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avaliação pelo método de equivalência patrimonial

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1 
 
Avaliação de investimento pelo Método de Equivalência 
Patrimonial (MEP) 
 
A equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o 
valor contábil do investimento ao valor equivalente à participação 
societária da sociedade investidora no patrimônio líquido da 
sociedade investida, e no reconhecimento dos seus efeitos na 
demonstração do resultado do exercício. 
 
O valor do investimento, portanto, será determinado mediante a 
aplicação da porcentagem de participação no capital social, sobre 
o patrimônio líquido de cada sociedade coligada ou controlada. 
Os investimentos em participações societárias são classificados no 
Balanço Patrimonial, no subgrupo Investimentos do Ativo não 
Circulante, e são avaliados: 
 Conforme o caso, pelo valor de Patrimônio Líquido (Método de 
Equivalência Patrimonial) ou, 
 Pelo custo de aquisição. 
 
A avaliação das participações societárias em empresas pelo valor de 
Patrimônio Líquido está disposta na Lei nº 6.404 de 1976, arts. 179, 
183, 243 , 247 e 248, Lei nº 11.941 de 2009, Decreto nº 3.000 de 
1999 - RIR/1999, arts. 384 a 391, 426 a 428 e 654, Resoluções do 
CFC nº 1.139 de 2008 e 1.157 de 2009, item 39 a 51, Parecer 
Normativo CST nº 82/1978, Parecer Normativo CST nº 107/1978 e 
Parecer Normativo CST nº 16/1983. 
 
Veremos os aspectos contábeis da avaliação de investimento pelo 
método de equivalência patrimonial. 
 
No caso de companhias abertas e de instituições financeiras, 
além deve ser observada, também as normas da Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central do Brasil (Bacen). 
 
Obrigatoriedade 
 
Estão obrigadas a proceder ao Método da Equivalência Patrimonial 
(MEP) os investimentos da pessoa jurídica: 
 
a) em sociedades controladas; 
b) em sociedades coligadas; e 
c) em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou 
estejam sob controle comum. 
 
2 
 
Por meio da Lei 11.638/2007, a partir de 1º.01.2008, a 
obrigatoriedade de avaliar pelo MEP atinge os investimentos em 
coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou 
de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital 
votante, em controladas e em outras sociedades que façam parte de 
um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. 
Fundamentação: art. 248, "caput" da Lei nº 6.404/1976, com a 
redação dada pelo art. 37 da Lei nº 11.941/2009. 
 
Investimento relevante 
 
O investimento em sociedades coligadas e controladas é considerado 
relevante quando: 
 
a) o valor contábil do investimento em cada sociedade coligada ou 
controlada for igual ou superior a 10% do patrimônio líquido da 
sociedade investidora; 
 
b) o valor contábil no conjunto do investimento em sociedades 
coligadas ou controladas for igual ou superior a 15% do patrimônio 
líquido da sociedade investidora ou controladora. 
 
Tal conceito previsto no artigo 247, parágrafo único da Lei nº 6.404 
de 1976, era utilizado para fins de avaliação pelo método da 
equivalência patrimonial, disposto no artigo 248 da referida lei. 
Contudo, as Leis nºs 11.638 de 2007 e 11.941 de 2009, alteraram o 
art. 248 da Lei nº 6.404 de 1976, passando a determinar o seguinte: 
 
"No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em 
coligadas ou em controladas e em outras sociedades que 
façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle 
comum serão avaliados pelo método da equivalência 
patrimonial, de acordo com as seguintes normas". 
 
Assim, em decorrência da modificação, o conceito de relevância que 
era aplicável para fins de avaliação por equivalência patrimonial 
deixou de existir, e, portanto, passou a ser utilizado o termo 
"influência significativa". 
Fundamentação: art. 384, § 3º do RIR/1999. 
 
