Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PLANTAS TÓXICAS Coroa de cristo e Lantana Bianca Francisca da Silva Caroline Aparecida dos Santos Catarino Fabiane Gonçalves Ribeiro de Oliveira Jonatha Caetano do Nascimento Mylena Cristina Braga Marques Nathalia Rodrigues Caetano Marques Thabata Ferreira Sabino FACULDADE DO ENSINO DE MINAS GERAIS TOXICOLOGIA COROA DE CRISTO Imagem 1 e 2: Coroa de cristo Fonte: https://blog.plantei.com.br/como-cultivar-coroa-de-cristo/ Nativa da Ilha de Madagascar; Nome científico: Euphorbia milii É classificada como arbusto perene, suculento e lactescente, podendo atingir 1,8 m de altura, muito ramificado, com ramos compridos e contorcidos, providos de numerosos espinhos, com até 3,0 cm de comprimento (SIQUEIRA,2009). COROA DE CRISTO SUBSTÂNCIA TÓXICA PRESENTE A maioria das espécies distribuídas nos gêneros dessa família possui, em seus tubos lactíferos, uma seiva branca denominada látex (SIQUEIRA,2009). Presente nas folhas, espinhos e caule. PROCURAR UMA IMAGEM DO LATEX COROA DE CRISTO INTOXICAÇÃO Acontecem mais em adultos nas atividades de jardinagem, devido ao contato do látex com a pele, respingos nos olhos ou o contato dos olhos com a mãos sujas de látex (MS-SP,2012). SINTOMAS Ingestão: náuseas, vômitos e diarréia. Contato com a pele: dor, prurido (coceira), eritema, edema (inchaço) e bolhas. Contato com os olhos: inchaço de pálpebra, irite, ceratite, diminuição de acuidade visual, conjuntivite. Nos casos mais graves podem ocorrer lesões de córnea e cegueira temporária. COROA DE CRISTO TRATAMENTO Ingestão: administrar protetores de mucosa (leite, clara de ovos ou óleo de oliva em pequena quantidade). Lesões de pele: cuidados higiênicos para evitar infecções secundárias. Em lesões muito pruriginosas (coceira intensa) usar solução de permanganato de potássio 1:10. 000 e após, pomadas com corticóides, anti-histamínicos por via oral, se necessário. Contato com os olhos: lavar abundantemente com água corrente ou soro fisiológico. Avaliação oftalmológica. LANTANA Nome científico: Lantana camara L. (Verbenaceae). Originária das Américas e África, no Brasil são encontradas desde a Amazônia até o Rio Grande do Sul (GARCIA, 2008). É um arbusto, de caule ramificado, formando muitos galhos entrelaçados, que cresce abundantemente em áreas tropicais e subtropicais, geralmente plantado com objetivos decorativos devido à beleza de suas flores variadas (ZENIMORI, 2006) Imagens 3 e 4: Lantana Fonte: https://tudohusqvarna.com/blog/dicas-jardinagem/lantana/ LANTANA Apesar do aspecto tóxico, esta planta tem sido freqüentemente utilizada na medicina popular como anti-séptico, antiespasmódico, contra hemorragias, gripes e resfriados e inibição diarréica . São reconhecidos também propriedades alelopáticas, e efeitos repelentes contra larvas de mosquitos Aedes (ZENIMORI, 2006). LANTANA SUBSTÂNCIA TÓXICA PRESENTE Os princípios tóxicos do camará são os triterpenos (lantadeno A e lantadeno B) (D’OLIVEIRA,2018). As folhas e os frutos, quando verdes, são tóxicos. Os frutos maduros não apresentam toxicidade e são consumidos por diversos animais (D’OLIVEIRA,2018). Imagem 6: Frutos verdes e maduros de lantana Fonte:http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2006/inic/inic/02/INIC0000207_ok.pdf 