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DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS

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DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
Fontes: 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/aids.htm
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/diagnostico-do-hiv
https://www.abcdasaude.com.br/gastroenterologia/hepatites
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/gonorreia.html
https://www.infoescola.com/doencas/sifilis/
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/gonorreia
AIDS:  a síndrome da imunodeficiência adquirida é provocada por um retrovírus envelopado denominado HIV. O retrovírus ataca o sistema imune do organismo infectado tornando-o incapaz de exercer suas funções, além de torná-lo susceptível a inúmeras infecções oportunistas. O HIV no sistema imune reduz a quantidade de linfócitos T, auxiliador principal do glóbulo branco, adotando o procedimento de encaixe por onde a parte mais externa do vírus se funde ao linfócito, fazendo com que a cápsula do vírus seja introduzida à cápsula celular transferindo a ela seu material genético viral..
Transmissão: O vírus HIV pode ser transmitido de uma pessoa a outra através do sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno. Estes para serem transmitidos precisam sair do organismo infectado e serem inseridos num organismo sadio para que haja o contágio. Tais líquidos contaminados são transmitidos através de:
Relações sexuais: Envolvimento íntimo com portador da doença sem a utilização de preservativos. 
Seringas e materiais cortantes: Uso de seringas ou qualquer outro material cortante utilizado por mais de uma pessoa sem a devida higienização e posterior esterilização. 
Transfusões e transplantes: Ocorre quando o sangue ou órgão recebido contiver o vírus HIV.
Gravidez: A mãe contaminada passa o vírus para o filho durante o parto ou na lactação.
Inseminação artificial: Quando o sêmen inseminado contiver o vírus HIV armazenado, infectando assim a mãe e possivelmente o bebê.
Sintomas
Normalmente, a AIDS permanece incubada por algum tempo que é variável. Quando se manifesta, pode ocorrer fadiga, calafrio, febre, perda de peso, inchaço dos gânglios linfáticos, dor de cabeça, manchas avermelhadas pelo corpo, dor de garganta, dores musculares, perda de raciocínio e locomoção, erupções na pele, diarréia, náuseas e vômitos. 
Pode-se contrair doenças oportunistas nesse período, as mais comuns são: tuberculose, pneumonia, herpes simples, cândida albicans (sapinho), encefalite, meningite, infecção do fígado, sarcoma de Kaposi, infecção da medula óssea, úlceras, faringite, suores noturnos, candidíase, salmoneloses, toxoplasmose entre outras.
Tratamento
Desde que descoberta, em 1981, a AIDS não pode ser curada, pois ainda não se conseguiu descobrir um antídoto capaz de destruir as inúmeras células mutantes que são produzidas pelo HIV. O tratamento consiste em melhorar e facilitar a vida dos portadores do vírus, utilizando inibidores da replicação do HIV que reverte o RNA viral em DNA e inibidores da ação enzimática que quebra as cadeias protéicas e as transforma em proteínas virais.
Prevenção
Como não há cura, é importantíssimo que se tenha bastante cuidado ao utilizar materiais que podem transmitir o vírus e ao ter relações sexuais. O uso de preservativos, espermicidas (associados ao preservativo), a utilização de seringas e outros cortantes esterilizados, luvas descartáveis e outros podem auxiliar no processo de prevenção.
Diagnostico
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
HEPATITE
A hepatite é uma doença caracterizada por uma inflamação do fígado.
As causas são infecções por vírus, abuso de álcool e de alguns medicamentos, drogas, doenças hereditárias e auto-imunes.
A hepatite pode ser classificada em aguda e crônica.
Compreende-se por hepatite crônica a inflamação do fígado por um período superior a seis meses.
 Transmissão
Existem vários tipos de hepatite e a causa difere conforme o tipo.
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	Hepatite Viral A:
	
	via fecal-oral, ou seja, fezes de pacientes contaminam a água de consumo e os alimentos quando há condições sanitárias insatisfatórias
	
	Hepatite Viral B:
	
	as relações sexuais e a injeção de drogas ilícitas são as principais preocupações atuais. A aquisição pela transfusão sanguínea e derivados deixou de ser o principal motivo
O bebê pode adquirir hepatite na hora do parto quando a mãe tiver o vírus
	
	Hepatite Viral C:
	
	a transfusão de sangue e derivados, a injeção de drogas ilícitas, o contato desprotegido com sangue ou secreções contaminadas são as principais vias.
	