Influência significativa 
 
Pode-se definir influência significativa quando: 
 
a) a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões 
políticas financeiras ou operacionais da investida, sem controlá-la; 
 
3 
 
b) a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da 
investida, sem controlá-la. 
Fundamentação: art. 243, §§ 4º e 5º da Lei nº 6.404/1976 (incluídos 
pela Lei nº 11.941/2009, art. 37). 
 
Sociedades coligadas 
 
No âmbito das Sociedades Anônimas, a Lei nº 6.404 de 1976 
conceitua como coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha 
influência significativa. 
Entretanto, para os propósitos específicos, exceto da Lei das S/A, o 
Código Civil define como coligada, a sociedade de cujo capital outra 
sociedade participa com dez por cento ou mais, do capital da outra, 
sem controlá-la. 
 
Exemplo prático: Pessoa jurídica "A" que participa com 20% do 
capital de pessoa jurídica "B", são caracterizadas como coligadas. Se, 
no entanto, esta participação for de 5%, não estará caracterizada a 
coligação, independentemente de capital votante. 
 
Sociedades controladas e controladoras 
 
Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, 
diretamente ou por intermédio de outras controladas, é titular de 
direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, 
preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria 
dos administradores. 
Ressalte-se que o controle pode ser direto ou indireto, e está 
vinculada a participação no capital votante. 
Exemplo prático de controle direto: Pessoa jurídica "A" participa com 
mais de 60% do capital votante de pessoa jurídica "B", então está 
caracterizado o controle. 
 
Exemplo prático de controle indireto: Pessoa jurídica "A" é 
controladora de "B" (55%) e detém 10% do capital votante de "C". 
"B" detém 50% do capital votante de empresa "C". Assim, neste 
exemplo, a empresa "A" também é controladora de "C" (10% própria 
e 50% de sua controlada "B"). Desta forma, ultrapassa em 50% do 
capital votante de "C" Fundamentação: art. 243 , § 2º da Lei nº 
6.404/1976. 
4 
 
 
 
 
EXEMPLO – EXERCÍCIO 
 
 
 
 
Cálculo da equivalência 
 
O objetivo da avaliação das participações societárias pelo MEP, é que 
a investidora deve refletir nas suas contas de investimentos e em 
5 
 
seus resultados quaisquer variações patrimoniais ocorridas na 
investida. 
O valor do investimento será apurado mediante a aplicação da 
porcentagem de participação da sociedade investidora no capital 
social da sociedade investida, sobre o valor do patrimônio líquido 
desta, diminuído dos resultados não realizados. 
Assim, deverá ser efetuada a avaliação de investimentos pela 
equivalência patrimonial: 
a) por ocasião da aquisição do investimento, momento em que o 
custo de aquisição deverá ser desdobrado em: 
a.1) valor da equivalência patrimonial; e 
a.2) valor do ágio ou deságio na aquisição (diferença entre o custo de 
aquisição e o valor da equivalência patrimonial); 
 
Nota: 
A pessoa jurídica que absorver o patrimônio de outra em virtude de 
incorporação, fusão ou cisão, na qual detenha participação societária 
adquirida com ágio ou deságio, também deverá destacar o 
fundamento econômico. 
 
b) em cada balanço de encerramento do período de apuração do 
lucro real, momento em que o ajuste do valor do investimento ao 
valor de patrimônio líquido da coligada ou controlada deverá ser 
registrado; 
c) por ocasião da alienação do investimento. 
Fundamentação: arts. 385 a 387 do Decreto nº 3.000/1999 - 
RIR/1999 . 
 
Aquisição do investimento 
 
Na aquisição da participação societária sujeita à avaliação pelo MEP, a 
empresa deverá desdobrar o custo de aquisição em: 
 
a) valor de Patrimônio Líquido na época de aquisição com base em 
balanço patrimonial ou balancete de verificação da coligada ou 
controlada (levantado até 2 meses, no máximo, antes dessa data), 
com observância da lei comercial; e 
b) ágio ou deságio na aquisição, que corresponde à diferença entre o 
custo de aquisição do investimento e o valor de que trata a letra "a". 
O valor de Patrimônio Líquido e o ágio ou deságio devem ser 
registrados em subcontas distintas do custo de aquisição do 
investimento. 
 
