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DIREITO ECONÔMICO - Unidade V

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DIREITO ECONÔMICO
Prof.: Alceu Rangel
Unidade - V
Direito da Concorrência
5.1) NOÇÕES GERAIS DE CONCORRÊNCIA
Conceito
Princípio da Defesa da Concorrência
Concorrência e Liberdade de Iniciativa 
d) Consequências da Concorrência
e) Dever do Estado SBDC CADE
5.2) PREVISÃO LEGAL
Lei nº 12.529/11 - Lei Antitruste/Antimonopólio 
Direito Antitruste ou Antimonopólio
Objetivos da Lei Antitruste:
1º) Estruturar o SBDC
2º) Prevenir e reprimir as infrações contra a ordem econômica 
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Direito da Concorrência
5.2.1) OBJETIVOS DA LEI ANTITRUSTE:
1º) Estruturar o SBDC;
2º) Prevenir e reprimir as infrações contra a ordem econômica;
3º) A lei antitruste protege a economia dos males típicos do monopólio, tais como:
Prática de preços elevados para maximizar os lucros;
Redução dos ganhos dos fornecedores;
Pagamentos de salários mais baixos, qdo. se torna único empregador;
Possibilidade de prática de preços predatórios (abaixo do custo), para aniquilar possível concorrência.
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Direito da Concorrência
OBS: a LDC protege toda a ordem econômica. De modo direto ela protege a concorrência e a liberdade de iniciativa, mas indiretamente ela protege o consumidor, o concorrente, o pequeno empresário, as empresas de menor poder econômico, o trabalhador, a distribuição de renda, o crescimento econômico, a geração de empregos e de tecnologia.
 
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5.3) O TRUSTE
Conceito 
 
 b) Tipos de Truste: vertical e horizontal
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FUSÃO ENTRE CONCORRENTES DIRETOS, OU SUBSTITUTOS, OU QUE ESTÃO EM UMA MESMA CADEIA PRODUTIVA
DOMÍNIO/CONTROLE DO MERCADO
LUCROS EXORBITANTES
c) Origem:
 
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Direito da Concorrência
1º Truste - EUA 1865 
Estado Liberal – sistema capitalista
Darwinismo econômico
Ausência de regulação
Abuso de poder econômico
1º Truste – Rockfeller - Algodão
Preços altos, salários baixos, desemprego, empresas menores fechando
Sherman Act
1890
Clayton Act
1914
5.4) CONCEITO DE DIREITO DA CONCORRÊNCIA 
Conjunto de normas jurídicas que têm por finalidade a defesa da Ordem Econômica, mediante a tutela direta das liberdades de iniciativa e de concorrência e, de modo indireto, da coletividade e dos demais princípios orientadores das atividades econômicas.
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Direito da Concorrência
OBSERVAÇÕES SOBRE O CONCEITO:
A finalidade do Dir. Concorrência não é somente a defesa da concorrência, mas sim de toda a ordem econômica. A ordem econômica é maior do que a concorrência.
Art. 1º - Esta Lei estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência - SBDC e dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica.
Parágrafo único.  A coletividade é a titular dos bens jurídicos protegidos por esta Lei. 
O Dir. Econômico combate as infrações da ordem econômica, e não só as infrações à concorrência.
 
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Direito da Concorrência
OBS 1: O campo de atuação do Dir. da Concorrência são as relações de concorrência horizontais e verticais.
OBS 2: Como é feita a defesa da ordem econômica?
Atuação Repressiva: controle a posteriori de condutas. 
Atuação Preventiva: controle a priori de condutas. 
Atuação Educativa: promoção da cultura da concorrência.
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5.5) DEFESA DA CONCORRÊNCIA
5.5.1) Atuação Repressiva
Conceito
Controle a posteriori de condutas;
Objetivo: Combater as infrações contra a ordem econômica.
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b) Infrações à Ordem Econômica
1ª) Formação de Cartel
Conceito
Combinação de preços e Divisão de mercado
É a pior de todas as infrações
Não trás nenhum benefício 
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2ª) Preços Predatórios
Conceito
Exemplos reais do CADE:
 Licitação de Obra Pública – empresa vencedora apresentou preço abaixo do custo de produção – foi absolvida pelo CADE – questão de sobrevivência.
 Companhia aérea – promoção R$ 28,00 – absolvida pelo CADE – curto tempo.
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3ª) Fixação de Preço de Revenda
Conceito (imposição ao distribuidor) 
preço fixo, mínimo ou máximo.
objetivo: equilíbrio de mercado. 
Ex: todas as lojas do shoping vendendo um determinado modelo de tênis a um preço idêntico.
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4ª) Preços Discriminatórios
Conceito
Exemplo
OBS: é necessário ver se tem justificativa
5ª) Venda Casada
Conceito
Exemplo
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6ª) Recusa de Contratar (art. 36, §3º, XI)
Conceito: art. 36, §3º, XI, LDC.
OBS: a princípio, não querer contratar com alguém é um direito decorrente da livre iniciativa. É plenamente aceitável, por exemplo, que um agente econômico recuse contratar com quem não tem padrão de qualidade aceitável.
A empresa vendedora pode rejeitar o distribuidor que não valoriza sua marca ou aquele que não entrega o produto no prazo e/ou não possui condições adequadas de transporte.
Pode acontecer, ainda, de um produtor não querer contratar com alguém por medo de, ao atender a nova demandar, prejudicar seus clientes de longa data.
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6ª) Recusa de Contratar (art. 36, §3º, XI)
Quando a negativa de contratar configura uma infração contra a ordem econômica?
Resp: Quando ela é uma forma de coerção p/ excluir um agente econômico do mercado.
Resp: Quando ela é utilizada para a prática de outras infrações, como o monopólio, a venda casada, a fixação de preços de revenda.
Exemplo: empresa é detentora de determinado insumo (matéria prima, máquinas, tecnologia, etc.) e faz acordo de vender apenas para um de seus clientes, prejudicando os concorrentes dele. Ou empresa que é detentora de determinado insumo e que também atua na produção de outros bens que utilizem tal insumo. 
OBS: é preciso verificar se a empresa tem alguma justificativa p/ esse comportamento. Por exemplo: impossibilidade de atender a demanda sem que isso prejudique a sua produção.
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OBSs: Aplicação de sanções X Regra da Razão
Para a aplicação de sanções às infrações contra a ordem econômica não basta que a conduta praticada pelo agente econômico se adeque à previsão legal da infração. É necessário que sejam verificados os efeitos decorrentes dessa conduta. 
A regra da razão é uma regra de interpretação, que permite afastar a ilicitude de condutas ou mitigar a punição, em virtude dos efeitos decorrentes da conduta do agente. 
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OBS: Aplicação de sanções X Regra da Razão
A regra da razão obriga que sejam apresentadas provas dos prejuízos provocados pela infração. 
A regra da razão inspirou o texto do art. 45, LDC. (Ler) 
Em síntese, a ilegalidade do ilícito antitruste (infração contra a ordem econômica) não decorre exclusivamente do enquadramento da conduta ao texto da lei, mas também da análise da realidade, da intensidade da lesão à concorrência e dos eventuais benefícios da suposta infração.
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