Buscar

resumo NP1 metodos alt de soluções de conflitos

Prévia do material em texto

· MASC - Métodos alternativos de soluções de conflitos – Prof. Lael. 
· 05/08/2019
Conceito: é a busca pela solução de conflitos entre pessoas ou entre essas e Instituições , ou ainda entre Instituições de maneira cooperativa entre as partes, diretamente ou por meio de colaboração de terceiros de forma complementar à jurisdição. 
Fundamento:
1. Livre acesso ao Poder Judiciário: art. 5°, XXXV, CF. 
2. Demandas contingenciadas 
Características da jurisdição:
1. Substituidade 
2. Exclusividade: só o poder judiciário pode decidir em caráter definitivo 
3. Imparcialidade
4. Monopólio estatal 
5. Inercia: o juiz só pode agir quando provocado 
Unidade
Números do Judiciário 
Solução do conflito (lide)
Solução pacífica (MASC)
Solução contenciosa:
1. Judicialização
2. Auto Justiça 
Demandas contingenciadas:
1. Demandas contra a Adm. Pública
2. Custas do processo
3. Próprias características da jurisdição 
· O judiciário nem sempre resolve a lide. As partes de compondo é melhor (auto composição). 
· 19/08/2019
Números do judiciário (ESTATÍSTICAS): 
- 130 milhões de processos em 2017;
- 280 mil servidores dentro do judiciário (aqueles que atuam de maneira efetiva no poder judiciário);
- 145 mil auxiliares da justiça auxiliando o judiciário; 
- 18 mil juízes no geral (contando com ministros); 
- 4.500 processos por juiz 
- 1 juiz pra cada 11.000 habitantes; 
- 1 advogado para cada 1.000 habitantes; 
- Aumento de 3% de números de processos por ano; 
- Existem 90 tribunais no Brasil; 
- 16 mil unidades judiciárias no Brasil; 
- 90 bilhões de reais para manter tudo. 
· Solução do conflito
1. Pacífica (MASC) – envolve três instrumentos:
a. Conciliação 
b. Mediação 
c. Arbitragem: destinada a conflitos de natureza técnica; as partes escolhem arbitro. 
2. Contenciosa 
a. Judicialização: jurisdição estatal (o juiz de direito decide);
b. Autojustiça: fazer a justiça com as próprias mãos. Existe autorização legal. 
3. Heterocomposição: significa dizer que um terceiro vai resolver o conflito.
a. Jurisdição estatal: o estado por resolver qualquer tipo de conflito. 
b. Jurisdição privada: arbitragem particular (conflitos de natureza técnica). 
4. Autocomposição: as próprias partes solucionam o conflito.
a. Mediação 
b. Conciliação
5. Solução CONTENCIOSA – DESVANTAGENS:
a. Impor a derrota: aquele que venceu, será o vencedor e o outro “perdedor”.
b. Terceiro alheio decide.
c. Nem sempre as decisões agradam as partes. 
d. Demora na solução: o arbitro tem 06 meses para julgar e não cabe recurso.
e. Publicidade: em regra, os processos são públicos. Isso é bom para a sociedade, mas não para as partes.
6. Solução PACÍFICA – VANTAGENS:
a. Maiores possibilidades de solução. 
b. Maior rapidez: o conflito é pra ser resolvido na média de 03 audiências.
c. Custos mais reduzidos. 
d. Solução mais definitiva, pois foram as próprias partes que chegaram a um acordo. 
e. A confidencialidade do processo.
f. As próprias partes cooperam para a solução do conflito. 
· 26/08/2019
CONFLITO: é o choque entre ideias ou interesses em virtude do qual se forma o embate, luta ou oposição. O conflito surge quando há a necessidade de escolha entre situações que podem ser consideradas incompatíveis “antagonismo”. 