Exemplo prático: Pessoajurídica "A" adquire 60% de participação 
societária de "B", cujo patrimônio líquido levantado em balanço no 
máximo até 2 meses antes da aquisição é de R$ 100.000,00. Não 
houve ágio ou deságio na aquisição. Assim, o lançamento contábil 
6 
 
pela aquisição da participação em "B" que a empresa "A" registraria 
seria: 
 
 
 
Nota: 
Observe-se que o investimento foi contabilizado com base na 
equivalência patrimonial, pois o valor de R$ 60.000,00 corresponde a 
60% do Patrimônio Líquido de "B" (R$ 100.000,00). 
Fundamentação: art. 385 do Decreto nº 3.000/1999 
 
Ágio e deságio 
 
Ágio é o valor pago a maior na aquisição do investimento, e 
opostamente, o deságio é o valor pago a menor na aquisição do 
investimento. 
O lançamento do ágio ou deságio deve obrigatoriamente indicar seu 
fundamento econômico, que pode ser o: 
a) valor de mercado de bens do ativo da coligada ou controlada 
superior ou inferior ao valor registrado na contabilidade; 
 
Nota: 
Nas demonstrações contábeis individuais, o ágio por diferença entre o valor justo 
(valor de mercado) e valor contábil, apurado na aquisição de investimentos em 
coligadas e controladas, continua classificado no subgrupo de Investimentos, 
também no Ativo Circulante, de acordo com a Resolução do CFC nº 1.157 de 2009, 
item 52. 
 
b) valor da rentabilidade da coligada ou controlada, com base em 
previsão dos resultados nos exercícios futuros; 
 
Nota: 
De acordo com as normas internacionais de contabilidade, apenas o ágio pago por 
expectativa de rentabilidade futura é classificado no subgrupo do Ativo Intangível, 
dentro do grupo do Ativo Não Circulante- ANC. Os deságios devem ser classificados 
em investimentos se o fundamento econômico assim justificar conforme Resolução 
do CFC nº 1.157 de 2009, item 51. 
 
c) fundo de comércio, intangíveis e outras razões econômicas. 
O lançamento contábil do ágio a ser registrado na pessoa jurídica "A" 
que está adquirindo a participação seria: 
 
 
 
7 
 
O deságio, também é registrado em subconta distinta do custo de 
aquisição do investimento, assim, caso a pessoa jurídica "A" adquira 
com deságio a participação societária em "C" , o lançamento contábil 
seria: 
 
 
 
As contrapartidas da amortização do ágio ou deságio (registradas em 
conta de resultado) não são computadas na determinação do lucro 
real, e serão controladas no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), 
para efeito de determinação do ganho ou perda do capital por ocasião 
da alienação do investimento. 
Os critérios de amortização do ágio ou deságio variam de acordo com 
a causa e a origem desses valores. 
 
O lançamento contábil da amortização do ágio na aquisição de 
participação em sociedade coligada ou controlada seria: 
 
 
 
Na amortização do deságio: 
 
 
 
F u n d a m e n t a ç ã o : a r t s . 3 8 5 e 3 9 1 d o 
R I R / 1 9 9 9 ; R e s o l u ç ã o C F C n º 7 5 0 / 1 9 9 3 . 
 
