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INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA E SOCIAL - AULA 02

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AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INOVAÇÃO E 
SUSTENTABILIDADE 
ECONÔMICA E SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Ana Lizete Farias 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Pudemos comprovar por meio dos fatos históricos que foi pela inovação 
que as organizações empresariais conseguiram transformar o mundo; e elas 
poderiam ir além, mas não é o que tem acontecido. Há uma cultura da eficiência 
em detrimento da inovação; enfrentar as grandes exigências do dia a dia é uma 
atitude estimulada por essa disciplina de eficiência, e não pela disciplina de 
inovação. Govindarajan (2010) nos diz que há uma verdade brutal nisso e, como 
consequência, as organizações estão menos preparadas para os desafios da 
inovação do que há 50 anos. 
Com o objetivo de entender o porquê dessa afirmação de Govindarajan, 
vamos avançar no estudo dos conceitos da inovação. Veremos as dimensões da 
inovação e como elas contribuem para a gestão das empresas. Também vamos 
aprender sobre Inovação Social e Ambiental, além de compreender que a 
inovação pode ocorrer em qualquer setor da nossa vida, incluindo economia e 
serviços governamentais, como Saúde e Educação. Sabemos, de antemão, que 
viver a complexidade da nossa sociedade exige ampliação da nossa capacidade 
de compreender o processo de expansão contínua do mundo. Nesse sentido, 
traremos alguns elementos relacionados à Educação, buscando entender como 
ela se relaciona com o processo de inovar. 
CONTEXTUALIZANDO 
A 3M Company é uma empresa altamente inovadora que tem como objetivo 
trabalhar com produtos novos e revolucionários. Tem subsidiárias em 67 países, 
com cerca de 80 mil colaboradores, fornecendo 55 mil produtos inovadores para 
mais de 200 países. Tem espalhados pelo globo 7.000 cientistas em 85 
laboratórios, 30 centros técnicos para clientes e uma estrutura de gestores de 
projetos de inovação. 
A história da 3M remonta ao início da década de 1900, nos Estados Unidos, 
quando foi inicialmente chamada de Minnesota Mining and Manufacturing 
Company. Em 1946, chega ao Brasil com uma fábrica denominada Durex, Lixas 
e Fitas Adesivas Ltda. 
A lixa d’água foi sua primeira grande inovação, em 1922; ela tinha a 
finalidade inicial de substituir as lâminas de barbear. Esse uso inicial não foi bem-
sucedido, contudo, o produto acabou por se mostrar excelente na indústria 
 
 
3 
automotiva, pois, ao ser usado com água, produzia menos poeira e gerava um 
acabamento melhor. 
Na sequência, outra grande inovação da empresa foi a fita crepe, 
desenvolvida por Richard Drew, em 1925, visando solucionar um problema da 
pintura na indústria automotiva; posteriormente, passou a ter inúmeras utilidades 
em vários mercados. 
Essas duas invenções iniciais foram as que permitiram que a empresa 
ganhasse mercados exclusivos, crescendo vertiginosamente, numa estratégia 
focada em pesquisa e inovação. 
Já nos anos de 1970, Art Fry, também funcionário da 3M, acabou criando 
outro produto considerado símbolo da empresa, o Post-it. O Post-it tinha como 
objetivo inicial ser um marcador de livros que não se soltasse facilmente, porém, 
acabou ganhando maior utilidade ao ser usado para pequenas anotações, 
tornando-se uma febre mundial. 
A 3M possui uma lista de Mandamentos da Inovação que deve ser seguida 
pelos funcionários com o objetivo de produzir soluções inovadoras para o 
mercado: 
1. Manter divisões pequenas: em divisões pequenas, as pessoas são 
encorajadas a progredir. Na 3M, quando uma divisão atinge US$ 350 
milhões, ela se divide, abrindo novos postos de trabalho. 
2. Tolerar falhas: as falhas podem enriquecer o conhecimento. 
3. Motivar os campeões: dessa forma, sempre é possível encontrar novos 
valores de destaque na organização. 
4. Estar sempre próximo ao cliente: a proximidade é fundamental para 
entender as necessidades do cliente e, com base nisso, surpreendê-lo com 
novas soluções. 
5. Compartilhar recursos: a sinergia e o entendimento entre as áreas são 
fatores de sucesso da 3M. 
6. Não matar projetos e ideias: sem ousadia não é possível encontrar as 
oportunidades para a inovação. 
A 3M Company é reconhecidamente uma grande líder mundial não apenas 
em razão do desenvolvimento de produtos inovadores, mas por ter construído, ao 
longo da sua história, um Sistema para Inovação (Fonte: Elaborado com base em 
3M Inovação. Disponível em: <https://www.3minovacao.com.br/>. Acesso em: 28 
jun. 2018). 
 
