. Não é a natureza do suporte – e-mail ou P.A. –, porém, que determina o gênero textual – ou o documento a ser produzido. Essa determinação depende dos propósitos da comunicação. Dessa forma, e-mail e P.A. podem ser o suporte de ações variadas, tais como a solicitação, o convite, o relatório, etc. Nesta seção, aborda-se prioritariamente a forma das mensagens eletrônicas institucionais. Na Seção 2 deste Manual, discussões sobre o suporte dos textos acrescentam considerações aplicáveis à produção das mensagens eletrônicas. Para fins das atividades arquivísticas, os termos sistema eletrônico e suporte devem ser considerados à luz do emprego técnico próprio da área, conforme especificado na Seção 4 deste Manual. 3.9.2 Forma Estudos descritivos do e-mail categorizam duas partes principais da sua for- ma, as quais podem ser estendidas para a análise das mensagens eletrô- nica no Painel Administrativo (P.A): os elementos paratextuais e o texto. Os elementos paratextuais reportam aos campos referentes: a) à indicação do emissor; b) à inserção do endereço eletrônico do destinatário – ou à automáti- ca inclusão da caixa postal do P.A.; c) ao registro da data e da hora em que a mensagem é enviada; d) à síntese do assunto a ser tratado; e) ao aviso de anexos. 74 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Também são elementos paratextuais, inseridos pelo redator na janela principal: a) o vocativo; b) o fecho; c) a identificação do signatário; d) no caso exclusivo do e-mail, a indicação de outras formas para contato do destinatário externo com o signatário, tais como o nome da Unidade à qual pertence, o endereço físico, o telefone, etc., figuram após a identificação do signatário, à semelhança do rodapé do ofício externo. No campo destinado à inserção do endereço eletrônico do destinatário principal também é possível indicar outros que recebem cópia da mensagem – por meio do recurso cópia ou do recurso cópia oculta. Considerando os objetivos mais comuns da escrita oficial, é conveniente evitar o recurso da cópia oculta, assegurando a todos que recebem a mensagem conhecer os demais que têm acesso a ela. No caso do e-mail, quando houver número excessivo de destinatários e, para evitar que a extensa lista de e-mails ocupe espaço excessivo, o recur- so cópia oculta pode solucionar o problema. Se for esse o caso, a menção genérica ao grupo de destinatários, no corpo do texto, conferirá a clareza desejada. A seleção dos destinatários deve ser precedida de criteriosa análise sobre a necessidade de receber a mensagem. O recurso da cópia não deve ser utilizado para envolver, desnecessariamente, destinatários diversos na co- municação. A indicação do assunto deve propiciar sua imediata identificação pelo des- tinatário, captando sua atenção antes mesmo que ele abra a mensagem. A adequada indicação do assunto permite que o destinatário decida, por exemplo, sobre a conveniência de acessá-lo prioritariamente. Figura 8 - Demonstração de preenchimento do campo “Assunto” para envio de mensagem eletrônica no Painel Administrativo (P.A.). Fonte: IntranetPM, 2019. Exemplo: - Senhor Major Comandante da 1ª Cia PM Ind, - Senhor Coronel Comandante da 11ª RPM, MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 75 Da mesma forma, para manter a indicação do assunto a ser tratado, é conveniente acrescentar o tópico adicional tratado na resposta que utiliza como origem a primeira mensagem. Figura 9 - Demonstração de preenchimento do campo “Assunto” para envio de mensagem eletrônica no Painel Administrativo (P.A.) em mensagem de resposta ou encaminhamento. Fonte: IntranetPM, 2019. O campo assunto deve ser modificado quando, retornando a mensagem ao remetente, o objetivo seja tratar de assunto diverso do inicial. O campo destinado ao aviso de anexos deve ser utilizado de forma pruden- te, evitando-se enviar arquivos desnecessários, incorretos ou equivocados. A menção, no texto, aos arquivos anexados facilita ao destinatário analisar e tratar os anexos. Na janela principal do e-mail ou do P.A., o redator insere o vocativo, o fe- cho, o texto, sua identificação e, apenas no caso do e-mail, facultativamente, seus dados de contato. Em regra, o vocativo se apresenta nos moldes do ofício externo, iniciado pelo tratamento Senhor – por extenso –, com a designação do cargo do destinatário, ambos com iniciais maiúsculas. É encerrado com vírgula. Tratando-se de signatário e destinatário de servidores do mesmo nível hie- rárquico, ou quando o destinatário é de hierarquia inferior à do signatário, elimina-se o tratamento Senhor: Também são elementos paratextuais, inseridos pelo redator na janela principal: a) o vocativo; b) o fecho; c) a identificação do signatário; d) no caso exclusivo do e-mail, a indicação de outras formas para contato do destinatário externo com o signatário, tais como o nome da Unidade à qual pertence, o endereço físico, o telefone, etc., figuram após a identificação do signatário, à semelhança do rodapé do ofício externo. No campo destinado à inserção do endereço eletrônico do destinatário principal também é possível indicar outros que recebem cópia da mensagem – por meio do recurso cópia ou do recurso cópia oculta. Considerando os objetivos mais comuns da escrita oficial, é conveniente evitar o recurso da cópia oculta, assegurando a todos que recebem a mensagem conhecer os demais que têm acesso a ela. No caso do e-mail, quando houver número excessivo de destinatários e, para evitar que a extensa lista de e-mails ocupe espaço excessivo, o recur- so cópia oculta pode solucionar o problema. Se for esse o caso, a menção genérica ao grupo de destinatários, no corpo do texto, conferirá a clareza desejada. A seleção dos destinatários deve ser precedida de criteriosa análise sobre a necessidade de receber a mensagem. O recurso da cópia não deve ser utilizado para envolver, desnecessariamente, destinatários diversos na co- municação.A indicação do assunto deve propiciar sua imediata identificação pelo des- tinatário, captando sua atenção antes mesmo que ele abra a mensagem. A adequada indicação do assunto permite que o destinatário decida, por exemplo, sobre a conveniência de acessá-lo prioritariamente. Figura 8 - Demonstração de preenchimento do campo “Assunto” para envio de mensagem eletrônica no Painel Administrativo (P.A.). Fonte: IntranetPM, 2019. Exemplo: - Senhor Major Comandante da 1ª Cia PM Ind, - Senhor Coronel Comandante da 11ª RPM, 76 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS O Comandante-Geral da PMMG e o Chefe do Gabinete Militar do Gover- nador são coronéis cujas funções, equivalentes à de Secretário de Estado, correspondem ao tratamento “Vossa Excelência”, conforme visto no Capítu- lo 2. Por isso, também nas mensagens eletrônicas endereçadas a essas au- toridades, esse tratamento deve constar do corpo do texto. Não há alteração no vocativo das mensagens eletrônicas. O vocativo pode sofrer variações quando o e-mail ou o P.A. forem utilizados como suporte de comunicações próprias da comunicação organizacional, com função social, expedidas por signatário cujas atribuições na PMMG per- mitam tal utilização. Nesse caso, pode-se apresentar iniciado por adjetivo, em formatos tais como: O texto, que se segue ao vocativo, deve ser organizado em parágrafos no padrão moderno. Texto e elementos paratextuais que o antecedem e suce- dem devem ser separados por linha em branco. As mensagens eletrônicas devem ser breves. Tratando-se de mensagens extensas, aconselha-se avaliar a conveniência de adotar outro suporte para a comunicação – empregando o documento impresso adequado – ou mes- mo de anexar um documento que complemente as informações do e-mail ou do P.A. O fecho assume, em regra, os mesmos padrões do ofício, de acordo com a existência, ou não, de relação hierárquica entre emissor e destinatário. Alinha-se com os demais parágrafos. É grafado totalmente por extenso e seguido de vírgula. A identificação do signatário contempla seu nome completo, seguido do posto ou graduação, e, uma linha abaixo, da sua função – se essa última informação for coerente com a situação de produção da mensagem. Alinha- se com os parágrafos do texto. Exemplo: - Major Comandante da 1ª Cia PM Ind, - Coronel Comandante da 11ª RPM, Exemplo: - Prezados policiais militares, - Caros companheiros, Exemplo: - Atenciosamente, - Respeitosamente, MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 77 3.9.3 Outras peculiaridades E-mail e mensagem P.A. disponibilizam recursos para que o usuário verifi- que se a remessa foi bem-sucedida, geralmente pelo depósito da mensa- gem na caixa de saída e, no caso do P.A., da geração do protocolo de envio. Nos casos em que a verificação do recebimento seja relevante, o emissor pode, no caso do e-mail, utilizar-se do recurso de confirmação automática do recebimento. Inexistente tal recurso, o signatário pode solicitar, no corpo do texto, que o destinatário acuse o recebimento. Tratando-se do P.A., o sistema permite verificar se o destinatário recebeu a mensagem. Portanto, devem ser eliminadas as solicitações de mera acusa- ção de recebimento e similares. As abreviações próprias dos ambientes informais de comunicação da inter- net (vc, pq, qdo, etc.) são inadequadas para a escrita oficial, portanto, não devem figurar nas mensagens eletrônicas profissionais. Para responder a uma mensagem eletrônica encaminhada a destinatários diversos, é conveniente avaliar se todos eles devem receber a réplica. Se a resposta interessa apenas ao emissor da mensagem original, os demais não devem receber cópias. Figura 10 - Demonstração de estrutura adequada para elaboração de mensagem eletrônica no Painel Administrativo (P.A.). Fonte: Elaborado pelos autores. 78 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.10 Ofício 3.10.1 Conceito e finalidade Ofício é o gênero escrito da Redação Oficial utilizado para correspondência escrita entre as autoridades titulares de órgãos públicos. Por extensão de atribuições, o Ofício é também utilizados por clubes, escolas, associações e entidades eclesiásticas. O Ofício é empregado na comunicação externa, ou seja, o destinatário não pertence ao órgão ou Unidade onde o documento foi produzido, ainda que pertença à mesma instituição ou esfera de governo. Pode ser endereçado a outros órgãos públicos ou a pessoas físicas e jurídicas. Os assuntos tratados no Ofício são variados, uma vez que o documento se presta a tratar de temas diversos, da competência do órgão emissor: pode ser utilizado para informar, solicitar providências ou informações, fazer con- vites, formalizar a remessa de documentos ou objetos, etc. Em razão das funções comunicativas atribuídas ao documento, na PMMG em regra o detentor da atribuição para assinar Ofícios é o Comandante de Unidade. O Ofício não cumpre a função de formalizar comunicações no in- terior da Unidade. 3.10.2 Forma Na PMMG há muito se adota a praxe de se observar dois padrões de ofício, sendo um de tramitação interna e outro de tramitação externa. O padrão interno deveria ser empregado nas comunicações destinadas a outras Uni- dades da própria PMMG, independentemente da localização física ou do grau hierárquico do destinatário. O padrão externo deveria ser utilizado nas comunicações a destinatários que não pertenciam à PMMG. Neste Manual, seguindo os padrões utilizados pelo Manual de Redação Ofi- cial da Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais e pelo Manual de Redação Oficial da Presidência Pública será adotado um único padrão de ofício, que se prestará às comunicações internas ou externas à PMMG, devendo observar a estrutura descrita a seguir. 3.10.2.1 Identificação do emissor, numeração e data A identificação da Unidade emissora segue o padrão dos demais documentos da PMMG, ou seja, apresenta logomarca padronizada, centralizada na página, seguida da identificação da Unidade de Direção Intermediária e da Unidade, estas por extenso e em caixa alta. O espaçamento entre as linhas das denominações da Unidade de Direção Intermediária e a da Unidade é um. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 79 A numeração de controle fica alinhada à esquerda da página. Contém a palavra Ofício seguida do número do documento e do ano de expedição. A abreviação do setor que expede o documento e outros registros servem para controlar o documento. Logo depois, deve ser acrescentados o local e a data de emissão do docu- mento, alinhados à direita da primeira página. Contém o nome da cidade – por extenso –, o numeral referente ao dia do mês, o mês por extenso e o numeral indicativo do ano. Na grafia do ano não se utiliza ponto nem espaço após o milhar; utiliza-se, no entanto, o ponto final após a estrutura. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO Ofício nº 70.1.2/2017 – PM2/EMPM Belo Horizonte, 25 de maio de 2017. 3.10.2.2 Endereçamento O endereçamento é a parte do documento que informa quem receberá o documento. Deverá estar alinhado à margem esquerda. Nele deverão constar os seguintes elementos: a) Tratamento Senhor, na forma adequada para a função exercida pelo destinatário; b) cargo: cargo do destinatário do expediente; c) endereço: endereço postal de quem receberá o expediente, dividido em duas linhas: - primeira linha: informação de localidade ou logradouro do destinatário ou, no caso de ofício ao mesmo órgão, informação do setor; - segunda linha: CEP e cidade ou unidade da federação, separados por espaço simples. Nos Ofícios destinados às Unidades da PMMG, não é necessário informar o CEP e endereço completo. 80 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.10.2.3 Assunto Conforme BRASIL (2018), o assunto deve informar ao destinatário do que se trata o documento, de forma sucinta. Pode ser acompanhado de Referências e Anexos, caso seja necessário. As Referências dizem respeito a algum documento de origem que faciliteao destinatário compreender o contexto do assunto tratado no Ofício. Quanto aos anexos, devem referenciar o título ou descrição de documentos que por ventura estejam apensados ao Ofício. Deve observar a seguinte apresentação gráfica: a) título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o conteú- do do documento, seguida de dois-pontos; b) descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do documen- to deve ser escrita com inicial maiúscula, não se deve utilizar verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras; c) destaque: o título Assunto, bem como as Referências e Anexos de- vem ser destacados em negrito; d) pontuação: coloca-se ponto-final depois do assunto; e) alinhamento: à margem esquerda da página. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO Ofício nº 70.1.2/2017 – PM2/EMPM Belo Horizonte, 25 de maio de 2017. Ao Senhor; À Sua Excelência; [Posto/Graduação/Nome] Função Órgão ou Unidade Endereço MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 81 3.10.2.4 Vocativo e Texto O corpo do texto é antecedido pelo vocativo, seguido por vírgula e composto pelo tratamento Senhor (por extenso) e pela designação específica do cargo destinatário, ambos com iniciais maiúsculas. Não se utilizam, no vocativo do Ofício, o adjetivo prezado nem as formas superlativas Excelentíssimo, Meritíssimo e similares. O texto em si deverá ser digitado a dois toques na tecla Enter após o vocativo. O texto deverá expor o assunto e estar organizado em parágrafos, representando o início, a continuação e o fecho. O texto pode ser redigido em primeira pessoa do singular (Esclareço que...) ou do plural (Esclarecemos que...), à escolha do signatário. A partir de considerações sobre o destinatário e sobre os objetivos do documento, o redator deve cuidar de inserir informações que visem a assegurar o perfeito entendimento do texto, atentando para a Clareza e para as demais Características da Redação Oficial. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO Ofício nº 70.1.2/2017 – PM2/EMPM Belo Horizonte, 25 de maio de 2017. Ao Senhor [Posto/Graduação/Nome] Função Órgão ou Unidade Endereço Assunto: Solicita transferência de recursos de transferência voluntária do OGU. Referência: (se houver) Anexo: (se houver) Exemplo: - Senhor Delegado, - Senhor Comandante, 82 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.10.2.5 Fecho, identificação do signatário e assinatura Para o fecho emprega-se Atenciosamente, ou Respeitosamente, sob os mesmos critérios dos demais documentos oficiais da PMMG, ou seja, ob- servando-se a hierarquia entre as autoridades. A identificação do signatário segue os mesmos padrões dos demais docu- mentos oficiais da PMMG, devendo informar o nome, posto ou graduação e função, conforme ilustrado a seguir. 3.10.2.6 Rodapé Apresenta informações para contato com órgão expedidor do documento – endereço, e-mail, site, etc. –, e é formatado com fonte Arial tamanho 10, centralizado e com espaçamento um entre linhas. Os dados do rodapé são separados do corpo do texto por uma linha contínua. 3.10.3 Outras peculiaridades O Ofício Circular é expedido a vários destinatários, mantendo o mesmo número de controle, a mesma data e o mesmo texto. Nesses casos, no vocativo, é possível adotar termos mais genéricos, tais como Senhores fornecedores e Senhores Diretores, a título de exemplo. O mesmo pode ocorrer no endereçamento, muito embora os recursos da informática permitam personalizar esses campos. De qualquer maneira, no controle do documento, adota-se a inscrição Of. Circ. junto à numeração. São abreviações próprias do Ofício: a) C/C: trata-se de aviso de cópias. Indica que outros destinatários receberão cópia do Ofício. Geralmente, o aviso de cópias aparece após o fecho, antes da assinatura, alinhado com os parágrafos do texto; NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário [Endereço] – [Telefone] – [E-mail de contato] MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 83 b) A/C: significa Aos Cuidados de. Utilizada no envelope, no endere- çamento do ofício, após a indicação do destinatário. Esclarece que o documento deve ser entregue à pessoa ou ao setor indicado, ge- ralmente porque essa pessoa ou setor está envolvido no trâmite ou na solução da demanda; c) AT.: chamada linha de atenção – Posicionada no endereçamento, após a indicação do destinatário. Esclarece que o documento deve ser entregue à pessoa ou ao setor indicado, geralmente porque essa pessoa ou setor está envolvido no trâmite ou na solução da demanda; d) Iniciais do digitador: de uso facultativo, apresenta-se em caixa alta, após barra oblíqua. É empregada para fins de controle interno. Outros gêneros textuais que também recebem a denominação ofício pos- suem especificações de conteúdo, emissor e destinatário diversos do tra- tado neste tópico. É o caso do ofício padrão, por meio do qual o Secretário remete pastas funcionais, e do ofício de remessa, por meio do qual o encar- regado de procedimento disciplinar retorna os autos à autoridade delegante. Muito embora alguns aspectos da forma desses documentos se comuni- quem com os do Ofício, esses textos peculiares não devem ser confundidos com o documento tratado nesta seção. 84 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.11 Plano 3.11.1 Conceito e finalidade Expedido pelos Comandantes nos diversos níveis, é o documento que tra- duz a estratégia a ser adotada para cumprir determinada missão institucio- nal de natureza administrativa ou operacional. Contém a exposição metódi- ca e sistematizada do conjunto das medidas e dos procedimentos a serem executados com vistas ao atingimento de um objetivo claramente definido. A diversidade das atividades a cargo da PMMG propiciará a elaboração de planos tais como: Plano de Ação de Comando, Plano de Ação Corretiva, Plano Tático, Plano Operacional, Plano de Ação, Plano de Treinamento e outros. O Plano deve ser suficientemente detalhado e completo a fim de permitir o perfeito entendimento do contexto, das demandas existentes, das maneiras pelas quais as ações serão executadas, das atribuições dos setores e das pessoas envolvidas, dos recursos disponíveis, dos limites da atuação, do espaço territorial onde as ações serão desenvolvidas, dos prazos final e intermediários, dentre outros. Ao mesmo tempo, deve ser conciso e simples o suficiente com vistas a evitar a inserção de informações que não importem à demanda, eliminar a reprodução de textos extraídos de fontes facilmente acessíveis ou de conceitos, as ideias circulares, etc. 3.11.2 Forma A estrutura apresentada nesta seção corresponde aos padrões para elabo- ração do Plano. A apresentação dos elementos mais gerais – logomarca, identificação da Unidade, numeração e assunto, local e data e assinatura – é aplicável aos Planos que tratam de demandas específicas. Os tópicos primários – introdução, objetivos, análise ambiental, cenários, estratégias de operacionalização, atribuições específicas e contatos – são, em regra, mantidos nos planos em geral, assim como os tópicos secundá- rios, avaliada sua adequação às demandas específicas. Tópicos, secundá- rios e terciários podem ser alterados, incluídos ou suprimidos em razão das peculiaridades da missão. Tratando-se de documentos extensos em sua quantidade de páginas, suge- re-se a inserção de Sumário como elemento pré-textual. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 85 3.11.2.1 Identificação da unidade responsável pelo plano Seguindo o padrão dos demais documentos oficiais da PMMG, deve conter a logomarca padronizada, centralizada na página, seguida da identificação da Unidade de Direção Intermediária e da Unidade, estas por extenso e em caixa alta. O espaçamento entre as linhas das denominações da Unidade de Direção Intermediária e a da Unidade é um. Não há abaixo da indicação da Unidade, outras especificações daseção ou da fração subordinada onde o Plano foi elaborado. Essa indicação, se necessária, comporá o controle do documento – após a numeração ou a identificação geral, quando não houver numeração. 3.11.2.2 Numeração e assunto Centralizados, o segundo uma linha abaixo do primeiro. A numeração se- quencial do Plano será fornecida pela Seção responsável pelo controle na Unidade que expede o documento. O assunto deverá ser inscrito em caixa alta, negrito, e sintetiza a missão mais geral a ser cumprida. Se for necessário identificar a seção ou a fração onde o documento foi pro- duzido, o registro será feito no controle, junto à numeração. Quando não houver outros Planos da mesma natureza, o Plano não recebe numeração. Nesses casos, a indicação da missão pode ser inserida no título do documento, eliminando-se o campo “assunto”. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO OPERACIONAL UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO Plano nº 10/2017-18º BPM ASSUNTO Exemplo: Plano de Policiamento da Expocafé/2017 Plano de Emprego do Batalhão Copa na Copa América 2019 86 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.11.2.3 Distribuição O campo Distribuição especifica as Unidades ou os setores aos quais às cópias do Plano se destina. 3.11.2.4 Referências e anexos O campo Referência destaca documentos anteriores que guardem relação com o assunto tratado no Plano. Pode incluir normas institucionais aplicá- veis ao caso. O campo Anexo destaca documentos que serão juntados ao Plano. 3.11.2.5 Estrutura do Texto a) Introdução Introdução aos aspectos gerais do Plano e do evento por ele detalhado. b) Objetivos Introduzido por verbos no modo infinitivo, tais como executar, pro- mover, evitar, realizar, desenvolver, suspender, etc., indica, de forma sintética, a tarefa a ser executada e as condições por meio das quais isso será feito. Formulada em um único período, não indicará quem, quando nem como será executada. Pode ser estruturado em subtópicos que destaquem a natureza geral e específica dos objetivos. Nesse caso, o objetivo geral se apresenta como nos exemplos acima. Os objetivos específicos serão apresentados em itens, coerentes com os desdobramentos do objetivo geral. Exemplo: - Distribuição: 1º BPM, 5º BPM e 16º BPM - Distribuição: 1ª, 3ª, 5ª e 6ª Cias PM Exemplo: - Executar o policiamento ostensivo na partida entre o Clube Atlético Mineiro e o Cruzeiro Esporte Clube, no estádio Governador Magalhães Pinto – Mineirão – em Belo Horizonte. - Desenvolver operações de trânsito rodoviário nas vias rurais estaduais e federais de acesso às 1ª, 2ª e 3ª RPM, sob responsabilidade do BPMRV, por ocasião da paralização geral dos trabalhadores. - Promover, nas escolas localizadas na área da Unidade, ações com vis- tas à conscientização sobre os efeitos e as consequências do uso de drogas na infância e na adolescência. