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Monografia_Modelo_Rafael Claudia Gubiani 30 de novembro

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9
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL- UAB
DIRETORIA DE GESTÃO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA - DEAD
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SABERES E PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO INFANTIL 
Uma visão sobre o movimento e linguagem corporal no desenvolvimento da criança na educação infantil
CLAUDIA TERESINHA GUBIANI
ALTO ARAGUAIA-MT
2018
CLAUDIA TERESINHA GUBIANI
Uma visão sobre o movimento e linguagem corporal no desenvolvimento da criança na educação infantil
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saberes e práticas em Educação Infantil, da Universidade do Estado de Mato Grosso e Universidade Aberta do Brasil, Polo de Alto Araguaia, como requisito regulamentar obrigatório para obtenção do título de especialista em Saberes e práticas em educação infantil 
ORIENTADOR: RAFAEL RODRIGUES LOURENÇO MARQUES
ALTO ARAGUAIA-MT
2018
CLAUDIA TERESINHA GUBIANI
Uma visão sobre o movimento e linguagem corporal no desenvolvimento da criança na educação infantil
Monografia APROVADA, apresentada ao Curso de Especialização em Saberes e práticas em Educação Infantil da UNEMAT/UAB – Polo de ALTO ARAGUAIA, como requisito regulamentar obrigatório para obtenção do grau de especialista. 
BANCA EXAMINADORA 
___________________________________________________
Prof (a) RAFAEL - Orientador(a)
______________________________________________________
Prof. (a) XXXXXXXXXXXXX - Examinador(a) 
____________________________________________________________
Prof.(a) XXXXXXXXXXX Examinador (a) 
APROVADO EM:____/_____/_____
EPÍGRAFE
“Que todos os nossos esforços estejam sempre focados no desafio à impossibilidade. Todas as grandes conquistas vieram daquilo que parecia ser impossível.” (Charles Chaplin).
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ser essencial em minha vida, autor de meu destino, meu guia, socorro presente na hora da angústia.
A esta Universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, levado pela acendrada confiança no mérito e ética aqui presente. 
Ao meu orientador Professor Ms. / Dr. Rafael Rodrigues Lourenço Marques pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.
Ao meu coordenador do polo de Alto Araguaia Wesley Antônio Tomaz pelo seu tempo e dedicação por me orientar nos estudos. 
Agradeço a toda minha família, amigos, professores namorado/marido e pessoas que ajudaram na realização desse trabalho. Sou imensamente grato pela paciência e incentivo. 
DEDICATÓRIA
Dedico este Trabalho de Conclusão de Curso ao meu filho Felipe, 	quemas sabe a real importância que o estudo tem em nossas vidas, e que me ajudou muito em algumas atividades realizadas no decorrer do Curso de Pedagogia. Te amo filho, obrigado por existir na minha vida. E aos meus familiares, pelo Incentivo que tive durante o período de quatro anos de estudo.
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE: 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	10
2 REFERENCIAL TEÓRICO	
2.1. Desenvolvimento da criança na educação infantil	
2.2. A Linguagem Corporal na Escola de Educação Infantil	
2.3. A Linguagem Corporal na Observação do Acadêmico	
3 METODOLOGIA	
4 DESENVOLVIMENTO	
4.1. Apresentação e análise dos dados.........................................................................................
4.2. Percepções acerca do questionário aplicado às professoras.................................................
4.3. Percepções decorrentes das observações..............................................................................
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	
6 REFERENCIAS	
7 ANEXOS	
8 APÊNDICES	
26
1. INTRODUÇÃO
A Educação Infantil atende a faixa etária de crianças de zero a seis anos de idade, esse atendimento em creches e escolas é um direito social das crianças garantido pela Constituição de 1988, no artigo 208, seção quatro, quando afirma que é dever do Estado com a educação mediante a garantia de educação infantil em creche e pré-escola as crianças até cinco anos de idade. Essa faixa etária é uma etapa primordial na vida de um ser humano no início do seu desenvolvimento.
Desse modo, a educação infantil consiste no desenvolvimento e interação das crianças antes da sua entrada na educação básica obrigatória que, também, de acordo com a Emenda Constitucional nº 59, 2009, afirma que é dever do Estado oferecer educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos dezessete anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria.
É possível observar que o movimento se faz presente em todos os momentos de nossa vida. Ainda na vida intrauterina o feto se movimenta e através do movimento as crianças adquirem controle sobre seu corpo, interagindo com o mundo à sua volta e desenvolvendo aspectos motores e psíquicos. As crianças, ao se movimentar, experimentam maneiras de utilizar o corpo, os gestos começam a fazer sentido, consequentemente, a exploração desse movimento traz conhecimentos e experiências riquíssimas para as crianças.
A valorização do movimento corporal na escola é um fator fundamental, visto que ajuda a criança a internalizar aspectos relacionados à lateralidade, situar-se no contexto espaço e tempo, além de habilidades relacionadas aos seus gestos e movimentos. Desse modo, é necessário que o movimento seja valorizado levando em consideração a sua contribuição no desenvolvimento psicomotor da criança.
É possível observar que o movimento/linguagem corporal, ainda não é tratado seriamente pela escola, porque o movimento está ligado às atividades de recreação, envolvendo desordem e bagunça, pois o espaço escolar ainda é visto como espaço de desenvolvimento cognitivo sem levar em consideração o movimento como forma de aprendizagem. A cultura ainda está voltada a valorização de aspectos relacionados à cognição no qual o corpo não é muito utilizado como forma de aprender. O corpo é estudado anatômica e fisiologicamente, mas muitos ainda têm certo receio de aprender por meio do corpo.
Desse modo, através deste projeto, procurar-se-á entender como ocorre a formação profissional no que se refere à linguagem - movimento corporal - com intuito de identificar como o professor lida com o movimento corporal em sua prática pedagógica.
O desenvolver deste trabalho ocorre em virtude de que, em muitas escolas, os professores não têm valorizado o movimento corporal como aprendizado. As atividades relacionadas ao movimento têm locais e horários que se encaixam a serem mais adequados para alguns professores.
Desse modo, este trabalho de pesquisa, teve como principal intenção a investigação do trabalho do professor de uma instituição de ensino para com o movimento e linguagem corporal, bem como sua formação, ou não, em relação ao tema proposto. Ou seja, procuramos identificar se no período de formação os professores tiveram contato com alguma disciplina que tinha como foco o movimento e linguagem corporal refletido a sua prática docente.
Acredita-se na relevância desse trabalho em virtude da investigação no que se refere ao movimento corporal como atividade de aprendizado por parte dos professores da instituição de ensino, bem como sua opinião a respeito do tema em questão.
Os professores atuam diretamente com as crianças, nesta interação suas experiências são colocadas em prática, além de vivenciar na prática o aprendizado adquirido no período de formação. Do outro lado, encontram-se as crianças que possuem uma vivência própria de mundo, e seu modo de viver é espontâneo. Correm, brincam, pulam e assim constroem o seu aprendizado.
Contudo, ao chegar à escola, por muitas vezes, a criança encontra um “mundo” permeado de regras em que o brincar tem momento certo, o espontâneo dá lugar ao mecânico. Assim sendo, este trabalho traz algumas indagações:
· Os professores das escolas de educação infantil estão preparados parao trabalho com o movimento/linguagem corporal?
· O professor utiliza-se de momentos específicos para o desenvolvimento de atividade de movimento/linguagem corporal?
Investigar como o professor da educação infantil lida com o movimento/linguagem corporal no ambiente escolar. Verificar como se dá o trabalho com movimento e linguagem corporal, identificar atividades relacionadas ao movimento e linguagem corporal, levantar dados a respeito da formação do(s) professor(es) em relação ao movimento corporal e o que os professores pensam sobre o movimento corporal.
Para realização da atividade proposta, realizar-se-á uma pesquisa bibliográfica com intuito de fazer um levantamento de informações teóricas publicadas em livros, artigos, revistas, com objetivo de aprofundar o conhecimento no tema em questão; além disso, nesta etapa, também, será feito um levantamento de fontes bibliográficas através de pesquisas na Internet.
A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses, etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos. (SEVERINO, 2007, p. 122)
Após o levantamento bibliográfico, será feita a pesquisa de campo com o objetivo de entrar em contato com o objeto de pesquisa. Nesta etapa será feita uma pesquisa exploratória com o intuito de levantar informações a respeito do objeto de estudo. “A pesquisa exploratória busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestações desse objeto” (Severino, 2007, p. 123). Como método de coleta de dados, utilizaremos questionários e observação. .
Após a definição do objeto de pesquisa e o método de coleta de dados, será necessário definir o espaço geográfico/institucional que será o campo empírico da pesquisa.