 
4 
TEMA 1 – DIMENSÕES DA INOVAÇÃO 
Com base em seus conceitos, reconhecemos que a inovação não precisa 
estar vinculada de forma exclusiva à atividade comercial, como vemos na história 
da 3M. A empresa, que partiu de uma intuição inicial, hoje se consolida num 
grande e complexo sistema de inovação que abrange múltiplos setores da 
empresa, tanto internos quanto externos. Essa compreensão concorda com o 
Manual de Oslo (2006), o qual nos diz que a inovação pode ocorrer em qualquer 
setor da economia, incluindo serviços governamentais, como Saúde e Educação. 
Dessa forma, embora existam diferentes tipos de inovações e que 
demandem diferentes processos de transformação de ideias em resultados, há 
em comum nesse circuito a grande amplitude de fatores e variáveis que 
circunscrevem a inovação, que exige ser administrada para que a empresa seja 
tanto mais eficaz como mais inovadora. 
De acordo com a Innoscience (2010), esse contexto é delimitado por um 
conjunto de dimensões que devem ser configuradas para melhorar o potencial 
inovador da companhia, conduzindo efetivamente a uma Gestão da Inovação. 
Essas dimensões seriam: Estratégia, Cultura, Estrutura, Pessoas, Processo de 
Inovação, Recursos Financeiros, Liderança, Relacionamentos. 
Figura 1 – Conjunto de dimensões da Gestão da Inovação 
 
Fonte: Innoscience, 2010. 
No quadro abaixo, podemos ver as principais características de cada uma 
dessas dimensões em uma empresa inovadora. 
 
 
5 
Quadro 1 – Principais características das dimensões em uma empresa inovadora 
Dimensão Característica 
Estratégia Processo continuado de decisões, fio condutor das ações, clara definição 
da direção a seguir. É apreendida e conhecida por todos. Adoção de 
objetivos e metas para gerenciar as iniciativas inovadoras. 
Case Nokia 
Cultura Ações que a alta gestão empreende para criar um ambiente que estimule 
a inovação. Modo como a empresa comunica e estimula as pessoas a 
correrem riscos e questionarem os paradigmas existentes. Comunicação 
aberta, trabalho em equipe e redes informais de relacionamento. 
Case 3M 
Estrutura 
da inovação 
Possibilita a criatividade, a interação e a aprendizagem. Apresenta a 
equação entre continuidade e mudança, entre flexibilidade e rigidez, entre 
controle e delegação, entre integração e diferenciação. 
Case Grendene versus Melissa 
Pessoas para a 
inovação 
Indivíduos competentes, motivados, compromissados, que aceitam 
desafios. Valores e experiências se constituem em fomento, combustível 
importante para o processo de criatividade. Há justaposição de ideias, 
conhecimentos até contraditórios, diversidade de perspectivas. 
Processo da 
inovação 
Forma como a empresa gera novas ideias, como as avalia, experimenta e 
seleciona em quais investir. 
Recursos para a 
inovação 
Indicam a relevância dada pela alta gestão para as atividades de 
desenvolvimento de novos produtos, processos, serviços e negócios. 
Empresas que pouco promovem atividades de inovação investem menos 
de 1% do seu faturamento em inovação, que é praticamente a média 
brasileira. Um percentual entre 1 e 3% representa valores significativos 
para a maioria dos setores, enquanto um percentual de até 12% é 
característico de empresas de base tecnológica. 
Liderança para a 
inovação 
Responsável pela estratégia da organização, por estipular a distribuição 
dos recursos e por estabelecer as regras competitivas e de crescimento. 
Deve estar comprometida com ainovação, fazendo com que o discurso do 
novo se consubstancie na prática. 
Relacionamentos Fontes de ideias; as atividades de inovação não estão restritas a um 
pequeno grupo, ou exclusivamente ao Departamento de P&D, nem são 
realizadas de forma total e exclusiva dentro da empresa. O que se busca 
é a inovação aberta, a inovação em rede, a gestão de uma cadeia de 
inovação: alta conexão de empresas com fornecedores, com canais de 
distribuição e com parcerias existentes – inclusive entre concorrentes. 
Fonte: Elaborado com base em Innoscience, 2010. 
Existem outras visões conceituais sobre as dimensões da inovação; no 
entanto, entendemos que essas oito dimensões comentadas têm um excelente 
cunho prático, podendo e devendo auxiliar uma gestão da inovação que englobe 
um conjunto de ações fundamentais para o estabelecimento da vantagem 
competitiva e duradoura. 
Outro aspecto importante é a não separatividade dessas dimensões, as 
quais não devem ser vistas de forma hermética nem individualizada, muito pelo 
 