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 87 c) Análise ambiental Organizada em tópicos que objetivam à indicação do quadro que de- mandou a elaboração do Plano, categoriza informações que situam a Unidade envolvida, responsabilidades, os recursos disponíveis, as dificuldades e as hipóteses que orientaram a elaboração do Plano. Orienta os executores, os quais, em regra, não estiveram envolvidos nas análises e nos levantamentos que resultaram na elaboração do Plano. A análise ambiental interna indica dados tais como a localização, a estruturação mais geral da Unidade, outras peculiaridades, assim como sintetiza a missão a ser abordada no Plano. Permite o contato inicial dos executores com o problema a ser solucionado. Já a análise ambiental externa reporta a todos os fatores, adminis- trativos, geográficos, climáticos, econômicos, políticos, legais, etc., institucionais ou não, que tenham influenciado nas prescrições ex- postas no Plano ou que possam influenciar no atingimento dos obje- tivos propostos. Os recursos necessários são os mobilizados com vistas ao cumpri- mento da missão ou os que, indisponíveis, possam dificultar a execu- ção da tarefa. A descrição dos meios disponíveis com vistas à execu- ção da missão deve detalhar a natureza dos recursos, a quantidade e outras especificidades, incluindo a proveniência e o período de tem- po em que permanecerão alocados. A exposição dos meios indispo- níveis deve salientar a destinação, os motivos que impediram seu empenho na missão e o período de tempo em que permanecerão na situação de indisponibilidade. A análise ambiental visa a demonstrar o quadro no qual a missão será desenvolvida. Demonstra que a definição das estratégias con- siderou a análise dos ambientes externo e interno. A sequência do Plano, portanto, deve ser coerente com os dados apresentados nos tópicos em questão. d) Cenários Os cenários constituem hipóteses de futuros, levantadas como re- sultado dos estudos prévios que subsidiaram a elaboração do Plano. Eles devem indicar potenciais situações que representem a ruptura, em graus variados e crescentes de complexidade, e que, via de con- sequência, determinem a seleção das estratégias adequadas para restabelecer o estado de normalidade ou cumprir a missão. Sugere-se que os cenários sejam restritos ao limite de até sete e nunca inferior a três possibilidades. Estas devem ser expostas em nível gradativo de alterações às quais se condicionará o emprego dos recursos disponíveis. Podem incluir fatores de ordens as mais diversas, tais como: 88 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS • o comparecimento de público acima do comportado pelo lo- cal onde se realiza o evento; • a presença de grupos que se caracterizem pela manifestação violenta; • o surgimento de conflitos violentos entre pessoas ou grupos de orientações opostas; • a identificação de condições que representem risco para a atuação da tropa; • a previsão da ocorrência de fenômenos climáticos que possam dificultar a execução das atribuições; • a interrupção, em razão de causas diversas, do fornecimento de energia elétrica, do fornecimento de água ou a pane nos sistemas de comunicação, etc. Na exposição do Cenário, deve ser evitada a inclusão das informações com efeito meramente ilustrativo, das que não encontrem respaldo nos estudos precedentes e das que não tenham implicação direta na definição dos Objetivos ou nas especificações referentes as Estratégias de operacionalização. e) Estratégias de operacionalização A Metodologia de execução deve abranger ao conceito da operação e a descrição das atividades a serem desenvolvidas. Conceito repor- ta à concepção, ao pensamento que norteou o planejamento e que deve orientar o emprego dos meios disponíveis. Expõe a vontade tática do Comandante e deve permitir o entendimento de quando, onde e como a missão será executada. O Conceito da Operação guarda relação direta com os cenários apresentados anteriormente. Dessa forma, para cada cenário apre- sentado, deve ser prevista uma ação tática a ser desenvolvida, apre- sentada com o verbo no futuro do presente do modo indicativo – será, corresponderá, ocorrerá, etc. Como princípio do planejamento para emprego dos recursos, deve-se buscar a seleção de possibilidades que aliem o menor esfor- ço ao maior rendimento. Dessa forma, a exposição do Conceito da Operação pode demonstrar sua orientação pela ênfase no espaço a ser ocupado, no tempo para ocupação, nos próprios esforços da operação ou pela combinação de duas ou mais alternativas. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 89 Exemplo: a. Ênfase no espaço a ser ocupado 3.1 Metodologia de execução Para cada cenário a ser considerada, o estádio Governador Magalhães Pinto será dividido em setores, subsetores e postos de policiamento... b. Ênfase no tempo para ocupação: 3.1 Metodologia de execução A operação será desenvolvida em quarto fases 3.1.1 Antes da abertura dos portões, a partir de 211400Mai17-Dom... 3.1.2 A partir da abertura dos portões, em 211600Mai17-Dom... 3.1.3 Durantea partida, de 211600Mai17-Dom a 211800Mai17-Dom... 3.1.4 Após o encerramento da partida... c. Ênfase nos próprios esforços da operação: 3.1 Metodologia de Execução Ocorrerá o escalonamento de três esforços de recobrimento da malha protetora, mediante a concretização de cenários previstos neste Plano. 3.1.1 3.1.2 ... d. Combinação de alternativas: Nesse último caso, o tópico será estruturado em itens nos quais serão indicados os escalões subordinados responsáveis por executar as atividades expressas no conceito da operação. A seleção dos escalões envolvidos não deve privilegiar a quantidade, mas considerar também a qualidade na realização da tarefa. Os tópicos que estruturam os parágrafos devem referir-se aos escalões, não às pessoas. Dentre os Recursos necessários, não serão incluídas as Seções do Estado-Maior, uma vez que estas se posicionam na assessoria, não na linha de execução. Exceto quando for essencial para a compreensão do tópico, deve-se evitar descrever o efetivo e os materiais de forma pormenorizada, pois esse detalhamento será feito no tópico destinado aos Recursos logísticos. Os Recursos Necessários serão estruturados em dois tópicos: humanos e logísticos. Cada um desses tópicos, por sua vez, subdivide-se de acordo com as circunstâncias da tarefa. O tópico Recursos Humanos geralmente apresenta, em subtópicos distintos: • Efetivo: descrito de forma pormenorizada, de acordo com o escalão a ser empregado; 90 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS • Normas Administrativas: pode incluir o fardamento, o armamento e os equipamentos, assim como outras prescrições que reportem ao emprego do efetivo; e • Diversos: Outros itens podem ser acrescentados em razão da exigência das circunstâncias, tais como os destinados a previsões referentes à disciplina, dentre outras. O tópico Recursos Logísticos contempla, em regra, os seguintes subtópicos: • Suprimento: detalham-se as prescrições sobre os suprimentos destinados às atividades. A descrição pode ser substituída pela remissão a norma específica que trate do assunto, quando houver; • Manutenção: especificam-se as responsabilidades pela manutenção ou indica-se a norma específica que trata do assunto, se houver; • Transporte: detalham-se os recursos orgânicos e não orgânicos disponíveis para emprego; • Evacuação e hospitalização: esclarece as circunstâncias em que a tropa será retirada do terreno, assim como os locais e as condições em que a tropa receberá atendimento hospitalar; pode prever atendimento hospitalar assistencial para civis; • Serviços diversos: outras especificações não enquadradas nos itens anteriores. O tópico monitoramento e avaliação visa a estabelecer como isso será realizado nas atividades, definindo processos, instrumentos e responsabilidades. Visa a garantir que a execução das atividades ocorra conforme planejado, permitindo, por meio da função controle, corrigir desvios ou inconformidades em tempo hábil e definir, ainda, como ocorrerá a avaliação do Plano, ao final da execução de todas as atividades, visando a retroalimentar o ciclo de planejamento, contribuindo assim para a melhoria contínua. Já o tópico Atribuições Específicas visa a descrever as missões, competências e prazos de cada ator envolvido na execução, monitoramento e avaliação das atividades Comunicação Organizacional conterá a exposição referente ao desenvolvimento das atividades específicas, visando ao atendimento ao público interno e o relacionamento com o público externo. Pode ser subdividido em tópicos para destacar as condições em que os serviços serão prestados, a postura esperada dos policiais, a previsão de prestação de informações à imprensa e ao público em geral, dentre outras. Pode ser descrita por meio de remissão a norma que trate do assunto. e. Contatos O tópico Contatos reporta ao estabelecimento de relações formais entre as autoridades ou os setores envolvidos. Inclui ainda a especificação dos diversos meios disponíveis para as interações, sejam elas via rede-rádio, telefones fixos e móveis, sistemas de mensagens, etc., as quais podem ser listadas nos anexos. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 91 3.11.2.6 Local, data e assinatura do signatário A finalização do Plano, aos moldes de outros documentos oficiais da PMMG, deverá informar o local e data de elaboração, seguidos da identificação e assinatura do responsável. Os elementos devem ser alinhados com os demais parágrafos do texto, con- tendo o nome da cidade – por extenso –, o numeral referente ao dia do mês, o mês por extenso e o numeral indicativo do ano. Na grafia do ano, não se utiliza ponto nem espaço após o milhar; utiliza-se, no entanto, o ponto final após a estrutura. A identificação do signatário deverá conter o seu nome completo, seguido do posto ou graduação e da respectiva função todos centralizados na página. 3.11.3 Outras peculiaridades A formulação do Plano é subsidiada por documentos que o antecedem, tais como o Estudo de Caso, o Estudo de Situação e o Relatório, os quais prop- ciam a análise do cenário. A menção de normas que regulam a atuação e o emprego de recursos tra- tados no tópico Recursos necessários não deve ser vaga, sob o risco de comprometer a clareza em relação aos comportamentos esperados. Dessa forma, expressões do tipo “Conforme normas em vigor” devem ser elimina- das e substituídas pela remissão das normas específicas, com a exposição do seu tipo, seu número, ano e demais informações apresentadas no item 2 deste Manual. Belo Horizonte, 18 de março de 2017. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 92 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.12 Ordem de Serviço 3.12.1 Conceito e finalidade Documento baixado pelos Comandantes, nos níveis tático e operacional, para regular ou recomendar a execução de atividades operacionais ou ad- ministrativas. Aplica-se a atividades específicas, delimitadas em tempo e espaço de ocorrência. Sua elaboração decorre da concretização de um dos cenários previstos no Plano. 3.12.2 Forma 3.12.2.1 Identificação da unidade responsável Seguindo o padrão dos demais documentos oficiais da PMMG, deve conter a logomarca padronizada, centralizada na página, seguida da identificação da Unidade de Direção Intermediária e da Unidade, estas por extenso e em caixa alta. O espaçamento entre as linhas das denominações da Unidade de Direção Intermediária e a da Unidade é um. Não há abaixo da indicação da Unidade, outras especificações da seção ou da fração subordinada onde o Plano foi elaborado. Essa indicação, se necessária, comporá o controle do documento – após a numeração ou a identificação geral, quando não houver numeração. 3.12.2.2 Numeração e assunto Centralizados, o segundo uma linha abaixo do primeiro. A numeração se- quencial da Ordem de Serviço será fornecida pela Seção responsável pelo controle na Unidade que expede o documento. O assunto deverá ser inscrito em caixa alta, negrito, e sintetiza a missão mais geral a ser cumprida. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO OPERACIONAL MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 93 Se for necessário identificar a seção ou a fração onde o documento foi pro- duzido, o registro será feito no controle, junto à numeração. 3.12.2.3 Distribuição O campo Distribuição especifica as Unidades ou os setores aos quais às cópias da Ordem de Serviço se destina. 3.12.2.4 Referências e anexos O campo Referência destaca documentos anteriores que guardem relação com o assunto tratado na Ordem de Serviço. Pode incluir normas institucionais aplicáveis ao caso. O campo Anexo destaca documentos que serão juntados à Ordem de Serviço. 