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ARTIGO - O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TATIANA CRISTINA KNUP SANTOS, 
Graduada em Pedagogia pela faculdade UEG, tati.knup@gmail.com
RESUMO
A história aponta que a orientação educacional é uma das funções exercidas pelo profissional da educação denominado pedagogo. Nos diferentes contextos dos estados brasileiros e nas instituições escolares, este profissional, quando atuante, recebe denominações variadas e exerce atividades também variadas. A essa diversidade pode ser percebida certa descaracteriza da dimensão desse profissional. Com isso, seja na rede pública ou até mesmo particular ele não pode perder sua essência, como sendo um profissional que ajuda, apoia e aponta caminhos que sejam relevantes ao educador e ao estudante. No ambiente escolar esse orientador, e, dessa forma, do momento que o homem decide ser social, não há como fugir a ações afetivas, pois as relações acabam levando a afetividade entre as pessoas, quanto mais em sala de aula que o professor tem objetivos e deseja alcançar todos e a aprendizagem da criança com significado e qualidade, a afetividade vai ser o elo que os levará a falar a mesma linguagem e entender um ao outro sem barreiras.
Palavras-chaves: Aprendizagem. Educação Infantil. Escola. Orientador Educacional.
ABSTRACT
The history indicates that the educational orientation is one of the functions exercised by the education professional called pedagogue. In the different contexts of the Brazilian states and in the school institutions, this professional, when active, receives varied denominations and also carries out varied activities. This diversity can be perceived as discharacterizing the dimension of this professional. With this, whether in the public or even private network, it cannot lose its essence, as a professional who helps, supports and points out ways that are relevant to the educator and the student. In the school environment this advisor, and thus, from the moment that man decides to be social, there is no way to escape from affective actions, because relationships end up leading to affectivity among people, the more in the classroom that the teacher has goals and wants to achieve All and the learning of the child with meaning and quality, the affectivity will be the link that will lead them to speak the same language and understand each other without barriers.
Key words: Learning. Early childhood education. School. Educational Advisor.
INTRODUÇÃO
A profissão do orientador educacional era entendida como uma prática social ampla, sempre a serviço da escola pública, repleta de desafios e caminhos conflitantes. Na história dos cursos de Pedagogia houve a formação dos profissionais para o exercício de funções ligadas à gestão educacional, que tinham como função: administrar escolas, orientadores educacionais e supervisores de ensino. Destes profissionais era feita muita exigência, o que muitas vezes os levava a mudarem de estado, e acabarem por encontrar realidades profissionais diferentes e, em muitas delas, o seu campo profissional apresentar-se bastante restrito. 
A educação se dá por meio de ações que trazem o aluno para mais perto do professor e de suas intervenções, o cotidiano é permeado por variadas situações, cada um tem uma forma de pensar e agir e assim, precisam estreitar os laços que os envolve, na dinâmica da aprendizagem o educador serve de elo e o aluno é a figura central desse processo de aprendizagem. 
Não se pode esquecer que é sempre necessária a renovação de ações para que o processo ensino aprendizagem seja estruturado de modo a manter-se organizado e eficaz. A afetividade é uma constante na relação aluno e professor e esta deve ser amigável e respeitosa, constante e clara. Deve ser levado em conta que os conflitos existem e ajudam a melhorar a relação e mudar de ponto de vista, em especial pelo professor que tem que portar de forma madura e profissional. 
Ao que se sabe é que uma das grandes preocupações dos Orientadores Educacionais tem sido a busca por redefinir seu papel, numa tentativa de esclarecer a todos envolvidos no contexto escolar, o que ele deve de fato realizar na escola e com isso tentar diminuir a insatisfação profissional e valorizar o seu papel educativo.
A educação se dá por meio de ações que trazem o aluno para mais perto do professor e de suas intervenções, o cotidiano é permeado por variadas situações, cada um tem uma forma de pensar e agir e assim, precisam estreitar os laços que os envolve, na dinâmica da aprendizagem o educador serve de elo e o aluno é a figura central desse processo de aprendizagem. 
