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29/03/2020 15. O consumo na perspectiva antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_888.html 1/6 ANTROPOLOGIA 15. O consumo na perspectiva antropológica Por: LAINO ALBERTO SCHNEIDER 29/03/2020 15. O consumo na perspectiva antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_888.html 2/6 Neste capítulo, o estudo terá como foco a sociedade urbana e os vários movimentos existentes dentro dessa modalidade, ou seja, estudar as tribos urbanas e suas características. 1 A questão urbana No estudo antropológico urbano, os temas são ligados aos movimentos que a sociedade tem. A antropologia urbana e os desafios da metrópole. A antropologia ampliou de tal forma o seu campo de atuação nas últimas décadas que se torna cada vez mais difícil indicar ou fenômeno sociocultural que não tenha sido objeto de pesquisa ou de pelo menos de algum tipo de reflexão. A cidade é, em grande parte, responsável por essa expansão, à medida que os antropólogos crescentemente identificam e constroem objetos de investigação no meio urbano. (VELHO, 2003, p. 11) Hoje, a antropologia está inserida nas mais diferentes áreas - saúde, empresarial, educacional, visual - o que demonstra que faz parte da vida sociocultural de todos os setores. 2 Os lugares e as passagens http://www.scielo.br/pdf/ts/v15n1/v15n1a05.pdf 29/03/2020 15. O consumo na perspectiva antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_888.html 3/6 A sociedade urbana está focada na rotina e no imediatismo das suas relações tanto pessoais quanto de consumo. Isso é reflexo de toda a conjuntura social e urbana que hoje está fortemente enraizada na memória de cada indivíduo. O objeto de estudo da antropologia urbana está ligado ao estranhamento das situações cotidianas e estudar o comportamento dessa sociedade tão fervilhante e, por vezes, estonteante. Pensar antropologia hoje é pensá-la dentro das situações que hoje são comuns, ou seja, não só mais aldeia de comunidades nativas, mas aldeias de internautas, tribos urbanas dentro do contexto urbano. Vista aérea da cidade de São Paulo - foto: Joel Santana (C0 Commons). As características fundamentais da vida social urbana são identificadas como anonimato, impessoalidade e superficialidade, 29/03/2020 15. O consumo na perspectiva antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_888.html 4/6 atribuídas mais à natureza do meio ambiente urbano do que às características sociais (OUTHWAITE; BOTTOMORE, 1996 p. 783). Como complemento de estudo, sugere-se a leitura do texto: Antropologia Urbana: interdisciplinaridade e fronteiras do conhecimento. 3 Estranhamento urbano O que seria estranhamento urbano? ** tudo aquilo que causa surpresa, estupefação; ** causa um olhar de distância da normalidade; ** dentro do social é o excêntrico, o fora do comum. Vista noturna da cidade de Hong-Kong - Foto: C0 Commons. http://www.scielo.br/pdf/mana/v17n1/v17n1a07.pdf 29/03/2020 15. O consumo na perspectiva antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_888.html 5/6 4 A realidade virtual O momento moderno é muito mais do que uma moda: revela o processo da indiferença pura na qual todos os gostos e todos os comportamentos podem coabitar sem se excluírem, tudo pode ser escolhido à vontade, tanto o mais operacional quanto o mais esotérico, tanto o novo quanto o velho, tanto a vida simples-ecologista quanto a vida hipersofisticada, em um tempo desvitalizado sem referência estável e sem maior coordenação. (LIPOVETSKY, 2005, p. 23) A relação hoje é quase simultânea entre o virtual e o real. Isso acontece porque o virtual está tão presente no cotidiano que, por vezes, é quase mais “real” do que a realidade que se vive. As relações estão tão focadas no simultâneo e no virtual que as relações “reais” são colocadas em um plano inferior. O íntimo e pessoal agora é público, os segredos de um diário agora são abertos a todos que tem o “caminho” (ou endereço) do mesmo. 5 O igual e o diferente, próximo e o distante O estar junto não confere às relações um impacto de proximidade. O que realmente se conhece ou, ainda, quando se está em contato com as pessoas, o que verdadeiramente se conhece é representativo e diz quem é a pessoa. Acesso se dá não mais pela essência humana, mas pela representatividade do indivíduo. O esvaziamento do humano se faz e acontece porque o indivíduo está distante dele mesmo e dos demais membros que o circundam. O ritual é o que aproxima as possibilidades. 29/03/2020 15. O consumo na perspectiva antropológica https://servicos.ulbra.br/cog/conteudo_ead/disciplina_121004_edicao_2183_aula_888.html 6/6 Cerimônia da luta do Huka-Huka, na cerimônia do Quarup - Foto: Noel Villas-Bôas (Wikipedia Commons).
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