 
6 
contrário. Inovações são, antes de tudo, resultado de intenções deliberadas e 
geradas num ambiente propício que estimula as ideias a prosperar. 
TEMA 2 – INOVAÇÃO SOCIAL 
No Brasil, país de marcantes desigualdades, esse movimento de Inovação 
Social se amplia, demonstrando que há uma lacuna em relação às soluções 
habitualmente oferecidas; por isso, surgem respostas inventivas aos desafios 
socioeconômicos que não foram satisfeitos pelo mercado ou pelo Estado. 
Farfus (2008) entende que os sistemas culturais e empresariais, que 
surgiram justamente para ir ao encontro do desenvolvimento econômico, não 
conseguem suprir as necessidades sociais. É isso que permite, segundo a autora, 
o surgimento de movimentos e iniciativas que contribuam para amenizar as 
grandes diferenças sociais, as diferentes realidades do país. Farfus aponta que “o 
desenho de novas estratégias é condição sine qua non para a superação dos 
desafios da sociedade pós-moderna, considerada por muitos estudiosos como um 
momento de transição histórica. Uma das estratégias para superar os desafios 
postos é o conceito de Inovação Social” (Farfus, 2008, p. 36). 
De acordo com Auerswald (2009), Inovação Social é uma nova solução 
para um antigo problema social, mais efetiva, eficiente, sustentável ou justa que 
as atuais soluções. Além disso, deve prioritariamente gerar valor para a sociedade 
como um todo, ao invés de beneficiar apenas alguns indivíduos. Desse ponto de 
vista, a Inovação Social pode ser conceituada como estratégias, conceitos e ideias 
que atendem às necessidades sociais e fortalecem a sociedade civil. 
No Brasil, diversas iniciativas da economia social e solidária, tanto no Sul 
quanto no Norte, inscrevem-se, em parte, nessa visão. Elas são inovadoras na 
abordagem dos problemas sociais (definição do problema, identificação das 
causas e das soluções), mas também na implementação dos processos de 
mudança, visto que incorporam novas ideias, novos conceitos, produtos e 
serviços, novas práticas e formas de avaliação (Socioeco, 2018). 
Silva (2012) aponta que esse conceito tem se ampliado especialmente nos 
Estados Unidos, no Canadá, na Europa e, também, no Brasil. Em universidades 
como as de Stanford, Harvard e Brown, nos EUA, foram formados grupos de 
estudos para pesquisar esse tema, como, por exemplo, o Centre de Recherche 
Sur Les Innovations Sociales (Crises), considerado um dos principais, situado no 
Canadá. Já na Europa encontra-se o Instituto Europeu de Administração de 
 