Balanço 
 
Em cada balanço, os investimentos, em sociedades coligadas sobre 
cuja administração a investidora tenha influência significativa ou de 
que participe com 20% ou mais do capital social e em sociedades 
controladas, devem ser avaliados pelo valor de Patrimônio Líquido de 
acordo com as seguintes regras básicas: 
 
a) o valor do Patrimônio Líquido da coligada ou controlada deve ser 
determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de 
8 
 
verificação levantado na mesma data do balanço da empresa ou até 2 
meses no máximo antes dessa data, com observância da legislação 
comercial, inclusive quanto à dedução das participações nos 
resultados e da Provisão para o Imposto de Renda; 
 
Nota: 
No valor do Patrimônio Líquido da coligada ou controlada não devem ser 
computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a 
companhia investidora ou com outras sociedades coligadas à companhia ou por ela 
controladas (Lei nº 6.404/1976 , art. 248). 
 
b) se os critérios contábeis adotados pela coligada ou controlada e 
pela empresa investidora não forem uniformes, esta deverá fazer, no 
balanço ou balancete da coligada ou controlada, os ajustes 
necessários para eliminar as diferenças relevantes decorrentes da 
diversidade de critérios; 
 
c) o balanço ou balancete da coligada ou controlada levantado em 
data anterior à do balanço da empresa investidora deverá ser 
ajustado para registrar os efeitos relevantes de fatos extraordinários 
ocorridos no período; 
 
d) o prazo de 2 meses mencionado na letra "a" aplica-se aos balanços 
ou balancetes de verificação das sociedades de que a coligada ou 
controlada participe, direta ou indiretamente, com investimentos 
relevantes que devam ser avaliados pelo valor de Patrimônio Líquido, 
para efeito de determinar o valor de Patrimônio Líquido da coligada 
ou controlada; 
 
e) o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, 
sobre o valor do Patrimônio Líquido ajustado conforme as letras "a" a 
"d", do percentual de participação da investidora no capital da 
coligada ou controlada. 
Fundamentação: art. 248 da Lei nº 6.404/1976; art. 387 do 
RIR/1999. 
 
Alienação do investimento 
 
A baixa de investimento em sociedade coligada ou controlada 
também deve ser precedida de avaliação pelo MEP, com base em 
balanço ou balancete de verificação da coligada ou controlada, 
levantado na data da alienação ou liquidação ou até 30 dias, no 
máximo, antes dessa data. 
A contrapartida do ajuste por aumento ou redução no valor do 
investimento, registrada em conta de resultado, não será computada 
na determinação do lucro real. 
9 
 
Na hipótese de ganho, a receita contabilizada será excluída no Lalur 
para efeito de apuração do lucro real, havendo perda, o valor será 
contabilizado em conta de despesa e será adicionado ao lucro líquido, 
no Lalur. 
Na determinação do ganho ou perda de capital na alienação ou 
liquidação do investimento, o valor contábil será a soma algébrica dos 
seguintes valores: 
 
a) valor de Patrimônio Líquido pelo qual o investimento estiver 
registrado na contabilidade da investidora; 
 
b) ágio ou deságio na aquisição do investimento, ainda que tenha 
sido amortizado na escrituração comercial da empresa. 
 
Nota: 
A amortização do ágio ou deságio, controlado na parte B do Lalur, não interfere no 
valor do ganho de capital apurado na escrituração comercial. Tal valor deverá ser 
excluído do lucro líquido (ágio) ou a ele adicionado (deságio) na determinação do 
lucro real do período em que ocorrer a alienação ou liquidação do investimento. 
 
c) não será computado na determinação do lucro real o acréscimo ou 
a diminuição do valor de Patrimônio Líquido de investimento 
decorrente de ganho ou perda de capital por variação na 
percentagem de participação do contribuinte no capital social da 
coligada ou controlada. 
Fundamentação: arts. 426, 427 e 428 do RIR/1999. 
 
Ajuste contábil do investimento 
 
O valor do investimento na data do balanço deve ser ajustado ao 
valor de Patrimônio Líquido da coligada ou controlada, determinado 
de acordo com os critérios citados neste roteiro, mediante 
lançamento da diferença na conta de investimentos (que registra a 
respectiva participação societária): a débito, se positiva, ou a 
crédito, caso negativa. 
 
