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02-Engenharia Civil

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Estruturas 
 Dá-se o nome de estrutura às partes resistentes de uma construção, de uma máquina, de um 
automóvel, de um navio, de um avião, de um objeto, de uma planta, de um animal, etc. Olhando 
ao nosso redor, observamos que tudo o que nos cerca possui uma estrutura: o edifício em que 
estamos, o computador que utilizamos, a estante em que guardamos nossos livros e a cadeira 
em que nos sentamos têm uma estrutura. Nós próprios temos uma estrutura, constituída pelos 
ossos, músculos e tendões. 
 Examine a seguir algumas estruturas encontradas na natureza, nos objetos do dia-a-dia e 
em obras de engenharia. 
 Felizmente para nós, o comportamento das estruturas não depende de sua finalidade, e a 
mesma teoria que explica o funcionamento das estruturas da engenharia civil se aplica também 
às estruturas da engenharia mecânica, da engenharia naval, da engenharia aeronáutica, da 
engenharia de minas, da indústria de móveis, da indústria de embalagens, e mesmo da ortopedia 
e da odontologia. Por esta razão, os alunos de engenharia civil, engenharia mecânica, 
engenharia naval e engenharia aeronáutica têm cursos muito semelhantes de mecânica das 
estruturas. A diferença é uma maior ênfase em estruturas de barras para os civis, em estruturas 
formadas por chapas para os navais, em estruturas esbeltas para os aeronáuticos. 
 
 Para que uma construção, uma máquina, um automóvel ou um objeto funcionem bem, 
devem resistir as ações que atuam sobre eles ao longo de sua vida útil. Estas ações, que 
solicitam a estrutura e podem levá-la à ruína, são de três tipos: 
 
 Forças: o peso próprio da estrutura, o peso dos automóveis que passam por uma ponte, a 
pressão do vento sobre uma chaminé, a carga movimentada por um guindaste, as pessoas 
transportadas por um elevador, a pressão da água sobre um submarino, etc. Examine agora 
algumas destas forças. 
 
 Variações de temperatura: essas variações, mudando a forma da estrutura, podem 
provocar esforços em seu interior. Analise agora algumas destassituações. 
 
 Deslocamentos de apoio: todos conhecem os efeitos devastadores que os terremotos têm 
sobre as construções; mesmo quando os deslocamentos de apoio ocorrem lentamente, como na 
orla de Santos, podem introduzir esforços importantes na estrutura. Conheça aqui algumas 
destas situações. 
 
 Clicando-se aqui, pode-se observar, de maneira simples e didática, o comportamento de 
uma estrutura submetida às diferentes ações mencionadas acima. Vale informar que o site é em 
inglês e que foi preparado para jovens sem conhecimentos de resistência dos materiais. 
 
 Ao fazer-se o projeto de uma estrutura é preciso, portanto, estimar quais são as ações que 
poderão solicitá-la ao longo de sua vida útil, e projetá-la para suportar adequadamente estas 
ações. Algumas destas ações são conhecidas com bastante precisão, como o peso próprio da 
estrutura ou o empuxo da água sobre as paredes de uma caixa d‟água; a maior parte das ações, 
entretanto, não é bem conhecida, devendo ser determinada estatisticamente: é o caso dos 
http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/estruturas/estnat.htm
http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/estruturas/estobj.htm
http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/estruturas/esteng.htm
http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/Estruturas/forcas.htm
http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/Estruturas/vartemp.htm
http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/Estruturas/deslocamento.htm
http://www.pbs.org/wgbh/buildingbig/lab/loads.html
veículos que passam por uma ponte, da pressão do vento sobre uma chaminé, das ondas do mar 
sobre um navio, dos deslocamentos de apoio provocados por um terremoto. Faz-se um estudo 
estatístico destas ações, utilizando-se no projeto ações com uma probabilidade muito baixa de 
serem ultrapassadas durante a vida útil da estrutura. 
Resistência dos materiais 
Na engenharia dos materiais, a resistência dos materiais significa a capacidade do material 
resistir a uma força a ele aplicada. A resistência de um material é dada em função de seu 
processo de fabricação e os cientistas empregam uma variedade de processos para alterar essa 
resistência posteriormente. Estes processos incluem encruamento(deformação a frio), adição de 
elementos químicos, tratamento térmico e alteração do tamanho dos grãos. Estes métodos 
podem ser perfeitamente quantificados e qualificados. Entretanto, tornar materiais mais fortes 
pode estar associado a uma deterioração de outras propriedades mecânicas. Por exemplo, na 
alteração do tamanho dos grãos, embora o limite de escoamento seja maximizado com a 
diminuição do tamanho dos grãos, grãos muito grandes tornam o material quebradiço. Em geral, 
o limite de escoamento de um material é um indicador adequado de sua resistência mecânica. 
O dimensionamento de peças, que é o maior objetivo do estudo da resistência dos materiais, se 
resume em analisar as forças atuantes na peça, para que a inércia da mesma continue existindo 
e para que ela suporte os esforços empregados. Para isso é preciso conhecer o limite do 
material. Isso pode ser obtido através de ensaios que, basicamente, submetem a peça ao 
esforço que ela deverá sofrer onde será empregada, a condições padrão, para que se possa 
analisar o seu comportamento. Esses dados são demonstrados em gráficos de tensão x 
deformação. A tensão em que nos baseamos é o limite entre o regime elástico e o plástico. Mas 
para fins de segurança é utilizado um c.s. (coeficiente de segurança) que faz com que 
dimensionemos a peça para suportar uma tensão maior que a tensão limite mencionada acima. 
Tudo isso é necessário para que se obtenha total certeza nos resultados, já que pequenos erros 
podem acarretar grandes problemas mais adiante, isso se agrava mais ainda se estivermos 
falando de pessoas que podem ter suas vidas colocadas em perigo por um cálculo mal feito. A 
ciência de resistência dos materiais é também muito importante para que não se tenha prejuízos 
gastando mais material do que o necessário, acarretando também em outro problema que é o 
excesso de peso. Pois a forma da peça também influencia na sua resistência, assim pode-se 
diminuir a quantidade de material sem interferir na mesma. 
Desde a antiguidade, onde o homem iniciou a arte e ciência de construir, sempre houve a 
necessidade de obter os conhecimentos da resistência dos materiais. Foi observado que apenas 
com tais conhecimentos haveria a possibilidade de gerar regras, padrões e procedimentos para 
determinar quais dimensões seriam seguras para atuar como elementos em dispositivos e 
estruturas. 
As civilizações mais antigas da humanidade já haviam se lançado no estudo dos materiais. 
Os egípcios inegavelmente já possuíam grandes conhecimentos desta área, pois sem eles seria 
impossível terem construído as pirâmides do Egito. Logo a frente, os gregos trariam mais um 
avanço na construção, criando e utilizando princípios de estática, a qual corresponde a base da 
resistência dos materiais. Arquimedes (287-212 a.C.) deu uma enorme prova a respeito de 
condições de equilíbrio, ao utilizar uma alavanca, esboçando métodos de verificação de centro 
de gravidade dos corpos. Aplicou também sua teoria na construção de grandes dispositivos, tais 
como guinchos e guindastes. 
Mais tarde, outra civilização contribuiu com a resistência dos materiais: os romanos. Eram 
grandes construtores, pois além de elaborarem monumentos e templos, muitas de suas estradas, 
pontes e fortes estão mantidas até os dias atuais. Um de seus principais trunfos nas construções 
foram os arcos. Embora, comparando-se a proporção dos arcos romanos com os utilizados 
atualmente, pode-se notar que hoje as estruturas são muito mais leves. Os romanos não 
possuíam ainda conhecimentos de análise dos esforços, assim, não tinham a base necessária 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_dos_materiais
https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7ahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Encruamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Limite_de_escoamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_mec%C3%A2nica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eg%C3%ADpcios
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mides_do_Egito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gregos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquimedes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Romanos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arcos
para a escolha do formato correto de apoio, utilizando-se geralmente de arcos semicirculares de 
vãos relativamente pequenos. 
Fundações 
A fundação é um termo utilizado na engenharia para designar as estruturas responsáveis por 
transmitir as solicitações dasconstruções ao solo. Em geral, são utilizadas várias fundações 
seguidas para esse fim. Existem diversos tipos de fundação e são projetadas levando em 
consideração a carga que recebem e o tipo de solo onde vão ser construídas. 
Fundações rasas ou diretas 
Tecnicamente, as fundações rasas, diretas ou superficiais são aquelas em que a profundidade de 
escavação é inferior a 3 metros
1
 , sendo mais empregadas em casos de cargas leves, 
como residências, ou no caso de solo firme. O baldrame é o tipo mais comum de fundação 
dentre as fundações rasas. Constitui-se de uma viga, que pode ser de alvenaria, de concreto 
simples ou concreto armado construída diretamente no solo, dentro de uma pequena vala. Outro 
tipo de fundação rasa é a sapata, que pode ser do tipo isolada, associada ou alavancada. O 
bloco é outro tipo de fundação rasa, parecido com a sapata só que não possui armadura. O 
radier é uma outra fundação, podemos dizer que ele é a mais rasa de todos, pois se trata de uma 
"laje" que fica diretamente no chão, muito usada em casas de pequeno porte. 
Fundações profundas 
Fundações são os elementos estruturais com função de transmitir as cargas da estrutura ao 
terreno onde ela se apoia (AZEREDO, 1988). Assim, as fundações devem ter resistência 
adequada para suportar às tensões causadas pelos esforços solicitantes. Além disso, o solo 
necessita de resistência e rigidez apropriadas para não sofrer ruptura e não apresentar 
deformações exageradas ou diferenciais. 
Para se escolher a fundação mais adequada, deve-se conhecer os esforços atuantes sobre a 
edificação, as características do solo e dos elementos estruturais que formam as fundações. 
Assim, analisa-se a possibilidade de utilizar os vários tipos de fundação, em ordem crescente de 
complexidade e custos (WOLLE, 1993). Fundações bem projetadas correspondem de 3% a 10% 
do custo total do edifício; porém, se forem mal concebidas e mal projetadas, podem atingir 5 a 10 
vezes o custo da fundação mais apropriada para o caso (BRITO, 1987). 
2. INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO 
Na grande maioria dos casos, a avaliação e o estudo das características do subsolo do terreno 
sobre o qual será executada a edificação se resume em sondagens de simples reconhecimento 
(sondagem à percussão), mas dependendo do porte da obra ou se as informações obtidas não 
forem satisfatórias, outros tipos de pesquisas serão executados (por exemplo, poços 
exploratórios, ensaio de penetração contínua, ensaio de palheta). 
Características como: número de pontos de sondagem, seu posicionamento no terreno (levando-
se em conta a posição relativa do edifício) e a profundidade a ser atingida são determinadas por 
profissional capacitado, baseado em normas brasileiras e na sua experiência (BRITO,1987). 
Tendo-se executado as sondagens corretamente, as informações são condensadas e 
apresentadas em um relatório escrito e outro gráfico, que deverá conter as seguintes 
informações referentes ao subsolo estudado: 
– locação dos furos de sondagem; 
– determinação dos tipos de solo até a profundidade de interesse do projeto; 
– determinação das condições de compacidade, consistência e capacidade de carga de cada tipo 
de solo; 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constru%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Solo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Solo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Resid%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Baldrame
https://pt.wikipedia.org/wiki/Viga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alvenaria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Concreto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Concreto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Concreto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Concreto_armado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sapata
– determinação da espessura das camadas e avaliação da orientação dos planos que as 
separam; 
– informação do nível do lençol freático. 
Estes dados obtidos através de sondagem retratam as características e propriedades do subsolo 
e, depois de avaliados e minuciosamente estudados, servem de base técnica para a escolha do 
tipo de fundação da edificação que melhor se adapte ao terreno. 
3. TIPOS DE FUNDAÇÕES 
As fundações se classificam em diretas e indiretas, de acordo com a forma de transferência de 
cargas da estrutura para o solo onde ela se apóia. 
Fundações diretas são aquelas que transferem as cargas para camadas de solo capazes de 
suportá-las (FABIANI, s.d.), sem deformar-se exageradamente. Esta transmissão é feita através 
da base do elemento estrutural da fundação, considerando apenas o apoio da peça sobre a 
camada do solo, sendo desprezada qualquer outra forma de transferência das cargas (BRITO, 
1987). As fundações diretas podem ser subdivididas em rasas e profundas. 
A fundação rasa se caracteriza quando a camada de suporte está próxima à superfície do solo 
(profundidade até 2,5 m) (FABIANI, s.d.), ou quando a cota de apoio é inferior à largura do 
elemento da fundação (BRITO, 1987). Por outro lado, a fundação é considerada profunda se 
suas dimensões ultrapassam todos os limites acima mencionados. 
Fundações indiretas são aquelas que transferem as cargas por efeito de atrito lateral do 
elemento com o solo e por efeito de ponta (FABIANI, s.d.). As fundações indiretas são todas 
profundas, devido às dimensões das peças estruturais (BRITO, 1987). 
A Tabela 3.1 apresenta uma classificação com os vários tipos de fundação. 
Fundações diretas rasasblocos e alicerces sapatas corrida isolada associada alavancada radiers 
Fundações diretas profundastubulõescéu aberto ar comprimido 
Fundações indiretas brocas estacas de madeira estacas de aço estacas de concreto pré-
moldadas estacas de concreto moldadas in locoStrauss 
Franki Raiz Barrete/Estacão 
Tabela 3.1: Tipos de fundação 
3.1 Blocos e Alicerces 
Este tipo de fundação é utilizado quando há atuação de pequenas cargas, como por exemplo um 
sobrado.Os blocos são elementos estruturais de grande rigidez, ligados por vigas denominadas 
“baldrames”, que suportam predominantemente esforços de compressão simples provenientes 
das cargas dos pilares. Os eventuais esforços de tração são absorvidos pelo próprio material do 
bloco. Podem ser de concreto simples (não armado), alvenarias de tijolos comuns (Figura 3.1) ou 
mesmo de pedra de mão (argamassada ou não). Geralmente, usa-se blocos quando a 
profundidade da camada resistente do solo está entre 0,5 e 1,0 m de profundidade 
(BRITO,1987). 
 