 
7 
Empresas (Insead,) instalado na Universidade de Cambridge. Além disso, existem 
projetos, como o Emerging User Demands for Sustainable Solutions (Emude) e o 
Inovation and Social Entrepreneurship in Social Services (Isess), que também 
realizam pesquisas e ações de caráter social. O Instituto de Tecnologia Social 
(ITS), aqui no Brasil, também se destaca nesse campo. 
Concordamos com Farfus (op. cit.) quando ela apresenta a Pastoral da 
Criança como um dos casos mais notáveis em Inovação Social no Brasil; essa é 
uma ação da Igreja Católica iniciada em 1983 para reduzir a mortalidade infantil 
no Brasil. Zilda Arns, médica pediatra e sanitarista brasileira, transformou esse 
num exemplo que nos habilita compreender o que significa inovação em processo. 
A médica implementou um modelo eficaz de gestão na Pastoral da Criança, 
garantindo sua replicabilidade e também sua escala de alcance por meio de uma 
solução de custo baixíssimo: o soro caseiro. 
O soro diminuiu a mortalidade infantil com base em estratégias que 
atendiam e respeitavam a diversidade do território nacional. Para isso, ela 
concebeu modos de atuação por meio do trabalho voluntário qualificado, marca 
que funda o projeto. Essa qualificação é realizada de forma profissional e vai além, 
pois permite o acompanhamento por meio de indicadores, com as readequações 
que se fizerem necessárias à manutenção. Os voluntários fazem o 
acompanhamento do desenvolvimento do bebê no útero das gestantes em cada 
trimestre da gravidez, verificando os sinais de risco e o preparo para o parto e o 
pós-parto, incluindo apoio psicológico e melhoria da autoestima. Além disso, há o 
acompanhando das crianças menores de 6 anos em relação aos sinais de risco 
para a saúde, com informações para a prevenção e tratamento da diarreia e de 
infecções respiratórias, avaliação nutricional, orientação sobre higiene, saúde 
bucal e imunização. 
Atualmente, mais de 260 mil voluntários acompanham o desenvolvimento 
de quase 1,8 milhão de crianças de 0 a 6 anos e quase 94 mil gestantes em 42 
mil comunidades pobres de 5.570 municípios em todos os Estados do país. 
Saiba mais 
No site <https://www.pastoraldacrianca.org.br/nossas-acoes> você 
encontra informações sobre a Pastoral da Criança. Acesso em: 28 jun. 2018. 
Esse é um caso que se insere no conceito postulado pelo Crises (2013), 
quando aponta que a Inovação Social é uma intervenção iniciada por atores 
sociais para atender a uma aspiração, atender a uma necessidade, uma solução 
 
 
8 
ou desfrutar de uma ação de oportunidade para mudar as relações sociais, para 
transformar um quadro ou propor novas orientações culturais. 
TEMA 3 – INOVAÇÃO ECONÔMICA 
A Inovação Econômica é um tema de natureza complexa. Para abordá-lo, 
relembramos Schumpeter (1997), que aponta dois elementos essenciais para a 
inovação: o empresário e o crédito. 
Com base nesse contexto, vamos olhar para uma das maiores inovações 
em termos econômicos que aconteceram nas últimas três décadas: o 
microcrédito. 
Microcrédito é o termo usado para designar uma variedade de empréstimos 
cujas características comuns são: ser de pequeno valor (usualmente entre US$ 
50 e US$ 5.000, dependendo do país); estar direcionado a um público restrito, 
definido por sua baixa renda ou pelo seu ramo de negócios, usualmente não tendo 
acesso às formas convencionais de crédito, os microempreendedores informais 
(Monzoni Neto, 2009). 
Tanto como conceito como prática, o microcrédito é recente, implementado 
há cerca de três décadas em Bangladesh, por Muhammad Yunus, professor de 
Economia que deixou as salas de aula e se tornou o “banqueiro dos pobres”. 
Yunus foi laureado com o prêmio Nobel da Paz em 2006 (Nobel Prize, 2006). 
Yunus percebeu que essas necessidades financeiras eram extremamente 
reduzidas e que, portanto, poder-se-ia emprestar pouco a muitos tendo como 
fundamento pequenas amortizações, “aval solidário” e intragrupo de devedores 
(Costa, 2010). Esses fatores garantiam baixíssimo nível de inadimplência, 
tornando essa ideia uma revolução financeira: deu-se crédito ao trabalho, quando 
sempre se dá ao capital. Costa (op. cit.) explica que os “bancos dos pobres” não 
fornecem crédito direto aos consumidores, mas aos produtores, visando 
investimentos em ferramentas e matérias-primas. 
Monzoni Neto (2006) reporta-se ao programa de microcréditodo Grameen 
Bank, criado em 1976, considerado uma das mais tradicionais instituições de 
microfinanças. Nesse caso, de acordo com o autor, há um aumento da renda 
familiar média em torno de 28% entre os participantes do Grameen em 
comparação à renda média de famílias nas vilas que não são participantes do 
programa, e 43% maior do que a renda média de não participantes de outras vilas. 
 
