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15 O consumo na perspectiva antropológica

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29/03/2020 15. O consumo na perspectiva antropológica
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ANTROPOLOGIA
15. O consumo na perspectiva
antropológica
Por: LAINO ALBERTO SCHNEIDER
 
29/03/2020 15. O consumo na perspectiva antropológica
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Neste capítulo, o estudo terá como foco a sociedade urbana e os vários
movimentos existentes dentro dessa modalidade, ou seja, estudar as tribos
urbanas e suas características.
1 A questão urbana
No estudo antropológico urbano, os temas são ligados aos movimentos que a
sociedade tem.
A antropologia urbana e os desafios da metrópole.
A antropologia ampliou de tal forma o seu campo de atuação nas
últimas décadas que se torna cada vez mais difícil indicar ou
fenômeno sociocultural que não tenha sido objeto de pesquisa ou
de pelo menos de algum tipo de reflexão. A cidade é, em grande
parte, responsável por essa expansão, à medida que os
antropólogos crescentemente identificam e constroem objetos de
investigação no meio urbano. (VELHO, 2003, p. 11)
Hoje, a antropologia está inserida nas mais diferentes áreas - saúde,
empresarial, educacional, visual - o que demonstra que faz parte da vida
sociocultural de todos os setores. 
2 Os lugares e as passagens
http://www.scielo.br/pdf/ts/v15n1/v15n1a05.pdf
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A sociedade urbana está focada na rotina e no imediatismo das suas relações
tanto pessoais quanto de consumo. Isso é reflexo de toda a conjuntura social
e urbana que hoje está fortemente enraizada na memória de cada indivíduo.
O objeto de estudo da antropologia urbana está ligado ao estranhamento das
situações cotidianas e estudar o comportamento dessa sociedade tão
fervilhante e, por vezes, estonteante. Pensar antropologia hoje é pensá-la
dentro das situações que hoje são comuns, ou seja, não só mais aldeia de
comunidades nativas, mas aldeias de internautas, tribos urbanas dentro do
contexto urbano.
Vista aérea da cidade de São Paulo - foto: Joel Santana (C0 Commons).
As características fundamentais da vida social urbana são
identificadas como anonimato, impessoalidade e superficialidade,
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atribuídas mais à natureza do meio ambiente urbano do que às
características sociais (OUTHWAITE; BOTTOMORE, 1996 p. 783).
Como complemento de estudo, sugere-se a leitura do texto:
Antropologia Urbana: interdisciplinaridade e fronteiras do
conhecimento.
3 Estranhamento urbano
 O que seria estranhamento urbano?
** tudo aquilo que causa surpresa, estupefação; 
** causa um olhar de distância da normalidade;
** dentro do social é o excêntrico, o fora do comum.
Vista noturna da cidade de Hong-Kong - Foto: C0 Commons.
http://www.scielo.br/pdf/mana/v17n1/v17n1a07.pdf
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4 A realidade virtual
O momento moderno é muito mais do que uma moda:
revela o processo da indiferença pura na qual todos os
gostos e todos os comportamentos podem coabitar sem
se excluírem, tudo pode ser escolhido à vontade, tanto o
mais operacional quanto o mais esotérico, tanto o novo
quanto o velho, tanto a vida simples-ecologista quanto a
vida hipersofisticada, em um tempo desvitalizado sem
referência estável e sem maior coordenação.
(LIPOVETSKY, 2005, p. 23)
A relação hoje é quase simultânea entre o virtual e o real. Isso
acontece porque o virtual está tão presente no cotidiano que, por
vezes, é quase mais “real” do que a realidade que se vive. As
relações estão tão focadas no simultâneo e no virtual que as
relações “reais” são colocadas em um plano inferior.
O íntimo e pessoal agora é público, os segredos de um diário agora
são abertos a todos que tem o “caminho” (ou endereço) do mesmo.
5 O igual e o diferente, próximo e o
distante
O estar junto não confere às relações um impacto de proximidade.
O que realmente se conhece ou, ainda, quando se está em contato
com as pessoas, o que verdadeiramente se conhece é
representativo e diz quem é a pessoa.
Acesso se dá não mais pela essência humana, mas pela
representatividade do indivíduo. O esvaziamento do humano se faz
e acontece porque o indivíduo está distante dele mesmo e dos
demais membros que o circundam. 
O ritual é o que aproxima as possibilidades. 
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Cerimônia da luta do Huka-Huka, na cerimônia do Quarup - Foto:
Noel Villas-Bôas (Wikipedia Commons).

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