Nota: 
A diferença entre o valor do investimento, determinado segundo a equivalência 
patrimonial, e seu valor contábil somente deve ser registrada como resultado do 
exercício se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada, ou se 
corresponder, comprovadamente a ganhos ou perdas efetivos, ou ainda, no caso de 
companhia aberta, com observância das normas expedidas pela CVM. 
Fundamentação: art. 248 , III da Lei nº 6.404/1976; art. 388 do RIR/1999. 
 
Lucros ou dividendos recebidos da coligada ou controlada 
Os lucros ou dividendos distribuídos pela coligada ou controlada 
devem ser registrados, pela investidora, como diminuição do valor de 
Patrimônio Líquido do investimento. 
10Quando os lucros ou dividendos forem apurados em balanço de 
coligada ou controlada levantado em data posterior à da última 
avaliação pelo método de equivalência patrimonial, os respectivos 
valores devem ser creditados à conta de resultado da investidora, 
mas poderão ser excluídos do lucro líquido, no Lalur, para efeito de 
determinação do lucro real. 
Como se verifica, essa forma de registro é aplicável às hipóteses em 
que sejam distribuídos lucros ou dividendos ainda não integrados ao 
valor do investimento e aos resultados da investidora. 
Nesse caso, se a avaliação subsequente for baseada em balanço ou 
balancete com data anterior à da distribuição, o Patrimônio Líquido da 
coligada ou controlada deverá ser ajustado com a exclusão do valor 
total distribuído. 
Fundamentação: art. 388 do RIR/1999. 
 
Lucros e dividendos a pagar 
 
No momento da avaliação do investimento, a investidora deverá 
incluir o valor correspondente aos lucros ou dividendos a pagar 
registrados no Passivo da coligada ou controlada, no valor do 
Patrimônio Líquido para fins de avaliação do investimento pela 
equivalência patrimonial. 
Os lucros ou dividendos da investidora, deverão ser por ela 
registrados como redução do valor do investimento (a crédito) e a 
débito de "Lucros ou Dividendos a Receber" (Ativo Circulante). 
 
 
F u n d a m e n t a ç ã o : a r t . 3 8 8 d o R I R / 1 9 9 9 
 
Passivo a descoberto 
 
A origem do passivo a descoberto está relacionada com o Patrimônio 
Líquido (PL). O patrimônio líquido compreende os recursos próprios 
da entidade e seu valor corresponde à diferença positiva entre o valor 
do Ativo e o valor do Passivo. 
Portanto, o valor do PL pode ser positivo, nulo ou negativo. 
No caso em que o valor do patrimônio líquido é negativo, é 
também denominado de "passivo a descoberto". 
Assim, o valor do investimento registrado no ativo não circulante da 
empresa investidora tem estrita relação com o valor do Patrimônio 
Líquido da controlada ou coligada. 
Quando há prejuízos apurados pela coligada ou controlada, e o valor 
de seu Patrimônio Líquido passar a ser negativo (Passivo a 
11 
 
Descoberto), a investidora, deve registrar a equivalência patrimonial, 
diminuindo o valor do investimento até que este seja zero, não se 
registrando, portanto, qualquer parcela a título de investimento 
negativo. Assim, a investidora deixará de reconhecer contabilmente a 
sua participação nos eventuais prejuízos posteriormente apurados 
pela coligada ou controlada. 
Neste mesmo sentido, os lucros apurados pela controlada ou coligada 
também não devem ser reconhecidos pela investidora enquanto não 
forem suficientes para tornar positivo o Patrimônio Líquido da 
investida. 
Se a investidora possuir saldos de ágios ou deságios relativos a 
investimentos em coligada ou controlada com Patrimônio Líquido 
negativo, tais valores devem ser totalmente amortizados no 
momento em que o investimento estiver com o valor zero. 
 
Contabilização da equivalência 
 
a) Resultado positivo da equivalência patrimonial referente à 
participação societária seria: 
 
 
 
b) Resultado negativo da equivalência patrimonial seria:

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