.Os alicerces, também denominados de blocos corridos, são utilizados na construção de 
pequenas residências e suportam as cargas provenientes das paredes resistentes, podendo ser 
de concreto, alvenaria ou de pedra (Figura 3.2). 
Figura 3.1: Bloco em alvenaria de tijolos 
 
Figura 3.2: Tipos de alicerce O processo de execução de um alicerce consiste em: 
1. executar a abertura da vala; 2. promover a compactação da camada do solo resistente, 
apiloando o fundo; 3. colocação de um lastro de concreto magro (90 kgf/cm2) de 5 a 10 cm de 
espessura; 4. execução do embasamento, que pode ser de concreto, alvenaria ou pedra; 
5. construir uma cinta de amarração que tem a finalidade de absorver esforços não previstos, 
suportarpequenos recalques, distribuir o carregamento e combater esforços horizontais; 
6. fazer a impermeabilização para evitar a percolação capilar, utilizando uma argamassa 
“impermeável” (com aditivo) ou ainda, uma chapa de cobre, de alumínio ou ardósia. 
Deve-se, ainda, observar com cuidado: – se há ocorrência de formigueiros e raízes de árvore no 
momento da escavação da vala; 
– compatibilização da carga da parede x largura do alicerce, observando: eventual distinção da 
largura dos alicerces para as diferentes paredes, e o uso adicional de brocas em pontos isolados, 
como reforço de fundação; 
– se o terreno está em declive, deve-se fazer o alicerce em escada (Figura 3.3). 
 
Figura 3.3: Execução do alicerce em declive CONTROLE DE EXECUÇÃO 
– locação do centro dos blocos e das linhas das paredes; 
– cota do fundo da vala; 
– limpeza da vala. 
3.2 Sapatas 
Ao contrário dos blocos, as sapatas não trabalham apenas à compressão simples, mas também 
à flexão, devendo neste caso serem executadas incluindo material resistente à tração (BRITO, 
1987). 
3.2.1 Sapatas isoladas 
São aquelas que transmitem para o solo, através de sua base, a carga de uma coluna (pilar) ou 
um conjunto de colunas (BRITO, 1987). A Figura 3.4 apresenta alguns tipos de sapatas isoladas. 
 
Para construção de uma sapata isolada, são executadas as seguintes etapas: 
1. fôrma para o rodapé, com folga de 5 cm para execução do concreto “magro”; 
2. posicionamento das fôrmas, de acordo com a marcação executada no gabarito de locação; 
3. preparo da superfície de apoio; 
Figura 3.4: Sapatas isoladas 
4. colocação da armadura; 5. posicionamento do pilar em relação à caixa com as armações; 
6. colocação das guias de arame, para acompanhamento da declividade das superfícies do 
concreto; 
7. concretagem: a base poderá ser vibrada normalmente, porém para o concreto inclinado deverá 
ser feita uma vibração manual, isto é, sem o uso do vibrador. 
Obs.: a etapa 3 compreende a limpeza do fundo da vala de materiais soltos, lama, o apiloamento 
com soquete ou sapo mecânico e a execução do concreto “magro”, que é um lastro de concreto 
com pouco cimento, com função de regularizar a superfície de apoio e não permitir a saída da 
água do concreto da sapata, além de isolar a armadura do solo. A vala deve ser executada com 
pelo menos 10 cm de folga a mais da largura da sapata para permitir o trabalho dos operários 
dentro dela. 
3.2.2 Sapatas corridas 
São elementos contínuos que acompanham a linha das paredes, as quais lhes transmitem a 
carga por metro linear (BRITO,1987). Para edificações cujas cargas não sejam muito grandes, 
como residências, pode-se utilizar alvenaria de tijolos. Caso contrário, ou ainda para 
profundidades maiores do que 1,0 m, torna-se mais adequado e econômico o uso do concreto 
armado (Figura 3.5). 
 
 
 
 
(b) 
(c) 
(d) Figura 3.5: Sapata corrida: (a), (b), (c) cortes esquemáticos; (d) detalhe da impermeabilização 
Para construção de uma sapata corrida, com embasamento em alvenaria, são executadas as 
seguintes etapas: 
 
6. cinta de concreto armado: sua finalidade é a maior distribuição das cargas, evitando também 
deslocamentos indesejáveis, pelo travamento que confere à fundação; muitas vezes, é usado o 
próprio tijolo como fôrma lateral; 
7. camada impermeabilizante: sua função é evitar a subida da umidade por capilaridade para a 
alvenaria de elevação; sua execução deve evitar descontinuidades que poderão comprometer 
seu funcionamento e nunca devem ser feitas nos cantos ou nas junções das paredes; esta 
camada deverá ser executada com argamassa com adição de impermeabilizante e deverá se 
estender pelo menos 10 cm para revestimento da alvenaria de embasamento; para evitar 
retrações prejudiciais, deverá receber uma cura apropriada (água, sacos de cimento molhados, 
etc.), sendo depois pintada com emulsão asfáltica em duas demãos, uma após a secagem 
completa da outra (FABIANI, s.d.). 
3.2.3 Sapatas associadas 
Um projeto econômico deve ser feito com o maior número possível de sapatas isoladas. No caso 
em que a proximidade entre dois ou mais pilares seja tal que as sapatas isoladas se 
superponham, deve-se executar uma sapata associada. A viga que une os dois pilares 
denomina-se viga de rigidez (Figura 3.6), e tem a função de permitir que a sapata trabalhe com 
tensão constante (BRITO,1987). 
 
