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DIREITO EMPRESARIAL I

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23
DIREITO EMPRESARIAL I
27/02/2019 (G1)
· A prova vale 8,0
· Os outros 2,0 são em trabalho em grupo uma semana antes da prova 
· Trabalho 1: contrato empresarial 
· Trabalho 2: apresentação – mutações societárias 
· G1: prova mista – com código 
· G2: toda objetiva – aplicativo ; sem código 
1. 	Teoria geral do Direito Empresarial 
· Objetivos: 
· Reconhecer o contexto histórico de formação – teórica 
· Identificar as fases do Direito Empresarial – teórica 
· Compreender seus elementos essenciais
· Definir Direito Empresarial contemporaneamente 
1.1. Contexto Histórico: pré-história do direito comercial 
· Na antiguidade, na baixa idade média, as relações jurídicas empresariais e comerciais eram feitas através do direito civil 
· O que hoje é Constituição, para o jurista da antiguidade, da idade média, era o direito civil, com exceção do direito penal, porque o direito civil regula os direitos dos cidadãos na cidade, então era como se fosse uma regra sobre como se comportar na cidade
· Esse direito era visto de uma forma mais superficial, o direito comercial era um apêndice do direito civil porque não existia no Direito Romano
· Na transição entre a antiguidade e a baixa idade média se teve o início do Direito Romano
· Na baixa idade média se tinha uma baixa produtividade 
· As relações comerciais eram tratadas no âmbito do direito civil na época da baixa idade média
· Excedente de mercadoria e raciocínio prático na época do feudalismo.
Com o (i) desenvolvimento do comércio e (ii) corporações de ofício surge a 1ª FASE DO DIREITO COMERCIAL
1.2. Contexto Histórico: Direito Comercial – 1ª fase 
· Ser comerciante é o sujeito pertencente a um grupo de ofício / guilda 
· O Direito Comercial é um direito da classe dos comerciantes 
· Aqui, surge o direito comercial que irá ser específico sobre o direito comercial e não mais uma parte do direito civil 
· Ainda na idade média, séculos XIII e XIV, passa a existir o direito comercial que tem como fonte a praxe, a prática jurídica, isto é, a resolução prática dos problemas 
· Fonte: resolução prática de problemas (o direito romano deixa de ser a fonte
· Existem diversas corporações (“clubes”), então como que os empresários saberão se comportar se cada corporação é de um jeito? 
· Era uma época de insegurança jurídica, pois a fonte era a praxe jurídica e não havia um parâmetro de como os comerciantes deviam se comportar
· O problema da praxe jurídica era o particularismo jurídico que gerava uma insegurança jurídica porque os empresários não sabiam como se comportar. Portanto, o empresário entendia que seria 
· Quem paga dita as regras: a burguesia não quer ser 100% nobre, eles querem poder ditar as regras porque estão pagando porque tem muito dinheiro 
· O foco do direito comercial está na intermediação dos produtos, por isso o foco está nos sujeitos 
· Expansão do mercado, ascensão da burguesia e o liberalismo fazem com que comece a 2ª fase 
· Formação do direito comercial através das pessoas comerciantes 
· A partir do século XIII o direito comercial passou a ser utilizado por pessoas comerciantes e não comerciantes
· Os nobres começaram a utilizar o ópio e assim as guerras passaram a ser mais recente. Por isso, os comerciantes disseram “se vocês querem guerra ok, mas nós queremos que o direito comercial seja aplicado também nas relações entre comerciantes e não comerciantes”
· Isso servia também para limitar o poder dos nobres 
Com a (i) expansão do mercado + (ii) ascensão da burguesia + (iii) liberalismo econômico surge a 2ª FASE DO DIREITO COMERCIAL (pós Rev. Francesa)
13/03/2019
1.3. Contexto histórico: Direito Comercial – 2ª fase 
· Ser comerciante é: aquele que pratica, por profissão habitual, atos de comércio
· O Direito comercial é: o direito que regula a prática de determinados atos (os atos de comércio)
· É outro tipo de direito comercial, porque os empresários querem igualdade e liberdade porque são coisas boas para o empresário porque possuem segurança jurídica 
· A partir da Revolução Francesa o povo passou a escolher seus parlamentares -> 3 poderes 
· Se tem a codificação como a prática principal: Código Comercial Francês (1807) e Brasileiro (1850)
· Se tira o foco da pessoa comerciante, e passa a ser no ato do comerciante, isto é, as regras são aplicadas para qualquer ato do comerciante e não diretamente ao comerciante: a lei era aplicada para todos 
· Surge o parlamento -> os burgueses participavam da escolha do parlamento
(i) Nacionalismo
+
(ii) Protecionismo
· Diferenças:
· 1º fase -> praxe jurídica (insegurança jurídica)
· 2ª fase -> codificação (segurança jurídica)
1.4. Conceito Histórico: Direito Empresarial 
· Ser empresário é: o responsável por conjugar os bens do proprietário, as faculdades dos trabalhadores e o capital do capitalista
· Empresa é: o ente que organiza os fatores de produção (trabalho, natureza e capital)
· O Direito empresarial é: o meio pelo qual o estado supervisiona e coordena a atividade empresarial – diz o que eu devo fazer
1.5. Conceito Histórico: Direito Mercantil – “Novo” Direito Empresarial 
· Síntese: 
2. Elementos do Direito Mercantil / Comercial / Empresarial:
· Empresa
· Empresário 
· Estabelecimento 
· Marca
· Mercado 
2.1. Empresa 
· Empresa é uma atividade e não um lugar
· Estabelecimento é lugar
· A empresa é uma atividade que organiza os fatores de produção, para produzir ou fazer circular bens e serviços 
· Produzir: a empresa além de circular também produz, ou seja, dentro da atividade empresarial se produz o que se vai vender, então além de circular a empresa também produz 
· Ex.: a Porsche é uma indústria e um comercio porque ela produz o carro e o vende. Dentro da atividade da Porsche não faz sentido se ter criação de gado em teoria, mas eles criam gado para fazer o banco de coura, então invés de ir ao mercado e comprar o couro de alguém eles criam gado. A criação do gado não é feita para o mercado, mas sim para a própria empresa. A criação de gado passa a estar na cadeia de produção de carro. 
· Deve ser dotada de economicidade, que possa criar novas utilidades que não sejam de mero gozo, ou seja, que não seja apenas pelo gosto da pessoa (ex.: hobbies – Augusto gosta de café então ele comprou uma cafeteira para colocar na sua casa e não em uma cafeteria)
· A organização não garante que nasça a figura do empresário, mas que esta figura sobreviva perante a concorrência. Deve-se organizar os meios necessários para a produção e a circulação 
· Ex.: eu posso optar por criar meu próprio escritório, mas como organizar? 1) escolher um lugar, mas não pode ser qualquer lugar. 2) tenho que escolher sócios, mas não podem ser amigos nem familiares. Eu resolvo escolher a pessoa mais inteligente para ser meu sócio, mas o escritório não rende porque precisa de mais funções
· Deve ter uma finalidade fim, ou seja, não se pode fazer de tudo um pouco, atividade empresarial tem que ter uma finalidade fim objetiva e única para que possa existir organização 
· A atividade empresarial deve ser dirigida ao mercado
2.2. Nome empresarial 
“Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.
Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.”
· Nome empresarial: aquisição dos direitos sobre o nome a partir do seu registro na junta comercial
· Nome e marca são coisas diferentes
· Nome fantasia e marca são diferentes 
· Ex. de colidência entre nome fantasia e marca: Zaffari (o nome fantasia da empresa e a marca dos produtos próprios dele é Zaffari)
· Ex. 2: Panvel é a MARCA. O nome fantasia da Panvel é DIMED
20/03/2019
· Importante saber que a marca é uma coisa e o nome é outra
· Junta comercial: se eu registrar o nome de uma empresa no RS, a rigor eu tenho proteção desse nome somente no RS, ou seja, em outros Estados pode haverempresas com o mesmo nome, mas no RS será apenas a minha
· O nome é registrado na junta comercial e tem proteção estatal
1. 
2. 
2.1. 
2.2. 