	Ocorrem casos de transmissão mãe-bebê na hora do parto.
	
	Suspeita-se da via sexual e da aspiração nasal de drogas
	
	Hepatite Viral D:
	
	é um vírus que só causa doença na presença do vírus da hepatite B. Sua forma de transmissão é a mesma do vírus B
	
	Hepatite Viral E:
	
	fecal-oral, igual à hepatite A. É mais descrita em locais subdesenvolvidos após temporadas de enchentes
	
	Álcool:
	
	uso abusivo de qualquer tipo de bebida alcoólica. A quantidade que causa doença hepática é variável de pessoa para pessoa, sendo necessário, em média, menor dose para causar doença em mulheres do que em homens.
	
	A dose de alto risco é de 80g de álcool por dia, o que equivale a 5-8 doses de uísque (240 ml), pouco menos de 1 garrafa e meia de vinho (800 ml) ou 2 litros de cerveja.
	
	Quanto maior o tempo de ingestão (anos), maior é o risco de hepatite alcoólica e cirrose. 
	Medicamentosa:
	
	vários remédios de uso clínico podem causar hepatite em indivíduos suscetíveis. Não se pode prever quem terá hepatite por determinada droga, porém, indivíduos que já têm outras formas de doença do fígado correm maior risco.
	
	Alguns medicamentos relacionados com hepatite são: paracetamol (Tylenol®, Dôrico®); antibióticos e antifúngicos como a eritromicina, tetraciclina, sulfas, cetoconazol e nitrofurantoína; anabolizantes (hormônios usados para melhorar o desempenho físico - dopping); drogas antipsicóticas e calmantes, Anticoncepcionais orais (pílula) também são ocasionalmente mencionados
	
	Autoimune:
	
	algumas doenças fazem com que as substâncias de defesa do próprio indivíduo (anticorpos) causem inflamação e dano ao fígado. Não se sabe porque isso acontece
	
	Hepatites por causas hereditárias:
	
	doenças como a hemocromatose e a doença de Wilson levam ao acúmulo de ferro e cobre, respectivamente, no fígado, causando hepatite
	
	Esteatohepatite não alcoólica (esteatose hepática, fígado gorduroso):
	
	é o acúmulo de gordura no fígado. Ocorre em diversas situações independentes do consumo de álcool, como obesidade, desnutrição, nutrição endovenosa prolongada, diabete melito, alterações das gorduras sanguíneas (colesterol ou triglicerídeos altos) e alguns remédios.
Sintomas
No caso das hepatites infecciosas, há um período sem sintomas, chamado de incubação. A duração dessa fase depende do agente causador. Depois, aparecem sintomas semelhantes, por exemplo, a uma gripe, com febre, dores articulares (nas juntas) e de cabeça, náuseas (enjôo), vômitos, falta de apetite e de forças. É comum que a melhora dessas queixas gerais dê lugar ao aparecimento dos sintomas típicos da doença, que são a coloração amarelada da pele e mucosas (icterícia), urina escura (cor de Coca-Cola) e fezes claras. Pode-se notar o aumento do tamanho do fígado, com dor quando se palpa a região abaixo das costelas do lado direito. 
Diagnóstico
O médico, além da história e do exame clínico, pode testar sua hipótese diagnóstica de hepatite, principalmente, através de exames de sangue. Entre esses, há os chamados marcadores de hepatites virais e autoimunes.
Outros testes mostram a fase e gravidade da doença. Em alguns casos, poderá ser necessária uma biópsia hepática (retirada de um pequeno fragmento do fígado com uma agulha) para que, ao microscópio, se possa descobrir acausa.
 