De posse do material colhido, será possível elaborar análise dos dados, apresentando os dados colhidos durante a pesquisa, além de apresentar um posicionamento referente ao tema do trabalho de pesquisa.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
A vida da criança antes da entrada na escola é permeada de movimento, sons, cores, e muita brincadeira. Contudo ao chegar à escola pode encontrar outro ambiente diferente daquele primeiro ambiente em que estava acostumado, o espontâneo é substituído pelo automático. Conforme Lopes (2012, p. 70), “As formas de brincar que antes a criança tanto tinha, dão lugar às posturas e gestos próprios da escola. Algumas são ensinadas pelos pais antes mesmo de sair de casa”.
Desse modo, o corpo vai sendo deixado de lado, pois a visão que predomina é que a escola é responsável pelo fortalecimento do cognitivo. Aprende-se a respeito do corpo, contudo não se aprende por meio do corpo.
O corpo sem dúvida alguma, tem uma infindável capacidade de educar-se. Não se pode e nem se deve negar, sob pena de continuarmos a prejudicar a educação das crianças, a inteligência corporal, componente fundamental no processo de adaptação dos seres humanos ao seu ambiente. (FREIRE, 2009, p. 76, 77)
Assim, o movimento corporal necessita de um reconhecimento onde sua importância seja valorizada. É importante que sejam apresentadas várias possiblidades para as crianças se expressarem através da linguagem corporal, pois esta, também, é uma das formas de linguagem para sua comunicação.
A criança utiliza seu corpo e o movimento como forma para interagir com outras crianças e com o meio, produzindo culturas. Essas culturas estão embasadas em valores como a ludicidade, a criatividade nas suas experiências de movimento [...]. O que significa que as práticas escolares devem respeitar, compreender e acolher o universo cultural infantil, dando acesso a outras formas de produzir conhecimento que são fundamentais para o desenvolvimento da criança. (BASEI, 2008, p. 5)
É de extrema importância que o movimento corporal seja incorporado ao dia a dia da criança desde tenra idade. De acordo com Chagas (2013), a oportunidade de um bom desenvolvimento em que a criança possa criticar contestar e transformar só ocorre se, desde cedo, as crianças forem estimuladas e suas experiências de vidas forem respeitadas.
A linguagem presente no gesto, nos movimentos simples ou complexos permite a criança ser e estar no mundo. É um mundo que se movimenta que gesticula que faz com que cada criança procure formas de imitá-lo para aprender a viver. (CHAGAS, 2013)
Conforme a autora citada, a linguagem corporal tem um papel fundamental, contribuindo para o processo de ensino-aprendizagem, pois todo e qualquer instrumento que integre o método de ensino do professor proporcionará bons resultados futuros para a educação em geral, e facilitará o trabalho profissional, não só nas séries iniciais, mas em toda vida escolar como um todo.
Desse modo, é possível perceber que se faz necessário uma mudança de paradigmas, pois o movimento corporal pode contribuir para o desenvolvimento da criança. Por meio de atividades prazerosas, a criança tem oportunidade de interagir com objetos, pessoas e com situações que a prepararão para a vida em sociedade. “O movimento humano permite às crianças agirem sobre o meio físico e expressarem sentimentos, emoções e pensamentos [...]” (GAVA E FRANÇA, 2010).
Assim, o que se pretende ressaltar é que as crianças precisam ter acesso ao movimento corporal, não limitado apenas a momentos específicos, mas que utilizem desses movimentos como estratégias de aprendizado, momentos para a interação das crianças com as outras, melhorando tanto a convivência quanto o aprendizado dos alunos.
Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI (1998, p.15), o movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. As crianças se movimentam desde o ventre de suas mães até o momento que nascem adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de interação com o mundo.
Com o passar do tempo estas crianças engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, brincam sozinhas ou em grupo, com objetos ou brinquedos, experimentam novas maneiras de utilizar seu corpo e seu movimento. (RCNEI, 1998)
Quando se movimentam, as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. Então podemos dizer que o movimento humano, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço; o movimento é constituído de uma linguagem que permite às crianças agir sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. (RCNEI, 1998)
Criar condições para que ela possa viver o mundo através da consciência corporal, é contribuir para o desenvolvimento de sua personalidade. Contudo, notamos que a maioria das instituições escolares, através da prática de alguns docentes, demanda a limitação dos movimentos corporais no processo ensino-aprendizagem. Isso porque a memória, ainda, ganha posição de destaque como a “peça” mais importante na prática educativa.
Segundo Jean Le Boulch (1987, p.27), menosprezar a influência de um bom desenvolvimento psicomotor, seria limitar a importância da educação do corpo e recair numa atitude intelectualista, pois a escola, mesmo com os debates e o tema do desenvolvimento total da criança em voga, ainda se mostra interessada apenas no eixo do ler/escrever/cálculos matemáticos.
Ter boas intenções, motivação para o ato e estímulos, é necessário para o professor desempenhar o papel de educador por excelência, mas assuas práticas diárias devem condizer com tais esperanças, como Le Bouch (1987, p. 28) explicita para conhecimento o caso abaixo, das dificuldades escolares globais de origem afetiva:
Durante o período escolar, seriapossível, apoiando-nos nas atividades de expressão espontânea realizadas em grupo, despistar entraves como a inibição, a insegurança, as dificuldades de comunicação, os atrasos de linguagem. A exploração de situações lúdicas e do trabalho para a imagem do corpo num clima de segurança criado pela educadora deveria permitir às crianças, vítimas de carências afetivas ou, ao contrário, superprotegidas, a recuperação de uma parte de seu atraso no plano funcional [...].
 Atualmente, ao inverso desta atitude, é de bom tom conferir à educação pelo movimento todas as virtudes no “desenvolvimento total” da pessoa. A educação pelo movimento deve ser utilizada para que as crianças adquiram a noção do seu esquema corporal e outras noções indispensáveis do seu desenvolvimento seguindo as etapas.
Segundo Ferreira (2008), a educação pelo movimento tem por objetivo permitir a criança viver em harmonia com seu corpo, com os outros e com o ambiente envolvente. Tem como objetivos concretos favorecer o desenvolvimento dos gestos e movimentos e a capacidade de percepção; visa desenvolver o equilíbrio e aprimorar a percepção do corpo permitindo que a criança adquira o sentimento de segurança, favorecendo e melhorando a psicomotricidade global e fina, sobretudo a grafo motricidade por meio de manipulações. 
Pretende revelar e reforçar o predomínio manual e estimular a confiança em si, além disso, visa atenuar os bloqueios que interferem na aprendizagem escolar e sensibilizar a ambiente envolvente família, escola, em face das dificuldades da criança. 
A ação educativa em seu dialogo corporal deve permitir e estimular crianças a desenvolverem a capacidade e o potencial expressivo: o espontâneo, essencialmente tônico – gestual, o corporal, o gráfico (e pictórico) e o verbal. Por meio das expressões gráficas, verbais e corporais, a criança pode estabelecer um diálogo consigo mesma, com os outros e com o mundo e assim contribuir para seu desenvolvimento e interação social.
A educação pelo movimento destaca a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilita a abordagem global influenciando na formação e na prevenção de dificuldades educacionais. Para a maioria das crianças que passam por dificuldade de escolaridade, a causa do problema não está no nível da classe a que chegaram, mas bem antes, no nível das bases psicomotoras como a conscientização e domínio do corpo, desenvolvimento do esquema corporal, domínio coordenado dos gestos e movimentos, refino das discriminações sensório-motoras, estruturações espaciais e temporais, dentre outros componentes.
Para De Marco (1995), a essência pedagógica da psicomotricidade, está centrada na proposição de um repertório diversificado de atividades motoras direcionadas para o desenvolvimento e aprimoramento dessas estruturas de base.
Tudo isso mostra como a psicomotricidade pesa consideravelmente sobre o rendimento escolar. Partindo da nossa inquietação em saber como o movimento corporal é tratado na ação educativa dos professores da educação infantil, por todos os motivos apresentados e por acreditar na importância da psicomotricidade como elemento básico e pré-requisito que dará condições mínimas necessárias para uma boa aprendizagem na educação infantil, é que justificamos a realização deste trabalho.
Entendemos que as crianças, desde o nascimento, são mais ativas, elas se arrastam, pulam, saltam, engatinham, andam, correm, pegam, jogam, brincam de faz de conta, enfim exploram o espaço e o próprio corpo através de movimentos constantes, compreendendo, assim sua própria existência, a existência do outro, o mundo a sua volta. Porém, neste mesmo ritmo, esquecem e ou são levadas a esquecerem do corpo.
De um lado temos uma classe social onde as crianças testam suas habilidades e buscam informações na internet, dedicando-se aos teclados, games, vídeos, CDs, mantendo-se estáticas, movimentando mais os dedos do que o restante do corpo. O crescimento urbano, a diminuição dos espaços nas ruas, os condomínios, bem como a falta de segurança, também se constituem em fatores que restringem as possibilidades de se praticar atividades motoras adequadas ao desenvolvimento infantil.
