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Escolas Penais: Escola Clássica; Escola Positivista; Escola Mista
A Escola Clássica, também chamada de Idealista, Filosófico-jurídica ou Crítico Forense, essa escola nasceu sob os ideais iluministas. Para a essa escola a pena é um mal imposto ao indivíduo merecedor de um castigo por motivo de uma falta considerada crime, cometida voluntária e conscientemente. Foi um movimento humanitário que pôs fim as penas cruéis, a primeira medida dessa escola foi codificar o que era crime e proporcionalizar a pena correspondente. Cesar Beccaria, através da sua obra “Dos Delitos e das Penas”, trabalhando com um pressuposto logico: As pessoas têm liberdade e por isso têm responsabilidade, conscientemente ou não.
O objeto de estudo da Escola Clássica é o crime, tendo o método dedutivo como base do estudo, e também o livre arbítrio ideal de Kant e o classicismo como pressupostos epistemológicos. Dentre os principais pensadores, Cesar Beccaria desenvolveu seu pensamento com base nas ideias de Rousseau e de Montesquieu, construindo um sistema baseado na legalidade, onde o Estado deveria punir os delinquentes mas tinha de se submeter às limitações da lei. O contrato social, estabelece para o indivíduo o cumprimento das leis estabelecidas pela sociedade, garantindo pena de sofrer punição do estado caso descumpra-as. Outro importante pensador da Escola Clássica foi Franchesco Carrara, para ele A pena é o meio de tutela jurídica. Sendo assim, se o crime é uma violação do direito, a defesa contra este crime deverá se encontrar na sua própria origem. A pena não pode ser arbitrária ou desproporcional, segundo Carrara, ela deverá ser do tamanho exato do dano sofrido. Além disso a figura de quem cometeu o crime, não deve ser importante. 
A Escola Positiva continua estudando o livre arbítrio de Kant, mas não mais o ideal, e sim o real ou cultural. Existe liberdade mas nem toda escolha arbitraria é crime. As coisas podem ser de outra maneira de acordo com as circunstancias ou podem ser influenciadas pelas ciências antropológica, sociológica ou biológica. Na Escola Positiva, o objeto de estudo continua sendo o crime, mas além disso o mais importante agora passa a ser o sujeito do crime, através do método de estudo indutivo e tendo como pressuposto epistemológico o livre arbítrio real.
Este movimento foi iniciado pelo médico Cesare Lombroso com sua obra, “L’Uomo delinquente”. Na concepção deste médico existia a ideia de um criminoso nato, que seria aquele que já nascia com esta predisposição. Lombroso estudou o cadáver de diversos criminosos procurando encontrar elementos que os distinguissem dos homens normais. Após anos de pesquisa declarou que os criminosos já nasciam delinquentes e que apresentam deformações e anomalias anatômicas. Outro importante pensador dessa escola, foi Enrico Ferri que dessa vez sugeriu uma origem antropológica para os criminosos, classificando-os em “Natos” aqueles com atrofia no senso moral, “Loucos”, “Habituais”, “Ocasionais”, e “Passionais”, aqueles que cometem o crime sob efeito de paixão.
Por fim, a Escola Mista parte de um pressuposto epistemológico de especificidade em relação as outras escolas, superando o livre arbítrio e passando a utilizar as teorias da causalidade: É possível que possa ser estabelecido uma relação de causalidade na reprovação de uma conduta e seu posterior resultado. A metodologia de estudo dessa escola, é uma mescla das duas anteriores. Sendo usado o método indutivo quando se estuda o criminoso, e o método dedutivo para estudar o crime. 
Em relação aos princípios acolhidos pela Escola Mista estão: responsabilidade moral; distinção entre imputáveis e inimputáveis e a não aceitação do livre-arbítrio como fundamento da responsabilidade moral. Substitui-se o livre-arbítrio pelo determinismo psicológico: “O homem é determinado pelo motivo mais forte, sendo imputável quem tiver capacidade de se deixar levar pelos motivos. A quem não tiver tal capacidade deverá ser aplicada medida de segurança e não pena”. Seus principais autores foram Franz Von Litszt, Manuel Carnevale e Hans Kelsen.

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