Buscar

portfolio politicas da educação básica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

JANAÍNA RIBEIRO DA SILVA 
RA:8097200 
 
 
 
 
PORTFÓLIO DE POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Centro Universitário 
Claretiano na disciplina Políticas da 
Educação Básica ministrada pelo tutor 
Wagner Montanhini 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
 
 
 
 
 
 
Com base nas leituras propostas da legislação e do texto de João Cardoso de Palma Filho, 
desenvolva os seguintes pontos: 
1)Apresente as principais características das políticas educacionais em cada período da 
história republicana do Brasil. 
Durante a monarquia no século XIX, o Brasil tinha uma maioria de analfabetos, e a educação 
era uma realidade para poucos que podiam pagar. Não havia um sistema escolar e tanto a criação 
de escolas quanto a formação de professores eram altamente negligenciadas.Com a 
proclamação da república em 15 de novembro de 1889, vemos a elite paulistana reorganizar-se 
para defender seus próprios interesses. 
Nasce a constituição de 1891, que enfatiza o caráter republicano, federalista e laico do Estado 
Brasileiro e cria um sistema representativo baseado no voto direto, sem no entanto permitir que 
esse direito chegue às mulheres, religiosos, militares de baixa patente e analfabetos que eram 
grande maioria. 
Referente à educação, a constituição de 1891 permanece com o descentralismo introduzido 
pelo Ato Institucional de 1834, estabelecendo que o ensino superior e secundário ficariam a 
cargo da união e os Estados cuidariam do ensino elementar e profissional. Na prática persistiu 
o modelo monárquico. 
Houve algumas tentativas de reforma nesse período como a Reforma Benjamin Constant de 
1930, que voltada para as escolas sediadas no Rio de Janeiro tinha influência positivista e 
permitiu a criação do Ministério da instrução correios e telégrafos, a Reforma Rivadávia Corrêa 
de 1911, que dava total autonomia aos estabelecimentos de ensino, inclusive na frequência às 
aulas, a Reforma Carlos Maximiniano de 1915, que criou a obrigatoriedade de diploma no 
ensino secundário para poder prosseguir para o nível superior, e a Reforma Luiz Alves/Rocha 
Vaz de 1925, que criou normas para a admissão no curso superior. 
A partir da década de 1920,por causa da Primeira Guerra Mundial, (1914-1918), temos um novo 
cenário onde cresce uma tímida industrialização em São Paulo, e a política de importações, que 
atrai muitos imigrantes europeus. No campo das idéias, intelectuais comprometidos com a 
educação inquietam-se. Surge então a Associação Brasileira de Educação, formada por 
militantes da área ansiosos por mudanças. 
Esse movimento ficou conhecido como Escola Nova e defendia escola pública gratuita, laica e 
obrigatória. Seu idealizador no Brasil foi Anísio Teixeira (1900-1970), influenciado pelo norte 
americano John Dewey (1859-1952), Inspirou ao lado de outros intelectuais da época 
importantes reformas educacionais como a Reforma Sampaio Dória em São Paulo (1920), 
Reforma Lourenço Filho no Ceará (1923), Reforma Anísio Teixeira na Bahia (1925), Reforma 
Francisco Campos/Mário Casassanta em Minas Gerais (1927) e Reforma Fernando de Azevedo 
no Distrito Federal (1928). 
Os efeitos concretos do movimento só foram observados a partir de 1930 após um movimento 
civil militar que derrubou a oligarquia cafeeira, causando a reorganização da fração elitista de 
perfil mais urbano e industrial. Com Getúlio Vargas no poder começa uma nova fase política 
no país que vai de 1930 a 1945, com a reestruturação do sistema capitalista tornando necessário 
mão de obra qualificada de setor produtivo, e pela primeira vez o Estado assume o papel de 
estruturador de um sistema escolar em âmbito nacional. 
 A era Vargas promoveu a criação do Ministério da Educação e a publicação da constituição de 
1934 que previa medidas mais consistentes em relação à organização da escola. A partir de 
1937 a era Vargas entra em uma segunda etapa, instalando a ditadura varguista até 1945. A 
constituição de 1937 diferencia-se da constituição de 1934 por retirar do Estado a competência 
de prover educação pública para o sistema escolar. Na verdade houve incentivo do ensino 
técnico profissionalizante para atender as ofertas de mão de obra qualificada exigidas pelo 
crescimento industrial que o Brasil vivia naquele momento. Com o fim do Estado Novo em 
1945, ingressamos em uma nova etapa política onde novamente foi reorganizado nosso sistema 
escolar. É promulgada a constituição de 1946, revestida de princípios liberais e democráticos, 
consagrando o regime federalista e republicano. No campo da educação foi elaborada uma 
legislação própria sobre o assunto, que abriu portas para uma futura Lei de Diretrizes e Bases 
da educação nacional. 
Em 20 de dezembro de 1961, a Lei número 4.4024 que instituía a Lei de Diretrizes e Bases de 
Educação Nacional foi sancionada pelo poder executivo. Apesar dos avanços possibilitados, a 
LDB 4.024/61 não contemplou de fato as necessidades do ensino básico. Ainda durante a 
república populista (1946-1964), houve campanhas a favor da escola pública e movimentos 
