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FACULDADE DOCTUM DE JOÃO MONLEVADE REDE DE ENSINO DOCTUM PSICOLOGIA ALINE ROBERTA FERNANDES DÉBORA EVELYN DOS SANTOS SOUZA CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO, ANÁLISE DE DADOS JOÃO MONLEVADE 2019 ALINE ROBERTA FERNANDES DÉBORA EVELYN DOS SANTOS SOUZA CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO, ANÁLISE DE DADOS Trabalho apresentado a disciplina de Estatística do curso de Psicologia, primeiro período da faculdade Doctum João Monlevade. Professora: Daysemara JOÃO MONLEVADE 2019 Introdução Violência doméstica abrange comportamentos de um indivíduo em um relacionamento por uma das partes, de forma com que o domínio sobre a outra pessoa se torne cada vez mais presente. As pessoas envolvidas podem ser casadas ou não, ser do mesmo sexo ou não, viver juntas, separadas ou namorar. As vítimas podem ser ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo, religião, cultura, grupo étnico, orientação sexual, formação ou estado civil. Os tipos de violência doméstica são: ● Violência emocional: qualquer comportamento do(a) companheiro(a) que visa fazer o outro sentir medo ou inútil. Usualmente inclui comportamentos como: ameaçar os filhos; magoar os animais de estimação; humilhar o outro na presença de amigos, familiares ou em público, entre outros. ● Violência social: qualquer comportamento que intenta controlar a vida social do(a) companheiro(a), através de, por exemplo, impedir que este(a) visite familiares ou amigos, cortar o telefone ou controlar as chamadas e as contas telefónicas, trancar o outro em casa. ● Violência física: qualquer forma de violência física que um agressor(a) inflige ao companheiro(a). Pode traduzir-se em comportamentos como: esmurrar, pontapear, estrangular, queimar, induzir ou impedir que o(a) companheiro(a) obtenha medicação ou tratamentos. ● Violência sexual: qualquer comportamento em que o(a) companheiro(a) força o outro a protagonizar atos sexuais que não deseja. Alguns exemplos: pressionar ou forçar o companheiro para ter relações sexuais quando este não quer; pressionar, forçar ou tentar que o(a) companheiro(a) mantenha relações sexuais desprotegidas; forçar o outro a ter relações com outras pessoas. ● Violência financeira: qualquer comportamento que intente controlar o dinheiro do(a) companheiro(a) sem que este o deseje. Alguns destes comportamentos podem ser: controlar o ordenado do outro; recusar dar dinheiro ao outro ou forçá-lo a justificar qualquer gasto; ameaçar retirar o apoio financeiro como forma de controlo. ● Perseguição: qualquer comportamento que visa intimidar ou atemorizar o outro. Por exemplo: seguir o(a) companheiro(a) para o seu local de trabalho ou quando este(a) sai sozinho(a); controlar constantemente os movimentos do outro, quer esteja ou não em casa. Segundo Fundação Perseu Abramo (2010), no Brasil, a população feminina ultrapassou 103 milhões de mulheres em 2014. Uma em cada cinco considera já ter sofrido alguma vez algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido. Com base nas questões sobre violência doméstica, foram entrevistadas 86 pessoas, sendo 10% homens e 90% mulheres. No trabalho realizado em sala, foi levantado discursões sobre os tipos de violência tanto feminina quanto masculina dados que nos proporcionaram um levantamento de informações sobre os tipos de agressões e como são de fato ocorrido no dia a dia, até que ponto este tipo de comportamento pode interferir na vida pessoal. Análise dos dados A maioria dos entrevistados nunca sofreram nenhum tipo de agressão, 20,94% sofreu uma ou mais vezes. A maior parte contaria se sofresse algum tipo de violência e 14% ficariam indecisos. Dos entrevistados, 65% denunciaram se sofressem violência, doméstica. 55% já passaram por alguma situação de constrangimento com o seu parceiro (a). No quesito contato com a família e amigos, 12% disseram que já foram afastados do vínculo familiar e 5% algumas vezes. Na área profissional 14% das pessoas não exerce sua função profissional por impedimento do companheiro (a). 8% dos entrevistados relataram ter um aumento das agressões entre as partes. Em se tratando de violência patrimonial foi relatado que 2% das pessoas já tiveram seus objetos pessoais destruídos. Apesar de muitas respostas negativas 74% das pessoas não tem vontade de separar embora 93% tenha dito conhecer a Lei Maria da Penha. O questionário sobre a violência doméstica vem destacando pontos que demostram que, a vítima agredida na sua grande maioria sofre em silencio por várias razoes que de fato não os permite que a sua queixa seja reconhecida ou evidenciada, levando em consideração o sofrimento de toda a família e pessoas mais próximas ao sofrimento por não poder se expor diante a sociedade que muitas das vezes os reprime e não são acolhidas como realmente deveria acontecer uma vez que temos leis que os resguardam. A violência doméstica funciona como um sistema circular – o chamado Ciclo da Violência Doméstica – que apresenta, regra geral, três fases: 1. aumento de tensão: as tensões acumuladas no quotidiano, as injúrias e as ameaças tecidas pelo agressor, criam, na vítima, uma sensação de perigo eminente. 2. ataque violento: o agressor maltrata física e psicologicamente a vítima; estes maus- tratos tendem a escalar na sua frequência e intensidade. 3. lua-de-mel: o agressor envolve agora a vítima de carinho e atenções, desculpando- se pelas agressões e prometendo mudar (nunca mais voltará a exercer violência). Apresentação dos gráficos Conclusão Concluímos por tanto que a violência doméstica embora já esteja sendo tratada, ainda é necessária a intervenção de políticas públicas e principalmente o tratamento do agressor que em sua maioria são homens, estes vem sendo criados de forma machista onde são ensinados a serem superiores as mulheres sendo assim eles se acham no direito de espancar, assassinar, tomar bens e outras crueldades que eles fazem com as mesmas. São atos de violência que já vem desde gerações passadas pessoas que habitualmente conviveram com este tipo de tratamento agressivo e opressor, na qual seu clamor e pedido de ajuda não era atendido, pois estes atos vem de figuras que também passaram por momentos parecidos e sendo assim os consideram ‘comum’. É preciso reconstruir as ideias, que desde o início dos tempos está sendo implantada na sociedade, de forma a dar vozes as pessoas que passam por estes tipos de violência. Trazendo a estas pessoas que passam por agressões segurança e apoio para que de fato o seu desabafo seja acolhido sem quaisquer julgamentos. O filósofo Immanuel Kant disse que “o indivíduo é o que a educação faz dele” dito isso evidenciamos que é no processo familiar que a violência de gênero de apresenta de forma mais persistente, tornando as mulheres mais subjetivas. Referências APAV. Violência Doméstica. 2012. Disponível em: <https://apav.pt/vd/index.php/features2>. Acesso em: 11 nov. 2019. PJERJ. Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher: O Que é Violência Doméstica. 2019. Disponível em: <http://www.tjrj.jus.br/web/guest/observatorio-judicial-violencia-mulher/o-que-e>. Acesso em: 10 nov. 2019. GALVÃO, Patrícia. Dossiê Violência Contra as Mulheres. 2015. Disponível em: <https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/politica-de-privacidade/>. Acesso em: 01 nov. 2019. 2 minutos para entender - Violência Doméstica. [s. I.]: Superinteressante, 2017. (171 min.), color. Legendado. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=jv7FWOmMU70>. Acesso em: 11 nov. 2019.
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