2.2.1. Espécies de empresa 
a) Firma: pode ser o nome de uma empresa individual (unipessoal -> somente 1 dono – nome do empresário) ou pode significar assinatura de quem tem poderes de gerência sobre a empresa
· Empresa individual: não há sócios: há 1 único dono
· Admite abreviação do prenome 
· Elemento nominal: pode ser o próprio nome do empresário 
· Há 2 tipos de empresa individual
I. Firma individual 
· Consequentemente há um patrimônio único, ou seja, os bens do dono são o mesmo da pessoa jurídica 
· O sujeito acaba correndo um risco, porque qualquer problema que der com a empresa, atingirá o dinheiro do dono como pessoa física
II. EIRELI
· Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI): é a limitação da responsabilidade do dono, ou seja, o patrimônio da pessoa jurídica não se confunde com o da pessoa física
· A firma individual deve ter o nome do próprio empresário (ex.: Augusto Tanger Jardim Firma Individual)
· EIRELI X LTDA:
· EIRELI tem um patrimônio mínimo que deve ser destinado à pessoa jurídica 
· Já a LTDA. não tem essa limitação (patrimônio mínimo)
· EIRELI: 1 sócio
· LTDA: + de 1 sócio
b) Razão social 
· No nome da empresa deve aparecer o nome de 1, de alguns ou de todos os sócios (elemento nominal) -> aparecer, no mínimo, o nome de 1 sócio. Entretanto, quando optar por aparecer o nome de apenas um sócio, deverá haver elemento que indique a existência de mais sócios (elemento pluralizador) 
· Ex.: Augusto Tanger Companhia / Ltda. / Cia. LTDA: estes elementos indicam que existem mais sócios na empresa 
· Deve ter elemento nominal + elemento pluralizador 
· Elemento nominal
· Indicação completa ou parcial de um, de alguns ou de todos os sócios
· Admite abreviação do prenome 
· Elemento pluralizador 
· Indicação que a sociedade possui mais de 1 sócio (Companhia, Cia., Limitada, Ltda., etc)
c) Denominação social 
· Sociedades limitadas, em comandita por ações, Eirelis, sociedades anônimas (obrigatório)
· Elemento nominal: caracteriza-se pela não utilização do nome dos sócios, podendo-se usar uma expressão de fantasia, a indicação do local ou apenas a indicação do objeto social
· Os nomes dos sócios não são utilizados 
· Usa-se uma expressão de fantasia, uma indicação do local ou uma indicação do objeto social 
· Ex.: BRAIR Comércio de Medicamentos LTDA: Farmácia São Joao -> BRAIR é o elemento nominal 
· Elemento objetivo: deve indicar a atividade que está sendo exercida pela sociedade
· No nome da empresa, deve consta a atividade que é realizada por ela 
· Ex.: Panificadora do Brasil EIRELI
· Elemento sacramental: exige a indicação do tipo societário 
· Ex.: Banco do Brasil S.A.; Panificadora Portuguesa EIRELI 
· Ex. dos três elementos 1: Panificadora (objeto) Portuguesa (nome fantasia) EIRELI (sacramental) 
· Ex. dos três elementos 2: BRAIR (nominal) Comércio de Medicamentos (objeto) LTDA. (sacramental)
· Nome empresarial X Marca 
· Nome empresarial: identifica a pessoa do empresário (ex.: Banco do Estado do Rio Grande do Sul)
· Marca: identifica os produtos ou serviços da empresa de modo a diferenciá-los no mercado (ex.: logotipo do Banricompras)
· Todas essas são marcas, mas não se sabe quantas empresas têm na foto. Pode ser que a Nestlé seja ou não dona de várias dessas marcas
2.3. Marca (espécies) 
· Proteção 
· Princípio da novidade: quando eu for criar um nome, preciso criar um nome diferente. Quando eu for abrir uma empresa, eu preciso preencher um formulário na junta comercial com 3 nomes diferentes para a minha empresa, para assim eles analisarem se existe alguma empresa com algum daqueles nomes. Se não tiver, eu posso usar
· Princípio da especialidade: os nomes podem ser parecidos se forem empresas de segmentos diferentes
· Ex.: DIMED Comércio de Medicamentos e DIMED Construtora
· Princípio da veracidade: o nome precisa ser verossímil, correspondente com a atividade desenvolvida, ou seja, não posso criar um nome que dê a entender que a empresa é de outro ramo
· Ex.: Funerária Pão Fresquinho -> o nome não transparece o que a empresa faz (é funerária ou padaria?)
· Aonde a marca é registrada? No INPI
· Quanto ao uso 
· Art. 123, Lei 9.279/96: 
“Art. 123. Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - marca de produto ou serviço: aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa;
II - marca de certificação: aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada; e
III - marca coletiva: aquela usada para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade.”
· Marca de produtos / serviços: promover a distinção 
· Ex.: shampoo Seda e shampoo Vichy
· Marca de certificação: é uma marca que te distingue, te tornando “melhor” que os concorrentes. Tu agrega outra marca à tua
· Ex.: vou comprar um novo chuveiro e há diferentes modelos de diversas marcas, mas percebo que em um deles diz “certificado pelo INMETRO” -> INMETRO é uma marca de certificação (a marca do chuveiro adere à marca do INMETRO e põe no seu produto)
· Marca coletiva: identificar produtos / serviços provindos de uma entidade coletiva 
· Ex.: champagne, vale dos vinhedos, vinho do Porto (só pode usar a marca do local se for produzido lá. Não adianta só a empresa existir naquela região. O produto precisa ter sido produzido lá)
· Quanto à forma de composição 
· Nominativa: somente o nome
· Figurativa: somente a figura
· Ex.: símbolo da Mercedes; símbolo da Nike
· Mista: nominativo + figurativo
· Ex.1: logo da Coca-Cola (usa-se o nome com uma fonte diferenciada em vermelho)
· Ex.2: logo do Google (tem uma sequência de cores diferenciadas)
· Tridimencional: forma plástica distintiva em si
· Ex.1: formato do chocolate toblerone
· Ex.2: silhueta da garrafa de vidro da Coca-Cola
27/03/2019
2.4. Empresa X Estabelecimento X Aviamento 
· Estabelecimento: é um complexo de bens (materiais e imateriais) organizados pelo empresário para o exercício da empresa (art. 1142, CC) 
“Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.”
· A clientela faz parte dos bens do estabelecimento, mas é um ente abstrato
· Como definir quais são os clientes e os bens que integram a empresa? Muitas vezes a empresa possui patrimônio que não faz parte do seu estabelecimento
· Ex.: Padaria: precisa do forno, de um balcão, uma cesta, uma caixa registradora, travessas para levar os pães no forno, farinha, mezinhas, máquina de café, etc. Tudo isso são bens necessários para o exercício da minha atividade profissional. Mas pode ser que dentro do CNPJ da padaria tenha um carro? Depende do carro, se for um carro que faça sentido para a padaria sim, senão não. No caso, o fiurino faz parte do estabelecimento e do patrimônio, mas o camaro só faz parte do patrimônio -> patrimônio é a soma de todos os bens
· Não é imóvel: o imóvel pode ou não ser parte do estabelecimento da empresa
· Ex.: o dono da padaria compra uma casa em Tramandaí e invés de colocar no CPF dele, coloca no CNPJ da empresa. A casa de Tramandaí não faz parte do estabelecimento, mas faz parte do patrimônio da empresa 
· Não necessita ser dono dos bens, mas possuir título que lhe assegure o uso:
· Ex.: eu posso não ser dona da cadeira, eu posso alugar a cadeira para não imobilizar capital, o que ocorre quando tu compra algo 
· Não é o patrimônio (que é o complexo das relações jurídicas e economicamente apreciáveis)
· Não é o ponto empresarial (que é um elemento imaterial do estabelecimento)
· Aviamento / Fundo de Comércio: é o sobrevalor da soma dos valores individuais dos bens do estabelecimento, medido qualitativamente pela clientela da empresa
· Ex.1: dentro da padaria se pega o valor de todosos bens, se tem um valor a mais 
· Ex.2: cachorro do R: bens: a carrocinha, o botijão de gás, o freezer, etc, se for vender esses bens não vai chegar ao valor total do aviamento, porque o estabelecimento tem um valor a mais do que apenas o valor do patrimônio, em razão da clientela por causa da marca. Nesse caso o estabelecimento vale mais do que a marca, porque aquele estabelecimento independe da marca
· O ponto gera aviamento 
· Ex.3: o natalício: ninguém sabe o que tinha no lugar do natalício antes do natalício. Se hoje abre um bar de petiscos, ele vai se aproveitar de que ali era o natalício. Mas se hoje eu abrir um escritório de advocacia o cliente não vai ser induzido a entrar porque não vai poder entrar e comer petiscos e tomar chopp 
· Ex.4: ninguém vai na CB pensando vou na academia, as pessoas vão lá porque querem comer e beber
· Ex.5: imagina-se que o Morgan era um prédio alugado que valia R$200.000 e que o Morgan operou ali por 10 anos. Ai o dono do prédio quer vender ou alugar para fazer outro restaurante, vai valer a mesma coisa? Não, vai se ter um sobrevalor, mas isso é justo? Mesmo ele estando vendendo para um outro bar? Isso agrega valor ao bem. Mas nesse caso, se tem o fundo de comércio, ou seja, o aviamento: o novo empresário ou o dono do prédio tem que indenizar o primeiro empresário porque teve esse sobrevalor, essa vantagem (mas se abrir um escritório de advocacia não vai ter essa indenização porque não vai ter a clientela)
· Mas como se calcula essa indenização? Tempo do exercício de atividade naquele ponto
· Ex.: se eu fiquei só 6 meses eu não chego a formar clientela, mas se eu fiquei uns 10 anos eu tinha clientela. Mas quanto que isso representa? Qual o critério que eu vou usar para estabelecer o valor da indenização? Se mede pelo faturamento, porque assim se sabe uma média de número de clientes. Lucro: diferença entre o faturamento e as despesas
· Mas e se eu quero alugar o prédio para outra pessoa? 