Supõe se que a pessoa esteja permanentemente envolvida pelo choque de duas grandes forças antagônicas que podem ser exteriores ao individuo “conflito entre individuo e sociedade” ou “intrapsíquicas” (forças conflitantes no interior do individuo) que envolvem os sentimentos de: separação, individuação, e autonomia. 
· O conflito é bom ou ruim?
Depende de como a pessoa aborda o conflito; de como a pessoa enfrenta o conflito. PROBLEMAS SÃO INVEVITÁVEIS. 
OBS. Nem sempre o conflito começa por força exterior.
AÇÃO DE FORÇAS: psicologia natural (forças de sentidos opostos).
TEORIA DA PERSONALIDADE: resiliência (propriedade de alguns corpos). 
Resiliência: é um conceito oriundo da física que se refere a propriedade que alguns corpos tem de acumular energia quando exigidos ou submetidos à extrema pressão, voltando em seguida do seu estado original sem qualquer deformação (exemplo: elástico). 
Conceito na psicologia: é a capacidade do indivíduo de lidar com serenidade com o estresse e as adversidades cotidianas moldando-se a cada situação e recuperando o seu estado original. 
- Prof. George Barbosa 
08 ASPECTOS DE ELEMENTOS DA PERSONALIDADE:
1. Autocontrole: é a capacidade de se administrar emocionalmente diante do inesperado. É amadurecer no comportamento expresso. 
2. Leitura corporal: é a capacidade de ler e organizar-se no sistema nervoso. É amadurecer no modo como lhe dar com as reações somáticas que surgem quando a tensão ou o estresse se tornam elevados. 
3. Otimismo para com a vida: é a capacidade de enxergar a vida com esperança, alegria e sonhos. Controlar o destino da vida quando o poder de decisão não esta em suas mãos. 
· 29/08/2019
CONT. dos aspectos de ELEMENTOS DA PERSONALIDADE:
4. Analise do ambiente: é a capacidade de identificar e perceber precisamente as causas, as relações e as implicações dos problemas presentes no ambiente. Na mediação, como o mediador tem uma função de reconectar o dialogo entre as pessoas, ele tem que buscar efetivamente encontrar o problema de fundo. 
5. Empatia: é a capacidade de evidenciar bom humor, emitir mensagens que promovam interação e aproximação, reciprocidade. “Eu preciso me colocar no lugar da outra pessoa para compreendê-la, e essa percepção é importante porque, quando você se coloca no lugar da outra pessoa, você tem a ideia ou busca entender porque que a pessoa esta reagindo dessa maneira”. 
6. Autoconfiança: é a capacidade de ter convicção de ser eficaz nas ações de propostas: o mediador e o conciliador tem que acreditar que é capaz de fazer as partes chegar a um acordo, pois em sessões como essas, podem acontecer de tudo, mas ele tem que ter confiança de que é capaz de conduzir a sessão. 
7. Alcançar e manter pessoas: é a capacidade de se vincular a outras pessoas sem receios ou medo de fracassos. 
8. Ideia de sentido de vida: é a capacidade de entendimento de um proposito vital de vida - Preservação da vida: “Manter bons relacionamentos, ter um circulo bom de amizade e não criar muitos inimigos”.
· Em uma arbitragem, pode iniciar um procedimento de conciliação ou mediação. 
CONCILIAÇÃO: é um método auto compositivo de conflito em que as partes não tinham um relacionamento anterior. O conciliador sugere soluções. 
MEDIAÇÃO: pressupõe um relacionamento anterior e esse relacionamento por conta do conflito foi quebrado. O mediador vai restabelecer o diálogo entre as partes para que elas mesmas resolvam o conflito, mas algumas vezes eles não conseguem chegar a um acordo, então o mediador pode passar atuar como conciliador, sugerindo soluções para o conflito. 
ARBITRAGEM: também é uma forma de composição autocompositiva só que heterônoma, pois é um terceiro que decide a parte e essa decisão tem força definitiva. É destinada a conflitos de natureza técnica e os árbitros são escolhidos pelas partes. 