 Do outro lado, temos as crianças menos favorecidas socialmente e que não brincam, pois têm que trabalhar cedo. Para essas, muitas vezes, só resta à rua como forma de se movimentarem e exercitarem suas fantasias.
Entendemos que algumas dessas restrições de movimento podem resultar em defasagens de aprendizagem, muitas vezes expressas ou não no aproveitamento escolar. Pois não é difícil encontrarmos professores falando sobre dificuldades de alunos em fixar atenção, organização do espaço, seleção de objetos, leitura, escrita, desenho dos números e outras dificuldades de ordem afetiva e social como agressividade.
As experiências ou ações motoras quando oferecidas e vivenciadas adequadamente, colaboram na maturação do sistema nervoso e nas expressões posturais contribuindo amplamente para o equilíbrio das ações deste aluno na sociedade. Alguns destes aspectos relacionados, por si só, poderiam ser suficientes para ressaltar a importância do movimento da criança.
O papel do professor é muito importante diante do processo de desenvolvimento das crianças, a forma como ele entende a criança interfere na sua ação dentro da sala de aula por meio de suas práticas.
A claro que as crianças permanecem a maior parte do tempo em que estão na escola dentro da sala de aula, sentadas, paradas. Podendo usufruir de poucos momentos de movimento, sendo vítimas de comandos coercitivos do movimento corporal.
Assim, podemos afirmar que as ações adotadas na maioria das vezes por parte das professoras ao invés de ajudar a criança no seu processo de desenvolvimento do movimento corporal como um todo, acaba interferindo no processo natural desse desenvolvimento, bloqueando e limitando algumas potencialidades presentes nas crianças.
Queremos chamar a atenção para a urgência de se refletir sobre nossas ações na educação com maturidade e o distanciamento necessário para enxergarmos não apenas os equívocos, mas também os caminhos possíveis a serem percorridos.
Os estudos sobre a infância é algo que caminha para pesquisas científicas em várias áreas. Com relação a nossa realidade podemos verificar que a pesquisa mostrou que a educação infantil a todo o momento procura conceber o brincar, o lúdico, como parte importante e crucial ao currículo da educação infantil, do ambiente da escola e para o desenvolvimento da criança e do seu corpo educacional, que muito busca ajuda para melhor trabalhar, como é demonstrado por Moyles:
Apesar da diversão e da aprendizagem que podem ocorrer pelo brincar livre, certas formas de brincar podem se tornar muito repetitivas. Por tanto, argumenta-se que os educadores têm um papel-chave a desempenhar: ajudar as crianças a desenvolver o seu brincar. (MOYLES, 2002. p 30)
A criança demonstra entender o brincar no ambiente escolar como uma reflexão do que eles vão encontrar no social, a futura vida social, assim o interesse em saber as razões dos olhares, das chamadas de atenção, das regras e aprendizado, das conversas e diálogos dos educadores, o leva a cada dia ter uma nova visão de vida e crescimento interior, “A maior aprendizagem está na oportunidade oferecida à criança de aplicar algo da atividade lúdica dirigida a alguma outra situação” (MOYLES, 2002. p. 33).
Para as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), a criança é vista como centro do planejamento curricular e entendida como: Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2010, p. 13).
Os desafios da Educação Infantil em Alto Araguaia se inserem em um contexto mais amplo, pois precisam ser superados em âmbito local, assim como em grande parte do território nacional,especialmente no que tange a universalização da Pré-Escola. Diante disso, erige-se a necessidade de reconhecer a criança como pequena cidadã de direitos que, apesar de competente para participar e falar das questões que lhe dizem respeito depende da pessoa adulta e de uma educação articulada para atender suas demandas. Uma educação que respeite as especificidades da criança e lhe fixe os limites da vida em sociedade, que considere suas necessidades de acordo com o seu desenvolvimento sem, de maneira nenhuma, antecipar o processo de escolarização que é próprio do Ensino Fundamental.
2.1. Desenvolvimento da criança na educação infantil
O brincar, como um instrumento de aprendizagem e com parte do processo educativo, é visto pelos educadores da primeira infância deste país como essencial para as crianças pequenas, como enfatizam vários autores e educadores que estudamos. O brincar é, e deve ser direito de toda a criança. Especialistas em educação veem o brincar, especialmente o imaginativo, como tendo um papel crucial no desenvolvimento de capacidade como solução de problemas, criatividade e flexibilidade nas crianças pequenas. Por meio do brincar e do lúdico as crianças podem praticar habilidades e vir a compreender o mundo que as cerca.
A creche surgiu na Europa no final do século XVIII e inicio do século XIX e tinha como pretensão atender crianças de 0 a 3 anos de idade, durante o período das famílias europeias. Foi uma instituição que nasceu do capitalismo e urbanização das cidades da Europa. 
No Brasil a creche surgiu no final do século XIX, decorrente da industrialização e urbanização que chega ao nosso país. O Brasil começa seu desenvolvimento industrial e com isso vêm os problemas devido ao aumento da população mais pobre, o desemprego e subemprego.
Na busca de algumas alternativas, surge um plano de assistência às populações menos favorecidas, como por exemplo, construções de vilas operárias, com escolas, mercearias, creches, clubes e outras instituições, tudo isto seria patrocinado por instituições filantrópicas. Estas ações eram feitas em benefício aos trabalhadores/operários, pois sabendo que seus filhos estavam bem cuidados, estes trabalhariam mais satisfeitos produziram mais. Nos anos 20, o Estado começa a criar estímulos fiscais para o atendimento às crianças, o governo passou a fornecer professores, funcionários, materiais pedagógicos e mobiliários escolar, cabendo à sociedade civil a manutenção desses estímulos fiscais.
A criação de creches, jardins de infância e escolas maternas era a forma de conter a marginalidade que era uma das consequências da desorganização familiar. E também por causa dos ingressos das mulheres no mercado de trabalho, pois agora estas famílias precisavam ajudar no orçamento de casa ou não tinha mais o marido para ajudá-la, então deveria se ter um lugar para deixar seus filhos para trabalhar, e essas instituições vão ser de grande ajuda para estas famílias.
Na realidade as instituições de educação foram criadas para modificar os hábitos e costumes das classes populares, para habituar-se aos da classe social dominante. Alguns estudiosos dizem que a educação nas creches era voltada ao comportamento social e não ao intelectual da criança e este intelectual (aprendizagem) era voltada para o jardim de infância. Muitas das creches não tinham preocupação com a educação das crianças. No início, as escolas maternais eram instituições de assistência à infância, com a absorção das propostas pedagógicas é que as creches se transformaram em unidades pré-escolares, oferecendo educação e assistência social. 
Para Emília Cipriano as creches tinham como objetivo “modificar os hábitos e os costumes das classes populares, adaptando-as à prática social da classe dominante”. (SANCHES, 2003, p.65).
Frente à necessidade das mulheres saírem de casa para trabalhar e, consequentemente, terem seu tempo de dedicação para os cuidados da casa e dos filhos reduzido, torna-se interessante pensar a creche como um lugar propício para o desenvolvimento da criança e uma opção para os cuidados dos filhos de mães trabalhadoras. 
Certamente, o surgimento da creche está ligado às transformações na sociedade, na organização da família, no papel social feminino e em suas respectivas repercussões, principalmente, no que se refere aos cuidados das crianças pequenas. 
Nada substitui a relação mãe-filho fazendo com que correntes pedagógicas e estudos específicos, em determinados momentos da infância, acontecessem para discutir sobre a criança, a família e a sociedade, qual a melhor educação infantil, a cultura e outras em busca de um “modelo” para a infância ou “modelo de ser criança”, inclusive discutindo e buscando a função da creche/pré-escola.
Sabemos a complexidade das relações que ocorrem no interior dessas instituições e isso trouxe mudanças com o tempo, muitas se expandiram e procuraram mostrar que tanto as creches como as escolas maternais tinham as mesmas preocupações, em especial com as questões pedagógicas, deixando de lado o pensamento de que estas instituições se preocupavam somente com os cuidados da criança.
2.2. A Linguagem Corporal na Escola de Educação Infantil
No Brasil, atualmente é dever do Estado à garantia da Educação e de todos os direitos da criança de viver e se desenvolver na sociedade. A família é o centro da educação dos filhos, primeiro parte de casa, dando o acolhimento, a segurança, em um ambiente que desperte a emoção e desenvolva a sensibilidade da criança. A creche, é um lugar que se coloca em pratica o que se tem na vida contemplando a parte humana, a curiosidade, a fantasia, a investigação e uma preparação para o conhecer.
Visitamos a creche ou Escola Municipal de Educação Escola Municipal Lourença Afonso de Melo localizada na Rua Antônio Aires Fávero, nº 386, Centro, Alto Araguaia – MT e que atende alunos de 0 a 8 anos – Educação Infantil. Esta escola atende crianças de vários bairros próximos ao do centro, totalizando em torno de 150 crianças da educação infantil.