· Clientela: é o conjunto de pessoas que de fato mantém com a empresa relações contínuas (frequência) para a aquisição de bens ou serviços 
2.5. Empresário 
· O empresário é quem vai exercer a atividade 
· Art. 966, CC: elementos que identificam quem é o empresário 
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.”
· Profissionalidade: caráter estável, habitualidade
· Ex.1: vendo meu carro, eu não tinha profissionalidade porque eu estava comerciando apenas um carro e não irei mais praticar essa atividade, então o que me falta é profissionalidade porque eu não tinha habitualidade 
· Ex.2: existem situação que se tem uma triangularização: o João vende para o José, e o Mercado Livre lucra porque ele que intermedia a venda. Mas o Mercado Livre é um empresário? Sim, porque ele tem uma responsabilidade pelo negócio porque é ele quem oportuniza a realização do negócio 
· Ex.3: a pessoa não tem um local físico para venda, mas ela compra para revenda em um site e esse é o trabalho dela, então ela é empresária 
· Economicidade:
· A empresa é uma atividade econômica, e o empresário tem que visar a economicidade da empresa
· O empresário não pode apenas comprar, se ele não vender ele não é empresário (ele é apenas cliente) 
· Organização: 
· Tem que organizar esses bens para poder obter lucro 
· Assunção do risco: 
· O empresário assume o risco da atividade, o que diferencia o risco do empregado e do investidor 
· Se o empresário quebrar a empresa dele, além de ter uma perda do valor que ele colocou na empresa, ele terá que responder pela atividade empresarial
· Ex.: se ele quebra a empresa ele teve prejuízo em todos os valores que ele investiu na empresa. Mas além disso ele também vai ter que indenizar os empregados então isso vai gerar um prejuízo maior ainda 
· Dirigida ao mercado: 
· Quem não é empresário: 
· A lei estabelece que não é empresário, mas sim possui uma atividade econômica civil 
· Profissional intelectual:
· Art. 966, CC: atividade científica, literária ou artística (ex.: arquiteto, engenheiros, médicos, advogados, escritores)
· Exceção: se o exercício da profissão constituir elemento de empresa
· Ex.: médico: todo serviço que for prestado no seu consultório é ele quem presta, ou seja, ele é médico e não empresário. Mas e se ele resolve chamar um colega para trabalhar com ele, eles podem criar uma sociedade de médicos, continua não sendo empresários porque eles serão médicos em uma sociedade. Mas se esses dois contratarem outros médicos, continua sendo apenas sociedade. Mas ai chega ao ponto que o primeiro médico deixa de atender: ele passa a trabalhar no RH, ele administra o consultório, ele negocia os insumos do consultório, de modo que ele começa a ter atividade empresarial e não médica, então aquela sociedade que era de médicos passa a ser sociedade de empresários
· Em hospital se tem muitos problemas por isso, porque normalmente o administrador do hospital não faz medicina ao negociar um contrato
· Ex.2: artista: monta uma equipe que vai passar a terceirizar a sua arte 
· Empresário rural: ou eu sou empresária rural ou eu sou produtora rural 
· Art. 971, CC: 
“Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.”
· O produtor rural escolhe se ele é só produtor ou se ele é produtor e empresário -> na verdade, o produtor vai ser empresário que produz 
· O produtor rural é basicamente a churrascaria que tem sushi: mesmo ele exercendo a atividade empresarial, ele também é produtor rural 
· Se o professor perguntar na prova que o sujeito não se inscreveu no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, a resposta é que ele não é empresário 
· O produtor rural, basicamente, é aquele que vai ter o plantio e o gado quase que sem lucro 
· Cooperativa: não é empresa porque não visa lucro a ela mesma 
· Ex.: sou um produtor ou empresário rural pequeno, será que eu tenho todos os equipamentos necessários? Talvez não porque um trator e uma colheitadeira são muito caros, por isso eu não consigo competir com os demais empresários e produtores rurais. Mas se um grupo de pequenos empresários querem comprar em conjunto? Ok, mas vai ficar no nome de quem? Quem vai fazer? Quem vai organizar? Cria-se uma sociedade específica para isso? Não, então se cria uma cooperativa porque ela não gera lucro, ela apenas faz com que essas pessoas possam usar as maquinas dividindo-se entre elas mesmas 
· Existem cooperativas urbanas? Sim, sicredi, unimed, cotravipa (cooperativa em que as pessoas têm acesso a empregos porque se elas fossem sozinhas naquele emprego não daria certo) 
· Alguém tem que ser o diretor da cooperativa que vai ter salário e serão eleitos por votos 
· É uma espécie de ferramenta que ajuda as pequenas empresas a terem uma escala de mercado, de competitividade de mercado 
· Eu não quero ter a minha colheitadeira, que quero algo eficiente 
· É uma “mola” para que o pequeno se desenvolva; é algo que incentiva 
· Ex.1: PIA, Santa Clara: é mais fácil juntar várias empresas pequenas num mercado de consumo grande 
· Ex.2: cardume de sardinha: quando estão juntas é mais difícil de serem o alvo dos predadores 
“Art. 3°, Lei 5.764/71 Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro.”
“Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem porobjeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.”
“Art. 1.093. A sociedade cooperativa reger-se-á pelo disposto no presente Capítulo, ressalvada a legislação especial.”
“Art. 1.096. No que a lei for omissa, aplicam-se as disposições referentes à sociedade simples, resguardadas as características estabelecidas no art. 1.094.”
“Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa:
I - variabilidade, ou dispensa do capital social;
II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da sociedade, sem limitação de número máximo;
III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar;
IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança;
V - quorum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios presentes à reunião, e não no capital social representado;
VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação;
VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado;
VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da sociedade.”
· Auxiliares de empresário:
· Não assumem o risco da atividade 
· É alguém de fora da empresa que auxilia as atividades da empresa
· Preposto: é um conjunto autônomo em que alguém hierarquicamente dependente adquire poder de representação para a prática de determinados atos
· É alguém que tem contrato autônomo que adquire poder de representação para a pratica de determinados atos
· Ex.1: tem alguém que está acima de mim, mas que me cede um poder de representação 
· Ex.2: o preposto vai na audiência 
· Não assume a atividade de representação, ele tem apenas um contrato, uma carta, para assumir a representação apenas para aquele ato 
· É uma relação marginal 
· Normalmente já é um empregado da empresa, porque tem que ter conhecimento dos fatos e porque é mais barato 
· Gerentes: são os prepostos permanentes do empresário
· É um preposto permanente, ou seja, ele tem um cargo que tem o poder de representação 
· Ex.: o vendedor não tem autonomia para trocar o produto estragado, mas o gerente fez uma “sumula vinculante” determinado quando e como ele pode fazer a troca, em caso de problema porque existe um caso em que não está nessa “sumula”, o vendedor chama o gerente 
· Contabilista: é o preposto do empresário responsável pela escrituração da empresa
· Ele não está dentro da empresa, mas ele é um auxiliar da empresa
· Ele não é empresário 
· Ele apenas auxilia a empresa por ser responsável pela escrituração da empresa 
· Colaboradores: são auxiliares independentes vinculados por contrato 
· É um cara que não tem nada a ver com a empresa
· Por intermediação: compra produtos para revender
· É quem compra para revender 
· O colaborador que decide quando ele vai trabalhar
· Ex.: A procura da felicidade (filme): Will Smith revendia a máquina de raio X
· O colaborador recebe a diferença do valor que ele comprou pelo valor que ele vendeu 
· Por aproximação: procura pessoas, em nome do mandante, com potencial para fechar negócios 
· Os colaboradores procuram pessoas para que essas pessoas comprem um produto direto com a empresa 
· O colaborador recebe uma comissão 
03/04/2019
3. Regime empresarial 
· O regime empresarial é um conjunto de circunstâncias que impõe que a empresa pratique determinados atos. É um sistema para que a empresa se organize nas suas tarefas cotidianas. Nasce-se a necessidade de escrituração e demonstração contábil.
