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Dos crimes contra a fé pública

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Curso: Direito Penal 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.° Vinício Ferreira 
 
 Prof. Vinício Ferreira 1 de 74 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olá, amigos. 
Curso: Direito Penal 
Professor: Vinício Ferreira 
Curso: Direito Penal 
Professor: Vinício Ferreira 
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Curso: Direito Penal 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.° Vinício Ferreira 
 
 Prof. Vinício Ferreira 2 de 74 
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Olá, amigos! 
Vamos estudar, nesta aula, os crimes contra a fé pública 
É um assunto muito importante para as provas de Direito Penal. 
Vamos analisar todos os tipos penais correspondentes, informando as 
disposições mais pertinentes. 
Bons estudos! 
 
Aula – Código Penal – Dos Crimes Contra a Fé Pública 
 
Sumário 
1 – Dos Crimes Contra a Fé Pública ................................................. 4 
1.1 Da Moeda Falsa ..................................................................... 4 
1.1.1 Moeda Falsa ............................................................................... 4 
1.1.2 Crimes Assimilados ao de Moeda Falsa .......................................... 7 
1.1.3 Petrechos para Emissão de Moeda ................................................ 8 
1.1.4 Emissão de Título ao Portador sem Permissão Legal ........................ 9 
1.2 Da Falsidade de Títulos e Outros Papeis Públicos ................. 9 
1.2.1 Falsificação de Papéis Públicos ..................................................... 9 
1.2.2 Petrechos de Falsificação ............................................................ 11 
1.3 Da Falsidade Documental ................................................... 12 
1.3.1 Falsificação de Selo ou Sinal Público ............................................ 12 
1.3.2 Falsificação de Documento Público ............................................... 13 
1.3.3 Falsificação de Documento Particular ........................................... 16 
1.3.4 Falsidade Ideológica .................................................................. 17 
1.3.5 Falso Reconhecimento de Firma ou Letra ...................................... 18 
1.3.6 Certidão ou Atestado Ideologicamente Falso ................................. 19 
1.3.7 Falsidade de Atestado Médico...................................................... 21 
1.3.8 Reprodução ou Alteração de Selo ou Peça Filatélica ....................... 21 
1.3.9 Uso de Documento Falso ............................................................ 22 
1.3.10 Supressão de Documento ......................................................... 24 
1.4 De Outras Falsidades .......................................................... 25 
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1.4.1 Falsificação de Sinal Empregado no Contraste de Metal Precioso ou na 
Fiscalização Alfandegária, ou para Outros Fins ....................................... 25 
1.4.2 Falsa Identidade ........................................................................ 26 
1.4.3 Uso de Documento de Identidade Alheio....................................... 28 
1.4.4 Fraude de Lei sobre Estrangeiro .................................................. 29 
1.4.5 Adulteração de Sinal Identificador de Veículos ............................... 31 
1.5 Das Fraudes em Certames de Interesse Público ................. 32 
2 – Dispositivos Penais Correspondentes ...................................... 35 
3 - Exercícios Comentados: ............................................................ 42 
4 - Lista de Questões: .................................................................... 64 
5 – Gabarito.... ............................................................................... 73 
 
Os crimes contra a fé pública estão previstos no Título X do Código 
Penal, entre os Artigos 289 e 311-A. 
 Protege-se, por meio destes dispositivos, a fé pública administrativa. 
 Gostaria de ressaltar que seguiremos a sequência proposta pelo 
próprio Código Penal, iniciando, então, o nosso estudo pelo tipo penal de 
Moeda Falsa. 
 Vamos à luta! 
 
 
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1 – Dos Crimes Contra a Fé Pública 
 Os crimes contra a fé pública são divididos da seguinte forma: 
 
1.1 Da Moeda Falsa 
 
1.1.1 Moeda Falsa 
 
 O crime de moeda falsa, previsto no Artigo 289 do Código Penal, tem 
como figura típica a seguinte conduta: falsificar, fabricando-a ou 
alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no 
estrangeiro. 
 Este crime pode ser praticado de duas formas: 
 
 
 Sobre o crime de moeda falsa, é importante levar em 
consideração o seguinte: 
 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa; 
 
 Não admite a modalidade culposa, podendo ser praticado somente a 
título de dolo; 
 
Da Moeda Falsa
Da Falsidade de 
Títulos e Outros 
Papéis Públicos 
Da Falsidade 
Documental
De Outras 
Falsidades
Das Fraudes em 
Certames de 
Interesse Público
Falsificar a 
moeda 
metálica ou 
papel-moeda 
de curso legal 
no país ou no 
estragenrio
Fabricando-a
Neste caso, o agente cria a 
moeda falsa ou papel-
moeda
Alterando-a
Neste caso, o agente 
altera uma moeda ou 
papel-moeda que são 
verdadeiros, 
tranformando-os em 
falsos
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 Admite a tentativa; 
 
 Segundo posicionamento doutrinário majoritário, para configuração 
deste crime, a falsificação ou alteração não podem ser grosseiras 
(aquela vista a olho nu por qualquer pessoa dotada de capacidade 
mediana) – neste caso, estaremos diante de conduta que configura 
crime impossível em relação ao crime de moeda falsa; 
Contudo, caso a falsificação seja grosseira, o seu uso pode 
caracterizar o crime de estelionato, conforme entendimento sumulado do 
STJ. 
 
 
 Exige-se que a moeda metálica ou papel-moeda tenham curso legal 
no país ou no estrangeiro. Caso não tenham, ou estejam foram de 
circulação, não irá se configurar este crime 
 Configurará o crime de circulação de moeda falsa, incorrendo na 
mesma pena do crime de moeda falsa, a conduta do agente que, por conta 
própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, 
empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. 
 Sobre o crime de circulação de moeda falsa, fique atento às 
seguintes informações: 
 
 É crime de ação múltipla, que se configura com a prática de 
quaisquer um dos verbos descritos no tipo penal; 
 
 Caso o agente pratique mais de um verbo, no mesmo contexto fático, 
responderá por apenas um crime de circulação de moeda falsa. 
 
 O crime somente poderá ser praticado dolosamente, portanto, é 
necessário que o agente saiba ou tenha dúvida sobre a falsidade da 
moeda; 
 
 Admite tentativa; 
 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa, salvo 
aquele que falsifica a moeda – não se trata de hipótese de concurso 
de crimes, assim, caso o agente falsifique a moeda e a guarde, 
responderá apenas pelo crime de moeda falsa; 
Súmula 73 do STJ
A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, 
em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual
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Professor, e se o agente recebe a moeda de boa-fé, mas, para não 
ficar no prejuízo,a restitui à circulação. Ele responderá criminalmente? 
Sim. A resposta é positiva. 
Neste caso, responderá o agente pelo crime de circulação de moeda 
falsa na modalidade privilegiada, com uma pena bem mais branda em 
relação aos outros dois tipos penais que já estudamos. 
 