Não se pode esquecer que é sempre necessária a renovação de ações para que o processo ensino aprendizagem seja estruturado de modo a manter-se organizado e eficaz. A afetividade é uma constante na relação aluno e professor e esta deve ser amigável e respeitosa, constante e clara. Deve ser levado em conta que os conflitos existem e ajudam a melhorar a relação e mudar de ponto de vista, em especial pelo professor que tem que portar de forma madura e profissional. 
Cabe ao educador o máximo que puder conhecer a realidade do aluno e com isso influenciar em sua aprendizagem, em seu rendimento, em sua atenção. É preciso maior entendimento do que é realmente importante para o aluno por parte do educador, é relevante que a família seja efetiva nas ações pedagógicas para assim, haver maior interatividade entre a relação aluno e professor, daí,a melhoria da qualidade de aprendizagem dos educandos. O universo infantil, quando observado mostra uma gama de conceitos e formas de se resolver alguns problemas, por isso é imprescindível atenção para notar a melhor maneira de diagnosticar avaliar esta criança.
 
Quando se tem em mente o que fazer para resolver os impasses, parte-se da avaliação, e esta tem como meta conhecer resultados, e na escola o resultado das intervenções deve ser buscado de maneira aprofundada tendo em vista que o conhecimento das situações seja completo e as atitudes para solução possam atingir o problema e trazer o resultado esperado. 
Nas várias etapas de vida de uma pessoa desde a infância até a idade adulta em que ela passa por inúmeras fases podem ser encontradas dificuldades, barreiras ou problemas que deram ênfase ao que traz a complicação, pois cada um tem uma maneira de perceber o momento em que se vive, mas quando se tem a ajuda apropriada nenhuma condição por mais difícil que parece perdura. 
Vale lembrar que a aprendizagem significativa demanda condições em que o aluno tenha disposição para aprender, ou por de uma memorização de forma arbitrária, ou então, de forma que a aprendizagem seja mecanizada. Após isso, é que o conteúdo escolar passa a ter significado.
A questão central dessa pesquisa é qual o papel do profissional orientador educacional na educação infantil? Com essa pergunta poder levantar dados que nos forneçam as informações adequadas ao pleno conhecimento do tema sugerido para esse estudo. 
Para esse estudo tem foi elaborado o seguinte objetivo geral, investigar o papel do orientador educacional da educação infantil, e como objetivos específicos, reconhecer a importância do orientador educacional no contexto escolar e os benefícios de suas ações; definir Educação Infantil; definir orientação educacional. 
MATERIAL E MÉTODOS
O material utilizado para a realização dessa pesquisa foi obtido pela leitura de livros baixados na internet, arquivos e sites como Bireme e Google Acadêmico, o que pôde dar ênfase para acrescentar maior conhecimento acerca da temática escolhida para esse estudo.
A metodologia de estudo pela pesquisa bibliográfica pode ser melhor orientada quando a leitura é feita em material que enfatizam a veracidade do assunto, assim esse estudo tem como base uma leitura crítica e que possa atender a problemática ofertada na introdução.
Para a promoção da pesquisa bibliográfica o uso da leitura é realizado “através do que se podem identificar as informações e os dados contidos no material selecionado, bem como verificar as relações existentes entreeles de modo a analisar a sua consistência” (LIMA; MIOTO, 2007, p.41).
DISCUSSÃO
A Educação Infantil é a primeira etapa da educação escolar que se inicia dos 4 aos 5 anos de idade, na pré-escola, antecedendo ao Ensino Fundamental primeira fase. A criança já foi entendida como um ser sem definição. Entretanto essa criança é sujeito de olhares e busca por mudanças na educação e vários contextos da sociedade (BRASIL, 1996).
Por se compor de um processo dinâmico a educação eleva as capacidades do indivíduo de criar, e com as crianças não seria diferente já que elas são extremamente criativas e atentas, têm um olhar apurado e distinguem o amor e o desafeto logo de cara. 