A escola funciona em um prédio novo para atender as crianças, pois sua estrutura física condiz com o que a população gostaria e que os seus profissionais almejam. É um prédio em bom estado, e bem estruturado, onde foi construído para atender os alunos que ali estudam. Os banheiros são condizentes com a idade das crianças, há uma área de lazer para as crianças, elas brincam em um pátio amplo. Cada sala tem um monitor que auxilia a professora.
O lugar onde as crianças fazem suas refeições é e arejado e muito amplo, os banheiros são divididos para meninos e meninas, a escola é muito bem limpa e arrumada. As refeições servidas para as crianças têm acompanhamento de uma nutricionista, sendo assim toda alimentação servida na escola é balanceada e adequada à idade de cada um. 
O trabalho realizado pela professora é muito bem feito, as crianças têm aulas trabalhadas com enfoque na ludicidade e movimento corporal; por eles serem alunos do da educação infantil podemos observar que muitas das tarefas realizadas em sala são lúdicas e com bastante movimento, pois é a maneira mais adequada para a educação infantil. 
Para tanto, vê-se a formação do professor como suprassumo do bom desenvolvimento do sistema educacional. Na LDB (Lei nº 9.394/96), a formação requerida para os professores da educação infantil bem como para as séries iniciais do ensino fundamental, é de nível superior, ampliando o leque para curso de licenciatura, admitindo-se formação mínima do Curso Normal (nível médio) para as regiões onde não existam profissionais de nível superior. 
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. ( Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº9394 de 20 dedezembro de 1996.)
A professora trabalha bastante com atividades dirigidas, visto que o espaço na sala é amplo, como dança da cadeira, musica do ABC da Xuxa e dos números, cantigas de rodas, leituras de livros infantis, após as histórias as crianças fazem desenhos sobre o que a professora contou, fazem atividades com massa de modelar, brinquedos de montar (Lego), ensaiam para apresentações em datas comemorativas, participam do Projeto de Leitura Caminho do Saber e entre outras atividades realizadas.
O papel do professor é o de garantir que, no contexto escolar, a aprendizagem seja continua e desenvolvimentista em si mesma, e inclua fatores além dos puramente intelectuais. O emocional, o social, o físico, o estético, o ético e o moral se combinam com o intelectual para incorporar um conceito abrangente de “aprendizagem”. (MOYLES, 2006. p.43)
Podemos observar também que o grande pensador Vigotsky, muito comentado nos estudos pedagógicos, argumentou que o adulto (professor) desempenha um papel muito especial no auxilio da aprendizagem infantil. A ideia principal deste pensamento é que a criança seja ajudada por um adulto, pois sua capacidade pode ser um pouco ampliada e levemente difícil, ou seja, ela é capaz de manejar e compreender com a ajuda do adulto. (ANDRADE, 2013).
Essas ideias apresentadas por Vigotsky são valiosas para o educador que trabalha com a educação infantil, pois se fizermos uma analogia, podemos indicar como os adultos o professor. De modo que seja aquele a maximizar e apoiar o brincar o desenvolvimento da criança com atividades estruturadas de exercícios individuais ou em grupos, estruturando o seu brincar ou suas atividades de uma maneira adequada em termos de desenvolvimento. (ANDRADE, 2013).
Portanto, falamos dos mais variados aspectos das escolas de educação infantil, seus agentes, professores e crianças, rotina, tempo que segue nessas instituições com o objetivo de cuidar da criança ajudando-a a cuidar de si, mostrando a hora de dormir, de comer, a organização de seus brinquedos e objetos e o lazer. 
Um desafio importante nas escolas de educação infantil é que as mesmas estejam preparadas física e estruturalmente para receber estes alunos tão importantes que estão chegando a nossas instituições e que respeite, efetivamente, o seu desenvolvimento e aprendizado.
Seguindo essa perspectiva, mas no campo da Psicologia, Lev Vygotsky(2010/1935) e Henri Wallon (1986/1959) apontam a necessidade de conceder o espaço numa dimensão dialética, ou seja espaço e pessoa não se opõem; eles se constituem e na relação de interdependência. No texto Quarta aula: a questão do meio na pedologia, Vygotsky adverte que o meio (espaço/ambiente/lugar) nunca é estático; ao contraio, ele se modifica em cada momento da vida da criança. Para ela, o ambiente é o seu mundo, um contexto de interações que vai ganhando novos assentidos conforme suas experiências cotidianas. Assim:
(...) no começo também se trará de um mundo muito pequeno, o mundo do quarto, o mundo do parque mais próximo, da rua. Com os passeios, seu mundo aumenta e, cada vez mais, novas relações entre a criança e as pessoas que circulam tornam-se possíveis (...). Cada idade possui seu próprio meio, organizado para a criança de tal maneira que o meio, no sentido puramente exterior dessa palavra, se modifica para a criança a cada mudança de idade (VIGOTSKY, 2010/1935, p.638).
Do mesmo modo que Vygotsky destaca o caráter relacional e processual do espaço, Wallon chama a atenção para a mudança do sentido do meio para a pessoa dependendo do seu estado afetivo e motivações em cada idade e contexto cultural. Com base nesse argumento, pode os dizer que as crianças sempre estão ressignificando os espaços que lhes são ofertados, sejam aqueles que nos, adultos, qualificamos como adequados e propícios à aprendizagem e ao desenvolvimento, sejam aqueles que acreditamos ser precários e inadequados para a infância. O espaço é sempre um campo de possibilidades em que cada sujeito produz o seu, na medida em que as pessoas constroem sentidos particulares sobre o espaço a partir dos significados que a cultura lhes apresenta. Em outras palavras, o ser humano, ao afetar o ser afetado pelos diferentes ambientes, cria espaços próprios, únicos, singulares e inéditos. 
2.3. A Linguagem Corporal na Observação do Acadêmico
Durante um longo período da história a criança viveu um período de trevas e luz, a muito se discutia a questão da sobrevivência, do desenvolvimento e sua inserção na família, como também, como um dos pilares de toda esta estrutura a questão do brincar, do jogo, do brinquedo e da brincadeira. (ANDRADE, 2013)
Brincar, segundo o dicionário Ferreira (2003), é “divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar”, “entreter-se com jogos infantis”, o brincar que estamos referindo é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser. 
O brincar tem sua importância crucial cravada no desenvolvimento, tanto corporal como intelectual da criança, um momento de aprendizagem tanto profundo como de qualquer outra forma educacional.
Mesmo com o esforço de classificar jogos e pessoas, pode-se notar que, na realidade, as práticas lúdicas tendiam a escapar às tentativas de engessamento. No entanto, os discursos moralistas eram marcados pelo poder conferido às autoridades e, segundo esses discursos, divertimentos de crianças e de plebeus traziam indignidade ao homem de bem Isto porque alguns tipos de jogos eram caracterizados como dissociados da manifestação do espírito, exigindo baixo nível intelectual. (ANDRADE, 2013, p.83)
A atividade lúdica tem seu significado na ação feita por meio de jogos e brincadeiras, com a finalidade, desenvolver o aprendizado, intelecto, mobilidade e outras ações da criança, dentro e fora da sala de aula. A escola é uma grande ferramenta de aprendizado, acumulando benefícios que são importantes para a etapa infantil.
A ludicidade é uma necessidade na vida do ser humano em todas as idades; e não deve ser vista apenas como diversão ou momentos de prazer, mas momentos de desenvolver a criatividade, a socialização com o próximo, o raciocínio, a coordenação motora, os domínios cognitivos, afetivos e psicomotores. Assim sendo, as aulas de Educação Física não precisam ser desenvolvidas somente na quadra, mas dentro da sala de aula, no aprendizado integrado às outras disciplinas. Usar a interdisciplinaridade é possível na Educação Física, os professores podem trabalhar a prática com a teoria, desenvolvendo as inteligências múltiplas e a participação efetiva dos alunos no processo pedagógico. A ludicidade apresenta benefícios para o desenvolvimento da criança: a vontade da criança em aprender cresce, seu interesse aumenta, pois desta maneira ela realmente aprende o que lhe está sendo ensinado. (IAVORSKI; JUNIOR. 2012)
Assim, o brincar como atividade lúdica é importante como forma de expressão do dia a dia da criança, de um modo que ela também possa ser livre para imaginar e fantasiar de forma que possa abrir possibilidade para o processo de aprendizagem da criança, como construção de raciocínio e reflexão com autonomia e criatividade.
Historicamente a criança nem sempre foi o que vemos hoje, na idade média a criança era vista como ser praticamente semelhante ao adulto, não existia uma distinção que separasse os direitos da criança e o adulto, a estrutura familiar principalmente dos mais pobres fazia com que a criança encarasse a vida com as mesmas responsabilidades de um adulto.