para alfabetização de adultos. Em 1964, com o golpe militar que derrubou o presidente João 
Goulart, entramos em uma nova fase política no Brasil com claras consequências às políticas 
de educação básica. Nesse momento com sucessivos golpes de estado, foi difícil construir uma 
política de educação duradoura. O golpe de 1964 instaurou uma ditadura que durou até 1985. 
Foi estabelecido um projeto político autoritário, não democrático, baseado na violência do 
Estado, concentrador de renda e excludente. Duas reformas foram marcantes em relação à 
educação durante o período militar (1964+1985). A primeira ficou conhecida como MEC-
USAID através da Lei 5.540/68. Efetivamente a reforma universitária de 1968 visava promover 
controle ideológico dos cursos universitários e impor lógica burocrática, empregada na forma 
de organização e classificação dos alunos para seu ingresso. A segunda reforma atingiu o ensino 
básico através da LEI de Diretrizes e Bases número 5.692/71 que revogou a LDB de 1961. 
Estruturou-se em três níveis sendo o primeiro grau correspondente ao primário e ao ginásio, 
com duração de oito anos, o segundo grau era profissionalizante durando três ou quatro anos 
dependendo da especialização escolhida, e o terceiro grau correspondida ao ensino superior. 
No conteúdo curricular houve manipulação ideológica com a introdução de disciplinas como 
Educação Moral e Cívica, Organização Social e Estudos Sociais, que ocupavam lugar de 
disciplinas reflexivas como História, Geografia e Filosofia. A aprovação da Lei número 7.044 
de 1982 pôs fim à obrigatoriedade do ensino profissionalizante no segundo grau, confirmando 
seu fracasso e levando-o novamente a ser preparação para o ensino superior. Ao término do 
regime militar o quadro da educação nacional era aterrador, com altos níveis de analfabetismo, 
evasão escolar e negligência na formação de profissionais, ,nada muito diferente das primeiras 
décadas do início do século vinte. 
A partir de 1985 uma nova fase da história política renova as esperanças de melhora da 
educação escolar. Foi promulgada a constituição de 1988 que estabelece princípios da educação 
nacional inspirados no liberalismo, democracia e direitos humanos. Um novo passo foi dado 
com a promulgação da nova LDB de 1996,Lei número 9.934/96 que representou avanços no 
panorama educacional brasileiro, principalmente em termos quantitativos. A Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional de 1996 aprovada após oito anos de debates e apesar disso os 
desafios da educação no país ainda são enormes. 
2) Apresente As concepções de educação expressas na Constituição Federal de 1988,dos 
artigos 205 a 214, com uma crítica pessoal ao final 
Art. 205. A educação, direito de todos e deverdo Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação 
para o trabalho. 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a 
arte e o saber; 
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma 
da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de 
provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 53, de 2006) 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade. 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar 
pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados 
profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou 
adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, 
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de 
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. 
 § 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996). 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica 
e tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a 
garantia de: 
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua 
oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) 
anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação 
artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de 
programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação 
e assistência à saúde. 
De§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou 
sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino 
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela 
frequência à escola. 
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; 
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de 
maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais, artísticos, 
nacionais e regionais 
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos 
horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. 
§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, 
assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas 
maternas e processos próprios de aprendizagem. 
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão 
em regime de colaboração seus sistemas de ensino. 
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, 
financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria 
educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de 
oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante 
assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na 
educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios 
definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino 
obrigatório. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da 
receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, 
na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos 
Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita 
do governo que a transferir. 
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste artigo, 
serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os 
recursos aplicados na forma do art. 213. 
§ 3º - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao 
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano 
nacional de educação. 
§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde 
previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de 
contribuições sociais e outros recursos orçamentários. 
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento 
a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma 
da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição 
social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de 
alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de 
ensino. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, 
podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, 
definidas em lei, que: 
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes 
financeiros em educação; 
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, 
filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas 
 atividades. 
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas 
Nde estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que 
demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos 
regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o 
Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na 
localidade. 
§ 2º - As atividades universitárias de pesquisae extensão poderão receber 
apoio financeiro do Poder Público. 
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração 
plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos 
níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à: 
I - erradicação do analfabetismo; 
II - universalização do atendimento escolar; 
III - melhoria da qualidade do ensino; 
IV - formação para o trabalho; 
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. 
Desde 1988 a educação básica é gratuita e obrigatória trazendo ao Poder Público a 
responsabilidade de zelar por ela e trazer a todos os cidadãos o acesso ao ensino. Infelizmente 
a realidade em que vivemos está ainda bem distante da ideal. Ainda não há estrutura para que 
o que está descrito nos artigos descritos acima aconteça de forma plena. 
Ainda assim é importante lembrar que, sendo a educação um direito que pertence a todos, 
cabe à sociedade colaborar e cobrar do Poder Público um ensino de qualidade visando o 
desenvolvimento da pessoa e preparando o cidadão para o exercício pleno da ccidadania com o 
intuito de prepara-lo para o futuro. 
Numa forma de síntese, desenvolva os seguintes tópicos: 
A)Retrospecto do processo de tramitação da LDB no Congresso Nacional(Câmara 
Federal e Senado Federal); 
O enfraquecimento do governo militar na década de oitenta do século passado trouxe um novo 
fôlego para a democracia no Brasil, e muitos educadores viram esse momento como propício 
para a construção de uma nova legislação educacional nacional.Com a aspiração dia educadores 
garantia na Constituição Federal a comunidade educacional se organizou para paralelamente à 
formulação da Constituição Federal elaborarem um anteprojeto para criar uma nova LDB da 
educação nacional. O texto da nova LDB proposta pelos educadores é apresentado na Câmara 
Federal em dezembro de 1988, logo depois da promulgação da Constituição Federal. 
Apresentado pelo então deputado Octávio Elísio (PSDB-MG) com o número 1.158/88, contém 
na íntegra o texto elaborado pelos educadores, tendo o mesmo acrescentado em março de 1989 
por Florestan Fernandes (PT-SP) e Jorge Hage(PSDB-BA), e designados por Ubiratan Aguiar 
(PMDB-BA) , então presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara. Jorge 
Hage possibilitou a participação da comunidade educacional na elaboração do projeto , o que 
possibilitou direcioná-lo favorável à escola pública. Construído o projeto, se desencadeia no 
primeiro semestre de 1990, na Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara Federal 
, agora com o presidente Carlos Sant'Anna o processo de votação e negociação do substitutivo. 
Surge a terceira versão do substitutivo Jorge Hage que por motivos de exames e revisões fora 
reescrito e aprovado por unanimidade em junho de 1990. Ações paralelas do Senado tentavam 
garantir em lei espaço da iniciativa privada na educação, todavia sua continuação foi impedida 
pelo Fórum Nacional de Defesa da Escola Pública, que atuou contra o projeto devido a matéria 
pertencer à LDB em tramitação na Câmara e não sendo interessa da comunidade educacional 
sua tramitação paralela à lei da educação. Outro momento difícil foi quando o senador Março 
Marco Maciel (PFL-PE), quis apresentar um projeto de LDB paralelamente ao da Câmara, o 