Figura 3.6: Sapatas associadas 
3.2.4 Sapatas alavancadas 
No caso de sapatas de pilares de divisa ou próximos a obstáculos onde não seja possível fazer 
com que o centro de gravidade da sapata coincida com o centro de carga do pilar, cria-se uma 
viga alavanca ligada entre duas sapatas (Figura 3.7), de modo que um pilar absorva o momento 
resultante da excentricidade da posição do outro pilar (BRITO,1987). 
 
Figura 3.7: Sapatas alavancadas CONTROLE DE EXECUÇÃO 
– locação do centro da sapata e do eixo do pilar; 
– cota do fundo da vala; 
– limpeza do fundo da vala; 
– nivelamento do fundo da vala; – dimensões da forma da sapata; 
– armadura da sapata e do arranque do pilar; 
A utilização de sapatas corridas é adequada economicamente enquanto sua área em relação à 
da edificação não ultrapasse 50%. Caso contrário, é mais vantajoso reunir todas as sapatas num 
só elemento de fundação denominado radier (Figura 3.8). Este é executado em concreto armado, 
uma vez que, além de esforços de compressão, devem resistir a momentos provenientes dos 
pilares diferencialmente carregados, e ocasionalmente a pressões do lençol freático 
(necessidade de armadura negativa). O fato do radier ser uma peça inteiriça pode lhe conferir 
uma alta rigidez, o que muitas vezes evita grandes recalques diferenciais (BRITO,1987). Uma 
outra vantagem é que a sua execução cria uma plataforma de trabalho para os serviços 
posteriores; porém, em contrapartida, impõe a execução precoce de todos os serviços enterrados 
na área do radier (instalações sanitárias, etc.). 
 
Figura 3.8: Radier CONTROLE DE EXECUÇÃO 
– locação dos eixos dos pilares; 
– cota do fundo da escavação; 
– nivelamento do fundo da escavação; 
– colocação dos componentes das instalações e passagens, enterrados. 
Tubulões são elementos estruturais da fundação que transmitem a carga ao solo resistente por 
compressão, através da escavação de um fuste cilíndrico e uma base alargada tronco-cônica a 
uma profundidade igual ou maior do que três vezes o seu diâmetro (BRITO,1987). 
De acordo com o método de sua escavação, os tubulões se classificam em: 
Consiste em um poço aberto manualmente ou mecanicamente em solos coesivos, de modo que 
não haja desmoronamento durante a escavação, e acima do nível d‟água (Figura 3.9). Quando 
há tendência de desmoronamento, reveste-se o furo com alvenaria de tijolo, tubo de concreto ou 
tubo de aço. O fuste é escavado até a cota desejada, a base é alargada e posteriormente enche-
se de concreto (BRITO,1987). 
 
Figura 3.9: Tubulão a céu aberto O processo de execução da fundação deve seguir as seguintes 
etapas: 
1. A partir do gabarito, faz-se a marcação do eixo da peça utilizando um piquete de madeira. 
Depois, com um arame e um prego, marca-se no terreno a circunferência que delimita o tubulão, 
cujo diâmetro mínimo é de 70cm. 
2. Inicia-se a escavação do poço até a cota especificada em projeto. No caso de escavação 
manual usa-se vanga, balde e um sarrilho para a retirada de terra. Nas obras com perfuração 
mecânica o aparelho rotativo acoplado a um caminhão retira a terra. 
Na fase de escavação pode ocorrer a presença de água. Nestas casos, a execução da 
perfuração manual se fará com um bombeamento simultâneo da água acumulada no poço. 
Poderá ocorrer, ainda, que alguma camada do solo não resista à perfuração e desmorone (no 
caso de solos arenosos). Então, será necessário o encamisamento da peça ao longo dessas 
camadas. Isto poderá ser feito através de tubos de concreto com o diâmetro interno igual ao 
diâmetro do fuste dotubulão. 
3. Faz-se o alargamento da base de acordo com as dimensões do projeto. 
4. Verificação das dimensões do poço, como: profundidade, alargamento da base, e ainda o tipo 
de solo na base. Certifica-se, também, se os poços estão limpos. 
5. Colocação da armadura. 
6. A concretagem é feita lançando-se o concreto da superfície (diretamente do caminhão 
betoneira, em caso de utilização do concreto usinado) através de um funil (tremonha), com o 
comprimento da ordem de 5 vezes seu diâmetro, de modo a evitar que o concreto bata nas 
paredes do tubulão e se misture com a terra, prejudicando a concretagem (ALONSO,1979). 
O concreto se espalhará pela base pelo próprio impacto de sua descarga, porém, durante a 
concretagem, é conveniente sua interrupção de vez em quando e descer para espalhá-lo, de 
modo a evitar que fiquem vazios na massa de concreto. 
Este tipo de fundação é utilizado quando existe água, exige-se grandes profundidades e existe o 
perigo de desmoronamento das paredes. Neste caso, a injeção de ar comprimido nos tubulões 
impede a entrada de água, pois a pressão interna é maior que a pressão da água, sendo a 
pressão empregada no máximo de 3 atm, limitando a profundidade em 30m abaixo do nível 
d‟água (Figura 3.10). 
Isso permite que seja executados normalmente os trabalhos de escavação, alargamento do fuste 
e concretagem. 
O equipamento utilizado compõe de uma câmara de equilíbrio e um compressor. Durante a 
compressão, o sangue dos homens absorve mais gases do que na pressão normal. Se a 
descompressão for feita muito rapidamente, o gás absorvido em excesso no sangue pode formar 
bolhas, que por sua vez podem provocar dores e até morte por embolia. Para evitar esse 
problema, antes de passar à pressão normal, os trabalhadores devem sofrer um processo de 
descompressão lenta (nunca inferior a 15 minutos) numa câmara de emergência (BRITO,1987). 
Figura 3.10: Tubulão a ar comprimido 
Estes tubulões são encamisados com camisas de concreto ou de aço. No caso de camisa de 
concreto, a cravação da camisa, abertura e concretagem da base é feita sob ar comprimido, pois 
o serviço é feito manualmente. Se a camisa é de aço, a cravação é feita a céu aberto com auxílio 
de um bate estacas e a abertura e concretagem do tubulão são feitos a ar comprimido. 
CONTROLE DE EXECUÇÃO – locação do centro do tubulão; 
– cota do fundo da base do tubulão; 
– verticalidade da escavação; 
– alargamento da base; 
– posicionamento da armadura, quando houver, e da armadura de ligação; 
– dimensões (diâmetro) do tubulão; 
– concretagem (não misturar o solo com o concreto e evitar que se formem vazios na base 
alargada; 
– tubulão a ar comprimido: pressão do ar no interior do tubulão, risco de acidentes. 
3.5 Estacas de Madeira 
As estacas de madeira são troncos de árvore cravados com bate-estacas de pequenas 
dimensões e martelos leves. Antes da difusão da utilização do concreto, elas eram empregadas 
quando a camada de apoio às fundações se encontrava em profundidades grandes. Para sua 
utilização, é necessário que elas fiquem totalmente abaixo d‟água; o nível d‟água não pode variar 
ao longo de sua vida útil. 
Atualmente utilizam-se estacas de madeira para execução de obras provisórias, principalmente 
em pontes e obras marítimas (ALONSO, 1979). Os tipos de madeira mais usados são eucalipto, 
aroeira, ipê e guarantã. 
CONTROLE DE EXECUÇÃO – locação do centro das estacas; 
– profundidade de cravação; 
– proteção da cabeça das estacas (colocação do capacete metálico); 
3.6 Estacas Metálicas 
As estacas metálicas podem ser perfis laminados, perfis soldados, trilhos soldados ou estacas 
tubulares. Podem ser cravadas em quase todos os tipos de terreno; possuem facilidade de corte 
e emenda; podem atingir grande capacidade de carga; trabalham bem à flexão; e, se utilizadas 
em serviços provisórios, podem ser reaproveitadas várias vezes. Seu emprego necessita com 
cuidados sobre a corrosão do material metálico. Sua maior desvantagem é o custo maior em 
relação às estacas pré-moldadas de concreto, Strauss e Franki. 
CONTROLE DE EXECUÇÃO – locação do centro das estacas; 
– profundidade de cravação; 
– emendas; 
– nega; 
3.7 Estacas Pré-Moldadas de Concreto 
Estas estacas podem ser de concreto armado ou protendido e, como decorrência do problema de 
transporte e equipamento, têm limitações de comprimento, sendo fabricadas em segmentos, o 
que leva em geral à necessidade de grandes estoques e requerem armaduras especiais para 
içamento e transporte. 
Costumam ser pré-fabricadas em firmas especializadas, com suas responsabilidades bem 
definidas, ou no próprio canteiro, sempre num processo sob controle rigoroso (BRITO,1987). 
O comprimento de cravação real às vezes difere do previsto pela sondagem, levando a duas 
situações: a necessidade de emendas ou de corte. No caso de emendas, geralmente constitui-se 
num ponto crítico, dependendo do tipo de emenda: luvas de simples encaixe, luvas soldadas, ou 
emenda com cola epóxi através de cinta metálica e pinos para encaixe, este último tipo mais 
eficiente (Figura 3.1). 
 
