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Tratamento de Hipertensão Arterial Sistêmica na Atenção Primária de Saúde

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Anotação – Isabella Menezes 
 
Hipertensão Arterial Sistêmica na Atenção Primária de Saúde 
 
Conceito: 
HAS é uma condição clínica, multifatorial, com níveis elevados e sustentados de PA. Associa a alterações funcionais 
e/ou estruturais de órgãos-alvos (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com 
consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais. 
• Primária: 
o Maior parte dos casos; 
o Sem fisiopatologia clara; 
o Multifatorial. 
• Secundária (5% dos casos): 
o Diversas patologias: 
▪ Endócrinas; 
▪ Renais; 
▪ Vasculares. 
Deve-se suspeitar quando estiver diante de casos atípicos de HAS em pessoas muito jovens sem antecedentes 
familiares, hipertensão grave de difícil controle e encaminhar a especialista focal. 
 
 
 
Anotação – Isabella Menezes 
 
 Se excluir HAS secundária, voltamos à APS. A HAS é um fator de risco integrante do risco cardiovascular 
global. As doenças associadas à HAS (doença coronariana e cerebrovascular, principalmente), quando já estabelecidas, 
podem ser motivo para o referenciamento ao especialista focal. 
 É necessário cuidado especial para não transformar o fator de risco em um “problema de saúde”, transformando 
a pessoa clinicamente saudável em doente, o que impacta negativamente em sua qualidade de vida. 
 
Fatores de Risco: 
• Mais de 60 anos; 
• Gênero e etnia; 
• Obesidade; 
• Tabagismo; 
• Dieta: 
o Ingestão alta de sal, gorduras e álcool. 
• Sedentarismo. 
 
Rastreamento: 
Rastreio a cada dois anos em pacientes com PA normal (menor que 120x80) e anualmente para pacientes pré-hipertenso 
PAS 120/139 x PAD 80/89. 
 
Diagnóstico: 
 HAS é definida com registro de PA elevada em, ao menos, 2 medidas em encontros clínicos diferentes, embora 
algumas diretrizes sejam mais rigorosas e indiquem a monitorização ambulatorial (MAPA) ou residencial (MRPA) 
como padrão-ouro para diagnóstico. 
• Pacientes com PA média após medidas acima de 140x90 
• As novas diretrizes da AHA consideram hipertensos indivíduos com PA > 130x80. 
• 14 medidas domiciliares realizadas duas vezes ao dia, no mesmo horário, por 7 dias consecutivos aproximam 
da MAPA. 
 
 
 
Anotação – Isabella Menezes 
 
Medida da PA: 
• A aferição da PA é uma técnica comum para rastrear e diagnosticar HAS; 
• Interferências: tamanho do manguito, circunferência braquial, orientações pré-aferição, ambiente, aparelho, 
expectativa da pessoa. 
 
Técnica Correta: 
 
 
 
Anotação – Isabella Menezes 
Avaliação da HAS na APS: 
• Estabelecer o IMC e a circunferência abdominal para calcular o risco cardiovascular do paciente; 
• Realizar exame físico geral, pois alguns estigmas podem indicar causas secundárias de HAS, como 
hipertireoidismo, síndrome de Cushing; 
• Realizar exame cardiovascular se suspeita de lesão de órgãos-alvo, como doenças ateroscleróticas, aneurisma 
de aorta abdominal e insuficiência cardíaca. 
Lesões de Órgão-Alvo: 
 
Principais LOA: 
 
Como avaliar o hipertenso na APS após diagnóstico. Os seguintes exames devem ser solicitados: 
• Glicemia em jejum; 
• Colesterol total e frações; 
• Triglicérides; 
• Creatinina (TFG); 
• Sedimento urinário; 
• Microalbuminúria; 
• Potássio; 
• ECG em repouso; 
• Fundoscopia. 
 
 
 
 
Anotação – Isabella Menezes 
 
 
Tratamento Não-Farmacológico: 
 
 
 
Tratamento Farmacológico: 
 Para iniciar esse tratamento e escolha dos medicamentos deve levar em conta as comorbidades do paciente, o 
perfil dos efeitos colaterais e o seu benefício na prevenção de desfechos adversos, como infartos e derrames. 
 A decisão terapêutica não baseia apenas no nível da PA, mas considera também a presença de fatores de risco, 
lesão de órgão-alvo e/ou doença cardiovascular estabelecida. 
 
 
 
Anotação – Isabella Menezes 
 
Fatores de Risco e Doenças CV e Renais para avaliação no hipertenso: 
 
 
Fluxograma: 
 
 
 
 
Anotação – Isabella Menezes 
Tratamento Farmacológico: 
Medicações de primeira escolha: 
• Diuréticos tiazídicos; 
• iECA; 
• BCC; 
• BRA. 
 
 Metas menos que 140x90 mmHg não trazem benefício, pelo menos para pessoas sem outras comorbidades. 
(tratado de MFC). 
 
 
Na prática da APS: 
• Atenção ao usuário 
o Baixa captação e adesão; 
• HIPERDIA 
o Conhecer a epidemiologia da HAS e APS; 
o Organizar a atenção; 
o Planejamento de ações. 
• Assistência farmacêutica: 
o Drogas disponibilizadas na rede SUS; 
o Farmácia popular. 
 
Anotação – Isabella Menezes 
 
CASO CLÍNICO 
Paciente sexo masculino, 40 anos, procurou a UBS referindo hipertensão. Está preocupado pois os pais são hipertensos 
e diabéticos, e que durante aferição dos pais, resolveu verificar a própria, sendo por 3 vezes 150/90 mmHg, estando 
mais elevada que a de seus pais. Joga futebol nos finais de semana e após a partida bebe cerveja com os amigos. Nega 
tabagismo. Nega comorbidades. Nega uso de drogas. IMC 40. Paciente retorna ao consultório com 15 dias. Auto medida: 
PAS 145-159 e PAD 90-97 
Colesterol total (CT): 210; LDL: 130; Triglicerídeos: 160; Glicemia: 89 
RESPONDA: 
A) Qual a classificação da PA? 
A PA do paciente é classificada como Hipertensão Estágio 1. 
 
B) Qual a estratificação do risco cardiovascular? 
O paciente possui antecedente familiar de 1º grau para hipertensão, IMC elevado e dislipidemia. Dessa forma, no 
Estágio 1 de HAS, ele se enquadra em Risco Alto. 
 
C) Qual o tratamento da HAS? 
Primeiramente, deve-se estimular que o paciente tenha adesão ao tratamento não-farmacológico. Incentive-o a 
diminuir o peso, adotar uma dieta DASH (pobre em gordura, rica em grutas, vegetais e laticínios com pouca gordura), 
redução da ingestão de sódio, atividade física de no mínimo 30 minutos por dia na maioria dos dias da semana, não 
só aos finais de semana e também reduzir o consumo de álcool (máximo de 720 ml de cerveja). 
Devido ao alto risco cardiovascular, é necessário também realizar o tratamento medicamentoso com prescrição de 
tiazídico e inibidores da enzima conversora de angiotensina com dose mínima e manter a meta para até 140/90 mmHg. 
Caso não haja resposta adequada ou eventos adversos não-toleráveis pelo paciente, em próxima consulta aumentar 
a dose, ou trocar a combinação, e se necessário, ainda acrescentar 3º fármaco.

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