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DISCIPLINA DE HISTOLOGIA ORAL – 2P/ODONTO Profa. ANA PAULA SANTOS Estudo Dirigido - Amelogênese ALUNO: 1. Qual a origem das células que darão origem ao esmalte dentário? São as células de origem epitelial (células do ectoderma). 2. Qual o conteúdo inorgânico do esmalte? O conteúdo inorgânico é de (97%) , representado por cristais de fosfato de cálcio sob forma de hidroxiapatita, com quantidade de carbono, sódio, magnésio, cloreto, potássio e flúor. 3. Descreva as fases da amelogênese. Fase morfogenética: Tem início na fase de campânula (a s células do epitélio interno do órgão do esmalte param de se dividir, determinando que a forma da coroa do dente seja estabelecida pela dobra epitélio) Com células cubóides, de núcleo grande ce nt ra l o u próximo à lâmina basal, e um citoplasma com r ibo sso mo s livres, co mp le xo de Golgi pouco desenvolvido e mitocôndria r ia s esper sas. É uma fase destinada ao desenvolvimento das organelas. Fase de diferenciação: As células passam a ser cilíndricas. Nessa fase ocorre a diferenciação da s células do epitélio interno em ameloblastos Duas ou três camadas de células aparecem localizadas entre as células do epitélio interno e o retículo estrelado, constituindo uma nova estrutura, chamada de estrato intermediário. Com o alongamento das células, ocorre a inversão da polaridade, onde o núcleo migra para região próxima ao retículo estrelado e o complexo de Golgi para a extremidade oposta, próxima a papila dentária. Surge também o retículo endoplasmático granular e um citoesqueleto bem desenvolvido com vários microtúbulos. Nesse estágio do dese nvo lvime nto, com a nova disposição do núcleo e das organelas, as células se denominam pré- ameloblastos que se difere gradualmente, até se tornarem a me lob la stos secretores O s pré- a me lob lasto s induzem a diferenciação das células da periferia da papila dentária. Q ua ndo a primeira camada de matriz orgânica da de nt ina é depositada, e les se diferenciam e m ameloblastos. Sua altura aumenta, o complexo de Golgi, o R ER e as mitocôndrias estão mais desenvolvidos. O polo distal das células liberam enzimas losossomais que degradam a lâmina basal e a torna descontínua. Ao mesmo tempo emitem processos curtos para a matriz orgânica da de nt ina e se comunicam com os processos dos odontoblastos e vesículas da matriz. Os pré- ameloblastos se comunicam entre si através de junções intercelulares dos t ipos : comunicante, desmossomos e oclusivo. Fase secretora: Em razão da restrição da via intercelular, a formação do esmalte é exclusivamente controlada pelos ameloblastos. No início desta fase, o órgão do esmalte é constituído pelo epitélio externo, o retículo estrelado, o estrato intermediário e o ameloblastos recém diferenciados nas regiões dos vértices das futuras cúspides e bordas incisais. No início desta fase, todos os componentes do órgão do esmalte ligam- se entre si pelas junções intercelulares comunicantes e desmossomos; todavia, entre os ameloblastos recém- diferenciados, as junções oclusiva s dos complexos juncionais distais, já observado s entre pré- ameloblastos desenvolvem- se ainda mais, passando a constituir extensas fileiras. Desse modo, a formação do esmalte e, sobretudo, sua mineralização são reguladas exclusivamente pelos ameloblastos, em razão da resultante restrição da via intercelular. No início da fase secretora, os ameloblastos tem sua superfície distal plana Inicia- se a síntese de proteínas da matriz orgânica do esmalte pelo R E R. S e gue m-se a condensação e o empaco ta me nto do material no complexo de Golgi. Posteriormente os grânulos de secreção envolvidos por