 
 Sobre o crime de circulação de moeda falsa privilegiada, fique 
atento ao seguinte: 
 
 O recebimento da moeda se dá de boa-fé (o agente acredita que é 
verdadeira). A restituição à circulação deve se dar dolosamente (o 
agente já conhece sobre a falsidade da moeda); 
 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa, exceto 
o falsificador; 
 
 Admite tentativa. 
O crime de moeda falsa possui formas qualificadas. 
 Responderá pelo crime de moeda falsa na modalidade 
qualificada: 
1. O funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de 
emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão de 
moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei ou de 
papel-moeda em quantidade superior à autorizada; 
 Neste caso, trata-se de crime próprio, que somente poderá ser 
praticado pelo funcionário público ou diretor, gerente ou fiscal de banco de 
emissão. 
2. Quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava 
ainda autorizada. 
O crime de moeda falsa na modalidade qualificada não admite a 
forma culposa. 
Circulação de moeda falsa 
privilegiada
Quem, tendo recebido de 
boa fé, como verdadeira, 
moeda falsa ou alterada, 
a restitui à circulação, 
depois de conhecer a 
falsidade, é punido com 
detenção, de seis meses a 
dois anos, e multa. 
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Os crimes relacionados à moeda falsa são processados e julgados 
pela Justiça Federal, mediante ação penal pública incondicionada 
(lembre-se que, caso se trate de falsificação grosseira, poderá caracterizar 
o estelionato, de competência da Justiça Estadual); 
 
1.1.2 Crimes Assimilados ao de Moeda Falsa 
 Praticará crime assimilado ao de moeda falsa, previsto no Artigo 290 
do Código Penal, o agente que formar cédula, nota ou bilhete 
representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes 
verdadeiros; suprimir em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim 
de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à 
circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos 
para o fim de inutilização. 
O crime assimilado ao de moeda falsa 
poderá ser praticado mediante a prática das seguintes condutas: 
 
1. Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com 
fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros – aqui, o 
agente monta uma nova cédula, nota ou bilhete 
representativo de moeda, utilizando-se de fragmentos de 
cédulas, notas ou bilhetes que são verdadeiros; 
 
2. Suprimir em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-
los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização – aqui, a nota, 
cédula ou bilhete estão recolhidos e inutilizados. O agente, 
com a finalidade de restituí-los à circulação, retira (suprimi) o 
sinal indicativo de inutilização; 
 
3. Restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já 
recolhidos para o fim de inutilização – aqui, é punida a conduta do 
agente que devolve à circulação cédula, nota ou bilhete que já 
estão recolhidos para fins de inutilização ou que se encontrem 
em uma das condições analisadas logo acima. 
Sobre o crime assimilado à moeda falsa, é importante ficar 
atento ao seguinte: 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa. 
Não se aplica o princípio da insignificância ao crime de moeda falsa
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 Não admite a modalidade culposa (só poderá ser praticado 
dolosamente); 
 
 Admite tentativa. 
 
 É processado e julgado pelo Justiça Federal, mediante ação penal 
pública incondicionada; 
 
 Trata-se de tipo penal misto alternativo, que se consuma com a 
prática de quaisquer das condutas previstas no tipo penal. 
1.1.3 Petrechos para Emissão de Moeda 
 Este crime, previsto no Artigo 291 do Código Penal, tem como figura 
típica a seguinte conduta: fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou 
gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou 
qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda. 
 O objeto material deste crime é o maquinismo, aparelho, 
instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de 
moeda. Logo, exige-se que o equipamento tenha destinação específica, não 
configurando este tipo penal caso o equipamento tenha outras finalidades e 
também possa, de alguma forma, ser utilizado para falsificar moeda. 
Temos aqui uma conduta que constitui 
exceção à punição de um crime a partir do momento em que se inicia a 
execução do crime. Assim, caso um agente tenha a finalidade de falsificar 
moeda e, para isso, adquira um aparelho, mesmo que não inicie a execução 
da falsificação, poderá ser responsabilizado criminalmente pelos atos 
preparatórios, que constituem crime autônomo. 
 Sobre o crime de petrechos para emissão de moeda, é 
importante ficar atento ao seguinte: 
 
 É crime de ação múltipla, que poderá ser praticado por meio da 
execução de quaisquer um dos verbos previstos no tipo penal: 
fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar. 
 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Existe a possibilidade de ser crime próprio, caso seja cometido por 
funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava 
recolhido, ou nela tenha fácil ingresso, em razão do cargo
Neste caso, o máximo da reclusão é elevado a doze anos 
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 O crime se configura ainda que o agente pratique as condutas 
descritas no tipo penal sem finalidade onerosa; 
 
 No verbo guardar, trata-se de crime permanente, que admite a 
prisão em flagrante enquanto não se cessar a permanência; 
 
 Não admite a forma culposa; 
 
 Admite tentativa. 
1.1.4 Emissão de Título ao Portador sem Permissão Legal 
 Este crime, previsto no Artigo 292 do Código Penal, irá se configurar 
quando o agente emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale 
ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou 
a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago. 
 Considera-se menos grave a conduta de quem utiliza nota, 
bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento 
em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa 
a quem deva ser pago como dinheiro. 
 Sobre o crime de emissão de título ao portador sem permissão 
legal, é importante ficar atento ao seguinte: 
 
 Exige-se que o agente não tenha permissão legal para a emissão, 
caso a tenha, o fato será atípico; 
 
 Não admite a modalidade culposa (deve ser praticado 
dolosamente); 
 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa; 
1.2 Da Falsidade de Títulos e Outros Papeis Públicos 
 
1.2.1 Falsificação de Papéis Públicos 
 O crime de falsificação de papéis públicos está previsto no Artigo 293 
do Código Penal. 
 É um tipo penal bastante extenso, que irá se configurar quando o 
agente falsificar, fabricando-os ou alterando-os: 
 Selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer 
papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; 
 
 Papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; 
 
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 Vale postal; 
 
 Cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica 
ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito 
público; 
 
 Talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento 
relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou 
caução por que o poder público seja responsável; 
 
 Bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte 
administrada pela União, por Estado ou por Município. 
Este tipo penal poderá ser praticado com a falsificação de quaisquer 
um dos documentos vistos acima, de duas formas: fabricando-os (neste 
caso, o agente cria um documento) ou alterando-os (o agente altera 
documento já existente). 
 Existem formas equiparadas ao crime de falsificação de papéis 
públicos, incorrendo o agente nas mesmas penas deste. 
 Nas mesmas penas irá incorrer aquele que: 
1. Usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a 
que se refere este artigo; 
 
2. Importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, 
guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado 
destinado a controle tributário; 
 
3. Importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em 
depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de 
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no 
exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria: 
 
a) Em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle 
tributário, falsificado; 
 
b) Sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária 
determina a obrigatoriedade de sua aplicação. 
O tipo penal do crime de falsificação de papéis públicos apresenta 
três modalidades em que a pena será mais branda se comparada ao tipo 
penal principal e às formas equiparadas, que tem como pena a reclusão de 
dois a oito anos e multa: 
 Aquele que suprimir, em qualquer dos papéis vistos logo acima, 
quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, 
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carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização, incorrerá na pena de 
reclusão de um a quatro anos e multa; 
 
 Aquele que usar os papéis, depois de alterados (após a supressão de 
carimbo ou sinal indicativo de inutilização, quando legítimos, com o 
fim de torna-los utilizáveis), incorrerá na pena de reclusão de um a 
quatro anos e multa; 
 
 Aquele que usar ou restituir à circulação, embora recebido de boa-fé, 
qualquer dos papeis falsificados ou alterados, depois de conhecer a 
falsidade ou alteração, incorrerá na pena de detenção, de seis meses 
a dois anos, ou multa 
 