E a lei traz as especificações a cerca da educação infantil e ao visualizar na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em seu artigo 29, pode-se constatar que, 
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996, s/p.).
Essa Educação Infantil deve ser ofertada em creches, ou instituições correspondentes, para atendimento das crianças de até três anos de idade (BRASIL, 1996, s/p.).
Após o período da Revolução Industrial onde as mulheres deixam o lar e trabalhar para sustentar a família, ajudando o esposo e dividindo atribuições. A criança passa a ter o olhar voltado para sua pessoa, na década de 1970 a 1980 vai acontecer que a criança começa a ser atendida, a ser vista como um ser que precisa de atenção e cuidados específicos. 
Dessa forma, o que fica para entendimento é que a história dessa educação ano corresponde a simples enfoque na criança e suas necessidades, mas num embasamento de que essa fase da vida é carregada de especificidades e com isso,
Torna-se importante, ainda, pontuar que a história do atendimento relacionado à educação infantil no Brasil corresponde a múltiplas determinações da reprodução da vida social, visto que as instituições de educação da criança pequena estão em estreita relação com as questões que dizem respeito à história da infância, da família, da população, da urbanização, do trabalho e das relações de produção. Quem tem mais condição financeira não se passa por certas dificuldades (ANDRADE, 2010, p. 23).
As discussões acerca da educação na infância sempre tiveram como bojo o fato de muitas crianças de famílias menos favorecidas não terem o mesmo acesso as escolas, como as crianças advindas de famílias mais abastadas e, por isso poder frequentar boas escolas e locais que enfatizassem sua aprendizagem e cultura. (ANDRADE, 2010).
Sabe-se que no campo da Educação Infantil inúmeros são os desafios que envolvem essa etapa que vai desde infraestrutura até a prática de sala de aula. A criança necessita de prepara como o jovem, não apenas porque ela está em crescimento, mas por ser a base para o futuro. Uma das funções que assumiu a trajetória da Educação Infantil foi a de assistencialismo o que levava a criança a ser preparada para a alfabetização. 
As primeiras creches eram desconsideradas, não eram muito adequadas e ali era onde ficavam abrigados os filhos dos operários de classes menos providas de dinheiro, eram colocados ali como se fossem depositadas, guardadas, sem muito cuidado e orientação, pouca higiene e quase nenhum cuidado físico.
Lobo salienta que,
A política assistencialista presente historicamente na dinâmica do atendimento à infância brasileira fez com que a formação e a especialização do profissional na área se tornassem desnecessárias, pois, para tanto, segundo a lógica dessa concepção, bastariam a boa vontade, gostar do que se faz e ter muito amor pelas crianças (LOBO, 2001, p.141). 
 
As crianças não eram vistas e tratadas como no momento presente, com profissionalismo e respeito. O olhar sobre elas não era como hoje que é cuidada e tem acesso à escola, já houve muita situação em que a criança foi muito desconsiderada como ser. “A infância é uma etapa que deriva de estranhamento dos mais pobres mesmo na etapa do desenvolvimento e fase de aquisição de conhecimentos e trocas de experiências. ” (NUNES, 2011, p.07)
A criança deve ser reconhecida em sua essência e relevância como ser, que deve ter cuidados e atenção específicos, em especial com relação à educação. Como o tempo passa e as mudanças acontecem, entende-se que a educação na infância exige o controle das ações em sala, da afetividade e o uso de métodos e técnicas que enfatizem o saber e as trocas entre as crianças que, vão criando hábitos e atitudes convenientes para se viver melhor socialmente. Apoio e atenção são necessários e elas, as crianças, precisam dos bons exemplos para seguir e se moldar. 
Ao longo dos tempos, a escola foi ganhando um espaço mais acadêmico e menos abrigador, no contexto pedagógico os alunos podem descobrir, pesquisar e conhecer, embora tempos antes pudessem apenas ouvir e repetir o que lhes era ensinado, para poder prestar serviços nas fábricas e indústrias, no princípio do século XX. Como se sabe a educação passou de tradicional a construtivista após anos de luta por mudanças de paradigmas. 