 
9 
De maneira geral, diversas conclusões de diferentes estudos sobre o 
Grameen Bank apontam que suas atividades afetam o grau de pobreza nas vilas 
em que ele atua considerando-as como um todo, e não somente entre as famílias 
participantes do programa. 
Exemplo de programa de microcrédito no Brasil é o Real Microcrédito, do 
antigo Banco Real, banco comercial privado que começou a operar no segundo 
semestre de 2002, com uma equipe de aproximadamente dez pessoas, na favela 
de Heliópolis, São Paulo. Essa atuação se ampliou em 2004. O programa possuía 
uma carteira de mais de 3 mil clientes e estava atuando em várias comunidades 
paulistanas, como em duas de suas maiores favelas, Heliópolis e Paraisópolis. 
Posteriormente, outras cidades fora de São Paulo, como Campinas e Duque de 
Caxias, no Rio de Janeiro, também foram inseridas (ABN Amro Real, 2007). 
Enquanto estratégia, o foco inicial do Real Microcrédito dirigiu-se às 
lavanderias responsáveis pelo tingimento, amaciamento, descoloração e lavagem 
de tecidos, com o objetivo de emprestar dinheiro para que os microempresários 
investissem em soluções para evitar o despejo de produtos químicos nas águas 
do Rio Capibaribe, inclusive com a construção de um sistema de tratamento de 
efluentes. No cotidiano do contato com a comunidade, no entanto, os agentes 
perceberam potencial para concessão do microcrédito em muitas outras etapas 
da cadeia de confecção de jeans, principalmente nas centenas de pequenas 
empresas que funcionam na cidade. 
Também considerada um importante resultado, temos a percepção de que 
a cultura de utilização do microcrédito já desenvolvida anteriormente na região – 
seja pelo lado do tomador, seja pelo lado dos agentes – resultava em operações 
nas quais os índices de inadimplência eram melhores que os de São Paulo (ABN 
Amro Real, 2007). 
Essas e outras experiências de microcrédito têm demonstrado que é 
possível gerar empregos com base em uma ação planejada, possibilitando o 
desenvolvimento local, que promove também o desenvolvimento econômico, 
cultural e social, proporcionando melhorias, como escolas, maior participação da 
comunidade, leituras e outros, ampliando muito a qualidade de vida local (Quick, 
2003, p. 26). 
 
 
10 
TEMA 4 – INOVAÇÃO AMBIENTAL 
A dimensão ambiental caracteriza-se por refletir pressões que se 
transformam em novas demandas. Essas demandas, cada vez mais complexas, 
dependem, por sua vez, de inovações. Isso é importante porque percebemos um 
novo componente no processo inovador, que passa a ser orientado não somente 
para resultados econômicos, mas para incorporar os limites impostos pela 
sociedade e pelo meio ambiente. 
Segundo a OCDE (2009a), a Inovação Ambiental também é compreendida 
como algo que resulta na redução do impacto ambiental, independentemente de 
esse efeito ser resultado de uma intenção, ou não. Por isso, podemos assumir 
que inovar é fundamental para que as organizações utilizem padrões de 
sustentabilidade em suas operações. Barbieri (2007) reforça que esses padrões 
devem ser equitativos, com uso dos recursos naturais, e que a introdução das 
inovações deve atender às múltiplas dimensões da sustentabilidade. 
A Inovação Ambiental também tem sido chamada de Ecoinovações, 
definidas como inovações com ênfase no desenvolvimento sustentável, 
resultando, em todo o seu ciclo de vida, na redução de riscos ambientais, da 
poluição e de outros impactos negativos da utilização dos recursos, em 
comparação com as alternativas existentes (Rennings, 1998; Arundel; Kemp, 
2009). 
Um exemplo brasileiro recente que traz ensinamentos úteis é o caso da 
Rhodia Solvay, desenvolvedora do primeiro fio têxtil de poliamida do mundo, que 
se degrada totalmente nos aterros sanitários. Esse é um produto inteiramente 
desenvolvido no Brasil, pois a divisão de fios têxteis da Solvay é 100% brasileira 
(CNI, 2017). O grupo Solvay pertence à Rhodia, organização global, belga, 
produtora e fornecedora de especialidades químicas para o mundo inteiro, 
possuidora de um faturamento mundial de €12 bilhões, organizada em 15 
unidades globais de negócios. 
O produto desenvolvido, de acordo com as informações da empresa, 
decompõe-se totalmente em menos de 4 anos após seu descarte em aterro 
sanitário, reduzindo drasticamente o impacto ao meio ambiente. Dessa forma, 
essa inovação vai de encontro à grande maioria dos têxteis sintéticos, cuja 
degradação completa pode demorar desde dezenas até centenas de anos. O 
tecido biodegradável, além disso, pode acelerar a geração de biogases nos 
 