uma membrana migram para o citoplasma d ista l até serem liberados nos espaços intercelulares e na matriz da de nt ina do manto, que está co mp le ta ndo sua mineralização. O R ER possui numerosas cisternas paralelas entre s i e a linhadas seguindo o longo eixo do ameloblasto s, esta ndo d ista lme nte e m re lação ao co mp le xo de Go lgi. A mat r iz or gâ nica do es ma lte te m co ns t it uição prote ica, de carbo id ratos e lip ídeo s; ne nhuma p rote ína é de or ige m co lá ge na, d ife re nte do s de ma is tec idos minera liza dos. O s pr inc ipa is gr upo s de pro te ína s q ue co mpõ e a ma tr iz do es ma lte são as a me lo ge ninas, não a me lo ge nincas e glicop rote ínas s ulfa tadas. A miner a lização do es ma lte co meça ime d ia ta me nte apó s o inic io de sec reção da matr iz or gâ nica O esma lte jo ve m é co ns t it uído pr inc ipa lme nte por co mpo ne nte or gâ nicos. Os cr is ta is de mine ira is se depos ita m e m co nta to co m a de nt ina, e a pr ime ira ca mada ma is ou me nos ho mo gê nea de es ma lte te m os c r is ta is a linhados pe rpe nd ic ular me nte a dent ina. Acred ita- se q ue o s cr ista is da de nt ina do ma nto s ão os a ge ntes, j unto co m a lgum co mpo ne nte do es ma lt e, da mine ra lização do es ma lt e. As mo léc ulas de a me lo ge nina for ma m na nos feras q ue se a linha m nos cr ist a is de minera is e or ie nta m o cresc ime nto do s mes mos. Após a depos ição de uma de lgada ca mada ap r is mát ica, os a me lob las tos desenvo lve m o p rocesso d e To mes O s a me lob las tos se a fa sta m e m se nt ido ao es tra to inter med iá r io e dese nvo lve uma cur ta proje ção cônica no c itop las ma d ista l, for ma ndo o processo de To mes. A part ir desse proce sso inic ia a s e gunda par te da fase secre tora, po is a s pro jeções co ma nda m a or ie nta ção do es ma lt e e m fo r maç ão. N as regiões q ue contém ameloblastos secretores, ocorre a involução dos demais elementos do órgão do esmalte. D ura nt e a secreção do es ma lte pe los a me lob la stos, ocor re m mod if icações nos out ros co nst it uintes do ó r gão do es ma lte : no es tra to inte r med iár io há a lta a t ividade enzimá t ica, o re t ic ulo e stre lado pe rde se u mater ia l intrace lula r e o corre um co lapso na região o nde es tá aco ntece ndo a fo r mação de mat r iz. Dess a for ma, os a me lob lasto s se aproxima m do ep ité lio e xt er no e do fo líc ulo de nt ár io A de nt ina c a lc ific ada impede a passa ge m de nut r ie ntes a tra vé s dos vasos sanguíneos da pap ila de nt ár ia e o e ntão fo líc ulo de ntár io passa a se r a única fo nte de nut r ição para o s a me lob lastos secr etore s. E le s ade nt ra m o re t ic ulo es tre lado por me io de inva ginaçõe s do ep ité lio e xt er no, q ue a lca nça o es tra to inte r med iár io e a ca mada de a me lob lasto s. O processo de To me s le va a fo r mação de um es ma lte pr is mát ico de vido a mud a nça na mo vime ntação dos a me lob lasto s d ura nte a depo s ição da ma tr iz e minera liza ção. C o m o a va nç ar da sec reção, o s co ns t it uintes do ór gão do es ma lte so fre m apoptose e s e res tr inge m a d ua s o u t rês ca madas de cé lulas pa vime ntosas. Depo is da fo r mação d e es ma lte, o p rocesso d e To mes des aparece. FAS E DE MA TURAÇ ÃO Q ua ndo a ca mada s uper fic ia l de es ma lte apr is má t ico é depos itada, os a me lob lasto s muda m a s ua co nfor mação e for ma is do is gr upo s : um respo nsá ve l pe la re moção dos e le me ntos o r gâ nicos e á gua,e o ut ro q ue fa z o ráp ido bo mbea me nto de ío ns de fo s fa to de cá lc io para a mat r iz. As a me lo ge ninas são red uzida s por meta loprote inase s, po