Figura 3.1: Estaca pré-moldada de concreto 
Quando o comprimento torna-se muito grande, há um limite para o qual não há comprometimento 
da linearidade da estaca, o que exige certo controle. Por outro lado, quando há sobra, o corte ou 
arrasamento deve ser feito de maneira adequada no sentido de evitar danos à estaca. 
Apresentam-se em várias seções (versatilidade): quadradas, circulares, circulares centrifugadas 
(SCAC), duplo “T”, etc. As vazadas podem permitir inspeção após a cravação. 
O processo de cravação mais utilizado é o de cravação dinâmica, onde o bate-estacas utilizado é 
o de gravidade. Este tipo de cravação promove um elevado nível de vibração, que pode causar 
problemas a edificações próximas do local. O processo prossegue até que a estaca que esteja 
sendo cravada penetre no terreno, sob a ação de um certo número de golpes, um comprimento 
pré-fixado em projeto:a “nega”, uma medida dinâmica e indireta da capacidade de carga da 
estaca. Em campo,“tira-se” a “nega” da estaca através da média de comprimentos cravados nos 
últimos 10 golpes do martelo. O objetivo de verificação da nega para as diferentes estacas é a 
unifomidade de comportamento das mesmas (LICHTENSTEIN,N.B.;GLAZER,N., s.d.). Deve-se 
ter cuidado com a altura de queda do martelo: a altura ideal está entre 1,5 a 2,0 m, para não 
causar danos à cabeça da estaca e fissuração da mesma, não esquecendo de usar também o 
coxim de madeira e o capacete metálico para proteger a cabeça da estaca contra o impacto do 
martelo, mesmo assim, estas estacas apresentam índice de quebra às vezes alto. Se a altura for 
inferior à ideal, poderá dar uma “falsa nega”. Estas estacas não resistem a esforços de tração e 
de flexão e não atravessam camadas resistentes. Outra vantagem destas estacas é que podem 
ser cravadas abaixo do nível d‟água. Sua aplicação de rotina é em obras de pequeno a médio 
porte. 
O processo executivo de cravação emprega como equipamentos um dos três tipos de bate-
estacas: 
– bate-estacas por gravidade: consta, basicamente, de um peso que é levantado através de um 
guincho e que cai orientado por guias laterais. A freqüência das pancadas é da ordem de 10 por 
minuto e o peso do martelo varia entre 1,0 a 3,5 ton. 
– bate-estacas a vapor: o levantamento do peso é feito através da pressão de vapor obtido por 
uma caldeira e a queda é por gravidade. São muito mais rápidos que os de gravidade, com cerca 
de 40 pancadas por minuto e o peso do martelo de 4,0 ton. Como variante deste tipo, temos o 
chamado bate-estacas de duplo efeito, onde a pressão do vapor acelera a descida do macaco, 
aumentando assim o número de pancadas para cerca de 250 por minuto . 
– bate-estacas a explosão: o levantamento do peso é feito através da explosão de gases (tipo 
diesel). Este tipo de bate-estacas está hoje sofrendo grande evolução (BRITO,1987).CONTROLE DE EXECUÇÃO – locação das estacas; 
– profundidade de cravação; 
– ocorrência de fissuras; 
– verticalidade; 
– nega 
– altura de queda do pilão; – execução da emenda; 
– cota de arrasamento da cabeça da estaca; 
– proteção da cabeça da estaca . 
3.7.1 Estacas Mega 
É constituída de elementos justapostos (de concreto armado, protendido ou de aço) ligados uns 
aos outros por emenda especial e cravados sucessivamente por meio de macacos hidráulicos. 
Estes buscarão reação ou sobre a estrutura existente ou na estrutura que esteja sendo 
construída ou em cargueiras especialmente construídas para tanto (cravação estática). A 
solidarização da estaca com a estrutura é feita sob tensão: executa-se um bloco sobre a 
extremidade da estaca; com o macaco hidráulico comprimese a estaca calçando a estaca sob a 
estrutura; retira-se o macaco e concreta-se o conjunto (ALONSO, 1979). Costumam ser 
utilizadas para reforço de fundações, mas às vezes também são empregadas como solução 
direta, permitindo em alguns casos até a execução da estrutura antes da fundação (Figura 3.12). 
 
Figura 3.12: Estaca Mega 
3.8 Brocas 
São estacas executadas “in loco” sem molde, por perfuração no terreno com o auxílio de um 
trado (Æ15 a 30 cm), sendo o furo posteriormente preenchido com o concreto apiloado 
(FABIANI, s.d.). 
O trado utilizado é composto de 04 facas, formando um recipiente acoplado a tubos de aço 
galvanizado. Os tubos são divididos em partes de 1,20 m de comprimento e à medida que se 
prossegue a escavação eles vão sendo sucessivamente emendados. A perfuração é feita por 
rotação/compressão do tubo, seguindo-se da retirada da terra que se armazena dentro deste. 
Estruturas Metálicas 
Desde o século XVIII, quando se iniciou a utilização de estruturas metálicas na construção civil 
até os dias atuais, o aço tem possibilitado aos arquitetos, engenheiros e construtores, soluções 
arrojadas, eficientes e de alta qualidade.Das primeiras obras - como a Ponte Ironbridge na 
Inglaterra, de 1779 - aos ultramodernos edifícios que se multiplicaram pelas grandes cidades, a 
arquitetura em aço sempre esteve associada à idéia de modernidade, inovação e vanguarda, 
traduzida em obras de grande expressão arquitetônica e que invariavelmente traziam o aço 
aparente.No entanto, as vantagens na utilização de sistemas construtivos em aço vão muito além 
da linguagem estética de expressão marcante; redução do tempo de construção, racionalização 
no uso de materiais e mão de obra e aumento da produtividade, passaram a ser fatores chave 
para o sucesso de qualquer empreendimento. 
Essas características que transformaram a construção civil no maior mercado para os produtores 
de aço no exterior, começam agora a serem percebidas por aqui. Buscando incentivar este 
mercado e colocar o Brasil no mesmo patamar de desenvolvimento tecnológico de outros países, 
a COSIPA vem oferecer uma vasta gama de aços para aplicação específica na construção civil. 
Produzidos com os mais avançados processos de fabricação, os aços COSIPA têm qualidade 
garantida através das certificações ISO 9001 e ISO 14001.A competitividade da construção 
metálica tem possibilitado a utilização do aço em obras como: edifícios de escritórios e 
apartamentos, residências, habitações populares, pontes, passarelas, viadutos, galpões, 
supermercados, shopping centers, lojas, postos de gasolina, aeroportos e terminais rodo-
ferroviários, ginásios esportivos, torres de transmissão, etc. 
2. Vantagens no uso do Aço 
O sistema construtivo em aço apresenta vantagens significativas sobre o sistema construtivo 
convencional: 
 Liberdade no projeto de arquitetura - A tecnologia do aço confere aos arquitetos total 
liberdade criadora, permitindo a elaboração de projetos arrojados e de expressão arquitetônica 
marcante. 
 Maior área útil - As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais esbeltas 
do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor aproveitamento do espaço interno e 
aumento da área útil, fator muito importante principalmente em garagens. 
 Flexibilidade - A estrutura metálica mostra-se especialmente indicada nos casos onde há 
necessidade de adaptações, ampliações, reformas e mudança de ocupação de edifícios. Além 
disso, torna mais fácil a passagem de utilidades como água, ar condicionado, eletricidade, 
esgoto, telefonia, informática, etc. 
 Compatibilidade com outros materiais - O sistema construtivo em aço é perfeitamente 
compatível com qualquer tipo de material de fechamento, tanto vertical como horizontal, 
admitindo desde os mais convencionais (tijolos e blocos, lajes moldadas in loco) até 
componentes pré-fabricados (lajes e painéis de concreto, painéis "drywall", etc). 
 Menor prazo de execução- A fabricação da estrutura em paralelo com a execução das 
fundações, a possibilidade de se trabalhar em diversas frentes de serviços simultaneamente, a 
diminuição de formas e escoramentos e o fato da montagem da estrutura não ser afetada pela 
ocorrência de chuvas, pode levar a uma redução de até 40% no tempo de execução quando 
comparado com os processos convencionais. 
 Racionalização de materiais e mão-de-obra- Numa obra, através de processos 
convencionais, o desperdício de materiais pode chegar a 25% em peso. A estrutura metálica 
possibilita a adoção de sistemas industrializados, fazendo com que o desperdício seja 
sensivelmente reduzido. 
 Alívio de carga nas fundações - Por serem mais leves, as estruturas metálicas podem 
reduzir em até 30% o custo das fundações. 
 Garantia de qualidade - A fabricação de uma estrutura metálica ocorre dentro de uma 
indústria e conta com mão-de-obra altamente qualificada, o que dá ao cliente a garantia de uma 
obra com qualidade superior devido ao rígido controle existente durante todo o processo 
industrial. 
 Antecipação do ganho - Em função da maior velocidade de execução da obra, haverá um 
ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez no retorno do capital 
investido. 
 Organização do canteiro de obras - Como a estrutura metálica é totalmente pré-
fabricada, há uma melhor organização do canteiro devido entre outros à ausência de grandes 
depósitos de areia, brita, cimento, madeiras e ferragens, reduzindo também o inevitável 
desperdício desses materiais. O ambiente limpo com menor geração de entulho, oferece ainda 
melhores condições de segurança ao trabalhador contribuindo para a redução dos acidentes na 
obra. 
 
 Reciclabilidade - O aço é 100% reciclável e as estruturas podem ser desmontadas e 
reaproveitadas. 
 
 Preservação do meio ambiente - A estrutura metálica é menos agressiva ao meio 
ambiente pois além de reduzir o consumo de madeira na obra, diminui a emissão de material 
particulado e poluição sonora geradas pelas serras e outros equipamentos destinados a trabalhar 
a madeira. 
 Precisão construtiva - Enquanto nas estruturas de concreto a precisão é medida em 
centímetros, numa estrutura metálica a unidade empregada é o milímetro. Isso garante uma 
estrutura perfeitamente aprumada e nivelada, facilitando atividades como o assentamento de 
esquadrias, instalação de elevadores, bem como redução no custo dos materiais de 
revestimento. 
 