Mesmo com muitas instituições e profissionais agindo de maneira tradicional liberal, depositária, a educação ganha novos moldes e disfarçadamente não exerce o papel bancário tão escandalosamente como outrora.
A imagem global do plano almejado pelas informações que se encontram disponíveis para o decênio de 80 qualifica-se por uma grande vulnerabilidade e por agravadas divergências na gerência e administração das políticas federalistas de benefício dos projetos pré-educacionais e creches no país. A transcurso política trouxe como resposta ganhos legais, com a proclamação da Carta Magna de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990. Com isso, as correntes prerrogativas reconhecidas para infância não foram garantidas por nenhuma previsão em relação a uma fonte representativa de recursos (CAMPOS, 1992, p. 19)
 
A criança vai construindo seu espaço de acordo com a oportunidade que lhe é permitida, a infância é uma fase permeada de sentimentos e de situações que levam a aprender de maneira bastante significativa, quando bem estimulada ela vai mostrando na prática o que aprendeu e coloca em uso na sua vida e em seu comportamento com o outro o que é visível. 
Grossi compartilha que o processo educativo desencadeia as possibilidades de solucionar os problemas propostos, na infância deve haver o preparo para que quando adultos tenham mais oportunidade de lidar com os desafios do cotidiano da vida em comum, opondo-se quando ano concordar com a verdade que pertence ao outro e sendo firme em suas decisões. 
Para o processo desencadear tem que haver um problema e para esse problema há de se mergulhar na vivencia do campo conceitual. Uma criança só aprender quando se defronta com o universo de muitas vivencias e maior número de contatos com códigos e símbolos, lhe será muito rico o fato de viver experiências paralelas (GROSSI, 2002, p. 94). 
Dessa forma, o contato com a possibilidade de situações ajuda e envolve a criança que vai aprendendo e sistematizando o saber que se fortalece com o passar do tempo e de seu amadurecimento pessoal. Dentro do contexto escolar a infância vai delineando novo molde e vai assimilando uma nova forma de vivenciar e perceber os acontecimentos em sua volta. Por isso na escola a criança troca experiências e avança em sua estrutura pessoal, adquirindo qualidade de vida social e conhecimento aprimorado. 
A criança é vista como um ser exige atenção e cuidados específicos, mas ela aprende com muita facilidade e demonstra seus medos e desejos quando brincando começa a conversar e expor o que lhe acontece em casa ou no meio social em que convive. Nos desenhos manifesta com pinturas que chamam a atenção por sair do comum a que o educador, esteja acostumado a ver. 
Quando chega a escola a criança vai cheia de dúvidas, curiosidades e ao mesmo tempocom certo medo, pois é algo desconhecido que vem por aí. Tudo que é novo traz certa insegurança. Mas ao chegar na escola e perceber outras crianças, um ambiente alegre e propício para recebe-los a ideia de insegurança vai se afastando e dá lugar a curiosidade e vontade saber tudo que pode acontecer lá dentro. 
As diversidades comuns podem oferecer a oportunidade de o professor lidar com situações que propiciem atitudes que amplie o saber dos alunos. Em sala sempre vai haver diferenças, pensamentos distintos, atitudes dicotômicas, mas sempre será possível conviver e aprender juntos tendo em vista crescimento pessoal e o desenvolvimento coletivo da turma. 
Juntos em uma sala de aula as probabilidades de ampliação do conhecimento sobre os mais variados temas é de fato muito maior, por isso o professor deve estar sempre atento a incentivar a discussão de modo a ampliar o saber que advém das trocas entre a turma. 
Em sala com alunos em diversificados níveis e estilos de aprendizagem o educador deve usar desse meio para a promoção de situações de aprendizagem que sejam desafiadoras. Todos no contexto escolar fazem uma reflexão em conjunto para a solução de problemas do seu cotidiano. E assim, necessita um redimensionamento do fazer pedagógico visando atender cada necessidade educacional dos educandos. Num espaço escolar democrático a criança sente-se respeitada e respeita o outro para que todos sejam acolhidos igualmente (TRISTÃO, 2006, p. 33).