 Sobre o crime de falsificação de papéis públicos, é importante 
levar em consideração o seguinte: 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa; 
 
 Só admite a modalidade dolosa – não pode ser praticado 
culposamente; 
 
 Caso a falsificação seja grosseira, haverá a atipicidade deste crime; 
 
 Admite a tentativa; 
 
 Se o papel for de emissão da União, será processado e julgado pela 
Justiça Federal; 
1.2.2 Petrechos de Falsificação 
 Cometerá este crime, previsto no Artigo 294 do Código Penal, o 
agente que fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto 
especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papeis 
previstos no crime de falsificação de papéis públicos (Artigo 293 do 
Código Penal). 
 Sobre o crime de petrechos de falsificação, é importante que você 
leve para a sua prova as seguintes informações: 
 É crime de ação múltipla, que poderá ser praticado mediante a 
execução de quaisquer um dos verbos previstos no tipo penal: 
fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar; 
Equipara-se a atividade 
comercial
Qualquer forma de 
comércio irregular ou 
clandestino, inclusive o 
exercido em vias, praças ou 
outros logradouros públicos e 
em residências. 
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 É crime comum, que poderá ser praticado por qualquer agente; 
 Entretanto, caso o crime seja praticado por funcionário público, 
prevalecendo-se este do cargo, a pena será aumentada da sexta parte 
(1/6). 
 
 Assim como o crime de petrecho para falsificação de moeda, o 
objeto deve ser destinado especialmente para falsificar os 
papéis previstos no Artigo 293, caso o objeto tenha outras 
finalidades (tem outras utilidades e também serve para falsificar 
papéis), não há que se falar na prática deste tipo penal; 
 
 Só poderá ser praticado dolosamente; 
 
 Admite a modalidade tentada; 
 
 No verbo guardar, trata-se de crime permanente, protraindo-se a 
conduta no tempo. 
1.3 Da Falsidade Documental 
 
1.3.1 Falsificação de Selo ou Sinal Público 
 O crime de falsificação de selo ou sinal público, que está previsto no 
Artigo 296 do Código Penal, configura-se com a prática da seguinte conduta 
típica: falsificar, fabricando-os ou alterando-os selo público destinado a 
autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município ou selo ou sinal 
atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal 
público de tabelião. 
 
São condutas equiparadas ao crime de falsificação de selo ou sinal 
público, incorrendo nas mesmas penas o agente que: 
A pena do crime de petrechos de falsificação será aumentada de 
1/6 (um sexto) se o agente é funcionário público, e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo
Falsificação 
de selo ou 
sinal 
público
Falsificar, 
fabricando
ou alterando
Selo público destinado a 
autenticar atos oficiais da União, 
de Estado ou de Município 
Selo ou sinal atribuído por lei a 
entidade de direito público, ou a 
autoridade, ou sinal público de 
tabelião
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1. Faz uso do selo ou sinal falsificado; 
 
2. Utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de 
outrem ou em proveito próprio ou alheio. 
 
3. Altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas 
ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos 
ou entidades da Administração Pública. 
Sobre este crime, é importante que você leve em consideração 
as seguintes disposições: 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa. 
 
 Só pode ser praticado dolosamente; 
 
 Admite a modalidade tentada, já que se trata de crime 
plurissubsistente; 
 
 A falsificação pode se dar de 2 (duas formas): com a fabricação (o 
agente cria o selo ou sinal) ou com a alteração (o agente modifica o 
selo ou sinal); 
 
 Trata-se de crime de forma livre, que pode ser praticado de 
qualquer modo pelo agente. 
 
1.3.2 Falsificação de Documento Público 
 Este crime está previsto no Artigo 297 do Código Penal. A sua 
conduta típica é: falsificar, no todo ou em parte, documento público, 
ou alterar documento público verdadeiro. 
 O crime pode ser praticado das seguintes formas: 
 
Caso o crime seja praticado por funcionário público, prevalecendo ele 
do cargo, a pena será aumentada da sexta parte (aumento de 1/6)
Falsificar, total ou 
parcialmente, 
documento público
Aqui, o agente cria um documento 
público que não existia
Alterar documento
público verdadeiro
Aqui, o agente modifica o documento 
público que já existia
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 Trata-sede falsidade material, na qual o agente cria um 
documento público falso ou modifica o documento público verdadeiro, 
tornando-se falsos em seu aspecto material, podendo o conteúdo ser 
verdadeiro ou não. 
 Você não pode confundir a falsidade material com a falsidade 
ideológica. 
 
 
Falsidade Material
O agente cria um 
documento falso ou 
modifica um 
documento verdadeiro
O documento é 
materialmente falso
Altera-se o aspecto 
formal do documento, 
podendo o conteúdo ser 
verdadeiro ou não
Crimes: falsificação de 
documento público ou 
particular
Falsidade Ideológica
O agente falsifica a 
declaração que deveria 
constar no documento 
público ou privado, que são 
verdadeiros
O documento é 
materialmente verdadeiro, 
com o conteúdo falso
Altera-se o conteúdo do 
documento, mas o aspecto 
formal continua intacto
Crime: falsidade ideológica
São condutas equiparadas ao crime de
falsificação de documento público, incorrendo
nas mesmas penas o agente que insere ou
faz inserir:
1. Na folha de pagamento ou em documento
de informações que seja destinado a fazer
prova perante a previdência social, pessoa
que não possua a qualidade de segurado
obrigatório;
2. Na Carteira de Trabalho e Previdência
Social do empregado ou em documento que
deva produzir efeito perante a previdência
social, declaração falsa ou diversa da que
deveria ter sido escrita;
3. Em documento contábil ou em qualquer
outro documento relacionado com as
obrigações da empresa perante a
previdência social, declaração falsa ou
diversa da que deveria ter constado.
Incorre, também, 
nas mesmas 
penas, quem 
omite, nos 
documentos 
mencionados ao 
lado, nome do 
segurado e seus 
dados pessoais, a 
remuneração, a 
vigência do 
contrato de 
trabalho ou de 
prestação de 
serviços 
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Sobre o crime de falsificação de documento público, é 
importante que você leve em consideração as seguintes 
informações: 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa; 
 Caso o agente seja funcionário público e se prevaleça do cargo para 
praticar o fato, a pena será aumentada da sexta parte (aumento de 1/6). 
 Não admite a modalidade culposa – só pode ser praticado 
dolosamente; 
 
 Não exige dolo específico – especial fim de agir; 
 
 Admite a tentativa; 
 
 O objeto material do crime é o documento público. 
É muito importante que você saiba o que é documento público, para 
fins de configuração deste crime, já que existe, também, o crime de 
falsificação de documento particular, já que eles são apenados de formas 
diferentes, sendo aquele mais grave do que este. 
 Para fins de concurso público, pode-se conceituar documento público 
como aquele emitido por funcionário público, no exercício de suas funções, 
a serviço da União, estados-membros, Distrito Federal ou municípios 
(emitido por órgãos ou entidades públicas). 
Porém, o Código Penal equipara alguns 
outros documentos, embora emitidos por particulares, a documento público. 
 