· O regime empresarial não se aplica ao empresário rural e ao pequeno empresário (art. 1179, CC)
“Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
§ 1º Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.
§ 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.”
“Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.”
· Escrituração:
· Estabelecer por escrito. A lógica é a organização. Tem controle sobre a razão do fluxo das atividades da empresa. Também a função para a fiscalização (em matéria fiscal) e legalidade
· Arts. 1179 a 1195, CC:
· Após, é necessário que se faça uma demonstração, uma síntese que mostre os resultados 
· Não adianta nada eu ter sucesso empresarial, mas não saber qual foi a causa do meu sucesso porque senão eu não vou poder continuar com meu sucesso 
· Ex.: pode acontecer da economia de um país estar ótima e a empresa teve sucesso naquele país. Ai se tem duas opções: a empresa ajudou na economia do país ou a economia do país está muito boa e por isso a empresa teve sucesso (não é meu time que é muito bom, são os outros times que são muito ruins) 
· Art. 1779, CC: o empresário deve registrar tudo que ele fizer 
· Art. 1195, CC: 
“Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam-se às sucursais, filiais ou agências, no Brasil, do empresário ou sociedade com sede em país estrangeiro.”
· É obrigatório que se tenha um livro para que se tenha todas as operações salvas, pode ser mecânico ou não 
· Pode ser físico ou online 
· Livro obrigatório: é obrigatório, em forma de escrituração mínima 
· Ex.: livro diário: todas as atividades do dia (arts. 1180 e 1184, CC)
“Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.”
“Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa.
§ 1º Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
§ 2º Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.”
· A lei obriga a escrituração e, consequentemente, obriga que a atividade empresarial seja organizada
· Problema: registro em um único lugar: pode gerar a desorganização, pois são colocadas todas as informações em um mesmo local
· Livros facultativos: 
· Ex.1: livro razão: controle individualizado de todas as contas
· Ex.2: livro caixa: receita e despesa, ou seja, ingresso e saída
· Em geral são facultativos para todas as empresas
· Livros especiais: 
· Maior formalidade, pois tem capital aberto
· A finalidade é para que as pessoas tenham acesso com facilidade.
· Ex.: para as S.A. (art. 100, Lei 6.404/76)
“Art. 100. A companhia deve ter, além dos livros obrigatórios para qualquer comerciante, os seguintes, revestidos das mesmas formalidades legais:
I - o livro de Registro de Ações Nominativas, para inscrição, anotação ou averbação: 
a) do nome do acionista e do número das suas ações;
b) das entradas ou prestações de capital realizado;
c) das conversões de ações, de uma em outra espécieou classe; 
d) do resgate, reembolso e amortização das ações, ou de sua aquisição pela companhia;
e) das mutações operadas pela alienação ou transferência de ações;
f) do penhor, usufruto, fideicomisso, da alienação fiduciária em garantia ou de qualquer ônus que grave as ações ou obste sua negociação.
II - o livro de "Transferência de Ações Nominativas", para lançamento dos termos de transferência, que deverão ser assinados pelo cedente e pelo cessionário ou seus legítimos representantes;
III - o livro de "Registro de Partes Beneficiárias Nominativas" e o de "Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas", se tiverem sido emitidas, observando-se, em ambos, no que couber, o disposto nos números I e II deste artigo;
IV - o livro de Atas das Assembléias Gerais;  
V - o livro de Presença dos Acionistas; 
VI - os livros de Atas das Reuniões do Conselho de Administração, se houver, e de Atas das Reuniões de Diretoria;  
VII - o livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.
§ 1º A qualquer pessoa, desde que se destinem a defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal ou dos acionistas ou do mercado de valores mobiliários, serão dadas certidões dos assentamentos constantes dos livros mencionados nos incisos I a III, e por elas a companhia poderá cobrar o custo do serviço, cabendo, do indeferimento do pedido por parte da companhia, recurso à Comissão de Valores Mobiliários.
§ 2º Nas companhias abertas, os livros referidos nos incisos I a V do caput deste artigo poderão ser substituídos, observadas as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, por registros mecanizados ou eletrônicos.”
· Princípios:
· Uniformidade temporal: a empresa deve se organizar sempre do mesmo jeito ao longo do tempo, para que não tenha risco de haver desorganização. Não é que não possa mudar a organização, mas deve-se evitar alterações em períodos curtos de tempo
· Ex.1: eu tenho que permanecer organizando do mesmo jeito ao longo do tempo, sob pena de não conseguir entender, mas eu fazia tudo à mão e agora quero organizar no computador, pode? Sim, mas o certo é alterar apenas para o computador e não alterar mais nada no modo como se organiza
· Ex.2: o treinador não altera o esquema de jogo muito seguido porque se mudar muito vai ficar confuso para os próprios jogadores 
· Fidelidade:
· Varia conforme o nível de sigilo 
· Ex.1: quando o diário não tinha cadeado, se escrevia menos ou apenas aquilo que alguém podia saber. Quando surgiu diário com cadeado, se escrevia muito mais porque o nível de sigilo era maior, e por isso o nível de fidelidade também era maior 
· Sigilo (art. 1191, CC):
“Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
§ 1º O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar à questão.
§ 2º Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o respectivo juiz.”
· Quando se tem um nível de sigilo maior, a fidelidade também será maior 
· Apenas será quebrado com ordem judicial
· O sigilo pode ser quebrado por ordem judicial, então como se sabe disso as vezes a própria fidelidade pode ser quebrada para não correr risco de saberem mais do que deviam 
· Demonstração contábil:
· O contador pega a escrituração e a transforma numa demonstração 
· Balanço patrimonial (art. 1188, CC):
“Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.
Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o balanço patrimonial, em caso de sociedades coligadas.”
· Uma vez por ano, o contador faz um balanço patrimonial para que o empresário saiba se está tudo certo com a empresa 
· É obrigatório
· É uma espécie de registro 
· Deve-se pensar no patrimônio que tem e no que deve. Por isso, o balanço patrimonial serve para demonstrar o que teve de ativo e de passivo
· Balanço de resultado econômico (art. 1189, CC): 
“Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial.”
· Ex.: quando o GPS te dá um caminho ele quer que tu faça o caminho dele, então quando o prof já estava em Gramado o GPS mandava ele voltar para Porto Alegre para ele pegar o caminho por Novo Hamburgo porque ele não seguiu o caminho do GPS. Aqui se tem o mesmo raciocínio, só que como o balanço patrimonial é feito apenas uma vez por ano, não tem como eu fazer tudo de um jeito e ai uma vez por ano o contador falar se o que eu fiz ta certo ou errado, eu não posso correr risco de estar errado e eu ter que fazer tudo de novo, inclusive podendo ter um prejuízo grande
· Produto contábil, demonstração da conta de lucros e perdas, resultado do exercício, contas de resultados, débitos e créditos
4. Empresa e o mercado 
4.1. Proteção da ordem econômica e da concorrência 
· Fundamento constitucional: arts. 1º, IV e 170, CF:
· O Estado precisa proteger as pessoas, mas vai tirar dinheiro da onde? Protegendo-se a ordem econômica e da concorrência 
· Art. 1º, IV, CF: o fundamento do nosso estado democrático de direito está nos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, isto é, quando eu trabalho eu trago um valor social, mas eu também posso não trabalhar e buscar o meu caminho sozinho, trabalhando para mim mesmo, valorizando-se a liberdade individual
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;”
· Eu posso trabalhar para alguém ou trabalhar para mim mesmo 
· Art. 170, CF: 
· No Brasil, a regra, é que eu posso fazer qualquer atividade econômica que eu quiser, salvo as que forem proibidas em lei (art. 170, parágrafo único, CF)
“Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;  
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.”