3.12.2.5 Estrutura do texto a) Evento: operação, policiamento, solenidade, etc.; b) Objetivo: missão da Polícia Militar no evento; c) Cenário: breve análise do ambiente: • Diagnóstico (fatos importantes ocorridos no último evento similar que merecem ser relatados. Dadosestatísticos, etc.), • Prognóstico (expectativa para o evento com previsão de público, atrações, dificuldades, principais demandas, etc.); d) Estratégias de operacionalização (conceito da operação, descrição de como será o emprego da Polícia Militar); UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO Ordem de Serviço nº 10/2017-18º BPM ASSUNTO Exemplo: - Distribuição: 1º BPM, 5º BPM e 16º BPM - Distribuição: 1ª, 3ª, 5ª e 6ª Cias PM 94 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS e) Atribuições específicas (competência de cada ator ou Unidade, en- volvidos); f) Recursos necessários (citar os recursos humanos e logísticos ne- cessários, bem como a origem deles) 3.12.2.6 Local, data e assinatura do signatário A finalização da Ordem de Serviço, aos moldes de outros documentos ofi- ciais da PMMG, deverá informar o local e data de elaboração, seguidos da identificação e assinatura do responsável. Os elementos devem ser alinhados com os demais parágrafos do texto, con- tendo o nome da cidade – por extenso –, o numeral referente ao dia do mês, o mês por extenso e o numeral indicativo do ano. Na grafia do ano, não se utiliza ponto nem espaço após o milhar; utiliza-se, no entanto, o ponto final após a estrutura. A identificação do signatário deverá conter o seu nome completo, seguido do posto ou graduação e da respectiva função todos centralizados na página. Belo Horizonte, 18 de março de 2017. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 95 3.13 Relatório 3.13.1 Conceito e finalidade Relatório é o documento produzido para expor fatos passados que sejam do interesse do serviço. Conforme os objetivos, podem ser analíticos ou informativos. Pode ser usado para tratar de visitas, inspeções, acidentes, pesquisas, estágios, vistorias, assim como para demonstrar a situação con- tábil ou financeira de determinado setor, dentre outras. Podem ser classifi- cados, segundo o ambiente de atividade, em técnicos, administrativos ou científicos. A elaboração do Relatório pode decorrer de atividade rotineira, que supõe a elaboração periódica desse documento, ou de demanda específica. Assim, classifica-se, quanto à frequência, em periódico e eventual. Quanto ao enunciador, pode ser individual ou coletivo, caso menos comum. No segundo caso, todos os responsáveis assinam o documento. Os Relatórios periódicos têm, geralmente, sua estrutura padronizada pela instituição, de maneira a assegurar que todos os documentos produzidos sobre uma mesma rotina contenham as mesmas informações, apresenta- das na mesma ordem, em espécie de formulário ou modelo padrão, este denominado relatório-roteiro. 3.13.2 Forma Neste Manual, aborda-se o Relatório eventual, elaborado em um modelo ge- ral, o que não impede, caso seja necessário, que em situações mais especí- ficas ou rotineiras, sejam utilizadas outras estruturas estéticas. Destaca-se, contudo, que os aspectos que se referem ao estilo e à composição textual serão comuns a quaisquer formatos. 3.13.2.1 Identificação da unidade responsável Seguindo o padrão dos demais documentos oficiais da PMMG, deve conter a logomarca padronizada, centralizada na página, seguida da identificação da Unidade de Direção Intermediária e da Unidade, estas por extenso e em caixa alta. O espaçamento entre as linhas das denominações da Unidade de Direção Intermediária e a da Unidade é um. Não há abaixo da indicação da Unidade, outras especificações da seção ou da fração subordinada onde o Relatório foi elaborado. Essa indicação, se necessária, comporá o controle do documento – após a numeração ou a identificação geral, quando não houver numeração. 96 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.13.2.2 Local e data Alinhados à direita da primeira página. Contém o nome da cidade – por ex- tenso –, o numeral referente ao dia do mês, o mês por extenso e o numeral indicativo do ano. Na grafia do ano, não se utiliza ponto nem espaço após o milhar; utiliza-se, no entanto, o ponto final após a estrutura. 3.13.2.3 Cabeçalho A estrutura do cabeçalho deverá observar ao disposto no padrão a seguir, informando o tipo de documento em caixa alta e negrito, o remetente, o des- tinatário, o assunto, a referência e o anexo, se houver. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO OPERACIONAL Exemplo: - Belo Horizonte, 1º de junho de 2017. - Montes Claros, 25 de maio de 2019. UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO RELATÓRIO Belo Horizonte, 25 de maio de 2017. Do: Posto ou graduação e função do signatário Ao: (Tratamento, Sr., se for o caso) + Posto ou graduação + função do destinatário Assunto: Especificação do assunto Referência: Se houver Anexo: Se houver MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 97 O campo “Do”, além de identificar o signatário, indica a circunstância em que ele produziu o Relatório. Por esse motivo, o campo pode receber duas formas distintas de preenchimento. Quando o fato a ser relatado tem vínculo direto com função ou encargo atri- buído ao relator, o preenchimento destaca essa condição: No caso acima, não há registro do nome civil dos signatários. Os relatores produzem o documento porque decorre de suas atribuições como Monitor da turma ou Comandante do 98º BPM, respectivamente. Quando o fato não tem vínculo direto com função ou encargo atribuído ao relator, o preenchimento indica seus dados de qualificação: Nesse caso, são situações que demandam narrar fato envolvendo o ser- vidor fora de seu horário de serviço ou mesmo registrar assuntos que não decorrem de uma função específica, tais como o envolvimento em ocorrên- cia por ocasião de folga ou para dar ciência ou o acesso a informações que, por interferirem na segurança pública, sejam do interesse da administração policial. 3.13.2.4 Texto A função de apresentar fatos passados, que podem ter efeito em ativida- des realizadas ou ainda em execução, nos planos e projetos da instituição, determina a predominância do tipo textual narrativo nesse documento. A necessidade de apresentar informações detalhadas pode requerer o desen- volvimento, também, de texto descritivo, nas ocasiões em que é necessário apresentar características de pessoas, objetos, ambientes, etc. Ainda em razão dos objetivos mais específicos e da função exercida pelo re- dator, pode conter sugestões e pareceres para ações futuras, conformadas nos tipos textuais argumentativo ou dissertativo. O texto contempla a abordagem inicial ao assunto, de maneira sintética, com o objetivo de permitir que o destinatário conheça as informações preliminares sobre o fato que motivou sua escrita. O objetivo é situar o leitor em relação ao que será abordado no documento. Exemplo: - Do: 3º Sgt PM Monitor da Turma 12/CFS-2017 - Do: Ten Cel Comandante do 98º BPM Exemplo: - Do: 555.676-0, 3º Sgt PM Érico Lopes Veríssimo 98 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Em situações específicas, pode ser adequado fazer referência à disposição legal ou à ordem superior que determinou a apresentação do Relatório, se for esse o caso; a data da determinação; a referência à autoridade que de- terminou. A conveniência e a necessidade de incluir tais informações devem ser avaliadas para cada situação, uma vez que nem sempre há uma ordem específica que demanda a escrita do documento. A seleção do verbo que se emprega no texto contribui para imprimir marcas do gênero. Assim, o verbo relatar se impõe como um dos marcadores do estilo do Relatório, em detrimento de verbos como informar e comunicar, por exemplo, que encaminham o desenvolvimento discursivo em direção a outros gêneros. O relator deve preocupar-se em evitar a repetição e, para tanto, procurar agrupar as informações que se completam, tais como as que se referem à data e ao local, as que se referem à qualificação das pessoas envolvidas, etc. A clareza será favorecida pela apresentação dos fatos em ordem cro- nológica. A quantidade de parágrafosdepende das informações e dos dados a serem desenvolvidos. O relator deve registrar os fatos de que tenha conhecimento direto ou por meio de fontes confiáveis. Nos casos em que for relevante mencionar in- formações não confirmadas, a natureza e o grau de confiabilidade da fonte devem ser esclarecidos. Quando se fizer necessário, o Relatório poderá ser acompanhado de tabe- las, gráficos, fotografias e outros elementos que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos e sua melhor compreensão por parte da autorida- de a quem se destina o documento. Esses dados podem ser inseridos no corpo do Relatório ou, se muito extensos, juntados a ele em forma de anexo. O relator deve tecer considerações sobre as informações mais importantes dos elementos ilustrativos, de maneira a facilitar a análise que será feita pelo destinatário. Em alguns Relatórios é possível, ou até mesmo esperado, que o relator apresente uma apreciação do assunto, com informações e esclarecimentos que garantam a sua completa compreensão. A análise deve ser objetiva – resultado da clareza e da concisão – e imparcial. Essa apreciação pode se apresentar destacada em tópico denominado análise. Como consequência, o relator emitirá um parecer, coerente com o que foi apresentado na análise, espaço em que pode, se conveniente, apresentar sugestões ou recomendações, dependendo da função que desempenha. O Relatório não deve conter apreciações de natureza subjetiva sobre fatos desconhecidos, pouco conhecidos, nem mesmo comentários. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 99 3.13.2.5 Fecho, identificação do signatário e assinatura Para o fecho emprega-se Atenciosamente, ou Respeitosamente, sob os mesmos critérios dos demais documentos oficiais da PMMG, ou seja, ob- servando-se a hierarquia entre as autoridades. A identificação do signatário segue os mesmos padrões dos demais docu- mentos oficiais da PMMG, devendo informar o nome, posto ou graduação e função, conforme ilustrado a seguir. 3.13.2.6 Rodapé Apresenta informações para contato com órgão expedidor do documento – endereço, e-mail, site, etc. –, e é formatado com fonte Arial tamanho 10, centralizado e com espaçamento um entre linhas. Os dados do rodapé são separados do corpo do texto por uma linha contínua. 3.13.3 Outras peculiaridades O redator do Relatório pode ser de hierarquia superior, igual ou inferior à do destinatário, dependendo dos objetivos do documento. Podem fazer parte do Relatório gráficos, tabelas, figuras, fotografias ou ou- tros elementos que contribuam para o melhor entendimento do assunto tra- tado. Esses elementos podem ser incluídos no corpo do texto ou, quando muito extensos, em forma de anexos. Um Relatório não é um gênero que se presta apenas a uma ocasião. Trata- -se de um documento que, geralmente, depois de lido - e até mesmo ar- quivado- pode ser consultado novamente, para fins de comparação com a evolução do fato tratado, bem como juntado a outros expedientes adminis- trativos. Isso justifica o rigor nos aspectos informacionais, o detalhamento e a clareza do documento. Não sendo o Relatório estruturado em partes ou capítulos, seus parágrafos podem ser numerados, a partir do segundo. Não se numera o fecho. Atenciosamente ou Respeitosamente, NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário [Endereço] – [Telefone] – [E-mail de contato] 100 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.14 Requerimento 3.14.1 Conceito e finalidade Requerimento é o gênero por meio do qual se solicita algo a uma autoridade do serviço público responsável por solucionar a demanda. O Requerimento é, portanto, destinado a órgãos públicos, exceção feitas às escolas particu- lares que, por uma espécie de delegação, exercem atividades próprias da esfera pública. O signatário do Requerimento, no entanto, pode ser servidor público ou qualquer pessoa física ou jurídica que tenha interesse em assunto tratado pela Administração Pública. O Requerimento é considerado um dos mais formais documentos da Re- dação Oficial, caracterizado pelo rigor estilístico e de instrução por parte do emissor, pela sustentação em norma que fundamenta a produção textual, pelo controle de prazo para elaboração e, eventualmente, para trâmite, as- sim como por demandar resposta motivada e publicada por parte do desti- natário. É a formalidade própria do Requerimento o aspecto que funcionalmente o difere do documento denominado Solicitação, em uso corrente na PMMG. 3.14.2 Forma 3.14.2.1 Vocativo Tratamento Senhor, seguido da função da autoridade destinatária. Apresenta-se alinhado à esquerda, em caixa alta, totalmente por extenso – à exceção da sigla PM. A identificação da autoridade destinatária do requerimento cumpre a função de cabeçalho do documento. Não há forma de saudação após o vocativo. SENHOR CORONEL PM DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DA POLÍCIA MILITAR Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto [...] MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 101 Após o vocativo e o próximo elemento – preâmbulo – insere-se de 2 espa- ços duplos, destinados ao despacho inicial da autoridade destinatária. 