 O título ao portador é documento de crédito que não 
informa o seu beneficiário, a exemplo do cheque no valor de até R$ 100,00 
(cem reais). O endosso é uma forma de transferir a propriedade de um 
título (do endossante para o endossatário), como os cheques em geral e as 
notas promissórias, que constituem exemplos de títulos transmissíveis por 
endosso. 
 Sobre este crime, há uma importante súmula do STJ: 
Para os efeitos penais, 
equiparam-se a 
documento público
O emanado de entidade 
paraestatal, o título ao 
portador ou transmissível 
por endosso, as ações de 
sociedade comercial, os 
livros mercantis e o 
testamento particular.
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 Súmula 17. Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais 
potencialidade lesiva, é por este absorvido. 
 Esta súmula se refere à aplicação do princípio da consunção ou 
absorção. Quando o crime de falsificação de documento público for meio 
para praticar o crime de estelionato, será por este absorvido. 
Agente que, para obter ilícita vantagem 
em prejuízo de terceiro, altera sua carteira de identidade verdadeira, 
responderá apenas pelo crime de estelionato caso a potencialidade lesiva da 
falsificação fique exaurida com a prática do estelionato. 
 Caso a falsificação ou alteração sejam grosseiras, haverá atipicidade 
deste crime, podendo configurar outra infração penal. 
1.3.3 Falsificação de Documento Particular 
 O crime de falsificação de documento particular, que está previsto no 
Artigo 298 do Código Penal, irá se configurar quando o agente falsificar, no 
todo ou em parte, documento particular ou alterar documento 
particular verdadeiro. 
 A conduta é igual ao crime de falsificação de documento público, 
sendo diferente no que se refere ao objeto material do crime. Estes crimes 
também se diferenciam em relação à pena cominada. 
 
 Professor, mas o que é documento particular? 
 Amigos, vamos levar para a nossa prova o critério da 
exclusão. Será documento particular aquele que não é documento público, 
nem equiparado a documento público. 
 Neste crime, a falsidade também é 
material, alterando-se a forma estrutural do documento, podendo o 
conteúdo ser verdadeiro ou não. 
 Sobre o crime de falsificação de documento particular, é 
importante que você fique atento ao seguinte: 
 É crime comum; 
Falsificação de documento 
público
Objeto Material: 
documento público
Pena: Reclusão, de dois a 
seis anos, e multa
Falsificação de documento 
particular
Objeto material: 
documento particular
Pena: Reclusão, de um a 
cinco anos, e multa
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 Admite a tentativa; 
 
 Só pode ser praticado dolosamente; 
 
 Não exige especial fim de agir (dolo específico); 
 
 Aplica-se a Súmula 17 do STJ: quando o falso se exaure no 
estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido; 
 
 Se a falsificação for grosseira, não irá se configurar este 
crime, mas poderá se configurar outro tipo penal. 
 Para fins de aplicação deste crime, equipara-se a 
documento público o cartão de crédito ou de débito. 
1.3.4 Falsidade Ideológica 
 Este crime está previsto no Artigo 299 do Código Penal. 
 Configura-se com a prática da seguinte conduta típica: omitir, em 
documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou 
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia 
ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar, obrigação ou alterar a 
verdade sobre fato juridicamente relevante. 
 
 Professor, a falsidade ideológica pode ser praticada tanto em 
documento público quanto em documento particular? 
 Sim, guerreiros. A resposta é positiva. Entretanto, a pena será 
distinta. 
1. Documento público: reclusão, de um a cinco anos, e multa; 
 
2. Documento particular: reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
O tipo penal deste crime apresenta causa de aumento de pena. 
A falsidade 
ideologica se 
configura das 
seguintes formas
Omitir, em documento público ou particular, 
declaração que dele devia constar
Inserir ou fazer inserir, em documento 
público ou particular, declaração falsa ou 
diversa da que devia ser escrita
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 Em relação ao crime de falsidade ideológica, é importante que 
você leve em consideração as seguintes informações: É crime comum; 
 Atenção: se praticado por funcionário público, que se prevalece do 
cargo, haverá aumento de pena de 1/6 (um sexto). 
Não basta que seja praticado por funcionário público, para se aplicar 
a causa de aumento da pena, mas, também, que ele se prevaleça do cargo 
para praticar o crime. 
 Não admite a modalidade culposa – só pode ser praticado 
dolosamente; 
 
 Exige-se dolo específico (especial fim de agir): fim de prejudicar 
direito, criar, obrigação ou alterar a verdade sobre fato 
juridicamente relevante. 
 Caso a conduta seja praticado sem uma das finalidades específicas 
vistas acima, o crime não irá se configurar. 
 Admite a modalidade tentada nas condutas comissivas, mas não 
admite, segundo posicionamento doutrinário majoritário, na conduta 
omissiva (omitir); 
 
 Neste crime, a forma do documento segue intacta; o que se falsifica 
é o conteúdo das informações contidas no documento público ou 
particular (com a omissão de declaração ou com a declaração falsa). 
 Inserir informação falsa em currículo Lattes não 
configura o crime de falsidade ideológica, segundo posicionamento 
do STJ. 
1.3.5 Falso Reconhecimento de Firma ou Letra 
 Previsto no Artigo 300 do Código Penal, este crime se configura com 
a prática da seguinte conduta típica: reconhecer, como verdadeira, no 
exercício de função pública, firma ou letra que o não seja. 
 Entendam da seguinte forma: 
 Firma = assinatura; 
A pena será aumentada da sexta parte (1/6): 
1. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se 
do cargo;
2. Se a falsificação ou alteração é de assentamento de registo civil.
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 Letra = manuscrito daquele que assina. 
 
 A pena do crime será distinta conforme a natureza do documento: 
 
 Sobre o crime de falso reconhecimento de firma ou letra, você 
deve ficar atento ao seguinte: 
 É crime próprio, que só poderá ser praticado pelo funcionário 
público que pode reconhecer firma ou letra; 
 Admite a participação de particular, desde que conheça a condição de 
funcionário público do agente; 
 Só poderá ser praticado dolosamente; 
 
 Não exige fim especial de agir (dolo específico); 
 
 Segundo posicionamento que prevalece, trata-se de crime 
plurissubsistente, que admite, portanto, a tentativa; 
 
 A ação penal será pública incondicionada; 
1.3.6 Certidão ou Atestado Ideologicamente Falso 
 Este crime está previsto no Artigo 301 do Código Penal. 
 Conduta típica: atestar ou certificar falsamente, em razão de 
função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo 
público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra 
vantagem. 
 Sobre este crime, é importante levar em consideração o 
seguinte: 
As firmas ou letras não 
são verdadeiras 
O agente, no exercício 
da função, reconhece-
nas como se fossem
Se documento público
Reclusão de um a cinco
anos, e multa
Se documento privado
Reclusão de um a três 
anos, e multa
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 Trata-se de crime próprio, que só pode ser praticado por 
funcionário público, em razão da função pública; 
 Admite o concurso de pessoas com particulares, desde que estes 
conheçam sobre a situação de funcionário público; 
 Não admite a modalidade culposa; 
 
 Admite a forma tentada; 
 
 É crime de ação múltipla, que pode se configurar com a prática de 
quaisquer um dos verbos previstos no tipo penal: atestar ou 
certificar; 
 
 Para a configuração deste crime, exige-se que a certificação 
ou atestado se deem para as finalidades previstas no tipo 
penal: habilitar alguém a obter cargo público; isentar de ônus ou de 
serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem. 
 