· Repressão da proteção da ordem econômica:
· Infrações contra a ordem econômica: 
· Infrações inclusive criminais (art. 36 da Lei 12.529/11)
“Art. 36.  Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados: 
I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; 
II - dominar mercado relevante de bens ou serviços; 
III - aumentar arbitrariamente os lucros; e 
IV - exercer de forma abusiva posição dominante. 
§ 1o  A conquista de mercado resultante de processo natural fundado na maior eficiência de agenteeconômico em relação a seus competidores não caracteriza o ilícito previsto no inciso II do caput deste artigo. 
§ 2o  Presume-se posição dominante sempre que uma empresa ou grupo de empresas for capaz de alterar unilateral ou coordenadamente as condições de mercado ou quando controlar 20% (vinte por cento) ou mais do mercado relevante, podendo este percentual ser alterado pelo Cade para setores específicos da economia.  
§ 3o  As seguintes condutas, além de outras, na medida em que configurem hipótese prevista no caput deste artigo e seus incisos, caracterizam infração da ordem econômica: 
I - acordar, combinar, manipular ou ajustar com concorrente, sob qualquer forma: 
a) os preços de bens ou serviços ofertados individualmente; 
b) a produção ou a comercialização de uma quantidade restrita ou limitada de bens ou a prestação de um número, volume ou frequência restrita ou limitada de serviços; 
c) a divisão de partes ou segmentos de um mercado atual ou potencial de bens ou serviços, mediante, dentre outros, a distribuição de clientes, fornecedores, regiões ou períodos; 
d) preços, condições, vantagens ou abstenção em licitação pública; 
II - promover, obter ou influenciar a adoção de conduta comercial uniforme ou concertada entre concorrentes; 
III - limitar ou impedir o acesso de novas empresas ao mercado; 
IV - criar dificuldades à constituição, ao funcionamento ou ao desenvolvimento de empresa concorrente ou de fornecedor, adquirente ou financiador de bens ou serviços; 
V - impedir o acesso de concorrente às fontes de insumo, matérias-primas, equipamentos ou tecnologia, bem como aos canais de distribuição; 
VI - exigir ou conceder exclusividade para divulgação de publicidade nos meios de comunicação de massa; 
VII - utilizar meios enganosos para provocar a oscilação de preços de terceiros; 
VIII - regular mercados de bens ou serviços, estabelecendo acordos para limitar ou controlar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, a produção de bens ou prestação de serviços, ou para dificultar investimentos destinados à produção de bens ou serviços ou à sua distribuição; 
IX - impor, no comércio de bens ou serviços, a distribuidores, varejistas e representantes preços de revenda, descontos, condições de pagamento, quantidades mínimas ou máximas, margem de lucro ou quaisquer outras condições de comercialização relativos a negócios destes com terceiros; 
X - discriminar adquirentes ou fornecedores de bens ou serviços por meio da fixação diferenciada de preços, ou de condições operacionais de venda ou prestação de serviços; 
XI - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, dentro das condições de pagamento normais aos usos e costumes comerciais; 
XII - dificultar ou romper a continuidade ou desenvolvimento de relações comerciais de prazo indeterminado em razão de recusa da outra parte em submeter-se a cláusulas e condições comerciais injustificáveis ou anticoncorrenciais; 
XIII - destruir, inutilizar ou açambarcar matérias-primas, produtos intermediários ou acabados, assim como destruir, inutilizar ou dificultar a operação de equipamentos destinados a produzi-los, distribuí-los ou transportá-los; 
XIV - açambarcar ou impedir a exploração de direitos de propriedade industrial ou intelectual ou de tecnologia; 
XV - vender mercadoria ou prestar serviços injustificadamente abaixo do preço de custo; 
XVI - reter bens de produção ou de consumo, exceto para garantir a cobertura dos custos de produção; 
XVII - cessar parcial ou totalmente as atividades da empresa sem justa causa comprovada;  
XVIII - subordinar a venda de um bem à aquisição de outro ou à utilização de um serviço, ou subordinar a prestação de um serviço à utilização de outro ou à aquisição de um bem; e 
XIX - exercer ou explorar abusivamente direitos de propriedade industrial, intelectual, tecnologia ou marca.” 
· Concorrência desleal:
· Art. 195, Lei 9.279/96:
“Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem:
I - publica, por qualquer meio, falsa afirmação, em detrimento de concorrente, com o fim de obter vantagem;
II - presta ou divulga, acerca de concorrente, falsa informação, com o fim de obter vantagem;
III - emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem;
IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre os produtos ou estabelecimentos;
V - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências;
VI - substitui, pelo seu próprio nome ou razão social, em produto de outrem, o nome ou razão social deste, sem o seu consentimento;
VII - atribui-se, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não obteve;
VIII - vende ou expõe ou oferece à venda, em recipiente ou invólucro de outrem, produto adulterado ou falsificado, ou dele se utiliza para negociar com produto da mesma espécie, embora não adulterado ou falsificado, se o fato não constitui crime mais grave;
IX - dá ou promete dinheiro ou outra utilidade a empregado de concorrente, para que o empregado, faltando ao dever do emprego, lhe proporcione vantagem;
X - recebe dinheiro ou outra utilidade, ou aceita promessa de paga ou recompensa, para, faltando ao dever de empregado, proporcionar vantagem a concorrente do empregador;
XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos, informações ou dados confidenciais, utilizáveis na indústria, comércio ou prestação de serviços, excluídos aqueles que sejam de conhecimento público ou que sejam evidentes para um técnico no assunto, a que teve acesso mediante relação contratual ou empregatícia, mesmo após o término do contrato;
XII - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos ou informações a que se refere o inciso anterior, obtidos por meios ilícitos ou a que teve acesso mediante fraude; ou
XIII - vende, expõe ou oferece à venda produto, declarando ser objeto de patente depositada, ou concedida, ou de desenho industrial registrado, que não o seja, ou menciona-o, em anúncio ou papel comercial, como depositado ou patenteado, ou registrado, sem o ser;
XIV - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de resultados de testes ou outros dados não divulgados, cuja elaboração envolva esforço considerável e que tenham sido apresentados a entidades governamentais como condição para aprovar a comercialização de produtos.
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
§ 1º Inclui-se nas hipóteses a que se referem os incisos XI e XII o empregador, sócio ou administrador da empresa, que incorrer nas tipificações estabelecidas nos mencionados dispositivos.
§ 2º O disposto no inciso XIV não se aplica quanto à divulgação por órgão governamental competente para autorizar a comercialização de produto, quando necessário para proteger o público.”
· Ex.: baixar o preço, elimina a concorrência e, depois, aumenta de novo o preço do produto/serviço. Deixa o consumidor sem opção.
· Incentivo da proteção da ordem econômica:
· Microempresa (ME):
· Art. 3º, I, LC 123/2006: bruto até R$ 360.000,00/ano
“Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e”
· Empresa de pequeno porte (EPP):
· Art. 3º, II, LC 123/2006: R$ 360.000,00 a R$ 4.800.000,00/ano
“II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessentamil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).”
· Microemprendedorindividual (MEI):
· Art. 18-A, LC 123/2006: bruto até R$ 81.000,00/ano
“Art. 18-A.  O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo.
§ 1º  Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação deserviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optantepelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo.                       
§ 2º No caso de início de atividades, o limite de que trata o § 1o será de R$ 6.750,00 (seis mil, setecentos e cinquenta reais) multiplicados pelonúmero de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como ummês inteiro.                          
§ 3º Na vigência da opção pela sistemática de recolhimento prevista no caput deste artigo:
I – não se aplica o disposto no § 18 do art. 18 desta Lei Complementar;  
II – não se aplica a redução prevista no § 20 do art. 18 desta Lei Complementar ou qualquer dedução na base de cálculo;  
III - não se aplicam as isenções específicas para as microempresas e empresas de pequeno porte concedidas pelo Estado, Município ou Distrito Federal a partir de 1o de julho de 2007 que abranjam integralmente a faixa de receita bruta anual até o limite previsto no § 1º;
IV – a opção pelo enquadramento como Microempreendedor Individual importa opção pelo recolhimento da contribuição referida no inciso X do § 1o do art. 13 desta Lei Complementar na forma prevista no § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;  
V – o MEI, com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), recolherá, na forma regulamentada pelo ComitêGestor, valor fixo mensal correspondente à soma das seguintes parcelas:                      
a) R$ 45,65 (quarenta e cinco reais e sessenta e cinco centavos), a título da  contribuição prevista no inciso IV deste parágrafo;  
b) R$ 1,00 (um real), a título do imposto referido no inciso VII do caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte do ICMS; e 
c) R$ 5,00 (cinco reais), a título do imposto referido no inciso VIII do caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte do ISS;  
VI – sem prejuízo do disposto nos §§ 1o a 3o do art. 13, o MEI terá isenção dos tributos referidos nos incisos I a VI do caput daquele artigo, ressalvado o disposto no art. 18-C.
