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3 Mini tênis

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MINI TÊNIS (Daniel L. Rosenbaum) 
 
A partir dos anos 70, com advento do profissionalismo, crescimento do número de torneios, 
televisionamento, etc. o tênis sofreu um “boom” impressionante, iniciando seu afastamento das rodas 
altamente privilegiadas donde emergira, para tornar-se acessível a outras camadas da população. 
O resultado foi o crescimento do número de entusiastas e praticantes e consequentemente um imenso 
desenvolvimento do jogo como um todo, tanto na área esportiva como mercadológica. 
Raquetes menores, mais leves e bolas mais macias sempre existiram; porém o jogo do mini-tênis foi 
inicialmente desenvolvido na Suécia como resposta aos tradicionais inconvenientes para desenvolver 
as habilidades do uso da raquete em crianças pequenas, obrigadas a sustentar raquetes pesadas e a 
enfrentar os quiques altos que a bola normal assume na quadra de dimensões oficiais. 
Foi criado um jogo adaptado às reais capacidades e necessidades das crianças. 
 Quadras menores, redes mais baixas. 
 Raquetes menores, mais leves. 
 Bolas macias, mais leves e lentas. 
 Jogos mais curtos, contagem simples. 
Mini quadras podem ser montadas em parques, na rua, pátios de escolas, centros esportivos, 
playgrounds, estacionamentos e tornam acessível o jogo a praticamente todos os interessados e não 
somente àqueles que, de forma privilegiada, são associados a clubes de tênis, moram perto de 
quadras ou seus pais são tenistas. Desta forma, um número maior de crianças tem a oportunidade de 
imitar seus ídolos, expressar suas habilidades, desenvolver a coordenação óculo-manual, liberar 
sentimentos através dos jogos, despertar o espírito criativo e, por certo, divertir-se bastante. 
As raquetes leves e as bolas lentas permitem que as crianças executem todos os golpes e a mini 
quadra lhes fornece um cenário onde podem sentir o realismo do jogo. As crianças são capazes de 
desenvolver seu talento, suas experiências são gratificantes e frutíferas. Desta forma alimentam sua 
paixão pelo jogo e escolhem permanecer no esporte. 
Porém, o mini tênis se consolidou não somente como um jogo adaptado às condições das crianças, 
mas também como sessão de caráter complementar dentro do contexto das atividades relativas à 
educação motora, compreendidas como indispensáveis na formação e desenvolvimento do indivíduo. 
Portanto, a formação de professores de mini tênis é de fundamental importância, pois é o professor 
quem dará conta pela introdução adequada das crianças ao esporte. 
A fim de realizar um trabalho competente com os objetivos educativos e formativos o professor deverá 
considerar aspectos relacionados com: 
 Desenvolvimento infantil e teoria da aprendizagem 
 Aprendizagem motora, princípios didáticos e psicopedagógicos 
 Elementos básicos componentes do jogo de tênis 
 
CONSIDERAÇÕES 
 Crianças são crianças, não adultos em miniatura. Menores e naturalmente menos coordenados 
estão menos aptos a absorver informações complexas. Simplicidade é a palavra-chave. 
 É importante manter o interesse das crianças e saber que nem sempre serão bem-comportadas. 
 Ênfase em atividades divertidas. As crianças querem manter-se ativas e entretidas. 
 Organize exercícios, jogos, brincadeiras e competições onde as crianças brinquem, exercitem a 
coordenação e desenvolvam a psicomotricidade. Exercícios de locomoção, manipulação e ritmo. 
 Auxilie-se de outros materiais, de outras atividades sociais, do convívio com a natureza. 
 Crie turmas homogêneas quanto a idades e habilidades. 
 Desenvolva o espírito de equipe, companheirismo, cooperação, honestidade, disciplina. 
 Respeite o ritmo individual de desenvolvimento de cada criança. Não seja muito técnico. 
 Não compare. Não critique. Desenvolva a auto crítica e o auto estímulo. 
 Demonstre clara e brevemente. Confie na capacidade de imitação das crianças. 
 Encaminhe as tarefas e crie uma atmosfera propícia para que as crianças as resolvam. 
 Crie possibilidades para que as crianças desenvolvam seu espírito criativo e inventivo. 
 Permita que as crianças sintam liberdade para se expressar. Encoraje-as. Estimule a dedicação. 
 Não seja paternalista nem protetor em excesso. Ensine a lidar e conviver com o erro. 
 Valorize acima de tudo a participação e a tentativa. Premie a todos por igual. 
 Haja com segurança e personalidade. Seja organizado e planifique de forma coerente. 
 Conheça os processos do ensino e da aprendizagem e esclareça a natureza do trabalho aos pais. 
 Zele pela segurança das crianças no âmbito da aula. 
 O sucesso das sessões de aula se relaciona diretamente com a habilidade do professor em lidar 
com as crianças. 
 Dê o exemplo. Projete uma personalidade amiga e as crianças responderão à altura. 
 Se elas sentem que você desfruta de sua companhia, terá toda a popularidade com elas. 
BOM TRABALHO E BOA SORTE!

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