que foi contornado com um acordo entre ele e. Jorge Hage, onde Maciel assumiu publicamente 
o compromisso de que nenhuma votação ocorreria sobre isso no Senado antes que aí desse 
entrada o projeto de LDB então em tramitação na Câmara. A nova característica do parlamento 
brasileiro com a legislatura que começa em 1991, de tendência conservadora , desconsidera 
esse acordo na busca de uma forma de defender seus interesses. Morando que as obstruções na 
Câmara não surtiam o efeito desejado , num golpe de oportunismo se utiliza do sistema de 
funcionamento Bicamaral do Parlamento brasileiro para iniciar a elaboração de um projeto de 
LDB da educação no Senado Federal priorizando os interesses da iniciativa privada. Essa 
manobra resultou de um acordo entre o bloco governista liderado pelo deputado Eraldo Tinoco 
(PFL-BA), o MEC e o PDT, culminando no projeto de LDB do Senado apresentado pela 
primeira vez em vinte de maio de 1992 e intitulado Projeto de Lei do Senado(PLS) número 
67/92 de autoria do senador Darcy Ribeiro (PDT-RJ), com assessoria do alto escalão do MEC, 
ficando mais conhecida como Projeto Darcy Ribeiro. Enquanto não acontecia a aprovação da 
LDB na Câmara, em fevereiro de 1993 estratégias eram usadas no Senado para tentar aprovar 
o projeto Darcy Ribeiro, e devido a uma abertura encontrada no novo Regimento Interno do 
Senado que permitia a qualquer comissão desta casa aprovar projetos de lei sem que esse fosse 
obrigado a passar pelo Plenário, acontece então a aprovação do projeto na Comissão de 
Educação do Senado. Porém a mesma arma usada pelos senadores para aprovar o projeto Darcy 
Ribeiro e anular a tramitação na Câmara fora usada contra os próprios, devido ao fato de o 
Regimento também prever a aprovação do projeto pela Comissão de Educação. Uma questão 
de ordem levantada por Jarbas Passarinho (PDS-PA) fez cair por terra as investidas dos 
senadores favoráveis ao projeto de Ribeiro. O projeto de lei não contava na pauta até 
convocação de 02 de fevereiro de 1993, e assim sendo, sem esse poder se deliberado pelo 
Senado o presidente desta casa acolhe o pedido de ordem do Senado e invalida a decisão da 
Comissão de Educação, retornando o projeto para análise do Senado. A eleição de Fernando 
Collor de Melo como presidente permitiu ao PDS, partido que historicamente defende a 
iniciativa privada em educação, passe a conduzir a tramitação da nova LDB. O bloco 
conservador desta casa usou de grandes números de destaque para obstruir o projeto da LDB 
na Câmara. Os deputados Celso Bernardi e Ubiratan Barbosa entram com pedido de urgência 
urgentíssima no final do primeiro semestre de 1992, porém o pedido foi inviabilizado pela 
instauração da CPI de Paulo Cesar Farias e depois pelo impeachment de Fernando Collor. Com 
a posse de Itamar Franco na presidência da República e a ascensão do professor Murilo Hingel 
ao Ministério da Educação, a situação se tornou mais favorável ao andamento do projeto. 
Deferido o pedido , e depois de um longo processo de negociação e votação, em maio de 1993 
o projeto chega a sua aprovação fim na Câmara. No Senado é designado Cid Saboia como 
relator na Comissão de Educação, o que causou preocupação aos defensores da escola pública, 
por ele ter sido o relator no projeto Darcy Ribeiro. Depois de acertos necessários ,mas 
preservando a estrutura do projeto da Câmara, é aprovado na Comissão de Educação do Senado 
em 30 de novembro de 1994 e encaminhado ao Plenário em 12 de dezembro do mesmo ano. 
Com a posse de Fernando Henrique Cardoso na presidência em janeiro de 1995 as forças 
conservadoras novamente têm favoritismo no Parlamento Federal. Sob a alegação de que havia 
muitas irregularidades e através de algumas manobras regimentais, impede-se a votação do PLC 
no Plenário, e fica clara a intenção dos parlamentares em perceber inconstitucionalidades que 
afetassem os interesses da iniciativa privada na educação. Depois de inúmeras tentativas , os 
projetos advindos da Câmara foram desconsiderados trazendo de VT o anteprojeto de Darcy 
Ribeiro. Este incorporou várias emendas para minimizar i descontentamento e as resistências 
da comunidade educacional. Assim em 08 de fevereiro de 1996, a versão derradeira do projeto 
ganha aprovação no Plenário do Senado. 
B) Os princípios gerais da Educação Brasileira; 
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais 
de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para 
o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
Art. 3º O ensinoserá ministrado com base nos seguintes princípios: 
1.igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
2.liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte 
e o saber; 
3.pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; 
4.respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
5.coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
6.gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
7.valorização do profissional da educação escolar; 
8.gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos 
sistemas de ensino; 
9.garantia de padrão de qualidade; 
10.valorização da experiência extra-escolar; 
11.vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
 