§ 4º Não poderá optar pela sistemática de recolhimento prevista no caput deste artigo o MEI:  
I - cuja atividade seja tributada na forma dos Anexos V ou VI desta Lei Complementar, salvo autorização relativa a exercício de atividade isolada na forma regulamentada pelo CGSN;                    
II - que possua mais de um estabelecimento;
III - que participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; ou
§ 4º-A.  Observadas as demais condições deste artigo, poderá optar pela sistemática de recolhimento prevista no caput o empresário individual que exerça atividade de comercialização e processamento de produtos de natureza extrativista.
§ 4º-B.  O  CGSN determinará as atividades autorizadas a optar pela sistemática de recolhimento de que trata este artigo, de forma a evitar a fragilização das relações de trabalho, bem como sobre a incidência do ICMS e do ISS.
§ 5º  A opção de que trata o caput deste artigo dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, observando-se que:
I - será irretratável para todo o ano-calendário;
II - deverá ser realizada no início do ano-calendário, na forma disciplinada pelo Comitê Gestor, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção, ressalvado o disposto no inciso III;
III - produzirá efeitos a partir da data do início de atividade desde que exercida nos termos, prazo e condições a serem estabelecidos em ato do Comitê Gestor a que se refere o caput deste parágrafo.
§ 6º  O desenquadramento da sistemática de que trata o caput deste artigo será realizado de ofício ou mediante comunicação do MEI.
§ 7º  O desenquadramento mediante comunicação do MEI à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB dar-se-á:
I - por opção, que deverá ser efetuada no início do ano-calendário, na forma disciplinada pelo Comitê Gestor, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-calendário da comunicação;
II - obrigatoriamente, quando o MEI incorrer em alguma das situações previstas no § 4º deste artigo, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrida a situação de vedação, produzindo efeitos a partir do mês subseqüente ao da ocorrência da situação impeditiva;
III - obrigatoriamente, quando o MEI exceder, no ano-calendário, o limite de receita bruta previsto no § 1º deste artigo, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrido o excesso, produzindo efeitos:
a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente ao da ocorrência do excesso, na hipótese de não ter ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por cento);
b) retroativamente a 1º de janeiro do ano-calendário da ocorrência do excesso, na hipótese de ter ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por cento);
IV - obrigatoriamente, quando o MEI exceder o limite de receita bruta previsto no § 2º deste artigo, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrido o excesso, produzindo efeitos:
a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente ao da ocorrência do excesso, na hipótese de não ter ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por cento);
b) retroativamente ao início de atividade, na hipótese de ter ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por cento).
§ 8º  O desenquadramento de ofício dar-se-á quando verificada a falta de comunicação de que trata o § 7º deste artigo.
§ 9º  O Empresário Individual desenquadrado da sistemática de recolhimento prevista no caput deste artigo passará a recolher os tributos devidos pela regra geral do Simples Nacional a partir da data de início dos efeitos do desenquadramento, ressalvado o disposto no § 10 deste artigo.
§ 10.  Nas hipóteses previstas nas alíneas a dos incisos III e IV do § 7º deste artigo, o MEI deverá recolher a diferença, sem acréscimos, em parcela única, juntamente com a da apuração do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente ao do excesso, na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor.
§ 11.  O valor referido na alínea a do inciso V do § 3o deste artigo será reajustado, na forma prevista em lei ordinária, na mesma data de reajustamento dos benefícios de que trata a Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, de forma a manter equivalência com a contribuição de que trata o § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.
§ 12.  Aplica-se ao MEI que tenha optado pela contribuição na forma do § 1o deste artigo o disposto no § 4º do art. 55 e no § 2º do art. 94, ambos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, exceto se optar pela complementação da contribuição previdenciária a que se refere o § 3o do art. 21 da Lei no8.212, de 24 de julho de 1991.
§ 13.  O MEI está dispensado, ressalvado o disposto no art. 18-C desta Lei Complementar, de: 
I - atender o disposto no inciso IV do caput do art. 32 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991;
II - apresentar a Relação Anual de Informações Sociais (Rais); e 
III - declarar ausência de fato gerador para a Caixa Econômica Federal para emissão da Certidão de Regularidade Fiscal perante o FGTS.
§ 14.  O Comitê Gestor disciplinará o disposto neste artigo.
§ 15.  A inadimplência do recolhimentodo valor previsto na alínea “a” do inciso V do § 3o tem como consequência a não contagem da competência em atraso para fins de carência para obtenção dos benefícios previdenciários respectivos.
§ 15-A.  Ficam autorizados os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a promover a remissão dos débitos decorrentes dos valores previstos nas alíneas b e c do inciso V do § 3o, inadimplidos isolada ou simultaneamente.
§ 15-B.  O MEI poderá ter sua inscrição automaticamente cancelada após período de 12 (doze) meses consecutivos sem recolhimento ou declarações, independentemente de qualquer notificação, devendo a informação ser publicada no Portal do Empreendedor, na forma regulamentada pelo CGSIM.                           
§ 16.  O CGSN estabelecerá, para o MEI, critérios, procedimentos, prazos e efeitos diferenciados para desenquadramento da sistemática de que trata este artigo, cobrança, inscrição em dívida ativa e exclusão do Simples Nacional. 
§ 16-A  A baixa do MEI via portal eletrônico dispensa a comunicação aos órgãos da administração pública.                        
§ 17.  A alteração de dados no CNPJ informada pelo empresário à Secretaria da Receita Federal do Brasil equivalerá à comunicação obrigatória de desenquadramento da sistemática de recolhimento de que trata este artigo, nas seguintes hipóteses: 
I - alteração para natureza jurídica distinta de empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil); 
II - inclusão de atividade econômica não autorizada pelo CGSN; 
III - abertura de filial.
§ 18.  Os Municípios somente poderão realizar o cancelamento da inscrição do MEI caso tenham regulamentação própria de classificação de risco e o respectivo processo simplificado de inscrição e legalização, em conformidade com esta Lei Complementar e com as resoluções do CGSIM.       
§ 19.  Fica vedada aos conselhos representativos de categorias econômicas a exigência de obrigações diversas das estipuladas nesta Lei Complementar para inscrição do MEI em seus quadros, sob pena de responsabilidade.                            
§ 19-A  O MEI inscrito no conselho profissional de sua categoria na qualidade de pessoa física é dispensado de realizar nova inscrição nomesmo conselho na qualidade de empresário individual.                     
§ 19-B.  São vedadas aos conselhos profissionais, sob pena de responsabilidade, a exigência de inscrição e a execução de qualquer tipo deação fiscalizadora quando a ocupação do MEI não exigir registro profissional da pessoa física.                       
§ 20.  Os documentos fiscais das microempresas e empresas de pequeno porte poderão ser emitidos diretamente por sistema nacional informatizado e pela internet, sem custos para o empreendedor, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional.                       
§ 21.  Assegurar-se-á o registro nos cadastros oficiais ao guia de turismo inscrito como MEI.                         
§ 22.  Fica vedado às concessionárias de serviço público o aumento das tarifas pagas pelo MEI por conta da modificação da sua condição de pessoa física para pessoa jurídica.                
§ 23.  (VETADO).    
§ 24.  Aplica-se ao MEI o disposto no inciso XI do § 4o do art. 3o.                              
§ 25. O MEI poderá utilizar sua residência como sede do estabelecimento, quando não for indispensável a existência de local próprio para o exercício da atividade.”