3.14.2.2 Preâmbulo Nome do requerente, todo ele em caixa alta, e sua qualificação: nacionalida- de, estado civil, idade, filiação, naturalidade, residência, etc. Os dados de qualificação do requerente devem ser selecionados de acordo com a finalidade e a destinação do documento. O militar da PMMG, ao pro- duzir um requerimento interno, na maioria das vezes, deverá constar ape- nas o nº PM, posto ou graduação, nome completo, Unidade e fração em que está lotado. 3.14.2.3 Texto Apresentado na sequência do preâmbulo, antecedido da expressão vem, respeitosamente. É o espaço no qual o requerente indica, de forma explícita, a norma que fundamenta a produção do requerimento. O texto, escrito totalmente em terceira pessoa, deve ser claro e conter to- das as informações que esclareçam o contexto em que se dá o pedido. De acordo com a motivação da escrita, devem ser juntados documentos que se relacionem à demanda. O Requerimento pode demandar a elaboração de texto meramente expo- sitivo, quando suficiente para tratar do assunto, ou exigir a formulação de texto argumentativo, quando o objetivo da escrita for coerente com essa estratégia. O pedido objeto da demanda deve ser claro e coerente com as demais infor- mações constantes do texto. 3.14.2.4 Fecho Fórmula que encerra o documento. Alinha-se com os demais parágrafos. A forma é a apresentada a seguir, ou seja, em duas linhas, separadas por vírgula. Exemplo: Nestes termos, Pede deferimento. 102 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 3.14.2.5 Local, data e assinatura do signatário A finalização do Requerimento, aos moldes de outros documentos oficiais da PMMG, deverá informar o local e data de elaboração, seguidos da iden- tificação e assinatura do responsável. O posicionamento dos elementos deve ser alinhado com os demais pará- grafos do texto, contendo o nome da cidade – por extenso –, o numeral referente ao dia do mês, o mês por extenso e o numeral indicativo do ano. Na grafia do ano, não se utiliza ponto nem espaço após o milhar; utiliza-se, no entanto, o ponto final após a estrutura. A identificação do signatário, podendo haver mais de um, deverá conter o seu nome completo, seguido do posto ou graduação e da respectiva função todos centralizados na página. Nos casos em que a produção do documento não decorre de uma função específica, essa informação não é inserida abaixo da identificação. O termo requerente não indica função, portanto, não deve ocupar o lugar destinado a esse dado. 3.14.3 Outras peculiaridades Documentos citados ou juntados ao Requerimento devem ser mencionados no corpo do texto,já que esse gênero não possui campos de destaque para referências e anexos. O Requerimento sempre atende a uma norma anterior que determina o en- caminhamento da demanda por meio desse documento. Trata-se da norma que fundamenta a produção do requerimento, a qual deve ser consultada em busca de informações sobre como o documento deve ser instruído e sobre os prazos referentes à apresentação e ao trâmite. Belo Horizonte, 18 de março de 2017. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 103 4 ASPECTOS GERAIS DA GESTÃO DOCUMENTAL Entre os benefícios da implantação da Gestão de Documentos na Adminis- tração Pública Estadual, destacamos a simplificação e racionalização dos procedimentos de gestão de documentos, a agilidade no acesso às informa- ções e na tomada de decisões, maior qualidade e produtividade ao serviço público, bem como o planejamento, o controle e a transparência nas ações do governo. (SÃO PAULO, 2005). Na antiguidade a comunicação era feita por meio de gestos, evoluindo para a forma oral. Atualmente, vivemos a realidade do documento virtual. Assim, pode-se dizer que a informação registrada deu origem ao documento e a tantos outros meios que necessitam ser acondicionados e preservados de forma correta. De acordo com Rondinelli (2011), foi nos Estados Unidos, a partir do final da década de 1940, com a denominação de records managemet ou gestão de documentos, que se originaram a preocupação e a sistematização da gestão dos documentos, tão logo estes fossem criados, tendo em vista o grande volume de documentos produzidos a partir da Segunda Guerra Mundial. A arquivística (arquivologia) estuda as funções do arquivo e trabalha com documentos, ou seja, com a informação registrada, independentemente dos suportes e do seu fluxo. A informação pode ser encontrada em diversas for- mas, entre elas: escrita, desenhos, símbolos, gestos, sons e imagens, etc. O registro da informação sempre foi importante – seja para exercer o poder, para reconhecer direitos ou para preservar a memória da instituição cor- relata. A principal fonte de informação da Administração Pública está nos documentos. Nesse contexto, a importância de se implantar a gestão documental está em garantir a preservação e o acesso às informações contidas nos docu- mentos. O gerenciamento da informação garante sua recuperação de forma rápida, segura e econômica, bem como a otimização dos recursos humanos e materiais. Os arquivos institucionais possuem alto potencial informativo e, de acordo com a necessidade, podem permitir a consulta às informações registradas nos documentos e também o acesso à informação contextual, ou seja, às informações obtidas do conjunto de documentos que registram uma ativida- de ou uma transação. Dessa forma, pode-se dizer que os documentos arquivísticos, além de pos- sibilitarem a eficiência e a transparência da ação da Administração Pública, propiciam a transparência relativa aos seus atos. Assim, garantem e provam os direitos e deveres da sociedade e dos Poderes Públicos. Isso em razão sua importância para a política de segurança do Estado e da sociedade, possibilitando o desenvolvimento científico e o cultural. 104 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 4.1 Arquivo 4.1.1 Definição O Conselho Internacional de Arquivos apud Cruz (2013), em seu Dictionary of archival terminology, define arquivos como: a) Conjunto de documentos, quaisquer que sejam suas datas, formas, ou seus suportes materiais, produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, e por serviços ou organismos públicos ou privados, no desempenho de suas atividades, conservados por seus criadores ou seus sucessores para seu próprio uso, sendo transferido à instituição arquivística competente em razão de seu valor arquivístico (CIA, 1988, p. 22, apud CRUZ. 2013, p.9); b) Instituição responsável pela aquisição, preservação e disseminação dos arquivos; c) Edifício, ou parte de um edifício, no qual os arquivos são preservados e disponibilizados para consulta; também chamado de depósito de arquivos. (CIA, 1988, p. 22, apud CRUZ. 2013, p.9). Denota-se, ainda, que o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (2005) define arquivo em quatro acepções: a) Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, pública ou privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, independentemente da natureza do suporte; b) Instituição ou serviço que tem por finalidade a custódia, o processamento técnico, a conservação e o acesso a documentos; c) Instalações onde funcionam arquivos; d) Móvel destinado à guarda de documentos. (BRASIL. Arquivo Nacional, 2005, p.27). 4.2 Documento de Arquivo 4.2.1 Definição O Conselho Internacional de Arquivos apud Cruz (2013) define documento de arquivo como a “informação registrada, independente da forma ou suporte, criada, recebida e mantida por uma agência, instituição, organização ou pessoa na consecução de suas obrigações legais ou de negócios”. (CRUZ, 2013, p.12). MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 105 Já, segundo Duranti (2005), documento de arquivo é “todo documento produzido por pessoa física ou jurídica no curso de uma atividade prática como instrumento e subproduto dessa atividade”. (DURANTI, 2005, p. 7). Para a Câmara Técnica de Documentos Digitais do Conselho Nacional de Arquivos – (CONARQ), documento arquivístico é “um documento produzido e/ou recebido e mantido por pessoal física ou jurídica, no decorrer das suas atividades, qualquer que seja o suporte, e dotado de organicidade”. (CONARQ, 2011, p. 77). Para Cruz (2013), o documento de arquivo possui quatro características: “(a) produção ou recepção por uma organização; (b) provas de transações passadas; (c) organicidade; (d) originalidade”. (CRUZ, 2013, p. 12). A primeira característica se refere às razões pelas quais o documento foi produzido. A segunda diz respeito aos motivos pelos quais deve ser preservado. A terceira característica envolve a relação que os documentos arquivísticos apresentam entre si e com a entidade produtora, de forma natural, em decorrência das funções e das atividades desenvolvidas pelo órgão produtor. Duranti (1994 apud CRUZ, 2013) subdividiu esta característica em duas particularidades: O interrelacionamento, que diz respeito às relações estabelecidas entre os documentos no andamento das transações que lhes deram origem, e a naturalidade, que se relaciona à forma como os documentos são acumulados no desenvolvimento das atividades administrativas. (DURANTI, 1994, p.52 apud CRUZ, 2013, p.13). Em outras palavras, para realizar a sua missão, as pessoas físicas ou jurídicas produzem documentos, e a relação entre elas reflete de forma natural as ações realizadas, bem como seu fluxo. É esse inter-relacionamento que dá sentido ao conjunto formado. Rodrigues (2006) disseca de forma ainda mais detalhada essa característica, assim como a importância de sua manutenção por ocasião da organização dos documentos, e afirma que a organicidade de um arquivo é realizada por meio da acumulação dos documentos. Expõe, ainda, que as próprias atividades desempenhadas acabam por impor alguma ordem aos documentos gerados, o que sempre resulta em alguma organicidade. No entanto, quando essa acumulação é realizada tendo como base um Plano de Classificação , espelhando o fluxo correspondente ao desenvolvimento das ações, “de modo que as inter-relações existentes entre as funções, atividades, tarefas reflitam-se nos documentos” (RODRIGUES, 2006, p.109), o arquivo refletirá, em seu conjunto, a missão realizada pelo órgão. A quarta característica significa que o documento arquivístico é único e que não há exemplares que possam substituí-lo em caso de perda ou destruição, diferente do que acontece com as bibliotecas e coleções. Isso faz com que a necessidade de um tratamento adequado, visando suapreservação pelo 106 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS tempo que se fizer necessário, seja ainda mais premente. Denota-se que o documento de arquivo possui características conceituais e tem o contexto de criação como premissa. Não se podem trabalhar os documentos de arquivo sem antes entender seu contexto de produção. É necessário, antes de qualquer coisa, entender a instituição que o gerou, o que envolve o estudo detalhado do contexto de criação e de desenvolvimento dessa instituição, da legislação que regula- menta suas atividades, a análise e o mapeamento das tarefas desempenha- das para o cumprimento de sua função, assim como o fluxo de processos e transações. Além disso, é importante avaliar os riscos aos quais essa instituição esta- rá exposta em caso de não localização de informações ou de eliminações equivocadas de documentos para que se possa definir com segurança uma política e um plano de gestão de documentos. Somente assim, após conhecer efetivamente o organismo produtor é que se podem trabalhar os documentos. É o contexto que explica o documento e não o contrário. 