Em 2015, a mediação passou a ser disciplinada por meio da Lei 13.140/15.
LEIS QUE CITAM A MEDIAÇÃO:
Lei 10.101/2000 – trata da participação dos núcleos. Estabelece um processo de mediação entre os sindicatos para fixar com a participação dos núcleos.
Lei 10.192/2001 – trata da negociação previa antes de se ajuizar o dissidio coletivo (antes de ajuizar o dissidio coletivo, as partes envolvidas devem participar de um processo de mediação e conciliação para tentar um acordo).
Lei 13.140/2015 – objeto dessa lei: busca trazer a mediação para a auto composição entre particulares e também a auto composição nos conflitos que envolvem a Administração Pública. Permite a auto composição nos conflitos que envolvem direitos disponíveis ou indisponíveis que admitam composição. 
OBS. os direitos indisponíveis são inegociáveis, mas a lei foi minimizando essa ideia. 
CONCEITOS SOBRE MEDIAÇÃO:
1. LEGAL (vem da Lei): é a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório,que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para controvérsia. 
Atividade técnica: essa atividade não é leiga e sim técnica, profissional. 
Terceiro: deve ser alheio á administração judiciária. 
Sem poder decisório: mediador e conciliador auxiliam as partes a chegarem a um acordo, mas não decidem nada, não são juízes e nem arbitro. 
Escolhido ou aceito pelas partes: se a mediação for extrajudicial, as partes escolhem o mediador. Quando é judicial, o poder judiciário indica o mediador, e as partes decidem se aceitam ou não esse mediador.
Forma consensual: é necessária uma manifestação livre de vontade. As partes tem que querer participar do processo. 
2. DOUTRINÁRIO: é o método consensual de solução de conflitos que visa a facilitação do dialogo entre as partes para que melhor administrem seus problemas e consigam por si só, alcançar a solução. 
· 09/09/2019
PRINCÍPIOS DA MEDIAÇÃO (art. 2° e 5° da CF)
1. Imparcialidade do mediador: o mediador não é juiz. Porém, ele esta sujeito aos mesmos impedimentos e suspeições que tem o juiz. A ideia é de que o mediador conduz a mediação com imparcialidade. 
2. Isonomia entre as partes: igualdade entre as partes. O mediador não pode tratar as partes com desigualdade. 
· Quando umas das partes se apresentar assistida por um advogado, o mediador tem que suspender a mediação e aguardar que a outra parte também se faça representada ou assistida no processo. Se a pessoa não tiver condição, o Estado é quem deve fornecer. 
3. Oralidade: os atos da mediação não devem ser na forma escrita. Exceto, se houver conciliação, pois nesse caso, o acordo tem que ser redigido, até mesmo para que haja execução no futuro. 
MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL: assinado pelo advogado e pelas partes. 
MEDIAÇÃO JUDICIAL: quando o acordo ou titulo executivo judicial é assinado pelo juiz. 
4. Informalidade: as discussões não ficam redigidas, pois o que é conversado na sessão deve ficar na sessão. 
5. Autonomia da vontade das partes ou autorregramento da vontade (é direito privado): ninguém é obrigado a participar de um procedimento de mediação se não quiser. 
6. A busca do consenso: a busca não é adversarial. O objetivo do processo de mediação é buscar consenso entre as partes, fazer com que elas mesmas encontrem uma solução. Não achando se uma solução, o mediador age mais rigidamente. 
7. Confidencialidade (art. 30° e 2° da Lei 13.140/15): atinge terceiros, ou seja, o processo tem que ser confidencial para que terceiros não saibam o que aconteceu ali. 
Exceções: noticia de crime de ação penal pública e questão fiscal (incidência de tributos).
Art. 30 da Lei 13.140. Toda e qualquer informação relativa ao procedimento de mediação será confidencial em relação a terceiros, não podendo ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial salvo se as partes expressamente decidirem de forma diversa ou quando sua divulgação for exigida por lei ou necessária para cumprimento de acordo obtido pela mediação. 