Como se espera que a aprendizagem tenha início em casa no seio familiar chegando até a escola os alunos precisam apenas do aprender educacional. Aprimorar comportamentos, dividir e compartilhar situações, coisas que são realizadas em grupo. Nesse meio começam as relações que podem parecer não dar certo, mas que ao longo do tempo a criança verifica que o colega pode ser um bom parceiro e ali começa uma boa amizade. 
Para que a formação humana aconteça de maneira totalizada na vida infantil, esse ser começa a ser percebido de forma diferenciada e começa a ser mandada para a escola, para se livrar de maus exemplos que eventualmente aconteciam em casa ou nos vizinhos onde se mantinha relações, longe de maus tratos caso houvesse, e, para se tornar melhor quando adulto com uma visão mais aprimorada do ser humano. 
No ambiente escolar essa criança podia aprender o que lhe ajudaria a ser sociável, a ler e ter conhecimento para a produção. A educação tecnicista em algumas escolas e lugares ainda tem pequenos traços, assim como a educação tradicional. Mesmo com a evolução da educação para que houvesse uma desconstrução do passado, e ascensão de uma educação construtivista e mais leve. 
Diante do que o contexto histórico da Educação Infantil, demonstrou por séculos onde essa criança era de total responsabilidade de sua família, e que sua mãe especialmente que tinha como função zelar pela educação de sua prole, e cuidar da casa e do esposo que trabalhavam pesado nas fazendas nas lavouras, em busca do sustento de sua casa e dos seus entes familiares, para não deixar faltar o mínimo que necessário a sobrevivência de todos que era seu alimento ao corpo físico. 
O entendimento sobre o que vem a ser orientador educacional leva a fazer uma breve retrospectiva histórica, pois há diversas vertentes ao longo de seu desenvolvimento. Com isso, ao se transferir o conceito original de Orientação, para um conceito metafórico de Orientação Educacional, este pode ser definido como uma ação consciente de situar o educando no campo educacional, segundo os pontos básicos do processo educacional.
O conceito de orientação significa ação ou efeito de orientar. Orientar é um processo humano de colocar pessoas ou coisas na direção do oriente como ponto de referência. 
Mostrou-se válida na ordenação de sociedade brasileira em mudança na década de 1940 e incluía a ajuda ao adolescente em suas escolas profissionais. A autora mostra que a primeira menção a cargos de orientador nas escolas estaduais se deu pelo Decreto n. 17.698 de 1947, referente às Escolas Técnicas e industriais. (PASCOAL; HONORATO E ALBUQUERQUE, 2008 p. 102).
No Brasil a Orientação Educacional tem seu surgimento no início da década de 20, mais especificamente na capital paulista. Ela foi introduzida pelo professor e engenheiro suíço Roberto Mange, cujos trabalhos iniciais foram realizados na área de orientação profissional. O país atravessava nesse momento um período de instabilidade econômica. E, no campo educacional, as oportunidades eram reservadas para as classes dominantes, enquanto que as classes menos favorecidas não podiam alcançar melhores condições de vida, ou seja, a escola reproduzia as desigualdades sociais.
Com a Lei Orgânica do ensino Industrial em 1942, veio também pela primeira vez, algo sobre Orientação Educacional. Nesse cenário seu papel seria trabalhar com a ascensão das qualidades morais individuais de cada um, em busca de revelar suas aptidões naturais, o que ajudaria na escolha da carreira profissional. Em seguida seu papel recebe caráter disciplinatório, alunos que saíam dos moldes desejados eram encaminhados ao SOE (Serviço de Orientação Educacional). 
Com um olhar mais voltado para ajustamento e falta de disciplina, assim era definida sua função, pouco ou nada voltada para a autonomia do aluno. Daí as pessoas eram rotuladas em mais capazes e menos capazes, àqueles que exerceriam funções subordinadas e àqueles que exerceriam funções de chefia ou direção. Nesse contexto, percebe-se uma ação discriminatória, onde, caso necessário, os indisciplinados eram postos em classes especiais e os vistos como mais capazes tinham as habilidades treinadas para que mais tarde ocupassem os melhores postos de trabalho. 