4.3 Finalidade dos Arquivos O arquivo tem como finalidade principal servir como fonte de consulta à administração, pois se constitui de documentos produzidos ou recebidos no desenvolvimento da missão institucional, além de tornar acessível e dispo- nível a informação contida no acervo documental. Em um segundo momento, após cumprir os objetivos primeiros pelos quais os documentos foram produzidos, apresentando posterior valor secundário – ou seja, embora não estejam mais vigentes, apresentem valor informativo ou probatório –, servirão como fonte de apoio à pesquisa e à informação. 4.4 Características dos documentos arquivísticos Conforme Rodrigues (2006), a literatura arquivística apresenta cinco características próprias dos documentos de arquivo. São elas: a) Naturalidade ou Cumulatividade: os documentos são produzidos e acumulados naturalmente, conforme o curso das atividades do seu produtor. Eles não são coletados artificialmente, mas de modo natu- ral, em função dos seus objetivos práticos; MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 107 b) Organicidade ou Inter-relacionamento: os documentos são o re- flexo das suas atividades e contribuem para o desempenho de um determinado fim ou objetivo, ou seja, os documentos estabelecem relações entre si e com as atividades que os geraram em seu con- texto de produção; c) Imparcialidade: os documentos arquivísticos são produzidos no curso normal das atividades, visando a atender determinado fim, di- retamente vinculado à atividade que os gerou; d) Autenticidade: os documentos arquivísticos são criados, mantidos e conservados de acordo com procedimentos regulares que podem ser comprovados a partir de rotinas estabelecidas. A autenticidade está vinculada à custódia contínua da criação, à manutenção e à guarda do documento; e) Unicidade: cada documento arquivístico é único em sua função e no conjunto documental com o qual está relacionado. Ainda que exis- tam várias cópias de um documento, se cada uma delas apresenta uma finalidade, elas são únicas. Alguns traços definidores do documento de arquivo são apresentados por Heredia Herrera (1991) apud Rondinelli (2011): Contexto de produção, que se refere às razões para a criação do documento, ou seja, aos motivos da sua gênese, e Multiplicidade de conteúdo – o conteúdo de um documento arquivístico tem um potencial informacional indeterminado, ou seja, que pode extrapolar a finalidade para o qual foi criado. 4.5 Princípios Arquivísticos A organização dos documentos arquivísticos se norteia em dois princípios fundamentais da Arquivologia: a) Princípio da Proveniência: também denominado princípio de res- peito aos fundos. De acordo com esse princípio, os documentos de arquivo devem ser organizados respeitando-se a origem do arqui- vo (documentos), ou seja, ao se organizar um arquivo não se deve misturá-lo com os arquivos de outras entidades produtoras; b) Princípio da Ordem Original: diz respeito à organização do docu- mento pela entidade produtora; imprescindível para a manutenção dos documentos; dentro do contexto de sua criação, no qual estes devem ser organizados respeitando uma ordem cronológica. 108 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Relativamente a este princípio, Rodrigues (2006) cita que a ordem original seria aquela em que os documentos estariam agrupados em conformidade com o fluxo das ações que os produziram ou receberam e, ainda, que: [...] se o documento é a corporificação de ações que ocor- rem em um fluxo temporal, a ordem original, ou melhor, a ordem dos documentos em correspondência com o flu- xo das ações torna-se indispensável para a compreensão dessas ações e, consequentemente, para a compreensão do significado do documento. (RODRIGUES, 2006, p.106). Assim, qualquer outra forma de organização dos documentos que não res- peite a ordem natural decorrente do fluxo das ações que lhes deram origem retira-os da ordem original, prejudicando a compreensão de seu significado dentro do conjunto. 4.6 Classificação de Documentos de Arquivo Os documentos de arquivo, conforme Rodrigues (2012), podem ser classificados quanto à entidade produtora, ao gênero, à espécie, ao tipo ou tipologia documental, ao valor, à natureza do assunto, ao formato, à forma e à técnica de registro. 4.6.1 Quanto à entidade produtora a) Públicos – são emitidos por autoridade pública ou mediante procuração de autoridade pública; b) Privados – são emitidos por um particular ou por autoridade pública fora de suas funções, atribuições ou competência. 4.6.2 Quanto ao gênero O gênero de um documento é determinado considerando aspectos relativos ao suporte ou à forma como as informações foram registradas. De acordo com Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (2005), o gênero documental “é a reunião de espécies documentais que se asseme- lham por seus caracteres essenciais, particularmente o suporte e o forma- to, e que exigem processamento técnico específico e, por vezes, mediação técnica para acesso”. (BRASIL. Arquivo Nacional, 2005, p. 99). MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 109 Os gêneros documentais podem ser: a) Textuais: são documentos nos quais a informação se apresenta em formato de texto (documentos escritos) como ofícios, memorandos, relatórios, certidões, atas, atestados, etc.; b) Filmográficos: são documentos que contém exclusivamente imagens em movimento; não há presença de som; c) Audiovisuais: a linguagem básica do documento é a associação do som e das imagens em movimento; d) Cartográficos: documentos que apresentam, de forma reduzida, imagens que representam áreas maiores, como os mapas e as plantas; e) Iconográficos: são documentos que apresentam como informação imagens estáticas, como fotografias, negativos, diapositivos (slides), desenhos e gravuras, por exemplo; f) Micrográficos: documentos resultantes do processo de micro- filmagem. Podem se apresentar em formato de microfilme ou de microficha; g) Informáticos ou Digitais: Documentos registrados em suporte eletrônico; h) Sonoros: documentos cuja informação esteja registrada em forma de som, como DVD, CD, MP3, etc. 4.6.3 Quanto à espécie Belloto (2004) apud Rodrigues (2012) define espécie documental como “a configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas”. (BELLOTO, 2004, apud RODRI- GUES, 2012, p. 44). Para Rodrigues (2012), quanto à espécie, os documentos podem ser: • Atos normativos: tem a finalidade de dispor e deliberar sobre matérias especificas. Ex.: decretos, leis, portarias, regulamen- tos, regimentos, ordens de serviço etc. • Atos enunciativos: são opinativos e esclarecem assuntos. Ex: relatórios, laudos, pareceres, despachos etc. • Atos de assentamentos: são aqueles concebidos por registros sobre fatos ou ocorrências. Ex.:atas, termos etc. • Atos comprobatórios: são os que comprovam assentamentos, decisões. Ex.: atestados, certidões etc. • Atos de ajuste: são aqueles representados por acordos, pactos. Ex: contratos, convênios etc. 110 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS • Atos de correspondências: tem como objetivo a execução dos atos normativos. Ex.: memorandos, avisos, notificações, ofícios, notas, exposição de motivos, circulares, editais, mensagens etc. (RODRIGUES, 2012, p. 44). 4.6.4 Quanto ao tipo ou tipologia documental Belloto (2004) apud Rodrigues (2012) define tipo documental como “a configuração que assume a espécie documental de acordo com a atividade que a gerou”. (BELLOTO, 2004, apud RODRIGUES, 2012, p. 44). Para Rodrigues (2012), o tipo documental se refere à atividade para a qual o documento foi criado. No quadro abaixo, demonstra como exemplos: Quadro 4 - Espécies e tipologias de documentos. Espécie Tipologia Edital edital de concurso; edital de licitação Contrato contrato de locação; contrato de compra e venda Citação carta rogatória; carta precatória Alvará alvará de soltura; alvará de construção Petição petição de embargos declaratórios; petição de recurso ordinário Relatório relatório de compras; relatório de preços Processo Processo de desocupação; processo de execução final Certidão certidão de casamento; certidão de nascimento Fonte: RODRIGUES, 2012, p. 44. 4.6.5 Quanto ao valor a) Primário: atribuído aos documentos em função das razões de sua criação e do interesse que possam ter para a entidade produtora, levando-se em conta sua atividade para fins administrativos, legais e fiscais. • Administrativos: testemunham a política e os procedimentos adotados pelo órgão no desempenho de suas funções. • Fiscais: referem-se às operações financeiras e à comprovação de receitas e despesas fiscais do órgão produtor. • Legais ou jurídicos: envolvem proteção de direitos, tanto para o governo quanto para terceiros. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 111 b) Secundário (também conhecido como valor permanente): valor atribuído aos documentos em função do interesse que possam ter para a entidade produtora e para outros usuários, tendo em vista sua utilidade para fins diferentes daqueles para os quais foram ori- ginalmente produzidos, em razão de apresentarem informações re- levantes para pesquisa, seja ela histórica, científica, cultural, dentre outras. Os documentos que adquirirem ou apresentarem valor se- cundário não podem ser eliminados, devendo ser preservados de forma definitiva. Dividem-se em: • Informativos: independentemente do valor probatório, contém informações essenciais sobre matérias com que a organização lida, para fins de estudo ou de pesquisa. • Probatórios: dizem respeito ao valor de prova. 4.6.6 Quanto à natureza do assunto a) Ostensivo: significa que o acesso ao conteúdo do documento é livre, ou seja, o seu conhecimento não tem nenhuma restrição e a sua divulgação não prejudica nenhuma pessoa ou instituição; b) Sigiloso: significa que o acesso ao conteúdo do documento é res- trito, pois a sua divulgação pode causar prejuízos a uma pessoa ou instituição ou violar a intimidade da vida privada, da honra ou da imagem de alguém. 4.6.7 Quanto ao formato Segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (2005) formato é “o conjunto das características físicas de apresentação, das técnicas de registro e da estrutura da informação e conteúdo de um documento” (BRA- SIL. Arquivo Nacional, 2005, p. 94), ou seja, é a configuração física em que se apresenta o suporte – material no qual são registradas as informações. São exemplos, a folha, o livro, o caderno, o folder, o mapa, o cartaz, etc. 4.6.8 Quanto à forma Para Rodrigues (2012), forma “diz respeito ao estágio de preparação e de transmissão de documentos” (RODRIGUES, 2012, p. 46). Neste sentido, podem ser: 112 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS a) Original único – se existir apenas um exemplar; b) Originais múltiplos – se um mesmo documento for produzido em mul- tiplicidade e enviado para diversos destinatários com vistas a cumprir diferentes propósitos. É exemplo o e-mail corporativo enviado para as caixas de mensagem de todos os funcionários de uma instituição; c) Cópia – reprodução, digital ou analógica de um documento para fins de preservação ou de uso do conteúdo informacional; d) Via – cada via é um documento único destinado a atender às ne- cessidades das partes que, por motivos legais e administrativos, precisaram documentar uma atividade cujo interesse pelo registro é mútuo; e) Minuta – versão preliminar do documento sujeita a aprovação e a validação por meio de assinatura da autoridade competente; f) Rascunho – esboço que serve de base para a elaboração final de um documento. 4.6.9 Quanto à técnica de registro A técnica de registro, para Rodrigues (2012), diz respeito àquela empregada no registro das informações. São exemplos, a datilografia, a escrita, a im- pressão, a gravação, etc. 4.7 Ciclo Vital dos Documentos São os estágios, fases ou ciclos pelos quais os documentos passam, desde a sua criação até a eliminação ou guarda permanente, sendo que cada um dos estágios requer procedimentos específicos relativos ao tratamento da documentação, de acordo com a sua utilização por parte dos usuários. 4.8 Teoria das Três Idades A Teoria das Três Idades nasce no contexto aproximado da Segunda Guerra Mundial, quando se buscam soluções para a chamada explosão documental propiciada, dentre outros fatores, pelo desenvolvimento tecnológico e pela maior complexidade da estrutura governamental. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 113 Dessa forma, diante da impossibilidade de se preservar e de tratar toda a massa documental acumulada, essa abordagem foi desenvolvida, primei- ramente, tendo como base os valores administrativos e de testemunho dos documentos. Posteriormente percebeu-se a necessidade de se criar um pe- ríodo intermediário relativo aos documentos cuja vigência já estava no fim, mas que ainda necessitavam ser preservados pela administração antes de sua eliminação ou do seu recolhimento para guarda permanente. Segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (2005) é “a teo- ria segundo a qual os arquivos são considerados arquivos correntes, inter- mediários ou permanentes, de acordo com a frequência de uso por suas en- tidades produtoras e a identificação de seus valores primário e secundário”. (BRASIL. Arquivo Nacional, 2005, p.160). Segundo a abordagem, os documentos passam por três fases de arquiva- mento. São elas: a) Fase Corrente ou Primeira Idade: corresponde à fase na qual os documentos são frequentemente consultados e se encontram sob o uso exclusivo da fonte geradora, cumprindo as finalidades que motivaram a sua criação. Por esse motivo, necessitam estar próximos de quem os produziu ou recebeu; b) Fase Intermediária ou Segunda Idade – fase na qual os documentos são de uso eventual da administração que os produziu. São transferidos para um local de menor custo, geralmente em depósitos de armazenagem temporária, permanecendo ali até o cumprimento de prazos prescricionais (legais) e precaucionais (discricionários) para sua eliminação ou para o seu recolhimento com vistas à guarda permanente; c) Fase Permanente ou Terceira Idade – fase em que os documentos já cumpriram as finalidades de sua criação, mas devem ser guardados em virtude do seu valor probatório e informativo, para o Estado e para o cidadão. Verifica-se, porém, que muitos autores passaram a utilizar, preferencialmente, o termo potencial de uso no lugar de frequência de uso para suas definições. Isso se deve ao fato de que, embora não sejam frequentemente consultados, alguns documentos apresentam um potencial de uso muito grande, podendo ser requisitados a qualquer momento, o que faz com que haja necessidade de que estejam próximos à administração e à disposiçãodesta – são os arquivos correntes. À medida que esse potencial de uso diminui, uma vez que os documentos estão no final de sua vigência, eles podem permanecer arquivados em outros locais que não os setores de trabalho, porém à disposição da administração, sendo apresentados quando necessário (arquivos intermediários), o que facilita a gestão daqueles documentos que ainda estão em plena vigência, possibilitando economia de espaço. 114 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 4.9 Gestão de Documentos 4.9.1 Conceito AA Lei Federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que instituiu a política na- cional de arquivos públicos e privados, conceitua a gestão de documentos como “conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda per- manente” (BRASIL, 1991). 4.9.2 Objetivos Dentre os vários objetivos da gestão de documentos de arquivo, pode-se citar: a) garantir o registro adequado das informações e o uso de materiais apropriados; b) prevenir a criação de documentos não essenciais e reduzir o volume documental; c) intensificar o uso e o valor dos documentos; d) assegurar de forma eficiente a produção, a administração, a manu- tenção e a destinação de documentos; e) garantir que a informação documental esteja disponível quando e onde seja necessária; f) assegurar a correta eliminação de documentos de acordo com a le- gislação vigente; g) contribuir para o acesso e para a preservação dos documentos de guarda permanente; h) possibilitar melhor organização e arquivamento dos documentos. 4.9.3 Fases da gestão de documentos Rhoads (1989) apud Cruz (2013) divide a gestão de documentos em três fases – produção, utilização e destinação. Conforme Cruz (2013), podemos dizer sobre essas fases: MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 115 a) Produção: inicia-se com a produção do documento de arquivo, oca- sião em que são definidas normas para a sua criação, que vão desde o material utilizado – suporte –, o tamanho, o formato e a espécie documental, até a definição das formas de registro da informação, incluindo a elaboração padronizada de tipo ou séries documentais. Objetiva a economia, a racionalização de recursos e a preservação dos documentos. Para isso deve-se levar em consideração o perío- do de guarda nas fases corrente e intermediária, bem como verificar se os documentos têm previsão de eliminação ou se devem ser pre- servados de forma permanente. b) Utilização: ligada basicamente às formas de recuperação da infor- mação arquivística. Objetiva maior rapidez ao disponibilizar docu- mentos e informações. Nessa fase são selecionados os materiais, os equipamentos e o local de armazenamento dos documentos, tendo em vista suas características e necessidades diferenciadas de pre- servação. Bernardes (2008, p. 9), detalha que essa fase inclui estu- dos e decisões sobre padronização de fluxo documental (workflow) e salienta a necessidade de elaboração de um Plano de Classificação que tenha como fundamento as funções e as atividades executadas. Ressalta que tudo isso envolve, ainda, [..] todas as atividades de protocolo (recebimento, classificação, registro, distribuição, tramitação e expedição), todas as atividades de Arquivo (organização e arquivamento, reprodução, acesso à documentação e recuperação de informações) e a gestão de sistemas de protocolo e arquivo, sejam eles manuais ou informatizados. (BERNARDES. São Paulo. 2008, p.9). c) Destinação: uma das fases mais críticas da gestão de documentos. Nessa fase serão definidos quais documentos devem ser preserva- dos de forma permanente, tendo em vista seu valor informativo e probatório, e quais documentos devem ser eliminados, bem como o tempo em que eles devem ser retidos tendo em vista seus valores primários – razões administrativas, legais ou fiscais. Faz-se necessário lembrar que a avaliação dos documentos exige um traba- lho multidisciplinar com a participação de pessoas ligadas às diversas áreas profissionais, bem como de servidores que tenham profundo conhecimento das atividades que deram origem ao acervo a ser avaliado. Para tanto, são constituídas as Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos, res- ponsáveis pela realização do processo. 116 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 4.10 Instrumentos de Gestão Documental Para a realização da gestão documental arquivística é necessária a utilização de dois instrumentos – Plano de Classificação e Tabela de Temporalidade de Documentos de Arquivo. 4.10.1 Plano de Classificação de Documentos de Arquivo É o instrumento de gestão elaborado a partir da análise e da identificação dos conteúdos dos documentos produzidos pela instituição. Nele serão relacionadas as funções, as atividades e as transações que dão origem aos processos e aos dossiês de documentos. 4.10.1.1 Elaboração e Aplicação do Plano de Classificação A classificação é a ordenação intelectual e física, baseada em uma propos- ta de hierarquização das informações. Essa hierarquização é estabelecida nos planos de classificação e nas normas gerais de procedimentos. A clas- sificação dos documentos é um procedimento arquivístico que possibilita os corretos arquivamento, uso e recuperação do documento. O Plano de Classificação consiste em um planejamento esquemático, capaz de orientar a distribuição dos documentos arquivísticos de forma lógica, coordenada e hierárquica. Como um órgão da Administração Pública, a Polícia Militar de Minas Gerais necessita classificar e agrupar seus documentos, de acordo com o critério funcional, ou seja, pelas funções e atividades desempenhadas. 4.10.2 Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo De acordo com o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (2005) a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo é o ins- trumento utilizado na avaliação do conteúdo informacional dos documentos e determina os prazos de guarda e a sua destinação final, atendendo às necessidades de cada instituição e preservando a memória governamental. Trata-se do “Instrumento de destinação, aprovado por autoridade compe- tente, que determina prazos para transferência, recolhimento, eliminação e reprodução de documentos”. (BRASIL. Arquivo Nacional, 2005, p. 159). A Tabela Temporalidade, como instrumento de gestão arquivística, determi- na o período de guarda dos conjuntos documentais denominados processos e dossiês e não se aplica a somente um único tipo de documento. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 117 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Antônio Luiz Mendes de. Atenciosamente: manual prático de redação comercial e oficial. 5 ed. Rio de Janeiro: Garamond, 1999. ALVES, Lívia Neide de Azevedo. A Polícia Feminina na Polícia Militar de Minas Gerais: percurso histórico. 2011. 159 fl. Monografia (Curso de Es- pecialização em Segurança Pública) – Fundação João Pinheiro; Polícia Mi- litar de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011. ANDRADE, Maria Margarida de. Guia prático de redação: exemplos e exercícios. 3 ed. 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Centro Integrado de Comunicações Operacionais CINDS - Centro Integrado de Informações de Defesa Social ComAvE - Comando e Aviação do Estado CP - Código Penal CPCia - Coordenador de Policiamento da Companhia CPE - Comando de Policiamento Especializado CPMamb - Comando de Policiamento de Meio Ambiente CPP - Código de Processo Penal CPRv - Comando de Policiamento Rodoviário CPU - Coordenador de Policiamento da Unidade DAL - Diretoria de Apoio Logístico DAOp - Diretoria de Apoio Operacional DDU - Disque Denúncia Unificado DInt - Diretoria de Inteligência DEER - Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem DGEOp - Diretriz Geral para Emprego Operacional DInt - Diretoria de Inteligência DTS - Diretoria de Tecnologia de Sistemas EAD - Ensino à Distância EPI - Equipamento de Proteção Individual ES - Espírito Santo GCG - Gabinete do Comando-Geral GDO - Gestão do Desempenho Operacional GEPAM - Grupo Especial de Policiamento Ambiental GEPAR - Grupo Especial de Policiamento em Área de Risco GEPMOR - Grupo Especial para Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida GEPTur - Grupo Especial para Policiamento Turístico GER - Grupo Especializado em Recobrimento GPS - Global Positioning System GTA - Guia de Trânsito Animal HT - Hand-Talk IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IMA - Instituto Mineiro de Agropecuária IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 125 Abreviatura Correspondência ISP - Inteligência de Segurança Pública JCC - Jovens Construindo a Cidadania Km - Quilômetro MG - Minas Gerais PA Painel Administrativo PCMG - Polícia Civil de Minas Gerais PDF - Portable Document Format Pel PM - Pelotão de Polícia Militar PIB - Produto Interno Bruto PM - Polícia/Policial Militar PM1 - Assessoria Estratégica de Pessoal PM2 - Assessoria Estratégica de Inteligência PM3 - Assessoria Estratégica de Emprego Operacional PM4 - Assessoria Estratégica de Logística e Tecnologia PM5 - Assessoria Estratégica de Comunicação PM6 - Assessoria Estratégica de Planejamento e Gestão Orçamentária PMDI - Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais PMPE - Polícia Militar de Pernambuco POP - Procedimento Operacional Padrão POTur - Policiamento Ostensivo Turístico PPVD - Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica PRODEMGE - Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas PROGEA - Programa de Educação Ambiental PRv - Policiamento Rodoviário PSTur - Policiamento Sazonal Turístico PTV - Permissão de Trânsito Vegetal RAT - Relatório de Atividade RCAT - Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes REDEOp - Relatório Diário de Emprego de Efetivo Operacional REDS - Registro de Eventos de Defesa Social RFID - Radio Frequency Identification RMBH - Região Metropolitana de Belo Horizonte ROTAM - Rondas Táticas Metropolitanas RPM - Região de Polícia Militar SARA - Scanning, Analysis, Response and Assessment SEFAZ - Secretaria de Estado de Fazenda SEPLAG - Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão SETOP - Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas SETUR - Secretaria de Estado de Turismo SIGOp - Sistema de Gestão Operacional SIPOM - Sistema de Inteligência da Polícia Militar SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente SOF - Sala de Operações da Fração SOU - Sala de Operações da Unidade SP - São Paulo SPOT - Segurança Preventiva Orientada ao Turismo TB - Terabyte TCO - Termo Circunstanciado de Ocorrência TM - Tático Móvel TPB - Treinamento Policial Básico UDI - Unidade de Direção Intermediária UEOp - Unidade de Execução Operacional VP - Viatura Policial 126 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Apêndice B – Modelo referencial para elaboração de Ata UNIDADE DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO ATA DE REUNIÃO Convocante: andjldaomdma Data: 00/00/0000 Hora de início: 00h00min Hora de término: 00h00min Local: diajdájdladjaod Participantes: mnsmnslasjlslaljslj Pauta: nkkajdojpadpajpda Iniciados os trabalhos, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. Nada mais havendo a tratar, o senhor Tenente- Coronel Comandante da Escola de Formação de Soldados deu por encerrada a reunião e determinou-me a lavratura desta ata que, depois de lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. NOME COMPLETO, POSTO OU GRADUAÇÃO1 Presidente NOME COMPLETO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função NOME COMPLETO, POSTO OU GRADUAÇÃO2 Secretário 1 Caso a ata possua mais de uma página, as assinaturas serão apostas na última folha, contudo, todos os participantes deverão rubricar todas as demais folhas. 