Assim ao falarmos da criança na antiguidade, podemos pensá-la como um objeto neutro e sem fase, esse período seria historicamente um afirmar que não existe aspecto infantil e período da infância, mas a concepção de infância não é somente limitada ao período e sim às características que dela se aplica, no brincar da criança que muito afirmamos ao discutir o lúdico neste capitulo.
O brincar da criança não existia, segundo Moyles (2006), a criança precisa brincar, esse aspecto começou a ser acentuado quando a criança foi vista como meio de trabalhofísico, lucrativo, impossibilitando o surgimento de discussões acerca do currículo escolar e sua formação social, e ainda afirma:
O comportamento de brincar é uma maneira útil de a criança adquirir habilidades desenvolvimentais – sociais, intelectuais, criativas e físicas. Em primeiro lugar grande parte do brincar é social. O brincar sociodramático e o brincar turbulento necessariamente envolvem coordenação de atividades entre um ou mais parceiros. (MOYLES, 2006.p.26)
Ariès apud Heywood (2004), mostra duas realidades uma na idade média na qual uma sociedade de cunho tradicional trata a criança como um adulto em miniatura, todos os direitos e deveres são vistos como um adulto, inclusive a maioria das responsabilidades e o aspecto “criança” é ignorado. E a outra realidade mostra o contrário, com a valorização da família e a preocupação sobrevivência, prosperar a “prole” a criança passa ocupar um dos centros de atenção da família e da sociedade (HEYWOOD, 2004).
Tais afirmações ao mesmo tempo em que vemos como uma importante contribuição para a história da infância não deixam de serem refutáveis, principalmente pelo historiador Heywood, que faz uma crítica bem construtiva aos estudos de Ariès, e isso podemos notar bem claro quando ele se apega muito aos comentários da idade média, estrutura de vida e sociedade, tudo para mostrar que não existia uma regra explicita de vida a não ser todos trabalharem de maneiras iguais para sobreviver. Com isso ele comenta uma inexistência da infância, ou seja, período transitório que vai entre passar a ser criança para ser adulto, mas que envolvia questões mais biológicas que puramente sociais. (HEYWOOD, 2004).
Nessa discussão de Heywood, ele quer mostrar que mesmo na idade média a criança tinha sim uma infância, talvez não reconhecida pela sociedade, mais que mostrava direitos e deveres, apesar de que toda despreocupação, existia, por exemplo, a igreja que via na infância - um ser em desenvolvimento, com características e necessidades próprias – pois eram elas a serem os futuros padres e que estariam a frente da igreja futura, assim podemos ver a família que se organiza para que o seu primogênito seja alguém na sociedade, um padre.
A história cultural da infância tem seus marcos, mas, também se move por linhas sinuosas com o passar dos séculos: a criança poderia ser considerada impura no inicio do século XX tanto quanto na Alta Idade Média. Dessa forma, por um lado, a mudança de longo prazo rumo a uma sociedade urbana pluralista favoreceu o surgimento gradual de uma versão prolongada da infância e da adolescência. (HEYWOOD, 2004, p. 45).
O texto reuniu pensamentos e reflexões sobre a história da infância e das políticas aplicadas à época, que nos ajuda a formular concepções que influenciaram uma proposta na educação infantil, na necessidade de uma educação escolar e com qualidade na infância e na adolescência, tudo isso ajuda a quebrar a ambiguidade, nos variados momentos que polariza a criança entre a impureza e a inocência, entre as características inatas e as adquiridas, entre a independência e a dependência, entre meninos e meninas.
Com esta afirmação de consciência e reconhecimento da infância e outras dadas por Heywood, que vamos encontrar vários Estudiosos, Filósofos, Pedagogos que vem difundindo a infância e conceitos que levem a mesma a ter sentido e estudo na sociedade, colocando a educação a serviço do estudo do desenvolvimento e da ideia de infância. (HEYWOOD, 2004).
Sendo assim as concepções sobre a infância se mostram diversas; estudiosos como Locke, Rousseau e outros são atraídos a uma visão romântica da infância, concebendo a partir do século XIX, crianças sem valores econômicos, mas de valor emocional inquestionável, infância como algo a ser escrito, puro e ingênuo que merece respeito e atenção para que possa se desenvolver segundo sua natureza normal.
Apesar de ser uma discussão antiga é um aspecto que vive em busca do novo na sociedade contemporânea, “a história cultural da infância tem seus marcos, mas também se move por linhas sinuosas com o passar dos séculos: a criança poderia ser considerada impura no início do século XX tanto quanto na alta Idade Média” (HEYWOOD, 2004, p. 45). Tudo que vimos sobre a criança tem seu valor, fazendo com seus direitos e a ideia de menoridade seja entendida por nós.
Com relação a nossa realidade podemos verificar que a pesquisa mostrou que a educação infantil a todo o momento procura conceber o brincar, o lúdico, como parte importante e crucial ao currículo da educação infantil, do ambiente da escola e para o desenvolvimento da criança e do seu corpo educacional, que muito busca ajuda para melhor trabalhar, como é demonstrado por Moyles:
Apesar da diversão e da aprendizagem que podem ocorrer pelo brincar livre, certas formas de brincar podem se tornar muito repetitivas. Por tanto, argumenta-se que os educadores têm um papel-chave a desempenhar: ajudar as crianças a desenvolver o seu brincar. (MOYLES, 2002. p 30)
Em todos os sentidos e também para a aprendizagem em geral a Escola Municipal de Educação Infantil Izoldina de Castro Maia integra pequeno espaço em que o brincar é disponibilizado, não com muito conforto, mas de forma que todas as atividades se tornam tão importantes que as crianças depois vão para casa com o gostinho que aquele ambiente trás uma satisfação e colocam em prática todo o afeto transmitido ali, com a família.
O espaço destinado às crianças brincarem é um pequeno corredor e o hall de entrada. A creche conta com amplo espaço externo, contudo, esse espaço não é adequado para as crianças desenvolverem atividades ao ar livre, pois não tem parque, caixa de areia, gramado, entre outros. Além disso, ao lado da creche existe um terreno baldio e nele podem-se encontrar animais peçonhentos impossibilitando aos professores desenvolver atividades no espaço externo.
Não encontramos muitos vestígios de uma negação dos pais em relação ao brincar das crianças no ambiente da creche, pelo contrário, muitos elogiaram o envolvimento das crianças e educadores no pequeno ambiente, diferente do que encontramos segundo o pensamento de Moyles “Os professores frequentemente lamentam o fato de que os pais não parecem valorizar as atividades recreativas no currículo mas, conforme discutimos antes, eles próprios estimulam implicitamente esta noção...”. (MOYLES, 2002. p. 22)
A criança demonstra entender o brincar no ambiente escolar como uma reflexão do que eles vão encontrar no social, a futura vida social, assim o interesse em saber as razões dos olhares, das chamadas de atenção, das regras e aprendizado, das conversas e diálogos dos educadores, o leva a cada dia ter uma nova visão de vida e crescimento interior, “A maior aprendizagem está na oportunidade oferecida à criança de aplicar algo da atividade lúdica dirigida a alguma outra situação” (MOYLES, 2002. p. 33).
As próprias crianças têm grande capacidade de absorver e modelar o ambiente que o cerca, quando uma criança chega e outras vão, todo o ambiente muda, pois cada uma tem um jeito contagiante de se mostrar e viver, tornando protagonistas inconsciente de seu próprio processo de crescimento e atores conscientes que aprendem, pois têm grande força no ambiente que elas ajudam a formar.
Os educadores e a direção da escola veem a criança no dia a dia como um ser em desenvolvimento, espontâneo, simples, que precisa de toda a atenção possível, pois está em um estado de fragilidade e dependência, por mais que ainda se achem independentes, e estes mesmos educadores vivem na busca e na esperança de dias melhores para estas crianças, o ambiente que as cerca, suas famílias e o sistema educacional.
Através dos depoimentos dos professores e educadores, coletados durante o período da observação, foi possível observar o que pensam sobre ludicidade, infância e educação.
3. METODOLOGIA
Para realização da atividade proposta, realizamos um levantamento bibliográfico com intuito de classificar informações teóricas publicadas em livros, artigos, revistas, com objetivo deaprofundar o conhecimento no tema em questão. Além disso, nesta etapa fizemos um levantamento de fontes bibliográficas através de pesquisas na Internet.
Após o levantamento bibliográfico, aplicamos a pesquisa de campo com objetivo de entrar em contato com o objeto de pesquisa. Nesta etapa, fizemos uma pesquisa exploratória com intuito de levantar informações a respeito do objeto de estudo. “A pesquisa exploratória busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestações desse objeto” (Severino, 2007, p. 123).
Após a definição do objeto de pesquisa e o método de coleta de dados, definimos o espaço geográfico/institucional que foi o campo empírico da pesquisa. O espaço definido foi uma instituição de educação infantil da cidade de Alto Araguaia – MT. Como instrumento de coleta de dados, utilizamos questionários e observação não participante. De acordo com Duarte (s.a.), a observação não participante,
[...] pode também ser compreendida como passiva, haja vista que quem observa apenas se limita a fazê-lo de forma neutra, ou seja, permanecendo alheio aos dados colhidos, posicionando-se do lado de fora e se mantendo como mero expectador. (DUARTE, s.a., p.?)