Como já exposto, o histórico da Orientação perpassa por diversas fases e papeis exercidos por esse profissional, em diferentes contextos históricos e políticos. O campo de atuação era voltado para “desajustes” escolares, hoje o papel desempenhado por esse profissional é outro,
A orientação, hoje, está mobilizada com outros fatores que não apenas e unicamente cuidar e ajudar os, alunos com problemas. Há, portanto, necessidade de nos inserirmos em uma nova abordagem de Orientação, voltada para a „construção de um cidadão que esteja mais comprometido com seu tempo e sua gente. Desloca-se, significativamente, o onde chegar‟, neste momento da Orientação Educacional, em termos do trabalho com os alunos. Pretende-se trabalhar com o aluno no desenvolvimento do seu processo de cidadania, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas através do diálogo nas relações estabelecidas. (GRINSPUN, 1994, p. 13) 
Conforme Grinspun, esse profissional orientador era tido como uma figura mais neutra no processo educacional, com a função de guiar os educandos mais jovens em sua formação cívica, moral e ate mesmo religiosa, atualmente, entende-se por ele e sua função maior comprometimento profissional com sua área, com a história de seu tempo e com a formação do cidadão. 
Esse orientador precisa fortalecer o contato entre escola e comunidade, já que é tão importante para o aluno o entendimento da sua história real vivida. Com isso, o orientador consegue exercer um de seus papeis, que é atuar na construção do indivíduo, fazendo com que ele tenha compromisso com sua comunidade, desenvolvendo assim, a cidadania. O principal papel da Orientação será ajudar o aluno na formação de uma cidadania crítica, e a escola, na organização e realização de seu projeto pedagógico. Isso significa ajudar nosso aluno completamente, 
Com utopias, desejos e paixões. (...) a Orientação trabalha na escola em favor da cidadania, não criando um serviço de orientação (grifo da autora) para atender aos excluídos (...), mas para entendê-lo, através das relações que ocorrem (...) na instituição Escola. (GRINSPUN, 2002, p. 29)
O que mostra que seu papel vai além dos portões da escola. Ele deve auxiliar o trabalho do professor, fazer a ponte entre família e escola, dar apoio para o aluno no processo educacional, realizar projetos para atenderas necessidades de seus alunos, entre outras diversas atribuições que lhe são dadas. O orientador educacional tem um papel fundamental na vida do aluno, da família e ate mesmo dos professores. 
É ele o responsável pela mediação entre todos os envolvidos no processo educacional. É um papel desafiador, que foi ganhando, com o passar dos anos, suma importância no âmbito escolar. Infelizmente, seu papel ainda não está muito bem definido dentro das escolas, e ele acaba por realizar as atribuições de outros profissionais. Sua figura muitas vezes é confundida com a do psicólogo, coordenador, professor. No final, ele realiza todas essas tarefas, mas o seu real papel precisa ser bem desenhado, para que ele consiga realizar seu trabalho com excelência e sem sobrecarga.
A LDB de 1971 trouxe a obrigatoriedade do orientador nas escolas de 1º e 2º grau, sejam públicas ou particulares. No Capítulo I, no décimo artigo temos: “Será instituída obrigatoriamente a Orientação Educacional, incluindo aconselhamento vocacional em cooperação com os professores, a família e a comunidade”. 
Em 1973 é criado o Decreto – Lei n° 72.846 de 26/06/1973, que regulamentou as atribuições do Orientador Educacional em âmbito nacional, e até os dias de hoje a atuação desses profissionais estão baseadas nesse documento. O legislador estabeleceu atribuições privativas, nas quais o Orientador deve coordenar e participar, atuando em cooperação com os demais membros da escola.