2 Convém reiterar que as assinaturas nunca devem ficar isoladas na última página. No caso da ata, havendo longa relação de participantes, a relação deve, ao menos, iniciar-se com o final do texto. 2 cm3 cm 3 cm 2 cm MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 127 Apêndice C – Modelo referencial para elaboração de Atestado UNIDADE RESPONSÁVEL ATESTADO WALTER FERREIRA, CAP PM, CHEFE DA P1, NO USO DE SUAS ATRIBUI- ÇÕES E NA FORMA DA LEI ATESTA PARA FINS DE _________ (INFORMAR A FINALIDADE CONFORME DEMANDA DO SOLICITANTE) Que QUALIFICAÇÃO DO SOLICITANTE texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, tex- to, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, tex- to, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, , texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. Belo Horizonte, 20 de março de 2135. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 2 cm3 cm 3 cm 2 cm 128 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Apêndice D – Modelo referencial para elaboração de Certidão UNIDADE RESPONSÁVEL CERTIDÃO O Primeiro Tenente PM Secretário de En- sino da Escola de Formação e Aperfei- çoamento de Sargentos, no uso de suas atribuições e na forma da lei, CERTIFICA: A pedido da parte interessada, e para fins de comprovação junto à Universidade do Estado Ade Minas Gerais, que, conforme Ata de Resultado Final do Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública: Ênfase em Policiamento Ostensivo, realizado no período de dois de janeiro de dois mil e dezessete a quinze de dezembro de dois mil edezessete, o texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, tex- to, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, tex- to, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. Por ser verdade, firma a presente Certidão. Belo Horizonte, primeiro de março de dois mil e dezoito. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 2 cm3 cm 3 cm 2 cm MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 129 Apêndice E – Modelo referencial para elaboração de Estudo de Caso UNIDADE DE DIREÇÃO GERAL OU INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO Estudo de Caso nº ________/_______ ASSUNTO 1 Introdução 1.1 Síntese do caso 1.2 Fontes acessadas para a reconstituição do caso 2 Contextualização 2.1 Localização temporal e espacial 2.1.1 Data e hora do evento principal 2.1.2 Local 2.1.3 Endereço 2.1.4 Unidade de Área – ou especializada – responsável 2.2 Antecedentes 2.2.1 Documentos internos anteriores 2.2.2 Informações prévias 2.2.3 Condições do entorno 2.2.4 Situação da Unidade da PMMG responsável pelo caso 3 Narrativa do caso 4 Análise 5 Conclusão Local, ___ de _____________ de ________. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 2 cm3 cm 3 cm 2 cm[Endereço] – [Telefone] – [E-mail de contato] 130 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Apêndice F – Modelo referencial para elaboração de Estudo de Situação UNIDADE DE DIREÇÃO GERAL OU INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO Estudo de Situação nº ________/_______ ASSUNTO Referência: Anexo: 1. Missão 2. Cenário 2.1 Diagnóstico 2.2 Prognóstico 3. Estratégias 3.1 Estratégias nº 1 3.2 Estratégia nº 2 3.3 Estratégia nº 3 4. Comparação das Estratégias 4.1 Estratégia nº 1 4.1.1 Vantagens 4.1.2 Desvantagens 4.2 Estratégia nº 2 4.2.1 Vantagens 4.2.2 Desvantagens 4.3 Estratégia nº 3 4.3.1 Vantagens 4.3.2 Desvantagens 5. Conclusão 6. Proposta Local, ___ de _____________ de ________. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 2 cm3 cm 3 cm 2 cm[Endereço] – [Telefone] – [E-mail de contato] MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 131 Apêndice G – Modelo referencial para elaboração de Instrução INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG Regula os procedimentos para o desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental pela Polícia Militar de Minas Gerais 1 Introdução 2 Objetivos 2.1 Geral 2.3 Específicos 3 Título 1 4 Título 5 Título . . . . 12 Prescrições diversas (ou Considerações finais) Local, ___ de _____________ de ________. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário Referências Anexos 1 A quantidade e numeração de títulos dependerá da complexidade e extensão do documento, conforme a distribuição dos subtemas da instrução. 2 cm3 cm 3 cm 2 cm[Endereço] – [Telefone] – [E-mail de contato] 132 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Apêndice H – Modelo referencial para elaboração de Memorando UNIDADE DE DIREÇÃO GERAL OU INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO OU DE APOIO Memorando nº xxxx/2019 – Unidade Emissora Local, data por extenso. Ao(s): (Tratamento, Sr., se for o caso) + Posto ou graduação + função do destinatário Assunto: Especificação do assunto Referência: Se houver Anexo: Se houver Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. 2 Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. 3 Diante do exposto, DETERMINO (ou RECOMENDO): 3.1 Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. 3.2 Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 2 cm3 cm 3 cm 2 cm 4 cm [Endereço] – [Telefone] – [E-mail de contato] (A aposição de rodapé é opcional) Considerandas Recomendações MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 133 Apêndice I – Modelo referencial para elaboração de Ofício UNIDADE DE DIREÇÃO GERAL OU INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO OU DE APOIO Ofício nº xxxx/2019 – Unidade Emissora Local, data por extenso. Ao Senhor [Posto/Graduação/Nome] Função Órgão ou Unidade Endereço Assunto: xxxxxxxxxxxxx Referência: (se houver) Anexo: (se houver) Senhor Comandante, Diretor, Presidente, etc., Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto,texto, texto, texto, texto, texto, texto. Atenciosamente ou Respeitosamente, NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 2 cm3 cm 3 cm [Endereço] – [Telefone] – [E-mail de contato] 5 cm 2 cm 134 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Apêndice I-A – Modelo referencial para elaboração de Ofício para Assinatura Eletrônica via IntranetPM UNIDADE DE DIREÇÃO GERAL OU INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO OU DE APOIO Ofício nº xxxx/2019 – Unidade Emissora Local, data por extenso. Ao Senhor [Posto/Graduação/Nome] Função Órgão ou Unidade Endereço Assunto: xxxxxxxxxxxxx Referência: (se houver) Anexo: (se houver) Senhor Comandante, Diretor, Presidente, etc., Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto,texto, texto, texto, texto, texto, texto. Atenciosamente ou Respeitosamente, NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 2 cm3 cm 3 cm 6 cm [Endereço] – [Telefone] – [E-mail de contato] 5 cm MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 135 Apêndice I-B – Modelo referencial para elaboração de Ofício contendo informações sobre grau de sigilo ou similar UNIDADE DE DIREÇÃO GERAL OU INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO OU DE APOIO Ofício nº xxxx/2019 – Unidade Emissora Local, data por extenso. Ao Senhor [Posto/Graduação/Nome] Função Órgão ou Unidade Endereço Assunto: xxxxxxxxxxxxx Referência: (se houver) Anexo: (se houver) Senhor Comandante, Diretor, Presidente, etc., Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto,texto, texto, texto, texto, texto, texto. Atenciosamente ou Respeitosamente, NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 2 cm3 cm 3 cm 4 cm [Endereço] – [Telefone] – [E-mail de contato] RESERVADO 5 cm RESERVADO 136 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Apêndice J – Modelo referencial para elaboração de Ordem de Serviço UNIDADE DE DIREÇÃO GERAL OU INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO OU DE APOIO Ordem de Serviço nº ________/2019 ASSUNTO Distribuição: Referência: Anexo: 1. Evento 2. Objetivo 3. Cenário 3.1 Diagnóstico 3.2 Prognóstico 4. Estratégias de operacionalização 5. Atribuições específicas 6. Recursos necessários Belo Horizonte, ____ de _________ de______. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 2 cm3 cm 3 cm 2 cm[Endereço] – [Telefone] – [E-mail de contato] (A aposição de rodapé é opcional) MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 137 Apêndice K – Modelo referencial para elaboração de Plano UNIDADE DE DIREÇÃO GERAL OU INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO Plano nº ____/______ - 100º BPM ASSUNTO Distribuição: Referência: Anexo: 1 Introdução 2 Objetivos 2.1 Geral 2.2 Específicos 3 Análise ambiental 3.1 Interno 3.2 Externo 4. Cenários 4.1 4.2 5 Estratégias de operacionalização 5.1 Metodologia de execução 5.2 Recursos necessários 5.2.1 Recursos humanos 5.2.2 Recursos logísticos 5.3 Monitoramento e avaliação 6 Atribuições específicas 6.1 Comunicação Organizacional 7 Contatos Belo Horizonte, ____ de _________ de ______. NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 2 cm3 cm 3 cm 2 cm[Endereço] – [Telefone] – [E-mail de contato] 138 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Apêndice L - Modelo referencial para elaboração de Relatório UNIDADE DE DIREÇÃO GERAL OU INTERMEDIÁRIA UNIDADE DE EXECUÇÃO OPERACIONAL OU DE APOIO RELATÓRIO nº ____/________ (numeração opcional) Local, data por extenso. Do: Posto ou graduação e função do signatário Ao: (Tratamento, Sr., se for o caso) + Posto ou graduação + função do destinatário Assunto: Especificação do assunto Referência: Se houver Anexo: Se houver 1. Dos fatos: (divisão em tópicos é opcional)1 Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto,texto, texto, texto, texto, texto, texto. 2. Análise 2.1. Aspectos positivos Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. 2.2. Aspectos negativos Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. 3. Conclusões, considerações e sugestões Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. Atenciosamente ou Respeitosamente, NOME DO SIGNATÁRIO, POSTO OU GRADUAÇÃO Função do Signatário 1 O presente modelo trata da estrutura de um relatório analítico, devendo ser observada sua pertinência ao uso no caso concreto. A divisão em tópicos pode ser dispensada se não for pertinente, devendo o corpo do texto seguir os parâmetros de um ofício. 2 cm3 cm 3 cm 2 cm 4 cm MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 139 Apêndice M - Modelo referencial para elaboração de Requerimento SENHOR CORONEL PM DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS O Nº 456.654-3, CB PM AFONSO HENRIQUES DE LIMA BARRETO, lotado no 1º BPM, 2ª Cia PM, vem, respeitosamente, nos termos do inciso X do artigo Y da Lei...., ....., texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. Nestes termos, Pede deferimento. Belo Horizonte, _____ de ____________ de ________. Assinatura, posto ou graduação NOME COMPLETO, POSTO OU GRADUAÇAO Função do signatário (se aplicável) 2 cm3 cm 3 cm 2 cm 5 a 8 espaços duplos