is a s ua pr ese nça e m a lta s q ua nt idades inibe m o cre sc ime nto dos cr is ta is. Co m a e liminação da par te or gâ nica, os cr ista is a ume nta m s ua la r gura e grad ua lme nte, s ua a ltura, a té q ue gra nde par te de le s se fus io ne. Essa fase de mat ur ação é cons id erada pré - er upt iva, po is a co mp le ta mat uração é conc luída q ua ndo o dente erup c io na na ca vidade or a l, pe la mat ura ção pós- erup t iva. Ela ocor re de ma ne ira centr ifuga, das ca madas ma is pro funda s até a mine ra lização da s up er fíc ie e xter na. FAS E DE P RO T EÇ ÃO O s ame lobra stos vo lta m a se r cé lulas c úb icas e secre ta m um ma ter ia l sobre o es ma lte recé m- for mado, fica ndo ader ido s sob re por he mides mo sso mos . Ma is exter na me nte e stá o s o ut ros co mpo ne ntes do ór gão do es ma lte, q ue j unto co m os a me lob lasto s fo r ma m o ep ité lio red uzido do ó r gão do es ma lt e e c ir c unda m toda a co roa do de nte, separa ndo o es ma lte do fo líc ulo de ntár io até q ue o de nte erupc io ne. A expos ição do es ma lte na ca vidade o ra l pe r mite q ue ocor ra mod ificações e m s ua estr ut ura ao lo ngo da vida. 4. Qual a composição da matriz orgânica do esmalte? O conteúdo orgânico é de (1%) basicamente protéico, com escassos carboidratos e lipídeos. 5. Qual as faces que o processo de Tomes apresenta? Surge na fase secretora 6. O que é periquimácia? São mais acentuadas quanto mais próximas estão de colo do dente, são facilmente observadas ao microscópio eletrônico de varredura, sobretudo em dentes recém-erupcionados. Uma vez na boca, com o desgaste funcional da superfície do esmalte, as periquimácias tendem a desaparecer. 7. Conceitue tufos adamantinos. São finas e curtas fitas onduladas que se originam na junção amelodentinária, alcançando no máximo um terço da espessura do esmalte. Como as preparações por desgaste possuem espessura considerável, a ondulação dessas áreas hipomineralizadas resulta na aparência de tufos. 8. Conceitue linhas de Hertzius. Representa período de repouso dos ameloblastos durante a produção de matriz do esmalte. 9. Pesquise sobre amelogenese imperfeita e hipoplasia do esmalte. Amelogênese imperfeita é uma alteração dentária de caráter hereditário que afeta o esmalte. Ela pode afetar de um a todos os dentes das dentições decíduas e permanentes. Compreende um grupo complicado de condições que mostram alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte, na ausência de uma alteração sistêmica. Há pelo menos 14 diferentes subtipos hereditários de amelogênese imperfeita, com vários padrões de herança e uma ampla variedade de manifestações clínicas. Como prova da natureza complicada do processo, existem vários sistemas de classificação diferentes.Quanto à sua origem, a amelogênese imperfeita tem caráter genético, consequentemente não é possível a realização de um tratamento preventivo nesses pacientes, logo, a terapia é voltada para a reabilitação estética e funcional. Hoje é possível reabilitar esses casos com procedimentos menos invasivos, devido a evolução das técnicas adesivas, com longevidade e previsibilidade e da obtenção dos resultados. A hipoplasia do esmalte é uma formação incompleta ou deficiente da matriz orgânica do esmalte. Clinicamente, apresenta-se como manchas esbranquiçadas, rugosas, sulcos ou ranhuras, bem como, outras alterações na estrutura do esmalte, comprometendo a estética do sorriso. De acordo com o grau de severidade dessa anomalia, vários protocolos de tratamento podem ser realizados, desde clareamento, microabrasão, restaurações estéticas diretas e coroas unitárias
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