§ 1º O dever de confidencialidade aplica-se ao mediador, às partes, a seus prepostos, advogados, assessores técnicos e a outras pessoas de sua confiança que tenham, direta ou indiretamente, participado do procedimento de mediação, alcançando (...)
8. Boa fé: lealdade de conduta (comportamento processual). As partes devem cooperar para chegarem a um acordo. 
ADEQUAÇÃO
1. Direitos disponíveis: as partes podem transigir (direitos contratuais, empresariais, familiares, trabalhistas). 
2. Direitos indisponíveis: cogentes, impositivos (não admitem transação). Não se pode renunciar direito indisponível, mas pode regular seus efeitos.
3. Direitos indisponíveis que admitem transação: a lei é quem diz como se faz. A pessoa possui certa liberdade para transacionar sobre eles (exemplo: pagamento de alimentos, a guarda dos filhos, causas coletivas e causas envolvendo entes públicos).
· MEDIADOR (caracteres e requisitos) 
1. Ele pode ser escolhido pelas partes ou designado pelo tribunal. 
2. Mediador JUDICIAL – requisitos:
a. Pessoa capaz.
b. Graduado há pelo menos 02 anos.
c. Que tenha formação em escola reconhecida pelo CNPJ em formação a conciliadores e mediadores.
3. Mediador EXTRAJUDICIAL – requisitos: 
a. Pessoa capaz.
b. Seja capacitada para fazer mediação (que seja formado). Não precisa estar vinculado nos tribunais de conciliação e mediação. 
c. Que seja de confiança das partes.
4. Tem os mesmos impedimentos que o juiz tem. 
5. No processo em que o mediador atuou, ele não pode ser testemunha ou arbitro. 
6. Se participar da mediação, o mediador fica 01 ano após a ultima audiência, impedido de assessorar as partes. 
7. O mediador fica impedido de atuar no juízo onde ele atua, durante o processo em que faz a mediação. 
8. O mediador é equiparado a servidor publico (exemplo: pode ser acusado de improbidade administrativa). 
9. O mediador não emite juízo. Sua função não é julgar o caso, mas levar as partes a fazerem um acordo. 
10. O mediador tem direito aos honorários.
Art. 2°. A mediação será orientada pelos seguintes princípios:
I - imparcialidade do mediador;
II - isonomia entre as partes;
III - oralidade;
IV - informalidade;
V - autonomia da vontade das partes;
VI - busca do consenso;
VII - confidencialidade;
VIII - boa-fé.
PROCEDIMENTO DA MEDIAÇÃO: (se o advogado conversa com a parte e a parte decide o processo de mediação, seguir-se-á o seguinte procedimento): 
1. Envia se uma um CONVITE (carta convite) à outra parte, para saber se ela deseja participar da mediação. 
2. A parte tem 30 dias para dar a resposta – se: 
a. Se a resposta for SIM: marca-se audiência ou sessão de mediação 
b. Se a resposta for NÃO: acabou. 
OBS. se a parte não se manifestar em 30 dias, automaticamente é como um NÃO. 
3. Realizada a sessão/audiência, inicia-se o processo de mediação. 
4. O prazo para o termino da mediação é de 60 dias, pois durante a mediação suspende-se o prazo da prescrição. Portanto, não havendo composição entre as partes em 60 dias, a prescrição volta correr. 
HONORARIOS: o mediador tem direito a honorários. 
a. Se a mediação for judicial, o juiz ira fixar o valor dos honorários do mediador. 
b. Se a mediação for extrajudicial, quem fixará o valor, serão as partes. 
5. Acordo: 
a. Acordo (o acordo pode ser judicial ou extrajudicial). 
I. Judicial: o juiz homologa o titulo executivo judicial.
II. Extrajudicial: podem ou não submeter à homologação do juiz (titulo executivo extrajudicial). 
b. Não havendo acordo: continua o conflito no poder judiciário.

Continue navegando