 Caso o crime tenha como finalidade a obtenção de lucro 
(finalidade específica), será aplicada, além da pena privativa 
de liberdade, a pena de multa. 
Ainda no Artigo 301 do Código Penal, em seu Parágrafo 1º, temos um 
outro tipo penal: Certidão ou Atestado Ideologicamente Falso. 
O crime de certidão ou atestado ideologicamente falso irá se 
configurar quando o agente falsificar, no todo ou em parte, atestado ou 
certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para 
prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, 
isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra 
vantagem. 
Sobre este crime, é importante levar em consideração o 
seguinte: 
 É crime comum, que poderá ser praticado por qualquer pessoa; 
 
 Só pode ser praticado dolosamente – não admite a forma culposa; 
 
 Admite a modalidade tentada; 
 
 É crime de ação múltipla, que pode ser praticado mediante a 
execução de quaisquer uma das seguintes condutas: 
 
1. Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão; 
 
2. Alterar o teor de certidão ou atestado verdadeiro. 
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 Caso o crime tenha como finalidade a obtenção de lucro 
(finalidade específica), será aplicada, também, a pena de 
multa. 
1.3.7 Falsidade de Atestado Médico 
 O crime de falsidade de atestado médico está previsto no Artigo 302 
do Código Penal. 
Este crime tem como figura típica a seguinte conduta: dar o médico, 
no exercício da sua profissão, atestado falso. 
Sobre este crime, é importante levar em consideração: 
 É crime próprio, que só poderá ser praticado por médico; 
 
 Não admite a forma culposa – deve ser praticado dolosamente; 
 
 Não exige fim especial de agir (dolo específico), salvo no caso de 
obtenção de lucro; 
 
 Admite a tentativa; 
 
 Caso o médico pratique a conduta com finalidade de obter lucro 
(dolo específico), será aplicada a ele, além da pena privativa de 
liberdade, a pena de multa; 
 
 Exige-se que a conduta praticada pelo médico se dê no exercício da 
função. 
 
 1.3.8 Reprodução ou Alteração de Selo ou Peça Filatélica 
 Este crime, previsto no Artigo 303 do Código Penal, irá se configurar 
quando o agente reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que 
tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está 
visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça. 
 O crime de reprodução ou alteração de selo ou pela filatélica pode ser 
praticado de duas formas: 
 
 Professor, o que seria peça filatélica? 
 É qualquer documento que tenha interesse para a coleção de selos. A 
filatelia é a arte de estudar ou de colecionar selos. 
Reproduzir
Selo ou peça filatética que 
tenha valor para coleção
Alterar
Selo ou peça filatética que 
tenha valor para coleção
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 Sobre este crime, é importante ficar atento ao seguinte: 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa; 
 
 Não admite a forma culposa – deve ser praticado dolosamente; 
 
 Em regra, não exige dolo específico, salvo no caso da conduta 
prevista no Artigo 303, Parágrafo único: na mesma pena incorre 
quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica. 
Se a reprodução ou alteração se derem 
pelo mesmo agente que fez uso para comércio, responderá ele por crime 
único. 
 É crime plurissubjetivo, que admite a modalidade tentada; 
 
 Para que o crime se configure, é necessário que o selo ou peça 
filatélica tenham valor para fins de coleção; 
 A conduta não será típicacaso a reprodução ou a alteração 
estejam visivelmente anotadas na face ou no verso do selo ou peça. 
1.3.9 Uso de Documento Falso 
 Previsto no Artigo 304 do Código Penal, o crime de uso de documento 
falso tem como figura típica a seguinte conduta: fazer uso de qualquer 
dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os artigos 297 
a 302 do Código Penal. 
 Vamos recordar quais são os tipos penais previstos entre os artigos 
297 e 302 do Código Penal: 
 
O uso de qualquer um dos documentos 
previstos acima configura o crime de uso de documento falso, respondendo 
o agente com a mesma pena correspondente à falsificação ou alteração. 
Falsificação de documento público;
Falsificação de documento particular;
Falsidade ideológica;
Falso reconhecimento de firma ou letra; 
Certidão ou atestado ideologicamente falso;
Falsidade material de atestado ou certidão;
Falsidade de atestado médico. 
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Caso um agente seja surpreendido 
utilizando um documento público falso, será responsabilizado com a pena 
de reclusão de dois a seis anos, e multa, mesma pena aplicada ao crime de 
falsificação de documento público. 
 Professor, e se o agente que fez uso do documento falso foi o mesmo 
que o falsificou? Ele será responsabilizado de que forma? 
Amigos, segundo entendimento que predomina no STJ, 
neste caso, deverá o agente responder apenas por falsificação de 
documento público. 
 Assim, caso o agente falsifique e use o documento falso, deverá 
responder apenas por aquele. 
 Sobre o crime de uso de documento falso, é importante levar 
em consideração as seguintes informações: 
 A súmula 546 do STJ estabelece: a competência para processar e 
julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da 
entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não 
importando a qualificação do órgão expedidor. 
 Assim, caso o agente utilize uma carteira 
de identidade falsa, não será relevante para fins de análise de competência 
para processo e julgamento o órgão expedidor do documento (unidade da 
federação que o expediu), mas sim o órgão ou entidade ao qual foi 
apresentado o documento. Caso o agente apresente o documento falso a 
um órgão ou entidade federais, a exemplo da Polícia Rodoviária Federal e 
do INSS, a competência para processo e julgamento será da Justiça 
Federal. Se o documento falso for apresentado a órgão ou entidade 
estaduais, a exemplo das polícias civis ou da SANEAGO, o processo e 
julgamento será de competência da Justiça Estadual. 
 Para caracterização deste crime, não basta o mero porte do 
documento falso, exigindo-se que o agente o use efetivamente, 
apresentando-o a alguém; 
 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa; 
 
 É crime formal; 
 
 Não admite a modalidade culposa – só pode ser praticado 
dolosamente; 
 
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 Não exige fim especial de agir (dolo específico); 
 
 Caso o agente desconheça sobre a falsidade do documento e o 
utilize, não há que se falar na configuração deste tipo penal, já que, 
como visto acima, o elemento subjetivo é somente o dolo; 
 
 Prevalece o entendimento de que não admite a modalidade 
tentada, já que se trata de crime unissubsistente, perfazendo-se 
mediante a execução de um único ato (ou o agente usa o documento 
e pratica o crime; ou o agente não usa o documento e o fato será 
atípico); 
 
 Segundo o STJ, se o documento usado for grosseiramente falsificado, 
perceptível aos olhos do homem comum, não irá se configurar o 
crime de uso de documento falso; 
1.3.10 Supressão de Documento 
 O crime de supressão de documento, que está previsto no Artigo 305 
do Código Penal, irá se configurar quando o agente destruir, suprimir ou 
ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, 
documento público ou particular verdadeiro, de que não podia 
dispor. 
 Trata-se de crime de ação múltipla, que poderá ser praticado com 
a execução das seguintes condutas: 
 
 A pena do crime será diferente, a depender da natureza do 
documento destruído, suprimido ou ocultado. 
 