8 LANTANA INTOXICAÇÃO Comumente, é referida na literatura como planta tóxica, capaz de provocar fotossensibilização em bovinos ou ovinos (ZENIMORI, 2006). A dose letal (ou aguda) é de 40 g de folhas frescas/ kg de peso vivo, para bovinos e ovinos. A dose crônica (ou subaguda) é de 10 g de folhas frescas/kg de peso vivo, fornecidas para os bovinos durante 4 a 5 dias consecutivos (D’OLIVEIRA,2018). LANTANA SINTOMAS Os sintomas iniciais são anorexia e diminuição ou parada dos movimentos do rúmen (D’OLIVEIRA,2018). Os animais buscam a sombra e exibem manifestações de fotossensibilização (eritema, edema e necrose das partes despigmentadas da pele); Inquietação; Icterícia; Urina de cor amarelo escura até marrom; Fezes ressecadas e em pequena quantidade (D’OLIVEIRA,2018). LANTANA SINTOMAS Aparecimento de fendas cutâneas com desprendimento de pedaços de pele, formação de feridas abertas e com mau cheiro (D’OLIVEIRA,2018). A necropsia dos animais intoxicados revela o fígado alaranjado ou esverdeado, vesícula biliar com grande quantidade de bile e edema da parede (D’OLIVEIRA,2018). https://www.slideshare.net/candidoalice/lantana-camara-plantas-txicas-para-animais LANTANA TRATAMENTO A primeira providência é retirar os animais do sol e colocá-los à sombra (D’OLIVEIRA,2018). A remoção do conteúdo ruminal, por meio de ruminotomia, e substituição por uma mistura de solução eletrolítica, alimentos (feno) e microrganismos ruminais de um animal sadio, é uma medida eficiente (D’OLIVEIRA,2018). Pode ser administrado carvão ativado ou bentonita Também podem ser administradas, ao animal intoxicado, vitaminas do complexos B e bilirrubina oxidase (D’OLIVEIRA,2018). REFERÊNCIAS SIQUEIRA, Claudia Vaamonde Villar. Coroa-de-cristo (Euphorbia milii Des Moulins) como planta de vaso. Campinas, 2009. 51 fls. Disponível em: <http://www.iac.sp.gov.br/areadoinstituto/posgraduacao/dissertacoes/Caludia%20Vaamonde.pdf> Coroa de cristo. Universidade Estadual de Londrina. Disponível em: <http://www.uel.br/hu/portal/pages/cit/plantas-toxicas/coroa-de-cristo.php> Curso de plantas medicinais e fitoterapia para agentes comunitários de saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em:https://pt.slideshare.net/comunidadedepraticas/plantas-txicas-52820031 REFERÊNCIAS GARCIA, Andréa Fontes; QUINTAL, Amanda P.; MINGATTO, Fábio Erminio. Efeitos tóxicos da planta Lantana camara. IV Simpósio de Ciências da UNESP – Dracena V Encontro de Zootecnia – Unesp Dracena Dracena, Setembro de 2008. Disponível em: http://www2.dracena.unesp.br/eventos/sicud_2008/trabalhos/andrea_f_garcia.pdf ZENIMORI, Sadaka; PASIN, Liliana A.A.P. Aspectos da biologia floral de lantana (Lantana camara L.). São José dos Campos, SP ,2006. Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2006/inic/inic/02/INIC0000207_ok.pdf D’OLIVEIRA, Pérsio Sandir; BRIGHENTI, Alexandre Magno; OLIVEIRA, Vânia Maria; MIRANDA, João Eustáquio Cabral. Plantas Tóxicas em Pastagens: Camará (Lantana camara L.) – Família Verbenaceae . Comunicado Técnico. EMBRAPA, Juiz de Fora, MG Setembro, 2018 1. 2 http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2006/inic/inic/02/INIC0000207_ok.pdf 3https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/185119/1/COT-87-Plantas-Toxicas-Camara.pdf
Compartilhar