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O que é neuroplasticidade

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O que é neuroplasticidade?
Neuroplasticidade, também conhecida como plasticidade neuronal, é a capacidade de o cérebro se adaptar a mudanças por meio do sistema nervoso.
Trata-se da habilidade do cérebro de reorganizar os neurônios e os circuitos neurais, moldando-se a níveis estruturais por meio de aprendizagem e vivências.
A neuroplasticidade permite que os neurônios se regenerem e que sejam criadas conexões sinápticas – meios de comunicação entre os neurônios.
Para compreender melhor, imagine que o cérebro funciona por meio dos neurônios que percorrem diversos caminhos. Esses caminhos seguem padrões, que podem ser alterados com a neuroplasticidade.
Essa remodelagem é feita por meio de um trabalho que envolve pensamentos, vivências, emoções, comportamentos, necessidades pessoais e mesmo o ambiente no qual o indivíduo está inserido.
Por meio desses fatores, a plasticidade permite que novas ligações entre os neurônios (as sinapses) sejam estabelecidas, alterando completamente a rede de conexões.
Essa capacidade é de extrema importância para a adaptação de pacientes com lesões físicas ou cerebrais.
Formas de neuroplasticidade
Existem duas principais formas por meio das quais ocorre a neuroplasticidade.
Uma delas é o brotamento – quando há o crescimento de uma área lesionada por meio de axônios.
De forma simplificada, é uma forma de os axônios se alongarem em direção a neurônios que se encontram afastados.
A outra é a ativação de sinapses latentes.
Nesse caso, quando ocorre uma lesão ou destruição de estímulos cerebrais, sinapses que até então estavam adormecidas ficam ativas.
Dessa forma, as necessidades do indivíduo são supridas.
A importância da neuroplasticidade é que ela permite que o cérebro se adapte a diferentes circunstâncias, principalmente quando ocorrem lesões.Por exemplo: se uma pessoa perde a visão devido a uma doença, ela precisa se adaptar à sua nova realidade.
Então, a neuroplasticidade faz com que o cérebro desenvolva ainda mais o tato e a audição, de maneira a compensar a perda da visão.
Ela também é importante para a aprendizagem durante a infância, como já mencionamos. É por meio dela que as crianças aprendem não só fatores biológicos, como caminhar e falar, mas também sociais, como convivência com outras pessoas e percepção de emoções.
A neuroplasticidade se dá principalmente na infância, fase em que as crianças adquirem novos conhecimentos e comportamentos sociais de forma constante.
Mas ela também ocorre na fase adulta, de modo que os indivíduos se adaptem às suas necessidades.
É um processo diário e natural do corpo humano.
Mas, na vida adulta, ele entra em ação principalmente quando o indivíduo sofre lesões físicas ou cerebrais.
Problemas como derrames, traumas e acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo, estimulam a neuroplasticidade.
Contudo, ela também é promovida por meio de novos aprendizados realizados pelo indivíduo, como aprender um novo idioma e tocar instrumentos musicais, por exemplo.
Tipos de neuroplasticidade
Existem cinco tipos de neuroplasticidade: dendrítica, axônica, sináptica, somática e regenerativa.
Vamos explicar cada uma delas agora.
Dendrítica
As espinhas dendríticas, em que ocorrem as sinapses, sofrem alterações em número, disposição, comprimento e densidade.
Esse tipo de neuroplasticidade ocorre principalmente nas primeiras fases do desenvolvimento.
Axônica
É a plasticidade inicial, que ocorre entre zero e dois anos de vida, e é crucial para o desenvolvimento do sistema nervoso.
Sináptica
É constituída pela capacidade de alterações nas sinapses entre as células nervosas.
As sinapses podem se tornar mais fortes ou mais fracas, dependendo dos estímulos externos e internos.
Somática
É aptidão para regular o aumento ou morte das células nervosas.
Ocorre somente no sistema central embrionário e não está suscetível a influências externas.
Regenerativa
Mais frequente no sistema nervoso periférico, a neuroplasticidade regenerativa é capacidade de regeneração de axônios lesados.
Perda da neuroplasticidade
A perda de neuroplasticidade ocorre com o tempo.
Em geral, ela diminui com a idade – por isso que está presente principalmente nos primeiros anos da vida.
Há alguns sinais que demonstram essa perda.
Processamento de informações mais lento, desatenção e falhas na memória são fatores presentes no funcionamento cerebral com o tempo.
A capacidade de gravar novas informações diminui, assim como o foco nas atividades desempenhadas.
Por isso, é preciso colocar em prática todas as ações citadas acima, de modo a estimular a neuroplasticidade mesmo na vida adulta.
Quando a neuroplasticidade entra em ação?
Por ser uma capacidade de mudança no cérebro, e não uma doença, ela ocorre diariamente e não tem como ser evitada. Porém, a neuroplasticidade ocorre mais em pessoas que sofreram alguma lesão neural e que precisem de mais mudanças.
Algumas condições que estimulam a neuroplasticidade podem ser:
Acidente Vascular Encefálico (AVE);
Acidente Vascular Cerebral (AVC);
Derrame;
Depressão;
Perfuração do encéfalo;
Grandes traumas;
Mudanças de personalidade;
Mudanças de sentimentos;
Mudanças de comportamento;
Novas aprendizagens;
Aprender a ler ou escrever;
Aprender a tocar um instrumento musical;
Aprender um novo idioma;
Mudança de emprego;
Autismo;
Reabilitação de vícios e dependências.
A reabilitação nasceu após a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais de modo a auxiliar um grande número de soldados vítimas da guerra, com isso os cientistas empregaram tempo e esforços, afim de estudar e avaliar os diferentes tipos de lesões cerebrais ocasionadas, e como elas poderiam afetar negativamente o comportamento humano.
Quem participa da reabilitação neurológica? 
O tratamento multiprofissional e interdisciplinar é condição imprescindível no tratamento de pessoas com sequelas de doenças neurológicas já que múltiplas esferas da vida desta pessoa podem ser influenciadas por essas doenças. A própria pessoa, sua família e a sociedade também devem de forma ativa participar do processo de Reabilitação já que o foco final do tratamento é devolver ao paciente o máximo de funcionalidade possível. E, para implementar os ganhos terapêuticos obtidos durante o processo de reabilitação, é necessário que esses ganhos sejam colocados em prática. Para auxiliar os paciente e a família neste processo, é necessário profissionais de diferentes áreas: 
Fisioterapia 
Nutrição 
Psicologia 
Neurologia 
Medicina Física e Reabilitação
Neuroplasticidade
https://www.youtube.com/watch?v=DcjqJ6GJWGg
https://www.youtube.com/watch?v=zldNCOXflys
https://www.youtube.com/watch?v=-QM0LYsKP7o
https://www.youtube.com/watch?v=h1rkL_1V4E4
https://www.youtube.com/watch?v=CrpA_o0AGY8
https://www.youtube.com/watch?v=ZdLBblubYKU

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