Tratamento
Para as hepatites agudas causadas por vírus não há tratamento específico, à exceção dos poucos casos de hepatite C descobertos na fase aguda, na qual o tratamento específico pode prevenir a evolução para a doença crônica.
O repouso total prolongado e a restrição de certos tipos de alimentos, nas hepatites, não ajudam na recuperação do doente e também não diminuem a gravidade da doença.
De forma geral, recomenda-se repouso relativo conforme a capacidade e bem-estar do paciente, bem como alimentação de acordo com a tolerância.
Excepcionalmente, é necessária a administração de líquidos endovenosos.
Bebidas alcoólicas são proibidas até algum tempo após a normalização dos exames de sangue.
Remédios só devem ser usados com específica liberação do médico para evitar o uso daqueles que possam piorar a hepatite.
Na hepatite autoimune, quando diagnosticada pelo médico, o uso de corticóides.
As hepatites por álcool e por drogas são tratadas basicamente com o afastamento das substâncias lesivas.
Prevenção
As hepatites A e B podem ser prevenidas pelo uso de vacina.
Para prevenção da hepatite A é importante o uso de água tratada ou fervida, além de seguir recomendações quanto à proibição de banhos em locais com água contaminada e o uso de desinfetantes em piscinas.
A hepatite B também é prevenida da mesma forma que a AIDS, ou seja, usando preservativo nas relações sexuais e não tendo contato com sangue ou secreções de pessoas contaminadas 
A hepatite C é prevenida da mesma forma, porém o risco de contágio sexual não está bem estabelecido.
Trabalhadores da área da saúde (médicos, enfermeiros) devem usar luvas, óculos de proteção e máscara sempre que houver possibilidade de contato (ou respingos) de sangue ou secreções contaminadas com vírus da hepatite B ou C com mucosas ou com lesões de pele.
A hepatite alcoólica ocorre pela ingestão repetitiva de grandes quantidades de bebida, sendo o consumo moderado a melhor forma de evitá-la. 
Não se conhecem até hoje formas de prevenção da hepatite autoimune.
Gonorréia
A Gonorréia é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria Gonorrheae. Essa é uma doença infecto-contagiosa, causada por relações sexuais desprotegidas com pessoas infectadas.
A bactéria da gonorréia atinge principalmente a região da uretra, canal que liga a bexiga ao meio externo. 
Sintomas 
Os principais sintomas da doença são secreção purulenta e ardor no momento de urinar. Nas mulheres, a doença é silenciosa e pode até não apresentar sintomas aparentes.
Caso não seja tratada de forma correta, a gonorréia pode comprometer os órgãos. Os homens com a bactéria podem desenvolver infecções nos testículos, elevando o risco de infertilidade.
Nas mulheres, a bactéria pode chegar ao útero, às trompas e aos ovários, também aumentando o risco de infertilidade. A doença se espalha pela corrente sanguínea e atinge as articulações. Existe um grande risco da bactéria ser transmitida aos bebês por mulheres gestantes na hora do parto normal.
Essa bactéria tem uma enorme capacidade de multiplicação e também pode se desenvolver na boca, na garganta, nos olhos e no ânus. A única forma de prevenir a doença é usando preservativo nas relações sexuais.
Diagnostico
A gonorreia pode ser identificada por meio de um método simples que consiste na observação de uma amostra de secreção no microscópio. Essa técnica é chamada de coloração de Gram. 
As amostras para culturas, isto é, para o cultivo e identificação da bactéria em laboratório, podem resultar no diagnóstico definitivo da infecção . Geralmente, as amostras para uma cultura são colhidas do colo do útero, da vagina, da uretra, do ânus ou da garganta. Os testes podem apresentar um diagnóstico preliminar em 24 horas e um diagnóstico confirmado em 72 horas. Este método é mais sensível e mais específico que os exames de coloração de Gram.