· Simples nacional
· Sistema de tributação
· Vantagem para as ME, EPP e MEI
· O simples nacional é um estímulo
· Dispensa de escrituração
· Regime
· Não obrigatória a escrituração para ME, EPP e MEI
10/04/2019
5. Direito societário 
5.1. Distinções terminológicas 
· Sociedade: é um sujeito de direitos, sendo estes direitos próprios 
· É uma “pessoa”, que tem direitos e deveres, propósitos, finalidade, que nasce de um consenso através de um ato formal, isto é, a inscrição dos atos construtivos 
· Empresa: é uma atividade econômica, exercida pela sociedade
· Firma: é sinônimo de assinatura e serve para designar o empresário individual no mundo jurídico 
· Associação: não desenvolve atividades econômicas
· Não visa lucro 
· Fundação: é um complexo de bens que assume a forma de pessoa jurídica para a realização de um fim de interesse público de modo permanente e estável 
5.2. Teoria geral do direito societário 
· Elementos gerais 
· Consenso: 
· Ato de vontade
· Para ter consenso as duas partes devem querer tudo igual e precisam demonstrar por ato de vontade 
· Pessoa capaz / representada 
· O incapaz pode estar dentro da sociedade desde que seja representado 
· Objeto lícito:
· Ex.1: não pode fazer um negócio para vender maconha 
· Entretanto, pode acontecer de a atividade ser lícita, mas o objeto ser ilícito 
· Ex.2: os bingos são proibidos no Brasil e várias pessoas começam a tentar operar na clandestinidade. O Ronaldinho Gaúcho abriu uma casa de entretenimento
· Ex.3: pocker 
· Ex.4: tem um bingo na José de Alencar, mas no contrato social da empresa não fala que a empresa é para bingo, diz que é para entretenimento
· Forma:
· Forma livre 
· Pode ser escrita ou verbal
· Se for verbal tem menos segurança 
· Possui burocracia para que tenha segurança 
· Elementos específicos 
· Contribuição para o capital social:
· Participação nos lucros e nas perdas: 
· Visa lucros, mas pode ser que se encontre perdas e não lucros 
· O risco é essencial 
· Se tiveram mais perdas do que lucros, dividem-se estas perdas para que os sócios paguem essa dívida 
· Lucro: resultado econômico da atividade em um determinado período de tempo (pode ser 1x por ano ou várias vezes ao ano). Ocorre depois do pró-labore 
· Pró-labore: remuneração em função do trabalho das pessoas na empresa, sendo pago em geral para o sócio -> é como se fosse o salário que os próprios sócios recebem, sem direito de horas extras, etc
· Affectio societatis:
· É o motivo pelo qual os sócios se escolhem para abrirem uma empresa juntas
· Normalmente se dá a partir de características dos sócios 
· Pluralidade de partes: 
· Tem que ter mais de um sócio, senão não vai ser sociedade 
5.3. Classificação 
 Resuminho adiantando:
 Responsabilidade mista: uns têm responsabilidade e outros não 
 Capital social: é fixo, nunca muda. Mas eu posso alterar este capital – regra 
 Capital variável: movimentação do dia a dia, o balanço da empresa – exceção 
 Sociedade simples: sociedade que não tem objetivo empresarial (ex.: sociedade de advogado, 
sociedade dos médicos) 
 Sociedade comum: sociedade despersonificada 
 Sociedade irregular
 Sociedade de pessoas: não pode entrar quem quiser na sociedade porque os sócios vão ter que 	concordar. Em geral é dividida por cotas 
 Sociedade de capital: pode entrar quem quiser. Em geral é dividida por ações 
08/05/2019 (G2)
5.3.1. Quanto à personalidade
O contrato social produz efeito somente entre sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento qualquer registro não confere personalidade jurídica sociedade.
PERSONIFICADA (ARTS. 997 A 1.141)
SOCIEDADE ANÔNIMA
a) Sociedade não personificada / despersonificada 
· Arts. 986 a 996, CC: 
· Sociedade comum / de fato / irregular 
· Arts. 986 e 990, CC: 
“Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.”
“Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.”
· Risco: baixo nível de organização 
· Patrimônio: a responsabilidade patrimonial cai sobre o patrimônio comum entre os sócios 
· Na sociedade comum se tem 2 ou mais sócios. O sócio 1 tem um patrimônio. O sócio 2 tem um patrimônio, mas parte deste patrimônio é comum entre o sócio 1 e o sócio 2: este é o patrimônio da sociedade 
· Na sociedadepersonificada se tem 3 patrimônios: patrimônio do sócio 1, patrimônio do sócio 2 e patrimônio da sociedade 
· Não se cria uma pessoa jurídica nova 
· Duas pessoas se juntam e fazem um patrimônio comum aos dois sócios pela empresa
· A responsabilidade é solidária e ilimitada porque pode-se responsabilizar apenas pelo patrimônio da sociedade, só de um dos sócios, dos dois sócios ou dos sócios e da sociedade
· Sociedade em conta de participação 
· Arts. 991 e 996, CC: 
“Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social.”
“Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual.
Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas serão prestadas e julgadas no mesmo processo.”
· Ocorre quando os sócios querem atingir um propósito específico com a sociedade 
· Ex.1: eu vou ter um sócio ostensivo que vai criar uma sociedade com outros sócios que serão os sócios participantes e cada um desses sócios vai destinar uma parcela de patrimônio, ou seja, vai usar uma parte do seu patrimônio para constituir um patrimônio especial, desse jeito não se cria uma nova pessoa, mas sim apenas um novo patrimônio. O sócio ostensivo também pode dar parte do seu patrimônio. Esse patrimônio deve atingir a finalidade da sociedade, só que por vezes, essa finalidade pode atingir 3ºs, e esses 3ºs, ao contrário da sociedade comum, só poderão exigir a responsabilidade do sócio ostensivo e do patrimônio criado pelos sócios. Assim, o sócio ostensivo tem responsabilidade ilimitada, e o sócio participante tem responsabilidade limitada de acordo com o patrimônio que ele coloca
· Ex.2: construção civil: uma construtora tem capital social de 10 milhões, e ela quer construir um prédio e precisa de 10 milhões para isso. Então ela pode 1) pegar todo o dinheiro que ela tem e colocar no prédio, mas ela corre risco de quebrar ou 2) vai chamar outras construtoras para que possam dar 10 milhões para ela construir um prédio. Assim, a construtora vai colocar 1 milhão do capital dela e busca os outros 9 no mercado de pessoas física ou jurídicas para poder construir o prédio dele, de modo que os sócios participantes não precisam ter noção de construção e engenharia, ou seja, ele não pode ter ato de gestão. Os sócios participantes apenas investem no prédio e recebem participação dos lucros, de modo que vão dizer quantos % querem sob os lucros daquele negócio, daquele empreendimento, daquele prédio.
· Se acontece alguma coisa, o prédio cai ou atrasa a entrega, quem irá ser responsabilizado é o sócio ostensivo, ou seja, a construtora, depois o sócio ostensivo se o patrimônio da construtora for insuficiente 
· Os sócios participantes não são responsabilizados: eles apenas deram os 3 milhões que a construtora precisava e deu, eles recebem lucro, mas não vão ser responsabilizados caso o prédio caia ou a obra atrase, de modo que jamais irão responsabilizar quem comprou os apartamentos, mesmo que a empresa e o sócio ostensivo não tenham dinheiro suficiente para indenização 
b) Sociedade personificada 
· Arts. 997 a 1141, CC: 
· É personificada quando é registrada
· Elementos: 
· Vontade 
· Finalidade
· Substrato representado por um conjunto de bens ou de pessoas: um capital social 
· Presença do estatuto e do registro (art. 985, CC) -> início da existência jurídica da empresa
“Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).”
· Duas pessoas se juntam e cada um dá um valor para fazer a propriedade da sociedade 
· A responsabilidade recai apenas no patrimônio da sociedade (regra), mas caso a sociedade não tenha valor suficiente ou se for hipótese de fraude feita pelos sócios ai sim vai se cobrar dos sócios 
· Ex.: se um 3º demandar contra minha empresa, em regra, apenas o patrimônio da empresa vai responder (patrimônio comum), e não o patrimônio particular dos sócios, mas se eu ou um dos sócios fizer uma fraude, caberá a desconsideração da personalidade jurídica para poder atingir o patrimônio dos sócios (exceção)
· Eu posso adaptar a minha empresa ao longo dos anos
· Ex.: se eu começar com uma empresa simples eu posso depois aumentar minha empresa para uma sociedade em nome coletivo 
15/05/2019
· Consequência da aquisição da personalidade jurídica 
· Nome próprio:
· Vai existir os dois sócios e a empresa que terá um nome próprio 
· A identificação do CNPJ é só depois: ocorre igual o CPF – é emitido para se ter uma fiscalidade 
· Nacionalidade própria (art. 1126, CC: sede de administração):
“Art. 1.126. É nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no País a sede de sua administração.