C) Os níveis da educação no Brasil: 
Educação básica Educação Superior; 
Inicialmente, a educação escolar é dividida em dois níveis, segundo a LDB, em seu artigo 21: 
Educação Básica e Educação Superior. A Educação Básica apresenta três etapas: Educação 
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. E ainda temos as fases da Educação Infantil e 
do Ensino Fundamental, conforme a DCN de Educação Básica, também em seu artigo 21. A 
Educação Infantil compreende a creche e a pré-escola, já o Ensino Fundamental, os anos 
iniciais e os anos finais. O Ensino Superior se dividiu em cursos e programas: cursos 
sequenciais, graduação, pós-graduação e de extensão. Para facilitar um pouquinho, vamos 
tentar organizar isso tudo numa só imagem. 
 D) Da educação básica;. 
. A Educação Básica, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - 9.394/96), passou a ser 
estruturada por etapas e modalidades de ensino, englobando a Educação Infantil, o Ensino Fundamental 
obrigatório de nove anos e o Ensino Médio. 
E) A formação dos profissionais da educação básica; 
62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso 
de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, 
admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas 
quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade 
Normal. 
 A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de colaboração, 
deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de 
magistério ,que pode ser feira através de cursos à distância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências:: 
 Corrêa, Rubens Arantes 
 Políticas da educação básica / Rubens Arantes Corrêa, Karina Elizabeth 
 Serrazes, – Batatais, SP : Claretiano, 2013. 
 186 p. 
 1. Políticas Educacionais. 2. Estrutura do Ensino Brasileiro. 3. Legislação 
 Escolar. I. Serrazes, Karina Elizabeth. II. Políticas da educação básica. 
 Rocha, Maciel Raryson 
A construção da Lei número 9.394/96, trajetórias e impasses políticos 
Universidade Federal do Pará-UFPA, 2017 
12p. 
Disponível em https://www.editorarealize.com.br 
Acessado em 24 de Março de 2020 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional número 9.394/96, Brasília, DF, Senado, 1996, 
Disponível em https://portal.mec.gov.br/arquivos/PDF/ldb.pdf. 
https://www.editorarealize.com.br/
https://portal.mec.gov.br/arquivos/PDF/ldb.pdf
Acessado em 24 de Março de 2020

Outros materiais