 Em relação aos tipos penais que apresentam penas como visto acima, 
você deve ter um cuidado redobrado ao analisar o tipo penal e possíveis 
questões de prova sobre o tema. 
 Observe uma possível questão de prova. 
Destruir
Suprimir
Ocultar
Documento Público
Reclusão, de dois a seis anos, 
e multa
Documento Particular
Reclusão, de um a cinco 
anos, e multa
Documento público ou particular verdadeiro, de 
que não podia dispor; 
Em benefício próprio ou de outrem, ou em 
prejuízo alheio; 
 
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 (INÉDITA) Para fins de aplicação de pena do crime de 
supressão de documentos, previstos no Artigo 305 do Código Penal, é 
importante se analisar se o documento, objeto material do crime, é de 
natureza pública ou particular. 
 Como sabemos, o item está CERTO. Se o documento for público, a 
pena aplicada ao agente possuirá patamares maiores. 
 Sobre este crime, faz-se necessário ficar atento às seguintes 
informações: 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer agente; 
 
 Não admite a modalidade culposa; 
 
 É necessário que o agente pratique as condutas descritas no tipo 
penal em benefício próprio ou alheio ou em prejuízo alheio 
(finalidade específica); 
 
 Exige-se, para configuração deste tipo penal, que o agente não 
possa dispor do documento público ou particular; 
 
 Admite a tentativa. 
1.4 De Outras Falsidades 
Os crimes “de outras falsidades” estão previstos entre os Artigos 306 e 
311 do Código Penal. 
São tipos penais que não são tão cobrados em provas como os que 
vimos até aqui, contudo, quando o são, fazem com que muitos candidatos 
acabem perdendo pontos preciosos, devido à negligência em sua 
preparação. 
Sendo assim, recomendo a análise com bastante cuidado destes crimes. 
Vamos gabaritar Direito Penal. 
1.4.1 Falsificação de Sinal Empregado no Contraste de Metal 
Precioso ou na Fiscalização Alfandegária, ou para Outros Fins 
Este tipo penal, de nome bastante extenso, encontra-se previsto no 
Artigo 306 do Código Penal. 
Sua conduta típica é: falsificar, fabricando-o ou alterando-o, 
marca ou sinal empregado pelo poder público no contraste de metal 
precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal 
dessa natureza, falsificado por outrem. 
Trata-se de crime de ação múltipla, que pode ser praticado mediante 
a execução dos verbos falsificar ou usar. 
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Sobre este crime, é importante levar as seguintes informações 
para a sua prova: 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa; 
 
 Não admite a modalidade culposa – só pode ser praticado 
dolosamente; 
 
 Não exige dolo específico; 
 
 Admite a forma tentada, salvo quando executado por meio verbo 
usar. 
 
1.4.2 Falsa Identidade 
 O crime de falsa identidade está previsto no Artigo 307 do 
Código Penal. 
 Figura típica: atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade 
para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a 
outrem. 
 O crime pode ser praticado das seguintes formas: 
 
 Neste crime, o agente se passa por uma outra pessoa. 
Responderá o agente com uma pena mais branda,podendo ser 
reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa, se a marca ou sinal 
falsificado é o que usa a autoridade pública para o fim de 
1. Fiscalização sanitária;
2. Autenticar ou encerrar determinados objetos;
3. Comprovar o cumprimento de formalidade legais.
Falsificar, fabricando-o ou 
alterando-o
Admite a tentativa
Usar
Não admite a tentativa
Falsa identidade
Atribuir-se
O agente atribui a
falsa identidade a 
si próprio
Atribuir a 
terceiro
O agente atribuiu 
falsa identidade a 
uma outra pessoa
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Um indivíduo, chamado Carlos Eduardo 
Diogo, sabendo que se encontra, em seu desfavor, um mandado de prisão 
em aberto, com a finalidade de não ser preso e de que não se descubra a 
sua condição de procurado, ao ser abordado por uma equipe policial, atribui 
a si próprio o nome de Antônio Carlos dos Céus, contra quem não existe 
nenhuma medida judicial. 
 Amigos, no exemplo acima, configurou-se o crime de falsa 
identidade, já que o agente, com a finalidade de obter proveito próprio, 
atribuiu a si mesmo falsa identidade. 
 Professor, mas o fato de Carlos Eduardo Diogo se atribuir falsa 
identidade para evitar prisão não está de acordo com o princípio do Direito 
Processual Penal que permite que o indivíduo não seja compelido a produzir 
provas contra si mesmo, podendo, inclusive, mentir? Caso ele seja 
responsabilizado penalmente, não haveria violação ao princípio da não 
autoincriminação? 
 Por muito tempo, este assunto foi divergente. 
O entendimento que predomina atualmente é o de que a 
responsabilização penal por falsa identidade, ainda que diante de situação 
de alegada autodefesa, não viola o princípio da não autoincriminação, 
sendo, portanto, fato típico. 
 Inclusive, este assunto se encontra sumulado pelo STJ. 
 Súmula 522. A conduta de atribuir-se falsa identidade perante 
autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada 
autodefesa. 
 Sobre o crime de falsa identidade, é importante que você leve 
em consideração: 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa; 
 
 Não admite a modalidade culposa – o elemento subjetivo exigido é 
sempre o dolo; 
 
 Exige dolo específico: o agente deve praticar a conduta com o fim 
de obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar 
dano; 
 
 Não admite tentativa. Parte da doutrina a admite, ainda que de 
difícil configuração, caso o crime seja praticado de forma escrita; 
 
 Trata-se de crime subsidiário, respondendo o agente por ele 
apenas se o fato não constituir elemento de crime mais grave; 
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 Não se exige que o agente atribua a si ou a terceiro nome de pessoa 
real, podendo ocorrer caso o nome seja inexistente; 
 
 É crime formal, que se consuma independentemente de o agente 
conseguir obter a vantagem ou efetivamente causar dano. 
1.4.3 Uso de Documento de Identidade Alheio 
 Este crime se encontra previsto no Artigo 308 do Código Penal. 
 Conduta típica: usar, como próprio, passaporte, título de 
eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de 
identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, 
documento dessa natureza, próprio ou de terceiro. 
 Este crime pode ser praticado das seguintes formas: 
 
 O tipo penal apresenta hipótese de interpretação analógica, já que 
exemplifica quais são os documentos de identidade, a exemplo do 
passaporte, título de eleitor e caderneta de reservista (fórmulas 
casuísticas), e por fim, amplia as possibilidades ao utilizar a expressão 
“qualquer documento de identidade (fórmula genérica)”. 
Sobre este crime, é importante que você leve para a sua prova 
o seguinte: 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer indivíduo; 
 
 Não admite a modalidade culposa – só pode ser praticado 
dolosamente; 
 
 Admite-se a modalidade tentada; 
 
 É crime subsidiário, não respondendo o agente por ele se o fato 
constituir elemento de crime mais grave. 
Os crimes a seguir apresentam condutas bastante parecidas. 
Cuidado para não as confundir: 
Quando o agente faz 
uso de documento 
de identificação 
alheio 
Quando o agente 
cede, para que outro 
utilize, documento 
de identificação 
próprio ou alheio
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1.4.4 Fraude de Lei sobre Estrangeiro 
 Previsto no Artigo 309, este crime se configura com a prática da 
seguinte conduta: usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no 
território nacional, nome que não é o seu. 
 Trata-se de crime bastante parecido com o crime de falsa identidade, 
porém, com este não se confunde. 
 