CONCLUSÃO
O saber e o desenvolvimento pleno e efetivo dos alunos constituem um provocamento e como todo desafio tem-se que acontecer o conhecimento para esquivar-se e compreensão para circundar e conquistar os contratempos que virão e consequência. Dessa forma, diante da adversidade que a escola propõe, é necessário conhecer o que os espera e poder agir em conformidade com as necessidades que lhes são apresentadas. Haver o encorajamento e incentivo a exploração de novas formas de como efetivar a integração dos alunos com suas necessidades educativas de modo geral, mesmo as crianças especiais. 
A escola e a equipe pedagógica estão sempre em busca de ações que ampliem as possibilidades de aprendizagem dos alunos, e, para esses, a resposta é sempre esperada quando avaliados conseguem responder de maneira eficiente aos questionamentos, sejam eles de que maneira sejam feitos. 
Sempre os fatores afetivos dão maior suporte aos alunos quando estes se sentem queridos, amados e recebendo de fato a atenção da sua família e da escola para a progressão da sua aprendizagem de forma concreta e plena. Dessa forma, não é demais dar atenção e carinho aos alunos na infância e levá-los a se sentir importantes e queridos na vida dos que a eles dispensam atenção. 
Assim, as dificuldades escolares ficam mais distantes e o clima de sala de aula fica mais agradável, e de aceitação para que todos se beneficiem no conjunto das atividades pedagógicas. Educador e educando fazem parte do mesmo contexto e ambos se beneficiam. 
O que é possível notar é que o papel do orientador, ainda hoje não é bem delineado e não recebe a importância que deveria, onde esses profissionais continuam assumindo funções não obstantes de suas atribuições, como por exemplo, trabalhar em funções administrativas. 
Com base nas observações, os autores pesquisados e na legislação atual constata-se que existe uma teoria, um marco legal sobre o papel do Orientador na escola, existe um movimento de uma prática pedagógica, mas a teoria não consegue apoderar-se de toda a prática e por isso é necessário que exista uma equipe multidisciplinar e vários tipos de orientação, onde fique claro não deve ser um orientador e sim uma equipe de orientação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, L.B.P. de. Educação infantil: discurso, legislação e práticas institucionais. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. 194p.
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BRASIL, Lei nº 4.244, de 9 de abril de 1942. Lei Orgânica do Ensino Secundário. 
BRASIL, Lei nº. 4.073, de 30 de janeiro de 1942. Estabelece o Papel do Orientador Educacional. 
BRASIL, Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 
BRASIL, Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Lei de Diretrizes e Bases sancionada durante o regime militar. 
BRASIL, DECRETO - N o 72.846, de 26 de setembro de 1973. Acerca do objeto da Orientação Educacional a assistência ao educando.
CAMPOS, M. M.; HADDAD, L. Educação infantil: crescendo e aparecendo. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 80, p. 11-20, fev. 1992.
GRISPUN, Míriam P. S. Z. A Orientação Educacional: conflitos de paradigmas e alternativas para a escola. São Paulo: Cortez, 2003. 
GRISPUN, Mírian P. S. Z. A Orientação Educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a escola. 5. Ed. São Paulo: Cortez, 2011.
GROSSI, Esther. A coragem de mudar em educação. Petrópolis, RJ. Vozes, 2002. 
LIMA, T. C. S. de; MIOTO, R.C.T. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Katál, Florianópolis, v.10, SPE, 2007.
LOBO, A. P. Políticas públicas para educação infantil: uma releitura na legislação brasileira. In: VASCONCELLOS, Vera. (org.) Educação da infância: história e política. 2ª ed. Niterói: EDUFF, 2001.
NUNES, C. M. F. Saberes docentes e formação de professores: um breve panorama da pesquisa brasileira. Educação e Sociedade. Campinas: Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES), nº 74 2011. 
PASCOAL Miriam; HONORATO Eliane Costa; ALBUQUERQUE Fabiana Aparecida. O orientador educacional no Brasil. Em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982008000100006 > Acesso em: 18 setembro/ 2019.
TRISTÃO, R. M. Educação infantil: saberes e práticas da inclusão: dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento. 4. ed. Brasília, DF: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.

Outros materiais