(clique nas imagens para ampliá-las) 
3. Aspectos de Projeto 
 
3.1. Definição do Partido Arquitetônico 
Estrutura metálica aparente ou revestida? Essa é a primeira decisão que o arquiteto deve tomar 
ao trabalhar com estrutura de aço. Ao contrário do que muitos possam pensar, a maior parte das 
obras em aço existentes no exterior são realizadas com o aço revestido. Essa solução, que pode 
significar redução nos custos de pintura e proteção contra incêndios, deve ser adotada quando o 
http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/CONSTRUCOES-METALICAS/Id74-maiores/construcoes-metalicas-2.jpg
http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/CONSTRUCOES-METALICAS/Id74-maiores/construcoes-metalicas-3.jpgque importa são as inúmeras vantagens do aço como material estrutural e não a "estética do 
aço". Cabe ao arquiteto definir qual a solução mais adequada para cada obra. Nessa etapa do 
projeto é interessante uma consulta a um calculista que poderá orientar sobre as melhores 
alternativas. 
3.2. Detalhamento 
É necessário um bom detalhamento do projeto estrutural que leve em conta possíveis 
interferências com os projetos de instalações elétricas, hidráulicas, ar condicionado, etc. e evitar 
improvisações no canteiro de obras. Independentemente do tipo de aço e do esquema de pintura 
empregados, alguns cuidados básicos nas etapas de projeto, fabricação e montagem da 
estrutura podem contribuir significativamente para melhorar a resistência à corrosão: 
 Evitar regiões de empoçamento de água e deposição de resíduos; 
 Prever furos de drenagem em quantidade e tamanho suficiente; 
 Permitir a circulação de ar por todas as faces dos perfis para facilitar a secagem; 
 Garantir espaço suficiente e acesso para realização de manutenção (pintura, etc.); 
 Impedir o contato direto de outros metais com o aço para evitar o fenômeno de corrosão 
galvânica; 
 Evitar peças semi-enterradas ou semi-submersas. 
3.3. Ligações 
 
Outro ponto importante na etapa de projeto, é a definição do sistema de ligação a ser adotado 
entre os elementos que compõem a estrutura metálica como: vigas, pilares e contraventamentos. 
É fundamental que os elementos de ligação (chapas, parafusos, soldas, etc.) apresentem 
resistência mecânica compatível com o aço utilizado na estrutura. A escolha criteriosa entre um 
sistema de ligação soldado e/ou parafusado, pode significar uma obra mais econômica e tornar a 
montagem mais rápida e funcional. Alguns aspectos são importantes para essa escolha: 
 Condições de montagem no local da obra 
 Grau de dificuldade para fabricação da peça 
 Padronização das ligações 
Se a intenção do projeto for deixar as estruturas aparentes, o desenho das ligações assume uma 
importância maior. O formato, posição e quantidade de parafusos, chapas de ligação e nervuras 
de enrijecimento, são alguns dos itens que podem ter um forte apelo estético se 
convenientemente trabalhados pelo arquiteto em conjunto com o engenheiro calculista. 
Ligações Soldadas 
Para que se tenha um maior controle de qualidade, as ligações soldadas devem ser executadas 
sempre que possível na fábrica. É o tipo de ligação ideal para união de peças com geometria 
complicada. 
Os processos de soldagem mais utilizados são a solda a arco elétrico, que pode ser manual ou 
com eletrodo revestido e automática, com arco submerso. Quando a obra empregar aços 
resistentes à corrosão atmosférica (família COS AR COR) deve-se empregar eletrodos 
apropriados. 
Ligações Parafusadas 
 
As ligações parafusadas podem utilizar dois tipos de parafusos: 
 comuns: apresentam baixa resistência mecânica, sendo portanto utilizados em ligações 
de peças secundárias como guarda-corpos, corrimãos, terças e outras peças pouco solicitadas 
 alta resistência: são especificados para ligações de maior responsabilidade. Devido à 
característica de alta resistência, as ligações geralmente tem um número mais reduzido de 
parafusos, além de chapas de ligação menores. 
É importante destacar que, quando a obra empregar aços resistentes à corrosão atmosférica 
(família COS AR COR) deve-se empregar parafusos de aço com as mesmas características. 
Não é recomendada a utilização de parafusos e porcas galvanizados sem pintura em estruturas 
de aço carbono comum ou resistentes à corrosão atmosférica. A diferença de potencial 
eletroquímico entre o revestimento de zinco e o aço da estrutura pode ocasionar uma corrosão 
acelerada da camada de zinco. 
 
(clique nas imagens para ampliá-las) 
4. Peso da Estrutura 
Para a elaboração de estimativas de custo, é necessário se conhecer o peso da estrutura 
metálica. Apresentamos a seguir, para efeito ilustrativo, uma tabela com o peso estimado da 
estrutura metálica em função dos diversos tipos de construção. 
 
5. Fechamentos 
As estruturas metálicas permitem grande flexibilidade quando o assunto é a escolha dos 
sistemas de fechamento horizontal (lajes) e vertical (paredes). De maneira geral, podemos dizer 
que é possível utilizar todas as alternativas de fechamento existentes no mercado, desde as mais 
convencionais até as mais inovadoras. 
http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/CONSTRUCOES-METALICAS/Id74-maiores/construcoes-metalicas-4.jpg
http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/CONSTRUCOES-METALICAS/Id74-maiores/construcoes-metalicas-5.jpg
http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/CONSTRUCOES-METALICAS/construcao-metalica-tabela-edificacao.jpg
A especificação dependerá do tipo de projeto e de suas características específicas: exigências 
econômicas, estéticas, necessidade de rapidez de execução, etc. Dessa forma, o arquiteto tem 
total liberdade para optar pelo uso da solução mais adequada. 
5.1. Fechamentos Horizontais 
 
Dentre os diversos tipos de lajes usualmente empregadas, podemos destacar as seguintes: • 
laje de concreto moldada "in loco"; • laje de painel armado de concreto celular; • laje pré-
fabricada protendida; • pré-laje de concreto; • laje mista; • laje de painel de madeira e 
fibrocimento; • laje com forma metálica incorporada - "steel deck". 
5.2. Fechamentos Verticais 
 
Igualmente como acontece com as lajes, as estruturas metálicas possuem compatibilidade com 
uma grande diversidade de materiais de vedação. Destacamos abaixo algumas dessas soluções: 
 alvenarias: de tijolos de barro, blocos cerâmicos, blocos de concreto ou de concreto 
celular; 
 painéis: de concreto celular, concreto colorido, solo-cimento, aço, gesso acartonado ("dry-
wall"). 
É importante deixar claro que não existem fatores de ordem técnica que impeçam o uso de 
estruturas metálicas em conjunto com alvenarias. 
Para tanto é necessário apenas que o projetista detalhe as uniões entre os diferentes materiais o 
que evitará o aparecimento de patologias como trincas ou fissuras. Entre os detalhes mais 
comumente empregados podemos destacar: 
 junta pilar/alvenaria: utilização de barras de aço de espera (também conhecida como 
"ferro cabelo"), com 5 mm de diâmetro e 30 a 40 cm de comprimento, soldadas ao perfil 
aproximadamente a cada 40 cm e solidarizadas à alvenaria durante o seu assentamento; 
 junta viga/alvenaria: aplicar entre a face inferior da viga e a alvenaria, material 
deformável (cortiça, isopor ou poliestireno) arrematados por mata-juntas ou selantes flexíveis. 
Com relação aos demais materiais utilizados como fechamento, é necessário consultar os 
catálogos técnicos de seus respectivos fabricantes, onde poderão ser encontradas informações 
úteis com relação às melhores soluções de detalhamento entre a estrutura e o conjunto de 
vedação. 
 