Severino (2007, p.25) afirma que observação é “todo procedimento que permite acesso aos fenômenos estudados. É etapa imprescindível em qualquer tipo ou modalidade de pesquisa”.
Quanto ao questionário (Apêndice C), Severino (2007) afirma que,
QUESTIONÁRIO Conjunto de questões, sistematicamente articuladas, que se destinam a levantar informações escritas por parte dos sujeitos pesquisados, com vistas a conhecer a opinião dos mesmos sobre os assuntos em estudo. As questões devem ser pertinentes ao objeto e claramente formuladas, de modo a serem bem compreendidas pelos sujeitos (SEVERINO, 2007, p. 125) 
O questionário foi aplicado a três professoras da instituição de educação infantil do município de Alto Araguaia. Estas profissionais serão identificadas doravante como Professora 1, Professora 2 e Professora 3. O questionário contém perguntas relacionadas a:
· Compreensão de movimento corporal por parte dos professores;
· Quais atividades que os professores desenvolvem na educação infantil que tenham relação com movimento e a importância que essas atividades têm para essa faixa etária;
· Como o professor utiliza o espaço físico da instituição para o desenvolvimento das atividades;
· Se o professor no seu processo de formação teve contato com disciplinas relacionadas ao movimento/linguagem corporal e, se este, participou de cursos de aperfeiçoamento relacionados ao movimento corporal na educação infantil.
Severino (2007) afirma que as perguntas de um questionário,
Podem ser questões fechadas ou questões abertas. No primeiro caso, as respostas serão escolhidas dentre as opções predefinidas pelo pesquisador; no segundo, o sujeito pode elaborar as respostas, com suas próprias palavras, a partir de sua elaboração pessoal. (SEVERINO, 2007, p. 125-126)
O questionário contém treze perguntas, sendo que duas dessas perguntas são fechadas e onze perguntas são abertas. Optou-se por uma quantidade maior de perguntas abertas visto que, dessa forma, as participantes da pesquisa elaboraram suas respostas de acordo com o seu próprio pensamento e experiências relacionadas ao tema que está sendo investigado.
Nesta fase da pesquisa, tínhamos a intenção de trabalhar com registro fotográfico das crianças na escola, contudo muitos pais se opuseram à exibição da imagem de seus filhos, deste modo este ato ficou impossibilitado visto que não tínhamos consentimento destes para o trabalho com fotos.
A observação não participante seria realizada, de preferência, em momentos específicos de atividades que envolvessem o movimento corporal, seja na hora das atividades recreativas ou mesmo em sala de aula. Mas em conversa inicial com a diretora esta afirmou que seria melhor observar todo o período de aula com os alunos, pois as professoras têm liberdade de fazer o planejamento de atividades de acordo com seu trabalho pedagógico. 
De posse do material colhido, foi possível elaborar a análise, apresentando os dados colhidos durante a pesquisa, além de apresentar um posicionamento referente ao tema do trabalho de pesquisa.
4. DESENVOLVIMENTO
4.1. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Para a realização da pesquisa proposta, visitamos a instituição que atende alunos da Educação Infantil. Esta atende crianças de vários bairros próximos ao centro, totalizando em torno de 150 crianças entre berçário e educação infantil.
A instituição funciona em um estabelecimento que não é o ideal para atender as crianças da Educação Infantil, pois sua estrutura física não condiz com o que é desejado para o processo de ensino aprendizagem inicial dessas crianças. É um prédio em bom estado, mas é adaptado para uma instituição de Educação Infantil; sendo que a sua estrutura não foi construída para atender ao propósito atual.
As salas de aula são pequenas em relação à quantidade de alunos por turma: em torno de quinze a vinte crianças, com mobiliário adequado à idade das crianças. Há um espaço onde as crianças fazem suas refeições: café da manhã, almoço e lanches entre as principais refeições, espaço este que não é muito amplo, e banheiros não condizentes com a idade das crianças, sendo de uso coletivo, tanto meninas e meninos utilizam o mesmo banheiro.
Uma situação que deve ser levada em consideração está no fato de a instituição não possuir um espaço amplo em que as crianças possam desenvolver atividades relacionadas ao entretenimento e lazer. O espaço destinado ao desenvolvimento de atividades recreativas da instituição é limitado ao hall de entrada e aos corredores que dão acesso às salas de aula.
Após observar as dependências da instituição, depois do contato inicial com a diretora da instituição para apresentar da Carta de Apresentação (Apêndice A), entramos em contato com as professoras da educação infantil com intuito de fazer o levantamento de informações sobre a utilização ou não do movimento corporal no ambiente escolar. Para o levantamento dessas informações entregamos um questionário para as professoras e estas se utilizaram do período vespertino para responder ao mesmo; além do questionário, também foram entregues às professoras o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice B).
A instituição tem três professoras que atuam no período matutino com as crianças e estas foram os alvos do questionário. No período vespertino as atividades são desenvolvidas com as monitoras, estas ficaram fora da pesquisa visto que ocupam cargo técnico.
Como dito anteriormente, neste trabalho, as professoras são identificadas como:
· Professora 1
· Professora 2
· Professora 3
Dentre os objetivos do questionário aplicado às professoras procuramos verificar como se dá o trabalho de movimento corporal dentro da instituição, além de procurar identificar quais são as atividades ligadas ao movimento/linguagem corporais desenvolvidas pelos professores e, também qual é a opinião dos professores a respeito do movimento/linguagem corporal como atividade pedagógica. A seguir segue a descrição do questionário (Apêndice C) e respostas fornecidas pelas professoras.
A primeira pergunta do questionário teve como objetivo verificar a quanto tempo as professoras atuam na instituição de Educação Infantil:
· Professora 1: Menos de 1 ano
· Professora 2: 1 a 3 anos
· Professora 3: 1 a 3 anos
A segunda pergunta do questionário teve por objetivo identificar a compreensão por parte das professoras do que elas entendem por movimento/linguagem corporal.
· Professora 1: É a forma de manifestação/comunicação do corpo diante de atividades realizadas e até mesmo de se relacionar no dia a dia.
· Professora 2: São atitudes tomadas pelo indivíduo a fim de se comunicar expressando-se de acordo com suas necessidades.
· Professora 3: A linguagem corporal é a maneira da criança se expressar através de seu corpo em diversas formas como através de gestos, mímicas.A terceira pergunta traz o questionamento às professoras se estas aplicam atividades que desenvolvam as habilidades motoras dos alunos e quais são as atividades desenvolvidas, e se estas atividades têm momentos específicos.
· Professora 1: Sim. Brincadeira de roda, cantiga de roda seguida de movimentos corporais como: alto, baixo, dentro, fora, seguir em linha reta e dança estimulando o desenvolvimento corporal.
· Professora 2: Existe momentos para tais atividades sim, pois na maioria das vezes é necessário mudar de ambiente, procurar o mais espaçoso e arejado da escola, sendo várias atividades.
· Professora 3: Sim, diversas atividades como correr, saltar obstáculos, equilíbrio em cima da corda, dança da cadeira, etc. A dança da cadeira, por exemplo, exige atenção e esperteza.
A quarta pergunta do questionário procura discutir qual a importância da atividade física/movimento corporal para a educação infantil e o que pode ser ensinado para uma criança nessa faixa etária em relação ao movimento corporal.
· Professora 1: Esse tipo de atividade é de suma importância, pois as crianças estão em total desenvolvimento e pode-se envolver todo tipo de aprendizado desde atividades que desenvolvam o cognitivo, social e pessoal das crianças.
· Professora 2: Tais conteúdos e atividades permitem flexibilidade de ação por parte do professor, visando o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos biológicos, psicológico e sociológico.
· Professora 3: A atividade física na Educação Infantil é muito importante, pois é nessa fase que a criança está descobrindo o próprio corpo, portanto nessa fase ela começa a construir uma imagem positiva mediante a exploração de diferentes movimentos e posturas do corpo.
A quinta pergunta do questionário tenta identificar quais as atividades são desenvolvidas com as crianças no que se refere ao movimento corporal ou Educação Física.
· Professora 1: Os meus alunos não fazem Educação Física, mas diariamente realizamos brincadeiras com bolas, bambolês, túnel, roda, dança e movimentos com braços, pernas, pés, mãos e cabeça através de cantigas de roda.
· Professora 2: Orientação do corpo no espaço, lateralidade, equilíbrio, coordenação dinâmica geral, sentido de direção.
· Professora 3: São realizados diversos tipos de atividades como imitar o meio de locomoção dos animais, dança da cadeira, pular obstáculos, etc.
A sexta pergunta tem como objetivo identificar como as professoras se apropriam do espaço físico da escola e como este espaço (de)limita a sua pratica pedagógica.