 
11 
aterros sanitários, o que melhorará a produtividade caso seja utilizado para 
cogeração de energia elétrica. 
 A ideia do desenvolvimento desse produto baseou-se na percepção de que 
toda a poliamida produzida até hoje – desde 1955, no caso da Rhodia – ainda se 
encontra no meio ambiente, fato lastimável. Na descrição abaixo podemos 
perceber a complexidade que envolveu esse processo criativo: 
a equipe do projeto buscou elementos que pudessem ser inseridos na 
estrutura química da fibra para torná-la digerível por essas bactérias, 
mas sem atrair as bactérias do meio ambiente cotidiano, que se 
multiplicam na presença de oxigênio. Além disso, foi inserido um 
segundo elemento, de mais fácil digestão, funcionando como uma 
espécie de isca para atrair as primeiras bactérias e dar início ao processo 
de biodegradação. Essa “isca” faz com que a degradação da poliamida 
pelas bactérias anaeróbias se assemelhe ao ataque de cupins na 
madeira, atraindo-as para dentro das fibras, que são como tubos de 12 
mícrons de diâmetro (1 mícron = 0,0001 centímetros). As bactérias vão 
formando canais entre os tubos e, quanto maior o número de canais, 
mais bactérias chegam para se alimentar, como se fosse uma reação 
em cadeia (CNI, 2017, p. 232). 
O desenvolvimento de inovações como essa tem consequências bastante 
positivas para superarmos o desafio que a construção de um desenvolvimento 
sustentável impõe. A escolha desse exemplo não é gratuita, pois ele se dá nesse 
momento brasileiro em que grandes dificuldades se impõem em nosso cenário 
econômico e social, atingindo desde a concorrência externa até nossos problemas 
internos. O cenário do Brasil de 2018 impacta de forma bastante negativa a 
produção industrial, tornando frágeis as suas bases de competitividade, bem 
como o seu papel de propulsor da economia. 
Além disso, também vemos a determinação da empresa em ousar com 
base em uma visão de mercado que impõe parâmetros mais sustentáveis 
ambientalmente. Igualmente, podemos perceber as características das 
dimensões da inovação, traduzidas, como vimos na descrição acima, por equipes 
mais estruturadas e métodos mais organizados para inovar. 
TEMA 5 – EDUCAÇÃO E INOVAÇÃO 
Nota-se, como já comentamos, uma cobrança que parte da própria 
sociedade em relação às respostas inovadoras para os problemas sociais; nesse 
contexto, cabe à Educação um papel fundamental. 
Compreender como são estabelecidos os conceitos que baseiam a 
Inovação Educativa exige entendimento também das chamadas “reformas 
 
 
12 
estruturais dos sistemas educativos”, em particular nas últimas décadas do séc. 
XX, como descrito em Fullan (2007). O autor aponta que a inovação, nesse caso, 
torna-se uma prática institucionalmente situada, englobando decisões, processos 
e intervenção centrados nas escolas, nas salas de aula e nas práticas dos 
professores. Além disso, passa a agregar componentes importantes de utilização 
de novos materiais outecnologias e o uso de novas estratégias ou atividades 
(Fullan, op. cit.). 
Olhando mais especificamente, a OECD (2010, p. 14) ensina que o 
conceito de Inovação Educacional se refere a “qualquer mudança dinâmica que 
tenha como objetivo agregar valor aos processos educacionais que promovam 
resultados mensuráveis, seja em termos de satisfação dos parceiros ou em 
termos de desempenho educacional”. 
 O Ministério da Educação (Brasil, 2015) define uma organização educativa 
como inovadora com base no estabelecimento de cinco critérios: 
 Gestão – corresponsabilização na construção e gestão do projeto político-
pedagógico; estruturação do trabalho da equipe, da organização do 
espaço, do tempo e do percurso do estudante com base em um sentido 
compartilhado de educação, que orienta a cultura institucional e os 
processos de aprendizagem e de tomada de decisão, garantindo-se que os 
critérios de natureza pedagógica sejam sempre preponderantes. 
 Currículo – desenvolvimento integral: estruturação de um currículo voltado 
para a formação integral, que reconhece a multidimensionalidade da 
experiência humana – afetiva, ética, social, cultural e intelectual; produção 
de conhecimento e cultura: estratégias voltadas para tornar a instituição 
educativa espaço de produção de conhecimento e cultura, que conecta os 
interesses dos estudantes, os saberes comunitários e os conhecimentos 
acadêmicos para transformar o contexto socioambiental; sustentabilidade 
(social, econômica, ecológica e cultural): estratégias pedagógicas que 
levem a uma nova forma de relação do ser humano com o contexto 
planetário. 
 Ambiente – ambiente físico que manifeste a intenção de educação 
humanizada, potencializadora da criatividade, com os recursos disponíveis 
para a exploração e a convivência enriquecedora das diferenças; 
estratégias que estimulem o diálogo entre os diversos segmentos da 
 
