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KAIO ALVES DE ARAUJO REVISÃO DE LITERATURA ANIMAIS PEÇONHENTOS Releitura sobre animais e suas intoxicações, no âmbito etnológico e epidemiológico. BOA VISTA – RR 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3 2. QUAIS OS GRUPOS MAIS COMUNS (SERPENTES)? ........................................................... 4 2.1 OS MAIS COMUNS (PEÇONHENTOS) .............................................................................. 4 3. ENFOQUE NAS SERPENTES.................................................................................................... 5 4. HOMEOPATIA X ALOPATIA .................................................................................................. 5 5. EFEITOS NO CORPO ................................................................................................................ 7 6. SERPENTE QUE ENGANA E DA O BOTE, MAS NÃO SÓ ELA ........................................... 8 7. CONCLUSÃO .............................................................................................................................10 REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................11 3 1. INTRODUÇÃO O Brasil, é coberto por 60% de floresta amazônica, habitat natural de animais peçonhentos. Segundo o Ministério da Saúde em 2018 foram registrados no pais um total de 265.546 casos registrados sendo mais casos na região sudeste e nordeste, contrariando até mesmo a lógica. Os acidentes ofídicos, foram incluídos pela Organização Mundial da Saúde na lista das doenças tropicais que acometem, na maioria das vezes, populações pobres que vivem em áreas rurais. 4 2. QUAIS OS GRUPOS MAIS COMUNS (SERPENTES)? Os animais mais comuns são ofídicos que ocorre por picadas de cobras que são divido em quatros grupos e dentro desses grupos as mais comuns. O primeiro grupo tem os botrópicos, que são serpentes até mesmo conhecimento comum como a jararaca, jararacuçu, urutu dentre outras. Além de outros grupos como o crotálicos com serpentes do gênero cascavel, laquéticos com serpentes como surucucu-pico-de-jaca e elapídico com serpentes como a coral-verdadeira. Apesar disso não só as cobras fazem parte das estáticas podemos incluir também as abelhas, águas vivas, aranhas, escorpião e as lagartas. 2.1 OS MAIS COMUNS (PEÇONHENTOS) Dentre os animais mais comuns estão os escorpiões, segundo a Secretaria de Saúde do Paraná, foram 5689 casos, as serpentes com 4418, as aranhas com 2266 e os demais animais peçonhentos com 2274 casos. Os escorpiões aparecem também como os mais letais, segundo o ministério da saúde são 280 casos letais seguido por aranhas e serpentes com mais de 220 casos letais como mostra o gráfico com dados até 2014. 5 3. ENFOQUE NAS SERPENTES Como já foi dito boa parte do brasil é coberto por florestas, e é habitat natural de espécies peçonhentas. Com o povoamento descontrolados desses locais animais que ali vivem acabam sendo mortos e os sobreviventes se escondem mas voltam e provocam acidentes. É comum ver que acham se cobras em carros, banheiros, entulhos terrenos baldios, locais que parecem com seu habitat natural, e em época do ano quente e chuvosa combinação perfeita para elas. Por mais que os escorpiões liderem as estatísticas, as cobras são as mais “subestimadas” pois muitas pessoas, culturalmente tendem a procura soluções caseiras para diminuir a intoxicação, muita das vezes sem comprovação cientifica. Além de não saber de qual espécie ocorreu acometeu picada, que atrapalha tanto no ambiente onde ocorreu o incidente como no ambiente hospitalar. Segundo o Instituto Butantan cerca de 87% dos acidentes ocorre com jararacas seguido por cascavéis 9% entre outras serpentes. A jararaca como supracitado lidera a estatística, seu quadro clinico se apresenta da seguinte forma o veneno causa na região da picada uma inflamação, causando dor, e podendo também causar necrose, além de coagulante. Além não só os seres humanos são “vitimas” das serpentes, animais domésticos e de criação fazem parte também de uma estatística do veneno e em alguns locais estrangulamento por cobras como a sucuri em animais pequenos como bezerros, porcos entre outros ou já em fase adulta. As estatísticas atuais referentes à ocorrência de acidentes ofídicos em animais domésticos não são fidedignas, visto que a notificação não é obrigatória na medicina veterinária (BARNI et al., 2012), 4. HOMEOPATIA X ALOPATIA Sabemos que no Brasil, crenças e conhecimento não cientifico acaba criando outros problemas. O uso da homeopatia como cura ou amenização pode causar sérios problemas, afinal não se tem comprovação do que de fato terá benefício. Algumas pessoas principalmente na zona rural onde o conhecimento passado de geração em geração se utilizam de alho para 6 extração do veneno, algo que acreditam ser um meio de amenizar, até a busca médica para que de fato tenha um tratamento com soro. Outro uso também bem comum é o uso de específico, feito com uma planta chamada “Raiz de Cobra”, que é usado como prevenção das picadas, antes de entrar na mata, mesmo assim com uma relatada pesquisa do Instituto Butantã dizendo que no caso da jararaca, responsável por 90% dos incidentes de picadas de cobra no Brasil, a tintura não mostrou eficiência. Sabemos também que boa parte dos casos são em zona rural e muita das vezes não meio de locomoção tanto para a sede do município que dificilmente também terá soro. Segundo o site Xapuri Socioambiental “O famosíssimo Específico Pessoa, em cuja composição entra o extrato do tubérculo chamado cabeça-de-negro ou raiz de cobra, é provavelmente o remédio contra o veneno de animais peçonhentos mais produzido no Brasil. Uma versão do produto é vendido em casas agropecuárias como composto P. Esser, fabricado em Santa Catarina, para a aplicação em animais como socorro imediato em caso de picada de cobra venenosa, sendo recomendada a visita imediata a um posto médico.” (WEISS, 2016) Além disso há outros estudos ou de conhecimentos popular com plantas e remédios caseiros, mas pelo que foi lido não há a certeza de cura no máximo a diminuição visual ou dolorosa dos sintomas. Os índios também dependo da sua tribo tem sua forma particular de tratar afinal nem todos tem acesso ao tratamento convencional. Como o nome da matéria do site terrasindigenas.org.br diz “Índios usam tubérculo contra picada de cobra na Amazônia” como a matéria descreve ”Orowari dominam o conhecimento da surucuína, uma batata utilizada como antídoto contra a picada de cobra jararaca. Essa planta é atualmente uma das grandes riquezas amazônicas” Em outra matéria do site Amazônia Real outros povos indígenas têm outra visão diferente da supracitada a matéria descreve a seguinte história “Luciene foi mordida no pé direito por uma cobra jararaca. A garota, então com 11 anos, foi levada a Pari-Cachoeira, onde recebeu o soro-antiofídico disponibilizado pelo Pelotão de Fronteira do Exército e iniciou um tratamento com os remédios tradicionais utilizados pelos Tukano. Com receio de piora de seu quadro, a paciente foi transferida a São Gabriel da Cachoeira. Na cidade, segundo José Maria, “por conta da presença de mulheres menstruadas, ela começou a piorar”. Como outros povos indígenas, os Tukano entendem que a menstruação e o fluxo de sangue trazem perigos ao irromper a ordem do mundo. ” https://go.hotmart.com/A22024220W https://terrasindigenas.org.br/ 7