· Professora 1: Realizamos as atividades em sala e algumas vezes na varanda, pois o espaço é reduzido não oferecendo, às vezes, condições para realizar algumas atividades.
· Professora 2: O espaço aqui é limitado, pois é pequeno ou só a sala de aula.
· Professora 3: Devido ao espaço físico da escola ser pequeno as atividades são realizadas dentro da sala, deixando a desejar, pois se tivesse um espaço maior poderiam ser desenvolvido diversos outros tipos de atividades.
A sétima pergunta traz como questionamento se nas classes há ou não crianças com problemas motores.
· Professora 1: Na minha turma não.
· Professora 2: Sim. Tenho uma criança autista.
· Professora 3: Não.
A oitava pergunta questiona quais procedimentos são executados quando alguma criança apresenta dificuldade no desenvolvimento psicomotor.
· Professora 1: Nessa situação são desenvolvidas atividades voltadas para a necessidade da criança.
· Professora 2: Se muito acentuado deverá seguir as orientações do profissional fisioterapeuta que o assiste. Ser bastante criativo para uma interação com todas as crianças.
· Professora 3: Quando uma criança apresenta esse tipo de dificuldade procuramos integrar ele a outras crianças para que acompanhe e possa observar o jeito da outra criança agir.
A nona pergunta procura identificar a opinião das professoras no que diz respeito ao movimento corporal como atividade pedagógica.
· Professora 1: Muito importante, pois contribui ricamente para o desenvolvimento físico/motor e também cognitivo da criança.
· Professora 2: É de suma importância para um bom desenvolvimento amplo do indivíduo.
· Professora 3: O movimento corporal é de fundamental importância a ser trabalhado na escola, pois é através dos movimentos é que a criança irá construir a imagem do próprio corpo importante para seu crescimento e maturidade.
Com intuito de identificar a disseminação da cultura do movimento, questionamos as professoras a respeito de hábitos relacionados ao movimento corporal e atividades físicas. Sendo assim, a décima pergunta traz a seguinte indagação às professoras “Nos tempos de escola, como aluno, você praticava alguma atividade física nas aulas de Educação Física?”
· Professora 1: Vôlei
· Professora 2: Exercícios físicos
· Professora 3: Vôlei
A décima primeira pergunta busca o entendimento se as professoras, atualmente, praticam algum tipo de atividade física e como estas atividades contribuem em sua vida.
· Professora 1: Sim. Caminhada, contribuindo para que eu me sinta bem no dia a dia, tendo disposição para o trabalho e atividades domésticas.
· Professora 2: Academia...
· Professora 3: Sim. Faço musculação e caminhada que é de fundamental importância no meu dia a dia, uma vez que tenho problemas de coluna ajudando assim a ter uma qualidade de vida melhor.
As duas últimas perguntas são voltadas às formações das professoras. A décima segunda pergunta traz o questionamento: “Em sua formação inicial você teve contato com alguma disciplina com enfoque no movimento/linguagem corporal ou Educação Física? Descreva esse processo”.
· Professora 1: Não
· Professora 2: Didática geral. Brincando também se aprende onde levava como critério movimento e brincadeiras.
· Professora 3: Sim. Tinha aulas de Educação Física em que jogávamos muita bola e também outras atividades que envolviam corrida.
A décima terceira pergunta procura identificar se as professoras já participaram de algum curso de aperfeiçoamento ligado à Educação Física ou linguagem ou movimento corporal na Educação Infantil e o que as motivou a fazer o curso.
· Professora 1: Não
· Professora 2: Na faculdade de Arte Educação, oficina de teatro que engloba corpo em ação.
· Professora 3: Não
4.2. Percepções acerca do questionário aplicado às professoras
Tendo em vista, as respostas dadas pelos professores no questionário, podemos afirmar que os professores têm o apoio de atividades relacionadas ao movimento corporal com finalidades recreativas. Em alguns momentos presenciais podemos observar os professores desenvolvendo atividades que envolvam o desenvolvimento motor dos alunos, atividades relacionadas a equilíbrio e domínio de coordenação.
Assim, não “crucificaremos” os professores pelas atividades com o movimento corporal beirar apenas ao lúdico visto que este também é de extrema importância para o desenvolvimento infantil. De acordo com Martins et al (2010, p. 18)
[...] o brincar se faz necessário para o aprendizado. Seria algo assim como aprender brincando. E quanto ao aprender brincando, considero-o não uma ferramenta de uso para o puro aprender, mas uma proposição de um caminhar numa via de mão dupla que mostrasse que o aprender não precisa ser feito só de não alegrias, mas de alegrias de fato.
O uso do brinquedo e da brincadeira se faz necessário para propiciar esta condição de ludicidade e para aproximar a cultura adulta do ser criança, diminuindo a distância entre ambos. 
Desse modo, é possível perceber que a brincadeira é um instrumento que a criança se utiliza para desenvolver a sua aprendizagem. As brincadeiras são recursos que devem ser escolhidas com propósito educacional, mas não podem ser retiradas a sua essência que é prazer por parte da criança. Essas atividades sendo escolhidas de modo adequado, e com propósitos bem definidos, podem influenciar no modo de pensar da criança, podendo fazer com que reflitam à medida que tiverem que resolver problemas.
Contudo, de forma geral as atividades são percebidas como atividadesrecreativas, uma forma de manter as crianças ocupadas. Porém, podemos perceber que os professores, – de acordo com as respostas das questões doze e treze do questionário, em sua formação inicial tiveram pouco ou nenhum contato com disciplinas relacionadas ao movimento/linguagem corporal.
A maioria dos profissionais que atuam na Educação Infantil do município tem formação no curso de Pedagogia, Letras e formação em nível médio – no caso das monitoras, que passam o período vespertino com os alunos. Considerando essa formação é possível perceber o descaso, por assim dizer, em relação às práticas corporais. De acordo com Camargo e Finck (2010),
Os currículos desses cursos geralmente não contemplam disciplinas específicas para o desenvolvimento de conhecimentos sobre o corpo, o movimento e a ludicidade, e quando elas existem apresentam conceitos por vezes fragmentados, disciplinadores e rígidos, sem a possibilidade de uma discussão acerca da totalidade corporal relacionada à aprendizagem, ou sem elos com as demais áreas do currículo de formação.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em seu artigo 2º, referente à orientação à formação para a atividade docente, têm como um dos aspectos a serem observados o acolhimento e o trato à diversidade, porém observamos que a formação do profissional da educação tem dispensado pouca atenção a esse critério. (CAMARGO e FINCK, 2010, p.?)
Porém, há que se pensar que professores como profissionais tem o dever de se qualificarem e desenvolverem continuamente, podendo ser de forma individual ou coletiva em nível de escola. De acordo com Oliveira (2002) apud Camargo e Finck (2010): “A preocupação com a qualidade do ensino deve ser encarada como uma questão coletiva, não como problema individual de professores isolados”.
Como educadores devemos estar preparados para abandonar padrões de aprendizagens estabelecidos historicamente como corretos e ideais, na busca de uma educação que considere a diversidade entre as pessoas como um aspecto desafiador, potencializador e enriquecedor do processo de ensinar e aprender. (CAMARGO e FINCK, 2010, p.?)
A formação contínua dos professores deve capacitar estes para conhecer melhor o que hoje se sabe a respeito de suas possibilidades no trabalho pedagógico com vistas à promoção do desenvolvimento de seus alunos, bem como auxiliar as crianças na construção de conhecimentos mais amplos a respeito do mundo e de si mesmas.
4.3. Percepções decorrentes das observações
Para refletirmos as considerações feitas, nos baseamos a constituir uma observação compreensiva crítica sobre o professor. Ao observar as experiências de trabalho com movimento corporal por parte dos professores, automaticamente não pudemos descartar que a criança era reflexo da ação do professor e logo ela está entrelaçadas em nossa análise. Não objetivamos a contribuir para que a educação constitua elementos teóricos e metodológicos, pois a nossa análise é estritamente observadora.
Visando a construção dos detalhes da observação, pudemos constatar especificamente os movimentos corporais, situados dentro das salas, visto que o ambiente é limitado e muitas atividades são realizadas exclusivamente dentro da sala de aula e poucas fora da sala ocupando o ambiente do pátio. O trabalho pedagógico das professoras, juntamente com as monitoras, é realizado entre o berçário, maternal I e II, nos períodos matutino e vespertino. Essa intensa observação gerou algumas conclusões.
O professor também é objeto de análise na relação com os pais, quando não compreendem ou não aceitam algumas atividades que acontecem no contexto generalizado da própria escola. Muitos pais costumam ter certo receio de pontuar suas angústias, afastando-se desse contato essencial com os professores e com a equipe escolar, ao passo que outros, mantêm relações essenciais e claras com os professores, muitas vezes com colocações desnecessárias, como quando pedimos para retirar fotos da turma, alguns pais se sentiram incomodados e a nossa grande preocupação que isso recaísse sobre os professores fatigando a relação entre ambos. Nesse sentido, há que informar que neste trabalho não inserimos as fotos dos alunos, que seria também um dos objetos de análise, visto que muitos pais se incomodaram com o uso da imagem de seus filhos.