Os exames que pesquisam o DNA do gonococo são especialmente úteis para a triagem em pacientes assintomáticos, são mais rápidos do que as culturas e podem ser realizados em amostras de urina, que são muito mais fáceis de coletar do que amostras da região genital. Geralmente, são feitos pelo método de reação em cadeia da polimerase (PCR).
Tratamento
O tratamento da gonorréia deve ser feito com antibióticos. Mulheres grávidas que têm a doença correm o risco de transmitir o problema para os filhos, o que pode causar cegueira e infecção nas articulações e no sangue.
Sifilis
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST), de natureza infectocontagiosa, podendo ser adquirida em qualquer fase da vida. É conhecida desde o século XV, quando se disseminou rapidamente pela Europa, e hoje em dia ainda é um problema de saúde importante em países subdesenvolvidos e desenvolvidos. Como a grande maioria das doenças infectocontagiosas, pode aumentar o risco de transmissão da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA - AIDS).
O agente causador é uma bactéria conhecida como Treponema pallidum, que só acomete seres humanos. É conhecida há mais de cem anos, mas o seu cultivo em laboratório é muito difícil.
Transmissão
A transmissão ocorre pela relação sexual sem o uso de camisinha com indivíduo contaminado. A mãe contaminada pode transmitir a doença durante a gestação ou na hora do parto (sífilis congênita). Por isso é importante que a mulher grávida faça o exame pré-natal. Mais raramente, a sífilis pode ser transmitida pela transfusão sanguínea e objetos contaminados. As lesões normalmente se localizam na vulva, vagina e colo uterino nas mulheres e no pênis no homem. Podem ocorrer lesões ainda no ânus boca, ou outros locais da pele em ambos os sexos.
O tempo de incubação do agente varia de duas semanas a muitos meses. Se a infecção não for tratada a tempo, pode ocorrer comprometimento dos sistemas cardiovascular e nervoso, com paralisia que pode levar à morte.
Sintomas
São conhecidos quatro estágios da doença: estágio primário, secundário, período latente e terciário.
Estágio primário: as primeiras lesões aparecem em três semanas após a infecção, desaparecendo sozinha em algumas semanas. Essas lesões são chamadas de “cancro” ou úlceras e não são visíveis. Não existem sintomas neste estágio. O risco de contágio é grande.
Estágio secundário: As lesões aparecem entre seis semanas e seis meses da infecção. As lesões, nesta fase, são visíveis e se localizam nas regiões palmar e plantar. Pode ocorrer também perda de cabelo, febre e mal estar.
Período de latência: se caracteriza pela não exibição dos sintomas e dura de 2 a 4 anos. Ocorre somente a transmissão materno fetal (sífilis congênita). Esse período é interrompido quando há o aparecimento de sintomas dos estágios secundário e terciário.
Estágio terciário: é caracterizado pela destruição dos tecidos infectados. Surge de dois a 40 anos após a infecção inicial. Os sinais apresentados são: lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas (demência, convulsões, perda de controle de movimentos, paralisia parcial), podendo levar à morte.
Diagnóstico
O diagnóstico sorológico é feito com o teste Teste Rápido, que está disponível no SUS. Quando há um resultado positivo, uma amostra de sangue é recolhida para realização de outro teste para a confirmação do diagnóstico. Caso seja positivo o tratamento deve ser iniciado prontamente. Por se tratar de uma DST, o casal deve realizar o tratamento em conjunto, para que não ocorra nova infecção.
Tratamento
O tratamento mais comumente utilizado é a benzatina (um tipo de penicilina). Outros antibióticos podem ser usados como a azitromicina, a doxiciclina e a tetraciclina.
Existe um tabu para a procura por tratamento para DST de um modo geral. Isso ocorre porque essas doenças são estigmatizadas como sendo associadas à promiscuidade e os indivíduos contaminados ficam com receio de procurar ajuda médica. Por conta disso, a incidência destas doenças e mais especificamente a da sífilis está aumentando. Ao menor sinal de sintomas, deve-se procurar ajuda médica.

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