Falsificação 
de 
documento 
Público ou 
Particular
Conduta:
falsificar, 
no todo ou 
em parte, 
documento 
público ou 
particular ou 
alterar
documento 
público ou 
particular 
verdadeiro
Uso de 
documento 
falso
Conduta: 
fazer uso 
de qualquer 
dos papéis 
falsificados 
ou alterados, 
a que se 
referem os 
artigos 297 a 
302 
(incluindo 
documento 
público ou 
particular)
Falsa 
identidade
Conduta: 
atribuir-se 
ou atribuir 
a terceiro 
falsa 
identidade 
para obter 
vantagem, 
em proveito 
próprio ou 
alheio, ou 
para causar 
dano a 
outrem
Uso de 
documento 
de 
identidade 
alheio
Conduta: 
usar, como 
próprio, 
passaporte, 
título de 
eleitor, 
caderneta de 
reservista ou 
qualquer 
documento 
de 
identidade 
alheia ou 
ceder a 
outrem, 
para que 
dele se 
utilize, 
documento 
dessa 
natureza, 
próprio ou 
de terceiro
Diferenças
Falsa 
identidade
Crime
comum, que 
pode ser 
praticado por 
qualquer 
pessoa
Finalidade 
específica: obter 
vantagem, em 
proveito próprio 
ou alheio, ou 
para causar 
dano a outrem
Fraude de Lei 
sobre 
Estrangeiro
Crime 
próprio, que 
só pode ser 
praticado 
pelo 
estrangeiro
Finalidade 
específica: 
entrar ou 
permanecer 
no território 
nacional
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 Este crime apresenta uma modalidade qualificada, que irá se 
configurar quando o agente atribuir a estrangeiro falsa qualidade para 
promover-lhe a entrada em território nacional. 
Forma Simples Forma Qualificada 
Usar o estrangeiro, para entrar ou 
permanecer no território nacional, 
nome que não é o seu. 
Atribuir a estrangeiro falsa 
qualidade para promover-lhe a 
entrada em território nacional 
Detenção, de um a três anos, e 
multa 
Reclusão, de um a quatro anos, e 
multa 
 Sobre este crime, é importante que você leve em consideração 
as seguintes informações: 
 É crime próprio; 
 
 Não admite a modalidade culposa – só poderá ser praticado 
dolosamente; 
 
 Exige finalidade especial de agir (dolo específico): 
 
 Não admite a modalidade tentada; 
 
 Caso o estrangeiro tente entrar ou permanecer no território nacional 
utilizando-se de documento falso, irá responder pelo Artigo 304 do 
Código Penal (uso de documento falso). Caso pratique as duas 
condutas, irá responder pelos crimes em concurso. 
No Artigo 310 do Código Penal, há a seguinte conduta típica, 
nomeada por alguns doutrinadores de falsidade em prejuízo da 
nacionalização de sociedade: prestar-se a figurar como proprietário 
ou possuidor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos 
casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de 
tais bens. 
Forma 
Simples
Entrar ou permanecer no 
territórionacional
Forma
Qualificada
Promover a entrada do 
estrangeiro no território 
nacional
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Este crime tipifica a conduta daquele que figura como “laranja” de 
estrangeiro, que age como proprietário ou possuidor de valores, ações ou 
títulos que, na verdade, pertencem a um estrangeiro, já que a lei proíbe a 
este a propriedade ou a posse. 
 A Constituição Federal estabelece que a 
propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez 
anos, não podendo o estrangeiro ser proprietário de uma dessas empresas. 
 Suponha que Augusto, brasileiro nato, preste-se a figurar como 
proprietário de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens, que, na verdade, pertence a Alfred, estadunidense nato. 
 Pronto, amigos, a conduta praticada por Augusto configura o tipo 
penal previsto no Artigo 310 do Código Penal, podendo ele ser incurso nas 
penas de detenção, de seis meses a três anos, e multa. 
 Sobre o crime previsto no Artigo 310, é importante levar em 
consideração: 
 É crime próprio, que só poderá ser praticado por brasileiro, seja 
nato ou naturalizado; 
 
 Não admite a modalidade culposa – só pode ser praticado 
dolosamente; 
 
 Não exige fim especial de agir (dolo específico); 
 
 É necessário que o agente saiba que a propriedade ou posse dos bens 
seja proibida por lei ao estrangeiro (lembre-se que o crime não 
admite a forma culposa); 
 
 Admite tentativa. 
1.4.5 Adulteração de Sinal Identificador de Veículos 
 O crime de adulteração de sinal identificador de veículos, previsto no 
Artigo 311 do Código Penal, tem como figura típica a seguinte conduta: 
adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal 
identificador de veículo automotor, de seu componente ou 
equipamento. 
 Este crime apresenta uma causa de aumento de pena: 
 
A pena será aumentada de 1/3 (um terço)
Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em 
razão dela
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 Incorrerá nas mesmas penas (forma equiparada) o funcionário 
público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo 
remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou 
informação oficial. 
 
 
 Sobre o crime de adulteração de sinal identificador de 
veículos, fique atento ao seguinte: 
 Em regra, é crime comum, que pode ser praticado por qualquer 
pessoa. 
 Atenção ao aumento de pena aplicável no caso de ser praticado no 
exercício da função ou em razão dela e à forma equiparada, que constitui 
crime próprio. 
 Trata-se de crime instantâneo 
Este crime não é permanente. 
Portanto, a sua conduta não se prolonga no tempo. 
 Não admite a modalidade culposa – só será praticado com dolo; 
 
 Não exige dolo específico; 
 
 Admite a modalidade tentada; 
1.5 Das Fraudes em Certames de Interesse Público 
O crime de fraudes em certames de interesse público, previsto no 
Artigo 311-A, foi inserido no Código Penal no ano de 2011. 
Este tipo penal foi editado para proteger a lisura dos certames 
de interesse público. 
Este crime tem como figura típica a prática da seguinte conduta: 
utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a 
outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso 
de 
1. Concurso público (segundo Sanches, instrumento de acesso a 
cargos e empregos públicos); 
 
2. Avaliação ou exame públicos (segundo Sanches, abrange, por 
exemplo, os exames psicotécnicos); 
 
Neste caso, trata-se de crime 
próprio, que só poderá ser 
praticado pelo funcionário público. 
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3. Processo seletivo para ingresso no ensino superior (conforme 
Sanches, engloba vestibulares e outras formas de avaliação para 
ingresso no ensino superior, a exemplo do ENEM); 
 
4. Exame ou processo seletivo previstos em lei (conforme ensina 
Rogério Sanches, a exemplo do exame da OAB). 
 
 
 O crime de fraude em certames de interesse pública apresenta uma 
forma equiparada, uma forma qualificada e uma forma majorada (com 
aumento de pena): 
 Forma equiparada: incorre nas mesmas penas o agente que 
permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não 
autorizadas às informações sigilosas relacionadas a concurso 
público; avaliação ou exame públicos; processo seletivo para ingresso 
no ensino superior; ou exame ou processo seletivo previstos em lei. 
 