Isolamento Térmico 
Chama-se isolante térmico um material ou estrutura que dificulta a dissipação de calor, usado 
na construção e caracterizado por sua alta resistência térmica. Estabelece uma barreira à 
passagem do calor entre dois meios que naturalmente tenderiam rapidamente a igualarem 
suas temperaturas. 
O melhor isolante térmico é o vácuo, mas devido à grande dificuldade para obter-se e manter 
condições de vácuo, é empregado em muito poucas ocasiões, limitadas em escala. Na prática se 
utiliza ar, que graças a sua baixa condutividade térmica e um baixo coeficiente de absorção 
da radiação, constitui um elemento muito resistente à passagem de calor. Entretanto, o 
fenômeno de convecção que se origina nas câmaras de ar aumenta sensivelmente sua 
capacidade de transferência térmica. Além disso o ar deve estar seco, sem umidade, o que é 
difícil de conseguir nas câmaras de ar. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Material
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_t%C3%A9rmicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A1cuo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Condutividade_t%C3%A9rmica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Convec%C3%A7%C3%A3o_t%C3%A9rmica
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=C%C3%A2mara_de_ar_(arquitetura)&action=edit&redlink=1
Por estas razões são utilizados como isolamento térmico materiais porosos ou fibrosos, capazes 
de imobilizar o ar seco e confiná-lo no interior de células mais ou menos estanques. Ainda que na 
maioria dos casos o gás enclausurado seja ar comum, em isolantes de células fechadas 
(formados por bolhas não comunicantes entre si, como no caso do poliuretano projetado), o gás 
utilizado como agente espumante é o que fica finalmente enclausurado. Também é possível 
utilizar outras combinações de gases distintas, mas seu emprego é muito pouco extenso. 
Há vários tipos de materiais sólidos que podem ser bons isolantes, isso depende da utilidade 
dada, a temperatura de trabalho, ao local de instalação entre outros. Podem-se utilizar como 
isolantes térmicos: lã de poliéster, produzida a partir de garrafas pet, lã de rocha, fibra de vidro, 
hidrossilicato de cálcio, manta de fibra cerâmica, perlita expandida,vidro celular, poliestireno 
expandido, poliestireno extrudado, espuma de poliuretano, aglomerados de cortiça, etc. 
Deve-se observar sempre que não existe isolamento térmico perfeito, ou, em outras palavras, 
todo material ou estrutura constituída por alguma composição de materiais sempre conduz algum 
calor. 
Características de materiais isolantes 
Painéis PUR/PIR 
Os painéis termoisolantes têm suas aplicações garantidas devido a sua composição: núcleo 
isolante em PUR/PIR e revestimento metálico em 1 ou 2 faces. 
PUR (poliuretano) 
É um elemento termofixo obtido pela reação de componentes químicos, resultando em uma 
espuma rígida. 
PIR (poliisocianurato) 
Diferencia-se do PUR por apresentar melhor resistência térmica à altas temperaturas. 
EPS (poliestireno expandido) 
- Núcleo isolante em EPS, livre de CFC, caracterizado como retardante à chama, conforme NBR 
11752 (ABNT), com massa específica aparente (MEA) mínima de 14,5kg/m³, o que confere 
menor peso ao produto final; 
- Revestimento em uma ou duas faces, em aço zincado, pré-pintado na cor branca RAL 9003 
(outras cores sob consulta) ou galvalume; 
- Durabilidade assegurada pelo moderno processo de produção com colagem do revestimento 
sob pressão e calor. 
LDR (lã de rocha) 
- Núcleo isolante em LDR incombustível. Oferece alta resistência ao fogo. Sua massa específica 
aparente (MEA) é de no mínimo 80kg/m³; 
- Revestimento em uma ou duas faces, em aço zincado, pré-pintado na cor branca RAL 9003 
(outras cores sob consulta) ou galvalume; 
- Resistência térmica máxima de LDR em até 500°C (em painel até 90°C). 
Estes isolantes apresentam propriedades como resistência à compressão e estabilidade 
dimensional. 
- Painéis com núcleo isolante em PUR/PIR são caracterizados como retardantes à chama classe 
R1, conforme a NBR 7358 (ABNT) com massa específica aparente moldada (MEAM) de 37 a 
42kg/m
2
; 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliuretano
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A3_de_rocha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_de_vidro
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vidro_celular&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliestireno_expandido
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliestireno_expandido
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliestireno_expandido
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Poliestireno_extrudado&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Espuma_de_poliuretano&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corti%C3%A7a
- A resistência térmica de PUR é de até 90°C e a do PIR é de até 163°C (em painel até 90°C). 
Fonte: Dânica 
Materiais disponíveis no mercado 
Lã de vidro 
A lã de vidro possui um bom desempenho no tratamento acústico de ambiente graças ao seu 
coeficiente de absorção acústica, sendo indicada sua aplicação em forros ou na confecção de 
paredes duplas no processo construtivo conhecido como massa-mola-massa, substituindo com 
vantagens as paredes pesadas, dificultando a transmissão dos sons graças a sua 
descontinuidade e a grande elasticidade. As principais características são: alto poder de isolação 
térmica; ótimo coeficiente de absorção acústica; não propagam chamas; não deterioram ou 
apodrecem; estáveis mesmo em altas temperaturas; fáceis de recortar e aplicar; são 
inquebráveis, reduzindo as perdas nas obras. 
Lã de rocha 
A lã de rocha devido a suas características termo-acústicas atende aos mercados da construção 
civil, industrial, automotivos e eletrodomésticos entre outros. Garantindo conforto ambiental, 
segurança e aumento no rendimento de equipamentos industriais, suas principais características 
são: alto poder de absorção acústica; resistência ao fogo; segurança (não oferece risco à saúde); 
facilidade de manuseio; boa resiliência; resistente a vibrações; não higroscópico; imputrescível e 
quimicamente neutra. 
Barreiras acústicas 
As barreiras acústicas são os polímeros minerais de alta densidade à base de EPDM e rocha 
basáltica, e apresentam bom desempenho acústico. Podem ser aplicadas na construção civil 
para isolamento acústico de pisos, paredes, tetos e diversas outras aplicações, como isolar 
acusticamente ruídos provenientes de tubulações de banheiros, esgotos, água fria e água 
quente. As barreiras acústicas conferem bons resultados com o mínimo de interferência na 
superfície aplicada. Assim, as espessuras das lajes e do contra piso podem ser melhor 
dimensionadas. 
Espumas acústicas 
A espuma absorvedora acústica permite isolar ou absorver ruídos incômodos provenientes de 
outros ambientes ou mesmo aqueles reverberados (eco). A sua estrutura multi-celular faz com 
que a onda sonora seja dissipada (perca energia) em seu interior. E a sua configuração 
superficial permite a penetração de ondas sonoras vindas de qualquer direção. A espuma 
absorvedora acústica pode ser aplicada tanto em residências como em locais de trabalho. Pela 
sua ampla gama de atuação pode ser utilizada em lojas, bancos, restaurantes, escritórios, 
auditórios, estúdios de rádio e TV, ginásios, entre outros. 
 
 
Proteção Acústica 
O isolamento sonoro (ou isolamento acústico) é a técnica utilizada para não deixar passar 
o som de um para outro ambiente, através do uso de diversos materiais: densos, pesados, entre 
outros, que consigam amortecer e dissipar a energia sonora (chapas 
metálicas, vidros, madeira maciça, parede de tijolo maciço, mantas de borracha , cortiça ,tapetes 
, etc.). O Isolamento, como o nome já diz, tem o objetivo de impedir a passagem/saída dos sons 
entre distintos ambientes, entre edificações e o ambiente. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Som
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ambiente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Material
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vidro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Madeira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tijolo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borracha
Outro fator que influencia no isolamento é o fato de não se usar apenas uma barreira, mas criar 
uma sequência de obstáculos para o som ter mais dificuldade de se propagar. O uso de paredes 
duplas, janelas com vidros duplos ou a combinação de materiais de diferentes densidades (porta 
de madeira com chapa de aço) são muito importantes para se ter um bom isolamento acústico. 
Neste caso, é ainda importante fazer os diferentes elementos usados não se tocarem 
diretamente, usando sempre espumas, borrachas e o que for conveniente para se anular a 
vibração. 
Pelo modo que o som se propaga, cuidado para não deixar nenhum tipo de fresta entre os 
fechamentos, pois isso pode prejudicar todo o conjunto. Portas e caixilhos devem ter atenção 
especial, com o uso de espumas e borrachas para segarantir a estanqueidade do ambiente. 
A Lei da Massa 
Ao duplicarmos a massa de um fechamento, aumentamos em 6 dB o índice de redução sonora. 
Quanto maior for a massa da superfície trabalhada, menor será sua vibração e, desta forma, 
menor a probabilidade de transmitir sons. Porém, para frequências baixas, menores que a 
frequência de ressonância, o isolamento não obedece à Lei da Massa, dependendo sim, nestes 
casos, das características de rigidez do isolamento. Quando se faz necessário um isolamento 
consideravelmente grande, é preciso aumentar o peso do isolamento de forma considerável. 
Exemplo: Paredes duplas, Paredes duplas com câmara de ar, Paredes duplas com aplicação de 
espuma, etc. 
Lei das massas para uma parede simples: 
R = 13.3log(m.f)-22.5(dB) 
– m: massa parede por m2(Kg/m2) 
– f: freqüência em Hz 
Lei das massas para uma parede dupla: 
R(dB)=13.3log(m1+m2)+20log(f)-35.7 
Paredes Duplas para Isolar o Ruído Aéreo 
Os sons classificados como aéreos são produzidos na massa de ar ambiente, podem ser 
transmitidos tanto pelo ar como por elementos líquidos ou sólidos. O mais usual nesse tipo de 
isolamento é a Aplicação da técnica das "Paredes Duplas". A quantidade de isolamento 
produzida depende das características construtivas das paredes e da intensidade do som 
incidente. A lei da massa indica que o isolamento aumenta em aproximadamente 6dB para cada 
duplicação da massa. O isolamento produzido por paredes duplas fica aproximadamente entre 5 
a 10dB superior ao produzido por uma parede padrão. Além da duplicidade das paredes, existem 
fatores a serem observados para impedir a passagem de ruídos entre os ambientes. Por 
exemplo, observar se não há janelas e portas frequentemente abertas, conhecer o material da 
estrutura (materiais porosos como tijolos vazados e concreto celular isolam muito menos do que 
materiais pesados e maciços); forros de materiais leves ou paredes que não alcançam o teto, são 
alguns fatores que resultam em canais de condução de ruídos. 
Isolamento sonoro em pisos 
Para amenizar os ruídos que ocorrem nos pisos, devemos assentá-los (parchet, pedras, 
cerâmicas) sobre uma camada de areia grossa. Revestimentos de borracha também são 
amplamente utilizados, bem como tapetes felpudos, pisos flutuantes (composto de tábuas 
pregadas a sarrafos que descansem sobre uma camada de material flexível estendida sobre o 
entrepiso de concreto). O forro suspenso aumenta consideravelmente o isolamento de um piso 
referente aos ruídos aéreos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Decibel
Isolamento Acústico em Portas e Janelas 
A qualidade das esquadrias de portas e janelas está diretamente ligada ao isolamento de ruídos. 
Para aumentar o desempenho destas aberturas é recomendado a aplicação de vidros duplos e 
laminados objetivando o aumento de massa da esquadria. 
Principais tipos de materiais 
Podemos classificar os materiais utilizados para o Isolamento Sonoro como MATERIAIS 
CONVENCIONAIS e MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
Os materiais convencionais são aqueles habitualmente utilizados na construção civil: blocos 
cerâmicos, madeira, bloco de concreto/concreto celular, bloco de silico calcário, etc. 
Já os materiais não convencionais são aqueles que foram projetados, estudados e desenvolvidos 
para atuarem como isolantes acústicos em ambientes diversos. Normalmente estes materiais 
também atuam como isolantes térmicos. Podem ser citados como exemplos de materiais não 
convencionais a Lã de vidro, espumas elastoméricas, Lã de rocha, fibra de coco (material 
ecologicamente correto). 
MATERIAIS ISOLANTES 
-Impedem a transferência do sons entre ambientes distintos. 
-São densos e pesados, como tijolo maciços, gesso, chumbo, madeira, pedras lisas. Alguns 
vidros com mais de 6mm de espessura podem ser inseridos nessa categoria. 
MATERIAIS REFLETORES 
-Podem ser isolantes, mas também contribuem para a reverberação. 
-São materiais com aspecto liso, como pisos de cerâmica, massa corrida, algumas madeiras. 
MATERIAIS DIFUSORES 
-Refletem o som de forma difusa, espalhada. 
-Apresentam-se em formato irregular como pedras ou lambris de madeira. 
MATERIAIS ABSORVENTES 
-Desgastam a onda sonora, retirando parte de sua energia de propagação e transformando-a em 
calor.São materiais leves, de baixa densidade, fibrosos ou de poros bem abertos. 
-Lã ou fibra de vidro revestido, manta de poliuretano, carpetes espessos. 
 