 
13 
comunidade, a mediação de conflitos por pares, o bem-estar de todos; 
valorização da diversidade e das diferenças e promoção da equidade. 
 Métodos – protagonismo: estratégias pedagógicas que reconhecem o 
estudante como protagonista de sua própria aprendizagem; que 
reconhecem e permitem ao estudante expressar sua singularidade e 
desenvolver projetos de seu interesse que impactem a comunidade e que 
contribuam para a sua futura formação profissional. 
 Articulação com outros agentes – rede de direitos: estratégias 
interssetoriais e em rede envolvendo a comunidade para a garantia dos 
direitos fundamentais dos estudantes, reconhecendo-se que o direito à 
educação é indissociável dos demais. 
Trazendo a Inovação em Educação para prática, é inegável pensar nas 
diferentes e variadas possibilidades abertas pelas Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TIC), que são recursos altamente atrativos, instigantes e 
estimulantes para que o aprendizado dos alunos inclusos consiga inserir-se sem 
traumas nas escolas regulares, inclusive favorecendo a cooperatividade 
(Bortolozzo et al., 2006). 
Segundo Bonilla (2005), foi aberto um caminho que permite novas 
“possibilidades para fazer, pensar e conviver que não poderiam ser pensadas sem 
a presença dessas tecnologias”; essa realidade acontece “da mesma forma que 
a escrita abriu possibilidades que não poderiam ser passadas num contexto oral” 
(Bonilla, 2005, p. 32). 
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 10% da 
população mundial é composta de pessoas com algum tipo de deficiência; no 
Brasil, esse número saltou para 14,5% da população nacional (IBGE, 2000) e, em 
2010, teve um aumento significativo para 23,9% (IBGE, 2010). A grande maioria 
dessas pessoas vive em situação de vulnerabilidade e carências sociais, como 
baixa renda e baixo nível de escolarização, o que só aumenta suas dificuldades. 
Preconceitos, desigualdades e desinformação são constantemente denunciados 
por diferentes organizações de defesa dos direitos da pessoa com deficiência. 
Galvão (2009) exemplifica o número incontável de possibilidades de 
recursos simples e de baixo custo que podem e devem ser disponibilizados nas 
salas de aula inclusivas, conforme as necessidades específicas de cada aluno: 
suportes para visualização de textos ou livros; fixação do papel ou caderno na 
mesa com fitas adesivas; engrossadores de lápis ou caneta confeccionados com 
 