Desde o primeiro momento, a acolhida da professora, a oportunidade de expressão que um simples abraço um aperto de mão ou uma fala com um toque especial é sinônimo de uma expressão corporal valiosa. As professoras possuem um bom relacionamento com os alunos, faz questão de participar das atividades com os alunos, aprendendo brincando e desenvolvendo bem a atividade, ou seja, ensinando e aprendendo com eles.
Ao observarmos os professores e suas atividades, tivemos que ir a várias salas e ao mesmo tempo nos atentar em uma para tirarmos algumas conclusões. Durante o início das aulas, a turma mostrou-se bastante educada, atenciosa e animada com a professora, ao decorrer das atividades eles vão se encantando e demonstrando interesse pela ação e gestos da professora, os desenhos, e o brincar foram atividades que a professora utilizou como forma de contato e que não houve uma só conversa, mas, uma relação corporal que gera afeto e respeito, assim como consequência vem o carinho pelo ambiente e respeito ao próximo. 
Também como todo lugar, existe sempre o momento de discórdia e controvérsia, ações mais rígidas e bruscas foram muito bem trabalhadas não abandonando a motivação e a execução da atividade, alguns se sentiram tão satisfeitos chamando a professora para ajudar a desenvolver a tarefa, o toque o movimento aqui se torna a satisfação se ser acompanhado um prazer para aprendizagem. 
Em relação aos recursos pedagógicos que a escola possui, estes estão nos limites do ambiente como: quadro, pincel, bambolê, brinquedos bem grandes como cavalinho, obstáculos, bola e outros, sendo o uso didático do professor que contribui para que haja um movimento que também contribui para a atividade e a vida da criança.
O que chamou a atenção durante a observação foi a flexibilidade da professora e o cuidado que ela tem com os alunos e especial com os que tem mais dificuldades em desenvolver as tarefas/atividades, procurando realizar um acompanhamento individual com gestões, ação e expressões, sentar com o aluno, faz com o aluno e o auxilia com muita paciência, estimulando-o a pensar e agir por si próprio.
O ambiente da instituição foi capaz de orientar a atuação e a formação do professor em seus movimentos, envolvendo o no processo de educação com cuidado das crianças pequenas. De nossa parte, reconhecemos o ambiente, materiais, etc., conversamos com a diretora, com as pedagogas, com os diferentes funcionários, com as professoras e as crianças. Acompanhamos a organização do trabalho pedagógico de rotina, acompanhamos as atividades do grupo em que estávamos e, ainda, registramos algumas das opiniões de professores por meio de questionários – registrados em tópicos anteriores.
No que se refere à observação direta do trabalho das professoras com os grupos de crianças em sala ou no pátio, registramos as preocupações básicas acerca das experiências de movimento corporal dos educadores com as crianças, com intuito de compreender criticamente sobre o direito que todos têm de viver suas experiências de movimento corporal, entendidas aqui por nós como parte do sua vida.
A observação de um modo geral permitiu-nos registrar no dos acontecimentos pedagógicos as experiências de movimento corporal dos professores em relação às crianças. Além de descrever, de modo compreensivo crítico a ação, o espaço em que a ação ocorreu, os participantes que são os alunos, os modos de organização e desenvolvimento da atividade de um modo geral realizada, individual e em grupo.
Assim, é possível afirmar que devemos repensar a ação docente como sendo um desafio constante, principalmente quando se tem o compromisso de visar formar um aluno consciente, crítico e atuante no meioem que vivemos. Logo, podemos dizer que é através do conhecimento que nós como educadores, estamos entre os agentes de maior poder na construção desta sociedade, tornando-a crítica, reflexiva e atuante nas modificações necessário para progredir, procurando escolher, a tomar decisões, superar os desafios e assumir os riscos e resultados de nossas escolhas com responsabilidade.
	
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir de pesquisas, leituras, e a aplicação do projeto em campo é possível corroborar que o movimento/linguagem corporal é uma forma significativa e complexa de interação entre as crianças no ambiente escolar. Através do movimento corporal a criança desenvolve tanto aspectos relacionados à psicomotricidade quanto aspectos relacionados à partilha de objetos, compreensão de regras, aprende a organizar-se e colocar-se no tempo- espaço, entre outras possibilidades envolvendo o movimento/linguagem corporal.
A psicomotricidade tem contribuído de forma significativa com as práticas pedagógicas visto que ela visa fins educativos por meio do movimento, a liberdade de expressão e o uso da linguagem simbólica. O movimento corporal é um elemento que pode fazer intermédio entre a aprendizagem e o desenvolvimento da criança.
Desse modo, é de extrema importância que o professor conheça os caminhos que possibilitem a exploração das variadas formas de comunicação corporal das crianças, sem deixar de levar em consideração a individualidade, a história e a cultura de cada criança. A compreensão e o respeito pela história das crianças tornam-se fundamental visto que a expressão corporal destas será expressa a partir de suas vivências.
A partir deste ponto de vista, é possível compreender que o professor de educação infantil deverá considerar o movimento corporal como um dos princípios de suas atividades pedagógicas, possibilitando que o movimento/linguagem corporal encontre um significado na relação que a criança tem com seu semelhante e o mundo.
Assim sendo, a atividade didático-pedagógica do educador encontra-se permeada pelas vivências de seus alunos e sua própria experiência relacionados a um contexto em que o professor fez e faz parte. Com esta fala, queremos afirmar que o professor deve estar aberto aos novos desafios cotidianos; desafios estes que, por muitas vezes, detém-se em preconceitos estabelecidos em relação às possibilidades de aprendizagem e ao desenvolvimento dos alunos.
Contudo, estes receios e preconceitos devem ser abandonados. Podemos acreditar em mudanças em uma escola melhor e mais significativa, que une o conhecimento, satisfação, alegria, ludicidade, descoberta, mente e corpo; assim sendo, a escola será capaz de propor atividades que sejam desafiadoras em um ambiente de cooperação, interação e desenvolvimento humano.
Durante esse tempo, nos possibilitou a refletir sobre a realidade da nossa sociedade, da educação e do sistema escolar, que ele é valido e faz se acontecer. A construção do pensar destes alunos foi muito interessante, eles se imaginam dentro das situações colocadas em sala de aula com relação à brincadeira se apresentam com o conhecimento constituído daquilo que vivem e respondem no dia a dia [...] buscando superar a dicotomia entre socialização/escolarização e brinquedo/trabalho. (...) integrando cuidado e educação em ações educativas que levem em conta o desenvolvimento infantil e a cultura infantil de cada criança [...]. (WAJSKOP, 2012. p32)
 Pudemos observar que o conhecimento tem presença garantida em tudo que foi feito. Esse relatório de estagio supervisionado nos possibilitou como acadêmico a conhecer a realidade educacional de uma escola de educação regular infantil e comparar o que aprendemos na teoria com a prática, pois existe muita diferença entre o ver e o fazer, permitindo uma pequena compreensão da importância da interação entre professor-aluno, num processo de ensino aprendizagem, para aprender novas formas de brincar, as crianças precisam ter contato diário com outras crianças não só seu agrupamento, mas com as mais velhas, em espaços da própria instituição infantil e fora dela, sendo assim um ponto determinante na construção de nossos conhecimentos e de outros. (MINISTÉIRO DA EDUCAÇÃO, 2012. p37). 
Este trabalho não se finda aqui, pelo contrario esta em estagio inicial, pretendemos aprimorar a pesquisa quanto aos dados que buscam categorizar, o pensamento do lúdico, o lugar do brincar e a influência do mesmo, na aprendizagem da criança, tentando encontrar um posicionamento crítico sobre os dados observados, como também buscamos aprofundar o que proporciona o espaço lúdico a criança, aos sujeitos que estão a sua volta, ao ambiente e educadores.
Assim dizemos que devemos repensar a ação docente como sendo um desafio constante, principalmente quando se tem o compromisso de visar formar um aluno consciente, crítico e lúdico atuante no meio em que vivemos. Logo, dizer que é através do lúdico que nós como educadores, estamos entre os agentes de maior poder na construção desta sociedade, tornando-a crítica, reflexiva e atuante nas modificações necessário para progredir, procurando escolher, a tomar decisões, superar os desafios e assumir os riscos e resultados de nossas escolhas com responsabilidade.
6. REFERENCIAS
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FERREIRA, Carlos Alberto de Mattos; HEINSIUS, Ana Maria; BARROS, Darcymires dorego. Psicomotricidade escolar. Rio de Janeiro: wak, 2008.
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SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2007.
 ANEXOS
8 APÊNDICES