Parágrafo único. Quando a lei exigir que todos ou alguns sócios sejam brasileiros, as ações da sociedade anônima revestirão, no silêncio da lei, a forma nominativa. Qualquer que seja o tipo da sociedade, na sua sede ficará arquivada cópia autêntica do documento comprobatório da nacionalidade dos sócios.”
· Domicílio próprio:
· Capacidade contratual: 
· Capacidade processual: 
· Autonomia processual:
· Exercício: 
· A sociedade não é brasileira porque a sede da administração não é brasileira 
· A sociedade precisa de autorização do Poder Executivo para funcionar porque a empresa é estrangeira 
· Desconsideração da personalidade jurídica: classificação
· Direcionamento:
· Direita: responsabilidade do sócio pela dívida da empresa 
· O credor é autorizado para que busque a dívida no patrimônio do sócio 
· Inversa: responsabilidade da empresa pela dívida do sócio 
· O credor é autorizado para que busque a dívida no patrimônio da empresa 
· Caracterização: 
· Teoria Menor: basta o não pagamento -> consumidor (art. 28, CDC) 
“Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
§ 1° (Vetado).
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.”
· Teoria Maior: mais argumentos para desconsiderar a personalidade jurídica -> relações empresariais 
· Objetiva: confusão patrimonial: exige a demonstração da confusão patrimonial, não bastando o inadimplemento porque para eu poder chegar no sócio eu tenho que demonstrar que não houve o pagamento e a confusão patrimonial 
· Subjetiva: desvio de função: exige a caracterização do desvio de função: se eu crio a empresa para uma finalidade X e desvio essa finalidade para fugir das minhas obrigações 
· Desconsideração da personalidade jurídica: requisitos 
· Art. 50, CC: 
“Art. 50.  Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitosde certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.    
§ 1º  Para fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização dolosa da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza.     
§ 2º  Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por:      
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa;       
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto o de valor proporcionalmente insignificante; e     
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.    
§ 3º  O disposto no caput e nos § 1º e § 2º também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica.     
§ 4º  A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica.      
§ 5º  Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica.”
5.3.2. Quanto à responsabilidade dos sócios 
· Limitada:
· Ex.: se deu 500 mil, vai ser responsável em 500 mil 
· Ilimitada:
· Não tem limite e responde independentemente da sua doação para a sociedade 
· Responsabilidade subsidiária 
· Mista:
· É parte ilimitada e parte limitada 
· Alguns sócios respondem limitadamente e outros ilimitadamente 
5.3.3. Quanto à forma do capital 
· Capital Fixo:
· É a sociedade que não altera o capital com a movimentação do caixa 
· É a regra, todas as sociedades operam capital fixo, exceto as cooperativas porque o capital social da cooperativa varia 
· Capital Variável (art. 1094, I, CC):
“Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa:
I - variabilidade, ou dispensa do capital social;”
5.3.4. Quanto a natureza da atividade exercida 
· Simples:
· É uma sociedade personificada 
· Não é empresa 
· Leva a registro no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, se for de advogado é na OAB
· Empresária (art. 982, CC): 
“Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.”
5.3.5. Quanto ao papel exercido pelo sócio 
22/05/2019
· De pessoas: 
· É quando o sócio está dentro da sociedade porque ele exerce um papel importante na sociedade 
· Ex.: para a entrada de novos sócios, no contrato social, tem uma cláusula dizendo que só será permitido com a deliberação em assembleia 
· Sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade simples, sociedade em conta de participação e sociedade limitada (pode ser de pessoas ou de capitais)
· Papel predominantemente subjetivo, individual: é medido pela forma de ingresso na sociedade (livre ou não)
· Somente o sócio pode administrar a sociedade – pelo menos uma classe de sócios possui responsabilidade ilimitada -> a entrada de sócios não é livre
· A morte ou a incapacidade dos sócios pode gerar a dissolução total ou parcial da sociedade: em regra, não admite a participação de incapazes, salvo superveniente, porque a sociedade deve ser administrada pelos sócios
· Em geral, usa razão social
· Admite a exclusão de sócios pela quebra da affectio societatis
· De capitais:
· É apenas porque a pessoa está investindo na sociedade, está colocando dinheiro na sociedade -> interesse financeiro e nada além disso 
· Sociedade anônima, sociedade em comandita por ações, sociedade limitada (pode ser de pessoas ou de capitais)
· Ex.: se no contrato social dizer que é livre a entrada e saída de sócios, ou seja, quer dizer que está liberado para quem contribuir economicamente
· O administrador não precisa ser o sócio
· Todos os sócios possuem responsabilidade limitada
· É livre o ingresso de novos sócios
· A morte ou a incapacidade dos sócios não influi na vida da sociedade: admite a participação de incapazes
· Usa denominação
· Não admite a exclusão de sócios pela quebra do affectio societatis
5.4. Dissolução lato sensu 
· Em geral, a sociedade não tem prazo determinado: o simples fato de deixar de operar não encerra a sociedade, pois ela ainda existe no direito 
5.5. Dissolução stricto sensu 
· Deve haver uma causa que retira o elemento de criação da sociedade
· Assim como teve vontade para criar, deve haver vontade para extinguir 
· Causas de dissolução
· Consensual: sócios entram em consenso para extinguir a sociedade
· Distrato social – ajuste de vontades para dissolver a sociedade
· Deliberação da maioria: não precisa ser unânime (capital social)
· Dissolução judicial: não há consenso entre os sócios
· A vontade daquele que resiste será superada por uma decisão judicial
1. Dissolução compulsória:
· Sociedade foi criada para a prática de atos ilícitos 
· Ex.: lavagem de dinheiro, jogos de azar 
2. Exaurimento ou inexequbildade do objeto 
3. Cessação de autorização para funcionar 
· Atividade que depende de autorização pelo Estado
· Ex.: aviação comercial, plano de saúde, mineração ou por falta de alvará de funcionamento do Município 
4. Falência
· Credor pede a falência em razão da incapacidade para honrar com seus compromissos 
· Dissolução de pleno direito: norma jurídica impõe a dissolução 
· Ex.1: sociedade por prazo determinado: se não quiser que termine mais no prazo, altera o contrato social antes de decorrido o prazo
· Ex.2: fato da unipessoalidade: dois sócios, um deles morre ou se retira -> prazo de 180 dias para regularizar a situação; dá para achar outro sócio ou transformar a sociedade em individual (EIRELI ou firma individual)
5.6. Liquidação 
· É a regularização das relações patrimoniais 
· Serve para realizar o ativo 
· Créditos a receber: espera ou tenta receber antes, ou cede os direitos (cessão de crédito) 
· Com o resultado disso, paga os credores 
· Dissolver o ativo e o passivo: “derrete” o ativo no passivo
· Se sobrar ativo, distribui entre os sócios na proporção do capital social
· Forma de apuração do ativo e do passivo: pelo balanço patrimonial
· Não continua atuando no mercado quadno resolve dissolver – resolve as questões pretéritas
· Deve tentar vende os ativos de médio e longo prazo 
· Apurar o ativo é saber quanto eu tenho de ativo
· Ativo realizável a longo prazo é exigível somente a longo prazo
· Realizar o ativo é outra coisa, é receber
· Este processo demora
· Formas de liquidação: 
· Liquidação amigável: 
· Arts. 1102 a 1112, CC: 
“Art. 1.102. Dissolvida a sociedade e nomeado o liquidante na forma do disposto neste Livro, procede-se à sua liquidação, de conformidade com os preceitos deste Capítulo, ressalvado o disposto no ato constitutivo ou no instrumento da dissolução.
Parágrafo único. O liquidante, que não seja administrador da sociedade, investir-se-á nas funções, averbada a sua nomeação no registro próprio.”
“Art. 1.103. Constituem deveres do liquidante:
I - averbar e publicar a ata, sentença ou instrumento de dissolução da sociedade;
II - arrecadar os bens, livros e documentos da sociedade, onde quer que estejam;
III - proceder, nos quinze dias seguintes ao da sua investidura e com a assistência, sempre que possível, dos administradores, à elaboração do inventário e do balanço geral do ativo e do passivo;
IV - ultimar os negócios da sociedade, realizar o ativo, pagar o passivo e partilhar o remanescente entre os sócios ou acionistas;
V - exigir dos quotistas, quando insuficiente o ativo à solução do passivo, a integralização de suas quotas e, se for o caso, as quantias necessárias, nos limites da responsabilidade de cada um e proporcionalmente à respectiva participação nas perdas, repartindo-se, entre os sócios

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