 
 
Obras De Contenção 
Os muros de arrimo ou de gravidade são obras de contenção que têm a finalidade de 
restabelecer o equilíbrio da encosta, através de seu peso próprio, suportando os empuxos do 
maciço (Cunha, 1991). O atrito de sua base contra o solo deve ser suficiente para assegurar a 
estabilidade da obra e sua geometria trapezoidal destina-se a evitar o tombamento por rotação 
em torno da aresta externa da base. São indicados em situações de solicitações reduzidas já 
que, para atender a esforços elevados, passam a demandar maior espaço para a implantação da 
base e podem-se tornar economicamente inviáveis, pelo alto custo de sua execução. Exigem 
projetos específicos e, em função da complexidade de cada situação, poderão demandar a 
execução de estudos geotécnicos necessários à escolha e ao correto detalhamento da solução. 
Em boas condições de fundação, podem-se utilizar muros rígidos (pedra rachão, concreto e 
outros tipos). Se a fundação pode deformar, é recomendável o uso de muros flexíveis, como 
gabião. 
Fatores Para Escolha Do Tipo De Muro: condições da fundação tipo de solo do aterro 
disponibilidade de espaço e acessos sobrecarga altura do muro custo dos materiais disponíveis 
qualificação da mão-de-obra. 
Muro de Arrimo Muro de solo - cimento ensacado 
Erroneamente conhecida como Rip-Rap (um tipo de enrocamento usado em barragens), esta é 
uma técnica alternativa para contenção de encostas que utiliza sacos de solo estabilizado com 
cimento. Esse tipo de muro apresenta como vantagens o seu baixo custo e o fato de não 
requerer mão-de-obra ou equipamentos especializados. A sua utilização é recomendável para 
alturas máximas de 4 a 5m, e pode ser aplicado largamente em áreas arenosas sujeitas à erosão 
acentuada, prestando-se para recomposição do relevo afetado por voçorocas e outras formas 
erosivas menos severas. 
 
Antes de se optar pela utilização do solo-cimento, deve-se verificar o tipo de solo do local e a 
ocorrência, nas proximidades, de jazidas de material adequado a essa técnica. Em princípio, 
qualquer solo pode ser estabilizado com cimento. No entanto os solos que contenham de 50% a 
90% de areia produzem um solo-cimento mais econômico e durável. Os solos finos (argila) 
apresentam alguns inconvenientes, tais como dificuldade na pulverização e maior consumo de 
cimento. Nesses casos, recomenda-se a mistura do solo argiloso com solos arenosos, em 
proporções capazes de produzir uma composição que atenda aos requisitos de economia, 
durabilidade e resistência mecânica (FIDEM, 2001a). Os solos escuros, com matéria orgânica, 
mostram grande retardo nas reações de hidratação do cimento, o que reduz gradualmente a 
estabilidade do solo-cimento resultante, não devendo ser utilizados na mistura. 
O solo deve ser inicialmente submetido a um peneiramento em malha de 9mm, para a retirada de 
pedregulhos de maior porte. Em seguida, o cimento é espalhado e misturado, de modo a permitir 
uma coloração homogênea do material, numa proporção cimento-solo da ordem de 1:10 a 1:15 
(em volume), adicionando-se água em quantidade 1% acima da correspondente à umidade ótima 
de compactação do proctor normal. Após a homogeneização, a mistura é colocada em sacos de 
poliéster ou similares, com preenchimento até cerca de dois terços do volume útil do saco. 
Procede-se, então, ao fechamento mediante costura manual. O ensacamento do material facilita 
o transporte para o local da obra e torna dispensável a utilização de fôrmaspara a execução do 
muro. No local de construção, os sacos de solo-cimento são arrumados em camadas 
posicionadas horizontalmente e, a seguir, cada camada do material é compactada de modo a 
reduzir o volume de vazios. A compactação é, em geral, realizada manualmente com soquetes. 
As camadas ficam com cerca de 10cm de altura, o que corresponde à espessura dos sacos 
preenchidos com a mistura. A seguir, uma nova camada de sacos é posicionada e compactada 
sobre a camada anterior, propositadamente desencontrada, de modo a garantir um maior 
intertravamento entre eles. 
Com o tempo, os sacos desintegram-se totalmente, preservando na mistura a forma original 
moldada por eles. Estas faces externas do muro podem receber uma proteção superficial de 
argamassa de concreto magro, para prevenir contra a ação erosiva de ventos e água superficiais, 
ou podem ser deixadas ao natural para o desenvolvimento de lodos e outros vegetais menores, 
que servirão de base para a formação de uma cobertura vegetal mais bem desenvolvida. 
A mistura de solo-cimento deve ser compactada e utilizada o mais rápido possível, em menos de 
uma hora. Quando o solo da encosta for muito argiloso, é recomendável inserir barbacãs ou a 
substituição de alguns sacos do muro por geotêxtil. O muro deverá ter a face externa inclinada 
contra o talude, no mínimo em 10o com relação à vertical. A utilização de cobertura vegetal pode 
ser adotada sobre o solo-cimento, melhorando visualmente o resultado e protegendo o material 
da ação direta do sol. 
Muro de pedra seca (sem rejunte) 
É o tipo mais simples de arrimo, formado pelo arranjo manual de pedras rachão, cuja resistência 
resulta unicamente do imbricamento dessas pedras (Cunha, 1991) e funciona como carga de 
compensação no pé do talude. Os blocos devem ter dimensões regulares para sua estabilidade, 
o que resulta num menor atrito entre as pedras. O muro deve ter espessura mínima de 0,6m e 
não deve ser usado em taludes com mais de 1,5m de altura. É de fácil construção e de baixo 
custo, por não exigir mão-de-obra especializada e, particularmente, se houver jazidas próximas 
ao local. Dispensa a drenagem interna (barbacãs) pela sua capacidade autodrenante, que evita a 
ocorrência de pressões da água contra o muro. A base do muro deve estar apoiada em terreno 
firme e situar-se abaixo do nível da base do talude a ser protegido, evitando que o muro venha a 
ser arrastado pela movimentação desse espaço e sua construção deve estar associada à 
execução da microdrenagem (canaletas de borda e de pé). 
 
 
Muro de alvenaria de pedra (com rejunte) 
Estes muros possuem uma estrutura rígida, com baixa capacidade de deformação, o que exige 
bom terreno de fundação, drenagem eficiente e prevenção contra tendência ao deslizamento. 
São estruturas economicamente viáveis para alturas de até 3m e em situações em que há 
disponibilidade de pedras e mão-de-obra com mínima qualificação. A alvenaria deve ser 
executada com pedras graníticas, não intemperizadas, malhadas e isentas de impurezas ou 
detritos, com diâmetro médio superior a 0,30m (FIDEM, 2001a). O assentamento deve ser 
executado com argamassa de cimento e areia no traço 1:4, e todos os espaços internos da 
estrutura devem ficar preenchidos com essa massa. A escolha das pedras deve ser feita de tal 
forma que possibilite um melhor acabamento para a face externa do muro. A superfície do topo 
do muro deverá ser revestida com uma camada de argamassa, com espessura mínima de 2cm. 
Devem ser previstos dispositivos de drenagem constituídos por drenos de areia e barbacãs de 
acordo com o projeto específico, para alívio da pressão da água na estrutura de contenção. O 
reaterro deve ser executado em camadas com espessuras de 0,20m compactadas manualmente 
com cepos ou através de equipamento mecânico leve, de forma a evitar danos na estrutura. Os 
elementos da microdrenagem deverão ser considerados na obra, para evitar descalçamentos e 
remoção lateral de solos, reduzindo a sua vida útil. Devem ser adotados em taludes com até 3 
metros de altura. É indispensável a execução de dreno de areia grossa e barbacãs para reduzir a 
pressão da água sobre o muro, aumentando a segurança da obra. 
 
 
Muro de concreto armado 
Os muros de concreto armado podem ser de vários tipos e têm como principal vantagem diminuir 
o volume da estrutura de arrimo, embora tenham como fator limitante o seu custo, bem mais 
elevado que as demais modalidades de muros de gravidade. A sua estabilidade é garantida pelo 
peso do retroaterro, que age sobre a laje da base fazendo com que o conjunto muro-aterro 
funcione como uma estrutura de gravidade. 
Os muros utilizam fundação direta, porém em casos especiais poderão ter fundações profundas 
constituídas por estacas ou tubulões, as quais devem atender às especificações do projeto. 
Devem ser previstos dispositivos de drenagem constituídos por drenos de areia ou geotêxteis e 
barbacãs, de acordo com o projeto específico, para alívio da pressão da água na estrutura de 
contenção. Devem ser previstas juntas estruturais, com espaçamento máximo de 20m. O 
fechamento das aberturas deve ser feito com juntas de neoprene ou material similar. O reaterro 
deve ser executado em camadas com espessuras de 0,20m, compactadas manualmente com 
cepos ou através de equipamento mecânico leve, de forma a evitar danos na estrutura (FIDEM, 
2001a). 
 TIPOS DE MURO DE CONCRETO ARMADO 
muro em “T” invertido ou em “L” Os muros em “T” invertido ou em ”L” são constituídos por uma 
laje-base enterrada no terreno e uma face vertical. A sua execução é mais simples e é 
recomendada para alturas acima de 5,00m. 
Os contrafortes devem ser inclinados de acordo com projeto específico, que leva em 
consideração os esforços atuantes e faz variar também a espessura dos contrafortes e do 
paramento frontal. 
 