 Forma qualificada: se da ação ou omissão resultar dano à 
administração pública; 
 
 Forma majorada: a pena será aumentada de 1/3 (um terço) se 
o fato é cometido por funcionário público. 
Sobre este crime, é importante ficar atento às seguintes 
informações: 
 Este crime se aplica a certames de interesse público de maneira 
geral, e não apenas a concursos públicos em sentido estrito. 
 Caso um agente, por exemplo, divulgue, indevidamente, o 
conteúdo sigiloso de Vestibular da UNB, irá praticar o crime aqui 
mencionado. 
 É crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa; 
Fraudes em 
certames de 
interesse 
público
Conduta: utilizar ou 
divulgar, 
indevidamente, com 
o fim de beneficiar a 
si ou a outrem, ou 
de comprometer a 
credibilidade do 
certame, conteúdo 
sigiloso de 
Concurso público
Avaliação ou exame 
públicos 
Processo seletivo para 
ingresso no ensino 
superior
Exame ou processo 
seletivo previstos em lei
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 É comum acharem que se trata de crime próprio, que só 
pode ser praticado por funcionário público. Não é crime próprio. Na 
verdade, para este crime, a condição de funcionário público não é 
elementar, constituindo, contudo, causa de aumento de pena de 1/3 
(um terço). 
 Não admite a modalidade culposa – só pode ser praticado 
dolosamente; 
 
 Exige fim especial de agir (dolo específico): fim de beneficiar 
a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do 
certame; 
 
 Trata-se de crime formal, que se consuma com a mera divulgação 
ou utilização das informações sigilosas, ainda que o agente não 
consiga beneficiar a si ou a terceiro ou não consiga comprometer a 
credibilidade do certame público; 
 
 Admite a forma tentada; 
 
 Caso o agente promova a utilização ou divulgação das informações 
sigilosas devidamente (com justa causa), não há que se falar na 
prática deste crime; 
 
Aqui, encerramos a teoria sobre os crimes contra a fé pública. 
Você está municiado de informações para acertar muitas questões de 
concurso público sobre o assunto. 
Não deixe de ler a legislação pertinente. É muito importante para a 
sua preparação. 
Resolva as questões, aplicando, assim, o conhecimento que você 
adquiriu. 
Boa sorte! 
 
 
 
 
 
 
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2 – Dispositivos Penais Correspondentes 
TÍTULO X 
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 
CAPÍTULO I 
DA MOEDA FALSA 
 Moeda Falsa 
 Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica 
ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: 
 Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. 
 § 1º - Nas mesmaspenas incorre quem, por conta própria ou alheia, 
importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda 
ou introduz na circulação moeda falsa. 
 § 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda 
falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, 
é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
 § 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o 
funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que 
fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: 
 I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; 
 II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. 
 § 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular 
moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada. 
 Crimes assimilados ao de moeda falsa 
 Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda 
com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em 
nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à 
circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação 
cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de 
inutilização: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
 Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e 
multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na 
repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil 
ingresso, em razão do cargo.(Vide Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Petrechos para falsificação de moeda 
 Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, 
possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer 
objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#artII
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 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
 Emissão de título ao portador sem permissão legal 
 Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou 
título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a 
que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro 
qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena de 
detenção, de quinze dias a três meses, ou multa. 
CAPÍTULO II 
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS 
 Falsificação de papéis públicos 
 Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: 
 I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer 
papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; (Redação dada 
pela Lei nº 11.035, de 2004) 
 II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; 
 III - vale postal; 
 IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica 
ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; 
 V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento 
relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que 
o poder público seja responsável; 
 VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte 
administrada pela União, por Estado ou por Município: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
 § 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 
11.035, de 2004) 
 I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados 
a que se refere este artigo; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) 
 II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, 
guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a 
controle tributário; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) 
 III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém 
em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de 
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de 
atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria: (Incluído pela Lei 
nº 11.035, de 2004) 
http://www.exponencialconcursos.com.br/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L11035.htm#art293i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L11035.htm#art293i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L11035.htm#art293%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L11035.htm#art293%C2%A71
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 a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle 
tributário, falsificado; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) 
 b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária 
determina a obrigatoriedade de sua aplicação. (Incluído pela Lei nº 11.035, 
de 2004) 
 § 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com 
o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de 
sua inutilização: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 § 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, 
qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior. 
 § 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, 
qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e 
o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na 
pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
 § 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 
1o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o 
exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em 
residências. (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) 
 Petrechos de falsificação 
 Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto 
especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis 
referidos no artigo anterior: 
 Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
CAPÍTULO III 
DA FALSIDADE DOCUMENTAL 
 Falsificação do selo ou sinal público 
 Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: 
 I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de 
Estado ou de Município; 
 II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou 
a autoridade, ou sinal público de tabelião: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
 § 1º - Incorre nas mesmas penas: 
 I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L11035.htm#art293%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L11035.htm#art293%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L11035.htm#art293%C2%A71
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 II - quem utiliza indevidamenteo selo ou sinal verdadeiro em 
prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. 
 III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, 
logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores 
de órgãos ou entidades da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 
9.983, de 2000) 
 § 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
 Falsificação de documento público 
 Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou 
alterar documento público verdadeiro: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
 § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
 § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público 
o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou 
transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os 
livros mercantis e o testamento particular. 
 § 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído 
pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 I – na folha de pagamento ou em documento de informações que 
seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não 
possua a qualidade de segurado obrigatório; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 
2000) 
 II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou 
em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, 
declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela 
Lei nº 9.983, de 2000) 
 III – em documento contábil ou em qualquer outro documento 
relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, 
declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei 
nº 9.983, de 2000) 
 § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos 
mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a 
remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de 
serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
Falsificação de documento particular (Redação dada pela Lei nº 
12.737, de 2012) Vigência 
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Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular 
ou alterar documento particular verdadeiro: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei nº 12.737, de 
2012) Vigência 
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a 
documento particular o cartão de crédito ou débito. (Incluído pela Lei nº 
12.737, de 2012) Vigência 
 Falsidade ideológica 
 Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração 
que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa 
ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, 
criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é 
público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular. 
 Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de 
assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte. 
 Falso reconhecimento de firma ou letra 
 Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função 
pública, firma ou letra que o não seja: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é 
público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular. 
 Certidão ou atestado ideologicamente falso 
 Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função 
pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, 
isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra 
vantagem: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 Falsidade material de atestado ou certidão 
 § 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou 
alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de 
fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de 
ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: 
 Pena - detenção, de três meses a dois anos. 
 § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da 
pena privativa de liberdade, a de multa. 
 Falsidade de atestado médico 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm#art4
Curso: Direito Penal 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.° Vinício Ferreira 
 
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 Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado 
falso: 
 Pena - detenção, de um mês a um ano. 
 Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se 
também multa. 
 Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica 
 Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha 
valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está 
visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça: 
 Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
 Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de 
comércio, faz uso do selo ou peça filatélica. 
 Uso de documento falso 
 Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou 
alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: 
 Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. 
 Supressão de documento 
 Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de 
outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular 
verdadeiro, de que não podia dispor: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é 
público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é 
particular. 
CAPÍTULO IV 
DE OUTRAS FALSIDADES 
 Falsificação do sinal empregado no contraste de metal 
precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins 
 Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal 
empregado pelo poder público no contraste de metal precioso ou na 
fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa natureza, 
falsificado por outrem: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
 Parágrafo único

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