 
14 
esponjas enroladas e amarradas, ou com punho de bicicleta, ou tubos de PVC 
“recheados” com epóxi; substituição da mesa por pranchas de madeira ou acrílico 
fixadas na cadeira de rodas; órteses diversas, e inúmeras outras possibilidades. 
O autor indica que, com muita frequência, a disponibilização de recursos e 
adaptações bastante simples e artesanais, às vezes construídos pelos próprios 
professores, torna-se a diferença, para determinados alunos com deficiência, 
entre poder ou não estudar e aprender com seus colegas. 
É nesse cenário evolutivo que podemos compreender as Tecnologias de 
Informação e Comunicação (TICs) como um processo de inovação dentro do 
sistema educacional inclusivo, devido às suas possibilidades inesgotáveis de 
construção de recursos que facilitam o acesso às informações, conteúdos 
curriculares e conhecimentos em geral por parte de toda a diversidade de pessoas 
e, dentre elas, as que apresentam necessidades especiais. 
Como já verificamos (OECD, 2010), a Inovação Educacional pode melhorar 
os resultados da aprendizagem e a qualidade da oferta de educação, além de ser 
um meio de aumentar a equidade social. 
O fato é que a Educação é a responsável por introduzir as mudanças 
requeridas pelas necessidades da sociedade, ou seja, os sistemas educacionais 
devem ser capazes de adotar práticas de ensino, aprendizagem ou práticas 
organizacionais que estejam identificadas com promover “habilidades para 
inovação” (Dumont et al., 2010; Schleicher, 2012; Winner et al., 2013, citados por 
OECD, 2010). 
FINALIZANDO 
Nesta aula, partimos do pressuposto de que, hoje, as empresas inovam 
menos do que há 50 anos; avançamos na complexidade do tema ao adentrar as 
dimensões da inovação, elementos que devem ser considerados de forma 
distinta, mas que têm implantação sistêmica para que efetivamente levem à 
constituição de um sistema de gestão para inovação, como no caso da 3M. 
Com base nisso avançamos nos campos aplicados da Inovação Social e 
Ambiental, ambos com possibilidades de crescimento amplas diante das questões 
sociais e ambientais do planeta. 
Também nos deparamos com alguns elementos acerca da Inovação em 
Educação, tema que abrange múltiplos aspectos e uma vertente político-social 
complexa. Nesse contexto, abordamos as Tecnologias de Informação e 
 
 
15 
Comunicação (TICs), que se mantêm como espaço muito grande de 
oportunidades. 
LEITURA OBRIGATÓRIA 
Texto de abordagem teórica 
BIGNETT, L. P. As inovações sociais: uma incursão por ideias, tendências e focos 
de pesquisa. Revista Ciências Sociais Unisinos, n. 47, v. 1, p. 3-14, jan./abr. 
2011. Disponível em: 
<unisinos.br/revistas/index.php/ciencias_sociais/article/download/1040/235>. 
Acesso em: 28 jun. 2018. 
Esse artigo do professor Luiz Paulo Bignett aprofunda o entendimento de como se 
processa a Gestão de Inovações Sociais numa contribuição ao marco teórico do tema. A 
premissa fundamental que norteia o artigo é a de que a Gestão da Inovação Social se 
diferencia da Gestão Tecnológica, e sua condução requer modelos distintos dos 
tradicionais desenvolvidos para esta. O corte proposto se refere aos arranjos ou aos 
meios de ação e de aglutinação de recursos utilizados por diferentes atores, permitindo o 
entendimento das mudanças geradas pela Inovação Social por meio de três focos 
distintos: indivíduos, organizações e movimento. É uma leitura que complementa o que 
vimos em aula. 
Texto de abordagem prática 
YUNUS, M. O banqueiro dos pobres. São Paulo: Ática, 2002. 
O banqueiro dos pobres, essencialmente uma autobiografiade Muhammad Yunus 
e do Banco Grameen, é uma mistura fascinante de argumentos econômicos, 
casos pessoais e histórias inspiradoras. O livro é rico da filosofia de Yunus sobre 
vários assuntos, desde bancos, economia e capitalismo até educação, pobreza e 
negócios. Sua premissa básica é a de que o estado atual de bem-estar, na 
verdade, tolhe a capacidade do pobre de escapar da pobreza, na medida que 
pune as atividades que libertam da pobreza. 
Saiba mais 
 
 
16 
MY 12 PAIRS OF LEGS. TED – Ideas Whort Spreading, 2009. Disponível em: 
<https://www.ted.com/talks/aimee_mullins_prosthetic_aesthetics#t-26647>. 
Acesso em: 28 jun. 2018. 
TED – Ideas Whort Spreading já é por si um site inovador, mas a fala de Aimee 
Mullins, atleta, atriz e ativista, recordista dos Jogos Paraolímpicos em 1996, 
trabalha com a “próxima” geração de próteses. Ao falar de seus 12 pares de 
pernas, ela pode nos inspirar a ultrapassar os obstáculos de forma mais inovadora 
ainda. Confira! 
 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
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sustentabilidade 2005-2006. São Paulo: ABN Amro Real, 2007. 
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