 
 
Estes muros podem ser adotados para quaisquer tipos de solicitações, desde que o terreno de 
fundação seja compatível com as tensões atuantes. 
Muro de concreto ciclópico 
Estes muros são recomendáveis para contenção de taludes com altura máxima entre 4 e 5m. A 
mão-deobra para sua execução exige alguma qualificação devido à utilização de fôrmas. O 
concreto ciclópico utilizado na estrutura deve ser constituído por 70% de concreto estrutural e 
30% de pedra rachão granítica, não intemperizada. O concreto, seus componentes e as fôrmas 
devem atender às especificações do projeto. A pedra rachão deve ser limpa e isenta de 
impurezas, para não prejudicar a sua aderência ao concreto (FIDEM, 2001a) 
 
Devem ser previstos dispositivos de drenagem constituídos por drenos de areia ou barbacãs, de 
acordo com o projeto específico, para alívio da pressão da água na estrutura. O reaterro deve ser 
executado em camadas com espessuras de 0,20m, compactadas manualmente com cepos ou 
através de equipamento mecânico leve, de forma a evitar danos na estrutura. 
Em taludes mais altos, é aconselhável o uso de contrafortes na estrutura do muro, aumentando 
sua resistência, sem demandar maiores volumes de concreto. É indispensável a drenagem com 
barbacãs e drenos para a redução da pressão da água no muro. A microdrenagem superficial 
também é imprescindível para garantir a durabilidade e efetividade da obra (Cunha, 1991). 
Outras Soluções De Contenção Contenção Com Terra Armada Com Placa Pré-Moldada De 
Concreto, Ancoragem Metálica Ou Geossintética 
Composta por elemento pré-moldado de concreto que funciona como “pele” e distribuição das 
pressões com tirantes metálicos ou geossintéticos que resistem aos esforços pelo atrito 
desenvolvido no solo compactado. 
 
O sistema construtivo de placas e montantes de concreto com ancoragem metálica ou 
geossintética apresenta as seguintes vantagens: 
 É aplicado em parede vertical. 
 É uma solução econômica e simples que outros sistemas de parede vertical. 
 Utiliza tirante de aço comum de construção ou geossintético. 
É uma peça de ancoragem de concreto pré-moldado de fácil execução. 
 Permite pequenas deformações 
 
 
 
Contenção Com Solo Compactado E Reforçado Com Geossintético 
Semelhante à contenção com gabião convencional, o solo reforçado utiliza a geogrelha como 
elemento de armação e ancoragem do solo, permitindo estabilizar os taludes mais íngremes e a 
fixação de revestimento vegetal, reduzindo o impacto ambiental. 
 
Contenção com solo reforçado com paramento de pré-moldado 
Sistema especialmente vantajoso para contenção de taludes em áreas urbanas, é indicado 
quando se deseja obter uma estrutura semiflexível, de construção simples e rápida, com 
paramento frontal em blocos de concreto pré-moldado e maciço estrutural com geogrelhas. A 
estrutura de contenção obtida com esse sistema pode ser aplicada em qualquer altura. 
 
 
Juntas De Dilatação 
A construção de pisos de concreto em estacionamentos, depósitos, pistas de rolamentos, pistas 
de aeroporto, dentre outros setores é uma opção cada vez mais utilizada quando se busca a 
utilização de soluções econômicas e duráveis. Mas para se obter o resultado desejado é preciso 
seguir algumas recomendações importantes (por exemplo: a previsão de juntas e cura adequada 
do concreto), as quais farão diferença entre a boa e a má execução no resultado da obra. 
 
Os pavimentos rígidos são dimensionados para receber cargas, sejam elas distribuídas ou 
pontuais (cargas na borda, no canto ou no interior das placas) ou móveis (rodas de veículos ou 
de máquinas empilhadeiras). Além dessas cargas o efeito de temperatura e retração também 
produz deformações nos pavimentos, causando esforços na estrutura. 
Essas tensões, se não forem devidamente tratadas, reduzem o tempo de vida útil do pavimento. 
Dessa maneira faz-se necessária o planejamento de juntas que permitam a movimentação das 
placas controlando as fissuras. 
Junta é uma separação física entre duas partes de uma estrutura, para que estas partes possam 
se movimentar sem a transmissão de esforços entre elas. 
A separação entre blocos de edifícios, pontes, viadutos etc., são locais onde as juntas se fazem 
necessárias para acomodar movimentos diferenciados de assentamento de fundações, além dos 
movimentos térmicos de dilatação e de contração. 
A localização e a direção das juntas, no sentido vertical ou horizontal, a amplitude do seu 
movimento e o uso a que se destina na área que elas atravessam, são fatores que precisam ser 
levados em conta no desenho das juntas e na especificação dos produtos e sistemas de sua 
vedação. 
 
Ao estudar a colocação e a forma das juntas, deve-se considerar detalhadamente as diversas 
influências externas, que possam afetar o concreto e influir no desempenho da junta, tais como: 
– contração devido à cura; 
– movimento devido à umidade; 
– movimento térmico; 
– recalque da estrutura; 
– forças lineares; 
– fixação dos elementos que estarão sobre a estrutura, etc. 
Tipos de Junta: 
JUNTA DE DILATAÇÃO (JD) 
Quando se fala em junta de dilatação, visualizamos uma separação entre dois blocos de um 
prédio ou entre lances de uma ponte. Entretanto, são também juntas aquelas que separam 
placas de pavimentação, panos de revestimento de elementos pré – moldados, etc. As juntas 
diferenciam-se pela amplitude do movimento, e o tratamento que recebem para vedá-las em 
função da ordem de amplitude desses movimentos. 
Há duas categorias principais de juntas de dilatação: juntas fechadas – projetadas para serem 
estanques e juntas abertas – que permitem a passagem de água. 
JUNTA DE CONCRETAGEM (JC) 
São as juntas construtivas de um 
pavimento, sendo que o seu espaçamento está limitado pelo tipo de equipamento utilizado, 
geometria da área e aos índices de planicidade a serem obtidos. 
As juntas de construção podem possuir encaixes do tipo macho e fêmea ou utilizarem barras de 
transferência. As do tipo macho e fêmea tem tido o seu emprego reduzido por terem baixa 
capacidade de transferência de carga, por dificuldades executivas e principalmente pela grande 
ocorrência de fissuras próximo das bordas (Rodrigues & Cassaro, 1998). Este tipo de dispositivo 
de transferência de carga não deve ser utilizado para pisos com espessura menor do que 15 cm. 
Em função da presença de vários profissionais, equipamentos e eventualmente caminhões 
betoneiras, deve-se ter muita atenção com o alinhamento e posicionamento das barras de 
transferência. 
 
JUNTA DE SERRAGEM OU JUNTA SERRADA (JS) 
 
Logo após o processo de acabamento do concreto, deve-se iniciar o corte das juntas transversais 
de retração, também conhecidas como juntas serradas. 
http://petcivilufjf.files.wordpress.com/2012/04/003.gif
Juntas serradas são fundamentais para permitir as movimentações do concreto e a adequada 
transferência de carga entre placas, assegurando a planicidade e a qualidade do piso. 
Para que a junta serrada trabalhe na seção planejada, é necessário que o corte tenha 
profundidade de no mínimo 40 mm e pelo menos 1/3 da espessura do piso. A abertura do corte é 
definida pelo disco de corte utilizado, normalmente próximo a 3 mm. 
 
JUNTA DE ENCONTRO OU DE EXPANSÃO (JE) 
As juntas de encontro são fundamentais para isolar o piso das outras estruturas como vigas 
baldrames, blocos de concreto, bases de máquinas ou outras. Esta é uma premissa que faz com 
que o piso trabalhe independente das outras estruturas existentes. 
A utilização da junta de expansão entre placas é conhecida como Junta de Dilatação – JD, não 
usual para os pisos industriais. 
Obs. Junta Fria: A junta fria é formada pela interrupção do lançamento do concreto durante a 
confecção da junta, além do tempo de início de pega. Requer precauções especiais para 
garantir, ao reiniciar-se o lançamento, a suficiente ligação do concreto pré-endurecido com o da 
nova concretagem. 
 
 
Alvenaria 
A alvenaria é a etapa da construção civil destinado a criação das estruturas de uma casa ou de 
um prédio qualquer, diz respeito à construção dos muro de sustentação e do muro de separação 
o que é muito comum na divisa dos terrenos. Pode ser usado para designar também as paredes 
de uma casa tanto a parte estrutural como as colunas, assim como a parte de vedação que 
geralmente é feita com blocos ou tijolos usados para levantar as paredes. 
Alvenaria é de responsabilidade do pedreiro que é um profissional preparado para esse tipo de 
trabalho e este utiliza bastante concreto, ferro, cimento, blocos estruturais ou vedação, entre 
outros tipos de materiais para criar as estruturas de uma casa ou edifício qualquer. Geralmente é 
uma etapa de rápida execução. 
Alvenarias 
Os tipos de alvenaria são: alvenaria estrutural e alvenaria de vedação, e a principal diferença 
entre elas é que a alvenaria estrutural (que utiliza o bloco estrutural, tijolo estrutural, tijolo de 
concreto, bloco de concreto e etc.) serve como a própria estrutura da obra, dispensando 
armações de ferro e aço. A alvenaria de vedação suporta apenas o seu próprio peso, por isso 
necessita de vigas e pilares para dar sustentação. 
http://petcivilufjf.files.wordpress.com/2012/04/007.png
Um tipo não substitui o outro, pois cada um exerce uma função. Não há como a alvenaria de 
vedação substituir a alvenaria estrutural, uma vez que ela não pode desempenhar a função de 
estrutura no projeto. As opções mais comuns de sistemas construtivos estruturais são a estrutura 
de concreto armado e estrutura de aço, que são preenchidas com paredes de alvenaria de 
vedação ou a própria parede de alvenaria estrutural, com bloco estrutural. O tijolo de concreto, 
bloco de concreto, bloco estrutural ou tijolo estrutural é o elemento mais utilizado para a 
construção de paredes estruturais hoje em dia. 
Alvenaria de vedação 
A alvenaria de vedação, que normalmente está presente na maioria das obras existentes são as 
paredes usadas na estrutura convencional de concreto armado com ferro, aço, pilares

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